O grupo Novos Baianos vivia fase áurea quando foi convidado a sair da gravadora Som Livre – companhia pela qual lançara o consagrador álbum Acabou chorare (1972) – para integrar o elenco da Continental.
Nessa gravadora, Baby Consuelo, Luiz Galvão, Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor debutaram com raríssimo compacto gravado para o Carnaval de 1973 com duas composições inéditas.
Essas duas músicas, A minha profundidade (Moraes Moreira, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor) e O prato e a mesa (Moraes Moreira e Luiz Galvão), foram gravadas para o compacto e logo esquecidas, sem nunca terem entrado em álbum ou mesmo compilação do grupo.
Nunca relançadas em CD, as gravações dessas duas músicas são iscas para fisgar colecionadores de discos e fazê-los comprar a caixa Novos Baianos – Os anos Continental 1973 * 1974. Após 46 anos, ambas reaparecem como faixas-bônus da nova edição em CD do álbum Novos Baianos F. C. (1973).
Com edição prevista para 22 de março, por ora somente em formato físico, a caixa embala edições remasterizadas dos dois álbuns feitos pelos Novos Baianos na Continental. Além de Novos Baianos F.C., a caixa reapresenta o álbum Novos Baianos, de 1974, também com duas faixas-bônus.
As gravações adicionais do álbum de 1974 são No tcheco tcheco(Moraes Moreira, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor) – na gravação original lançada pelo grupo em compacto editado em 1973 – e Boas festas (Assis Valente), tristonho tema natalino de 1933 ouvido com os Novos Baianos em gravação ao vivo captada em apresentação do grupo.
Ambos os álbuns da caixa voltam ao catálogo em edições remasterizadas por Ricardo Garcia, com textos que detalham a criação e gravação de cada disco. Esses textos foram escritor pelo jornalista Renato Vieira, curador da caixa editada pela Warner Music, dona do acervo da Continental.
A edição da caixa Novos Baianos – Os anos Continental 1973 * 1974 é prova de que o CD agoniza no mercado fonográfico do Brasil, mas não morre....
