Terça, 21 Julho 2020 11:37

Menina com suspeita de coronavírus põe recado em saco de lixo para alertar garis em SC

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Por NSC TV e G1 SC.

Com apenas 10 anos, uma moradora de São José, na Grande Florianópolis, escreveu um recado em um saco de lixo para alertar garis e profissionais da coleta do perigo de contaminação. Isso porque a menina, Renata Gaspar Kunh, está com suspeita do novo coronavírus. A imagem do bilhete fez sucesso nas redes sociais no fim de semana.

A mensagem diz: "Cuidado - lixo possivelmente contaminado. Bom trabalho!". A mãe, Jaqueline Joice Gaspar, contou que a filha Renata começou a sentir dor de cabeça, de garganta e no abdômen na última terça-feira (14). A principal suspeita dos médicos é de que o caso seja de Covid-19.

A menina precisou ficar internada e receber medicações para aliviar as dores que estava sentindo e, quando voltou pra casa, a orientação médica foi de isolamento. A mãe contou como a filha teve a ideia do bilhete. “Eu comecei a arrumar o lixo, que no sábado passava [a coleta de] o lixo, era sexta-feira. Uma vizinha aqui do meu apartamento, que eu já tinha contado pra ela da situação, que a gente ficaria em isolamento, ela se prontificou a descer com o meu saco de lixo com uma luva, com máscara certinho". 

Enquanto a mãe preparava o material para o descarte, a menina questionou Jaqueline. "Ela me disse ‘mas, mãe, os garis que vão mexer no nosso lixo não sabem que a gente pode estar contaminado com Covid [19]. Como é que a gente vai fazer?’", contou a mãe. "Eu ainda a questionei, ‘não, filha, eles usam luva’. Mas ela disse ‘não, mãe, mas a gente precisa avisá-los. Eles são também o amor de alguém’”.

Então a menina foi até o quarto, pegou folha e lápis e escreveu a mensagem, que foi colada no saco de lixo. A foto do resultado do gesto de Renata viralizou após Jaqueline mandá-la nos grupos da família. A mãe espera que a atitude da filha possa sensibilizar mais gente. "Pelo menos que sirva para conscientizar as pessoas, né? Tantas pessoas com sintomas andando por aí e ela tentando cuidar de alguém que nem faz ideia se a pessoa está contaminada ou não”, disse.