Quinta, 14 Novembro 2019 16:19

Witzel diz que segurança do Rio está no ‘mesmo patamar de Paris, Nova York e Madri’

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Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que os índices de criminalidade no estado caíram e que hoje a cidade do Rio é tão segura quanto Paris, Nova York e Madri.

Segundo o governador, os índices apontam uma queda no número de mortes na capital. Witzel afirmou que atualmente o índice é de 16 mortes por 100 mil habitantes, mas esse número já chegou a 35. De acordo com o governador, o Rio é a segunda capital mais segura do Brasil.

"Se nós olharmos para o resto do mundo, nós estamos no mesmo patamar de Nova York, de Paris e de Madri”, afirmou o governador, sem especificar a que período essas taxas de homicídio se referem.
 

As declarações do governador aconteceram durante o lançamento do Segurança Presente em Caxias, na Baixada Fluminense, na manhã desta quinta-feira (14).

 Wilson Witzel na inauguração do programa Caxias Presente — Foto: Reprodução/TV Globo

Wilson Witzel na inauguração do programa Caxias Presente — Foto: Reprodução/TV Globo

Ainda de acordo com Witzel, as áreas turísticas no Rio não sofrem tanto com a criminalidade.

"Nas áreas turísticas do estado não acontecem tiroteios, eles acontecem nas comunidades. Acontecem [nas áreas turísticas] furtos, não tiroteios. Tivemos dois turistas que sofreram violência nos últimos dez meses. O que estamos fazendo para estimular o turismo é mostrar que Pão de Açúcar, Corcovado, Petrópolis, estão protegidos, não fazem parte dessa realidade [de tiroteios]”, explicou Witzel.

Dados discrepantes

De acordo com o levantamento do monitor da violência do G1, no ano passado o Estado do RJ registrou 28,76 mortes violentas para cada 100 mil habitantes.

Já a cidade de Nova York, segundo a polícia local, registrou no período 3,31 homicídios para cada 100 mil habitantes.

Em Paris, a taxa é ainda menor, que ano passado registrou 1,4 homicídios por cada 100 mil habitantes.

Sobre a entrada de armas e drogas pelas fronteiras do país, o governador fez um apelo ao governo federal e pediu união de forças para ajudar no combate à criminalidade.

"Não é hora de ficar colocando a culpa em A, B, C ou D. É hora de união, é hora de a Polícia Federal ser recomposta, é hora de a Polícia Federal trabalhar em parceria com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Nós, temos, hoje, o maior departamento de lavagem de dinheiro e a Delegacia de Combate ao Tráfico de Armas, que é a Desarme, mas as armas não entram apenas pelas rodovias estaduais, pela Baía de Guanabara. Entram pelas fronteiras brasileiras e pelos portos brasileiros", garantiu.

Mortes violentas no Rio

Em menos de 24 horas, uma criança de 5 anos e um gari foram mortos após serem atingidos por balas perdidas na cidade.

 

Nesta quarta-feira (13), o governador criticou o governo federal, ao comentar em redes sociais a morte da menina Ketellen, em Vicente de Carvalho.

'Tiroteios não são realidade no Rio de Janeiro', diz governador Wilson Witzel

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Witzel disse que a entrada de armas e drogas alimenta o que chamou de "guerra insana que existe nos estados" e que impedir a entrada de drogas e armas no país é responsabilidade do governo federal.

“É preciso que o governo federal tenha uma visão estratégica e não continue sucateando a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal."

O ministro da Justiça, Sergio Moro, rebateu as declarações do governador, também por uma rede social.

 

"O governo federal tem combatido duramente o tráfico de drogas e de armas. Não é correto comparar as apreensões dos primeiros cinco meses de 2019 com o total apreendido nos anos anteriores, como faz o governador do Rio de Janeiro ao buscar transferir a responsabilidade dos crimes no estado ao governo federal."