Sexta, 17 Julho 2020 20:50

Cerca de 20% da população de BH estaria infectada com novo coronavírus, segundo análise de esgoto da

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Por Thais Pimentel, G1 Minas — Belo Horizonte.

Pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto da Universidade Federal de Minas Gerais (INCT/UFMG) apontaram que a população infectada pelo novo coronavírus em Belo Horizonte pode ser 75 vezes maior que o informado pela Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com o monitoramento feito no sistema de esgoto, cerca de 500 mil pessoas estariam com o vírus, 20% da população de Belo Horizonte. A estimativa foi feita com base em amostras coletadas entre os dias 29 de junho e 3 de julho. Na época, o número de infectados na capital chegava a menos de sete mil pessoas, segundo as autoridades de saúde

Nesta sexta-feira (17), o boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura apontava 13,7 mil casos confirmados e 329 mortes.overflow: hidden !important;">

Nas últimas cinco semanas de pesquisa, 100% das amostras coletadas nas duas bacias que recebem esgotos de Belo Horizonte e de Contagem (MG), dos ribeirões Arrudas e do Onça, estavam contaminadas com o novo coronavírus.

Ainda segundo a pesquisa, houve rápida aceleração na estimativa de infectados. Na 25ª semana de monitoramento, o vírus teria alcançado cerca de 230 mil pessoas. Duas semanas depois, este número mais que dobrou.

O patamar de 500 mil infectados pode indicar que a Região Metropolitana de Belo Horizonte tenha atingido o pico da doença, o que confirmaria as previsões da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Em nota, o governo informou que “o resultado reafirma a projeção das autoridades sanitárias quanto ao chamado platô da doença". Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, “entende-se por 'platô' uma espécie de estabilização gráfica, em linha reta, da curva de casos da doença, conforme a conjuntura epidêmica e a da demanda por leitos na rede pública de saúde”.

Na semana seguinte, a estimativa caiu para 350 mil pessoas infectadas na capital, porém, segundo os pesquisadores, “torna-se necessário aguardar os resultados das duas próximas semanas para confirmar se existe realmente uma tendência de queda no número de pessoas infectadas”.