Segunda, 16 Janeiro 2023 09:25

CAC de Blumenau com 39 armas em seu nome investigado por financiar ato golpista em Brasília

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Por Caroline Borges, g1 SC.

Otto Guilherme Vieira, instrutor de arma e dono de um clube de caça em Blumenau, no Vale do Itajaí, é um dos investigados pela Polícia Federal por financiar o ato golpista em Brasília em 8 de janeiro. Em um vídeo divulgado com exclusividade pelo Fantástico, ele aparece convocando manifestantes.

Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), o empresário de Santa Catarina tem pelo menos 39 armas relacionadas ao nome dele. No canal do Youtube da empresa na qual aparece como proprietário-fundador, ele explica sobre modelos e marcas de diferentes armamentos.

Também há conteúdos para explicar sobre a aquisição de arma de fogo no Brasil. A última publicação no canal foi feita em 12 de janeiro. A reportagem do g1 SC tenta contato com o homem.

Segundo a apuração do Fantástico, a Polícia Federal, com apoio de outros órgãos, é que vai comandar as investigações para chegar nos nomes dos financiadores dos atos. No dia 8 de janeiro, bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal. Objetos foram destruídos, gabinetes de autoridades invadidos, documentos rasgados e armas foram roubadas.

  • Bolsonarista filmada no Planalto dizendo que iria 'pegar Xandão' foi condenada por tráfico
  • Empresário de SC é apontado como um dos financiadores dos atos golpistas em Brasília
 

Empresário

Vieira é dono da Otto Caça e Pesca, uma empresa inaugurada em 2008 do setor varejista de caça, pesca, camping, cutelaria e armamento. Duas redes sociais da empresa haviam sido consultadas pela reportagem do g1 SC na manhã de segunda-feira (16) e apareciam fora do ar.

No site, a empresa afirma que "atualmente tem como principal direcionamento a comercialização de armamento e seus respectivos componentes. Especializada no ramo fornecem instrução individual e treinamentos orientado por instrutor capacitado e credenciado com experiência de 37 anos na área".

Invasão e prejuízo

O prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados, que junto com o Senado Federal compõe o Congresso Nacional.