O rio Verruga, que corta a cidade, ainda está com o nível elevado. Uma ponte está com o acesso desmoronando e a correnteza do rio continua forte, pois voltou a chover nesta segunda-feira (27).

“Nós temos 81 famílias alojadas no polivalente. E o restante está na casa de parentes, amigos. Na primeira tragédia, do dia 19/12, eram só 6 casas caídas, já passou de 50. E a tendência é de quando passar a chuva é aumentar esse número", disse o prefeito de Itambé, Noélio Medeiros.

"Então, nós temos que estar dia a dia catalogando todos os moradores que tiveram todos os seus pertences, móveis, geladeiras, fogão, e a casa destruída para que possamos, quando passar essa fase aí, sentarmos e resolver a situação de todos vocês”, completou.

“A água começou a entrar, né...A gente ficou tentando levantar algumas coisas. Geladeira, televisão...só que o movimento da água muito rápido e a gente tirou meu pai e minha mãe para a casa de meu irmão", disse.

Colchões, móveis e eletrodomésticos ficaram danificados por causa da chuva. A força da água do rio Verruga foi tão grande que rapidamente invadiu o estabelecimento comercial de Antônio Maciel. A marca da água no local atingiu cerca de um metro e meio.

“No momento eu tinha acabado de sair, mas os vizinhos, inclusive, no momento, disseram que desceu repentinamente a água e não teve tempo não de avisar, de comunicar. Eu vim, coloquei o congelador para cima do balcão, mas não foi resultado”, disse o comerciante.

Desde a madrugada que voltou a chover em Itambé. Com mais chuvas, a preocupação aumenta porque o nível do rio pode voltar a subir. A preocupação também é com as barragens que podem aumentar o volume de água.

“A situação que está hoje [segunda, 27] é preocupante. Até ontem [domingo, 26] estava estiado. Voltou a chover à noite e se a chuva voltar que nem voltou no dia 24/12, já aproveitando essa água do rio Verruga, eu não quero nem imaginar a situação de Itambé", disse o prefeito Noélio Medeiros dos Santos.