Em mais um episódio do Eu Te Explico, Igor Araújo, infectopediatra, Jorge Tadeu, diretor do Sindicato das Escolas Particulares da Bahia, e Manoel Calazans, Superintendente de Planejamento Operacional da Rede Escolar do Estado, falam sobre a preocupação dos pais e protocolos que devem ser cumpridos.
Por g1 BA.
O governo da Bahia e a prefeitura de Salvador confirmaram a volta às aulas 100% presenciais para o mês de fevereiro. O retorno em meio ao crescimento de casos de infectados pela Covid-19 tem preocupado os pais das crianças, que têm aumentado o uso de leitos de enfermarias e UTIs pediátricas.
A Bahia é o segundo estado com mais mortes de crianças de 5 a 11 anos por Covid-19, ficando atrás apenas de São Paulo. Os dados fazem parte do Portal da Transparência do Registro Civil , registrados entre março do ano passado e a primeira semana de janeiro deste ano.
Números que acendem um alerta, principalmente depois que cidades como Salvador chegaram a 100% de ocupação de leitos de UTI pediátricos.
Um dos momentos mais delicados desde o início da pandemia, afinal, o estado nunca teve uma ocupação total dos leitos de UTI infantil em Salvador. Situação preocupante também até para leitos de enfermaria pediátrica.
Na primeira semana de janeiro, a ocupação chegou a 93% no estado. E com o aumento dos casos de Covid-19 entre as crianças, a esperança é a vacina, que finalmente chegou para o público entre 5 e 11 anos.
O infectopediatra Igor Araújo falou sobre os sintomas que as crianças podem apresentar caso estejam com Covid-19 e o risco de levá-la para uma emergência, que pode aumentar a exposição à doença principalmente se ela não estiver com a doença.
"Com surgimento das variantes, principalmente da Ômicron, que a transmissibilidade dela é maior e a agressividade tende a ser menor. O lado positivo é que o vírus pode estar perdendo a força dele, mas em compensação as pessoas que não estão vacinadas se torna mais suscetíveis, que são as crianças", disse.
Já Manoel Calazans, Superintendente de Planejamento Operacional da Rede Escolar do Estado, contou qual é o maior desafio do governo para o retorno das aulas e falou sobre os protocolos que serão usados.
"As aulas retornam 100% presencial, essa é a nossa expectativa. Em 2021 nós tivemos ainda um momento híbrido, depois nós iniciamos a presencialidade e a gente tem expectativa de que no dia 7 [de fevereiro] a gente retorne e comece o ano letivo de 2022", afirmou.
Jorge Tadeu, diretor do Sindicato das Escolas Particulares da Bahia, falou sobre os desafios que as redes têm enfrentado para conseguir se adaptar ao "novo normal".
"No seio das escolas privadas, as famílias querem voltar, elas já acreditam que esse cuidado existe, que esse cuidado é real e eles experimentaram esse cuidado ano passado".
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