por.: Sertão em Dia.
Mães de crianças Autistas denunciam não estar recebendo atendimento médico e psicológico adequado e nem acompanhamento de profissionais capacitados nas Escolas da rede pública municipal de Caculé. De acordo com os relatos, as crianças portadoras da Síndrome do Espectro do Autismo, assim como outras portadoras de necessidades especiais, desde o início deste ano deixaram de receber atendimento no Núcleo Florescer, Unidade vinculada à Secretaria Municipal de Educação e Cultura, causando graves consequências no desenvolvimento e na aprendizagem. “As crianças com Autismo e com outras necessidades especiais não estão sendo vistas em Caculé”, desabafou uma das mães. Ao Jornal Sudoeste, Silvia dos Reis Silva, 30, solteira, mãe do Augusto Silva Brito, 5, relatou que nos últimos quase quatro meses, as crianças portadoras do Transtorno do Espectro do Autismo, assim como as portadoras de outras necessidades especiais estão sem atendimento do Poder Público. Segundo ela, o Núcleo Florescer – órgão vinculado à Secretaria Municipal de Educação e Cultura responsável pela inclusão e tratamento com equipe especializada composta por Psicólogos, Pedagogas, Fisioterapeutas e Fonoaudiólogos de alunos especiais estaria desde o inicio deste ano, quando realizou uma ‘ Colônia de férias’, desativado por falta de espaço.
“Estamos há mais de três meses sem atendimento das crianças e sem respostas, sem qualquer explicação relacionada ao Núcleo Florescer, onde os atendimentos eram feitos. A última vez que as crianças tiveram contato com o Núcleo foi em uma Colônia de Férias, em dezembro do ano passado. No início do ano letivo, as crianças começaram a ir para as Escolas, mas apenas para observação, sem atendimento correto. Sem atendimento de Psicóloga e Fonoaudióloga, por exemplo”, desabafa Silvia dos Reis Silva.
Ainda segundo ela, outra questão que tem preocupado muitas mães de crianças com necessidades especiais diz respeito ao transporte desses alunos, muitos da zona rural, pois não possuem veículo próprio para o deslocamento para as Escolas e os disponibilizados pela Prefeitura Municipal não são adequados.
Silvia Reis aponta ainda, que depois de uma reunião com as mães de crianças Autistas e portadoras de necessidades especiais, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura disponibilizou uma cuidadora, que não estaria capacitada e não tem experiência no trato com às crianças que necessitam de atendimento diferenciado. “A cuidadora é Pedagoga, formou em 2016 e nunca exerceu a função. Ela come- çou a atuar na área agora. Não toca nas crianças, não interage, apenas acompanha. Meu filho, por exemplo, demonstra se sentir acuado com a presença dela o tempo todo atrás dele, como não há interação, ele fica estressado, chora muito e não usa o banheiro”, diz.
Silvia Reis aponta ainda, que depois de uma reunião com as mães de crianças Autistas e portadoras de necessidades especiais, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura disponibilizou uma cuidadora, que não estaria capacitada e não tem experiência no trato com às crianças que necessitam de atendimento diferenciado. “A cuidadora é Pedagoga, formou em 2016 e nunca exerceu a função. Ela come- çou a atuar na área agora. Não toca nas crianças, não interage, apenas acompanha. Meu filho, por exemplo, demonstra se sentir acuado com a presença dela o tempo todo atrás dele, como não há interação, ele fica estressado, chora muito e não usa o banheiro”, diz.
Silvia Reis denunciou, ainda, que no último dia 29 de março, a cuidadora, embora estivesse doente, com sintomas gripais testou negativo para Covid-19 foi trabalhar e, no outro dia, seu filho amanheceu com os mesmos sintomas, com dor de garganta e febril. “É absurdo que uma cuidadora de crianças com necessidades especiais frequente a escola apresentando sintomas gripais, mesmo tendo sido testada negativo para Covid-19, principalmente nesse período de muita apreensão”, criticou.
Silvia Reis disse que tentou, com apoio de outra mãe de criança com necessidades especiais, que fosse feita a troca da cuidadora, alegando sua inaptidão para ocupar o cargo, mas não foram ouvidas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
Por fim, Silvia Reis afirmou que as mães de crianças Autistas e com necessidades especiais se sentem abandonadas pela falta de comunicação e estão preocupadas porque há recomendação de um Neuropediatra particular que requereu tratamentos e relatórios de Psicólogo, Pedagoga, Fonoaudiólogo e Fisioterapeuta nos próximos seis meses e nenhum tem como custear essas
despesas.
despesas.
Cleuza Oliveira Souza Fernandes, 35, mãe do Marcos Tauan, 6, também portador da Síndrome do Espectro do Autismo, reforçou as denúncias e críticas feitas por Silvia dos Reis Silva. Segundo narrou ao JS, sem o funcionamento do Núcleo Florescer, as crianças estão, há praticamente cinco meses sem atendimento especializado com Psicólogo e Fonoaudiólogo, por conta da reforma do espaço onde o Núcleo será instalado.
Jornal do Sudoeste