A cidade foi uma das mais prejudicadas pela chuva, que atingiu pelo menos outros 18 municípios no Sul de Minas. Pela manhã, equipes da prefeitura começaram os trabalhos para a limpeza.

"A chuva durou cerca de 25 minutos e é muito impressionante o tamanho das pedras que caíram, e causou muito dano na cidade, generalizado mesmo, prédios públicos, empresas, geral, foi uma coisa nunca vista no município", disse José Raimundo de Oliveira, coordenador da Defesa Civil na cidade.

Segundo a Defesa Civil, também houve prejuízos na zona rural, mas o levantamento ainda não foi finalizado pela Emater-MG.

Por conta dos estragos, as aulas foram canceladas em todas as instituições da rede municipal de Campos Gerais, com exceção do distrito de Córrego do Ouro. A prefeitura informou que a administração, juntamente com a Defesa Civil, estará verificando as condições das unidades escolares, bem como estrutura física e patrimônios que foram danificados.

Ainda segundo a prefeitura, as pessoas que ficaram desabrigadas poderão alojar-se na Escola Estadual Monsenhor Teófilo Saes. Doações para as famílias que estão passando por necessidades podem ser levadas até a prefeitura ou no alojamento.

"A prefeitura está realizando um cadastro de todos os prejuízos que as pessoas tiveram, para fazer um levantamento de todas as telhas que vão precisar, todo material que vai precisar para poder estar encaminhado para o estado para conseguir os recursos necessários para sanar o problema", disse o coordenador.

Nesta quarta-feira (9), a prefeitura fez um alerta para a população nas redes sociais, de que novas tempestades podem ocorrer na cidade.

Em Cabo Verde (MG), outra cidade que foi bastante afetada pela chuva, pelo menos 20 famílias ficaram desalojadas e tiveram que ir para casa de parentes. As ruas ficaram tomadas de gelo e foi preciso até uma escavadeira para tirar todo o gelo.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Reginaldo Roberto, a chuva não durou nem meia hora, mas deixou estragos. O telhado do banheiro do sindicato cedeu e inundou a sala, mas ninguém foi atingido.

Segundo o prefeito, Cláudio Antônio Palma, todos os bairros tiveram estragos, e as escolas ficaram disponíveis pare receber os moradores que ficaram sem ter como dormir em casa.

As aulas nas escolas e creches municipais foram suspensas pela manhã. Por causa da chuva, boa parte da cidade ficou sem energia elétrica.

Na zona rural, segundo a Emater-MG, os prejuízos ainda estão sendo contabilizados, mas a estimativa é que até 200 produtores tenham sido afetados. Só as lavouras de café podem ter tido 1 mil hectares prejudicados, além de outras plantações como de feijão e milho.

Além de Campos Gerais e Cabo Verde, a chuva desta terça-feira foi registrada por moradores em Alfenas, Itaú de Minas, Alterosa, Passos, Cássia, Carrancas, Coqueiral, Poço Fundo, Aiuruoca, Juruaia, São Pedro da União, Campestre, Bom Jesus da Penha, Muzambinho, Monte Belo, Santa Rita do Sapucaí e Soledade de Minas.

Em Poço Fundo, a prefeitura cancelou as aulas na Escola Municipal Carlito Ferreira e na creche municipal. Os telhados dessas unidades ficaram danificados. Um almoxarifado da prefeitura e prédios públicos tiveram problemas.

O prefeito da cidade informou nas redes sociais que vai encaminhar ao estado o pedido de decreto de situação de emergência e também vai elaborar um decreto municipal.

O granizo também deixou ruas de Itaú de Minas cobertas de gelo durante a chuva desta terça-feira. A Polícia Militar não precisou ser acionada para nenhum tipo de ocorrência durante a chuva. Não houve danos graves no município.

Muzambinho também foi atingida pela forte chuva de granizo. Moradores registraram ruas cobertas de gelo e locais danificados. Os estragos nas cidades ainda são contabilizados.