Índices analisados para decisão da volta do uso das máscaras foram: novos casos notificados, casos ativos e procura por leitos.
Por g1 BA e TV Bahia.
A obrigatoriedade do uso das máscaras foi retomada na Bahia, nesta terça-feira (29), por causa do aumento de casos da Covid-19 e de internações no estado. A informação foi divulgada pela diretora de vigilância epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Márcia São Pedro.
De acordo com a Sesab, na segunda-feira (28), dia em que foi anunciada a retomada da medida, a Bahia tinha 70% dos leitos clínicos de Covid-19 ocupados no estado. Esse número era 57% menor no dia 3 de outubro. [Veja abaixo a lista da evolução dos números]
- 03/10: 13%
- 10/10: 13%
- 17/10: 11%
- 24/10: 11%
- 31/10: 11%
- 07/11: 15%
- 14/11: 27%
- 21/11: 80%
- 28/11: 70%
Segundo Márcia São Pedro, os índices analisados para a decisão da volta do uso das máscaras foram: novos casos notificados, casos ativos e procura por leitos.
Outras situações que preocupam a Sesab são a vacinação em atraso contra Covid-19 e a presença da subvariante BQ.1 do coronavírus no estado.
Na última semana, a secretaria informou que 7.528.598 de baianos com 12 anos ou mais não tinham se imunizado contra a doença ou estavam com o esquema vacinal incompleto. O g1 pediu e aguarda a atualização dos dados.
A BQ.1, nova subvariante do coronavírus, foi identificada em cidades da baianas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). A informação foi divulgada pela Secretaria da Saúde (Sesab) no sábado (26).
De acordo com a secretaria, a linhagem BQ.1 foi identificada em 41 das 128 amostras coletadas entre os meses de outubro e novembro.
"A gente tem visto uma resistência da população em tomar as vacinas, os casos vêm aumentando e a variante chegou com a duplicação desse número de casos. A velocidade de transmissão é algo que assusta e nós sabemos que o que faz aumentar o número de casos é o contato e a aglomeração", disse Márcia São Pedro.
Diferente de São Paulo, onde o uso da máscara é obrigatório apenas no transporte público. Na Bahia o cenário é diferente. Veja a lista abaixo:
- Transportes públicos, como trens, metrô, ônibus, lanchas e ferry-boat, e seus respectivos locais de acesso, como estações de embarque;
- Salões de beleza e centros de estética;
- Bares, restaurantes, lanchonetes e demais estabelecimentos similares;
- Templos para atos religiosos litúrgicos;
- Escolas e universidades;
- Ambientes fechados, tais como teatros, cinemas, museus, parques de exposições e espaços congêneres.
A diretora de vigilância epidemiológica da Sesab explicou que a diferença entre os decretos paulista e baiano foi feita como uma medida para diminuir ainda mais o número de novos infectados.
"No momento em que tirou a obrigatoriedade do uso das máscaras, as pessoas deixaram de se vacinar e usar as máscaras em ambientes aglomerados. Às vezes as pessoas acham que é uma rinite leve, uma gripe, mas ela está com sintomas gripais. Ela precisa colocar a máscara", afirmou Márcia São Pedro.
Além do uso da obrigatoriedade das máscaras, o decreto também determina a suspensão de visitas ao pacientes internados em todos os hospitais públicos e particulares no estado.
O decreto estabelece que o acesso dos acompanhantes dos paciente ficará condicionado à comprovação da vacinação e a utilização de máscara de proteção.
Eventos de diversas modalidades seguem com realização autorizada. No entanto, volta a ser exigido o uso de máscara e comprovação de vacina para que haja controle de acesso e venda de ingressos.
A comprovação de vacinação, em todos os casos em que é solicitada, será feita mediante apresentação do documento fornecido no momento da imunização ou do Certificado Covid-19, obtido por meio do aplicativo "CONECT SUS".
A necessidade da demonstração de vacinação passou a ser obrigatória também para o acesso a quaisquer prédios públicos, nos quais se situem órgãos, entidades e unidades administrativas.
Os atendimentos presenciais no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) ficam condicionados à comprovação da vacinação e à obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção.