Neste sábado (12), foi difícil não encontrar um morador da Bahia andando pela Praça São Pedro. Cerimônia de canonização será realizada no domingo (13).
Por G1 BA — Vaticano.
Muitos baianos viajaram até o Vaticano para acompanhar a cerimônia de canonização de Irmã de Dulce, que será realizada no domingo (13). A "romaria" foi tanta, que foi difícil não encontrar um baiano na Praça São Pedro neste sábado (12).
- O G1 transmite a cerimônia de canonização de Irmã Dulce a partir das 5h de domingo, 13
- Saiba tudo sobre a canonização de Irmã Dulce
Luiza Santos, da cidade de Eunápolis, no sul da Bahia, conta que assim que ficou sabendo que Irmã Dulce seria canonizada, procurou detalhes sobre a viagem ao Vaticano.
"Estar aqui é um ato de fé. É um incentivo ter uma santa brasileira e baiana que sempre fez o bem, sempre foi a favor da vida. Não a conheci, mas estou tendo o prazer de participar da canonização", contou.
Luiza (a segunda a partir da esquerda), com a irmã e amigos — Foto: Maiana Belo/G1 Bahia
A soteropolitana Kátia Gomes ficou bastante emocionada ao falar de Irmã Dulce e relembrou o momento em que conheceu a freira.
Kátia Gomes e a freira Josenete — Foto: Maiana Belo/G1 Bahia
Outra baiana que conheceu Irmã Dulce e marca presença no Vaticano é a empresária e cabeleireira Nalva Silva. Aos 65 anos, ela relembra que conheceu a freira baiana quando tinha 18.
"Um funcionário lá da roça [propriedade rural da família], em Gandu, precisava de uma cirurgia de apendicite. Ele fez a cirurgia lá no hospital [das Obras Sociais Irmã Dulce] e não pagou nada. Conheci Irmã Dulce nessa época, no hospital. Eu e minha família ficamos espantados pelo tratamento de graça. Algum tempo depois, meu marido passou a ajudar as Obras", revela.
Nalva faz perucas para pessoas com câncer e doa para o Hospital Santo Antônio, que faz parte da Osid.
"É bom que a gente aproveite o exemplo de Irmã Dulce e retribua o bem que fazem para nós", concluiu.
Nalva Silva faz perucas para pacientes com câncer e doa para hospital das Obras Sociais Irmã Dulce — Foto: Maiana Belo/G1 Bahia
Quem não é da Bahia também está contando as horas para o evento de canonização. O guia de turismo paulista, Márcio Daga, conta que a agência onde trabalha já havia marcado o roteiro da viagem e que Roma já estava no roteiro, mas que ele não sabia da canonização.
"Nada é coincidência, tudo é providência. Todos os lugares que a gente vai temos encontrado brasileiros, e é uma alegria ter a primeira santa nascida em solo brasileiro", contou.
Guia turístico Márcio Braga — Foto: Maiana Belo/G1 Bahia
A freira paraibana Sueli Germano, que mora em Roma há quatro anos, disse que a canonização de Irmã Dulce é muito importante para os cristãos brasileiros.
"É uma forma da gente trazer mais à tona que no Brasil também tem santo. É uma forma muito bonita do papa reconhecer essa santidade na vida das pessoas e reconhecer isso nesse período sinodal [Sínodo da Amazônia] é o sinal dos tempos. Quando a gente pensa em um síndico que fala da vida, da realidade mais gritante do mundo, a gente insere nesse cenário um mulher que lutou diante se um cenário social gritante de Salvador. É importante colocar para o mundo o grito da realidade dos necessitados", disse a freira.