Itamaraty afirmou que não tem a autorização para revelar a identidade do brasileiro, mas declarou que ele optou por ser encaminhado para território russo.
Por G1.
Prisioneiros ucranianos escoltados por rebeldes, em 29 de dezembro de 2019 — Foto: Alexei Alexandrov/AP
Um brasileiro está entre os beneficiados pela troca de prisioneiros entre o governo da Ucrânia e rebeldes separatistas apoiados pela Rússia ocorrida no fim de semana. O Itamaraty afirmou que não tem a autorização para revelar a identidade dele, mas declarou que ele optou por ser encaminhado para território russo.
A troca de presos, a primeira desde 2017, começou em um posto perto da cidade de Horlivka, controlada pelos insurgentes no domingo (29). O acordo foi fechado no início de dezembro com a intermediação da Rússia, Alemanha e França.
Ucrânia e separatistas pró-Rússia trocam 200 prisioneiros de guerra
De acordo com a presidência ucraniana, a troca fez com que Kiev recebesse 76 dos presos, sendo 51 de Donetsk e 25 de Lugansk. Os pró-russos receberam 124 pessoas, pois outras 34 pessoas incluídas na lista original se negaram a regressar ao território separatista.
O primeiro grupo libertado pelos rebeldes inclui soldados ucranianos, disse Ludmila Denisova, representante de direitos humanos para o parlamento ucraniano.
A última grande troca de prisioneiros entre rebeldes separatistas e forças ucranianas ocorreu em dezembro de 2017, com 233 rebeldes trocados por 73 ucranianos.
Conflito
O conflito no leste da Ucrânia matou mais de 14 mil pessoas desde 2014. Começou cerca de dois meses depois que o presidente da Ucrânia, amigo da Rússia, fugiu do país em meio a protestos em massa em Kiev. A anexação da Rússia à Península da Criméia logo se seguiu.
As expectativas para o fim dos combates aumentaram desde a eleição da primavera do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que tem sido mais favorável às negociações com a Rússia sobre o fim da guerra.
A perspectiva de paz, no entanto, pode diminuir depois de eleições locais, em que o grande tema será a garantia de maior autonomia às regiões rebeldes.