Universidade de Washington prevê que estado com maior número de óbitos será São Paulo, com mais de 32 mil mortes, seguido do Rio, com cerca de 26 mil.
Por G1.
O número de mortes por Covid-19 no Brasil deve passar de 125 mil no começo de agosto, de acordo com uma previsão do Instituto para Métricas de Saúde e Avaliação (IHME, na sigla em inglês), ligado à Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
“O Brasil deve seguir o exemplo de Wuhan, na China, e o da Itália, Espanha e Nova York e impor ordens e medidas para tomar controle de uma epidemia que está crescendo rapidamente, e reduzir a transmissão do coronavírus”, disse Christopher J. L. Murray, diretor do IHME.
Sem essas medidas, o modelo do instituto mostra que o volume de mortes deve seguir em alta até o meio de julho. Haverá falta de infraestrutura hospitalar também, disse ele.
Vista aérea do Cemitério Vila Formosa, em São Paulo, com abertura de novas covas devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) — Foto: Marcello Zambrana/AGIF/Estadão
O instituto fez projeções por estados brasileiros até o dia 4 de agosto. Veja abaixo:
- São Paulo: 32.043 (projeção anterior era de 36.811)
- Rio de Janeiro: 25.755 (projeção anterior era de 21.073)
- Pernambuco: 13.946 (projeção anterior era de 9.401)
- Ceará: 15.154 (projeção anterior era de 8.679)
- Maranhão: 3.625 (projeção anterior era de 4.613)
- Bahia: 5.848 (projeção anterior era de 2.443)
- Amazonas: 3.194 (projeção anterior era de 5,039)
- Paraná: 626 (projeção anterior era de 245)
- Pará: 13.524 (sem projeção anterior)
- Espirito Santo: 2.853 (sem projeção anterior)
- Minas Gerais: 2.371 (sem projeção anterior)
- Alagoas: 1.788 (sem projeção anterior)
- Rio Grande do Sul: 1.165 (sem projeção anterior)
- Paraíba: 1.142 (sem projeção anterior)
- Goiás: 893 (sem projeção anterior)
- Amapá: 529 (sem projeção anterior)
- Rio Grande do Norte: 492 (sem projeção anterior)
- Santa Catarina: 464 (sem projeção anterior)
- Acre: 422 (sem projeção anterior)
Murray afirma que a previsão do IHME captura efeitos das regras de distanciamento social, tendências de mobilidade e capacidade de testes. As projeções mudam de acordo com alterações nessas políticas.
O modelo será atualizado com regularidade à medida que novos dados sobre hospitalização, mortes, testes e mobilidade forem divulgados, de acordo com a nota.
A diretora-geral da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, citou nesta terça-feira (26) uma projeção de 88,3 mil mortes por Covid-19 no Brasil até o dia 4 de agosto.