O narcotraficante Jorge Teófilo Samudio, conhecido como ‘Samura’, de 49 anos, foi preso em Sinop, no norte de Mato Grosso. Samura era líder de uma organização criminosa que atua no Brasil e era o narcotraficante mais procurado do Paraguai.
A prisão dele ocorreu na segunda-feira (29) e foi divulgada nesta terça-feira (30).
Segundo informações da Polícia Federal e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), que coordenaram a operação da prisão dele, Samura é uma das principais lideranças do tráfico internacional de drogas daquele país.
A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) informou ao G1 que Samura ficou preso na Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem) em Sinop, de onde foi transferido de comboio ainda na terça-feira até o aeroporto de Sinop. Ele embarcou escoltado por policiais em um avião até Brasília.
Samura tinha fortes conexões com uma facção brasileira que atua no Rio de Janeiro era responsável pelo envio de grandes carregamentos de cocaína para o Brasil.
Também era o administrador de um relevante esquema de lavagem de dinheiro em solo paraguaio.
Além de atuar no envio de cocaína, o criminoso fornecia armas de grosso calibre à organização criminosa carioca, utilizando-se de propriedades rurais em solo paraguaio como estrutura logística para aterrissagem e decolagem de pequenas aeronaves carregadas com cocaína e armas.
O traficante já havia sido preso em 2018 por autoridades do Paraguai, entretanto, em 11 de setembro de 2019, foi resgatado de um presídio naquele país em ação extremamente violenta, com a utilização de armas de fogo de grosso calibre, que ainda causou a morte de um oficial da polícia paraguaia.
O mandado de prisão preventiva para extradição foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumprido pela PF em Mato Grosso.
No momento da prisão, o paraguaio estava com uma arma e utilizava documento falso, razão pela qual também foi preso em flagrante.
Perfil
De acordo com a Senad, Samura tinha um grande poder aquisitivo. Considerado ‘mão de ferro’, ele tinha uma grande infraestrutura, logística e controle sobre criminosos em várias atividades ilegais.
A secretaria do Paraguai calcula que o narcotraficante era o responsável pelo tráfico de cocaína com lucros que giravam em torno de 20 milhões de dólares por mês, levando-se em consideração a quantidade de drogas.
O tráfico era feito por aviões que descarregavam os entorpecentes em propriedades rurais localizadas em Amambay, Concepción e Alto Paraguai.