Sábado, 03 Abril 2021 16:21

Brasileiro vacinado nos EUA diz que mantém rotina de isolamento e uso de máscara: 'Não impede de car

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Por Ana Paula Yabiku, G1 Itapetininga e Região.

Março chegou ao fim como o mês mais letal no Brasil desde o início da pandemia. Mesmo assim, a vacinação contra a Covid-19 caminha a passos lentos no país. Do outro lado do continente, nos Estados Unidos, o brasileiro Antoni Correa, de Itararé (SP), teve o privilégio de ser imunizado contra a doença já aos 27 anos.

O empresário, que mora em Boston, Massachusetts, há quatro anos, recebeu a dose única da vacina da Johnson & Johnson no último dia 26 de março. No entanto, apesar de estar imune e de nunca ter contraído o coronavírus, ele diz que pretende continuar seguindo as orientações de prevenção à doença.

"Vou continuar trabalhando de casa, usando máscara e seguindo todas as medidas indicadas pelo governo. Estar imunizado te protege caso você pegue a doença, mas não te impede de carregar o vírus e transmitir para outras pessoas", reforça.

Segundo Antoni, algumas restrições continuam sendo adotadas em Boston para evitar uma nova onda da Covid-19, embora um pouco mais leves por conta da vacinação.

"Número limitado de pessoas em bares e restaurantes e etc. Porém, é bem menos intenso do que quando estávamos no ápice da pandemia", explica.

Paralelo

O país norte-americano, que ocupa o primeiro lugar no ranking de mortes pela doença, anunciou que pretende vacinar 90% dos adultos até o dia 19 de abril. De acordo com um levantamento da agência Bloomberg, pelo menos 146 milhões de doses já foram aplicadas nos EUA, o suficiente para mais de 22% da população.

Enquanto isso, no Brasil, a campanha de vacinação ainda está na primeira fase, que contempla grupos de risco da doença, como profissionais da área da saúde e idosos. Segundo as secretarias de Saúde, o país aplicou 23.807.845 doses de vacina até o momento.

Mesmo longe de casa, o empresário acompanha de perto a situação da pandemia no Brasil e comenta o fato de ter sido imunizado antes de alguns familiares que moram no país e que são mais velhos do que ele.

"É muito difícil saber que eu estou longe deles e que eles ainda não foram vacinados, mas sei que estão se cuidando e não saindo de casa. Eles estão conscientes de que precisam se proteger. Não vejo a hora de que eles estejam completamente protegidos", conta.

Para Antoni, ao contrário do Brasil, os Estados Unidos se prepararam para a vacinação e vêm tendo um ótimo desempenho em relação ao restante do mundo por conta disso.

 

"O governo americano auxiliou financeiramente seu povo, organizou vacinas de forma rápida e eficaz, nunca questionou a veracidade da vacina, sempre levou o vírus muito a sério e tomou medidas drásticas, como o fechamento do comércio no começo, o que realmente ajudou a dar uma controlada nos casos, mas sempre dando apoio para as pessoas", completa.