Antoni Correa é de Itararé (SP), mas mora em Boston, Massachusetts, há quatro anos. Empresário de 27 anos recebeu a dose única da vacina da Johnson & Johnson no último dia 26 de março.
Por Ana Paula Yabiku, G1 Itapetininga e Região.
Março chegou ao fim como o mês mais letal no Brasil desde o inÃcio da pandemia. Mesmo assim, a vacinação contra a Covid-19 caminha a passos lentos no paÃs. Do outro lado do continente, nos Estados Unidos, o brasileiro Antoni Correa, de Itararé (SP), teve o privilégio de ser imunizado contra a doença já aos 27 anos.
O empresário, que mora em Boston, Massachusetts, há quatro anos, recebeu a dose única da vacina da Johnson & Johnson no último dia 26 de março. No entanto, apesar de estar imune e de nunca ter contraÃdo o coronavÃrus, ele diz que pretende continuar seguindo as orientações de prevenção à doença.
"Vou continuar trabalhando de casa, usando máscara e seguindo todas as medidas indicadas pelo governo. Estar imunizado te protege caso você pegue a doença, mas não te impede de carregar o vÃrus e transmitir para outras pessoas", reforça.
Segundo Antoni, algumas restrições continuam sendo adotadas em Boston para evitar uma nova onda da Covid-19, embora um pouco mais leves por conta da vacinação.
"Número limitado de pessoas em bares e restaurantes e etc. Porém, é bem menos intenso do que quando estávamos no ápice da pandemia", explica.
Paralelo
O paÃs norte-americano, que ocupa o primeiro lugar no ranking de mortes pela doença, anunciou que pretende vacinar 90% dos adultos até o dia 19 de abril. De acordo com um levantamento da agência Bloomberg, pelo menos 146 milhões de doses já foram aplicadas nos EUA, o suficiente para mais de 22% da população.
Enquanto isso, no Brasil, a campanha de vacinação ainda está na primeira fase, que contempla grupos de risco da doença, como profissionais da área da saúde e idosos. Segundo as secretarias de Saúde, o paÃs aplicou 23.807.845 doses de vacina até o momento.
Mesmo longe de casa, o empresário acompanha de perto a situação da pandemia no Brasil e comenta o fato de ter sido imunizado antes de alguns familiares que moram no paÃs e que são mais velhos do que ele.
"É muito difÃcil saber que eu estou longe deles e que eles ainda não foram vacinados, mas sei que estão se cuidando e não saindo de casa. Eles estão conscientes de que precisam se proteger. Não vejo a hora de que eles estejam completamente protegidos", conta.
Para Antoni, ao contrário do Brasil, os Estados Unidos se prepararam para a vacinação e vêm tendo um ótimo desempenho em relação ao restante do mundo por conta disso.
"O governo americano auxiliou financeiramente seu povo, organizou vacinas de forma rápida e eficaz, nunca questionou a veracidade da vacina, sempre levou o vÃrus muito a sério e tomou medidas drásticas, como o fechamento do comércio no começo, o que realmente ajudou a dar uma controlada nos casos, mas sempre dando apoio para as pessoas", completa.