Político diz que 'um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam espanhol, atacou a residência privada do presidente da República' e 'feriu mortalmente o Chefe de Estado'.
Por G1.
O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi morto em um ataque a tiros em sua casa, na capital Porto Príncipe, na madrugada desta quarta-feira (7), anunciou o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph.
O premiê interino afirmou também que a primeira-dama, Martine Moise, levou um tiro e foi hospitalizada, mas não informou o estado de saúde dela. Jovenel tinha 53 anos.
Joseph afirmou em comunicado que o assassinato foi um "ato odioso, desumano e bárbaro". Segundo o premiê, "um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República" por volta da 1h e "feriu mortalmente o Chefe de Estado".
Ele pediu à população "que se acalme" e afirmou que "a situação da segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional haitiana e das Forças Armadas do Haiti". "Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação".
O Haiti é a nação mais pobre das Américas e tem um longo histórico de ditaduras e golpes de Estado. Nos últimos meses, enfrentava uma crescente crise política e humanitária, com escassez de alimentos e violência nas ruas.
O país de 11,4 milhões de habitantes faz fronteira com a República Dominicana na ilha Hispaniola, no Caribe, e tem um dos menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo: 0,51.
A República Dominicana anunciou que está fechando a fronteira com o Haiti, e o presidente do país, Luis Abinader, fez uma reunião de emergência sobre a situação no vizinho, mas ainda não se pronunciou oficialmente.