Sábado, 06 Novembro 2021 13:42

Avião com Marília Mendonça atingiu cabo de torre de alta tensão antes de cair em MG, diz Cemig

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Por g1 MG.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) disse nesta sexta-feira (5) que o avião que transportava Marília Mendonça e outras quatro pessoas atingiu um cabo de uma torre de distribuição da empresa, em Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce.

A Aeronáutica apura diversas hipóteses para o acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça, de 26 anos.

O avião, um bimotor King Air da Beech Aircraft, fabricado em 1984, decolou de Goiânia e caiu em uma cachoeira a 2 quilômetros da pista onde faria o pouso, segundo informou a Polícia Militar mineira. A aeronave tinha capacidade para 4,7 mil quilos e podia levar até 6 passageiros.

Informações preliminares relatadas por pilotos que sobrevoaram a região próximo ao momento do acidente e também de testemunhas são de que o avião "rasgou" fios de alta tensão ligadas a uma torre próximo ao local.

Relatos indicavam riscos em região

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião de Marília Mendonça estava com a documentação em dia e tinha autorização para fazer táxi aéreo.

Avião de pequeno porte cai no interior de Minas Gerais
Avião de pequeno porte cai no interior de Minas Gerais
 

Nos meses anteriores ao acidente, outros pilotos já haviam relatado aos órgãos aéreos da região que os fios elétricos atrapalhariam o pouso no aeródromo de Caratinga. São relatos chamados Notam (Notificação Aeronáutica), e que indicam dados sobre riscos e alertam outros pilotos que se dirigem à região sobre perigos para operar no local.

Uma testemunha do acidente, que também é piloto, relatou às autoridades que o avião da cantora teria perdido um dos dois motores após colidir contra os fios, e o impacto fez com que a aeronave perdesse sustentação.

Para confirmar os fatores que podem ter contribuído para o acidente, a FAB terá de tomar as seguintes ações:

  • fazer uma perícia nos destroços do avião;
  • ouvir testemunhas da decolagem e pouso;
  • recuperar documentos, dados de inspeções técnicas e de manutenção;
  • e checar a qualidade do combustível usado na operação.

Em nota, a Aeronáutica informou que "investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA 3), localizado no Rio de Janeiro (RJ), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA)" foram deslocados para o local da tragédia para apurar o acidente.

As causas do acidente serão apuradas. Peritos foram enviados ao local pela Aeronáutica e pela Polícia Civil de Minas Gerais.

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