Honraria é reservada a pessoas que se destacam pela promoção dos indígenas. Presidente cortou do orçamento deste ano verbas para a proteção dos povos originários e é criticado por sua atuação em relação a eles.
Por g1 — São Paulo.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, concedeu a medalha do mérito indigenista ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O despacho foi publicado no "Diário Oficial da União" desta quarta-feira (16).
A condecoração é concedida a pessoas que se destacam pelos trabalhos de proteção e promoção dos povos indígenas brasileiros.
Bolsonaro, entretanto, tem sido criticado por sua atuação em relação aos povos indígenas.
No ano passado, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) chegou a denunciar o presidente ao Tribunal Penal Internacional de Haia por incentivar a invasão de terras indígenas por garimpeiros.
Em 2020, o presidente causou reações negativas após dizer que "cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós". Na Assembleia Geral das Nações Unidas de 2019, ao fazer o seu discurso de abertura, ele disse que o cacique Raoni Metuktire era usado como "peça de manobra" por governos estrangeiros.
Neste ano, ao sancionar o orçamento para 2022, o presidente cortou verbas voltadas destinadas à proteção e promoção de povos indígenas que haviam sido aprovadas pelo Congresso.
O presidente também é contrário à demarcação de novas terras indígenas e seu governo tem defendido a liberação do garimpo nas áreas já demarcadas.