Lei que estabelece criação do piso para a categoria foi sancionada em agosto e suspensa no início de setembro. Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de SP diz que medida é injusta.
Por TV Globo e g1 SP — São Paulo.
Profissionais da área da Saúde de várias cidades protestam, nesta quarta-feira (21), contra a suspensão do piso salarial da enfermagem, sancionado em agosto, que estabelece o valor mínimo a ser pago para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras como remuneração por suas atividades.
Além da capital paulista, foram registrados atos também no Recife, em Belo Horizonte, em Brasília, em Natal e em Salvador.
No início de setembro, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a lei que estabelece o piso para que sejam analisados dados relacionados ao impacto financeiro para os atendimentos e aos riscos de demissões diante de tal implementação.
A decisão foi votada pelos demais ministros e mantida após o plenário virtual realizado na quinta-feira (15).
Para o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), James Francisco dos Santos, o piso é um direito que foi conquistado de maneira legal e democrática e sua suspensão é injusta.
"Consideramos injusta a suspensão do nosso piso, que foi devidamente aprovado pelo Senado, Câmara dos Deputados e sancionado pelo presidente da República", afirmou o representante do órgão. Segundo ele, o impacto econômico da adoção do piso já foi projetado em um estudo feito antes da sanção da lei e seria de R$ 16 bilhões.
Além do Coren-SP, o Fórum Nacional da Enfermagem também participou da mobilização desta quarta.