Congressistas dos EUA usaram redes sociais para apoiar extradição do ex-presidente brasileiro, que chegou à Flórida em 31 de dezembro. Neste domingo (8), bolsonaristas radicais invadiram e depredaram Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF.
Por g1.
Ao menos cinco congressistas americanos defenderam a extradição do Jair Bolsonaro dos Estados Unidos. Para os políticos, o ex-presidente do Brasil é um dos responsáveis pelos atos terroristas que aconteceram em Brasília neste domingo (8).
Bolsonaro chegou a Orlando, na Flórida, em 31 de dezembro, véspera de deixar o governo. No Twitter, ele afirmou que invasões e depredações são diferentes de manifestações pacíficas e "fogem à regra".
Um processo de extradição é a entrega de uma pessoa investigada, processada ou condenada após um pedido formal para o país em que ela se encontra. Um pedido de extradição de um brasileiro no exterior pode ser feito pelo Ministério Público, que instaura o procedimento para ser analisado junto ao Poder Executivo e às autoridades estrangeiras.
Joaquin Castro, deputado democrata pelo Texas, disse que terroristas domésticos e fascistas não podem usar a cartilha de Trump para minar a democracia".
"Bolsonaro não deve se refugiar na Flórida, onde está se escondendo da responsabilidade por seus crimes", afirmou.
"Quase dois anos depois que o Capitólio dos EUA foi atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas no exterior tentando fazer o mesmo no Brasil. Devemos ser solidários com o governo democraticamente eleito de Lula", escreveu.
"A violência antidemocrática no Brasil hoje é um lembrete preocupante dos perigosos movimentos fascistas que crescem em todo o mundo. Jair Bolsonaro não deveria ter permissão para se refugiar nos EUA", afirmou.
Ilhan Omar, deputada por Minnesota, prestou solidariedade a Lula e aos brasileiros. "As democracias de todo o mundo devem permanecer unidas para condenar este ataque à democracia. Bolsonaro não deveria se refugiar na Flórida", disse.
Resumo
- Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram Palácio do Planalto, Congresso e STF.
- O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana. Mensagens mostram que atos foram planejados.
- Apesar disso, a PM do DF mantinha poucos homens no local e não conseguiu frear os terroristas. A polícia foi criticada e acusada de omissão.
- Obras de arte e móveis foram quebrados no palácio presidencial. O plenário do STF ficou destruído.
- Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF, e o governo pediu a prisão do bolsonarista Anderson Torres, que respondia pela segurança em Brasília