Quinta, 06 Julho 2023 09:18

Polícia faz operação no Complexo da Penha e no Quitungo

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Por Ben-Hur Correia, Felipe Freire e Guilherme dos Santos, Bom Dia Rio.

As polícias Civil e Militar realizam, na manhã desta quinta-feira (6), uma operação nos complexos da Penha e Quitungo, na Zona Norte do Rio. Imagens gravadas por moradores na região mostram intenso tiroteio desde o início da manhã. Até as 9h, nove pessoas haviam sido presas.

O objetivo da ação, comandada pelo delegado Fábio Asty, titular da 38ªDP (Brás de Pina), é a reintegração de posse de um prédio particular e o cumprimento de 31 mandados de prisão e cinco de busca e apreensão contra menores ligados ao tráfico de drogas na região.

Segundo as investigações, eles realizavam invadiram o prédio na comunidade do Quitungo para fazer cobranças ilegais aos moradores. A exploração do serviço ajudava a financiar o crime organizado local. A quadrilha já teria movimentado mais de R$ 500 mil nesse prédio.

 

Para dificultar a operação, que conta com cerca de 400 policiais civis e 100 militares, os criminosos atearam fogo em diversas barricadas no interior das comunidades.

Moradores dos complexos do Alemão e Penha relatam intensa troca de tiros na região na manhã desta quinta (6).
 
Moradores dos complexos do Alemão e Penha relatam intensa troca de tiros na região na manhã desta quinta (6).

Ainda conforme a polícia, o "síndico" designado pelo tráfico de drogas era o presidente da associação de moradores do Quitungo e atuaria com ordem do traficante Thiago do Nascimento Mendes, vulgo Belão, chefe do tráfico na comunidade.

São 24 apartamentos pagando R$ 700, quase 17 mil mês para o crime organizado.

Outras extorsões

Outro serviço explorado pela quadrilha é que uma empresa de engenharia civil que ganhou por licitação a ordem para realizar reparos em um conjunto habitacional do Quitungo era obrigada a pagar R$ 15 mil mensal para prosseguir com as obras. Caso contrário seria impedida de realizar os serviços. As obras terminaram no início do ano.

 

Segundo a Polícia Civil, quem manifestava ser contra as cobranças eram sequestrados ou mortos por desconfianças dos criminosos. Há investigações na DH e DDPA.