Festival acontecia próximo à Faixa de Gaza, na região Sul de Israel, no sábado (7), quando o grupo extremista Hamas invadiu o local. Cerca de 260 pessoas foram mortas.
Por g1.
O festival de música eletrônica atacado neste sábado (7) pelo Hamas em Israel tem origem brasileira e foi criado pelo DJ Swarup, pai do DJ Alok. A edição israelense do Universo Paralello foi interrompida e deixou mais de 260 pessoas mortas, segundo as autoridades israelenses.
O evento brasileiro foi criado no Brasil nos anos 2000 por Juarez Petrillo, o DJ Swarup, pai dos DJs Alok e Bhaskar. A festa começou em Goiás, mas logo foi transferida para a Bahia, onde geralmente acontece na virada do ano na praia de Pratigi, de Ituberá.
"Estamos profundamente chocados com os últimos acontecimentos em Israel envolvendo ataques simultâneos sem precedentes em diversas regiões do país pelo Hamas. Como muitos de vocês sabem, o evento 'Tribe of Nova edição Universo Paralello' estava sendo realizado na região Sul, próximo a Faixa de Gaza no último dia 6, um dos lugares atacados", diz o comunicado.
"Israel é reconhecida mundialmente por grandes eventos de música eletrônica e o local é conhecido por realizar diversos deles, tondo no dia anterior acontecido um festival com o mesmo perfil no mesmo local."
Universo Paralello no Brasil em fotos nas redes sociais — Foto: Reprodução/Instagram
O festival brasileiro conta com vários dias de duração e o público costuma ficar acampado no local, na praia, em meio às áreas das apresentações. Os DJs apresentam vertentes variadas da música eletrônica como o psytrance.
Segundo a organização da rave brasileira, a marca costuma ser licenciada para outros países, com uma produtora local responsável pela organização e contratação dos artistas.
O festival já aconteceu em países como a Índia, em 2015, e na França, em 2016, e entre 2022 e 2023, foram realizadas edições na Argentina, Espanha, Portugal, Tailândia e México. Esta festa foi a festa primeira a acontecer no Oriente Médio e recebeu o nome de Tribe of Nova. Petrillo foi um dos DJs contratados para a edição israelense.
Petrillo filmou o momento em que o festival foi interrompido após o ataque do Hamas, em Israel. O vídeo postado em rede social por ele mostra fumaça no céu e as pessoas se movimentando no local.
"Estou em choque até agora! E as bombas não param de explodir… depois conto mais detalhes", escreveu Petrillo.
"Estou em choque até agora! E as bombas não param de explodir… depois conto mais detalhes." Ele não chegou a se apresentar na festa.
"Surreal! [...] Já estava no palco para tocar. Espiritual demais! Foi a primeira vez que aconteceu isso, nunca uma festa parou assim! Sei nem o que fazer dizer", escreveu. "Helicópteros!! Explosões. Acabou a luz elétrica!! Bizarro!! Guerra !! Muito triste."