A consultoria Walm negou a Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem Sul Superior da mina Gongo Soco.
Por G1 Minas — Belo Horizonte.
A Agência Nacional de Mineração determinou a retirada de cerca de 500 pessoas das comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras, todas em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais, por causa da Barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, da Vale. Os moradores saíram de casa na madrugada desta sexta-feira (8), por volta de 1h, após sirenes serem acionadas.
De acordo com a mineradora, a consultoria Walm negou a Declaração de Condição de Estabilidade da estrutura. A partir daí, a empresa começou a executar o nível 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração. Já a Prefeitura de Barão de Cocais disse que a Agência Nacional de Mineração ampliou para o nível 2, mais próximo da possibilidade de rompimento.
De acordo com a Vale, a produção de minério de ferro da mina de Gongo Soco está paralisada desde abril de 2016.
“Como medida de segurança, a Vale está intensificando as inspeções da barragem Sul Superior. Também será implantado equipamento com capacidade de detectar movimentações milimétricas na estrutura”, diz a nota da Vale. Uma nova avaliação da barragem será realizada neste domingo (10).
As barragens que serão desativadas ficam em complexos amplos de mineração da Vale, alguns deles em divisas de municípios, com operações em mais de uma cidade.
Em entrevista ao Bom Dia Minas, o secretário de Comunicação de Barão de Cocais, Mardem Chaves, disse que a retirada atinge os moradores de comunidades, que ficam cerca de 2km da barragem, que está desativada. Ele reafirmou que algumas pessoas ainda estão sendo levadas ao Ginásio Poliesportivo.