Eles foram abordados pela PRF de Oliveira em Itatiaiuçu, ouvidos e liberados. Polícia Federal investigará o caso.
Por Matheus Garrôcho e Mariana Milagre, G1 Centro-Oeste de Minas.
O ex-comandante geral, Marcus Aurélio Pinheiro, e o subtenente reformado, Esperon Pereira dos Santos, da Polícia Militar de Alagoas (PM) foram presos com cerca de R$ 1,5 milhão em espécie na Rodovia Fernão Dias, a BR-381, em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na noite desta quarta-feira (17).
Eles foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Oliveira e levados para a Delegacia da Polícia Federal em Divinópolis. Um advogado de defesa dos ex-policiais esteve na delegacia, mas não quis gravar entrevista com a reportagem.
Contudo, na manhã desta quinta-feira (18), a defesa do Pinheiro disse em nota que o cliente foi abordado, ouvido e liberado. A informação foi confirmada pelo delegado Daniel Souza Silva, chefe da Delegacia da Polícia Federal em Divinópolis.
Coronel Marcus Aurélio Pinheiro foi afastado do comando-geral da PM de Alagoas em 2014 — Foto: Natália Souza/G1
De acordo com a PRF, eles foram abordados durante uma fiscalização de rotina e demonstraram nervosismo. O dinheiro foi encontrado no porta-malas do veículo, dentro de uma mala. O veículo tinha placa de Belo Horizonte e pertence a uma locadora de automóveis, segundo a PRF.
O delegado Daniel Souza revelou à reportagem que os ex-policiais não estavam armados e afirmaram que o dinheiro seria utilizado para realizar uma transação envolvendo um imóvel no Estado de São Paulo.
A defesa de Pinheiro disse que ele estava com um comerciante que pretendia adquirir um imóvel de campo na região mineira. Informou ainda que foi contratado para acompanhar a negociação do imóvel, o que não ocorreu. Durante a abordagem, foi apresentado o contrato de compra e venda da propriedade. Em seguida, Pinheiro foi liberado.
O dinheiro apreendido será levado para contagem em uma instituição bancária nesta quinta-feira. A Polícia Federal investigará o caso e, ainda segundo o delegado, os ex-policiais poderão ser indiciados por lavagem de dinheiro, com pena prevista de três a 10 anos de reclusão.