Segunda, 04 Novembro 2019 21:25

Helicóptero que levava Evo Morales tem falha mecânica na decolagem; não há feridos

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Imagem publicada em rede social mostra o helicóptero de Evo Morales após falha mecânica nesta segunda-feira (4) — Foto: Reprodução/Facebook/Joshua Bellot

 

Um helicóptero que levava o presidente da Bolívia Evo Morales teve uma falha mecânica nesta segunda-feira (4) durante a decolagem em Colquíri, localidade que fica entre La Paz e Cochabamba, reportam os jornais "El Deber" e "La Razón". Foi necessário fazer um pouso de emergência. Não houve feridos no incidente. Evo estava a bordo e deixou o incidente ileso, de acordo com os veículos locais.

Mais tarde, postou uma mensagem a respeito do ocorrido no Twitter: "Tivemos um incidente com o helicóptero que será devidamente investigado. Graças a Deus, Pachamama (mãe terra) e nossas achachilas (espíritos protetores), estamos bem e ninguém se machucou. Agradecemos os numerosos sinais de solidariedade", escreveu.
 

A aeronave voaria à cidade de Oruro. A Força Aérea Boliviana (FAB) emitiu um comunicado informando que houve um problema no rotor de cauda durante a decolagem.

“A FAB, de acordo com os regulamentos, procederá para ativar o Conselho de Investigação de Acidentes; mais detalhes sobre o evento serão fornecidos de acordo com o andamento da investigação ”, diz a Força Aérea.

 Helicóptero de Evo teve problema no rotor traseiro — Foto: Reprodução/Facebook/Joshua Bellott

Helicóptero de Evo teve problema no rotor traseiro — Foto: Reprodução/Facebook/Joshua Bellott

Um vídeo que circula nas redes sociais obtido por "El Deber" mostra o helicóptero, com registro FAB-007 no chão, cercado por um grupo de pessoas. De acordo com o que se diz nesse vídeo, o helicóptero teria colidido com uma estrutura metálica quando decolou e caiu pelo menos 15 metros -- essa informação, no entanto, não está oficialmente confirmada.

 O presidente boliviano Evo Morales fala durante uma entrevista coletiva no palácio presidencial, em imagem de arquivo — Foto: David Mercado/Reuters

O presidente boliviano Evo Morales fala durante uma entrevista coletiva no palácio presidencial, em imagem de arquivo — Foto: David Mercado/Reuters

 

Ultimato de opositor

Evo Morales articula com suas bases sindicais para a contraposição a um ultimato recebido de um líder regional que disse que, na segunda-feira (4), decidiria ações que "garantam" a saída do poder dele.

Embora as ruas da maior parte da nação andina tenham ficado quietas durante o fim de semana, o discurso do partido no poder e da oposição se radicalizou recentemente. As manifestações têm como pano de fundo a contestada reeleição de Evo Morales.

Em Santa Cruz, o centro agrícola e industrial do país, o presidente do Comitê Cívico, Luis Fernando Camacho, disse na noite de sábado que havia um prazo de 48 horas para a saída de Morales, caso contrário os adversários na segunda "vamos lá para fazer determinações e garantiremos que ele saia ".

Aos 60 anos, Morales -- o presidente que ocupa o cargo há mais tempo na região desde 2006 -- disse estar surpreso com as declarações de Camacho.

"Tenho informações de que amanhã eles instalarão telas grandes (em Santa Cruz), para dizer como chegarão ao Evo. Tenho muita confiança no povo boliviano e em nosso processo de mudança", afirmou o presidente em entrevista a uma rádio indígena.