Cronograma foi alterado em cerca de duas semanas. Brasileiros terão entre 7 e 8 de fevereiro para fazer a seleção entre as 1.460 vagas disponíveis. Já estrangeiros com diploma de fora do país podem escolher entre os locais remanescentes nos dias 18 e 19.

O Ministério da Saúde alterou em cerca de duas semanas o prazo para que médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior escolham municípios de atuação pelo programa Mais Médicos. Segundo anúncio feito pela pasta nesta segunda-feira (21), os brasileiros com diploma de fora do país devem escolher os locais onde irão trabalhar nos dias 7 e 8 de fevereiro; já os estrangeiros formados fora do Brasil terão os dias 18 e 19.

No cronograma anterior, os brasileiros formados no exterior deveriam escolher os locais de atuação nos dias 23 e 24 de janeiro, e os estrangeiros, nos dias 30 e 31. Existem 1.460 vagas disponíveis, de acordo com último balanço do Ministério da Saúde — cerca de 17% dos 8.517 postos de trabalho abertos na seleção para o Mais Médicos.

Confira o cronograma das próximas etapas:

  • 31 de janeiro: Publicação da validação dos documentos dos brasileiros formados no exterior;
  • 7 de fevereiro: Publicação da relação dos municípios com vagas remanescentes;
  • 7 e 8 de fevereiro: Brasileiros formados no exterior escolhem vagas disponíveis;
  • 12 de fevereiroPublicação da validação dos documentos dos estrangeiros formados no exterior;
  • 18 de fevereiro: Publicação da relação dos municípios com vagas remanescentes;
  • 18 e 19 de fevereiro: Estrangeiros formados no exterior escolhem vagas disponíveis.

Formados no exterior

Segundo a pasta, 10.205 médicos brasileiros ou estrangeiros formados no exterior completaram a inscrição de participação no programa. Esses profissionais poderão exercer a medicina no país mesmo sem a revalidação do diploma.

O Ministério da Saúde abriu edital, em novembro do ano passado, para substituir os profissionais cubanos do Mais Médicos, depois que Cuba decidiu retirá-los do país. Nas duas primeiras etapas de seleção, puderam se inscrever apenas brasileiros com diploma registrado no país. As vagas remanescentes foram, então, oferecidas a médicos formados no exterior.

Criado em 2013, durante o governo Dilma Rousseff, para atrair médicos para as regiões mais afastadas do país, o programa atende cerca de 63 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Saúde.

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Um motorista de 32 anos e mais duas pessoas ficaram feridas depois que uma ambulância da cidade de Lagoa Real, sudoeste da Bahia, colidiu contra um ônibus na madrugada desta quarta-feira (16) na BR-030, próximo ao Distrito de Ibitira.
As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, em Brumado. As circunstâncias do acidente ainda são apuradas, mas preliminarmente os policiais informaram o que condutor do ônibus foi o causador do acidente, inclusive fugiu do local com o veículo.
A colisão ocorreu por volta das 04h30min e segundo informações da PRF o motorista da ambulância teve algumas lesões. Os dois passageiros tiveram escoriações pelo corpo. Os três foram socorridos por ambulâncias do SAMU até o hospital em Brumado.
Fonte: http://www.sudoesteagora.com
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Foto - Wilker Porto / Agora Sudoeste

Uma indústria de água mineral será inaugurada em Caetité e a expectativa é que gere cerca de 50 empregos diretos. Em entrevista ao site Sudoeste Bahia, o proprietário do manancial, empresário Jurandir Barbosa, conhecido como “Indiano de Brejinho”, declarou que ao descobrir em suas terras um grande manancial de água mineral - vazão de 82 mil litros de água/hora - resolveu investir no segmento. A indústria de produção, momeada "Inajá", possui um espaço construído de quase 6 mil metros, seis decks para embarque e desembarque de caminhões, área de envase fechado, refeitório, estacionamento, vestiários, laboratório de análise, depósito, área verde e escritórios. A parte física já está pronta e a previsão de inauguração é para maio deste ano. Foram investidos quase R$ 12 milhões na indústria, que tem capacidade de envase de 1.700 galões de 20 litros por hora; a linha de descartável, que compreende garrafas de 500 mililitros, 1,5 litros e copos, serão produzidos cerca de cinco mil unidades por hora. A qualidade da água foi certificada pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que, inclusive, já emitiu as devidas licenças. O processo é totalmente automatizado, sem nenhuma intervenção humana. A tubulação que conduz a água do manancial para a fábrica é em inox sanitário 304 PIPE (polido internamente – polido externamente), o que garante a qualidade da água levada até ao local de envase. “Nossa pretensão é oferecer água de qualidade para as distribuidoras para que elas não precisem se deslocar para Salvador, como muitas distribuidoras fazem. Hoje, o que mais pesa é o frete, que infelizmente é colocado no preço final do produto vendido ao consumidor. Só de não precisar se deslocar até Salvador para comprar água mineral, a distribuidora irá ter um menor custo, o que irá baratear o produto”, disse o empresário em entrevista ao Sudoeste Bahia.

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Por: Valter Campanato/Agência Brasil 

O número de novos integrantes do programa Mais Médicos em atividade na Bahia dobrou desde o último balanço parcial divulgado e chegou a 594. Os dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) foram divulgados pelo G1.

Na Bahia, foram ofertadas 853 vagas. De acordo com os dados divulgados nesta segunda pela Sesab, até a última sexta-feira (14), 717 médicos já tinham se apresentado nas unidades de saúde onde se inscreveram para trabalhar. 

Ainda segundo a reportagem, 76 desistiram das vagas, 3 serão remanejados para outras unidades e 44 ainda não tinham começado a trabalhar. Além disso, outros 136 médicos ainda estavam com a entrega de documentos pendente.

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por Folha Press.

O depoimento de João de Deus, 76, na noite de domingo (16), em Goiânia, teve uma sequência de imprevistos que deixou os investigadores desconfiados.

Na hora de o médium falar, segundo os presentes, o computador usado para registrar as alegações do preso parecia ter vida própria. "Você apertava uma tecla e ela OOOOOOOOO...", descreveu a delegada Karla Fernandes, coordenadora da força-tarefa responsável pelo caso na Polícia Civil.

Estava calor, e a delegada resolveu usar uma extensão para ligar o ar-condicionado. Segundo relata, o fio explodiu e, de quebra, queimou o frigobar. "Todo mundo gritou dentro da sala", disse.

João de Deus foi preso no domingo sob suspeita de abusos sexuais de suas pacientes em Abadiânia, no interior de Goiás. A oitiva com o médium estava marcada para ocorrer em Anápolis, cidade próxima à capital goiana, mas um imprevisto tirou o escrivão de circulação. Ele foi atropelado na BR-060, a caminho da delegacia, e quebrou o braço.

O depoimento foi transferido para Goiânia. Foi possível domar o teclado, todos se recuperaram do susto da explosão do fio do frigobar e o interrogatório seguiu por mais de duas horas.

Para a delegada, os episódios podem não ser apenas obra do acaso. "Estamos diante de uma situação que envolve crenças e energias."

Questionada se estava com medo, disse: "Não, mas tenho respeito, até porque sou espiritualista". Ela classifica João de Deus como um homem que tem, de fato, "um poder". "Mas houve um desvio no meio do caminho", disse a delegada.

No depoimento que prestou à polícia, o médium negou qualquer tipo de culpa nos abusos sexuais dos quais é suspeito, e sua defesa tentou desqualificar as denunciantes. "Ele não admite [envolvimento]. Apresenta suas versões e cabe à polícia provar", afirmou o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, que acompanhou a oitiva.

O médium falou por mais de duas horas a duas delegadas. Segundo a delegada Karla, ele respondeu a todas as perguntas e se recordou de alguns atendimentos feitos a mulheres que o denunciaram.

O suspeito disse que a regra era recebê-las coletivamente, e não em recintos individuais, como consta dos relatos de supostas vítimas.

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Por Elida Oliveira e Ana Carolina Moreno.

O programa Mais Médicos, criado em 2013 para suprir o déficit de profissionais na saúde pública e mudar a formação da área, ainda não conseguiu cumprir uma de suas propostas: a de atrair o médico recém-formado para a atenção básica. Dados de um levantamento divulgado no início do ano mostram que a medicina de família e comunidade, especialidade que capacita para o trabalho das vagas do Mais Médicos, é a primeira opção de menos de 2% dos recém-formados.

Uma das consequências dessa falta de interesse é que, em 2017, cerca de dois terços das vagas de residência oferecidas na área não foram preenchidas, segundo um cruzamento de dados do G1 entre os resultados do estudo e números oficiais divulgados pelo Ministério da Educação.

Coordenado por um professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o estudo "Demografia Médica no Brasil 2018" ouviu 4.601 médicos formados entre 2014 e 2015. Para esta pergunta sobre residência, 3.441 apontaram suas preferências e somente 58 médicos recém-formados (1,68%) disseram que queriam se especializar em medicina de família.

No início do Mais Médicos, a medicina de família representava apenas 6,2% das vagas de residência. Segundo dados obtidos pelo G1 junto ao MEC, desde 2013, o número de vagas autorizadas mais que triplicou: foi de 991 vagas anuais em 2013 para 3.587 em 2018.

Passados mais de cinco anos desde o anúncio do programa, o G1analisa, em uma série de três reportagens entre o domingo (2) e a terça-feira (4), o impacto da iniciativa na formação de médicos no Brasil.

Médico do programa Mais Médicos durante atendimento — Foto: Karina Zambrana/Ascom/MS

 

A formação médica no Brasil

Após passar pela graduação, que dura seis anos, o médico recém-formado pode optar por seguir para a residência médica, se especializar na área acadêmica, com cursos de mestrado e doutorado voltado a pesquisas, ou atuar imediatamente como médico – nesse último caso, o Brasil segue caminho contrário a muitos países, como o Canadá, que só permitem que um médico trabalhe sem supervisão após a conclusão da residência.

O estudo sobre a demografia médica mostra que fazer a residência é a opção de 2.579 entrevistados (80,2% dos 3.463 que responderam a esta pergunta).

No entanto, entre as 23 residências com acesso direto para os graduados, a formação específica em medicina de família é a 12ª mais apontada como primeira opção pelos 3.441 entrevistados.

 

Perfil dos médicos recém-formados no Brasil indica que medicina de família não é prioridade — Foto: Karina Almeida/G1

O que faz o médico de família?

A medicina de família e comunidade atua na área de atenção básica de saúde, que é quando a população é acompanhada por um médico que atua como "coordenador" do cuidado do paciente, e tem uma visão completa da saúde dele. É atualmente a área prioritária que levou à criação do Mais Médicos, porque é uma das que mais precisa de expansão de profissionais.

Ao mesmo tempo em que foi anunciado para contratar médicos formados no exterior para preencher esse demanda em caráter emergencial, o Mais Médicos também pretendeu repensar a formação de médicos no Brasil e resolver o problema de forma permanente.

 

Depois que a medida provisória do Mais Médicos foi publicada, em julho de 2013, a comissão de especialistas do Ministério da Educação (MEC) se reuniu para propor caminhos para executar a reforma. A sugestão, que consta na ata de uma reunião realizada em 25 de julho daquele ano, foi uma expansão ousada do número de vagas de residência em medicina de família.

"Estratégias deverão ser desenvolvidas para o fortalecimento da Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade, devendo, até 2017, as vagas para essa especialidade representarem 40% das vagas totais de Residência Médica oferecidas", diz a ata da comissão de especialistas no ensino médico do MEC sobre o programa Mais Médicos.

Nathan Mendes, professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que a meta de 40% está de acordo com o atual consenso internacional, que indica a necessidade de que de 30% a 50% de todos os médicos de um país serem especialistas em medicina da família.

"O Brasil tem cerca de 6 mil médicos de família e comunidade no Brasil. Somente para a assistência, ele precisaria de 40 mil a 45 mil médicos", afirmou ele.

 

Feira da Saúde oferece atendimentos médicos gratuitos no Pateo do Colégio, em São Paulo — Foto: Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

Número de vagas mais que triplicou

No início do Mais Médicos, a medicina de família representava apenas 6,2% das vagas de residência. Segundo dados obtidos pelo G1 junto ao MEC, desde 2013, o número de vagas autorizadas mais que triplicaram: foram de 991 vagas anuais em 2013 para 3.587 em 2018.

 O número parece expressivo, mas o espaço ocupado pela medicina da família nas vagas de residências médicas autorizadas só chegou a 13,8% em 2018. As estratégias, durante o período, tiveram resultado limitado.

Proporcionalmente, se em 2017 foram abertas 24.807 vagas em residências médicas no país, o número de vagas da residência em medicina de família deveria ter sido de mais de 9,9 mil, para poder cumprir a meta. No entanto, só 3.214 foram autorizadas. Ao G1, o Ministério da Educação explicou que a expansão esbarrou em problemas estruturais e que as metas estão sendo reavaliadas (leia mais abaixo).mais medicos 02 tn

Mais médicos e a expansão de vagas em residência médica (geral) e em medicina da família — Foto: Karina Almeida/G1

Vagas ociosas

Cármino Souza, professor de medicina há 40 anos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP), afirma que não só a expansão não ocorreu no ritmo esperado e necessário para cumprir a demanda, como também os programas não foram capazes de atrair médicos suficientes para ocupar as vagas.

Se forem analisadas as vagas de fato preenchidas, o cenário é pior: segundo o estudo, só 1.043 estavam ocupadas por um residente de primeiro ano, o que significa uma taxa de ociosidade de cerca de dois terços.

Medicina de família: oferta é maior do que a demanda
Cruzamento de dados mostra o total de vagas oferecidas e preenchidas em 2017
VAGAS AUTORIZADAS PELO MEC (2017): 3.214VAGAS PREENCHIDAS (2017): 1.043
Fonte: MEC e FMUSP ('Demografia Médica 2018')
 

Especialidade desvalorizada

Nathan Mendes, da UFMG, afirma que um dos problemas por trás dessa falta de interesse é o fato de que os médicos de família não são valorizados socialmente.

"Alguns países já conseguiram esse êxito da valorização social da medicina de saúde e dos profissionais que nela trabalham. Não só médicos, mas enfermeiros, biomédicos, e outros profissionais, da psicologia, da fisioterapia."

Segundo ele, outros países adotaram uma série de estratégias para atrair os egressos das faculdades de medicina à especialidade, como um complemento financeiro na bolsa de residência e privilégios salariais para quem decide seguir nessa área.

No Brasil, algumas estratégias incluem bônus na nota da prova de residência para os estudantes que atuaram na atenção básica. Mas, segundo Mendes e Nildo Alves Batista, presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), a iniciativa teve efeito limitado porque, após o cumprimento da carga horária mínima na atenção básica, os médicos usam o bônus para serem aprovados em programas de residência de outras especialidades, e abandonam a área.

Cármino Souza explica que muitas pessoas consideram a medicina de família menos complexa que outras especialidades, mas que isso é um mito.

"O generalista [de medicina da família] tem que ter bons conhecimentos de muita coisa para saber diagnosticar. Uma coisa é formar um médico voltado à atenção básica, a outra é ter uma formação dentro do ambiente hospitalar, com muitas especialidades" - Cármino Souza, presidente do Cosems-SP
 
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Além do atendimento habitual, postos de saúde fazem outros tipos de programa, como um mutirão para atendimento de pessoas com suspeita de dengue realizado por uma UBS na Brasilândia, periferia da Capital paulista, na época de um surto em 2015 — Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo/Arquivo

 Demanda no mercado

Já Mendes lembra ainda que, no Brasil, há espaço para absorver todos os novos especialistas em medicina de família, não só nos postos de saúde, mas também em outros cargos.

O motivo, segundo ele, é o aumento da percepção, com base em pesquisas, de que a atenção primária de saúde, quando é o centro do atendimento ao público, torna o sistema de saúde mais eficaz e econômico. Por isso, até os planos de saúde têm aderido a programas coordenados por médicos de família.

"Nos últimos dez anos, a saúde suplementar tem comprado a ideia de que a atenção primária em saúde agrega muito em valor, porque evita que muitos especialistas focais atendam a mesma pessoa, mas cuidando só de órgãos, com um olhar fragmentado das pessoas" - Nathan Mendes, professor da UFMG

Problemas estruturais

Arthur Danila, ex-presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), ressalta que, além da demanda por profissionais e do interesse dos estudantes, a meta de 40% das vagas de residência em medicina da família está longe de ser cumprida porque também enfrenta problemas de infraestrutura.

"Só aumentou para 13,8% porque, possivelmente, não conseguiram encontrar estrutura mínima [espaço físico e professores supervisores preparados] para expandir mais do que isso", disse ele.

Ao G1, o MEC explicou que "o tema está sendo rediscutido tanto no MEC quanto no contexto do Mais Médicos".

Segundo o ministério, "a residência médica é uma formação em serviço, o que significa dizer que é o momento em que há a necessidade da prática médica sob supervisão, com atendimento real a pacientes da rede pública. Assim, a prática médica está diretamente associada à infraestrutura do sistema de saúde e da rede de assistência, cujas dificuldades e barreiras também afetam a formação ou permanência dos residentes nos programas".

A nota diz, ainda, que a moratória imposta pelo MEC para novos cursos de medicina vigora "enquanto o MEC busca políticas de atração para combater a ociosidade das vagas de residência atualmente oferecidas".

De acordo com Danila, a falta de estrutura não é só um impedimento para a oferta do programa, mas também para a atração de candidatos.

Os dados da "Demografia Médica no Brasil 2018" mostram que as condições de trabalho são consideradas por 84% dos recém-formados como critério importante para permanecer em um local de trabalho. A porcentagem é mais alta inclusive que o salário, citado por 63,1% dos entrevistados (a pergunta permitia mais de uma resposta).

"Isso significa que os médicos não estão se sentindo atraídos para ir para essa área porque, possivelmente, não encontram estrutura e não acham que vão ter condições de trabalho e aprendizagem adequadas. Não adianta abrir um montão de vagas se já tem ociosidade nestas vagas que estão abertas" - Arthur Danila, ex-presidente da ANMR

Universalização da residência médica

O problema estrutural, porém, não é exclusivo da residência de medicina de família. Segundo os dados do MEC, entre 2013 e 2017 o número de vagas autorizadas por ano subiu de 15.960 para 24.807, o que representa uma ampliação de 8.847 vagas (55,43%).

Já os números do Censo Superior da Educação mostram que, nesse mesmo período, o número de concluintes de medicina subiu menos, de 16.425 para 17.130. No entanto, esta expansão ainda é alvo de críticas.

 "Estes números mascaram a realidade", diz Danila. Se em 2013 havia 16.425 concluintes em medicina, segundo o MEC, e um total de 15.960 vagas autorizadas em residência, isso não significa que todos os concluintes teriam acesso a estas oportunidades. Isso acontece porque, mesmo que o número de vagas das residências seja maior do que o número de concluintes, vários programas não podem ser acessados diretamente pelo recém-formado porque exigem que outras residências sejam feitas antes.

"Há especialidades de acesso direto e outras que precisam ser feitas em duas etapas", explica Danila. "Se eu quiser me especializar em endocrinologia, ela [a residência] só pode ser feita depois de dois anos de residência em clínica médica, e após ser aprovado em uma prova."

Nathan Mendes, professor da UFMG, lembra ainda que a expansão das vagas em residência tem que seguir as necessidades epidemiológicas da população brasileira.

"Se você deixa isso solto, pode causar graves distorções, como ter excesso de alguma habilidade e poucos especialistas em outra área."

Publicado em BRASIL E MUNDO

A terceira edição da Caminhada Passos que Salvam realizada na cidade de Brumado, na tarde deste domingo (25), foi a maior do Brasil. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, as organizadoras do evento, Patrícia Correia e Iara Lobo se emocionaram com a multidão que aderiu à causa e fizeram questão de agradecer à comunidade brumadense. “Foi maravilhoso! A gente só tem a agradecer ao povo de Brumado pela solidariedade mais uma vez”, disse Correia. Todos os recursos angariados com a venda dos 3 mil kits para participação na caminhada são destinados ao Hospital do Amor, em Barretos, que trata pacientes diagnosticados com câncer de todo país, além da Casa de Apoio Amigos da Saúde (Caase). “Minha palavra hoje é gratidão. Foi uma festa linda. Muito obrigada, povo de Brumado”, reafirmou Lobo.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por G1 BA.

Doze médicos que se inscreveram na última semana no programa Mais Médicos já começaram a trabalhar na Bahia, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (26) pelo Ministério da Saúde. Outros devem assumir cargo nos próximos dias.

Segundo o ministério, os profissionais que já estão em atuação foram alocados em 10 cidades do estado. América Dourada, Central, Feira da Mata, Itabuna, Jequié, João Dourado, Santa Maria da Vitória, Santo Estevão, Seabra e Uauá.

Com exceção de Central, que recebeu três médicos, cada um dos outros nove municípios têm, até então, um profissional do programa em atuação.

Conforme o Ministério da Saúde, até as 12h desta segunda-feira (26), 97,2% das vagas em todo o país estavam preenchidas. Só na Bahia, são ofertadas 853 vagas no programa Mais Médicos.

O balanço mais recente aponta que 8.278 profissionais se cadastraram e estavam alocados para atuação imediata. Eles têm até 14 de dezembro para se apresentar no município escolhido e entregar todos os documentos exigidos no edital. Os médicos que já assumiram na Bahia já passaram por esse processo.

O salário para os médicos do programa é de R$ 11.800. Podem se candidatar às vagas os médicos brasileiros com CRM Brasil ou com diploma revalidado no país. As inscrições vão até o dia 7 de dezembro pelo site do programa.

Mais vagas após saída de cubanos

 

O Ministério da Saúde abriu 8.517 vagas em quase 3 mil municípios e 34 distritos indígenas após Cuba anunciar a saída do programa no último dia 14, alegando declarações 'ameaçadoras' do presidente eleito Jair Bolsonaro.

 Durante a campanha, Bolsonaro disse que expulsaria médicos cubanos com base na prova que valida diplomas estrangeiros para os profissionais da medicina atuarem no país (Revalida). Depois de eleito, propôs que, para permanecer no Brasil, os médicos cubanos deveriam se submeter a teste de capacidade, receber salário integral e ter a liberdade de trazer suas famílias ao país.

Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou o Mais Médicos e autorizou a dispensa da validação de diploma de estrangeiros ao julgar ações que questionavam pontos do programa federal.

O balanço mais atual do Ministério da Saúde indica que, além dos 8.278 profissionais alocados, outros 21.407 tiveram a inscrição efetivada, mas sem a escolha do local de atuação. Ao todo, foram 30.734 inscritos com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) no Brasil.

Veja pontos do programa Mais Médicos

  • Foi criado em julho de 2013 para ampliar o atendimento médico principalmente em regiões mais carentes.
  • Em agosto de 2013, fechado acordo com a Opas para participação de médicos cubanos.
  • Participação de brasileiros formados no Brasil aumentou 38% entre 2016 e 2017, de acordo com o Ministério da Saúde.
  • Programa tem 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
  • Atende cerca de 63 milhões de brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde.
  • Participação de cubanos no programa tinha sido renovada no início deste ano por mais cinco anos.
  • Levantamento do governo divulgado em 2016 apontou que o programa é responsável por 48% das equipes de Atenção Básica em municípios com até 10 mil habitantes.
  • Em 1.100 municípios atendido pelo programa, o Mais Médicos representava 100% da cobertura de Atenção Básica, de acordo com dados divulgados em 2016.
Publicado em BAHIA E REGIÃO
por Aloisio Costa

A caculeense Tais Ayanne Teixeira Badaró colou grau nesta sexta-feira (23) em Medicina pela Faculdade de Vassouras, no Rio de Janeiro, antiga USS – Universidade Severino Sombra, e se tornou a médica mais nova do Brasil a se formar em 2018, com apenas 23 anos.

Em uma cerimônia simples, porém carregado de muita emoção, a jovem concluiu um sonho de muitos estudantes que é o de se formar em um dos cursos mais concorridos do país.

Nos próximos dias Tais retornará a Caculé, mais precisamente ao Distrito da Várzea Grande, onde residem seus pais e familiares. A chegada da médica mais nova do Brasil, e também da família Teixeira Badaró, deverá ser celebrada com muita festa.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por Humberto Trajano, G1 Minas — Belo Horizonte.

‘O propósito do Lucca aqui na terra era de salvar vidas" , foi assim que goleiro Elisson Aparecide Rosa descreveu a trajetória do filho Lucca Guilherme, de 6 anos, que morreu no dia 15 de novembro após um acidente doméstico, enquanto brincava. Segundo o atleta, três crianças receberam o coração, rins e fígado de Lucca.

O coração foi doado para um bebê de 11 meses no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto (SP). Nesta quinta-feira (22), o bebê seguia internado no HCM em estado grave, mas estável, após a sedação ter sido tirada. Ainda de acordo com o goleiro, o fígado foi transplantado para uma menina de 11 anos no Hospital das Clínicas e os rins para outra criança no Hospital Felício Rocho, ambas as unidades de saúde em Belo Horizonte.

Lucca era o único filho do casal Elisson e Gisele. "Era uma bênção, um anjo. Que tivemos privilégio de cuidar durante seis anos.”lucca 01 tn

Neste primeiro momento, eles estão na casa dos pais do goleiro, em Piedade do Paraopeba, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Está sendo difícil, mas, ao mesmo tempo, estamos na paz de Deus”, afirmou.

O garoto sofreu um grave acidente doméstico no dia 10 de novembro. Ele foi levado para o Hospital Público Regional de Betim com traumatismo craniano grave, não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.

Elisson, que começou nas categorias de base do Cruzeiro, estava jogando no interior de São Paulo, mas já retornou a Minas, onde deve seguir a carreira.

O goleiro afirmou que ele e a esposa estão felizes por estarem ajudando a salvar vidas de outras crianças. Disse ainda, que ele e a esposa se organizam para seguir a vida. “Estamos organizando as coisas, pedindo direção a Deus. Planejando mais filhos, e retomar a carreira”, afirmou.lucca 03 tn

 
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