Por Rikardy Tooge, G1.

O acesso à internet no campo é um dos principais desafios do agronegócio brasileiro. De acordo com o último Censo Agropecuário, de 2017, mais de 70% das propriedades rurais não possuem conexão.

Segundo o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), que faz o Censo:

  • Brasil tem 5,07 milhões de estabelecimentos rurais;
  • 71,8% não têm acesso à internet (3,64 milhões de propriedades)

O IBGE considera estabelecimentos rurais como locais onde ocorre produção agropecuária como atividade de renda. Terras utilizadas em mineração, sítios, chácaras e áreas militares não são consideradas.

 Estabelecimentos agropecuários sem acesso à internet — Foto: Rodrigo Sanches/G1

Estabelecimentos agropecuários sem acesso à internet — Foto: Rodrigo Sanches/G1

 

Apesar do crescimento de 1.900% entre um Censo Agropecuário e outro (2006 e 2017), o acesso à internet deixa a desejar em um setor que movimentou mais de R$ 1,43 trilhão em 2018, o equivalente a mais de 20% do PIB brasileiro.

Das 10 principais cidades produtoras do país, apenas Sapezal e Nova Mutum, municípios de Mato Grosso, têm mais propriedades com internet do que fazendas sem conexão.

 Acesso à internet nos principais municípios produtores — Foto: G1 Agro

Acesso à internet nos principais municípios produtores — Foto: G1 Agro

O Censo do IBGE mostra também que o município com mais estabelecimentos rurais sem acesso à internet é Cametá, no Pará. Mais de 11 mil propriedades declararam não ter conexão.

Em São Félix do Xingu, cidade paraense que possui o maior rebanho bovino do país, são mais de 5.300 propriedades sem internet, o que equivale a 83% do total de estabelecimentos do município.

 

A importância da internet na agropecuária

Além de aumentar o acesso à informação e assistência técnica, a internet ajuda os produtores rurais a melhorar o uso de tecnologias nas fazendas.

"A agricultura 4.0 é conectividade. É conseguir máquina com outra máquina, monitorar a propriedade. Você precisa dessas informações online, para conseguir tomar as decisões em tempo real", explica a chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massruhá.

"As tecnologias podem ser oportunidade para melhorar modelo de negócios, reduzir custos e melhorar a produção. O desafio da conectividade existe em toda a cadeia", completa.

Segundo Silvia, os grandes produtores conseguem investir em conectividade, contratando internet via satélite e instalando antenas nas propriedades para dar acesso à internet em todos os pontos da fazenda.

Só que esse tipo de agricultor é minoria, e os pequenos e médios têm mais dificuldades em conseguir internet por meios convencionais e não possuem recursos para contratar uma conexão via satélite.

Desafio da internet rápida

"O desafio da internet é chegar ao meio rural. O 4G já funcionaria para a 'fazenda do futuro', funcionando bem, já resolveria o problema de conectividade", diz Silvia, que chefia a Embrapa Informática Agropecuária, que é focada na criação de softwares para atividade rural.

 

O 4G é uma conexão de internet móvel, utilizada diretamente por celulares, tablets e equipamentos, que normalmente é mais rápida que a internet fixa.

A pesquisa TIC Domicílios, uma das principais do país sobre o assunto, diz que 77% dos usuários de internet na internet se conectam exclusivamente pelo telefone e 20% usam celular e computador.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 4.757 dos 5.570 municípios brasileiros possuem sinal 4G (85%). Esse número, porém, leva apenas em conta a sede das cidades, que são bem distantes das propriedades rurais.

A Anatel afirma que existem 15.469 áreas habitadas do país identificadas como localidades que não possuem conexão 4G. Até 2023 esse número deve cair para 13.996, de acordo com Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) da agência.

Levando em conta apenas as áreas rurais, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) acredita que 800 das 7.645 áreas rurais habitadas do Brasil tenham 4G. Até 2023, o governo estima que mais 622 localidades terão acesso à tecnologia, chegando a 1.422.

"É um contingente expressivo de população. E é uma demanda recorrente da atividade. Por exemplo, implantaram a Nota Fiscal Eletrônica, e tem produtor que não tem internet para fazer. O desafio é cobrir a zona rural", afirma o gerente de universalização da Anatel, Eduardo Jacomassi.

 

A agência afirma que recebe, em média por ano, 500 solicitações para expansão do acesso à internet.

Como o governo pensa em expandir o acesso?

Jacomassi disse que soluções estão sendo pensadas dentro do governo federal para que, no leilão do 5G, previsto para 2020, as operadoras sejam obrigadas a expandir a conectividade no campo.

Outro plano é remanejar recursos públicos para ampliar o acesso. A Anatel espera que seja aprovado no Congresso Nacional um projeto de lei que permita a utilização de um fundo financiado pelas operadoras para garantir a universalização da telefonia fixa.

Esse fundo, criado nos anos 2000, prevê, por exemplo, investimentos na instalação de orelhões pelo país, mas não estima investimentos no acesso à internet móvel. Segundo cálculos da agência, a mudança na legislação poderia garantir R$ 1 bilhão por ano em recursos para a ampliação da internet no país.

Se o 4G, que é uma internet de alta velocidade que ajudaria na transmissão dos dados produzidos no campo, a banda larga com velocidade menor, está disponível em todo o território brasileiro, segundo MCTIC.

"O lançamento do edital do 4G, em 2012, criou a obrigação (das operadoras) de atender a área rural com banda larga. É um atendimento tímido, de 1 mbps de velocidade, que o produtor tem direito", diz Eduardo Jacomassi.

 

Com relação à conexão com fibra óptica, uma internet banda larga com mais velocidade, o ministério afirma que 70% do país já possui acesso à tecnologia.

Startups do agro: as Agtechs

O agronegócio sabe a importância da conectividade e busca levar mais tecnologia para os produtores.

Segundo um levantamento feito pelo fundo de investimentos SP Ventures parceria com a Embrapa, o país tem mais de 1.100 startups voltadas para a agropecuária, as Agtechs. Esse número é o triplo do que havia em 2017.

O estudo mostra que essas empresas podem ser divididas da seguinte forma.

  • Antes da fazenda: produção de fertilizantes sustentáveis, defensivos de origem biológica, empresas que fazem análise de crédito e que oferecem financiamento são alguns exemplos;
  • Dentro da fazenda: aplicativos que fazem a gestão empresarial da fazenda, tecnologia que fazem o monitoramento agronômico da lavoura, genética de animais e genômica (novas variedades de plantas) fazem parte deste grupo;
  • Depois da fazenda: rastreabilidade de toda a cadeia (como produção de gado e soja), logística (transporte e armazenamento) e lojas virtuais para a negociação dos produtos.

Sabendo da deficiência do acesso à internet no campo, muitas startups oferecem, junto com seu produto principal, alternativas de conexão.

No caso da gestão de dados da propriedade, existem tecnologias que conectam remotamente uma máquina com a outra, como um fone de ouvido Bluetooth consegue se conectar a um celular sem internet, por exemplo.

 

Essa alternativa serve para fazendas que possuem internet na sede, mas que não consegue se espalhar pelos hectares de produção.

Os equipamentos trocam informações durante o dia e, ao chegar em uma área com conexão, transmitem os dados para um servidor que gere essas informações, explica o analista associado da SP Ventures Murilo Vallota.

Apesar de uma solução para essa brecha, Vallota acredita que, no momento em que as startups não tiverem que se preocupar com conexão, elas poderão oferecer produtos e aplicativos mais inovadores, já que as empresas se voltarão apenas no desenvolvimento de soluções para o campo.

"A partir do momento que conectividade chegar de vez e as startups não vão precisar se preocupar com isso, novas soluções podem surgir nas Agtechs. Se acabar essa dor, eles vão poder focar em outras dores da fazenda", afirma o analista da SP Ventures.

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Por G1 BA.

Animais foram atingidos por raio em Itabela, no sul da Bahia — Foto: Burananet.com

 

Dezesseis animais morreram após um raio atingir uma fazenda na zona rural do município de Itabela, no sul da Bahia.

Segundo informações do dono da fazenda Conjunto Limoeiro, o caso aconteceu na tarde de sábado (4). Os animais faziam parte de uma criação de gado da propriedade.

De acordo com o fazendeiro, os animais estavam aglomerados perto de uma cerca quando o raio atingiu a fazenda e e morreram após receberem a descarga elétrica. O prejuízo estimado foi de R$ 40 mil.

O fazendeiro informou que alugou umas retroescavadeira e enterrou os animais neste domingo (5), no mesmo local onde foram atingidos pelo raio.

 

De acordo com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia Geral (Adab), neste caso, a orientação do órgão é de que os bovinos devem ser queimados ou enterrados. A carne é considerada imprópria para o consumo, já que estão infectadas.Caso aconteceu em Itabela, no sul da Bahia — Foto: Burananet.com

Caso aconteceu em Itabela, no sul da Bahia — Foto: Burananet.comAnimais foram atingidos por raio em Itabela, no sul da Bahia — Foto: Burnanet.com

Animais foram atingidos por raio em Itabela, no sul da Bahia — Foto: Burnanet.com

 
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Por G1 BA.

Um suspeito suspeito de envolvimento em uma tentativa de homicídio foi preso por policiais militares durante uma operação de combate a uma festa irregular que ocorria no município de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador.

Conforme a PM, o suspeito foi identificado como Saulo dos Santos. A tentativa de homicídio, ainda de acordo com a polícia, ocorreu no dia 15 de dezembro, durante uma edição da mesma festa. Não há informações sobre o que motivou o crime, mas a polícia disse que o suspeito confessou e que foi encaminhado para a delegacia da cidade.

A festa irregular que acontecia em uma praça do centro da cidade, segundo a PM, foi denunciada por moradores, que alegaram que o evento, que ocorria sem autorização da prefeitura, reunia pessoas armadas e suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas.

 

A PM disse que agentes foram até o local onde ocorria a festa na noite de sexta-feira (28). Disse, também, que a festa ilegal ocorria há semanas com interdição da via pública, sem alvará e sem repasse de informação à Policia Militar. A PM ainda destacou que, no local, ocorria venda de bebidas alcoólicas a menores de idade e que existia tráfico de drogas e prostituição de menores.

No momento do flagrante, a polícia disse ter abordado 450 homens, entre eles o suspeito da tentativa de homicídio, e 300 mulheres. Os menores de idade encontrados no local, segundo a PM, foram liberados com a presença dos responsáveis, sendo que todos foram advertidas sobre crimes e punições tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

O proprietário do depósito de bebidas da praça, que segundo a polícia promovia a festa, foi advertido. Ele não teve identidade divulgada.

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Por G1 BA  

Durante o recesso de fim de ano, o presidente Jair Bolsonaro pescou um peixe, no sábado (28), na praia de Inema, que fica na Base Naval de Aratu, uma área fechada da Marinha do Brasil, situada em São Tomé de Paripe, no subúrbio Ferroviário de Salvador. [Veja no vídeo abaixo]

Segundo informações da assessoria de Bolsonaro, o peixe pescado pelo presidente é da espécie Tambaqui e pesou 18 kg. As imagens mostram o presidente com uma vara de pesca, no deck de uma casa, na companhia de pelo menos cinco homens.

O presidente, que estava vestido com a camisa do Tubarão F.C., de Santa Catarina, tirou fotos com o peixe.

 Bolsonaro chega em Salvador para passar o réveillon — Foto: Base Aérea

Bolsonaro chega em Salvador para passar o réveillon — Foto: Base Aérea

 

A comitiva que acompanha o presidente não foi divulgada pelo Planalto. Entretanto, através das imagens divulgadas pela base aérea, é possível perceber que Laura Bolsonaro, de 9 anos, filha do presidente, é uma das companhias.

Outros parentes de Jair Bolsonaro devem passar pelo local nos próximos dias, entre eles os filhos Flávio, Carlos e Eduardo, devem passar pelo local nos próximos dias.

O presidente vai passar 10 dias em Salvador e volta para Brasília em 5 de janeiro. O presidente volta a despachar na capital federal no dia 6 de janeiro.Avião com o presidente Jair Bolsonaro pousou em Salvador, na tarde desta sexta-feira (27) — Foto: Vanderson Nascimento/TV Bahia

Avião com o presidente Jair Bolsonaro pousou em Salvador, na tarde desta sexta-feira (27) — Foto: Vanderson Nascimento/TV Bahia

Presidentes em SalvadorPraia de Inema fica dentro da Base Naval de Aratu, em Salvador — Foto: Lílian Marques/ G1

Praia de Inema fica dentro da Base Naval de Aratu, em Salvador — Foto: Lílian Marques/ G1

 

A base de Aratu fica funciona como apoio logístico para equipes das três Forças Armadas que atuem nas águas. A construção completou 50 anos em 2019.

O local é vigiado constantemente pela Marinha, e as instalações de lazer incluem uma casa colonial na praia privativa de Inema, que é separada por um muro da praia de São Tomé de Paripe, muito frequentada no verão.

Além da função estratégica, Aratu foi escolhida como local de refúgio e descanso pelos últimos cinco presidentes do Brasil.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso passou o réveillon de 1996 na base, e voltou ao local em 1997 e 1998. O ex-presidente Lula também escolheu Aratu para a maior parte dos períodos de recesso, entre 2003 e 2010.

A ex-presidenta Dilma passou quatro réveillons na base, além de algumas folgas durante o Carnaval. Em 2017, Temer levou a primeira-dama Marcela, o filho Michelzinho e a sogra, Norma, para passarem o Carnaval em Aratu.

Em dezembro de 2012, a então presidente Dilma Rousseff também passou o réveillon na base da Marinha do Brasil situada São Tomé de Paripe. Na época, ela chegou ao local de praia, junto com a filha, Paula Araújo, o genro, Rafael Covolo, o neto Gabriel e mãe Dilma Jane.

 

Em janeiro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em férias com a família, ficou hospedado durante seis dias na unidade militar da Marinha e frequentou a praia do local, que fica na divisa entre a praia de São Tomé de Paripe e a Ilha de Maré, que ficam no subúrbio ferroviário de Salvador.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Pelo décimo ano concecutivo, o grupo Indomáveis Moto Clube se mobiliza e faz o seu 10º Natal Solidário, todos os anos Emerson (Guguinha) “se  reúne para levar a alegria do natal para as crianças de nossa cidade, e com a graça de Deus esse ato será eterno”.
confira as imagesns .:  Por ASCOM Indomáveis Moto Clube .
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Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA
Um comerciante, identificado como Oscar Rocha da Silva, conhecido como ‘Oscar do Agrestinho’, esteve na Delegacia de Polícia de Palmas de Monte Alto, denunciando ter sido vítima de assalto, na manhã desta quarta-feira (18), em sua propriedade, situada na comunidade de Agrestinho, zona rural de Palmas de Monte Alto (BA).
De acordo com informações obtidas pelo, por volta das 7h, o denunciante havia acabado de abrir o seu bar, quando dois indivíduos lhe surpreenderam apontando um revólver para sua cabeça, anunciando o assalto e requerendo o dinheiro das vendas da semana. “Clamei pela minha vida, mas os indivíduos disseram que só queriam o dinheiro“, disse Oscar.
Posteriormente, a vítima levou os criminosos até a sua residência, que fica no fundo do estabelecimento, momento em que os indivíduos encontraram a esposa do noticiante, juntamente com a sua filha, de apenas 04 (quatro) anos, sentadas no sofá, tendo os meliantes solicitado que ambas ficassem em silêncio, no canto da sala, inclusive, tomaram o celular LG K10, DE COR PRETA, com capinha ROSA, que estava na mão da sua esposa.
Em seguida, Oscar levou os criminosos para o seu quarto, onde os bandidos roubaram a quantia de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) em cédulas de 2, 5 e 10, e apenas uma cédula de R$ 100,00 (cem reais), que seriam utilizados para fazer troco em seu comércio.
Informações Vilson Nunes
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O lançamento da pedra fundamental das obras de construção da faculdade de medicina  na cidade de Brumado, está marcado para às 9h da próxima sexta-feira (20). No local, será construída uma instituição de ensino do Centro de Educação Superior de Guanambi (Cesg), mantenedora do Centro Universitário UniFG.
A secretaria de infraestrutura do município de Brumado concedeu o alvará para inicio da obra na última quinta-feira (11). O Campus UniFG de Brumado será construído as margens da BA-262, nas proximidades de um condomínio particular.
A construção terá uma área de 30 mil m². O prazo para a conclusão da obra será de até seis meses e a perspectiva é que em junho de 2020 já seja realizado o primeiro vestibular de medicina em Brumado.
Na edição do dia 4 de junho de 2019 do Diário Oficial da União, foi publicado o termo de compromisso para a implantação e funcionamento do curso de medicina no município de Brumado.
O termo assinado pelo Cesg, mantenedora do Centro Universitário UniFG e pelo Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, estabeleceu as obrigações e deveres entre as partes para a implantação do curso.
Informações do Agência Sertão
Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por G1 BA.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi transferido de Brasília para Salvador nesta sexta-feira (20) e chegou à capital baiana por volta das 12h30. Ele deixou o Distrito Federal por volta das 8h20, em um avião da Polícia Federal.

Geddel, que foi preso em setembro 2017, após a Polícia Federal encontrar malas contendo R$ 51 milhões em um apartamento atribuído a ele, na capital baiana, estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

Ele vai continuar cumprindo a pena no Centro de Observação Penal do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

Uma viatura da Polícia Federal, que foi colocada ao lado do avião que transportou Geddel de Brasilia à capital baiana, levará o ex-ministro até o Complexo Penitenciário da Mata Escura.

 Geddel ao deixar Brasília com destino a Salvador nesta sexta-feira (20) — Foto: Reprodução/TV Globo

Geddel ao deixar Brasília com destino a Salvador nesta sexta-feira (20) — Foto: Reprodução/TV Globo

Geddel atuou como ministro nos governos dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer. Em outubro de 2019, Geddel foi condenado a 14 anos e 10 meses pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

De acordo com a pena imposta pelo Supremo, Geddel Vieira Lima teria direito à progressão de regime após 29 meses de prisão – daqui a cinco meses. Mas a progressão também leva em conta se ele teve bom comportamento – isso será avaliado pela Vara de Execuções Penais.

A defesa do ex-ministro havia pedido a transferência para Salvador alegando que a família dele mora na capital baiana.

 

Caso das malas de dinheiroPF encontra caixas e malas com dinheiro em apartamento que seria utilizado por Geddel (Gnews) — Foto: Reprodução GloboNews

PF encontra caixas e malas com dinheiro em apartamento que seria utilizado por Geddel (Gnews) — Foto: Reprodução GloboNews

Em maio, a ação penal na qual Geddel é réu no STF entrou na última fase antes do julgamento. O ex-ministro é réu no caso em que a Polícia Federal encontrou em Salvador malas com R$ 51 milhões. Concluída a fase de revisão, Geddel será julgando, podendo ser absolvido ou condenado.

Geddel Vieira Lima comandou a Secretaria de Governo entre maio e novembro de 2016, no governo Michel Temer.

Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), os R$ 51 milhões apreendidos em Salvador têm origem criminosa: propinas da construtora Odebrecht; repasses do operador financeiro Lúcio Funaro; e desvios de políticos do MDB.

 

Quando o Supremo decidiu abrir a ação penal, o advogado Gamil Foppel apontou falta de provas e de elementos consistentes contra Geddel. A defesa criticou o que chamou de "nulidades" durante o processo, como o fato de o dinheiro ter sido encontrado após denúncia anônima e sem a identificação dos policiais que foram ao apartamento pela primeira vez.

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Na tarde desta terça-feira (17), agentes da Polícia Militar da 94ª CIPM – Companhia Independente da Polícia Militar, em Caculé, recuperaram um veículo roubado. O automóvel foi encontrado em uma oficina da cidade, localizada na Rua Arlindo Alves Pereira.
De acordo com a PM, as suspeitas são de que o veículo, um Chevrolet ONIX LT 1.4 na cor prata, da cidade de Aurelino Leal/BA, seria desmontado para comercialização das peças.
O proprietário da oficina e o veículo foram conduzidos e apresentados na delegacia. O automóvel está à disposição da autoridade competente e o dono da oficina foi liberado depois de ser ouvido e poderá responder pelo crime de receptação.
por Informecidade.
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Por G1 BA.]

Integrantes de uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas, roubos a bancos, homicídios, corrupção de menores, e outros crimes, são alvo de uma operação policial deflagrada na manhã desta terça-feira (17), na Bahia.

Um dos alvos da ação, identificado como João Teixeira Leal, 49 anos, foi baleado durante troca de tiros com policiais, em Salvador. Ele é suspeito de comandar o tráfico de drogas no bairro de Pirajá, na capital, e foi surpreendido em um flat localizado no bairro do Jardim de Alah, na orla da capital baiana. Segundo a polícia, ele reagiu à ação de cumprimento de mandado de prisão e foi baleado. Ainda de acordo com a polícia, ele foi levado para unidade médica, mas o estado de saúde dele não foi divulgado.

 

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), policiais cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão nos bairros de Pirajá e Parque São Bartolomeu, em Salvador, e nas cidades de Simões Filho, na região metropolitana, e Conceição do Jacuípe, a cerca de 95 Km da capital. O número de mandados não foi detalhado.

De acordo com a SSP-BA, além da Bahia, a organização criminosa também teria atuação no Maranhão, onde R$ 100 milhões foram roubados de um banco, em novembro de 2018. O estado também é alvo da ação policial.

 Polícia deflagra operação contra integrantes de quadrilha de tráfico de drogas, roubos a bancos e homicídios na Bahia  Por G1 BA — Foto: Alberto Maraux/SSP-BA

Polícia deflagra operação contra integrantes de quadrilha de tráfico de drogas, roubos a bancos e homicídios na Bahia Por G1 BA — Foto: Alberto Maraux/SSP-BA

Segundo a SSP-BA, cerca de 450 policiais civis, militares, técnicos e rodoviários federais ocupam áreas nos dois estados.

 

Participam do trabalho integrado equipes das polícias Civil (Draco, DIP, COE, DHPP, Depom, Depin, Polinter e DCCP), Militar (Graer, Bope, Choque, Apolo, Águia, Bepe, Cavalaria, Coppa, Beptur, Gemeos, Cipes PI e LN, além dos Batalhões Rodoviário e de Guardas), do Departamento de Polícia Técnica (DPT), da Superintendência de Inteligência da SSP, da PRF e da Secretaria de Administração Penitenciária.

Polícia deflagra operação contra quadrilha de tráfico de drogas, roubos a bancos e homicídios na Bahia  — Foto: Alberto Maraux/SSP-BA

Polícia deflagra operação contra quadrilha de tráfico de drogas, roubos a bancos e homicídios na Bahia — Foto: Alberto Maraux/SSP-BA

 Polícia deflagra operação contra quadrilha de tráfico de drogas, roubos a bancos e homicídios na Bahia  — Foto: Alberto Maraux/SSP-BA

Polícia deflagra operação contra quadrilha de tráfico de drogas, roubos a bancos e homicídios na Bahia — Foto: Alberto Maraux/SSP-BA

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Por G1 BA e Reuters.

Um consórcio formado por três empresas chinesas venceu o leilão realizado nesta sexta-feira (13), na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, para construção da ponte Salvador - Ilha de Itaparica.

Segundo informações do governo da Bahia, a gestão e administração da ponte terá duração de 30 anos. A Bolsa de Valores informou que a ponte vai ser a segunda maior da América Latina, com 12,4 km.

Formado pelas empresas China Railway 20 Bureau Group Corporation – CR20; CCCC South America Regional Company S.Á.R.L – CCCC SOUTH AMERICA e China Communications Construction Company Limited – CCCCLTD, o consórcio Ponte Salvador terá um ano para elaborar o projeto e outros quatro anos para construir o equipamento.

 

O investimento será de R$ 5,4 bilhões e o aporte do Estado será de R$ 1,5 bilhão. A previsão é que sejam gerados sete mil empregos durante a obra da ponte.

O equipamento está incluso no Sistema Viário do Oeste, que também contempla a implantação dos acessos ao equipamento em Salvador, por túneis e viadutos, e em Vera Cruz, com a ligação à BA-001, junto com uma nova rodovia expressa, e a interligação com a Ponte do Funil, que também será revitalizada.

A construção da ponte encurtará o tempo de deslocamento em cerca de 100 km.

Ainda segundo o governo do estado, o processo na Bolsa de Valores (B3) foi iniciado na segunda-feira (9), com o recebimento da proposta das empresas interessadas em construir a ponte Salvador - Ilha de Itaparica.

A Bolsa de Valores informou que o lance do consórcio foi de R$ 56,2 milhões.

A comissão de licitação integrada por representantes das secretarias de Infraestrutura (Seinfra), de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e Casa Civil recebeu o material que foi analisado pela B3, empresa especializada no mercado financeiro. Na ocasião, foram avaliadas as garantias das propostas, as propostas econômicas escritas e os documentos de qualificação.

A licitação foi acompanhada pelo governador Rui Costa, pelo vice-governador João Leão e pelos secretários de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti e da Casa Civil, Bruno Dauster.

 

Atualmente, a travessia para Itaparica é feita através de ferry boat, no Terminal de São Joaquim, em Salvador e pelas lanchas rápidas. Outra opção é usar a a BR-324 e ir sentido Recôncavo Baiano.

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 Por: Redação BNews 

Um homem de 43 anos foi detido em flagrante, na terça-feira (10), maquiado e vestido de mulher, após realizar um exame prático de direção, no distrito de Nova Mutum Paraná, situado a cerca de 100 quilômetros de Porto Velho, em Rondônia.

Segundo informações da polícia, o homem estava tentando se passar pela mãe dele durante a prova. 

A denúncia foi feita após um examinador do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) desconfiar que não se tratava de uma mulher. 

O homem foi detido suspeito de falsidade ideológica. Ele foi levado para a delegacia e, posteriormente, foi liberado, sem pagar fiança.
 

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por Isabela Camargo, GloboNews — Brasília.

O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nesta segunda-feira (2) converter de temporária para preventiva a prisão do juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, da 5ª vara de Substituições da Comarca de Salvador (BA).

Na prática, com a decisão do ministro do STJ, a prisão do juiz não terá prazo. Isso porque a prisão temporária pode durar somente até 10 dias.

Sérgio Humberto foi preso pela Polícia Federal em 23 de novembro por suposto envolvimento em um esquema de venda de decisões judiciais, além de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico de influência na Bahia.

 

Quando o juiz foi preso, a defesa informou que o magistrado já havia respondido a todas as perguntas da PF e que acreditava que a prisão dele seria revogada.

Além de Sérgio Humberto, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Gesivaldo Britto, e outros cinco magistrados foram afastados dos cargos por 90 dias por suspeita de envolvimento no mesmo esquema.

Quando autorizou a operação da PF, Og Fernandes apontou a existência de uma organização criminosa que atuou no recebimento de propina, venda de decisões judiciais e grilagem de terras envolvendo a cúpula do Poder Judiciário no estado.

Conforme o Ministério Público Federal (MPF), a análise de dados telefônicos e bancários obtidos com autorização judicial revelou "uma teia de corrupção, com organização criminosa formada por desembargadores, magistrados e servidores do TJ-BA, bem como por advogados, produtores rurais e outros atores do estado, em um esquema de venda de decisões para legitimação de terras no oeste baiano, numa roupagem em que se tem em litígio mais de 800 mil hectares".

  • SALVADOR
 
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Um advogado suspeito de mandar matar um servidor público de Condeúba, no sudoeste da Bahia, após a vítima descobrir que ele desviou dinheiro da prefeitura da cidade e que participava de um esquema de venda ilegal de imóveis públicos municipais. Conforme o delegado Sérgio Fabiano de Carvalho, que investiga o caso, o crime aconteceu em fevereiro de 2017.

Segundo informações do delegado, a vítima, identificada como Roberto Alves Moreira, presidia uma auditoria contábil na prefeitura de Condeúba e descobriu que o suspeito, identificado como Diolino Telles Filho, tinha desviado o dinheiro para a conta da esposa, que também é advogada.

De acordo com Sergio Fabiano, Roberto Moreira foi morto em um bar, no centro de Condeúba. O servidor público estava acompanhado de um amigo, quando um homem chegou em uma motocicleta e atirou na direção dele. O suspeito fugiu em seguida.

O delegado informou que as investigações apontam que Diolino Filho encomendou a morte de Roberto Moreira, porque a vítima revelou os crimes para algumas pessoas próximas dele.

Ainda segundo Sergio Fabiano, o suspeito de matar Roberto Moreira a mando do advogado está preso por ter cometido outro homicídio. Não há detalhes sobre o crime que ele responde.

A prisão do advogado Diolino Filho foi decretada na última terça-feira (26). Equipes da delegacia de Condeúba e da 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Vitória da Conquista) cumpriram mandados de busca e apreensão em imóveis relacionados ao suspeito, mas ele não foi encontrado.

G1 não localizou a defesa do advogado Diolino Filho para falar sobre a acusação. O caso segue em investigação na Delegacia de Condeúba.

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Na terça-feira (19), o motorista Carlito Lago da Silva foi abordado pela guarnição do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) na BR-030, na altura do km 250, próximo ao distrito de Ibitira, em Rio do Antônio, a 50 km de Brumado.
Segundo informou a polícia ao site Achei Sudoeste, no carro Fiat Palio com placas de Jaguaquara (BA), foi encontrada grande quantidade de cigarro contrabandeado. De acordo com a polícia, 6.286 carteiras de cigarros contrabandeados foram encontradas.
Como a nota fiscal da mercadoria não foi apresentada, a guarnição do TOR constatou que a carga era de origem ilícita. O motorista, natural da cidade de Maracás, e a carga foram apresentados na delegacia de Brumado para adoção das medidas cabíveis.
Fonte: Achei Sudoeste
Publicado em BAHIA E REGIÃO
A Coelba esclareceu rumores sobre um suposto desligamento de energia neste sábado (23), em todo o estado da Bahia.
Em nota, declara: 
“A COELBA esclarece que não é verdadeira a informação que circula nas redes sociais sobre interrupção do fornecimento de energia em todo o extremo sul baiano, neste sábado (23/11). A concessionária reforça que qualquer manutenção programada no sistema elétrico, com suspensão do serviço, é informada previamente por meio dos canais oficiais da empresa.”.
A notícia falsa que foi viralizada informava que haveria, neste sábado, manutenção da rede elétrica e por isso a energia seria desligada.
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Uma operação conjunta entre as Polícias Militar e Federal apreendeu, na tarde desta sexta-feira (22), cerca de  1,5 tonelada de cocaína em um galpão localizado próximo à Estação Pirajá, em Salvador. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), esse foi o maior carregamento da droga já retirado das ruas de uma só vez na Bahia.
O material foi apresentado na Superintendência da Polícia Federal, no bairro do Comércio, que vai conduzir o inquérito sobre a origem e destino do entorpecente.
De acordo com o comandante do Bope, major Cledson Conceição Sousa, a droga já era monitorada pelas equipes da PF, que mantiveram constantes trocas de informações com a unidade especializada da PM. "Tudo ocorreu de forma muito tranquila. Durante a ação, o galpão estava vazio", acrescentou.
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Lázaro Ramos, Dadá, Érico Brás, Carlinhos Brown, Tia Má, Carla Akotirene, Márcio Victor, Margareth Menezes, Ordep Serra, Muniz Sodré, Aldri Anunciação, Major Denice Santiago, Lívia Natália, Virgínia Rodrigues, Lívia Vaz e Vovô do Ilê falaram ao G1. Confira.

No dia da Consciência Negra, o G1 perguntou para artistas e personalidades sobre "O que é ser negro na Bahia?". Veja abaixo os depoimentos:

Aldaci dos Santos (Dadá)

Chefe de cozinha | SalvadorDadá fala sobre o que é ser negra na Bahia.  — Foto: Arquivo Pessoal

Dadá fala sobre o que é ser negra na Bahia. — Foto: Arquivo Pessoal

 
"Ser negra na Bahia para mim é motivo de orgulho. Orgulho de ser baiana, um estado de mistura de cores, boa energia, cultura e talentos"

Aldri Anunciação

Ator, apresentador e escritor | Salvador

 Aldri Nascimento é ator e apresentador e fala sobre o que é ser negro na Bahia.  — Foto: Arquivo Pessoal

Aldri Nascimento é ator e apresentador e fala sobre o que é ser negro na Bahia. — Foto: Arquivo Pessoal

“Não é diferente de ser negro de todas as Américas. Talvez ser negro na Bahia seja diferente de ser negro em países africanos. Ser negro na Bahia é ser um ponto de encontro de vozes diferentes, de histórias diferentes. É uma especificidade muito única. Diferencia a gente dos negros da Europa, americanos. É outra solaridade. O sol da gente brilha sempre de acordo com as dificuldades históricas pelas quais passamos. É estar em uma encruzilhada cultural bastante ativa"
 

Carla Akotirene

Pesquisadora | SalvadorCarla Akotirane é pesquisadora e fala sobre o que é ser negra na Bahia.  — Foto: Arquivo Pessoal

Carla Akotirane é pesquisadora e fala sobre o que é ser negra na Bahia. — Foto: Arquivo Pessoal

“Viver na Bahia é um paradoxo para a pessoa negra. O tempo todo somos colocados no lugar do espetáculo. Em algum momento, a elite branca, que comanda todas as instituições, se apronta, se veste, para ver nossa dança, nosso teatro e música. Por outro lado, existe um outro espetáculo, que está nas nossas comunidades. Falo do espetáculo presenciado por essa mesma negritude que tem que correr o tempo todo da polícia, tem que correr de abordagens violentas, tem que correr para pegar o ônibus, porque vai ser apedrejado, já que aqui é um território marcado por muito ódio e intolerância religiosa. Então, eu vejo a Bahia como esse lugar do negro que vive uma cena colonial. Hora ele está dançando, performando a sua arte espiritual como forma de resistência aos sofrimentos que vive. E outra hora ele, o negro, está fugindo, correndo. O estado da Bahia bate muito no corpo e na espiritualidade do negro”
 

Carlinhos Brown

Cantor, percussionista e compositor | Salvador

 Carlinhos Brown fala sobre o que é ser negro na Bahia.  — Foto: GShow

Carlinhos Brown fala sobre o que é ser negro na Bahia. — Foto: GShow

"Ser negro na Bahia é buscar constante aproximação social. É evidenciar que fomos escravizados e não escravos. Mas é também manter com rigor e disciplina todas as heranças e saberes ancestrais que passam pela música, pela culinária e pela religiosidade. Amo ser negro na Bahia, mesmo que ainda existam rechaço e preconceito. Então, ser negro na Bahia é celebrar também a possibilidade de que em nós, nem tudo vem da dor e que a violência não faça parte do nosso convívio. Quero ser negro, quero ser miscigenado e, sobre tudo afro-brasileiro"

Major Denice Santiago

 

Responsável pela Ronda Maria da Penha | SalvadorMajor Denice Santiago, responsável pela Ronda Maria da Penha, fala sobre o que é ser negra na Bahia.  — Foto: Danutta Rodrigues/G1

Major Denice Santiago, responsável pela Ronda Maria da Penha, fala sobre o que é ser negra na Bahia. — Foto: Danutta Rodrigues/G1

"Ser negro na Bahia é uma mistura de significantes: ora somos festejados por sermos exóticos e embelezarmos com nossa cultura, nosso sorriso, nossa força. Ora somos excluídos pelas mesmas características e tantos outros significados. E ser mulher negra na Bahia? É o exercício permanente de resiliência, resistência e fé. É entender que movemos a história deste estado e temos o dever e o devir de impulsioná-lo, modificá-lo, recriá-lo. À mulher negra cabe também o movimento de lutar pelas suas (e seus), pelo que acredita, pelo potencial de fazer girar este mundo"

Érico Brás

 

Ator, cantor, humorista e apresentador | SalvadorÉrico Brás fala sobre o que é ser negro na Bahia.  — Foto: Arquivo Pessoal

Érico Brás fala sobre o que é ser negro na Bahia. — Foto: Arquivo Pessoal

“É ter consciência plena da responsabilidade em manter a cultura africana viva nessa diáspora que é o estado da Bahia. Mas especificamente Salvador, que é uma cidade absolutamente negra no sentido pleno da palavra. Quando eu digo isso, é porque na Bahia se preserva grande parte das religiosidades dos saberes, dos costumes. Ser negro na Bahia é ter consciência que a gente precisa avançar um pouco mais, no ponto de vista econômico, cultura etc. Ser negro na Bahia é bom, mas pode ser melhor”

Lázaro Ramos

Ator, escritor e apresentador | SalvadorLázaro Ramos fala sobre o que é ser negro na Bahia.  — Foto: Divulgação

Lázaro Ramos fala sobre o que é ser negro na Bahia. — Foto: Divulgação

“Primeira coisa que eu gosto de falar é sobre essa identidade cultural que existe nessa terra pela população negra. Isso é um pouco o que me descreve, até hoje, mesmo estando fora de Salvador. É parte cultural que me formou. Todas as expressões culturais que estão aqui, são o que me compõe, o lado que, talvez, tenha mais orgulho de mim. Por outro lado, é um lugar onde há muita luta. Luta por reconhecimento, por justiça. Viver num lugar onde você ainda, tem que ter, o assunto negritude como protagonista da sua vida também, mesmo quando você não quer. Por outro lado, me dá vontade dizer, que é um lugar de lutas, mas também de muitas maravilhas"
 

Lívia Natália

Escritora | SalvadorLívia Natáli, escritora, fala sobre o que é ser negra na Bahia.  — Foto: Arquivo Pessoal

Lívia Natáli, escritora, fala sobre o que é ser negra na Bahia. — Foto: Arquivo Pessoal

"O poeta José Carlos Limeira afirmou, certa vez, que é necessário ter coragem para ser uma pessoa negra vinte e quatro horas por dia. Ser uma mulher negra, intelectual e escritora, circular por ambientes dominados pela branquitude sistematicamente racista é, antes de tudo, um desafio, mas é também uma estratégia de sobrevivência coletiva. Compreendo que precisamos ser um corpo-quilombo, resistente, que seja abrigo para irmãs e irmãos, uma voz que represente os inauditos."

Lívia Vaz

Promotora | Salvador

 Promotora do Ministério Público, Livia Vaz, fala sobre o que é ser negra na Bahia.  — Foto: Divulgação/MP-BA

Promotora do Ministério Público, Livia Vaz, fala sobre o que é ser negra na Bahia. — Foto: Divulgação/MP-BA

 
"Ser mulher negra na Bahia é dar continuidade ao legado de luta e resistência das nossas ancestrais pelo reconhecimento de igual dignidade ao povo negro desse país. Ser mulher negra no sistema de justiça ainda significa ser a exceção que confirma a regra de exclusão das pessoas negras dos espaços de poder e decisão."

Maíra Azevedo (Tia Má)

Jornalista | SalvadorMaíra Azevedo, a Tia Má, fala sobre o que é ser negra na Bahia.  — Foto: Arquivo pessoal

Maíra Azevedo, a Tia Má, fala sobre o que é ser negra na Bahia. — Foto: Arquivo pessoal

“É precisar o tempo todo utilizar da criatividade para segurar a existência. A Bahia, ainda que seja o estado mais negro do Brasil, é um estado extremamente racista. Nascer preto aqui é ter que estar o tempo todo burlando um sistema excludente, mas a gente sobrevive. E, com criatividade, a gente cria mecanismos para assegurar a nossa vida, a nossa existência. Mas gente consegue fazer arte e seguir em frente”
 

Márcio Victor

Cantor | Salvador

 Márcio Victor, do Psirico, fala sobre o que é ser negro na Bahia.  — Foto: Elias Dantas/Ag. Haack

Márcio Victor, do Psirico, fala sobre o que é ser negro na Bahia. — Foto: Elias Dantas/Ag. Haack

"Para mim, ser negro na Bahia é bom demais. A gente tem um berço de cultura que nos liga totalmente a uma herança muito rica, deixada pelos nossos ancestrais, pelos afro, que vieram dessa ligação da África. Mas ainda existe uma grande discriminação, essa coisa de samba de roda, de vir do recôncavo, dos negros que se refugiaram pra cá e até hoje a gente vive na pele a discriminação, o preconceito e a tentativa de uma inversão de valores que a sociedade quer impor até hoje, que é essa coisa da separação, da divisão, do menor, do maior e querem sempre que a gente se abata com essa tentativa de diminuir e tirar nossos valores"
 

Margareth Menezes

Cantora | SalvadorMargareth Menezes, cantora, fala sobre o que é ser negra na Bahia.   — Foto: Divulgação

Margareth Menezes, cantora, fala sobre o que é ser negra na Bahia. — Foto: Divulgação

“Negro e baiano é uma luta constante para você ter reconhecimento do seu valor, do seu lugar de cidadão, dos seus direitos de cidadão, o reconhecimento da contribuição dos povos de matrizes africanas. Predominantemente, é um lugar onde o negro está na sua maioria, mas com pouco espaço de reconhecimento dentro do seu valor, da sua colaboração, da sua participação pelo próprio racismo integrado na divisão das riquezas. A sociedade baiana precisa reconhecer o valor do povo negro, mas não só como questão folclórica, mas como atores sociais de representatividade. Nós precisamos fazer isso. Não há outra direção, ainda mais para esse futuro que estamos vendo. É uma constante luta de reconhecimento, pela representatividade e pelo direito de trazer oportunidades novas para juventude negra"
 

Muniz Sodré

Escritor, jornalista e sociólogo | São Gonçalo dos Campos

 Muniz Sodré fala sobre o que é ser negro na Bahia.  — Foto: Divulgação/UFRJ

Muniz Sodré fala sobre o que é ser negro na Bahia. — Foto: Divulgação/UFRJ

“Anos atrás, eu me encontrei em um avião com uma pessoa, uma artista baiana, uma amiga de longa data, e eu perguntei como as coisas andam na Bahia. Ela me disse: “As coisas estão estranhas. Eu sou moradora da Barra, e lá tem muita gente de trancinha, de sandálias”. Ela estava um pouco chateada com isso. Sem ela saber, o discurso dela era de puro preconceito. Uma grande parte da população negra estava abandonando seus guetos tradicionais, os lugares de morada tradicional e ocupando outros espaços. Ou seja, os lugares marcados para os negros estavam se desmarcando. O negro, na Bahia, foi conquistando gradativamente, digamos, lugares a que antes não tinham acesso. Ser negro sempre foi difícil, em todo lugar, inclusive na Bahia. O racismo brasileiro obedece uma lógica de lugares. Cada macaco no seu galho. Cada um no seu bairro, embora isso não seja aparente, mas isso está um pouco acabando. Ser negro hoje, na Bahia, apesar do que digam os privilegiados, apesar das dificuldades, é, hoje, uma glória”
 

Ordep Serra

Antropólogo | CachoeiraOrdep Serra, antropólogo, fala sobre o que é ser negro na Bahia.  — Foto: Arquivo Pessoal

Ordep Serra, antropólogo, fala sobre o que é ser negro na Bahia. — Foto: Arquivo Pessoal

“É uma resposta complexa. A juventude negra está sendo dizimada de maneira impiedosa pela brutalidade policial. Quando tomei posse da cadeira de nº 27 da Academia de Letras da Bahia, eu comecei por fazer uma homenagem para esses jovens dizendo que a Bahia está sendo branqueada a bala. Um negro na Bahia tem que se sentir solidário com esses que estão nos guetos, com esses que estão encarcerados injustamente, sem culpa formada, com os enfermos, com essas crianças negras a quem se rouba o futuro. Eu tenho motivos para indignação, para tristeza, quando penso nos meus irmãos negros, naqueles que não tiveram as oportunidades que tive. Mas também me sinto muito orgulhoso da minha gente. Basta pensarmos nos nossos grandes artistas, nossos escritores, os cientistas negros, nossos professores tão brilhantes. O orgulho é muito grande. Me sinto feliz por pertencer a esse povo”
 

Virgínia Rodrigues

Cantora | SalvadorVirgínia Rodrigues, cantora, fala sobre o que é ser negra na Bahia.  — Foto: Pico Garcez / Divulgação

Virgínia Rodrigues, cantora, fala sobre o que é ser negra na Bahia. — Foto: Pico Garcez / Divulgação

“Ser negra na Bahia é como ser negra no Brasil inteiro. Como em todo Brasil, o racismo aqui é velado. Não se assume e nem nunca se assumiu que o negro é tratado com inferioridade. As pessoas não assumem que tem preconceito de raça. Nunca assumiram. Todo mundo vive isso. O negro, na Bahia, tem que ter cuidados que os brancos não têm em lugar nenhum que ele chega. Para não ser, por exemplo, taxado de ladrão. Preocupação essa que os brancos não têm. O tempo inteiro você tem que está armado, mas armado com as palavras. Com medo de apanhar da polícia, ser confundido com bandido”
 

Antônio dos Santos (Vovô do Ilê Aiyê)

Um dos fundadores do Bloco Ilê Aiyê | SalvadorVovô do Ilê, um dos fundadores do Ilê Aiyê, fala sobre o que é ser negro na Bahia.  — Foto: Ricardo Prado/Divulgação

Vovô do Ilê, um dos fundadores do Ilê Aiyê, fala sobre o que é ser negro na Bahia. — Foto: Ricardo Prado/Divulgação

“É viver no dia a dia sempre em busca de dias melhores. Apesar de ser maioria nessa terra, ainda existe um apartheid muito grande. Se você não for um negro bastante consciente, a coisa fica cada vez mais difícil. Ser negro na Bahia é estar a todo tempo em busca de liberdade, igualdade e respeito. Acreditando que vai ficar melhor. A gente tem que entender que na Bahia o problema é muito sério. Não é social, é racial. Você tem que estar sempre, o tempo todo, alerta. Nunca esqueça que você é negro, aqui na Bahia. Porque, se você esquecer que é negro, alguém vai te lembrar. Ser negro na Bahia, é ficar 24h em alerta. Mas é saber que você pode ser comandante nessa terra, que é nossa”.
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Por Phael Fernandes e Danutta Rodrigues, G1 BA.Vítimas de injúria racial falam sobre casos ocorridos na Bahia

Vítimas de injúria racial falam sobre casos ocorridos na Bahia

 

"Eu não digo que é uma cicatriz. A gente fala dela porque 

Albert Angelo fala sobre o crime de injúria racial por qual passou

Albert Angelo fala sobre o crime de injúria racial por qual passou

 

Albert Ângelo Santana sofreu o crime de injúria racial por uma passageira, quando trabalhava como motorista de aplicativo. Segundo a vítima, a situação ocorreu durante um desentendimento em função do trajeto da corrida. Na ocasião, a mulher chegou a dizer que o problema todo era por causa da cor de Albert.

Segundo a vítima, é comum os insultos durante a rotina de trabalho, mas, apesar disso, afirmou que essa foi a primeira vez que passou por um caso desse tipo, enquanto atuava como motorista. Por outro lado, Albert pontuou que, muitas vezes, já foi alvo de discursos racistas na rotina diária.

“A situação do racismo eu já passei outras vezes antes sim. Aquelas brincadeiras sem graça, brincadeiras entre aspas. Aquelas piadinhas que a gente escuta, dá uma resposta no máximo, mas tem que levar a vida. Não dá para levar tudo de peito. Não dá para enfrentar todos os racistas assim. Já sofri outras situações dessa”, disse.

Em alguns desses casos, a própria filha de Albert foi usada como ponte para que colegas e amigos próximos questionassem o parentesco dele com a criança.

“Minha esposa tem pela clara, minha filha também nasceu com a pele clara. E sempre tem várias piadinhas de amigos e também de mais próximo. “Essa menina é sua filha mesmo? " Naquele momento ali você leva até na brincadeira para não deixar a pessoa mal, mas machuca muito por dentro uma situação dessa”, pontuou.
 

O crime de injúria racial pelo qual passou ocorreu em outubro deste ano. Apesar disso, Albert ainda tem presente nos pensamentos tudo o que vivenciou e sentiu naquele dia.

“Depois do momento que eu desliguei o celular foi horrível. Eu nem tive como dirigir direito. Eu me senti muito mal. Foi horrível. Tentei ir para casa. No caminho de casa parei o carro umas duas vezes, nervoso, tremendo com a situação. Quando cheguei em casa, que contei para minha família, eles se sentiram muito mal. Foi uma sensação horrível. É um tipo de coisa que a agente acha que nunca vai acontecer com a gente. Quando acontece com a gente mesmo, quando a gente sente na pele, é uma sensação horrível. Muito constrangedor mesmo”, contou.

Para ele, é difícil que novos casos de injúria racial e racismo deixem de existir, diante de uma sociedade racista e que finge que o problema não acontece.

“Muitas pessoas falam que não existe, que é brincadeira, mas existe realmente. Que meu caso sirva de exemplo para outros. Vamos tentar que não aconteça mais isso, acho meio difícil, mas sempre é bom tentar. Todos nós vemos casos de racismos, esses fatos que acontecem”, concluiu Albert.
 

Por meio de nota, a Polícia Civil disse que o caso segue sendo apurado pela 12ª Delegacia Territorial (DT) em Itapuã.

G1 entrou em contato também com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e com o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) para atualizar o caso, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

Crispim Terral de SouzaCrispim Terral fala sobre o crime de racismo por qual passou em agência bancária

Crispim Terral fala sobre o crime de racismo por qual passou em agência bancária

O empresário Crispim Terral de Souza relatou que foi vítima de racismo por João Paulo Vieira Barreto, gerente de uma agência bancária, através de um vídeo e postagem divulgados pelas redes sociais. A filha dele presenciou todo o crime. Na abordagem, um policial chegou a dar um "mata-leão" nele.

 

Segundo Crispim, a confusão começou após um dos gerentes do banco o deixar por quase cinco horas à espera de atendimento. Depois de grande repercussão, João Paulo foi afastado pela Caixa Econômica.

Após nove meses do crime, Crispim conta que, apesar da lembrança, luta para seguir com a vida normal e para reduzir os casos de racismo, impregnados no Brasil.

“Seguimos com luta e resistência. A gente [família] vai levando a vida normal. Eu venho, e tenho certeza, que vou continuar até o último dia da minha vida lutando contra esse racismo, impregnado no nosso país”, disse.

No entanto, Crispim diz que tem sido difícil falar sobre o caso dentro de casa, principalmente na frente da filha.

“A gente não consegue ter um diálogo referente ao acontecido. Isso toca muito. Eu sinto. Imagine ela, uma criança presenciar o pai praticamente ser assassinado na frente dela. Por que, um golpe daquele, é para finalizar alguém. Foi isso que ele tentou fazer, me finalizar. A gente vem conversando, discutindo, lutando”, relatou.

Ele contou ainda que o crime pelo qual passou em fevereiro trouxe lembranças de outros momentos que vivenciou desde pequeno, principalmente na escola.

“Eu já vivi outros momentos racistas, mas eu não tinha ciência do que era. [Eu era] separado pela cor. [Não podia] ficar na fila juntamente com outros. E se eu tivesse na fila eles saíam, iam para outro local, por eu ser negro. Lembro que nas brincadeiras eram todos brancos, mas quando eu entrava a brincadeira parava. Falavam “o neguinho vai entrar” , pontuou
 

Em outubro, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o gerente suspeito à Justiça pelo crime de discriminação racial. Os policias que participaram da ação também foram denunciados pelo MP, por abuso de autoridade e constrangimento ilegal.

G1 entrou em contato também com o Tribunal de Justiça, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

Maria Angélica CalmonMaria Angélica fala sobre o crime de racismo por qual passou em shopping de Salvador

Maria Angélica fala sobre o crime de racismo por qual passou em shopping de Salvador

O crime pelo qual a assessora de formatura e eventos Maria Angélica Calmon passou foi relatado nas redes sociais. O caso ocorreu em abril deste ano, quando ela foi abordada e acusada de pegar uma pomada em uma farmácia de um shopping de Salvador.

 

A vítima chegou a jogar no chão tudo que estava dentro da bolsa para provar que não tinha furtado nada. Sete meses depois do caso, ela conta que já se pegou diversas vezes evitando usar bolsas grandes para não passar pela mesma situação.

"Passei um tempo usando bolsa pequenas, apesar de gostar de bolsa grande. Usava [bolsa] pequena para não sofrer nenhum tipo de suspeita. Eu estava tentando fazer uma coisa que não é do meu feitio para me proteger daquele tipo de abordagem. É humilhante", disse.

Além dos acessórios, houve também mudanças em alguns hábitos: evitando frequentar a rede da farmácia e o shopping onde toda a situação ocorreu. Além disso, Maria Angélica disse que a família buscou ajuda médica para a neta, após ela presenciar o crime.

“No início, ela ficou um pouco confusa. Criou uma confusão de certo e errado e do que era aquilo que estava acontecendo com ela. Cria dúvidas na cabeça de uma criança de 7 anos", contou.

Antes da neta, o filho da assessora de formatura e eventos também já havia vivenciado o racismo de perto, no mesmo local.

"Ele esqueceu o fone de ouvido no carro, saiu e foi buscar. Depois ele voltou correndo em minha direção. Aí, uma mulher, começou a gritar: 'Cuidado, cuidado'. Ela achou que ele iria me assaltar, porque ele estava de sandália, de short, e ele tem o cabelo tipo o meu [black]. Eu disse: 'Cuidado com o que?'. Ela disse: eu pensei que ele iria roubar sua bolsa”, disse.

 

A vítima afirmou ainda que chegou a pensar que estava segura na Bahia, estado que tem 81,1% da população formada por negros e pardos, antes dos casos que aconteceram com a família. Mas, percebeu, na prática, que ninguém está imune.

"Na Bahia, até os próprios negros que não se reconhecem como negros são racistas. Você vê todo dia isso na rua. Ninguém nasce racista, mas se torna. Não sei como uma melanina consegue provocar tanta reação ruim nas pessoas. Ser negro na Bahia é muito desafiador. O racismo acontece com todo mundo", contou.

“Racismo vem de várias formas. Ele fere, ele mata, ele deixa marcas em você que nunca você vai consegui apagar. Ele deixa confusa uma criança que está formando sua personalidade, ele deixa marcas, dúvidas. Ele deixa a pessoa de uma forma tão magoada que você não quer que isso aconteça com ninguém, mais", concluiu.

O caso de Maria Angélica é acompanhado pela 16ª Delegacia Territorial (DT) na Pituba.

Segundo o MP-BA, há um procedimento no órgão no qual todas as diligências foram adotadas. Apesar disso, a promotoria aguarda a conclusão do inquérito policial pela delegacia de polícia.

G1 também entrou em contato com Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), mas até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

 

Como denunciarSaiba algumas formas de denunciar casos de racismo e de injúria racial.   — Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Saiba algumas formas de denunciar casos de racismo e de injúria racial. — Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), 56 boletins de ocorrência relacionados aos crimes de racismo e injúria racial foram registrados na Bahia entre outubro de 2018 e setembro de 2019.

Há muitas pessoas que vão direto para as delegacias registrar o crime, mas existe uma série de redes de apoios que podem ajudar as vítimas pelo telefone e também por aplicativo. Veja a relação na lista abaixo:

O serviço, que é disponibilizado pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), foi disponibilizado durante o calendário estadual Novembro Negro. As pessoas que sofrerem ou presenciarem algum caso de racismo podem ligar para (71) 3117-7448, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h, e também das 14h às 18h.

 

Todos os casos registrados por telefone vão ser direcionados para o Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, responsável por oferecer apoio psicológico, social e jurídico às vítimas de racismo, além da intolerância religiosa.

O aplicativo Mapa do Racismo e Intolerância Religioso, lançado pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), é gratuito e o download pode ser feito em dispositivos dos sistemas Android ou iOS.

Com as diferentes categorias que podem ser caracterizadas como racismo e intolerância religiosa, o usuário do aplicativo é guiado por tutorial, onde irá aprender a identificar a natureza da ocorrência, com base nas classificações expressas pela lei.

Depois que o relato da ocorrência é feito no aplicativo Mapa do Racismo e Intolerância Religiosa, o registro gera um procedimento no MP. Esse documento é encaminhado ao promotor que atua na cidade em que o caso aconteceu.

Defensoria Pública da Bahia Ouvidoria cidadã

Os casos também podem ser registrados na Defensoria Pública. Há a possibilidade de fazer de forma presencial, indo até a Rua Pedro Lessa, no bairro do Canela, em Salvador. E também pelo Disque Defensoria: 129 - Opção 2. Ou ainda pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 
Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por G1 BA.

Sete trabalhadores contratados de forma irregular, entre eles, dois venezuelanos, foram encontrados em um canteiro de obras na região de Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano. O local de trabalho também não possuía banheiro e os homens atuavam sem equipamento de proteção individual como fardamento, luvas, proteção solar ou touca árabe.

De acordo com a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), os trabalhadores foram achados na segunda-feira (11), durante uma força-tarefa da Comissão de Erradicação do Trabalho Escravo na Bahia (Coetrae-BA), que realizou uma operação de investigação de trabalho análogo ao de escravo na região de Santo Antônio de Jesus.

 

De acordo com a coordenação do Coetrae, a situação encontrada no local não foi de trabalho análogo ao escravo, pois os trabalhadores recebiam salário, mas eles estavam sem registros em carteira de trabalho e, consequentemente, sem recolhimento de INSS e FGTS.

 Venezuelanos foram achados em trabalho com contrato irregular e sem carteira de trabalho assinada na Bahia — Foto: Divulgação/SJDHDS

Venezuelanos foram achados em trabalho com contrato irregular e sem carteira de trabalho assinada na Bahia — Foto: Divulgação/SJDHDS

A Força Tarefa inspecionou as condições de trabalho encontradas no canteiro de obra da empresa de construção civil e do galpão de armazenamento dos equipamentos de trabalho, que também era usado como alojamento por um dos trabalhadores venezuelanos.

De acordo com o proprietário da empresa, as obras começaram há cerca de três meses, mesmo tempo de chegada dos dois venezuelanos.

 

Após a inspeção nas instalações da empresa, os auditores fiscais do Trabalho, um defensor público e uma procuradora do Trabalho firmaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o empregador.

No documento constam obrigações trabalhistas que deverão ser cumpridas, como a contratação legal retroativa dos trabalhadores, verbas rescisórias para os demitidos, cumprimento do aviso prévio, além da multa dos autos de infração decorrente da irregularidade.

Participaram da operação órgãos que compõe a Coetrae-BA, entre eles, a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), a Superintendência Regional do Trabalho (SRT-BA), o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Polícia Federal (PF).

Um dos venezuelanos tinha como abrigo galpão com equipamentos e materiais da obra na Bahia — Foto: Divulgação/SJDHDS

Um dos venezuelanos tinha como abrigo galpão com equipamentos e materiais da obra na Bahia — Foto: Divulgação/SJDHDS

 Obra onde trabalhadores foram encontrados atuando sem carteira de trabalho assinada na Bahia — Foto: Divulgação/SJDHDS

Obra onde trabalhadores foram encontrados atuando sem carteira de trabalho assinada na Bahia — Foto: Divulgação/SJDHDS

 Coetrae-BA encontrou venezuelanos em trabalho irregular em Santo Antônio de Jesus — Foto: Divulgação/SJDHDS

Coetrae-BA encontrou venezuelanos em trabalho irregular em Santo Antônio de Jesus — Foto: Divulgação/SJDHDS

Publicado em BAHIA E REGIÃO
Ecoturismo ou turismo ecológico é o “segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações”. A definição acima é dada pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo
Em Licínio de Almeida/BA a empresa Ecotur, do proprietário José Oliveira Filho, recebeu o certificado no Âmbito do Canal Brasil Braços Abertos oferecido pelo Ministério do Turismo em parceria com Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro em Julho de 2017, mas já vem atuando na área desde 2010 desde a sua criação até o presente momento,pessoas de várias regiões do País e até mesmo do exterior já procuraram a ECOTUR para fazer acampamentos, trilhas, ou até mesmo condução de grupos de pesquisadores como arqueólogos e botânicos da UEFS E UFBA.
Hoje a empresa Ecotur tem provisoriamente um ponto de apoio turístico e camping na comunidade de Córrego do Mimoso no município de Jacarací , onde os visitantes contam com estacionamento, banheiro, cozinha comunitária, internet, área livre e coberta para se acomodar confortavelmente e com vista privilegiada para a Serra. O local é um ponto estratégico para o deslocamento dos ecoturistas para a cidade de Jacarací, areia branca, Balneário da Prainha,Morro do Mimoso, Mirante do Mimoso e o cobiçado Morro do Chapéu com seus 1.480 mt de altitude próximo a divisa com MG. Por outro lado acesso fácil para a Cachoeira de Dedinha(Urandí) cidade de Licínio, Cachoeirão,Gruta do Xaxá, pinturas rupestres na Serra do Salto, Parque eólico,Garimpo das Ametistas, Cachoeira das Sete Quedas.
Informações e agendamentos entre em contato: Zé Oliveira(Guia credenciado) WhattsApp (77) 99191-1911 email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Instagram: ecotur_turismo_ecologico End: Rodovia BA-156 Licínio -Jacarací km 15
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Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por G1.

Candidatos do Enem 2019 aguardam em frente à universidade Mackenzie, um dos locais de prova em São Paulo, antes do primeiro dia do exame — Foto: Celso Tavares/G1

 

Os estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 voltam aos locais de prova para o segundo e último dia de provas neste domingo (10). Dessa vez, eles terão cinco horas para responder a 45 questões de matemática e 45 de ciências da natureza. Os portões dos locais de prova serão fechados às 13h de Brasília; a aplicação começa às 13h30 e termina às 18h30.

A partir das 18h, o G1 terá um programa ao vivo com comentários dos professores do Sistema COC de Ensino, além do GABARITO EXTRAOFICIAL de todas as 90 questões objetivas.

Confira abaixo os horários do Enem, o que pode e não pode levar e como foi o primeiro dia de provas:

 

Horários do Enem (hora de Brasília)

  • duração da prova: 5h
  • 12h: abertura dos portões
  • 13h: fechamento dos portões
  • 13h30: início das provas
  • 15h30: alunos podem sair do local de provas, sem o caderno de questões
  • 18h: alunos podem sair do local de provas, com o caderno de questões
  • 18h30: término das provas

Como o Enem será aplicado em quatro fusos horários diferentes, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) recomenda que os estudantes fiquem de olho nos horários locais de fechamento dos portões, caso não estejam no mesmo fuso de Brasília.

No primeiro dia de provas, realizado no último domingo (3), dos 5,09 milhões de candidatos inscritos, 3,9 milhões fizeram o exame – o que representa um índice de abstenção de 23%, o mais baixo da história do Enem.Horário local de fechamento dos portões para o Enem 2019 — Foto: Ana Carolina Moreno/G1

Horário local de fechamento dos portões para o Enem 2019 — Foto: Ana Carolina Moreno/G1

 

O que pode ou não pode levar no Enem

Esta edição do exame veio com uma regra extra: se qualquer aparelho eletrônico fizer barulho, o candidato será eliminado. Isso significa que os celulares deverão ficar desligados e com alarmes desativados, mesmo dentro dos envelopes lacrados.

Há itens OBRICanetas usadas no Enem devem ser pretas, de tubo transparente.  — Foto: Marcelo Brandt/G1; Juliane Monteiro/G1 (arte)

Canetas usadas no Enem devem ser pretas, de tubo transparente. — Foto: Marcelo Brandt/G1; Juliane Monteiro/G1 (arte)

  • OBRIGATÓRIO: A caneta deve ser esferográfica, de tinta preta, fabricada em material transparente.
  • OBRIGATÓRIO: O acesso à sala de provas só será permitido mediante a apresentação de um documento de identificação original e com foto, como: identidade, carteira de registro nacional migratório, carteira de trabalho, certificado de reservista, passaporte e carteira de motorista (CNH).
  • PROIBIDO: Telefones celulares e quaisquer equipamentos eletrônicos devem ser desligados e guardados em um envelope lacrado, que permanecerá debaixo da carteira. Entram na lista: calculadoras, agendas eletrônicas, tablets, ipods, gravadores, pen drive, relógio, chaves com alarme, fones de ouvido e gravadores.
  • PROIBIDO: Lápis, caneta de material não transparente, lapiseira, borracha, régua, corretivo, livros, manuais e anotações são proibidos – devem ficar guardados no envelope.
  • PROIBIDO: Óculos escuros, bonés, chapéus, viseiras ou gorros não são permitidos.
 

1º dia teve problemas com horário de verão

O primeiro dia de provas, no domingo passado (3), coincidiu com a data em que entrou em vigor o horário de verão de 2018. A política, porém, foi revogada em abril pelo presidente Jair Bolsonaro. Mesmo assim, muitos relógios de dispositivos eletrônicos fizeram a mudança automaticamente, o que provocou confusão, horários adiantados nos relógios de rua de São Paulo e até um erro de publicação no perfil oficial do Ministério da Educação no Twitter.

Tema da redação do Enem 2019

O tema da redação Enem 2019 foi "Democratização do acesso ao cinema no Brasil". Segundo professores ouvidos pelo G1, o tema não estava entre as principais apostas.

E cineastas brasileiros ouvidos pelo G1 disseram que faltam recursos e políticas públicas para enfrentar o problema citado pelos textos motivadores.

 Proposta de redação da prova do Enem 2019 - CADERNO AMARELO — Foto: Reprodução Inep

Proposta de redação da prova do Enem 2019 - CADERNO AMARELO — Foto: Reprodução Inep

 

Professores consideram questões de história mais fáceis

Professores de 12 cursinhos ouvidos pelo G1 afirmaram que primeiro dia do Enem teve textos mais longos em linguagens, e mais curtos em história e geografia, além de foco maior em atualidades, como literatura contemporânea e tecnologia.

As questões de história foram mais fáceis, mas isso pode fazer com que erros derrubem a nota dos candidatos, alertaram os professores.

 Caderno de provas do Enem 2019 - 1º dia — Foto: Ana Carolina Moreno/G1

Caderno de provas do Enem 2019 - 1º dia — Foto: Ana Carolina Moreno/G1

Publicado em BRASIL E MUNDO
Ocâncer de próstata leva a morte, a cada semana, 45 homens em todo o país, 3 deles só na Bahia, deixando o estado no quinto lugar no ranking nacional de óbitos decorrentes da doença. Os dados foram levantados pelo BNews por meio do DataSus e dizem respeito aos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde.
Entre 2008 e agosto deste ano, mais de 300 mil pessoas se internaram em hospitais da rede pública para tratar o câncer de próstata, sendo que mais de 27 mil não resistiram. A doença é o segundo tipo de melanoma mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele.
Na Bahia, foram registrados quase 26 mil internamentos, deixando o estado na 3ª posição nacional com maior número absoluto de ocorrências, atrás de São Paulo e Minas Gerais. Na série histórica dos últimos 10 anos, entre 2009 e 2018, houve aumento de 67,3% dos casos no estado, dois pontos percentuais acima da variação nacional, que foi de 65,3% no período.
Na capital baiana, foram computados quase 19 mil casos de internamentos decorrentes da neoplasia maligna da próstata, 73% do total do estado. No mesmo período em Salvador, foram 965 mortes por causa da doença.
Exames
A detecção do câncer de próstata é feita com a ajuda de dois exames, que juntos garantem 80% de eficiência na descoberta precoce da doença. O mais comum é o toque retal, que garante quase 48% de chance de encontrar a neoplasia maligna. As chances aumentam a partir da combinação dele com o PSA - exame de sangue que identifica alterações na glândula.
Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia apontou que 51% dos homens nunca foram a um urologista. De acordo com o urologista Gustavo Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), isso acontece em razão dos mitos sobre os exames e as piadas machistas em torno do tema.
De acordo com o Ministério da Saúde, existem alguns fatores que aumentam o risco de incidência da doença e que precisam ser observados pelos homens, a exemplo de idade, histórico familiar e sobrepeso. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
Já os homens cujo o pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, também fazem parte do grupo de risco. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado.
Também existem alguns sinais do próprio corpo sobre a aparição da neoplasia maligna: dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; sangue na urina; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
Para a prevenção da doença, o Ministério da Saúde recomenda ao homem ter uma alimentação saudável, manter o peso corporal adequado, praticar atividade física, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, também está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer.
Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por G1.

A Embratur, subordinada ao Ministério do Turismo, enviou um ofício à Fundação Nacional do Índio (Funai) manifestando "interesse no encerramento" do processo de demarcação de terras do povo Tupinambá, no Sul da Bahia.

O documento se baseia na "intenção" de um grupo português de hotéis de instalar dois resorts na área e cita a necessidade de "segurança jurídica" para que o investimento seja feito (veja o documento abaixo).

O caso foi divulgado inicialmente pelo "The Intercept Brasil" e o G1 também obteve o documento. O G1 entrou em contato com a Funai, a Embratur, e a empresa interessada na área, mas não obteve resposta até a .Ofício da Embratur para a Funai fala sobre o 'interesse no encerramento' do processo de demarcação de terras indígenas Tupinambá de Olivença — Foto: Reprodução/G1

Ofício da Embratur para a Funai fala sobre o 'interesse no encerramento' do processo de demarcação de terras indígenas Tupinambá de Olivença — Foto: Reprodução/G1

 

A Embratur é a empresa responsável pela política nacional de turismo, como a promoção de destinos, serviços e produtos turísticos brasileiros no mercado internacional. A Funai é vinculada ao Ministério da Justiça e tem como missão "proteger e promover" os direitos dos povos indígenas.

Demarcação de terras x turismo de luxo

Dados da Funai apontam que a terra indígena está delimitada em uma área de 47,3 mil hectares, abrangendo os municípios de Una, Ilhéus e Buerarema. No território vivem 4,6 mil indígenas.

A área ainda precisa passar por três estágios dentro do processo administrativo da Funai: a declaração, a homologação e a regularização de fato, com registro em cartório. Atualmente, 43 das 567 terras indígenas estão neste estágio de demarcação.

  • Entenda o processo de demarcação de terras indígenas

A empresa portuguesa interessada na área é a Vila Galé que, de acordo com o documento da Embratur, pretende instalar "dois empreendimentos hoteleiros, do tipo resort, com 1.040 leitos", empregando 500 pessoas diretamente e 1,5 mil indiretamente. O investimento é superior a R$ 200 milhões.

No site da empresa Vila Galé, é possível ver o anúncio do projeto, previsto para 2021. O empreendimento é chamado de "Vila Galé Costa do Cacau" e, de acordo com a descrição, será um "resort all inclusive" com spa, quadras poliesportivas, restaurantes e bares.

 

O que são terras indígenas?

As terras indígenas são tradicionalmente ocupadas por um ou mais povos indígenas, sobre as quais a Constituição determina a demarcação, proteção e preservação.

A Constituição estabelece aos índios o chamado "direito originário" sobre essas terras. Isso quer dizer que o texto constitucional considera os índios como os primeiros e naturais donos desse território. Portanto, a existência das chamadas terras indígenas decorre da ocupação tradicional.

Para que uma terra seja declarada território indígena, os estudos técnicos têm de comprovar que as terras são historicamente ocupadas por índios. São levadas em consideração características étnicas, históricas, ambientais, cartográficas e fundiárias do território.

Quais são as etapas da demarcação?

O processo de demarcação de terras indígenas está regulamentado por um decreto presidencial de 1996 e segue o seguinte protocolo:

  1. Inicialmente, são feitos estudos de identificação e delimitação do território, feitos pela Funai;
  2. Depois, os estudos são enviados para aprovação do presidente da Funai, que tem 15 dias para publicar o material no "Diário Oficial da União";
  3. A contar do início dos estudos até 90 dias após a publicação do relatório no "D.O.", todas as partes envolvidas no processo, incluindo estados e municípios, se manifestam sobre a demarcação. A Funai tem, então, 60 dias para elaborar pareceres e encaminhar o processo ao Ministro da Justiça;
  4. O ministro da Justiça tem 30 dias declarar os limites da área e determinar a demarcação física. Também pode determinar diligências no local ou rejeitar a identificação da área, tendo que justificar a decisão com base no artigo da Constituição que determina a demarcação;
  5. Após os limites da área serem definidos, a Funai promove a demarcação física do território. Ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), cabe o reassentamento de eventuais ocupantes não-índios das terras. A Funai também procede ao ressarcimento de não-índios por eventuais benfeitorias consideradas de boa-fé realizadas por essa população;
  6. O penúltimo passo para o procedimento de demarcação é a homologação do território por meio de decreto do presidente da República;
  7. Por fim, a terra demarcada e homologada deve ser registrada em até 30 dias no cartório de imóveis da comarca correspondente e na Secretaria de Patrimônio da União (SPU).
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Por Itana Alencar, G1 BA — Cachoeira (BA).
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A abertura oficial da 9ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), nesta quinta-feira (24), foi marcada por debates políticos-raciais e saudações à autora homenageada do evento em 2019, Gláucia Lemos.

A primeira mesa oficial do evento, com tema "Cartografias do Brasil contemporâneo", foi realizada nesta tarde com um bate-papo entre a autora e historiadora paulista Lilia Schwarcz e a jornalista e escritora carioca Eliana Cruz.

A roda de conversa foi mediada pelo arquiteto baiano e diretor da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo.

G1 resumiu, em frases, o que rolou no debate sobre o mapeamento do Brasil de hoje.

Eliana Cruz (à esquerda) e Lilia Schwarcz (à direita) na mesa de abertura da Flica em Cachoeira, no recôncavo baiano — Foto: Itana Alencar/G1

Eliana Cruz (à esquerda) e Lilia Schwarcz (à direita) na mesa de abertura da Flica em Cachoeira, no recôncavo baiano — Foto: Itana Alencar/G1

Eliana Cruz:

"A gente tem uma pálida ideia, uma pálida noção de quem somos. Não sei dizer exatamente qual foi o momento, mas eu resolvi tirar férias e comecei a pesquisar sobre uma série de coisas. Foi assim que eu comecei a escrever um livro"
"A gente vai vivendo a vida e esquece de estabelecer pontos com quem está do lado"
"Tem uma frase da Neusa Santos que diz: 'Uma das formas de adquirir autonomia é ter uma narrativa de si mesmo'. Essa frase me ecoava e foi aí que eu me dei conta de que, tudo o que eu sabia de mim e dos meus, era escrito por outras pessoas. Então eu tomei isso como uma tarefa. Escrever sobre o meu povo"
 
"Todo mundo que se debruça sobre histórias e narrativas negras faz o trabalho de devolver dignidades"
"Hoje, a gente só está colocando no papel coisas que nossos antepassados contavam"
"Ainda falta muita coisa, mas eu vejo um cenário muito diferente de quando eu tinha 19 anos. E isso é uma prova indiscutível de que nossos esforços estão avançando alguma coisa"
"Nós convivíamos com um Brasil autoritário paternalista: um sistema que mandava em tudo o que a pessoa fazia, mas com o ar de um grande pai. Isso explica o atual Brasil de cabo a rabo"
"Assumir um lugar que, de fato a gente tem nessa sociedade, de se apropriar dos espaços e não nos conformar com o que nos é oferecido é um caminho sem volta"
"Viver com essa espada na cabeça nos faz criar estratégias para não enlouquecer. Criar estratégias para não cair em depressão. É um exercício diário descolonizar o olhar"
"As pessoas finalmente estão gritando sobre a sexualização da mulher negra, e com toda razão. É muito conveniente para determinados grupos manter a mulher negra nesse local, de mulata gostosa"
"Precisamos desmontar essa narrativa violenta que nos persegue há séculos"
"É necessário que às vezes a gente mexa em algumas feridas para que possamos nos transformar"
 Primeiro dia da Flica em Cachoeira, no recôncavo baiano — Foto: Itana Alencar/G1

Primeiro dia da Flica em Cachoeira, no recôncavo baiano — Foto: Itana Alencar/G1

Lilia Schwarcz:

"Não se passa impunemente o fato de termos sido o último país a abolir a escravidão mercantil, porque alguns outros tipos ainda existem"
"Eu tomo muito cuidado para não dizer que a culpa é toda da história, porque nos coloca em um lugar passivo. Sabemos que se existe um legado disso, é porque estamos criando base para toda essa estrutura. Como disse Angela Davis: não basta não ser racista, tem que ser antirracista"
"Eu acredito que nós estamos vivendo uma batalha de retóricas históricas"
"Por que o Brasil tem tanto medo de lidar com a reparação?"
"Depois das eleições, de tantos debates sobre autoritarismo, para quem imaginou que teria um Brasil novo, eu digo: Bem vindo à nova-república-velha"
 
"Um chefe do executivo não pode agir como um grande pai. Não pode tratar o Brasil como a casa própria. E isso é um grande problema na nossa atualidade"
"A questão da escravidão e a inconsequente herança do racismo é extremamente danosa. Não teremos uma democracia enquanto continuarmos um país tão racista"
"O Brasil padece com uma vergonhosa desigualdade social e só a educação pode, de alguma maneira, quebrar esse gatilho"
"A violência e a insegurança são sentimentos legítimos"
"Armar a população não resolverá o problema da segurança no Brasil. Violência só gera mais violência"
"A sociedade negra sofre com duas mortes: a morte física e a morte da memória. E a gente só combate isso com o fortalecimento dos acessos aos espaços para essa população"
"Do segundo semestre de 2018 para cá, ao invés de nós escondermos nossa intolerância, nós resolvemos mostrá-la. E de uma forma terrível"
"A gente tem um país que se orgulha de ter a maior parada gay do mundo, mas que não reflete sobre o número de LGBTs assassinados no mundo"
"Não precisamos negar que temos um passado branco, europeu. Mas a gente precisa também contar sobre o nosso passado de outras perspectivas. A gente precisa falar sobre nossas diversas Áfricas. Sobre esses outros personagens que também fizeram parte e construíram a nossa história"
 
"O termo feminicídio só entrou na nossa legislação em 2015. O fato de nós termos demorado tanto para usar esse termo fala muito sobre os traumas da nossa história"
"A cultura é quase uma segunda pele e ela acaba naturalizando perversões. E essas aberrações da cultura criam sociedades doentes"

Primeiro dia da Flica em Cachoeira, no recôncavo baiano — Foto: Itana Alencar/G1

Primeiro dia da Flica em Cachoeira, no recôncavo baiano — Foto: Itana Alencar/G1

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Foto: Sertão em Dia/BA-617 Caculé -Condeúba
A chuva sempre é bem vinda no Sudoeste Baiano, especialmente no Sertão, foi com muita euforia que a população da região comemorou as primeiras chuvas nesta segunda-feira (21). Mas nem só de alegria vive o sertanejo, em especial quem trafega pela estrada de Caculé á Condeúba.
A história é uma velha conhecida por todos que têm o desprazer de passar pela BA-617. Após as chuvas caírem, o caos programado foi um desastre para dezenas de pessoas que trafegam todos os dias “pela estrada da vergonha”,  nome que foi apelidada pelo descaso dos governantes.
Só nesta terça-feira (22), foram contabilizados mais de 10 automóveis que atolaram,  um transtorno para os comerciantes, feirantes e demais pessoas que passam todos dias pela estrada.
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Por TV Bahia.

Moradora de Feira de Santana encontra água fervendo após abrir buraco no chão da casa

 

Uma dona de casa de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, encontrou água fervendo “brotando” do chão, após fazer um buraco na cozinha do imóvel onde mora para tentar descobrir o motivo da temperatura elevada no local.

A casa fica no bairro da Queimadinha. Roseane Conceição mora no local há quase 35 anos e diz que a ideia de quebrar o chão foi depois de que o piso começou a esquentar com intensidade.

“Parecia uma panela de pressão. Eu fiquei desesperada, sem saber o que fazer. Eu chamei os bombeiros porque a água estava fervendo. Eu liguei para os bombeiros e quando chegaram eles falaram que não podiam fazer nada porque não era fogo", afirmou Roseane.

Segundo um ambientalista da Secretaria Municipal de Meio Ambiente , o problema pode ter sido provocado porque a casa foi construída em cima de uma lagoa soterrada.

“A princípio, o problema que está acontecendo aqui, aconteceu em outros bairros, mas agora que fomos procurados. A casa foi comprada há mais de 30 anos e agora que apresentou o problema. As pessoas aqui aterraram a lagoa e, embaixo do aterro, ficou matéria orgânica", disse.

Moradora na Bahia acha água fervendo embaixo do chão dentro de casa — Foto: Reprodução/TV Bahia
"Eles teriam que ter removido, eles não removeram e cobriram. Com isso, houve a formação de uma turfa, matéria orgânica, que está se decompondo, por isso produziu o calor que esquentou o piso. Quando ela abriu ali, o que saiu foi gás metano”, afirmou João Dias, disse o ambientalista.

 

Ainda de acordo com ele, o buraco deve continuar aberto porque ainda corre o risco do problema persistir.

“Ainda não pode ser fechado o buraco porque corre o risco de voltar a esquentar o piso outra vez. A gente vai fazer algumas análises da água, da temperatura, para descobrir a demanda química de oxigênio para ver como está a questão dos gases. Depois disso, a gente vai produzir um laudo”, completou.

Antônio José, engenheiro da Defesa Civil da cidade, conta que o problema pode aparecer em outras casas da região.

“Se há um problema neste imóvel, com certeza, frequentemente tem problemas em todos os outros. Porque serão recorrentes, visto que isso era uma área de lagoa”, contou.

Enquanto o laudo não é concluído, Roseane Conceição afirma que vive com muito medo da situação.

“Não estou tranquila. Enquanto eles não me falarem o que está acontecendo, eu tenho medo de tapar o buraco e a temperatura voltar. Eu tenho medo de tapar e acontecer alguma coisa. Eu não sei dizer o que está acontecendo. Tenho medo, tem eu, minha filha e meu neto na casa", contou.

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Por G1 BA.

As inscrições para o Selo Literário João Ubaldo Ribeiro - Ano III foram abertas nesta quarta-feira (23). O projeto da Fundação Gregório de Mattos (FGM) é voltado para escritores soteropolitanos.

Os interessados devem se inscrever gratuitamente no site oficial do projeto, até o dia 6 de dezembro.

O selo tem como objetivo dar espaço para novos autores, publicando suas obras sem custo, como também consolidar a produção de autores já consagrados. Serão selecionadas oito obras, distribuídas em sete gêneros: conto, crônica, dramaturgia, literatura infantil, poesia, romance e categoria livre.

O lançamento do novo edital e da coleção do Ano II foi realizado na noite da terça-feira (22), na nova sede da FGM, na Barroquinha, com oito obras literárias de autores soteropolitanos ou residentes na capital baiana há mais de dois anos.

Cerca de 300 bibliotecas das escolas municipais receberão os exemplares contemplados pelo selo.

As obras também serão enviadas para bibliotecas públicas baianas, para a Academia de Letras da Bahia, o Gabinete Português de Leitura, outros estados brasileiros e as embaixadas dos países de origem portuguesa.

Até o final de outubro, os exemplares poderão ser acessados também em formato virtual disponibilizado no site da FGM.Lançamento da coleção do Selo Ubaldo Ribeiro - Ano II, em Salvador — Foto: Divulgação/Max Haack

Lançamento da coleção do Selo Ubaldo Ribeiro - Ano II, em Salvador — Foto: Divulgação/Max Haack

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Por G1 BA

Uma casa pegou fogo após ser atingida por dois raios, na tarde desta quarta-feira (23), no bairro de Mimoso I, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. Ninguém ficou ferido.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o caso aconteceu por volta das 14h30, na Rua Bahia. Nenhum morador estava dentro da casa no momento do acidente.

De acordo com os bombeiros, os vizinhos da família arrombaram o portão da casa e conseguiram salvar o cachorro das chamas.

O órgão informou que parte do teto do imóvel caiu e vários eletrodomésticos e móveis ficaram destruídos. Agentes trabalham para debelar as chamas.

Caso aconteceu no bairro Mimoso 1, na cidade Luís Eduardo Magalhães — Foto: Muller Nunes/TV Bahia

Caso aconteceu no bairro Mimoso 1, na cidade Luís Eduardo Magalhães — Foto: Muller Nunes/TV Bahia

Vizinhos arrombaram portão e salvaram cachorro — Foto: Muller Nunes/TV Bahia

Vizinhos arrombaram portão e salvaram cachorro — Foto: Muller Nunes/TV Bahia

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Por G1 BA.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, na manhã desta terça-feira (22), três caminhões lotados de aves transportadas irregularmente na BR-116, em Nova Itarana, no sudoeste da Bahia.

Não há informações sobre a quantidade de animais apreendidos.

Segundo a PRF, após abordagem em uma fiscalização no Km-581, as aves foram encontradas sem a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento necessário para o transporte de animais que é exigido pela legislação.

De acordo com a PRF, a guia também deve ser emitida e assinada por um médico veterinário oficial. Durante a abordagem, os motoristas disseram que a carga teria como destino a cidade de Caruaru, em Pernambuco.

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) ficou responsável pelas notificações necessárias e destinação das aves.

Publicado em BAHIA E REGIÃO