Com maioria das escolas sem rede de esgoto, rede pública sofre com falta de indicadores para medir q
Levantamento inédito mostra que maioria das escolas não tem banheiros ou refeitórios adequados; 60% não têm rede de esgoto; 64% estão sem parques infantis; 70% sofrem da falta de bibliotecas.
Por g1.]
Com mais de 1,2 mil obras de creches e pré-escolas paradas pelo país, o cenário da educação brasileira segue mostrando carências severas em sua etapa mais importante de formação.
Um levantamento inédito da organização Todos pela Educação detalhou a precariedade no ensino infantil:
- seis em cada dez escolas públicas de educação infantil têm rede de esgoto;
- a maioria também não têm banheiros adequados ou refeitório;
- 64% dessas escolas não têm parques infantis;
- e faltam bibliotecas em sete em cada dez.
"Como país, a gente não deveria querer apenas o indicador de matrícula", aponta Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos pela Educação, em entrevista a Natuza Nery.
"A gente pode ter um aumento de matrícula de crianças ingressando em creches, mas ter crianças presas em uma cadeirinha olhando para um teto branco com a fralda suja", aponta.
Priscila critica a falta de indicadores mais precisos para compreender as carências na educação infantil. "Não teve nenhuma sinalização do Ministério da Educação para debater um indicador nacional que faça sentido", diz.
"O Brasil, infelizmente, ainda não conseguiu enfrentar esse debate”, diz. “É um debate acalorado, mas que a gente precisa superar para as crianças terem atendimento a pré-escolas de qualidade. Isso precisa ser medido para a gente poder ter metas para cobrar das autoridades públicas a melhoria dos indicadores."
Para o episódio, Natuza também conversou com Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, instituição que trabalha pela causa da primeira infância.
Para explicar a importância do desenvolvimento nessa fase da vida, Mariana compara o funcionamento do cérebro como um super-herói.
"A neurociência comprovou que acontece 1 milhão de conexões por segundo, e esse um milhão de conexões que fazem sinapses formam até 90% do nosso cérebro, daí essa potência. Isso estrutura o que a gente chama do tripé do desenvolvimento."
"É o desenvolvimento físico, motor, o desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento socioemocional... E aí todas as competências que a gente busca no dia a dia no mercado de trabalho e na nossa trajetória escolar estão ancoradas nesta lógica do tripé do desenvolvimento", completa.
Como explica Mariana, um investimento em educação infantil pode refletir em uma sociedade mais igualitária e quebrar o ciclo da pobreza.
"E isso vai se traduzir em benefícios para economia. Então, essa criança vai ter até 25% a mais de renda, maior possibilidade de emprego... Isso é o que quebra o ciclos que, infelizmente, a gente não tá conseguindo quebrar que são os ciclos intergeracionais da pobreza no nosso país."
23-08-2023 - 1º Seminário de Avaliação Externa do Município de Licínio de Almeida
18-08-2023 - 2º Festival de Talentos da Escola Municipal Antônio Santana.(dia 03)
17-08-2023 - 2º Festival de Talentos da Escola Municipal Antônio Santana.(dia 02)
16-08-2023 - 2º Festival de Talentos da Escola Municipal Antônio Santana.(dia 01)
11-08-2023 - Festival Estudantil da Primavera em Comemoração ao Dia do Estudante da Pingo de Gente
20-07-2023 - Dia "D" da Educação Especial e Inclusiva
Licínio de Almeida: Cerimônia em Homenagem a Felipy Fernandes, Medalhista de Ouro na OBMEP.
http://liciniodealmeida.ba.gov.br/
Cel.: (77) 99171-2223 – Assessor João José (JJ)
Licínio de Almeida: Culminância dos Trabalhos 1º Trimestre do Colégio Estadual Duque de Caxias.
http://liciniodealmeida.ba.gov.br/
Cel.: (77) 99171-2223 – Assessor João José (JJ)
Licínio de Almeida: Professores do Magistério da Rede Municipal de Educação, Manifesta Por Piso Sala
17-06-2023 - Arraiá de Milhões do Colégio João Paulo II e Escola João XXIII.
16-06-2023 - Arraiá do Terceirão 2023, do Colégio Estadual Duque de Caxias
16-06-2023 - Arraiá da Escola Municipal Pingo de Gente
17-06-2023 - Arraiá da Creche Professora Ray Guimarães Pereira
Licínio de Almeida: Felipe Fernandes Souza é Medalhista de Ouro na OBMEP 2023.
http://liciniodealmeida.ba.gov.br/
Cel.: (77) 99171-2223 – Assessor João José (JJ)
Licínio de Almeida - Segurança nas escolas: Autoridades se Reúnem em Busca de Soluções.
http://liciniodealmeida.ba.gov.br/
Brumado: Aluno é atingido com golpe de faca por colega na frente do Colégio Estadual
por .: ASOM - Polícia Militar da Bahia -
Estudantes da rede estadual de Araci e Caculé são premiados na 21ª edição da FEBRACE, em São Paulo
A equipe, formada pelos estudantes Isabel Oliveira, Maria Isabella Moura, Sarah Cruz, Adrielle Pietra Santana e Luan Santiago, do curso técnico em Análises Clínica, do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) do Sisal II, em Araci, conquistaram três prêmios com o projeto "Produção de luvas a partir do Bioplástico feito da matéria prima do Sisal (Agave Sisalana)". São eles: prêmio de Engenharia Politécnica da USP, 2º lugar na 3ª edição do prêmio "Por um mundo sem lixo"; e 2º lugar na categoria de inscrição, Engenharia.
Para a estudante Isabel Oliveira, 16, a FEBRACE trouxe diversas experiências. "O que mais nos marcou foi o fato de termos conseguido ganhar em uma categoria muito concorrida e difícil, que foi a de Engenharia na USP, além dos outros dois prêmios. Estamos felizes pelas conquistas", comentou. A orientadora Pachiele Cabral falou sobre o impacto da participação dos estudantes na feira. "É uma experiência de grande aprendizado, pois eles compartilham conhecimento com alunos de todo Brasil".
A equipe do Colégio Estadual Norberto Fernandes, em Caculé, composta pelos estudantes Bruna Ferreira, Bruno Ferreira e Ana Cláudia Santos, ganharam o Prêmio Museu Paulista de Inclusão Social. Eles concorreram com o projeto "O empoderamento feminino dos artesanatos feitos com a palha do licuri na comunidade quilombola Vargem do Sal".
A estudante Bruna Ferreira afirmou que ter participado da FEBRACE foi incrível. "Todos nós adquirimos conhecimentos e uma experiência enorme. Ter ganhado esse prêmio foi muito importante para nós, pois vimos que alcançamos o nosso objetivo que era dar visibilidade e valorização para esse grupo de mulheres quilombolas". Já a orientadora do projeto, Edjane Alexandre Soares, disse que a participação em feiras científicas potencializa o aprendizado. "A atividade promove o exercício do método científico, o desenvolvimento do raciocínio lógico da comunicação oral e do trabalho coletivo".
A FEBRACE - A feira é um programa de talentos em Ciências e Engenharia que estimula a cultura científica, o saber investigativo, a inovação e o empreendedorismo em jovens e educadores da Educação Básica e Técnica do Brasil.
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Enem 2022: divulgação dos resultados é antecipada para esta quinta; veja o que fazer com a nota
Exame é usado na seleção de estudantes por universidades públicas e privadas no Brasil, por meio de programas como Sisu, Prouni e Fies.
Por Emily Santos e Luiza Tenente, g1 — São Paulo.
A divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 será antecipada para esta quinta-feira (9), segundo o ministro da Educação, Camilo Santana.
A previsão inicial era que as notas só fossem disponibilizadas na próxima segunda-feira (13). O ministro avisou sobre a mudança nesta quarta (8), durante a divulgação dos dados do Censo Escolar da Educação Básica.
"Estamos antecipando o resultado do Enem, que estava previsto para a semana que vem. O resultado será divulgado amanhã, dia 9. Isso vai facilitar também todo o acesso dos nossos alunos ao Sisu", disse.
Para acessar o boletim de desempenho, bastará entrar na Página do Participante e fazer o login, digitando o CPF e a senha cadastrados no sistema.
Abaixo, veja o que é possível fazer com as notas da prova:
- Sisu
- Prouni
- Fies
- Instituições privadas
- Universidades internacionais
?? Sisu
- O que é: O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o programa do Ministério da Educação (MEC) que seleciona estudantes para universidades públicas.
- Como funciona: O aluno pode mudar suas opções de curso no sistema quantas vezes quiser, ao longo do período de inscrição, tomando como base as notas de corte parciais divulgadas diariamente. Há vagas para cotistas (as regras variam de instituição para instituição).
- Pré-requisitos: ter prestado o Enem 2021 e tirado nota superior a zero na redação.
- Inscrições: de 16 a 24 de fevereiro.
- Resultados: 28 de fevereiro.
- Nota considerada: Enem 2022.
?? Prouni
- O que é: O Programa Universidade para Todos (Prouni) é uma iniciativa do MEC que oferece bolsas integrais (100%) e parciais (50% de desconto) em instituições de ensino particulares.
- Como funciona: O candidato deve indicar, em ordem de preferência, até duas opções de curso (selecionando a instituição de ensino e o turno). Depois, é necessário marcar se quer participar na modalidade de ampla concorrência ou de cotas. Por fim, precisa monitorar, a cada dia, a nota parcial para aqueles cursos. Se quiser, pode mudar suas escolhas (valerá a última opção marcada no período de inscrições).
- Pré-requisitos: Ter cursado os três anos do ensino médio em escolas da rede pública ou com bolsa integral (100%) em colégios privados, e pertencer a uma família com renda per capita de até 3 salários mínimos.
- Tipos de bolsa: integral (renda familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo) e parcial (que cobre 50% da mensalidade, para renda familiar mensal per capita de 1,5 a 3 salários mínimos).
- Inscrições: de 28 de fevereiro a 3 de março.
- Resultados: 7 a 16 de março (1ª chamada) e 21 a 30 de março (2ª chamada).
- Notas consideradas: Enem 2021 e Enem 2022.
?? Fies
- O que é: O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do governo federal que paga parte das mensalidades de estudantes em universidades e faculdades privadas, com a contrapartida de os beneficiários quitarem o financiamento após a formatura.
- Como funciona: O crédito pode cobrir de 50% a 100% da mensalidade do curso, com juros que dependem da renda familiar do candidato.
- Pré-requisitos: Pode se inscrever no processo seletivo quem participou de qualquer edição do Enem desde 2010, com média mínima de 450 nas cinco áreas do conhecimento e nota superior a zero na redação. O candidato deve ter renda familiar mensal per capita de até 3 salários mínimos.
- Inscrições: de 7 a 10 de março.
- Resultados: 14 de março.
- Notas consideradas: qualquer edição a partir do Enem 2010.
? Instituições privadas
Há instituições privadas de ensino superior que usam a nota do Enem no processo seletivo ou que oferecem descontos nas mensalidades a partir do desempenho do candidato nesse exame. As regras e datas variam de universidade para universidade.
? Universidades internacionais
A nota do Enem também permite que o candidato estude em uma faculdade fora do Brasil. O MEC tem acordo em instituições de países como Portugal, Inglaterra, França, Irlanda e Canadá. Em alguns casos, a instituição pode exigir que o interessado passe pelo processo seletivo local.
Universidades internacionais geralmente seguem calendários diferentes dos utilizados no Brasil. Então, é preciso ficar atento e pesquisar diretamente no site de cada uma.
31/01/2023 - Jornada Pedagógica de Licínio de Almeida 2023
22/12/2022 - Formandos do Colégio Estadual Duque de Caxias
Licínio de Almeida.: Escola Municipal Pingo De Gente Aprova Seu PPP (projeto político pedagógico)
Escolas cívico-militares têm meta, eficácia e desempenho desconhecidos
veja 6 pontos sobre a bandeira de Bolsonaro na educação
Apesar do alto investimento, MEC não divulga dados sobre programa, que visa combater a evasão e inibir casos de violência escolar. Tendência é que modelo seja deixado de lado no governo Lula.
Por Emily Santos, g1 — São Paulo.
Uma das principais bandeiras do governo Bolsonaro na educação, o programa de escolas cívico-militares, em que a parte pedagógica continua nas mãos de educadores civis, mas a gestão administrativa passa para militares, carece de dados específicos sobre eficácia do modelo e desempenho dos estudantes, apontam especialistas ouvidos pelo g1.
Embora tenha investimento maior do que o destinado à implantação do Novo Ensino Médio, o programa não decolou e está presente hoje em apenas 0,1% das escolas brasileiras.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Educação (MEC) não disponibilizou informações sobre metas nem indicadores de aprendizagem. Com a mudança para o governo Lula, a tendência é a de que o programa seja deixado de lado a partir de 2023.
Veja abaixo seis pontos sobre as escolas cívico-militares:
- Como funciona o programa
- Objetivo
- Número de escolas
- Investimento
- Sem dados sobre eficácia
- O que dizem os especialistas
1 - Como funciona o programa
O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) prevê que o Ministério da Educação (MEC), com o apoio do Ministério da Defesa, forneça suporte técnico e financeiro às escolas públicas regulares estaduais, municipais e distritais que desejarem implementar o modelo.
Para aderir, a escola precisa:
- Atender os anos finais do ensino fundamental e/ou ensino médio;
- Apresentar avaliação baixa no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb); e
- Ter alunos em situação de vulnerabilidade social.
Dentro da sala de aula, as escolas têm autonomia no projeto pedagógico. As aulas são dadas pelos professores da rede pública, que são servidores civis.
Fora da sala de aula, militares da reserva atuam como monitores, disciplinando o comportamento dos alunos. Eles não têm permissão para interferir no que é trabalhado em aula ou ministrar materiais próprios.
"Os militares não atuarão em sala de aula, serão apoio no acolhimento e preparo dos alunos na entrada dos turnos, no intervalo de aulas e nos períodos de encerramento dos turnos. Colaborarão também nos projetos educativos extraclasses e na busca ativa dos alunos", explica o site do programa.
2 - Objetivo
Criado em setembro de 2019 por meio de um decreto, o programa começou a ser posto em prática no ano seguinte. Foi proposto com o objetivo de diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar.
Segundo os defensores do modelo no governo, a presença da força militar nas escolas públicas pode resolver os principais problemas da comunidade escolar.
3 - Número de escolas
Até 2021, 127 escolas municipais e estaduais por todo o Brasil haviam adotado o modelo, o equivalente a 0,1% da rede pública.
A expectativa era que outras 89 também implementassem o formato até o fim deste ano, atingindo a meta de 216 escolas. No entanto, procurado pelo g1, o MEC não forneceu dados atualizados.
4 - Investimento
Apesar de representar uma parcela mínima das escolas públicas do país, em 2022, a verba prevista para o Pecim era de R$ 64 milhões. O valor é quase o dobro do montante listado para implantação do Novo Ensino Médio, que era de R$ 33 milhões.
De 2020 a 2022, a fatia do orçamento do MEC destinada ao programa mais do que triplicou. No primeiro ano de funcionamento, a verba era de R$ 18 milhões.
5 - Sem dados sobre eficácia
Apesar do destaque que o governo dá ao programa, especialistas ouvidos pelo g1 ressaltam a falta de dados públicos que comprovem a sua eficácia. Não se sabe, por exemplo, detalhes sobre o desempenho dos alunos que frequentam essas escolas, o que permitiria traçar um paralelo com o período pré-militarização.
Principal termômetro da educação brasileira, a nota do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), por exemplo, não está disponível para parte das escolas que aderiram ao modelo - uma das razões é a quantidade insuficiente de participantes nas provas de língua portuguesa e matemática, segundo o site do Inep.
O g1 pediu ao MEC informações como investimento total no modelo escolar e atualizações sobre meta, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.
6 - O que dizem os especialistas
Controverso, o programa é alvo de críticas de especialistas. Os principais pontos levantados por eles são:
- O modelo é falho e deveria ser limitado a escolas militares oficiais.
- Em algumas regiões, não deixa opção para quem não quiser o modelo.
Corrêa lembra que um dos critérios do programa é atender a escolas com alunos em situação de vulnerabilidade social. No entanto, muitas vezes, elas são as únicas em sua região e aqueles que não quiserem frequentar uma instituição militarizada podem não ter a opção de se transferir, o que pode levar à evasão escolar.
- Há uma visão distorcida de prioridades.
Segundo Corrêa, "dá-se uma prioridade para um número mínimo de escolas, cria-se uma política, um orçamento específico e uma diretoria específica no MEC para elas, o que mostra uma visão muito distorcida que se tem de prioridades nesse governo Bolsonaro".
- Risco de militares sem preparo atuarem no ambiente escolar e de interferência no projeto pedagógico trabalhado em sala de aula.
O temor é confirmado por uma professora de uma escola estadual que segue o modelo em Ibirité, Minas Gerais. A docente, que pediu para não ser identificada por medo de represália, conta que os colegas evitam tratar de certos conteúdos por medo de serem interpretados como "esquerdistas", incluindo análises sobre o Brasil Colônia, democracia e segurança pública.
Ela também aponta a falta de formação adequada dos militares enviados à escola. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) negou que as situações relatadas pela professora tenham acontecido.
"A SEE/MG informa que [os relatos] não procedem. Ressaltamos que as diretrizes do Pecim não preveem interferência dos militares nas atividades pedagógicas e que todas as unidades escolares do Estado seguem as diretrizes e competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG)", diz em nota.
06/12/2022 - Noite de Premiação dos Alunos Destaque Do Colégio Estadual Duque de Caxias.
Assassino que invadiu escolas e matou três no Espírito Santo é apreendido
Assassino entrou armado em duas escolas e matou três pessoas e deixou 13 feridas. A informação é do governo estadual.
Por Fabiana Oliveira, Juirana Nobres e Viviane Lopes, g1 ES
O assassino que invadiu duas escolas e deixou três pessoas mortas e outras 13 feridas em Aracruz, no Espírito Santo, foi apreendido no início da tarde desta sexta-feira (25). Ele tem 16 anos e era aluno de uma das escolas atacadas.
A informação foi confirmada pelo governador Renato Casagrande (PSB) pelo Twitter. Na publicação, ele disse que equipes de segurança conseguiram prender o atirador.
Ele foi apreendido cerca de quatro horas após o ataque em sua casa, em Aracruz. Segundo a polícia, ele havia usado um carro na ação e na fuga. O veículo estava com a placa parcialmente encoberta, mas pelos números restantes foi possível identificar o endereço do atirador.
O ataque
O crime aconteceu por volta das 9h30 na Escola Estadual Primo Bitti e em uma escola particular que fica na mesma via, em Praia de Coqueiral, a 22 km do centro da cidade. Aracruz, onde o ataque aconteceu, fica a 85 km ao norte da capital.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o assassino invadiu a escola estadual com duas pistolas, uma .40 e outra .38, e fez diversos disparos assim que entrou no estabelecimento de ensino. Depois, foi até a sala dos professores e fez novos disparos. Na unidade, dois professores foram mortos.
Na sequência, ele deixou o local em um carro e seguiu para a escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, que fica na região. Na unidade, um aluno foi morto.
Ao todo, dois professores e um aluno foram mortos. As identidades e idades não foram divulgadas. 13 pessoas foram baleadas, uma delas teve de ser resgatada pelo helicóptero ao hospital.
Segundo os dados do Censo Escolar de 2021, a escola Primo Bitti tem cerca de 500 alunos matriculados. O governo estadual não confirmou quantos alunos estavam no local no momento do atentado.
Escolas baianas são premiadas pela Defensoria Pública do estado por ensino antirracista: 'esperança
Oito instituições de ensino e uma professora receberão da Defensoria Pública do Estado da Bahia o Selo Escola Antirracista.
Por g1 BA — Salvador.
Umas das frases mais conhecidas da filósofa estadunidense Angela Davis diz que "não basta não ser racista. É necessário ser antirracista". E é com base nessa linha de pensamento, que a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) premia, nesta terça-feira (22), oito escolas e uma professora da rede pública de ensino de Salvador.
Essa é a primeira premiação da DPE voltada para o reconhecimento de instituições de ensino e corpo docente que promovem a formação dos alunos voltada à educação para as relações étnico-raciais na Bahia. O evento aconece a partir das 14h no auditório da Escola Superior da Defensoria, no bairro do Canela, em Salvador.
"Decidimos tratar essa questão no ambiente escolar, que é a segunda comunidade da criança. A primeira é a família. A gente sabe que a escola é um ambiente que está inserido no ambiente racista. As crianças negras têm a primeira vivência com racismo no ambiente escolar. A ideia desse projeto é chegar antes das situações", explica a defensora pública Laissa Rocha, da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A defensora lembra que já existem leis que ensinam o estudo da cultura afrobrasileira nas escolas. Mas um diagnóstico da Defensoria mostrou que há escolas que sequer conheciam as leis.
"A premiação é muito com o objetivo de destacar praticas educacionais", diz.
Para essa primeira edição do selo, a Defensoria apresentou um edital que contempla algumas categorias: Selo Compromisso: Prêmio Oru; Selo Reconhecimento – Prêmio Idanimo; Selo Excelência – Prêmio Uora; Selo Inovação e Criatividade na Educação Pública – Prêmio Kerawa. Os certificados recebidos pelas instituições terão palavras em idiomas africanos, reforçando a relação de valorização étnico-racial.
Além de oito escolas, a educadora Maria Glácia Conceição Bastos será premiada. Ela foi vencedora do Selo Professor(a) Antirracista – Prêmio Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva.
Para a defensora Laissa Rocha, durante o processo de avaliação das escolas foi possível notar diversas ações que são realizadas pelas unidades de ensino. Ela considera que as práticas representam esperança de um sociedade mais igualitária.
"Tivemos gratas surpresas, tanto em escolas públicas quanto em escolas privadas, com trabalhos louváveis. Escolas não só com educação antirracista, mas com educação afrocentrada. Tivemos surpresas boas e muito positivas. Pudemos aprender muito com essas escolas", disse.
"Vemos que estamos começando a caminhar e apesar de escolas que trabalham questões isoladas, como em novembro para o negro, ou em abril para o indígena vemos ações, como uma lampejo de esperança para uma real transformação no futuro", disse Laissa.
Laissa Rocha apontou como um dos destaque da premiação, o fato de encontrar na Bahia escolas que iam além do que diz a lei em relação à educação.
"A primeira grande surpresa foi o fato de três escolas não apenas se limitarem a cumprir a lei, mas oferecerem uma educação afrocentrada. E a segunda foi em relação ao trabalho do professor. Ficou evidente como um trabalho de excelência contagia toda a escola", destacou.
Uma das unidades premiadas é Escola Afro-brasileira Maria Felipa. A escola particular que desde a fundação realiza o trabalho voltado para educação antirracista foi notícia em 2019, quando defendeu um professor transgênero, do seu quadro de profissionais, ter sofrido discriminação após uma mulher interessada em matricular o filho na unidade desistir da matrícula porque o professor era transgênero. A postagem viralizou nas redes sociais.
As instituições de ensino premiadas estão localizadas em bairros de Salvador como Água de Meninos, Cabula, Federação, Itaigara, Ribeira e Vila Laura. A coordenadora da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Gisele Aguiar diz que o lançamento da premiação evidenciou a importância de as escolas institucionalizarem a educação para as relações étnico-raciais no sistema de ensino brasileiro.
"Nós pensamos em reformular o edital para as próximas edições, no sentido de aprimorar ainda mais essa certificação. E, entre os pontos de destaque, para nós ficou claro que, quando há engajamento do corpo docente, da coordenação e do corpo diretivo das escolas, se busca a implementação das leis, mesmo que com poucos recursos", disse Gisele Aguiar.
No total, foram 21 escolas e seis professores inscritos disputaram a certificação na capital baiana.
Vejas as unidades e a educadora premiada pela DPE
- Escola Afro-Brasileira Maria Felipa
- Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos
- Escoa Experimental
- Escola Maria Gregória dos Santos
- Escola Municipal de Itacaranha Manoel Faustino
- Creche Escola Villa Encantanda
- SARTE - Escola SEB Unidade Nobel
- CMEI Angelina Rocha de Assis
- Professora Maria Glácia Conceição Bastos - Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos
Inep diz que estudante com autismo impedido de fazer Enem não apresentou boletim de ocorrência
Inep diz que estudante com autismo impedido de fazer Enem não apresentou boletim de ocorrência de extravio de documento antes do horário limite
Boletim foi registrado às 12h50, dez minutos antes do fechamento dos portões. Família diz que apresentou documento antes das 13h.
Por g1 ES.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disse que não recebeu, até o horário limite para realização da prova, nenhum boletim de ocorrência do estudante com autismo que foi impedido de fazer o Enem no domingo (13) em Castelo, Sul do Espírito Santo. A família do estudante, no entanto, negou a versão do órgão e disse que boletim foi entregue antes do horário do fechamento dos portões.
Daniel Soares Moreira, de 19 anos, faria o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pela primeira vez, mas não conseguiu fazer a prova porque a equipe de aplicação dos testes não aceitou a documentação apresentada pelo estudante. A polícia foi chamada e ele foi retirado do local de aplicação.
Em nota enviada pelo Inep (confira abaixo na íntegra), nesta quarta-feira (16), o órgão afirmou que apurou se de fato foi apresentado o boletim, conforme informado pela tutora do participante, e verificou que o documento não foi entregue aos fiscais de sala para identificação do inscrito antes do horário-limite para realização do procedimento.
A advogada da família do estudante, Roberta Louzada, insistiu, porém, que o boletim impresso foi apresentado aos aplicadores dentro do horário permitido, antes de 13h.
Louzada afirmou que o pai de Daniel foi à sede da Polícia Militar da cidade para fazer o boletim de ocorrência explicando que o filho teve a carteira de identidade extraviada. A comunicação foi feita às 12h46 e o boletim foi registrado 12h50.
Durante esse tempo, Daniel e a mãe, Elenir Moreira, permaneceram na escola até o pai voltar com o boletim.
De acordo com a família, Daniel teve a carteira de identidade extraviada e, inicialmente tentou apresentar a Carteira de Trabalho Digital para ser identificado. No entanto, de acordo com o edital do Enem 2022, apenas são aceitas as versões digitais do Título de Eleitor (e-Título), da CNH e do RG.
O edital do Enem diz também que o boletim de ocorrência pode ser apresentado em casos excepcionais, como o extravio de documentos. Neste caso, o participante passa por uma identificação especial, protocolo que, segundo a advogada, não foi feito.
Após os fiscais recusarem o boletim de ocorrência, Daniel permaneceu na escola com a mãe até o horário de fechamento dos portões, e Elenir se recusou a sair da escola. Depois disso, os aplicadores do Enem chamaram a polícia para acompanhar mãe e filho para fora de escola.
Após a chegada da polícia, a mãe gravou um vídeo mostrando o momento da saída deles, com o filho frustrado por não conseguir fazer prova (veja o vídeo no início da reportagem).
Leia a nota do Inep na íntegra:
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarece que, no primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022, um participante com deficiência não pôde realizar as provas por não apresentar documento válido de identificação.
Após uma diligência inicial, foi registrado, nos documentos de ata de sala, que o inscrito portava apenas a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) Digital, a via original da Certidão de Nascimento e a cópia da Carteira de Trabalho e Previdência Social. Diferentemente do que foi noticiado pela imprensa, nenhum dos documentos apresentados é permitido para realizar o exame, conforme previsto nos editais do Enem 2022.
Diante do exposto, o Inep vem a público reafirmar o compromisso com os participantes do Enem 2022 para garantir a isonomia do exame, cumprindo as regras previstas, de forma igual, para todos os inscritos. Da mesma forma, o Instituto reforça a execução da Política de Acessibilidade e Inclusão, instituída no ano de 2000, com a operacionalização para participantes com deficiência. Vale destacar que, desde esse período, foram implementados diversos recursos e instrumentos para inclusão de participantes com deficiência, inclusive de autistas. Além disso, nesta edição do exame, mais de 3 mil participantes com autismo tiveram o pedido de atendimento especializado deferido.
Os editais publicados com as regras oficiais do Enem 2022 elencam quais os documentos válidos para identificação dos participantes e detalham que serão permitidos apenas três tipos de documentos digitais na edição do exame. São eles: e-Título, CNH Digital e RG Digital. Os editais especificam, ainda, que não serão aceitos documentos que não estejam listados. A novidade foi amplamente divulgada nos canais de comunicação do Instituto.
Conforme também previsto nos editais do Enem 2022, o participante impossibilitado de apresentar a via original de documento oficial de identificação com foto poderá realizar as provas desde que apresente boletim de ocorrência expedido por órgão policial há, no máximo, 90 dias do primeiro dia de aplicação do exame; e submeta-se à identificação especial, que compreende a coleta de informações pessoais. No entanto, o Inep apurou se de fato foi apresentado o boletim, conforme informado pela tutora do participante, e verificou que o documento não foi entregue aos fiscais de sala para identificação do inscrito antes do horário-limite para realização do procedimento.
Todas as denúncias de eventuais falhas na aplicação do Enem são apuradas pelo Inep junto ao consórcio aplicador do exame para que sejam tomadas medidas administrativas, quando for o caso. No entanto, salienta-se que não houve falha nos procedimentos de identificação durante o caso em questão. Em função disso, cabe esclarecer que a não realização da prova por ausência de apresentação de um documento de identificação válido, de acordo com os editais, não habilita o participante a solicitar a reaplicação do exame.
Entenda o caso
O estudante chegou com a mãe no Colégio João Bley, em Castelo, por volta de 12h e levou para a prova a Carteira de Trabalho Digital. Assim que chegou na escola, dois monitores já estavam no local esperando por Daniel para fazer a prova, já que por conta da necessidade específica, o atendimento para realizar o exame precisa ser especializado.
Quando Daniel apresentou o documento de identificação à equipe, recebeu a negativa.
A família insistiu e tentou fazer com que o jovem fizesse a prova apresentando o boletim de ocorrência, já que Daniel teve a carteira de identidade extraviada. Mesmo assim, a equipe não aceitou o boletim, que segundo a mãe foi feito antes de 13h. Ao mesmo tempo, Elenir entrou em contato com a advogada da família e pediu uma orientação sobre o que ela deveria fazer.
A advogada da família de Daniel, Roberta Louzada, disse que tentou entrar em contato com o Inep com pelo telefone 0800, que foi o telefone informado na portaria da escola, mas o número não funcionava.
Roberta disse que tentou ligar cinco vezes e gravou as ligações, mas que não conseguiu nenhum retorno do Inep. Enquanto isso, ela orientava a mãe para que continuasse na escola, para não sair até os portões serem fechados.
Os funcionários não aceitaram nenhuma documentação e quando chegou o horário do fechamento dos portões, 13h30, Daniel e a mãe foram orientados a sair da escola.
Elenir disse que não iria sair e então os funcionários acionaram a polícia para a retirada da mãe e de Daniel.
Após a chegada da polícia, a mãe gravou um vídeo mostrando o momento da saída deles, com o filho frustrado por não conseguir fazer prova.