Neste domingo (12), a polícia prendeu um homem apontado como o autor de um incêndio na própria casa. O fato aconteceu na cidade de Piripá.
Segundo informou a 80ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), o homem teria colocado fogo na casa após agredir a esposa. Quando a guarnição chegou ao local já encontrou a residência em chamas. Com o auxílio de vizinhos e de um caminhão pipa o fogo foi controlado. O autor do crime foi preso e encaminhado para o Disep, em Vitória da Conquista.
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As invasões de propriedades agrícolas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continuam acontecendo na Bahia. Na madrugada de domingo (12), um grupo de aproximadamente 170 famílias invadiu uma fazenda no município de Macajuba, na região da Chapada Diamantina. A informação sobre a mais nova invasão de terra foi divulgada pelo próprio movimento, via redes sociais. A fazenda em questão tem 1.400 hectares e, de acordo com o grupo, estaria abandonada há décadas.
Segundo informações da imprensa local repassadas ao Canal Rural Bahia, a propriedade em questão pertence a herdeiros. O terreno invadido estaria, dessa forma, em processo de divisão.
Ao longo desta segunda-feira, moradores e produtores da região estiveram na propriedade com a intenção de expulsar os integrantes do movimento.
A Polícia Militar foi chamada para fazer a segurança e mediar a comunicação entre os grupos, mas, até o início da noite, não havia notícias sobre a desocupação da propriedade.
Um grupo de fazendeiros do local se uniu para expulsar os sem-terra na segunda-feira (13), Segundo o movimento. Os Integrantes relatam que os fazendeiros ameaçam invadir a área ocupada pelas famílias e atear fogo nos barracos, como tentativa de expulsá-las do local. Policias Militares estiveram no local acompanhando a ocorrência.
por G1 Ba.

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Por g1 Bahia e TV Oeste

Estão presos no Completo Policial de Barreiras, no oeste da Bahia, oito homens suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubar carretas. O coordenador da Polícia Civil, Rivaldo Luz, informou, neste sábado (11), que todos serão transferidos, na segunda-feira (13), para um presídio.

A Polícia Civil ainda vai ouvir os homens para identificar mais informações relevantes à investigação. Eles foram presos na madrugada de sexta (10), em Cristópolis, na mesma região.

Os suspeitos estavam em dois carros e com eles foram encontrados quatro bloqueadores de sinais, um revólver, três munições, quatro celulares, dois pares de luva de mecânico e um martelo do modelo utilizado para quebrar vidros.

A Polícia Militar informou que a prisão dos suspeitos acontece após uma série de roubos a carretas na região oeste da Bahia. O grupo preso é suspeito de cometer crimes desde o final de 2022 e, de acordo com a PM, todos possuem passagens por diversos crimes.

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por.: Sertaõ em Dia.
Na madrugada desta sexta-feira (10), por volta da uma hora, a casa de um idoso de 76 anos foi invadida por dois assaltantes que estavam armados, em Jacaraci no distrito de Irundiara. De acordo informações obtidas pelo  Sertão em Dia, os criminosos arrombaram a porta da residência e surpreenderam o idoso. Após revirarem a casa por todos os cômodos, os mesmos não encontraram dinheiro, constrangidos com a situação partiram para agressão física.
Em contato com o site, familiares do idoso relataram que ele  recebeu socos,  pontapés e ameaças. “Toda essa agressão com um idoso  de 76 anos, foi motivado por não ter dinheiro em casa, nossa região tem sido alvo de assaltantes, não esperava que isso iria acontecer em nossa família”, relatou um familiar.
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Uma casa localizada na Rua Silva Lima no centro da cidade foi arrombanda nesta sexta-feira (10), segundo informações obtidas pelo proprietário ao Sertão em Dia, os criminosos invadiram sua casa quando ele e sua família não estavam presentes.
As economias mensais estavam guardadas em seu guarda roupa, sendo no valor de R$4.850,00.
A vítima que entrou em contato com site Sertão em Dia relatou ” saímos de casa era às 06 horas da manhã, quando retornamos já era 18 horas, foi que deparamos com a casa toda bagunçada, reviraram tudo, nossas economias levaram, muito triste”.
A vítima comunicou a polícia que orientou registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) na delegacia da cidade.
Infelizmente não foi possível localizar ou identificar os criminosos. A polícia segue as investigações para identificar ação.
com informações de Sertão em Dia.
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Por Sofia Corrêa, TV Globo.

Uma ossada humana foi encontrada, nesta quinta-feira (9), em uma área de mata próximo ao Palácio do Planalto, em Brasília. De acordo com a Polícia Militar, o corpo foi encontrado durante um treinamento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Os militares informaram ainda que o corpo estava com um celular e uma carteira. Os ossos foram recolhidos pela Polícia Civil e levados ao Instituto Médico Legal (IML).

Os policiais ainda tentam identificar a causa da morte da vítima. Além disso, os peritos informaram que ainda vão analisar o corpo para estipular há quanto tempo ele estava no local.

A região onde o corpo foi encontrado está localizado em uma mata, entre o Palácio do Planalto e o 1º Grupamento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal .

A reportagem questionou o GSI se a área é de segurança nacional, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

 

De acordo com a Polícia Civil, a ossada não está no local "necessariamente há muito tempo". Segundo a investigação, como é um espaço de céu aberto, o corpo se deteriora mais rápido e também há a ação de animais.

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Por g1 RN.

A Justiça do Rio Grande do Norte recebeu uma denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado contra sete pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. O grupo é investigado na operação Plata, deflagrada do dia 14 de fevereiro deste ano, e que investigou lavagem de dinheiro do tráfico de drogas inclusive por meio de fazendas e igrejas.

suspeita é de que o grupo criminoso tenha movimentado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, rebanhos bovinos e até com o uso de instituições religiosas. De acordo com a denúncia, os réus se associaram para lavar o dinheiro através da aquisição e transmissão de imóveis, realização de depósitos não identificáveis e distribuição de dinheiro em espécie.

 

A investigação realizada pelo MPRN revelou que indivíduos com nenhuma ou quase nenhuma renda declarada movimentaram milhões de reais, sem justificativa aparente.

Provas colhidas ainda apontariam que os envolvidos, em grupos de WhatsApp, discutiam como manter um dos “negócios” ativo após a prisão de um dos investigados por uso de documento falso.

Ainda segundo o MP, as operações financeiras tinham como alvo o Rio Grande do Norte, mas envolviam agentes domiciliados em mais de um terço dos estados do país.

 

Outra característica marcante da investigação, segundo o MP, é a de que vários investigados atuavam como verdadeiros “provedores sociais”, financiando eventos públicos, tentando estabelecer laços políticos e construindo uma imagem de benfeitores sociais - tudo com recursos provenientes de atividades ilícitas.

Operação Plata

 

A operação Plata cumpriu sete mandados de prisão e outros 43 de busca e apreensão no Rio Grande do Norte, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, e ainda no Distrito Federal. Ao todo, participaram nacionalmente do cumprimento dos mandados 48 promotores de Justiça, 56 servidores e ainda 248 policiais.

No RN, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Natal, Jardim de Piranhas, Parnamirim, Caicó, Assu e Messias Targino. Houve ainda cumprimento de mandados nas cidades paulistas de São Paulo, Araçatuba, Itu, Sorocaba, Tremembé, Votorantim e Araçoiaba da Serra; em Brasília/DF, Fortaleza/CE, Balneário Camboriú/SC, Picuí/PB, Espinosa/MG e em Serra do Ramalho e Urandi, ambas na Bahia.

As investigações que culminaram na deflagração da operação Plata foram iniciadas em 2019, com o objetivo de apurar o tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro.

Segundo o MP, o esquema era liderado por Valdeci Alves dos Santos, também conhecido por Colorido. Valdeci é originário da região do Seridó potiguar e é apontado como sendo o segundo maior chefe do de uma facção criminosa que surgiu nos presídios paulistas e que tem atuação em todo o Brasil e em países vizinhos.

 

O esquema de lavagem de dinheiro, de acordo com as investigações do MPRN, já perdura por mais de duas décadas. Valdeci foi condenado pela Justiça paulista e atualmente está preso na Penitenciária Federal de Brasília.

No Rio Grande do Norte, Valdeci tem como braço-direito um irmão dele, Geraldo dos Santos Filho, também já condenado pela Justiça por tráfico de drogas. Pastor Júnior, como é conhecido, foi preso em 2019 no Estado de São Paulo fazendo uso de documento falso. Geraldo estava cumprindo a pena em regime semiaberto.

Valdeci Alves dos Santos e Geraldo dos Santos Filho são investigados nessa operação ao lado de pelo menos mais outras 22 pessoas. A Justiça determinou o bloqueio e indisponibilidade de bens até o limite de R$ 23.417.243,37.

A pedido do MPRN, além do bloqueio de contas bancárias, a Justiça determinou o bloqueio de bens e imóveis, a indisponibilidade de veículos e a proibição da venda de rebanhos bovinos.

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Por Itana Alencar, g1 BA.

A Bahia foi o estado que mais registrou mortes violentas em 2022, em todo o Brasil, pelo 4º ano seguido. Os dados fazem parte do Monitor da Violência, índice nacional de homicídios criado pelo g1, com base em informações oficiais dos 26 estados e o Distrito Federal. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (1º).

Escalada das mortes violentas na Bahia
Dados registrados mensalmente no estado em 2022
Mortes por mêsJaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro350375400425450475500525
Fonte: Polícia Civil
 

Ao todo foram contabilizadas 5.124 mortes violentas no estado baiano no último ano, levando em consideração feminicídios (quando as vítimas são mortas na condição de mulheres), homicídios dolosos (quando o assassinato é intencional), latrocínios (quando a vítima é assassinada para que o roubo seja concluído) e lesões corporais seguidas de morte.

Os dados apontam uma média de 427 assassinatos por mês. Todas as 5.124 mortes violentas na Bahia representam uma fatia de 12,5% de todos os casos no Brasil: 40.804. Se comparado com 2021, quando 5.099 mortes violentas foram registradas em solo baiano, o acréscimo foi de 0,5%.

 

Ao analisar a quantidade de habitantes do estado no mesmo ano, um total de 14.985.284 pessoas, a Bahia contabilizou 34,4 mortes violentas por cada grupo de 100 mil habitantes. Também é possível observar que a cada 2.923 pessoas na Bahia, uma foi assassinada.

No dia 24 de fevereiro, o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos divulgou um relatório que contabilizou 8.006 civis foram mortos em um ano de guerra na Ucrânia: uma morte a cada 5.469 pessoas, levando em consideração que o país tem 43,79 milhões de habitantes.

A violência que atinge as mulheres

Feminicídios na Bahia
Dados correspondem a 2022
FeminicídiosJaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro2,557,51012,515
Fonte: Polícia Civil
 

O mês com menos feminicídios registrados foi março de 2022, quando três mulheres foram assassinadas no contexto de violência doméstica, na Bahia. Uma dessas vítimas, Edilena de Jesus Dantas, foi morta aos 40 anos, pelo ex-companheiro, na cidade de Ilhéus.

O nome deste homem não foi divulgado pela Polícia Civil por causa da Lei de Abuso de Autoridade. Além de matar Edilena a tiros, ele também tentou assassinar a então atual companheira, uma jovem de 29 anos. Detido pela população, ele quase foi linchado e autuado em flagrante.

Agosto, outubro e dezembro foram os meses com maior contabilização de feminicídios. Um dos crimes, inclusive, foi cometido por um agente da Segurança Pública: um policial militar. Greice Kelly Rocha Soares foi morta com tamanha brutalidade, que além de oito tiros também foi esfaqueada.

A jovem de 25 anos estava no salão de beleza onde trabalhava havia menos de dois meses. Ela tentava recomeçar a vida depois de ter sido esfaqueada pelo mesmo policial militar, com quem teve um relacionamento abusivo. O nome dele, que acabou preso em flagrante, nunca foi divulgado, nem mesmo pela corporação.

Outras faces dos assassinatos

Homicídios dolosos e lesões corporais seguidas de morte
Dados registrados em 2022
Homicídios dolososLesões corporais seguidas de morteJaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro0100200300400500600
Fonte: Polícia Civil

A maioria das vítimas de homicídios dolosos são jovens adultos negros. O envolvimento direto (por atuação) ou indireto (por morar em localidades onde há atuação) com o tráfico de drogas é a principal motivação destes assassinatos.

Assim foi morto Gabriel Afonso da Silva, de 25 anos, na cidade de Serra do Ramalho, na região oeste da Bahia, em agosto de 2022 – o mês em que menos homicídios dolosos foram registrados no estado. A casa que ele morava havia três meses foi invadida por homens armados, que o executaram.

Na época do crime, a Polícia Civil informou que o local funcionava como ponto de tráfico de drogas, já que foram encontradas anotações de vendas de entorpecentes. Algumas mortes, como a do adolescente Jheovane Neiva Afonso, não tiveram a motivação divulgada.

Ele foi morto no centro de Santo Antônio de Jesus, Recôncavo Baiano, enquanto comia um lanche com a mãe, em dezembro do último ano. O crime que matou Jheovane foi intencional: dois homens em uma moto pararam na Praça Pirajá e dispararam contra ele. As autorias ainda são investigadas.

Várias vítimas foram mortas enquanto se divertiam. O jovem Raí Jesus da Silva, de 18 anos, por exemplo, foi morto com diversos tiros em uma festa na cidade de Itamaraju, no extremo sul da Bahia, em julho de 2022. O motivo: esbarrou na namorada do autor dos disparos.

Os amigos Elber Santos da Conceição, de 21 anos, e Gabriel Santos Cruz, 19, foram assassinados com vários tiros em outubro do mesmo ano, enquanto saíam de um bar em Salvador, no bairro do Rio Vermelho – conhecido pela boemia. Sete homens cometeram o crime e fugiram em dois carros.

Um mês antes, em setembro, um jovem de 20 anos foi morto a tiros no distrito de Aratuba, em Vera Cruz. David Santos da Silva foi retirado de casa à força, enquanto estava com o filho no colo – outra vítima da violência. Com 1 ano e 3 meses, o bebê também foi baleado, mas resistiu aos ferimentos.

 

O assassinato para roubar

Latrocínios na Bahia
Dados correspondem a 2022
LatrocíniosJaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro102,557,512,5
Fonte: Polícia Civil

Em 2022, 84 pessoas foram assassinadas para que os criminosos pudessem roubar os pertences delas – o classificado latrocínio. Um dos crimes que chocou a Bahia e teve repercussão nacional foi o cometido contra a adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, em Salvador, no mês de agosto.

A vítima caminhava em direção à escola, com a mãe e a irmã de 12 anos, quando as três foram abordadas por duas mulheres, que anunciaram um assalto. A vítima foi baleada e morreu ainda no local, em frente à Praça da Aclamação.

A dupla que cometeu o crime foi presa. A mãe de uma das acusadas, inclusive, foi quem denunciou a própria filha à polícia. Em depoimento, elas alegaram que o disparo havia sido "sem querer". Outra vítima de latrocínio foi oinvestigador da Polícia Civil, Marcelo Ribeiro Falcão.

Morto aos 51 anos, no mês de julho, em Feira de Santana, ele teve o celular e uma arma roubados durante o crime. No caso de Marcelo, a violência gerou ainda mais violência: os suspeitos foram mortos em confronto com a polícia no mesmo dia.

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Por g1 BA.

Uma mulher foi presa suspeita de matar o pai e forjar um possível latrocínio, na cidade de Central, no norte da Bahia. Segundo a Polícia Civil, o marido dela também foi preso suspeito de participação na morte do sogro.

O crime aconteceu em outubro de 2022, na casa em que a vítima, identificada como Lourival Felix de Lima, morava. As prisões de Marizete Souza Lima e Paulo Santana da Silva aconteceram na terça-feira (28).

 

Ainda de acordo com a Polícia Civil do município, o crime foi premeditado. As investigações apontaram que o casal se deslocou até o povoado de Vereda, na noite do dia 29 de outubro, com a justificativa de que Paulo Silva iria votar nas eleições.

Os suspeitos contaram para vítima, que depois, iriam para a sede da cidade, onde Marizete Lima votaria. Na mesma noite, a suspeita pediu para que as duas filhas mais novas, que moravam com o avô, fossem dormir com a irmã mais velha delas, para que o idoso ficasse sozinho.

A polícia informou que os suspeitos retornaram a casa do idoso durante a madrugada, deixaram uma motocicleta em um beco, pularam um muro e arrombaram a porta dos fundos do imóvel. Quando a vítima percebeu e foi até o local, foi agredida com pauladas na cabeça.

Após o crime, o casal teria ainda escondido a televisão da casa no colchão de um dos quartos e levado o celular e dinheiro da vítima. Em seguida, foram para o povoado de Vereda.

Na manhã do dia 30 de outubro, após Paulo Silva votar, o casal foi na casa do idoso e começou a ligar para outras pessoas dizendo que encontraram a vítima morta. Eles ainda falaram que a televisão, o celular e o dinheiro de Lourival tinham sido roubados, simulando o crime de latrocínio.

 

A polícia informou que Paulo Silva, genro do idoso, confessou o crime, e disse que a esposa tinha feito um empréstimo e dois cartões de crédito no nome do pai, e que os dois mataram a vítima, com medo de de que Lourival Felix descobrisse.

Já a filha da vítima, preferiu se manter em silêncio durante o depoimento.

O caso é investigado pela 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Irecê) e pela Delegacia Territorial (DT) de Central.

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Por Ana Júlia Griguol e Gustavo Foster, g1 RS e RBS TV.

Os empregados que trabalhavam em situação análoga à escravidão na colheita da uva em Bento Gonçalves, na Serra, passaram a descrever as violências e privações que alegadamente sofriam. Em relatos à RBS TV na manhã desta sexta (24), os trabalhadores narraram situações em que sofriam espancamentos, choques elétricos, tiros de bala de borracha e ataques com spray de pimenta.

"A maioria foi espancado, humilhado, várias coisas aconteceram aqui. Fui violentado no banheiro, me bateram. Cheguei lá e nós comíamos comida azeda. Nós trabalhávamos demais, trabalho escravo. Lá, eles estavam em posse de armas, ameaçando nós. Teve gente que tomou até tiro de bala de borracha", conta um trabalhador alojado no ginásio Darcy Pozza após o resgate.

Outro trabalhador resgatado afirma que, do quarto em que dormia, conseguia ouvir as sessões de espancamento a outros empregados.

"A gente trabalhava de 6h da manhã até meia-noite, 1h da manhã. Quando eu ia chegar para pedir para ir embora, a Polícia Federal chegou, fez essa operação e ajudou a gente. (Sentia) muito medo. Do lado do meu quarto era todo dia que batiam nos meninos lá. Choque, bicuda, tudo nos meninos", conta.

De acordo com o MTE, as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton contrataram uma empresa de serviços de apoio administrativo que oferecia a mão de obra. O responsável por essa empresa, Pedro Augusto de Oliveira Santana, de 45 anos, natural de Valente (BA), chegou a ser preso, mas vai responder pelo crime em liberdade porque pagou fiança no valor de R$ 40 mil.

O advogado dele Rafael Dorneles informou que vai se posicionar assim que conversar com o cliente.

A operação foi realizada por PRF, MTE e Polícia Federal (PF) após três trabalhadores procurarem a PRF em Caxias do Sul dizendo que tinham fugido de um alojamento em que eram mantidos contra sua vontade. No local, os trabalhadores foram encontrados "em situação degradante". De acordo com o gerente regional do MTE em Caxias do Sul, Vanius Corte, foram apreendidos no local artefatos que possivelmente serviam para violentar os empregados.

"Nossa fiscalização apreendeu no local uma máquina de choque elétrico e spray de pimenta que era usado contra os empregados que reclamavam da situação. É uma situação escandalosa de tratamento das pessoas", relata Corte.

Dívidas e atraso no pagamento

Um dos trabalhadores conta que, junto dos colegas, veio da Bahia para trabalhar na colheita da uva com a promessa de salários superiores a R$ 3 mil, além de acomodação e alimentação. No entanto, ao chegarem ao RS, os trabalhadores enfrentavam atrasos nos pagamentos dos saláriosviolência físicalongas jornadas de trabalho e oferta de alimentos estragados.

Também eram coagidos a permanecer no local– que era pequeno e estava em más condições – sob a pena de pagamento de uma multa por quebra do contrato de trabalho.

 

"Alguns diziam que tinham recebido um adiantamento, mas nunca tiveram pagamento do que foi prometido. Em contrapartida, tinham essa indicação: 'vai lá e compra no mercadinho que te vende fiado', e esse mercadinho praticava preços elevados. Foi identificado um saco de feijão a R$ 22. O empregado ficava sempre devendo e não conseguia sair sem pagar a conta, não recebia o salário e ficava essa situação, de ficar preso no local por conta da dívida. Isso foi uma das coisas que caracterizou o trabalho escravo, além dessa história das agressões", conta o gerente regional do MTE.

Repercussão

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) diz que as vinícolas que faziam uso de mão de obra análoga à escravidão durante a safra da uva na Serra do Rio Grande do Sul podem ter que pagar direitos trabalhistas às mais de 200 pessoas resgatadas durante uma operação policialem Bento Gonçalves, na quarta-feira (23).

"As pessoas que tomaram esse serviço, as pessoas que foram beneficiadas por esse serviço, também podem ser responsabilizadas. A gente chama isso de responsabilidade subsidiária. Primeiro, o empregador tem a responsabilidade. Se ele não pagar, as pessoas que trabalharam em determinada vinícola, que prestaram o serviço lá, podem cobrar, e nós vamos chegar nesse ponto, dessa vinícola que se beneficiou desse trabalho", afirma.

 

Em nota, as empresas afirmaram que desconheciam as irregularidades e sempre atuaram dentro da lei.

Notas das vinícolas

Aurora

A Vinícola Aurora se solidariza com os trabalhadores contratados pela empresa terceirizada e reforça que não compactua com qualquer espécie de atividade considerada, legalmente, como análoga à escravidão.

No período sazonal, como a safra da uva, a empresa contrata trabalhadores terceirizados, devido à escassez de mão-de-obra na região. Com isso, cabe destacar que Aurora repassa à empresa terceirizada um valor acima de R$ 6,5 mil/mês por trabalhador, acrescidos de eventuais horas extras prestadas.

Além disso, todo e qualquer prestador de serviço recebe alimentação de qualidade durante o turno de trabalho, como café da manhã, almoço e janta.

A empresa informa também que todos os prestadores de serviço recebem treinamentos previstos na legislação trabalhista e que não há distinção de tratamento entre os funcionários da empresa e trabalhadores contratados.

A vinícola reforça que exige das empresas contratadas toda documentação prevista na legislação trabalhista.

A Aurora se coloca à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.

Garibaldi

Diante das recentes denúncias que foram reveladas com relação às práticas da empresa Oliveira & Santana no tratamento destinado aos trabalhadores a ela vinculados, a Cooperativa Vinícola Garibaldi esclarece que desconhecia a situação relatada. Informa, ainda, que mantinha contrato com empresa diversa desta citada pela mídia.

 

Com relação à empresa denunciada, o contrato era de prestação de serviço de descarregamento dos caminhões e seguia todas as exigências contidas na legislação vigente. O mesmo foi encerrado.

A Cooperativa aguarda a apuração dos fatos, com os devidos esclarecimentos, para que sejam tomadas as providências cabíveis, deles decorrentes.

Somente após a elucidação desse detalhamento poderá manifestar-se a respeito.

Desde já, no entanto, reitera seu compromisso com o respeito aos direitos – tanto humanos quanto trabalhistas – e repudia qualquer conduta que possa ferir esses preceitos.

Salton

A empresa não possui produção própria de uvas na Serra Gaúcha, salvo poucos vinhedos situados junto a sua estrutura fabril que são manejados por equipe própria. Durante o período de safra, a empresa recorre à contratação de mão de obra temporária. Estes temporários permanecem em residências da própria empresa, atendendo a todos os critérios legais e de condições de habitação. A empresa ainda recorre, pontualmente, à terceirização de serviços para descarga. Neste caso, o vínculo empregatício se dá através da empresa contratada com o objetivo de fornecimento de mão de obra.

No ato da contratação é formalizada a responsabilidade inerente a cada parte. Neste formato, são 7 pessoas terceirizadas por esta empresa em cada um dos dois turnos. Estas pessoas atuam exclusivamente no descarregamento de cargas. Através da imprensa, a empresa tomou conhecimento das práticas e condições de trabalho oferecidas aos colaboradores deste prestador de serviço e prontamente tomou as medidas cabíveis em relação ao contrato estabelecido. A Salton não compactua com estas práticas e se coloca à disposição dos órgãos competentes para colaborar com o processo".

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Na manha desta quarta feira, 15, um homem foi conduzido pela Polícia ao tentar subtrair dinheiro de empresários da cidade de Caculé utilizando documentos da Associação de Oficiais do Auxiliares da Bahia.
A PM foi acionada por um dos empresários lesados, o qual informou que o suspeito estava vendendo uma rifa oferecendo adesivo de passe livre para as blitzes policiais, caso adquirisse a rifa.
O suspeito foi conduzido à delegacia, onde foi constatado que já possuía registro por se passar por policial civil em Livramento de Nossa Senhora e estelionato no Estado do Piauí.
Com o abordado foi encontrado R$585,85, uma pasta com ofícios que ele apresentava nos quartéis, bilhetes de rifa e adesivos da Associação.O material foi apresentado juntamente com o acusado na delegacia local para adoção de medidas cabíveis.
A Policia Militar informa que possui seus próprios canais de comunicação junto a comunidade através de suas unidades policiais e que não autoriza qualquer organização ou grupo falar em nome dela.
ASCOM 94ªCIPM.
rifa esteleionatario 02
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Por g1 BA e TV Bahia.

Uma mulher morreu na terça-feira (14), dias após ser diagnosticada com intoxicação alimentar em Jacobina, no norte da Bahia. Ela foi uma das centenas de pessoas que procuraram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), depois de comer pratos contaminados com salmonella.

Os casos de intoxicação alimentar começaram a aparecer em Jacobina entre os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro. A maioria das pessoas que apresentavam os sintomas eram professores da rede pública de educação que haviam participado de uma jornada pedagógica, evento que marcava a abertura das aulas no município. Por causa da contaminação coletiva, o retorno das aulas foi atrasado e os alunos só voltaram a estudar nesta quarta-feira (15).

 

No evento, o buffet ficou por conta de um restaurante da cidade, que não teve o nome divulgado. De acordo com testes feitos pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), há indícios de que a comida estava infectada com a bactéria salmonella, responsável por causar graves infecções alimentares [saiba mais sobre a doença no final da matéria].

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Neuraci teve pernas amputadas antes de morrer — Foto: Reprodução TV Bahia

A vítima Neuraci de Jesus dos Santos, de 49 anos, não é professora da rede pública e não participou da jornada pedagógica. Ela consumiu o alimento contaminado no próprio restaurante, no mesmo dia em que os professores comeram o prato no evento.

De acordo com a família de Neuraci, ela foi atendida três vezes na UPA da cidade e, por causa da gravidade do caso, foi transferida para o Hospital Roberto Santos, em Salvador. Com fortes dores abdominais e nas pernas, ela ficou internada durante dias e teve as duas pernas amputadas. Apesar dos esforços, ela não resistiu.

 

A família da vítima aguarda o laudo pericial, que irá comprovar a causa da morte de Neuraci.

O que é salmonella?

De acordo com o Ministério da Saúde, a salmonella é uma bactéria que pode causar intoxicação alimentar, infecção e, em alguns casos, até mesmo a morte. A via de transmissão da salmonella é através de alimentos contaminados por fezes de animais que tenham a bactéria.

E por mais que pareça improvável ingerir um alimento contaminado por fezes, isso não é difícil de acontecer. Comer carnes e ovos crus, não lavar as mãos ao preparar comidas ou ingerir água contaminada são algumas formas de contrair a bactéria.

Normalmente, a bactéria é encontrada em galinhas, porcos, répteis, anfíbios e vacas, embora ela também possa ser achada em animais domésticos, como cachorros e gatos.

Os sintomas normalmente são:

  • Diarreia;
  • Vômitos;
  • Febre moderada;
  • Dor abdominal;
  • Mal estar geral;
  • Cansaço;
  • Perda de apetite;
  • Calafrios.

O Ministério da Saúde recomenda que, após apresentar os sintomas, o paciente vá até uma unidade de saúde para receber orientações médicas. Normalmente, é feita a coleta de fezes para confirmar o diagnóstico e o paciente é tratado com antibiótico. Durante o processo, é fundamental se manter hidratado com bastante água.

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Por g1 BA.

Um pastor evangélico foi preso em flagrante por manter o filho, um adolescente de 13 anos, em cárcere privado e situação de maus-tratos, na cidade de Iaçu, a cerca de 280 km de Salvador, na terça-feira (14). Nesta quarta (15), a vítima está internada em um hospital, desidratada.

A Delegacia de Iaçu e o Conselho Tutelar da cidade chegaram à casa do pastor após denúncias. No local, o adolescente foi encontrado machucado, com lesões físicas aparentes, e dopado, segundo a equipe policial que liderou o resgate.

Os agentes da polícia informaram ainda que a vítima tem transtornos mentais e que, depois de ser levada a um hospital, respondeu questionamentos que confirmaram, ao Conselho Tutelar, a situação de maus-tratos e o cárcere privado.

 

O pastor atua no distrito de João Amaro e segue detido na delegacia, à disposição da Justiça – que já foi comunicada de toda a situação envolvendo o adolescente. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) também foi informado da situação de vulnerabilidade social grave.

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Por Matheus Moreira, g1.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) uma operação que mira um grupo suspeito de contrabandear ouro ilegal da Amazônia para o exterior. A Justiça bloqueou R$ 2 bilhões de suspeitos de usarem notas fiscais eletrônicas para "esquentar" ouro extraído de garimpos ilegais na floresta.

O esquema facilitaria o envio do ouro para quatro países: Itália, Suíça, China e Emirados Árabes. Segundo a investigação, entre 2020 e 2022, a fraude na emissão de notas fiscais chegou a R$ 4 bilhões, o equivalente a 13 toneladas de ouro.

  • O bloqueio dos bens dos investigados ocorre em ação conjunta da Polícia Federal com o Ministério Público Federal e a Receita Federal.

A operação da PF tenta prender três pessoas e cumprir 27 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em sete estados: Pará, Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas, São Paulo, Mato Grosso e Roraima.

Mais de cem policiais federais atuam na operação, além de cinco auditores fiscais e três analistas da Receita Federal.

O inquérito que deu origem à operação e ao bloqueio dos bens foi aberto em 2021. Na ocasião, informações apuradas pela Receita Federal indicavam que uma organização criminosa mantinha um esquema para esquentar ouro extraído em garimpos ilegais. O esquentamento é uma prática que visa dar aparência legal para o ouro obtido ilegalmente.

 
 

Como funciona o esquema

De acordo com Vinícius Serpa, delegado da Polícia Federal responsável pela operação, o esquema funcionava de maneira triangular e envolvia empresas comerciais de pequeno porte e uma grande empresa exportadora.

"Empresas menores recebiam o ouro ilegal e as notas fiscais ilegais. Depois, emitiam novas notas fiscais ilegais dando uma aparência de legalidade ao ouro. Então, o ouro era repassado para empresas maiores, no topo da exportação", diz Serpa.

As empresas maiores que o delegado cita funcionavam sob o guarda-chuva de uma única empresa exportadora.

Ainda de acordo com Serpa, a maior parte da mineração ilegal acontece em regiões de difícil acesso. "À medida que a polícia vai entrando, eles [os garimpeiros] vão indo mais para o interior do estado, se escondendo".

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Por g1 BA.

Um casal foi preso no sábado (4), em um povoado de Conde, município do Litoral Norte da Bahia, suspeito de homicídio e cultação de cadáver do bebê que esperavam. De acordo com a Polícia Civil, a mãe teria induzido o aborto fazendo uso de medicações. A criança nasceu e, em seguida, com o auxílio do pai, foi enterrada viva.

Uma adolescente também é suspeita de envolvimento no crime. Não há detalhes se ela foi apreendida. Os mandados de prisão preventiva do casal foram cumpridos por equipes da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur) de Conde, com o apoio da 2ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Alagoinhas.

Segundo testemunhas, o Conselho Tutelar da cidade recebeu uma denúncia anônima sobre o caso. Diante disso, o Conselho procurou a polícia, que iniciou as investigações. Informações levantadas pelos policiais indicam os pais da criança, presos no povoado de São Francisco do Riacho Seco, em Conde, como responsáveis pela ação.

O titular da Deltur de Conde, delegado Gustavo José Almeida Alves Dias, informou que as investigações indicam que o bebê foi enterrado em uma área de manguezal, no povoado de Mangue Doce, também em Conde. As equipes de polícia realizaram buscas, mas não localizaram a criança.

 

Ainda assim, a equipe seguiu com as investigações e conseguiu a informação de que a criança foi desenterrada e jogada em um rio. A polícia não detalhou se, após ser jogado no rio, o corpo do bebê foi achado. A dupla presa passou por exame de lesões corporais e está à disposição da Justiça.

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Por Yara Ramalho, Marcelo Marques e Valéria Oliveira, g1 RR — Boa Vista.

Com o controle do espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami, realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), garimpeiros que estão no maior território indígena do país não conseguem voos clandestinos para deixar a região. Áudios e mensagens enviados em um grupo de mensagens mostram as tentativas deles em conseguir aviões ou helicópteros. Com o cenário, os invasores têm fugido pela floresta e pelos rios.

Em um grupo chamado de "Amigos do Rio Uraricoera" – em referência à principal via fluvial usada pelos garimpeiros para chegar aos acampamentos dentro da Terra Yanomami –, uma pessoa diz que tem ao menos 5 mil garimpeiros em busca de sair do local, mas não há voos.

 
"Aqui onde estou tem mais de cinco mil pessoas na região só para ir embora, nós queremos ir. Mas, não tem é voo, o povo [pilotos] está com medo de vir", diz.

No texto, a pessoa ainda diz que tentou voos com oito "burus", que são helicópteros, e nenhum deles aceitou ir até a região.

 

Em outras conversas, garimpeiros relataram que grande parte dos invasores não tem como sair da região por estarem com malária e, com isso, não aguentam caminhar na floresta.

 

"[Os garimpeiros] estão se juntando em grandes grupos e fazendo varação [caminhada] na mata para a única pista de voo que está funcionando ainda, a pista do Jeremias", diz um deles.

A pista do Jeremias é uma das principais rotas usadas pelos garimpeiros para entrar e sair da Terra Yanomami. O frete aéreo é o modo mais caro para se acessar os garimpos instalados na floresta.

Em 2022, o relatório "Yanomami sob ataque", divulgado pela Hutukara Associação Yanomami (HAY), indicou que o valor de uma viagem para as pistas RangelCascalhoJeremiasEspadimMalária e Pau Grosso, principais pistas clandestinas da TI, custam cerca de R$ 11 mil.

O espaço aéreo é controlado pela FAB desde a última quarta-feira (1º), com aeronaves equipadas com radares superpotentes.

A estimativa é que ao menos 20 mil garimpeiros estejam na Terra Indígena Yanomami. A ação ilegal deles causou uma crise humanitária sem precedentes no território. São pouco mais de 30 mil Yanomami na área que deveria, por lei, ser preservada. No entanto, tem sofrido com o avanço do garimpo ilegal, que só em 2022 cresceu 54%.

 

Vídeos que circulam nas redes sociais desde a última quinta-feira (31) mostram homens e mulheres em grupos deixando a região caminhando pela floresta e pelos rios, em barcos lotados (assista o vídeo abaixo).

Garimpeiros começam a fugir da Terra Yanomami após bloqueio do espaço aéreo na região
 
 
 Garimpeiros começam a fugir da Terra Yanomami após bloqueio do espaço aéreo na região

O motivo da fuga é por conta de uma grande operação que vai acontecer nos próximos dias para expulsar, de vez, os garimpeiros do território, segundo a polícia. A reserva indígena será ocupada pelas Forças Armadas Nacional e pela Polícia Federal.

Em outro vídeo, garimpeiros afirmam estar sem comida e pedem ao Exército e à polícia para serem resgatados da Terra Yanomami. O local é abastecido por aeronaves, mas com o bloqueio aéreo, o "rancho" -- como chamam a alimentação -- não chega até as áreas de garimpo onde os criminosos estão instalados.

 

Crise Yanomami

Em janeiro deste ano, o presidente Lula esteve em Roraima para acompanhar a crise sanitária dos Yanomami. Na ocasião, ele prometeu pôr fim ao garimpo ilegal na Terra Yanomami

A Terra Yanomami tem mais de 10 milhões de hectares distribuídos entre os estados de Amazonas e Roraima, onde fica a sua maior parte. São cerca de 30 mil mil indígenas vivendo na região, incluindo os isolados, em 371 comunidades.

A região está em emergência de saúde desde 20 de janeiro e inicialmente por 90 dias, conforme decisão do governo Lula. Órgãos federais auxiliam no atendimento aos indígenas.

As ações de desintrusão devem ser coordenadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que no último dia 30 publicou a criação de um grupo de trabalho para elaborar, em 60 dias, medidas de combate ao garimpo ilegal em terras indígenas.

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Na noite do último domingo (29), terminou mais um evento tradicional do município de Caetité, a Lavagem da Esquina do Padre e o Carnaval da Diversidade, uma festa que tem como marca registrada a alegria e a valorização cultural da região. Durante os quatro (4) dias de festa, milhares de foliões de Caetité e região brincaram ao som de bandas de renome como Timbalada e Lá Fúria, além de bandas locais consagradas como Idalino e Banda Última Hora.
Para garantir a segurança pública, a Polícia Militar disponibilizou cerca de cem (100) policiais militares que se revezaram ao longo da festa, proporcionando tranquilidade e segurança ao evento. Segundo a 94ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar), além de algumas intervenções pontuais, foram registradas apenas 3 (três) ocorrências durante os quatro dias festivos, sendo duas (02) vias de fato e uma (01) condução por desordem.
O Major PM Vidal, Comandante da 94ª CIPM, credita o êxito da ação policial ao empenho da tropa e a cooperação entre a administração municipal, comissão organizadora e a Polícia Milita, os quais se reuniram desde o início de dezembro do ano passado para planejar e organizar a Lavagem da Esquina do Padre. O Oficial ressalta que o espírito de paz dos foliões também foi crucial para o sucesso da atividade policial militar.
PMBA, uma força a serviço do cidadão!
Fonte: Ascom 94ª CIPM
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Por g1 BA e TV Sudoeste.

Uma jovem de 21 anos está desaparecida desde a última sexta-feira (20), em Vitória da Conquista no sudoeste da Bahia, onde vive com o marido, com quem é casada há pouco mais de um mês, e duas enteadas. Segundo o marido de Stéfane Xavier Marinho, ela teria saído para uma entrevista de emprego e não entrou mais em contato com a família.

"Quando eu cheguei em casa, por volta das 17h20 [na sexta-feira], minha esposa não estava mais. Só estavam aqui [na casa] as minhas duas filhas. Perguntei para a mais velha aonde estava Stéfane e minha filha respondeu: 'pai, ela saiu falando que ia ver uma possível entrevista de trabalho", contou Rodrigo Torres.

 

As idades das enteadas de Stéfane não foram detalhadas. Dias antes do desaparecimento da esposa, Rodrigo Torres teria encontrado um passagem de ônibus com o destino à cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais. A data da viagem estava marcada para o mesmo dia em que a jovem desapareceu.

A família registou o boletim de ocorrência na segunda (23), no Distrito Integrado De Segurança Pública (Disep) do município.

O delegado da Polícia Civil, Fabaino Aurich, informou que a investigação já está em andamento e o caso é tratado como um desaparecimento, mas pode tornar-se um possível crime.

''Já entramos em contato com a polícia de Minas Gerais, solicitamos que policiais verifiquem imagens das câmeras da rodoviária onde ela possa ter desembarcado'', explicou Aurich.

Outra situação que preocupou os familiares foi que o nome e todas as fotos de Stéfane foram apagadas de uma rede social a qual ela tinha cadastro, além disso, eles receberam mensagens incomuns no perfil da jovem.

''Ninguém sabe se foi ela, ou se foi outra pessoa que trocou o perfil e o nome. As fotos dela foram apagadas, mas dos meus sobrinhos e do meu irmão continuam publicadas'', desabafou a irmã da jovem, Milena Xavier.

Segundo os familiares, eles foram até a rodoviária de Vitória da Conquista, acompanhados de políciais, para buscarem mais informações sobre o embarque da jovem, mas não tiveram respostas, já que o gerente da empresa de ônibus não estava presente no momento e outros funcionários não poderiam passar qualquer informação solicitada.

 
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Por g1 BA e TV Santa Cruz.

Um homem foi preso suspeito de cometer maus-tratos e cárcere privado há pelo menos dois anos contra uma idosa de 84 anos, no município de Caravelas, no sul da Bahia. Segundo a Polícia Civil da cidade, a prisão aconteceu na rua Barão do Rio Branco, na segunda-feira (23).

A polícia ainda detalhou que a vítima não tinha autorização nem para tomar banho de sol na calçada da casa em que mora, que fica no centro de Caravelas. O suspeito foi identificado como Waldir Ribeiro do Nascimento, de 60 anos, e ainda não há detalhes se existe algum grau de parentesco entre ele e a idosa.

"Uma parente da vítima tentou levá-la a um passeio e o cidadão não permitia que ela saísse da casa se não fosse com a companhia dele. Monitorava ela durante todo tempo e inclusive, há mais de dois anos, a proibia de tomar banho de sol na caçada da casa, porque os vizinhos se aproximavam e conversavam com ela", disse o delegado Marco Antônio Neves.

De acordo com o delegado, os vizinhos da idosa contaram que ouviam gritos de socorro durante o dia e noite.

Durante a operação, a polícia encontrou mais de R$ 20,5 mil e joias no quarto em que Valdir dormia. O órgão investiga se o dinheiro é da vítima.

 

A Polícia Civil também procurou cartões que a idosa recebia benefícios do governo, mas não encontrou.

A polícia informou que o suspeito havia se aproximado da idosa há três anos, quando ela ainda ficava sob os cuidados de uma profissional, que acabou sendo afastada.

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Por g1 BA e TV Sudoeste.

Câmeras de segurança registraram o assalto a uma farmácia na cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. A ação criminosa durou menos de 45 segundos. Até o momento, o suspeito ainda não foi identificado. 

No vídeo, é possível verificar o momento em que o suspeito entra na farmácia e rende duas mulheres que trabalham no local. O homem leva aparelhos celulares e o dinheiro do caixa.

O roubo aconteceu na segunda-feira (23), mas as imagens foram divulgadas nesta quarta-feira (25).

Durante o curto período de tempo (exatos 44 segundos), o suspeito ainda levou as duas funcionárias para uma sala no fundo do estabelecimento e fugiu do local. A polícia não informou o prejuízo e o valor roubado.

 

O caso é investigado pela Polícia Civil do município.

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Por João Raimundo, Jorge Sant'Anna e Almir de Queiroz, TV Globo.

O bolsonarista extremista Alan Diego dos Santos, preso por tentar explodir um caminhão-tanque perto do aeroporto de Brasília, na véspera de Natal, foi transferido de Mato Grosso para o Distrito Federal na noite desta quarta-feira (18). O avião que trouxe o acusado chegou ao DF por volta das 21h30.

Após o pouso, ele foi ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil do DF, para passar por exame de corpo de delito. Em seguida, foi encaminhado para a carceragem da corporação.

Alan dos Santos estava foragido desde o atentado e se entregou na delegacia de Comodoro, a 677 km de Cuiabá, na terça-feira (17). Além do atentado, ele é suspeito de participar do quebra-quebra promovido por bolsonaristas em Brasília no dia 12 de dezembro, quando um grupo tentou invadir a sede da Polícia Federal, incendiaram carros, ônibus e fecharam vias.

Segundo o delegado Leonardo Cardoso, responsável pela investigação, o preso era um dos líderes do movimento antidemocrático e "uma das pessoas que se mostrava mais disposta aos atos de vandalismo".

Denúncia aceita pela Justiça

 

Alan é réu junto com Washington de Oliveira Sousa e Welligton Macedo de Souza, desde o dia 10 de janeiro passado, quando o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília atendeu denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a partir das investigações da Polícia Civil.

O trio é acusado de envolvimento na tentativa de explosão do artefato instalado em um caminhão-tanque, nos arredores do aeroporto de Brasília. À época, a Polícia Militar foi acionada após o motorista do caminhão perceber o objeto estranho no veículo.

Segundo a denúncia, Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Welligton Macedo de Souza montaram o artefato e entregaram o material para que fosse colocado no caminhão de combustível por Wellington Macedo.

Os réus vão responder na Justiça pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa.

No entanto, o Ministério Público considera que é preciso aumentar a pena em 1/3, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.

 

Já as acusações de atos de terrorismo vão ser enviadas para a Justiça Federal, instância competente para analisar se estão configurados crimes contra o Estado Democrático de Direito.

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Por Walder Galvão e Caroline Cintra, g1 DF.

Resumo
  • Um suspeito preso pelo desaparecimento de uma família no DF informou que o marido e o sogro da mulher desaparecida, uma cabeleireira, são mandantes da morte de seis pessoas.

  • O homem preso controu que ele e um comparsa receberam R$ 100 mil do marido e do sogro de Elizamar Silva para matar a cabeleireira, os três filhos — dois de 7 anos e uma de 6 anos —, a sogra e a cunhada da mulher.

  • As crianças eram filhas e netas dos dois mandantes, assim como as outras duas mulheres mortas são a mãe e a irmã e a esposa e a filha deles.

  • Os dois supostos mandantes do crime estão desaparecidos. Duas mulheres que também teriam participado dos assassinatos não foram encontradas. Três suspeitos de envolvimento estão presos.

  • Os crimes teriam sido cometidos para que fosse tomado dinheiro que estava em posse das mulheres.

  • Dois carros da família foram achados em Goiás e em Minas Gerais, com quatro e dois corpos, respectivamente, carbonizados.

Polícia prende segundo suspeito pelo desaparecimento de 8 pessoas da mesma família no DF
 
 Polícia prende segundo suspeito pelo desaparecimento de 8 pessoas da mesma família no DF
 

Um dos presos suspeitos pelo desaparecimento de oito pessoas da mesma família no Distrito Federal afirmou que Thiago Gabriel Belchior de Oliveiramarido da cabeleireira Elizamar Silva, e Marcos Antônio Lopes de Oliveirasogro de Elizamarencomendaram a morte de duas das vítimas para tomar o dinheiro adquirido com a venda de uma casa e o valor que estava em uma conta bancária. A informação foi dada pela Polícia Civil do DF na noite desta terça-feira (17).

Segundo o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá, um dos homens presos por envolvimento no crime, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, contou que ele e Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, receberam R$ 100 mil para matar a cabeleireira, os três filhos — Gabriel, de 7 anos, e os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos —, a sogra e a cunhada da mulher.

 

As crianças também eram filhas de Thiago e netas de Marcos Antônio. As outras duas vítimas são a mãe e a irmã de Thiago, esposa e filha de Marcos Antônio.

Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, de 30 anos, e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, apontados como mandantes do crime, estão desaparecidos.

Além disso, a polícia afirmou que, em depoimento, Horácio contou que outras duas pessoas participaram do crime: uma amante de Marcos e a filha dessa mulher. As duas também são consideradas desaparecidas.

Gideon, que foi preso na manhã desta terça, ficou em silêncio, segundo o delegado.

Um terceiro suspeito também foi detido. O homem foi identificado como Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos, e, segundo a investigação, ele foi responsável por vigiar parte das vítimas, que foram mantidas em um cativeiro.

O crime

A Polícia Civil disse que Horácio contou que a ideia era atrair Elizamar ao Paranoá para que o crime fosse cometido. No entanto, Thiago, o marido da cabeleireira – que pediu para a mulher buscá-lo na região – não sabia que ela estava com as crianças.

 
"Por conta disso, a dinâmica do crime mudou", disse o delegado. Segundo ele, o objetivo era subtrair uma quantia em dinheiro que a mulher guardava em uma conta bancária e matá-la, em seguida.

Como as crianças estavam no carro, Marcos Antônio (avô das crianças), Thiago (pai das crianças), Gideon e Horácio (os homens contratados para cometer o crime) levaram as vítimas para Cristalina (GO). No local, todos foram sufocados, e os criminosos atearam fogo no veículo, segundo o depoimento do suspeito.

De acordo com o delegado, Horácio afirmou que Elizamar tentou resistir, mas foi enforcada. Segundo o suspeito, Thiago teria matado um dos próprios filhos antes de atear fogo no carro da família.

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Por Bruno Grubertt e Felipe Freire, Bom Dia Rio

A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) prendeu, nesta segunda-feira (16), o anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, por estuprar pelo menos duas pacientes sedadas durante cirurgias — caso semelhante ao de Giovanni Quintella Bezerra, cujo julgamento já começou.

Andres Eduardo se gravou abusando das vítimas. Em uma delas, ele esfregou e introduziu o pênis na boca da mulher e guardou o registro.

(CORREÇÃO: ao publicar esta reportagem, o g1 errou ao informar que a prisão de Andres Carrillo por estuprar pacientes em cirurgias foi em flagrante. Na verdade, ele foi detido em razão de uma ordem de prisão temporária. A reportagem foi corrigida às 8h16.)

 
Polícia Civil do Rio prende anestesista por estuprar mulheres em cirurgias
 Polícia Civil do Rio prende anestesista por estuprar mulheres em cirurgias

A Justiça expediu o mandado de prisão provisória e busca e apreensão contra Andres por estupro de vulnerável. O anestesista ainda é investigado por produzir e armazenar pornografia infantil em um inquérito remetido para a Vara Especializada em Crimes contra Criança e Adolescentes — a partir do qual a polícia descobriu os abusos.

Andres Eduardo estava legal no país e com a documentação em dia — ele atuava tanto em hospitais públicos quanto particulares.

O médico foi preso na Barra da Tijuca, em casa — a mulher dele abriu a porta para os policiais, que acordaram Andres ao lhe dar voz de prisão.

Até a última atualização desta reportagem, a polícia não informou o que Andres disse em sua defesa ao ser preso.

 

Como a polícia descobriu os crimes

As investigações da Dcav, que contou com apoio da inteligência da Polícia Civil, tiveram início em dezembro, a partir do compartilhamento de informações do Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal (PF).

À época, a PF identificou a possibilidade de vasta movimentação de arquivos pornográficos em posse de Andres e encaminhou o caso à Polícia Civil.

Diante das suspeitas, foi autorizada a quebra de dados em compartimentos do celular do suspeito, onde foram encontrados, de fato, mais de 20 mil mídias de abusos infantis.

Mas três arquivos feitos pelo próprio médico chamaram a atenção dos investigadores.

“Quando vimos, logo de início, tratamos como casos de estupro, partindo do princípio de que ele mesmo teria produzido. Mas precisávamos avançar na identificação das vítimas e materializar os crimes. Pelos metadados dos vídeoscertificamos a localização do suspeito no ato da gravação, identificando os hospitais e descobrindo os dias. Aí partimos para a tentativa de descobrir as mulheres ali sedadas. Com as listas de pacientes operados nos dias, fomos buscando características físicas e eliminado possibilidades até chegar às pacientes”, explicou o delegado titular da Dcav, Luiz Henrique Marques.

 

Os vídeos que Andres gravou foram mostrados às vítimas, que se reconheceram, mas não tinham ciência de que haviam sido estupradas.

O primeiro crime aconteceu no dia 15 de dezembro de 2020 no Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema, Região dos Lagos, durante a realização de uma cirurgia de laqueadura.

O segundo foi em 5 de fevereiro de 2021 em uma das salas de cirurgia do Complexo Hospitalar Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão, da UFRJ, durante um procedimento para retirada de útero.

Sedação muito forte

Uma delas contou que a sedação foi tão intensa que era semelhante à de um parto de cesárea, tendo ela ficado totalmente desacordada por mais de duas horas.

 

Outro fato que chamou a atenção dos investigadores é que em uma das cirurgias, por exemplo, Andrés sequer estava escalado. De acordo com informações repassadas pelo hospital, uma outra anestesista era a responsável pelo procedimento. Contudo, a unidade ponderou aos policiais que é comum a substituição dos profissionais durante o procedimento e que o médico poderia ter participado da operação.

Além dos estupros, o suspeito praticou os crimes previstos nos artigos 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (aquisição/posse/armazenamento de pornografia infantojuvenil) e 240 (produção de pornografia infantojuvenil).

Para esses fatos, a Dcav instaurou um outro inquérito que foi remetido para a Vara Especializada em Crimes contra Criança e Adolescentes.

O que dizem as autoridades

Polícia Civil espera avançar nas investigações, detalhando todas as unidades nas quais o médico trabalhava, e encontrar novas possíveis vítimas.

A direção do Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth informou que colaborou com a Polícia Civil na investigação que levou à prisão do médico anestesista. “Todas as informações solicitadas pela polícia foram levantadas e repassadas. O médico deixou de atuar na unidade em setembro de 2021”, disse.

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O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, informou neste domingo (8) que armas e munições do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foram roubadas.

O GSI fica dentro do Palácio do Planalto, e o armamento é para uso da segurança presidencial. O prédio foi invadido e depredado por terroristas bolsonaristas.

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Por g1.

Bolsonaristas radicais, golpistas e criminosos invadiram e depredaram neste domingo (8) o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília.

O ataque às sedes dos 3 Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

O prejuízo ao patrimônio público, de todos os brasileiros, ainda não foi calculado. Até o fim da noite deste domingo, pelo menos 300 pessoas haviam sido presas.

 

O presidente Lula, que estava em SP no momento dos atentados, voltou a Brasília à noite e decretou intervenção federal para assumir a segurança pública do Distrito Federal, onde está Brasília.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, afastou do cargo por 90 dias o governador do DF, Ibaneis Rocha.

 
 
 

O que aconteceu?

O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília, com um acampamento em frente ao QG do Exército, foi reforçado por mais de cem ônibus que chegaram de todo o país com cerca de 4 mil pessoas neste fim de semana, com ações combinadas por meio das redes sociais. Mesmo assim, o governo do DF não adotou medidas suficientes para proteger os prédios.

Por volta de 14h, os golpistas deixaram o acampamento e iniciaram uma caminhada de 8 km em direção ao Congresso, escoltados pela Polícia Militar.

Na Esplanada dos Ministérios, onde está o Congresso, a PM mantinha poucos homens. A barreira policial foi facilmente vencida pelos terroristas, que subiram a rampa do Congresso. Os poucos PMs tentaram conter a turba só com spray de pimenta e tiveram que recuar. A Polícia Legislativa também não conseguiu evitar a invasão.

 

Dentro do Congresso, salões da Câmara e do Senado foram depredados. O plenário do Senado foi invadido e vandalizado.

Na sequência, STF e Palácio do Planalto, que ficam na Praça dos Três Poderes, também foram invadidos.

No STF, os terroristas destruíram tudo o que viram no plenário, onde os ministros fazem os julgamentos. A porta de um armário do ministro Alexandre de Moraes foi arrancada. Até comida eles roubaram. Os terroristas retiraram poltronas, molharam e rasgaram documentos. Todos os vidros da fachada do prédio foram quebrados. 

No Planalto, gabinetes foram invadidos e vandalizados, incluindo o da primeira-dama, Janja da Silva. Móveis, TVs, computadores e itens de decoração foram quebrados. A tela "As Mulatas", do pintor Di Cavalcanti, foi esfaqueada. O gabinete de Lula tem uma porta com blindagem reforçada e não foi invadido. Vândalos destruíram a galeria de fotos dos ex-presidentes. Armas e munições de seguranças da presidência foram roubadas.

 

O que a polícia fez?

Já com os prédios tomados pelos terroristas, a PM aumentou o efetivo e passou a usar bombas e gás lacrimogêneo, com apoio da cavalaria e da Tropa de Choque. Alguns policiais foram agredidos.

Embora a ação terrorista tenha sido convocada publicamente ao longo da semana em redes bolsonaristas, inclusive com promessas de transporte grátis e alimentação, as autoridades do DF não agiram preventivamente. A PM do DF foi criticada por se omitir. Vídeos mostram policiais conversando com bolsonaristas e filmando a invasão do Congresso. Veja abaixo:

Policiais são flagrados tirando fotos bolsonaristas durante invasão ao Congresso
 
 
 Policiais são flagrados tirando fotos bolsonaristas durante invasão ao Congresso

Um sargento da PM de Goiás foi identificado participando dos atos de vandalismo.

 

O secretário de Segurança Pública do DF, o bolsonarista Anderson Torres, nem estava em Brasília. Ele viajou aos EUA, onde também está Bolsonaro, de quem Torres foi ministro da Justiça até o fim do governo. Após os ataques, ele foi demitido pelo governador do DF. O governo federal pediu a sua prisão ao STF.

No sábado (7), o chefe da polícia do Senado pediu reforço ao governo do DF porque já havia recebido a informação de que bolsonaristas preparavam a invasão. Ele disse que foi ignorado.

No domingo, após os ataques, Lula assinou um decreto de intervenção para que o governo federal assuma a segurança pública do DF até o fim do mês. Já na madrugada desta segunda (9), o ministro Alexandre de Moraes afastou o governador Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias.

 

Houve presos?

O balanço mais recente, do fim da noite deste domingo, é de pelo menos 300 presos em flagrante. Fotos e vídeos permitem identificar vários dos terroristas. Alguns transmitiram ao vivo, nas redes sociais, os atos de vandalismo que cometiam. Eles poderão responder por diversos crimes, entre eles golpe de estado, que prevê até 12 anos de prisão.

 

A invasão será investigada? O que acontece agora?

Lula disse que todas os terroristas serão encontrados e punidos. O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a prioridade é identificar quem financiou os atos.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Ministério Público Federal a abertura de uma investigação. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, afirmou que os terroristas serão julgados e punidos de maneira exemplar. A Polícia Federal instalou um gabinete de crise para identificar os terroristas.

 

Haverá reforço na segurança?

Lula decretou intervenção federal na segurança do DF e nomeou Ricardo Garcia Cappelli como responsável. Ele é secretário-executivo do Ministério da Justiça e braço direito de Flávio Dino.

A intervenção vai até o dia 31. Com ela, os órgãos de segurança pública do Distrito Federal ficam sob responsabilidade de Cappelli, subordinado a Lula.

 

Quais os possíveis crimes cometidos?

  • Dano ao patrimônio público da União – crime qualificado. Pena: detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
  • Crimes contra o patrimônio cultural – destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Pena: reclusão, de um a três anos, e multa.
  • Associação criminosa – associarem-se três ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes. Pena: reclusão, de um a três anos (pena aumenta se a associação é armada).
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito – tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais. Pena: reclusão, de 4a 8 anos, além da pena correspondente à violência.
  • Golpe de estado – Tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. Pena: reclusão, de 4 a 12 anos, além da pena correspondente à violência.

 

 
 

O que disseram as autoridades?

Líderes mundiais repudiaram o terrorismo bolsonarista. O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a situação é "ultrajante". O presidente da França, Emmanuel Macron, prestou apoio a Lula. Veja o que disseram as autoridades.

Aqui, os ataques foram condenados pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, por ministros do STF, parlamentares e até por governadores aliados de Bolsonaro.

"Manifestações perdem a legitimidade e a razão a partir do momento em que há violência, depredação ou cerceamento de direitos. Não admitiremos isso em SP", disse Tarcísio de Freitas, governador de SP e ex-ministro de Bolsonaro.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro, chamou o ataque de "vergonha".

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Por g1 BA.

Duas mulheres foram presas na noite de sexta-feira (30), após serem flagradas com quase 70kg de maconha dentro de um ônibus que fazia o itinerário São Paulo (SP) x Aurora (CE). Conforme informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caso aconteceu no km 429 da BR-116, no trecho da cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador.

A PRF detalhou que durante uma fiscalização de combate a criminalidade na rodovia, o agentes deram ordem de parada ao motorista do ônibus, onde foi realiza uma fiscalização. Ao subirem no coletivo e conversarem com os passageiros, os policiais decidiram vistoriar o compartimento de bagagem.

Em seguida, o cão farejador da PRF K9 Umbro sinalizou que dentro de duas malas havia droga. A equipe revistou as bagagens e encontrou os 69,70 kg da maconha, que era transportada em tabletes.

Através da checagem dos tíquetes de bagagens foi identificado que duas passageiras eram as responsáveis pelo transporte da droga.

Aos policiais, as mulheres relataram que pegaram as malas em Cuiabá (MT) e dividiriam o valor de R$ 10 mil para levar o material ilícito até a rodoviária de Maceió (AL).

As mulheres receberam voz de flagrante delito e a ocorrência foi apresentada, assim como a droga apreendida, em uma delegacia de Feira de Santana.

 
Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por Roberto Peixoto, g1.

A duas semanas do fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro, o governo federal publicou nesta sexta-feira (16) uma medida que libera a extração de madeira em terras indígenas.

O ato é uma "instrução normativa" que autoriza o chamado manejo florestal sustentável. Ela foi assinada pelos presidentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, e da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier.

  • A medida permite a exploração inclusive por organizações de composição mista, ou seja, entidades com a participação de não indígenas.
  • A instrução entra em vigor daqui a 30 dias, já no governo Lula, que poderá rever a medida.
  • Para entidades ambientais, a medida fere a Constituição Federal, que veda a exploração de madeira em terras indígenas.
 
Alvo de invasores e garimpeiros, as terras indígenas estão entre os principais redutos de conservação ambiental no país. Com as novas regras e as lacunas na fiscalização, especialistas temem que a medida facilite a exploração criminosa.

Qual a justificativa da Funai?

Em nota, a Funai afirma que a medida era uma "reivindicação antiga de diversas etnias e resultará em mais autonomia para os indígenas" e acrescenta que possibilitará a ampliação de "geração de renda nas aldeias de forma sustentável".

Segundo a fundação, a regulamentação "ajudará a combater as atividades de desmatamento ilegal em terras indígenas". Diz ainda que o manejo florestal "é estudado há mais de uma década por instituições e entidades ambientalistas e indigenistas como uma alternativa viável de geração de renda e emprego nas comunidades indígenas".

g1 também procurou o Ibama, mas não havia obtido resposta até a última atualização deste texto.

O que diz a medida em 10 pontos:

  1. O governo estabelece regras para a elaboração, análise, aprovação e monitoramento de Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) comunitário para a exploração de recursos madeireiros em terras indígenas.
  2. Os planos poderão ser apresentados por cooperativas integradas pelos próprios indígenas ou organizações de composição mista (a participação de não indígenas tem que ser inferior a 50%).
  3. Qualquer mudança estatutária na organização deverá ser comunicada à Funai.
  4. As tarefas e os ganhos serão divididos entre os integrantes da comunidade.
  5. O grupo interessado em fazer a exploração terá que pedir autorização e, para isso, precisará apresentar um documento técnico avaliando os impactos cultural e econômico nas comunidades que vivem na terra indígena.
  6. Para embasar o plano, deverá ser feito um relatório de viabilidade socioeconômica, que terá que, primeiro, ser submetido à comunidade indígena para consulta. Se aprovado, o relatório terá que ser enviado à Funai, que dará um parecer.
  7. Também será preciso demonstrar a viabilidade ambiental.
  8. O plano final dependerá do aval do Ibama.
  9. O texto prevê o manejo em três biomas brasileiros: amazônicocaatinga e cerrado.
  10. A quantidade de madeira a ser extraída deverá seguir critérios específicos já existentes para cada um desses biomas e que levam em conta, por exemplo, a necessidade de uso de máquinas para o arraste de toras e o ciclo de corte das árvores.
 

Críticas: margem para mais destruição

Na prática, de acordo com Juliana de Paula Batista, advogada do Instituto Socioambiental (ISO), o documento abre margem para sérios impactos ambientais e aumento do desmatamento nessas terras.

 
Isso representa um flagrante tentativa de burlar a Constituição Federal e o Estatuto do Índio, que estabelecem que os recursos dos rios, lagos e solos pertencem exclusivamente aos povos indígenas.
— Juliana Batista, advogada do ISO

De acordo com o artigo 231 da Constituição, "as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes".

 

 

Já o Estatuto do Índio, também citado por Batista, traz em seu artigo 18 a proibição da "prática da caça, pesca ou coleta de frutos, assim como de atividade agropecuária ou extrativa" em terras indígenas por pessoas não indígenas.

 
Publicado em BRASIL E MUNDO

Por g1 BA e TV Subaé.

Um recém-nascido foi encontrado em um matagal nesta segunda-feira (12), na cidade de Milagres, a cerca de 245 km de Salvador. De acordo com o delegado da cidade, Thiago Costa, a criança estava enrolada em um saco plástico, com a placenta e o cordão umbilical. Até a tarde desta segunda, a mãe da criança não havia sido localizada.

"Nós já falamos com a pessoa que encontrou o bebê. Ele ouviu o choro forte no matagal, chamou outros moradores e levou a criança para o hospital com vida. O nome da cidade é sugestivo, Milagres", disse o delegado.

Ainda segundo Thiago Costa, o bebê é do sexo masculino, estava sujo de fezes e tinha queimaduras no corpo devido a exposição ao sol. Na noite desta segunda, ele segue internado no Hospital Municipal de Milagres. Não há previsão de alta médica, mas o estado de saúde do bebê não é grave.

 

Um relatório médico apontou que o recém-nascido estava desidratado, com queimaduras de primeiro grau no rosto e um hematoma na cabeça, que pode ter sido decorrente da queda do nascimento, caso a mãe tenha dado à luz em pé.

O delegado informou que inquérito policial foi instaurado para apurar o crime e algumas testemunhas já foram ouvidas nesta segunda. De acordo com ele, o caso pode ser enquadrado como abandono de recém-nascido.

Doações

 

Desde que o bebê chegou na unidade de saúde, os funcionários do Hospital Municipal de Milagres não param de receber donativos. São roupas e alimentos que chegam de diversas cidades da Bahia.

Ainda segundo o delegado, algumas pessoas já demonstraram interesse em adotar a criança. Apesar disso, o Conselho Tutelar aguarda a manifestação do Ministério Público Estadual em Amargosa - cidade vizinha a Milagres -, que já foi comunicado sobre o caso.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por Iana Caramori, g1 DF.

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal afirma que três carros e cinco ônibus foram queimados durante os atos de vandalismo deflagrados por bolsonaristas radicais no centro de Brasília, na noite desta segunda-feira (12).

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, desse total, quatro ônibus e um carro foram totalmente queimados e o restante, parcialmente. Além disso, uma pessoa de 67 anos precisou de atendimento médico após inalar gás lacrimogêneo.

 

Brasília amanhece com ônibus atrasados e Esplanada fechada

  

Os bolsonaristas tentaram invadir o prédio da Polícia Federal e quebraram vidros da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte. Policiais militares entraram em confronto com o grupo, que colocou botijões de gás em vias próximas ao local. Segundo o Corpo de Bombeiros afirmaram que eles estavam vazios.

Na manhã desta terça-feira (13), a Esplanada dos Ministérios amanheceu fechada para o trânsito de veículos. Também há bloqueios na Praça dos Três Poderes e nas proximidades do Setor Hoteleiro Norte e da sede da Polícia Federal.

Por medida de segurança, após quatro veículos serem incendiados, os ônibus tiveram atraso de cerca de uma hora para sair das garagens nesta manhã, afirmaram as empresas Marechal, São José e Pioneira. Usuários enfrentam paradas lotadas e demora na nas primeiras horas do dia.

 

O que aconteceu e o que disseram as autoridades

 
  • Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Jair Bolsonaro;
  • A prisão do indígena aconteceu por determinação do STF e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República;
  • A PGR e o STF afirmam que o Tserere é investigado por participar de atos antidemocráticos e reunir pessoas para cometer crimes; a PF diz que o preso está acompanhado de advogados e que as formalidades relativas à prisão "estão sendo adotadas nos termos da lei".
  • Após a prisão de Tserere, um grupo de radicais tentou invadir um prédio da PF e incendiou carros;
  • Parte do grupo seguiu pela Asa Norte, onde realizou novos atos de vandalismo. Pelo menos um ônibus foi incendiado; botijões de gás foram espalhados em ruas da cidade;
  • A Polícia Militar foi chamada e reagiu com bombas de gás e balas de borracha. Houve confronto com os radicais;
  • A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que precisou restringir o trânsito na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e em outras vias da região central;
  • O secretário de Segurança, Júlio Danilo Souza Ferreira, afirmou que os participantes dos atos de vandalismo serão responsabilizados: "A partir de agora , temos imagens, filmagens, temos como identificar". Ele não soube dizer se houver prisões.
  • A região do hotel onde o presidente eleito, Lula, está hospedado teve a vigilância reforçada por equipes da PM.
  • O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse: "Por enquanto estamos agindo com as forças policiais. Todas as nossas forças policiais (...) estão nas ruas".
  • Ao blog da Andréia Sadi, o senador Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça, afirmou que o "governo federal segue omisso diante dessa situação grave absurda".
  • Às 23h08, mais de duas horas depois do início dos atos, o ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, escreveu em uma rede social que o Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, "manteve estreito contato" com a Secretaria de Segurança do DF e com o governo do DF "a fim de conter a violência e restabelecer a ordem". Ele disse que "tudo será apurado e esclarecido" e que a situação está se normalizando".
  • O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou de "absurdos" os atos de vandalismo, "feitos por uma minoria raivosa". Veja a repercussão política.
 

Outros episódios de violência em atos bolsonaristas desde às eleições

 

Outros casos recentes mostram a escalada da violência dos atos antidemocráticos em diversos pontos do país.

  • Tocantins

Agentes da Polícia Civil foram hostilizados por bolsonaristas acampados em frente ao 22º Batalhão de Infantaria do Exército, em Palmas, ao averiguar a presença de crianças e adolescentes no local.

  • Rondônia

A tubulação de bairros da cidade de Ariquemes foi arrebentada por supostos manifestantes, e a população ficou sem água tratada. Além disso, uma mulher contou em um vídeo não ter chegado a tempo de ver a mãe doente ainda com vida por ter sido barrada em um bloqueio ilegal.

 
  • São Paulo

Dois trechos da Rodovia Anhanguera, em Campinas, foram bloqueados por bolsonaristas que danificaram caminhões em um ato no dia 23 de novembro. Além disso, um servidor do IBGE foi espancado por bolsonaristas em Amparo ao tentar fugir de protesto.

  • Paraíba

Uma mulher foi agredida por bolsonaristas e presa pela PM por embriaguez, mesmo sem fazer teste.

  • Mato Grosso

Um pai implorou para que bolsonaristas o deixassem passar com o filho, que faria uma cirurgia, e disse que o grupo usava facões. Em outro caso, um grupo de estudantes foi impedido de passar de ônibus e caminhou mais de 5 km para fazer o Enem.

Ainda no estado, dois suspeitos foram presos por atos análogos a terrorismo e por porte ilegal de armas ao tentar incendiar caminhão em Sinop. Um homem também foi agredido por participantes de um bloqueio.

  • Pará

No Pará, a Polícia Federal prendeu seis suspeitos de atos golpistas e ataque à Polícia Rodoviária Federal.

  • Santa Catarina

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu bombas, miguelitos e comparou bolsonaristas a black blocs. Em outro caso, um vídeo mostra um grupo de bolsonaristas agredindo uma mulher após derrota nas urnas. Ainda em SC, policiais rodoviários levaram golpes de barras de ferro em um bloqueio bolsonarista.

  • Paraná

Um caminhoneiro foi agredido ao tentar furar um bloqueio em rodovia.

  • Acre

Rio Branco enfrentou redução da frota de ônibus por causa do desabastecimento de combustível, além de sofrer com falta de cimento e alimentos perecíveis por conta de bloqueios em Rondônia.

Vandalismo em Brasília: imagens 

 
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Por g1 BA.

O jovem de 20 anos foi morto a tiros na tarde de sábado (10) curtia uma festa do tipo paredão, quando foi atacado por dois homens armados. O caso aconteceu no bairro Sudene, na cidade de Carinhanha, região sudoeste da Bahia e, até a manhã deste domingo (11), ninguém havia sido preso.

Pedro Henrique Dias Nascimento estava no evento onde são utilizados grandes aparelhos de som automotivos. Depois de balear o jovem, os suspeitos fugiram logo em seguida. A vítima foi atingida quatro vezes, chegou a ser socorrida para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Civil informou que a perícia já foi feita e testemunhas deverão ser ouvidas nos próximos dias. Ainda não há informações sobre quem cometeu o crime, nem o que motivou o assassinato. Além da vítima, não houve outros feridos. Não há detalhes sobre o sepultamento do corpo de Pedro Henrique.

 
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