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Passista que teve braço amputado após cirurgia comemorou quando soube que ia operar:
Alessandra dos Santos estava esperando desde agosto do ano passado por uma vaga para a cirurgia de remoção de mioma.
Por Mariana Queiroz, RJ2.
A passista que teve o braço amputado e o útero removido depois de uma cirurgia para retirada de miomas conta que esperou por meses pela vaga para operar e que comemorou muito quando conseguiu.
“Foi muito esperado porque eu rodei muitos hospitais e UPAs atrás da cirurgia. Eu recebi a ligação e achei que minha vida ia voltar ao normal. A fila é enorme para conseguir uma cirurgia, muitos hospitais debilitados, sem vaga. Eu só sabia pular de alegria achando que ia dar tudo certo”, relembra Alessandra dos Santos Silva.
Alessandra estava esperando desde agosto de 2022 pela vaga pelo procedimento e conseguiu a operação no início de 2023. Foram quase cinco meses de uma espera que acabou em angústia. Ela foi operada no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, no dia 3 de fevereiro.
“O hospital era da Mulher, bem especializado, eu fui bem tratada quando cheguei lá. Fiz todos os exames, o risco cirúrgico. Acreditei e aconteceu essa atrocidade comigo. Última coisa que eu lembro foi o médico me dizendo que ia dar tudo certo com a cirurgia”, conta.
No dia seguinte à cirurgia, os médicos decidiram remover o útero dela por causa de uma hemorragia.
Em 5 de fevereiro, parentes foram visitar Alessandra, que estava em coma e com as pontas dos dedos esquerdo escurecidas. Braços e pernas estavam enfaixados. Para a família, era o começo da necrose.
A mãe de Alessandra aponta ainda que a equipe médica tentou esconder a necrose.
“Eles tentaram esconder a necrose com ataduras, fingindo que estava aquecendo ela. Ainda falaram ‘é só para aquecer, mãezinha’. Tudo que falavam era por alto. Na transferência que disseram que ela tinha possibilidade de óbito”, afirma Ana Maria.
Depois da transferência para o Iecac, em Botafogo, os pais de Alessandra tiveram que decidir pela amputação do braço da mulher, que estava em coma. A passista só acordou do coma em meados de março, foi quando percebeu que estava sem o membro.
“Aí que veio o choque, procurei meu braço e não achava. Além de estar sem braço, eles tiveram que me explicar que eu também estava sem útero. Ai que caiu meu chão, eu quis morrer”, conta Alessandra.
Alessandra esteve no Hospital da Mulher nesta segunda-feira (24) para solicitar os prontuários para entregar às autoridades policiais, mas só deixaram a advogada entrar na unidade e deram o prazo de 30 dias.
Mulher trabalhava como trancista
Durante duas décadas, a profissão da Alessandra encantava mulheres: ela trabalhava como trancista e implantista de cabelos. Ela e o sócio Lucas trabalhavam juntos em um salão na Pavuna e estavam com planos de abrir mais uma unidade do negócio.
“Como que eu faço isso agora se eu fui vítima dessa atrocidade? Espero que eles não façam isso com mais ninguém, eles não tiram vidas só quando as pessoas vão a óbito. Eles tiraram a minha vida”, lamenta ela.
Agora, ela ainda não vê possibilidades de retornar ao trabalho que tanto amava. Segundo ela, uma das maiores felicidades era renovar autoestimas.
“Nesse salão a gente ria, deixava as clientes lindas, eu fazia o que eu amava, até isso eles conseguiram tirar. É muito bom transformar as pessoas. Você pega uma mulher que não está lá muito bem com a aparência e ela se olha no espelho e diz: ‘ah, minha autoestima voltou, eu estou linda, meu cabelo’. Era por isso que eu era apaixonada”, conta a cabeleireira.
Sem conseguir trabalhar, ela conta que está dependendo da ajuda de familiares e amigos.
“Minha mãe teve um câncer de mama, ela ainda está em tratamento, estamos sem renda. Era eu que ajudava ela em casa. Como vamos viver? Agora eu preciso de uma prótese, ainda conto que alguém vai me doar, porque é muito caro. Nós não temos condições”, lamenta.
Necrose na barriga
Depois da alta médica, a paciente retornou ao Iecac para tirar os pontos do braço. A mãe de Alessandra pediu que o médico analisasse a barriga dela, para ver se os curativos estavam corretos.
“Quando ele viu minha barriga ele quis chorar. Com lágrimas ele me disse que eu tinha que voltar pro hospital porque minha barriga também estava necrosando”, afirma Alessandra.
Traumatizada, ela não quer retornar na unidade para que a situação seja reparada lá.
“Como eu volto para um hospital que tentaram me matar? Eles fecharam minha barriga toda infectada”, questiona a passista.
A passista conseguiu atendimento no Hospital Municipal Souza Aguiar para tratar sobre a necrose na barriga, onde teve alta no dia 5 de abril.
Além disso, ela afirma que espera que o hospital ofereça suporte financeiro.
"Eu quero e exijo saber o que aconteceu. Eu vou lutar e vou até o fim. Tenho fotos, tenho vídeos e provas. Quero me contem a verdade. Eles tem que ser honestos, quero saber qual erro que causou a amputação do meu braço. Eles esperavam que eu morresse em casa? Espero pelo menos uma reparação moral e financeira porque eles acabaram com a minha fonte de renda", reforça ela.
Ana Maria pede que outras famílias tenham atenção com seus filhos durante internações.
“É uma dor muito grande, mas graças a Deus ela está viva. Deixo meu recado para quem é mãe: sempre vigiem suas filhas, fiquem perto, cuidem, porque tem muito médico negligente. Espero que eles paguem pelo que minha filha está passando”, pede a mãe.
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Incêndio em abrigo mata três crianças e uma mulher e deixa 13 feridos no Recife
Fogo atingiu Lar Paulo de Tarso, na Zona Sul da cidade, na madrugada desta sexta (14). Feridos estão internados em dois hospitais do Recife e um em Olinda.
Por g1 PE.
Quatro pessoas morreram e 13 ficaram feridas em um incêndio no Lar Paulo de Tarso, no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife, na madrugada desta sexta (14). O abrigo acolhe crianças em situação de risco social encaminhadas por conselhos tutelares e pelo Juizado da Infância e Juventude . Entre os mortos, estão três crianças e um adulto .
Vídeos mostram os bombeiros em ação para controlar o fogo, que começou por volta das 3h. Até a última atualização desta reportagem, não havia sido informado o que provocou o incêndio.
Entretanto, o diretor do abrigo acredita que um curto-circuito foi o que causou o acidente. O abrigo funcionava com alvará dos bombeiros em dia, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Vítimas do incêndio
- 17 vítimas, sendo 15 crianças e dois adultos;
- Desse total, 4 pessoas morreram, sendo 3 crianças e 1 cuidadora;
- Entre os feridos, 8 crianças foram levadas ao Hospital da Restauração, na capital, onde 6 continuam internados na UTI e 2 foram transferidas para o Hospital e Maternidade Brites e Albuquerque, em Olinda;
- Outros 5 feridos, sendo 4 crianças (3 meninos e 1 menina) e 1 cuidadora do abrigo, recebem atendimento no Hospital de Areias, no Recife.
[ATUALIZAÇÃO: Inicialmente, o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) disse que havia 15 feridos, mas depois informou não ser possível contabilizar. Segundo a direção do Lar Paulo de Tarso, foram 17 vítimas no total, sendo 4 mortos e 13 feridos. Esta reportagem foi atualizada às 11h05.]
De acordo com o Samu, duas pessoas morreram no abrigo: um garoto de idade não informada e uma cuidadora identificada como Margareth da Silva, de 62 anos. Duas meninas, também de idade não revelada, morreram quando estavam sendo levadas para o hospital.
Os nomes dos outros mortos e feridos não tinham sido informados até a última atualização desta reportagem. No entanto, segundo a direção do abrigo, as vítimas têm entre 2 e 11 anos.
No HR, local que mais recebeu crianças, alguns pais foram até a emergência para procurar os filhos. Segundo informações da unidade, a maioria dos pacientes ainda não havia sido identificada.
Combate ao fogo

Imagens enviadas para o WhatsApp da TV Globo mostram os bombeiros atuando para controlar as chamas no Lar Paulo de Tarso, na Rua Jerônimo Heráclito (veja vídeo acima).
Onze equipes foram ao local para controlar as chamas. As chamas também chegaram a atingir uma casa vizinha, mas ninguém ficou ferido nessa residência. Nove viaturas do Samu também foram acionadas.
Por volta das 6h, a corporação informou que o fogo estava totalmente controlado. À TV Globo, o supervisor de Operações dos Bombeiros Lamartine Melo, afirmou que ao menos 15 crianças e duas cuidadoras foram retiradas do local.
"O fogo atingiu, principalmente, a sala e o terraço. Os quartos não foram atingidos pelo fogo, mas, sim, pela fumaça extremamente tóxica", declarou.
Perícia
O Instituto de Criminalística (IC) esteve no Lar Paulo de Tarso. A perita criminal Magda Pedrosa informou que não foi possível fazer a perícia sobre as causas do incêndio. Segundo ela, o local ainda estava muito aquecido no início da manhã desta sexta.
Ela também disse que há uma preocupação com a estrutura do imóvel. Rachaduras podem surgir quando acontecer o esfriamento da estrutura.
"Então, é preciso aguardar algumas horas para realizar essa perícia. Fomos ao local apenas para periciar os corpos. A perícia do incêndio será realizada ainda hoje [sexta]", afirmou.
Luto
Moradora do bairro há mais de 30 anos, Suellen mora na frente ao centro e contou à TV Globo o desespero dos moradores no momento do incêndio.
"Ouvi muita gritaria, eram umas 2h. O vizinho da frente arrombou e arrancou a grade. Terrível, sem palavras, foi muito feio", disse Suelen.
Uma das pessoas que morreu foi Margareth da Silva. O filho dela, Adjair da Silva, contou que a mãe era cuidadora.
“Fazia mais de dez anos que ela trabalhava aqui, desde antes de o lar mudar para cá. Ela sempre trabalhava à noite. Passou um tempo de manhã, mas quase sempre trabalhava à noite. Eu quero enterrar minha mãe o mais rápido possível”, afirmou.
A cuidadora de idosos Claudiana Santana é sobrinha de Margareth. Ela afirmou que falou com a tia na noite de quinta (13).
“Quando eu vi a notícia, pensei ‘meu Deus, é o Paulo de Tarso’. E ela foi trabalhar. Ela dizia que dava um cochilo de madrugada para organizar as coisas antes de a outra cuidadora chegar. Ela passou um tempo trabalhando de dia, mas disse que era muito cansativo e voltou para a noite. Ela falava muito das crianças, pedia para a gente orar por elas. Morreu fazendo o que amava", declarou.
Por meio de nota, a governadora Raquel Lyra (PSDB) afirmou que Pernambuco "está de luto com o que aconteceu nesta madrugada no Recife, no Instituto de Caridade Lar Paulo de Tarso". "Deixo a minha solidariedade às famílias das vítimas neste momento de muita dor", disse.
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), disse que a prefeitura vai fazer um projeto e doar o material para reconstrução do Lar Paulo de Tarso. Também disse que vai disponibilizar a estrutura de um espaço de acolhimento que deve ser inaugurado na próxima semana. Esse local vai levar o nome de Margareth da Silva, que morreu no incêndio.
"De forma imediata, disponibilizamos para a ONG um projeto para a recuperação dessa estrutura, assim como todo o material, a prefeitura vai fazer essa doação, e a gente também tinha uma casa de acolhimento que seria aberta na próxima semana, do município, e a gente está colocando à disposição para que todos que estavam abrigados e que precisam de um novo espaço", afirmou.
Local do incêndio
O Lar Paulo de Tarso foi fundado em 1991. Segundo o site oficial, a organização não-governamental (ONG) recebe crianças e adolescentes encaminhadas pelos conselhos tutelares e Juizado da Infância e Juventude.
Eles ficam lá até conseguir retornar para a família de origem. Quando essa possibilidade é esgotada, são encaminhadas para famílias substitutas, por meio de guarda, tutela ou adoção. Na instituição, há programas de educação e acolhimento dos jovens.
Crianças e jovens que também são atendidos pelo abrigo vão ser transferidos para outras entidades.
O que diz o TJPE
Por meio de nota, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) afirmou que:
- "fará tudo que estiver ao alcance para amenizar o sofrimento das vítimas dessa tragédia no Lar Paulo de Tarso";
- vai fazer uma "campanha para doação de alimentos, remédios, roupas, brinquedos e material de construção"
- "também prestará apoio psicológico às vítimas e ajudará na retirada da segunda via de documentos";
- "o momento é de dor, mas também de ações urgentes e de muita união".
Ainda no texto, o TJPE informou que:
- "os laudos sanitário, dos bombeiros e alvará de funcionamento estão em dia";
- "a administração das casas de acolhimento é de responsabilidade direta do município ou de ONGs, que recebem recursos das respectivas prefeituras";
- "ao TJPE cabe, juntamente com o MPPE, fazer fiscalizações periódicas. Se houver irregularidades, as providências cabíveis são tomadas";
- sobre o acesso dos parentes às crianças vítimas do incêndio, "está sendo avaliado, caso a caso, aqueles que podem realizar a visitação";
- "o acolhimento acontece quando a criança ou adolescente está em situação de risco junto à família biológica; se não houver restrição de visitas pelos familiares, o acesso será plenamente garantido".
Como ajudar as vítimas
Para "prestar solidariedade e oferecer acolhimento às pessoas que fazem parte do Lar Paulo de Tarso nesse momento tão difícil", o TJPE iniciou uma campanha para arrecadar doações para o abrigo. Móveis podem ser entregues na Rua Martins Ribeiro, 288, no bairro do Hipódromo, na Zona Norte do Recife.
Nos prédios do TJPE, podem ser doados alimentos, materiais de limpeza e de higiene pessoal, roupas, utensílios domésticos e brinquedos. Confira os pontos de arrecadação de donativos:
- Palácio da Justiça - Praça da República, s/n - Santo Antônio;
- Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano - Avenida Desembargador Guerra Barreto, s/n, Ilha Joana Bezerra;
- Escola Judicial de Pernambuco - Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/n, Ilha Joana Bezerra;
- Fórum Paula Baptista – Rua Imperador Dom Pedro II, 207, Santo Antônio;
- Fórum Thomaz de Aquino - Avenida Martins de Barros, 593, Santo Antônio;
- Central de Juizados Especiais da Capital - Avenida Mascarenhas de Morais, 1919, Imbiribeira;
- Centro Integrado da Criança e Adolescente (Cica) - R. João Fernandes Vieira, 405, Boa Vista;
- Fórum de Jaboatão dos Guararapes - Rodovia BR 101, Prazeres;
- Fórum de Olinda - Avenida Pan Nordestina, s/n - Vila Popular;
- Fórum de Camaragibe - Avenida. Dr. Belmino Correia, 144.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também faz uma campanha de doação para arrecadar móveis e equipamentos para o abrigo. Podem ser entregues sofá, cama, guarda-roupa, geladeira, fogão, televisor, ventilador, mesa e cadeira, além de roupa, sapato e brinquedo.
O local de entrega das doações é a portaria da sede do MPPE, que fica no Edifício Roberto Lyra, na Rua do Imperador Pedro II, 473, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife.
Donos de berçário são presos suspeitos de torturar bebês e crianças em MT
Testemunhas contaram à polícia que as crianças sofriam tapas nas nádegas e na boca, mordidas, puxões, golpes com raquetes, empurrões e beliscões. Além disso, eram trancadas sozinhas em um quarto escuro como forma de castigo.
Por Kessillen Lopes e Tâmara Figueiredo, g1 MT e TV Centro América.
Um casal dono de um berçário no Centro de Sorriso, no norte do estado, foi preso sexta-feira (14) suspeito de torturar bebês e crianças que ficavam sob os cuidados do estabelecimento. O local, que estava legalizado, atendia crianças de 0 e 5 anos e cobrava cerca de R$ 948 na mensalidade.
De acordo com a Polícia Civil, o berçário era investigado há alguns meses após denúncias de pais que apontavam fatos graves de abusos físicos e emocionais contra as crianças.
Entre as agressões narradas pelas testemunhas à polícia estão tapas nas nádegas e na boca, mordidas, puxões, golpes com raquetes, empurrões e beliscões contra as vítimas.
"São várias vítimas, várias testemunhas, inclusive pessoas que já trabalharam nesse hotelzinho relataram que havia situações sistêmicas de maus-tratos e tortura contra essas crianças, incluindo tapas e empurrões até as crianças caírem no chão. Várias mães procuraram a delegacia e temos relatos até das próprias crianças que já verbalizam, pois tem muitas que ainda não sabem falar", disse a delegada Jéssica Assis.
Os donos alegavam que os atos serviam para ‘disciplinar’ as crianças. No entanto, as agressões eram imputadas a outras crianças, pela proprietária da creche, quando questionada pelos pais.
Segundo a polícia, testemunhas e até mesmo algumas crianças contaram que existia um “cantinho do pensamento” – um corredor escuro, que dava acesso ao quarto da proprietária, onde ela trancava as crianças que se comportavam mal e as deixava sozinhas, por até duas horas.
"Ex-empregadas do local também trouxeram imagens que mostram boca de criança cortada, marcas de tapas na bunda das crianças. Tem um acervo probatório bem robusto que sustenta a denúncia", ressaltou a delegada.
Os pais que questionavam as atitudes eram ameaçados de morte do proprietário do estabelecimento.
Após as investigações, a delegada Jéssica Assis representou pela prisão preventiva dos investigados, que foi deferida pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Sorriso.
O Núcleo de Violência Doméstica da Delegacia de Sorriso informou que o casal deve responder pelos crimes de tortura com castigo, tortura por omissão, ameaça e perseguição.
"A dona que fica efetivamente na creche responderá, inicialmente, por tortura, e o marido dela, que trabalhava em outro local, mas frequentava a creche, por omissão perante à tortura, ameaça e perseguição. Há diversos relatos de ex-funcionárias de que ele ameaçava de jogá-las em uma vala no Maranhão caso elas denunciasse o caso à polícia", explicou.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
Tiroteio interrompe culto em uma igreja evangélica no Amapá, deixando um morto e três feridos
O caso aconteceu na área portuária do município de Santana. Durante o culto, dois suspeitos, encapuzados, chegaram em uma bicicleta e entraram na igreja atirando.
Durante a noite de domingo (9), um culto em uma igreja evangélica no município de Santana foi interrompido por um tiroteio que deixou quatro pessoas feridas por disparos de arma de fogo. Um homem não resistiu aos ferimentos e morreu. Além disso, uma criança de três anos foi atingida e passará por cirurgia. A polícia ainda está em busca de identificar os suspeitos envolvidos no crime.
Conforme informações da polícia, o indivíduo falecido foi identificado como Denilson de Jesus Cardoso, de 39 anos, que já havia sido detido anteriormente por roubo ou furto, no artigo 157 do código penal.
O caso aconteceu na área portuária do município de Santana. Durante o culto, dois suspeitos, encapuzados, chegaram em uma bicicleta e entraram no local atirando. Segundo os relatos de frequentadores da igreja, as duas vítimas teriam combinado de ir ao culto, um deles era traficante.
Vinícius Ferreira de Souza, morador da Baixada do Ambrósio, foi atingido com cinco disparos, sendo dois no braço, dois nas costas e um na coxa e está sob cuidados médicos no centro cirúrgico.
Um menor de 16 anos, também levou um disparo de raspão nas costas e uma criança de 03 anos de idade, que foi alvejada por dois disparos, um no pé e outro na região do tórax e encontra-se em processo cirúrgico.
A equipe de RP Norte já confirmou que perícias já compareceram ao local para investigar o caso. Ainda não se sabe a motivação do crime. A polícia segue investigando o caso.
Quatro crianças são mortas em ataque a creche em Blumenau; homem foi preso
Criminoso invadiu a escola com uma machadinha, matou crianças e depois se entregou à polícia. Cinco crianças ficaram feridas.
Por Caroline Borges e John Pacheco, g1 SC.
Uma creche foi alvo de um ataque na manhã desta quarta-feira (5) em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Quatro crianças foram mortas e cinco ficaram feridas.
O ataque aconteceu no início da manhã na creche Cantinho Bom Pastor, que fica na rua dos Caçadores, no bairro Velha. A unidade de ensino é particular.
Na ação, quatro crianças foram mortas, entre elas três meninos e uma menina com idades de 4 a 7 anos. As vítimas são:
- Bernardo Cunha Machado - 5 anos
- Bernardo Pabst da Cunha - 4 anos
- Larissa Maia Toldo - 7 anos
- Enzo Marchesin Barbosa - 4 anos
O ataque ocorreu menos de dez dias após uma escola em São Paulo ser alvo de um aluno que matou a professora com golpes de faca e deixou outras três feridas, além de um estudante. Desde 2011, mais de 10 escolas foram atacadas por criminosos no Brasil.
O que aconteceu?
Segundo a polícia, um homem de 25 anos pulou o muro da creche e iniciou o ataque contra as crianças com uma machadinha. As vítimas foram atingidas na região da cabeça. Após a ação, ele se entregou no Batalhão da PM. O suspeito tem passagens por porte de drogas, lesão e dano, segundo a Polícia Civil.
- RELEMBRE: Brasil teve mais de 10 ataques a creches e escolas desde 2011
- ÚLTIMA LEMBRANÇA: Bernardo chegou à creche imitando um coelhinho
- RELATO: Professora diz que trancou bebês no banheiro para salvar crianças
- PERFIL: Veja quem são as vítimas
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- CINCO FERIDOS: Pais de sobrevivente percebem ferimento em criança após pegá-la na unidade
Após saber dos ataques, os pais das crianças foram ao local, e o clima era de desespero. Inicialmente, apenas os agentes de segurança entraram no local para o resgate das vítimas, e os sobreviventes foram sendo liberados pouco a pouco. Até às 10h, todas as crianças já tinham sido retiradas da creche e estavam com suas famílias.
Os pais de uma criança chegaram a buscá-la na creche após o ataque e perceberam que ela também tinha um ferimento no ombro. A criança de cinco anos foi levada pelos pais ao Hospital Santa Isabel.
Polícia investiga se há mais envolvidos

Segundo o delegado-geral Ulisses Gabriel, a polícia ainda apura se há mais envolvidos no crime. A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática vai apurar se o ataque foi organizado online.
"A gente quer identificar se tem mais algum participante, se mais alguém participou, como ele tramou esse plano, onde ele obteve informações", disse o delegado-geral.
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por G1 Ba.
Barreiras: Polícia prende homens suspeitos de organizar quadrilha para roubo de carretas na Bahia
Suspeitos estão no Completo Policial de Barreiras, no oeste do estado.
Por g1 Bahia e TV Oeste
Estão presos no Completo Policial de Barreiras, no oeste da Bahia, oito homens suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubar carretas. O coordenador da Polícia Civil, Rivaldo Luz, informou, neste sábado (11), que todos serão transferidos, na segunda-feira (13), para um presídio.
A Polícia Civil ainda vai ouvir os homens para identificar mais informações relevantes à investigação. Eles foram presos na madrugada de sexta (10), em Cristópolis, na mesma região.
Os suspeitos estavam em dois carros e com eles foram encontrados quatro bloqueadores de sinais, um revólver, três munições, quatro celulares, dois pares de luva de mecânico e um martelo do modelo utilizado para quebrar vidros.
A Polícia Militar informou que a prisão dos suspeitos acontece após uma série de roubos a carretas na região oeste da Bahia. O grupo preso é suspeito de cometer crimes desde o final de 2022 e, de acordo com a PM, todos possuem passagens por diversos crimes.
Jacaraci: idoso 76 anos tem casa invadida e é espancado em Irundiara, assaltantes estavam armados
Caculé: casa é furtada no centro da cidade, criminosos levaram uma quantia de R$4.850,00
A vítima que entrou em contato com site Sertão em Dia relatou ” saímos de casa era às 06 horas da manhã, quando retornamos já era 18 horas, foi que deparamos com a casa toda bagunçada, reviraram tudo, nossas economias levaram, muito triste”.
com informações de Sertão em Dia.
Ossada humana é encontrada perto do Palácio do Planalto, em Brasília
Segundo Polícia Militar, corpo foi encontrado durante treinamento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Peritos ainda analisam cadáver para estipular há quanto tempo ele estava no local.
Por Sofia Corrêa, TV Globo.
Uma ossada humana foi encontrada, nesta quinta-feira (9), em uma área de mata próximo ao Palácio do Planalto, em Brasília. De acordo com a Polícia Militar, o corpo foi encontrado durante um treinamento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Os militares informaram ainda que o corpo estava com um celular e uma carteira. Os ossos foram recolhidos pela Polícia Civil e levados ao Instituto Médico Legal (IML).
Os policiais ainda tentam identificar a causa da morte da vítima. Além disso, os peritos informaram que ainda vão analisar o corpo para estipular há quanto tempo ele estava no local.
A região onde o corpo foi encontrado está localizado em uma mata, entre o Palácio do Planalto e o 1º Grupamento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal .
A reportagem questionou o GSI se a área é de segurança nacional, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
De acordo com a Polícia Civil, a ossada não está no local "necessariamente há muito tempo". Segundo a investigação, como é um espaço de céu aberto, o corpo se deteriora mais rápido e também há a ação de animais.
Justiça do RN recebe denúncia contra 7 membros de grupo acusado de lavar dinheiro do tráfico de drog
Operação Plata, deflagrada do dia 14 de fevereiro deste ano, cumpriu mandados em oito estados e no Distrito Federal.
A Justiça do Rio Grande do Norte recebeu uma denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado contra sete pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. O grupo é investigado na operação Plata, deflagrada do dia 14 de fevereiro deste ano, e que investigou lavagem de dinheiro do tráfico de drogas inclusive por meio de fazendas e igrejas.
A suspeita é de que o grupo criminoso tenha movimentado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, rebanhos bovinos e até com o uso de instituições religiosas. De acordo com a denúncia, os réus se associaram para lavar o dinheiro através da aquisição e transmissão de imóveis, realização de depósitos não identificáveis e distribuição de dinheiro em espécie.
A investigação realizada pelo MPRN revelou que indivíduos com nenhuma ou quase nenhuma renda declarada movimentaram milhões de reais, sem justificativa aparente.
Provas colhidas ainda apontariam que os envolvidos, em grupos de WhatsApp, discutiam como manter um dos “negócios” ativo após a prisão de um dos investigados por uso de documento falso.
Ainda segundo o MP, as operações financeiras tinham como alvo o Rio Grande do Norte, mas envolviam agentes domiciliados em mais de um terço dos estados do país.
Outra característica marcante da investigação, segundo o MP, é a de que vários investigados atuavam como verdadeiros “provedores sociais”, financiando eventos públicos, tentando estabelecer laços políticos e construindo uma imagem de benfeitores sociais - tudo com recursos provenientes de atividades ilícitas.
Operação Plata
A operação Plata cumpriu sete mandados de prisão e outros 43 de busca e apreensão no Rio Grande do Norte, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, e ainda no Distrito Federal. Ao todo, participaram nacionalmente do cumprimento dos mandados 48 promotores de Justiça, 56 servidores e ainda 248 policiais.
No RN, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Natal, Jardim de Piranhas, Parnamirim, Caicó, Assu e Messias Targino. Houve ainda cumprimento de mandados nas cidades paulistas de São Paulo, Araçatuba, Itu, Sorocaba, Tremembé, Votorantim e Araçoiaba da Serra; em Brasília/DF, Fortaleza/CE, Balneário Camboriú/SC, Picuí/PB, Espinosa/MG e em Serra do Ramalho e Urandi, ambas na Bahia.
As investigações que culminaram na deflagração da operação Plata foram iniciadas em 2019, com o objetivo de apurar o tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro.
Segundo o MP, o esquema era liderado por Valdeci Alves dos Santos, também conhecido por Colorido. Valdeci é originário da região do Seridó potiguar e é apontado como sendo o segundo maior chefe do de uma facção criminosa que surgiu nos presídios paulistas e que tem atuação em todo o Brasil e em países vizinhos.
O esquema de lavagem de dinheiro, de acordo com as investigações do MPRN, já perdura por mais de duas décadas. Valdeci foi condenado pela Justiça paulista e atualmente está preso na Penitenciária Federal de Brasília.
No Rio Grande do Norte, Valdeci tem como braço-direito um irmão dele, Geraldo dos Santos Filho, também já condenado pela Justiça por tráfico de drogas. Pastor Júnior, como é conhecido, foi preso em 2019 no Estado de São Paulo fazendo uso de documento falso. Geraldo estava cumprindo a pena em regime semiaberto.
Valdeci Alves dos Santos e Geraldo dos Santos Filho são investigados nessa operação ao lado de pelo menos mais outras 22 pessoas. A Justiça determinou o bloqueio e indisponibilidade de bens até o limite de R$ 23.417.243,37.
A pedido do MPRN, além do bloqueio de contas bancárias, a Justiça determinou o bloqueio de bens e imóveis, a indisponibilidade de veículos e a proibição da venda de rebanhos bovinos.
Bahia lidera ranking de mortes violentas no Brasil pelo 4º ano consecutivo
Dados levantados pelo g1 correspondem ao ano de 2022. Este é o quarto ano seguido que o estado lidera o ranking de mortes no Brasil.
Por Itana Alencar, g1 BA.
A Bahia foi o estado que mais registrou mortes violentas em 2022, em todo o Brasil, pelo 4º ano seguido. Os dados fazem parte do Monitor da Violência, índice nacional de homicídios criado pelo g1, com base em informações oficiais dos 26 estados e o Distrito Federal. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (1º).
Ao todo foram contabilizadas 5.124 mortes violentas no estado baiano no último ano, levando em consideração feminicídios (quando as vítimas são mortas na condição de mulheres), homicídios dolosos (quando o assassinato é intencional), latrocínios (quando a vítima é assassinada para que o roubo seja concluído) e lesões corporais seguidas de morte.
Os dados apontam uma média de 427 assassinatos por mês. Todas as 5.124 mortes violentas na Bahia representam uma fatia de 12,5% de todos os casos no Brasil: 40.804. Se comparado com 2021, quando 5.099 mortes violentas foram registradas em solo baiano, o acréscimo foi de 0,5%.
Ao analisar a quantidade de habitantes do estado no mesmo ano, um total de 14.985.284 pessoas, a Bahia contabilizou 34,4 mortes violentas por cada grupo de 100 mil habitantes. Também é possível observar que a cada 2.923 pessoas na Bahia, uma foi assassinada.
No dia 24 de fevereiro, o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos divulgou um relatório que contabilizou 8.006 civis foram mortos em um ano de guerra na Ucrânia: uma morte a cada 5.469 pessoas, levando em consideração que o país tem 43,79 milhões de habitantes.
A violência que atinge as mulheres
O mês com menos feminicídios registrados foi março de 2022, quando três mulheres foram assassinadas no contexto de violência doméstica, na Bahia. Uma dessas vítimas, Edilena de Jesus Dantas, foi morta aos 40 anos, pelo ex-companheiro, na cidade de Ilhéus.
O nome deste homem não foi divulgado pela Polícia Civil por causa da Lei de Abuso de Autoridade. Além de matar Edilena a tiros, ele também tentou assassinar a então atual companheira, uma jovem de 29 anos. Detido pela população, ele quase foi linchado e autuado em flagrante.
Agosto, outubro e dezembro foram os meses com maior contabilização de feminicídios. Um dos crimes, inclusive, foi cometido por um agente da Segurança Pública: um policial militar. Greice Kelly Rocha Soares foi morta com tamanha brutalidade, que além de oito tiros também foi esfaqueada.
A jovem de 25 anos estava no salão de beleza onde trabalhava havia menos de dois meses. Ela tentava recomeçar a vida depois de ter sido esfaqueada pelo mesmo policial militar, com quem teve um relacionamento abusivo. O nome dele, que acabou preso em flagrante, nunca foi divulgado, nem mesmo pela corporação.
Outras faces dos assassinatos
A maioria das vítimas de homicídios dolosos são jovens adultos negros. O envolvimento direto (por atuação) ou indireto (por morar em localidades onde há atuação) com o tráfico de drogas é a principal motivação destes assassinatos.
Assim foi morto Gabriel Afonso da Silva, de 25 anos, na cidade de Serra do Ramalho, na região oeste da Bahia, em agosto de 2022 – o mês em que menos homicídios dolosos foram registrados no estado. A casa que ele morava havia três meses foi invadida por homens armados, que o executaram.
Na época do crime, a Polícia Civil informou que o local funcionava como ponto de tráfico de drogas, já que foram encontradas anotações de vendas de entorpecentes. Algumas mortes, como a do adolescente Jheovane Neiva Afonso, não tiveram a motivação divulgada.
Ele foi morto no centro de Santo Antônio de Jesus, Recôncavo Baiano, enquanto comia um lanche com a mãe, em dezembro do último ano. O crime que matou Jheovane foi intencional: dois homens em uma moto pararam na Praça Pirajá e dispararam contra ele. As autorias ainda são investigadas.
Várias vítimas foram mortas enquanto se divertiam. O jovem Raí Jesus da Silva, de 18 anos, por exemplo, foi morto com diversos tiros em uma festa na cidade de Itamaraju, no extremo sul da Bahia, em julho de 2022. O motivo: esbarrou na namorada do autor dos disparos.
Os amigos Elber Santos da Conceição, de 21 anos, e Gabriel Santos Cruz, 19, foram assassinados com vários tiros em outubro do mesmo ano, enquanto saíam de um bar em Salvador, no bairro do Rio Vermelho – conhecido pela boemia. Sete homens cometeram o crime e fugiram em dois carros.
Um mês antes, em setembro, um jovem de 20 anos foi morto a tiros no distrito de Aratuba, em Vera Cruz. David Santos da Silva foi retirado de casa à força, enquanto estava com o filho no colo – outra vítima da violência. Com 1 ano e 3 meses, o bebê também foi baleado, mas resistiu aos ferimentos.
O assassinato para roubar
Em 2022, 84 pessoas foram assassinadas para que os criminosos pudessem roubar os pertences delas – o classificado latrocínio. Um dos crimes que chocou a Bahia e teve repercussão nacional foi o cometido contra a adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, em Salvador, no mês de agosto.
A vítima caminhava em direção à escola, com a mãe e a irmã de 12 anos, quando as três foram abordadas por duas mulheres, que anunciaram um assalto. A vítima foi baleada e morreu ainda no local, em frente à Praça da Aclamação.
Morto aos 51 anos, no mês de julho, em Feira de Santana, ele teve o celular e uma arma roubados durante o crime. No caso de Marcelo, a violência gerou ainda mais violência: os suspeitos foram mortos em confronto com a polícia no mesmo dia.
Mulher é presa suspeita de matar o próprio pai e forjar latrocínio na Bahia
marido dela também foi preso
Crime aconteceu na cidade de Central, em outubro deste ano. Homem confessou crime e mulher preferiu ficar calada durante depoimento.
Por g1 BA.
Uma mulher foi presa suspeita de matar o pai e forjar um possível latrocínio, na cidade de Central, no norte da Bahia. Segundo a Polícia Civil, o marido dela também foi preso suspeito de participação na morte do sogro.
O crime aconteceu em outubro de 2022, na casa em que a vítima, identificada como Lourival Felix de Lima, morava. As prisões de Marizete Souza Lima e Paulo Santana da Silva aconteceram na terça-feira (28).
Ainda de acordo com a Polícia Civil do município, o crime foi premeditado. As investigações apontaram que o casal se deslocou até o povoado de Vereda, na noite do dia 29 de outubro, com a justificativa de que Paulo Silva iria votar nas eleições.
Os suspeitos contaram para vítima, que depois, iriam para a sede da cidade, onde Marizete Lima votaria. Na mesma noite, a suspeita pediu para que as duas filhas mais novas, que moravam com o avô, fossem dormir com a irmã mais velha delas, para que o idoso ficasse sozinho.
A polícia informou que os suspeitos retornaram a casa do idoso durante a madrugada, deixaram uma motocicleta em um beco, pularam um muro e arrombaram a porta dos fundos do imóvel. Quando a vítima percebeu e foi até o local, foi agredida com pauladas na cabeça.
Após o crime, o casal teria ainda escondido a televisão da casa no colchão de um dos quartos e levado o celular e dinheiro da vítima. Em seguida, foram para o povoado de Vereda.
Na manhã do dia 30 de outubro, após Paulo Silva votar, o casal foi na casa do idoso e começou a ligar para outras pessoas dizendo que encontraram a vítima morta. Eles ainda falaram que a televisão, o celular e o dinheiro de Lourival tinham sido roubados, simulando o crime de latrocínio.
A polícia informou que Paulo Silva, genro do idoso, confessou o crime, e disse que a esposa tinha feito um empréstimo e dois cartões de crédito no nome do pai, e que os dois mataram a vítima, com medo de de que Lourival Felix descobrisse.
Já a filha da vítima, preferiu se manter em silêncio durante o depoimento.
O caso é investigado pela 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Irecê) e pela Delegacia Territorial (DT) de Central.
veja relatos de trabalhadores resgatados que faziam a colheita em vinícolas no RS
Vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton disseram que desconheciam as irregularidades e sempre atuaram dentro da lei. Ação da polícia resgatou mais de 200 trabalhadores "em situação degradante". Eles foram contratados para trabalhar na safra da uva.
Por Ana Júlia Griguol e Gustavo Foster, g1 RS e RBS TV.
Os empregados que trabalhavam em situação análoga à escravidão na colheita da uva em Bento Gonçalves, na Serra, passaram a descrever as violências e privações que alegadamente sofriam. Em relatos à RBS TV na manhã desta sexta (24), os trabalhadores narraram situações em que sofriam espancamentos, choques elétricos, tiros de bala de borracha e ataques com spray de pimenta.
"A maioria foi espancado, humilhado, várias coisas aconteceram aqui. Fui violentado no banheiro, me bateram. Cheguei lá e nós comíamos comida azeda. Nós trabalhávamos demais, trabalho escravo. Lá, eles estavam em posse de armas, ameaçando nós. Teve gente que tomou até tiro de bala de borracha", conta um trabalhador alojado no ginásio Darcy Pozza após o resgate.
Outro trabalhador resgatado afirma que, do quarto em que dormia, conseguia ouvir as sessões de espancamento a outros empregados.
"A gente trabalhava de 6h da manhã até meia-noite, 1h da manhã. Quando eu ia chegar para pedir para ir embora, a Polícia Federal chegou, fez essa operação e ajudou a gente. (Sentia) muito medo. Do lado do meu quarto era todo dia que batiam nos meninos lá. Choque, bicuda, tudo nos meninos", conta.
De acordo com o MTE, as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton contrataram uma empresa de serviços de apoio administrativo que oferecia a mão de obra. O responsável por essa empresa, Pedro Augusto de Oliveira Santana, de 45 anos, natural de Valente (BA), chegou a ser preso, mas vai responder pelo crime em liberdade porque pagou fiança no valor de R$ 40 mil.
O advogado dele Rafael Dorneles informou que vai se posicionar assim que conversar com o cliente.
A operação foi realizada por PRF, MTE e Polícia Federal (PF) após três trabalhadores procurarem a PRF em Caxias do Sul dizendo que tinham fugido de um alojamento em que eram mantidos contra sua vontade. No local, os trabalhadores foram encontrados "em situação degradante". De acordo com o gerente regional do MTE em Caxias do Sul, Vanius Corte, foram apreendidos no local artefatos que possivelmente serviam para violentar os empregados.
"Nossa fiscalização apreendeu no local uma máquina de choque elétrico e spray de pimenta que era usado contra os empregados que reclamavam da situação. É uma situação escandalosa de tratamento das pessoas", relata Corte.
Dívidas e atraso no pagamento
Um dos trabalhadores conta que, junto dos colegas, veio da Bahia para trabalhar na colheita da uva com a promessa de salários superiores a R$ 3 mil, além de acomodação e alimentação. No entanto, ao chegarem ao RS, os trabalhadores enfrentavam atrasos nos pagamentos dos salários, violência física, longas jornadas de trabalho e oferta de alimentos estragados.
Também eram coagidos a permanecer no local– que era pequeno e estava em más condições – sob a pena de pagamento de uma multa por quebra do contrato de trabalho.
"Alguns diziam que tinham recebido um adiantamento, mas nunca tiveram pagamento do que foi prometido. Em contrapartida, tinham essa indicação: 'vai lá e compra no mercadinho que te vende fiado', e esse mercadinho praticava preços elevados. Foi identificado um saco de feijão a R$ 22. O empregado ficava sempre devendo e não conseguia sair sem pagar a conta, não recebia o salário e ficava essa situação, de ficar preso no local por conta da dívida. Isso foi uma das coisas que caracterizou o trabalho escravo, além dessa história das agressões", conta o gerente regional do MTE.
Repercussão
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) diz que as vinícolas que faziam uso de mão de obra análoga à escravidão durante a safra da uva na Serra do Rio Grande do Sul podem ter que pagar direitos trabalhistas às mais de 200 pessoas resgatadas durante uma operação policialem Bento Gonçalves, na quarta-feira (23).
"As pessoas que tomaram esse serviço, as pessoas que foram beneficiadas por esse serviço, também podem ser responsabilizadas. A gente chama isso de responsabilidade subsidiária. Primeiro, o empregador tem a responsabilidade. Se ele não pagar, as pessoas que trabalharam em determinada vinícola, que prestaram o serviço lá, podem cobrar, e nós vamos chegar nesse ponto, dessa vinícola que se beneficiou desse trabalho", afirma.
Em nota, as empresas afirmaram que desconheciam as irregularidades e sempre atuaram dentro da lei.
Notas das vinícolas
Aurora
A Vinícola Aurora se solidariza com os trabalhadores contratados pela empresa terceirizada e reforça que não compactua com qualquer espécie de atividade considerada, legalmente, como análoga à escravidão.
No período sazonal, como a safra da uva, a empresa contrata trabalhadores terceirizados, devido à escassez de mão-de-obra na região. Com isso, cabe destacar que Aurora repassa à empresa terceirizada um valor acima de R$ 6,5 mil/mês por trabalhador, acrescidos de eventuais horas extras prestadas.
Além disso, todo e qualquer prestador de serviço recebe alimentação de qualidade durante o turno de trabalho, como café da manhã, almoço e janta.
A empresa informa também que todos os prestadores de serviço recebem treinamentos previstos na legislação trabalhista e que não há distinção de tratamento entre os funcionários da empresa e trabalhadores contratados.
A vinícola reforça que exige das empresas contratadas toda documentação prevista na legislação trabalhista.
A Aurora se coloca à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.
Garibaldi
Diante das recentes denúncias que foram reveladas com relação às práticas da empresa Oliveira & Santana no tratamento destinado aos trabalhadores a ela vinculados, a Cooperativa Vinícola Garibaldi esclarece que desconhecia a situação relatada. Informa, ainda, que mantinha contrato com empresa diversa desta citada pela mídia.
Com relação à empresa denunciada, o contrato era de prestação de serviço de descarregamento dos caminhões e seguia todas as exigências contidas na legislação vigente. O mesmo foi encerrado.
A Cooperativa aguarda a apuração dos fatos, com os devidos esclarecimentos, para que sejam tomadas as providências cabíveis, deles decorrentes.
Somente após a elucidação desse detalhamento poderá manifestar-se a respeito.
Desde já, no entanto, reitera seu compromisso com o respeito aos direitos – tanto humanos quanto trabalhistas – e repudia qualquer conduta que possa ferir esses preceitos.
Salton
A empresa não possui produção própria de uvas na Serra Gaúcha, salvo poucos vinhedos situados junto a sua estrutura fabril que são manejados por equipe própria. Durante o período de safra, a empresa recorre à contratação de mão de obra temporária. Estes temporários permanecem em residências da própria empresa, atendendo a todos os critérios legais e de condições de habitação. A empresa ainda recorre, pontualmente, à terceirização de serviços para descarga. Neste caso, o vínculo empregatício se dá através da empresa contratada com o objetivo de fornecimento de mão de obra.
No ato da contratação é formalizada a responsabilidade inerente a cada parte. Neste formato, são 7 pessoas terceirizadas por esta empresa em cada um dos dois turnos. Estas pessoas atuam exclusivamente no descarregamento de cargas. Através da imprensa, a empresa tomou conhecimento das práticas e condições de trabalho oferecidas aos colaboradores deste prestador de serviço e prontamente tomou as medidas cabíveis em relação ao contrato estabelecido. A Salton não compactua com estas práticas e se coloca à disposição dos órgãos competentes para colaborar com o processo".
Caculé : Polícia Militar prende estelionatário

Jacobina :Mulher morre após ter intoxicação alimentar
local onde ela comeu tinha pratos contaminados com salmonella
Vítima foi uma das mais de 400 pessoas que passaram mal em Jacobina no início de fevereiro.
Por g1 BA e TV Bahia.
Uma mulher morreu na terça-feira (14), dias após ser diagnosticada com intoxicação alimentar em Jacobina, no norte da Bahia. Ela foi uma das centenas de pessoas que procuraram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), depois de comer pratos contaminados com salmonella.
Os casos de intoxicação alimentar começaram a aparecer em Jacobina entre os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro. A maioria das pessoas que apresentavam os sintomas eram professores da rede pública de educação que haviam participado de uma jornada pedagógica, evento que marcava a abertura das aulas no município. Por causa da contaminação coletiva, o retorno das aulas foi atrasado e os alunos só voltaram a estudar nesta quarta-feira (15).
No evento, o buffet ficou por conta de um restaurante da cidade, que não teve o nome divulgado. De acordo com testes feitos pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), há indícios de que a comida estava infectada com a bactéria salmonella, responsável por causar graves infecções alimentares [saiba mais sobre a doença no final da matéria].
Neuraci teve pernas amputadas antes de morrer — Foto: Reprodução TV Bahia
A vítima Neuraci de Jesus dos Santos, de 49 anos, não é professora da rede pública e não participou da jornada pedagógica. Ela consumiu o alimento contaminado no próprio restaurante, no mesmo dia em que os professores comeram o prato no evento.
De acordo com a família de Neuraci, ela foi atendida três vezes na UPA da cidade e, por causa da gravidade do caso, foi transferida para o Hospital Roberto Santos, em Salvador. Com fortes dores abdominais e nas pernas, ela ficou internada durante dias e teve as duas pernas amputadas. Apesar dos esforços, ela não resistiu.
A família da vítima aguarda o laudo pericial, que irá comprovar a causa da morte de Neuraci.
O que é salmonella?
De acordo com o Ministério da Saúde, a salmonella é uma bactéria que pode causar intoxicação alimentar, infecção e, em alguns casos, até mesmo a morte. A via de transmissão da salmonella é através de alimentos contaminados por fezes de animais que tenham a bactéria.
E por mais que pareça improvável ingerir um alimento contaminado por fezes, isso não é difícil de acontecer. Comer carnes e ovos crus, não lavar as mãos ao preparar comidas ou ingerir água contaminada são algumas formas de contrair a bactéria.
Normalmente, a bactéria é encontrada em galinhas, porcos, répteis, anfíbios e vacas, embora ela também possa ser achada em animais domésticos, como cachorros e gatos.
Os sintomas normalmente são:
- Diarreia;
- Vômitos;
- Febre moderada;
- Dor abdominal;
- Mal estar geral;
- Cansaço;
- Perda de apetite;
- Calafrios.
O Ministério da Saúde recomenda que, após apresentar os sintomas, o paciente vá até uma unidade de saúde para receber orientações médicas. Normalmente, é feita a coleta de fezes para confirmar o diagnóstico e o paciente é tratado com antibiótico. Durante o processo, é fundamental se manter hidratado com bastante água.
Iaçú : Pastor é preso por manter filho em cárcere privado e situação de maus-tratos
adolescente estava machucado e dopado
Caso aconteceu em Iaçu e vítima tem 13 anos. Conselho Tutelar acompanhou resgate, junto com profissional da enfermagem.
Por g1 BA.
Um pastor evangélico foi preso em flagrante por manter o filho, um adolescente de 13 anos, em cárcere privado e situação de maus-tratos, na cidade de Iaçu, a cerca de 280 km de Salvador, na terça-feira (14). Nesta quarta (15), a vítima está internada em um hospital, desidratada.
A Delegacia de Iaçu e o Conselho Tutelar da cidade chegaram à casa do pastor após denúncias. No local, o adolescente foi encontrado machucado, com lesões físicas aparentes, e dopado, segundo a equipe policial que liderou o resgate.
Os agentes da polícia informaram ainda que a vítima tem transtornos mentais e que, depois de ser levada a um hospital, respondeu questionamentos que confirmaram, ao Conselho Tutelar, a situação de maus-tratos e o cárcere privado.
O pastor atua no distrito de João Amaro e segue detido na delegacia, à disposição da Justiça – que já foi comunicada de toda a situação envolvendo o adolescente. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) também foi informado da situação de vulnerabilidade social grave.
Operação da PF mira contrabando de ouro ilegal da Amazônia para o exterior e bloqueia R$ 2 bilhões d
Investigação aponta que grupo emitiu notas fiscais falsas para esquentar 13 toneladas do minério em 2 anos. Exportações eram feitas para lugares como Dubai, Itália, Suíça, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos por meio de empresa sediada nos EUA.
Por Matheus Moreira, g1.
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) uma operação que mira um grupo suspeito de contrabandear ouro ilegal da Amazônia para o exterior. A Justiça bloqueou R$ 2 bilhões de suspeitos de usarem notas fiscais eletrônicas para "esquentar" ouro extraído de garimpos ilegais na floresta.
O esquema facilitaria o envio do ouro para quatro países: Itália, Suíça, China e Emirados Árabes. Segundo a investigação, entre 2020 e 2022, a fraude na emissão de notas fiscais chegou a R$ 4 bilhões, o equivalente a 13 toneladas de ouro.
- O bloqueio dos bens dos investigados ocorre em ação conjunta da Polícia Federal com o Ministério Público Federal e a Receita Federal.
A operação da PF tenta prender três pessoas e cumprir 27 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em sete estados: Pará, Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas, São Paulo, Mato Grosso e Roraima.
Mais de cem policiais federais atuam na operação, além de cinco auditores fiscais e três analistas da Receita Federal.
O inquérito que deu origem à operação e ao bloqueio dos bens foi aberto em 2021. Na ocasião, informações apuradas pela Receita Federal indicavam que uma organização criminosa mantinha um esquema para esquentar ouro extraído em garimpos ilegais. O esquentamento é uma prática que visa dar aparência legal para o ouro obtido ilegalmente.
Como funciona o esquema
De acordo com Vinícius Serpa, delegado da Polícia Federal responsável pela operação, o esquema funcionava de maneira triangular e envolvia empresas comerciais de pequeno porte e uma grande empresa exportadora.
"Empresas menores recebiam o ouro ilegal e as notas fiscais ilegais. Depois, emitiam novas notas fiscais ilegais dando uma aparência de legalidade ao ouro. Então, o ouro era repassado para empresas maiores, no topo da exportação", diz Serpa.
As empresas maiores que o delegado cita funcionavam sob o guarda-chuva de uma única empresa exportadora.
Ainda de acordo com Serpa, a maior parte da mineração ilegal acontece em regiões de difícil acesso. "À medida que a polícia vai entrando, eles [os garimpeiros] vão indo mais para o interior do estado, se escondendo".
Pais são presos na BA suspeitos de homicídio e ocultação de cadáver de bebê; homem teria enterrado c
Polícia Civil informou que as investigações apontam que a mãe teria induzido o aborto e pai ficou responsável por enterrar vítima. Caso ocorreu em Conde, no Litoral Norte.
Por g1 BA.
Um casal foi preso no sábado (4), em um povoado de Conde, município do Litoral Norte da Bahia, suspeito de homicídio e cultação de cadáver do bebê que esperavam. De acordo com a Polícia Civil, a mãe teria induzido o aborto fazendo uso de medicações. A criança nasceu e, em seguida, com o auxílio do pai, foi enterrada viva.
Uma adolescente também é suspeita de envolvimento no crime. Não há detalhes se ela foi apreendida. Os mandados de prisão preventiva do casal foram cumpridos por equipes da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur) de Conde, com o apoio da 2ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Alagoinhas.
Segundo testemunhas, o Conselho Tutelar da cidade recebeu uma denúncia anônima sobre o caso. Diante disso, o Conselho procurou a polícia, que iniciou as investigações. Informações levantadas pelos policiais indicam os pais da criança, presos no povoado de São Francisco do Riacho Seco, em Conde, como responsáveis pela ação.
O titular da Deltur de Conde, delegado Gustavo José Almeida Alves Dias, informou que as investigações indicam que o bebê foi enterrado em uma área de manguezal, no povoado de Mangue Doce, também em Conde. As equipes de polícia realizaram buscas, mas não localizaram a criança.
Ainda assim, a equipe seguiu com as investigações e conseguiu a informação de que a criança foi desenterrada e jogada em um rio. A polícia não detalhou se, após ser jogado no rio, o corpo do bebê foi achado. A dupla presa passou por exame de lesões corporais e está à disposição da Justiça.
Com espaço aéreo fechado, garimpeiros não conseguem voos clandestinos para sair da Terra Yanomami
Garimpeiros têm fugido do território no meio da floresta e por barcos lotados de pessoas nos rios. Terra Yanomami é região de difícil acesso, com área de florestas fechadas e montanhosas. Em abril do ano passado, relatório indicava que voo clandestino custava R$ 11 mil.
Por Yara Ramalho, Marcelo Marques e Valéria Oliveira, g1 RR — Boa Vista.
Com o controle do espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami, realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), garimpeiros que estão no maior território indígena do país não conseguem voos clandestinos para deixar a região. Áudios e mensagens enviados em um grupo de mensagens mostram as tentativas deles em conseguir aviões ou helicópteros. Com o cenário, os invasores têm fugido pela floresta e pelos rios.
Em um grupo chamado de "Amigos do Rio Uraricoera" – em referência à principal via fluvial usada pelos garimpeiros para chegar aos acampamentos dentro da Terra Yanomami –, uma pessoa diz que tem ao menos 5 mil garimpeiros em busca de sair do local, mas não há voos.
"Aqui onde estou tem mais de cinco mil pessoas na região só para ir embora, nós queremos ir. Mas, não tem é voo, o povo [pilotos] está com medo de vir", diz.
No texto, a pessoa ainda diz que tentou voos com oito "burus", que são helicópteros, e nenhum deles aceitou ir até a região.
Em outras conversas, garimpeiros relataram que grande parte dos invasores não tem como sair da região por estarem com malária e, com isso, não aguentam caminhar na floresta.
"[Os garimpeiros] estão se juntando em grandes grupos e fazendo varação [caminhada] na mata para a única pista de voo que está funcionando ainda, a pista do Jeremias", diz um deles.
A pista do Jeremias é uma das principais rotas usadas pelos garimpeiros para entrar e sair da Terra Yanomami. O frete aéreo é o modo mais caro para se acessar os garimpos instalados na floresta.
Em 2022, o relatório "Yanomami sob ataque", divulgado pela Hutukara Associação Yanomami (HAY), indicou que o valor de uma viagem para as pistas Rangel, Cascalho, Jeremias, Espadim, Malária e Pau Grosso, principais pistas clandestinas da TI, custam cerca de R$ 11 mil.
O espaço aéreo é controlado pela FAB desde a última quarta-feira (1º), com aeronaves equipadas com radares superpotentes.
A estimativa é que ao menos 20 mil garimpeiros estejam na Terra Indígena Yanomami. A ação ilegal deles causou uma crise humanitária sem precedentes no território. São pouco mais de 30 mil Yanomami na área que deveria, por lei, ser preservada. No entanto, tem sofrido com o avanço do garimpo ilegal, que só em 2022 cresceu 54%.
Vídeos que circulam nas redes sociais desde a última quinta-feira (31) mostram homens e mulheres em grupos deixando a região caminhando pela floresta e pelos rios, em barcos lotados (assista o vídeo abaixo).

O motivo da fuga é por conta de uma grande operação que vai acontecer nos próximos dias para expulsar, de vez, os garimpeiros do território, segundo a polícia. A reserva indígena será ocupada pelas Forças Armadas Nacional e pela Polícia Federal.
Em outro vídeo, garimpeiros afirmam estar sem comida e pedem ao Exército e à polícia para serem resgatados da Terra Yanomami. O local é abastecido por aeronaves, mas com o bloqueio aéreo, o "rancho" -- como chamam a alimentação -- não chega até as áreas de garimpo onde os criminosos estão instalados.
Crise Yanomami
Em janeiro deste ano, o presidente Lula esteve em Roraima para acompanhar a crise sanitária dos Yanomami. Na ocasião, ele prometeu pôr fim ao garimpo ilegal na Terra Yanomami
A Terra Yanomami tem mais de 10 milhões de hectares distribuídos entre os estados de Amazonas e Roraima, onde fica a sua maior parte. São cerca de 30 mil mil indígenas vivendo na região, incluindo os isolados, em 371 comunidades.
A região está em emergência de saúde desde 20 de janeiro e inicialmente por 90 dias, conforme decisão do governo Lula. Órgãos federais auxiliam no atendimento aos indígenas.
As ações de desintrusão devem ser coordenadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que no último dia 30 publicou a criação de um grupo de trabalho para elaborar, em 60 dias, medidas de combate ao garimpo ilegal em terras indígenas.
Caetité: LAVAGEM DA ESQUINA DO PADRE E CARNAVAL DA DIVERSIDADE 2023 TERMINAM EM RITMO DE PAZ
Vitória da Conquista: jovem desaparece, família diz que sumiço aconteceu após saída para entrevista.
Dias antes do desaparecimento, o marido de Stéfane Xavier Marinho relatou que teria encontrado um passagem de ônibus com o destino a uma cidade em Minas Gerais. Família mora em Vitória da Conquista.
Por g1 BA e TV Sudoeste.
Uma jovem de 21 anos está desaparecida desde a última sexta-feira (20), em Vitória da Conquista no sudoeste da Bahia, onde vive com o marido, com quem é casada há pouco mais de um mês, e duas enteadas. Segundo o marido de Stéfane Xavier Marinho, ela teria saído para uma entrevista de emprego e não entrou mais em contato com a família.
"Quando eu cheguei em casa, por volta das 17h20 [na sexta-feira], minha esposa não estava mais. Só estavam aqui [na casa] as minhas duas filhas. Perguntei para a mais velha aonde estava Stéfane e minha filha respondeu: 'pai, ela saiu falando que ia ver uma possível entrevista de trabalho", contou Rodrigo Torres.
As idades das enteadas de Stéfane não foram detalhadas. Dias antes do desaparecimento da esposa, Rodrigo Torres teria encontrado um passagem de ônibus com o destino à cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais. A data da viagem estava marcada para o mesmo dia em que a jovem desapareceu.
A família registou o boletim de ocorrência na segunda (23), no Distrito Integrado De Segurança Pública (Disep) do município.
O delegado da Polícia Civil, Fabaino Aurich, informou que a investigação já está em andamento e o caso é tratado como um desaparecimento, mas pode tornar-se um possível crime.
''Já entramos em contato com a polícia de Minas Gerais, solicitamos que policiais verifiquem imagens das câmeras da rodoviária onde ela possa ter desembarcado'', explicou Aurich.
Outra situação que preocupou os familiares foi que o nome e todas as fotos de Stéfane foram apagadas de uma rede social a qual ela tinha cadastro, além disso, eles receberam mensagens incomuns no perfil da jovem.
''Ninguém sabe se foi ela, ou se foi outra pessoa que trocou o perfil e o nome. As fotos dela foram apagadas, mas dos meus sobrinhos e do meu irmão continuam publicadas'', desabafou a irmã da jovem, Milena Xavier.
Segundo os familiares, eles foram até a rodoviária de Vitória da Conquista, acompanhados de políciais, para buscarem mais informações sobre o embarque da jovem, mas não tiveram respostas, já que o gerente da empresa de ônibus não estava presente no momento e outros funcionários não poderiam passar qualquer informação solicitada.
Caravelas Ba : Homem é preso suspeito de maus-tratos e cárcere privado contra idosa de 84 anos
Vítima era proibida até de tomar banho de sol sozinha na calçada da casa em que mora, na cidade de Caravelas.
Por g1 BA e TV Santa Cruz.
Um homem foi preso suspeito de cometer maus-tratos e cárcere privado há pelo menos dois anos contra uma idosa de 84 anos, no município de Caravelas, no sul da Bahia. Segundo a Polícia Civil da cidade, a prisão aconteceu na rua Barão do Rio Branco, na segunda-feira (23).
A polícia ainda detalhou que a vítima não tinha autorização nem para tomar banho de sol na calçada da casa em que mora, que fica no centro de Caravelas. O suspeito foi identificado como Waldir Ribeiro do Nascimento, de 60 anos, e ainda não há detalhes se existe algum grau de parentesco entre ele e a idosa.
"Uma parente da vítima tentou levá-la a um passeio e o cidadão não permitia que ela saísse da casa se não fosse com a companhia dele. Monitorava ela durante todo tempo e inclusive, há mais de dois anos, a proibia de tomar banho de sol na caçada da casa, porque os vizinhos se aproximavam e conversavam com ela", disse o delegado Marco Antônio Neves.
De acordo com o delegado, os vizinhos da idosa contaram que ouviam gritos de socorro durante o dia e noite.
Durante a operação, a polícia encontrou mais de R$ 20,5 mil e joias no quarto em que Valdir dormia. O órgão investiga se o dinheiro é da vítima.
A Polícia Civil também procurou cartões que a idosa recebia benefícios do governo, mas não encontrou.
A polícia informou que o suspeito havia se aproximado da idosa há três anos, quando ela ainda ficava sob os cuidados de uma profissional, que acabou sendo afastada.
Vitória da Conquista: Câmeras de segurança registram assalto que durou menos de 45 segundos
Câmeras de segurança registraram o assalto a uma farmácia na cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. A ação criminosa durou menos de 45 segundos. Até o momento, o suspeito ainda não foi identificado.
No vídeo, é possível verificar o momento em que o suspeito entra na farmácia e rende duas mulheres que trabalham no local. O homem leva aparelhos celulares e o dinheiro do caixa.
O roubo aconteceu na segunda-feira (23), mas as imagens foram divulgadas nesta quarta-feira (25).
Durante o curto período de tempo (exatos 44 segundos), o suspeito ainda levou as duas funcionárias para uma sala no fundo do estabelecimento e fugiu do local. A polícia não informou o prejuízo e o valor roubado.
O caso é investigado pela Polícia Civil do município.
Bolsonarista preso por tentar explodir caminhão-tanque chega a Brasília
Atentado ocorreu na véspera de Natal, perto do aeroporto da capital do país. Alan Diego dos Santos estava foragido e se entregou à polícia de Mato Grosso; após chegar, ele foi levado à carceragem da PCDF.
Por João Raimundo, Jorge Sant'Anna e Almir de Queiroz, TV Globo.
O bolsonarista extremista Alan Diego dos Santos, preso por tentar explodir um caminhão-tanque perto do aeroporto de Brasília, na véspera de Natal, foi transferido de Mato Grosso para o Distrito Federal na noite desta quarta-feira (18). O avião que trouxe o acusado chegou ao DF por volta das 21h30.
Após o pouso, ele foi ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil do DF, para passar por exame de corpo de delito. Em seguida, foi encaminhado para a carceragem da corporação.
Alan dos Santos estava foragido desde o atentado e se entregou na delegacia de Comodoro, a 677 km de Cuiabá, na terça-feira (17). Além do atentado, ele é suspeito de participar do quebra-quebra promovido por bolsonaristas em Brasília no dia 12 de dezembro, quando um grupo tentou invadir a sede da Polícia Federal, incendiaram carros, ônibus e fecharam vias.
Segundo o delegado Leonardo Cardoso, responsável pela investigação, o preso era um dos líderes do movimento antidemocrático e "uma das pessoas que se mostrava mais disposta aos atos de vandalismo".
Denúncia aceita pela Justiça
Alan é réu junto com Washington de Oliveira Sousa e Welligton Macedo de Souza, desde o dia 10 de janeiro passado, quando o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília atendeu denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a partir das investigações da Polícia Civil.
O trio é acusado de envolvimento na tentativa de explosão do artefato instalado em um caminhão-tanque, nos arredores do aeroporto de Brasília. À época, a Polícia Militar foi acionada após o motorista do caminhão perceber o objeto estranho no veículo.
Segundo a denúncia, Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Welligton Macedo de Souza montaram o artefato e entregaram o material para que fosse colocado no caminhão de combustível por Wellington Macedo.
Os réus vão responder na Justiça pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa.
No entanto, o Ministério Público considera que é preciso aumentar a pena em 1/3, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.
Já as acusações de atos de terrorismo vão ser enviadas para a Justiça Federal, instância competente para analisar se estão configurados crimes contra o Estado Democrático de Direito.
Marido e sogro de cabeleireira encomendaram morte de 6 pessoas da família no DF, diz polícia
Segundo Polícia Civil do DF, suspeito preso nesta terça-feira (17) confessou que recebeu dinheiro para cometer crimes. Ao todo, 8 pessoas haviam desaparecido, incluindo os dois supostos mandantes; 6 corpos foram encontrados.
Por Walder Galvão e Caroline Cintra, g1 DF.
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Um suspeito preso pelo desaparecimento de uma família no DF informou que o marido e o sogro da mulher desaparecida, uma cabeleireira, são mandantes da morte de seis pessoas.
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O homem preso controu que ele e um comparsa receberam R$ 100 mil do marido e do sogro de Elizamar Silva para matar a cabeleireira, os três filhos — dois de 7 anos e uma de 6 anos —, a sogra e a cunhada da mulher.
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As crianças eram filhas e netas dos dois mandantes, assim como as outras duas mulheres mortas são a mãe e a irmã e a esposa e a filha deles.
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Os dois supostos mandantes do crime estão desaparecidos. Duas mulheres que também teriam participado dos assassinatos não foram encontradas. Três suspeitos de envolvimento estão presos.
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Os crimes teriam sido cometidos para que fosse tomado dinheiro que estava em posse das mulheres.
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Dois carros da família foram achados em Goiás e em Minas Gerais, com quatro e dois corpos, respectivamente, carbonizados.

Um dos presos suspeitos pelo desaparecimento de oito pessoas da mesma família no Distrito Federal afirmou que Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, marido da cabeleireira Elizamar Silva, e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, sogro de Elizamar, encomendaram a morte de duas das vítimas para tomar o dinheiro adquirido com a venda de uma casa e o valor que estava em uma conta bancária. A informação foi dada pela Polícia Civil do DF na noite desta terça-feira (17).
Segundo o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá, um dos homens presos por envolvimento no crime, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, contou que ele e Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, receberam R$ 100 mil para matar a cabeleireira, os três filhos — Gabriel, de 7 anos, e os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos —, a sogra e a cunhada da mulher.
As crianças também eram filhas de Thiago e netas de Marcos Antônio. As outras duas vítimas são a mãe e a irmã de Thiago, esposa e filha de Marcos Antônio.
Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, de 30 anos, e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, apontados como mandantes do crime, estão desaparecidos.
Além disso, a polícia afirmou que, em depoimento, Horácio contou que outras duas pessoas participaram do crime: uma amante de Marcos e a filha dessa mulher. As duas também são consideradas desaparecidas.
Gideon, que foi preso na manhã desta terça, ficou em silêncio, segundo o delegado.
Um terceiro suspeito também foi detido. O homem foi identificado como Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos, e, segundo a investigação, ele foi responsável por vigiar parte das vítimas, que foram mantidas em um cativeiro.
O crime
A Polícia Civil disse que Horácio contou que a ideia era atrair Elizamar ao Paranoá para que o crime fosse cometido. No entanto, Thiago, o marido da cabeleireira – que pediu para a mulher buscá-lo na região – não sabia que ela estava com as crianças.
"Por conta disso, a dinâmica do crime mudou", disse o delegado. Segundo ele, o objetivo era subtrair uma quantia em dinheiro que a mulher guardava em uma conta bancária e matá-la, em seguida.
Como as crianças estavam no carro, Marcos Antônio (avô das crianças), Thiago (pai das crianças), Gideon e Horácio (os homens contratados para cometer o crime) levaram as vítimas para Cristalina (GO). No local, todos foram sufocados, e os criminosos atearam fogo no veículo, segundo o depoimento do suspeito.
De acordo com o delegado, Horácio afirmou que Elizamar tentou resistir, mas foi enforcada. Segundo o suspeito, Thiago teria matado um dos próprios filhos antes de atear fogo no carro da família.