Por Alexandro Martello, Bianca Lima e Jéssica Sant'Ana, g1 e GloboNews — Brasília.

O orçamento da Saúde deve ficar ainda mais escasso e desigual em 2023. Um cenário que, segundo especialistas, pode dificultar o atendimento de demandas represadas pela pandemia, como exames e cirurgias eletivas, e agravar problemas crônicos do sistema público, que sofre com longas filas, carência de profissionais e falta de leitos.

A proposta de orçamento do próximo ano, enviada pelo Ministério da Economia ao Congresso Nacional no fim de agosto, prevê R$ 149,9 bilhões para despesas nessa área estratégica. É o menor valor desde 2019 e apenas R$ 39 milhões acima do mínimo estabelecido por lei, que obriga, ao menos, que os montantes sejam corrigidos pela inflação do período anterior.

Além da perda de verbas, ainda há o temor pela perda de qualidade do gasto. Isso porque quase R$ 10 bilhões das chamadas emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, foram utilizados para compor o valor mínimo necessário em Saúde para 2023, o que, segundo analistas, prejudicará o planejamento das ações do setor (veja mais abaixo nesta reportagem).

 

Restrição de gastos

De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES), uma sociedade civil sem fins lucrativos, a regra do teto, que impediu aumento real (acima da inflação) das despesas na área, retirou R$ 36,9 bilhões do SUS entre 2018 e 2022. E deve retirar outros R$ 22,7 bilhões em 2023.

Antes do teto, que começou a vigorar em 2017, o governo deveria aplicar 15% da receita corrente líquida em ações de Saúde. Por esse critério, seria uma despesa mínima de R$ 172,6 bilhões em 2023. Montante superior aos R$ 149,9 bilhões previstos na peça orçamentária do próximo ano.

Uso de emendas

De acordo com boletim conjunto das Consultorias de Orçamentos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para alcançar os R$ 149,9 bilhões em despesa com Saúde (mínimo exigido pela regra do teto de gastos), o governo considerou que R$ 9,7 bilhões de emendas impositivas (individuais e de bancada) e R$ 9,9 bilhões de emendas de relator-geral (orçamento secreto) serão alocadas nesta área.

As consultorias lembram que, de acordo com a Constituição, metade do montante das emendas individuais (R$ 5,9 bilhões) tem destinação assegurada a essa área. Quanto às emendas de bancada estadual, embora não haja normativo que vincule essa destinação, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 autoriza que até metade da reserva prevista para essas emendas (R$ 3,8 bilhões) seja carimbada para a Saúde.

 

Já para o caso das emendas de relator, não há qualquer regra que obrigue a destinação para a Saúde. Essas emendas ficaram conhecidas como “orçamento secreto” devido à falta de transparência e equidade na distribuição dos recursos.

Dados da Associação Brasileira da Economia da Saúde (ABrES) mostram que, somente durante o governo Bolsonaro, o percentual de participação das emendas parlamentares no orçamento da Saúde quase triplicou.

E, enquanto as emendas parlamentares ganham espaço no orçamento da Saúde, programas fundamentais da pasta encolhem. Na comparação com 2022, o valor das emendas de relator cresceu 22% e o das impositivas, 13%.

 

Já as verbas para as seguintes ações do Ministério da Saúde tiveram queda:

  • ↓ 61,2% estruturação da rede cegonha;
  • ↓ 59% Farmácia Popular;
  • ↓ 59% Saúde indígena;
  • ↓ 56% Saúde e formação em Saúde;
  • ↓ 46,4% controle do câncer;
  • ↓ 36,8% Programa Nacional de Imunizações.

Os dados foram compilados pela ABrES e comparam orçamento 2022 com a proposta orçamentária de 2023 enviada pelo governo ao Congresso.

O que dizem analistas

Especialistas em orçamento e Saúde consultados pela GloboNews e pelo g1, avaliam que contar com as emendas parlamentares, em especial as de relator, para compor o mínimo de gastos com a Saúde fragiliza o planejamento da área, além de afetar a transparência e controle das despesas.

A procuradora do Ministério Público de Contas de São Paulo Élida Graziane afirma que recurso destinado via emendas “não é uma alocação que passa pelo crivo técnico da real prioridade do setor”.

"Isso quebra o planejamento que os prefeitos e os governadores fizeram. Porque o parlamentar, quando ele manda uma emenda que seja de relator ou mesmo a emenda impositiva, ele não se preocupa com o planejamento sanitário, ele não se preocupa com aquilo que é a real necessidade de cada estado, de cada município, com o levantamento de risco epidemiológico, as necessidades de saúde da população”, afirmou.

 

Gil Castello Branco, fundador da Associação Contas Abertas, avalia que há o risco de perda de qualidade na execução das despesas com Saúde.

"A aplicação do mínimo constitucional da Saúde precisa obedecer, pela Constituição, uma série de quesitos, como perfil epidemiológico, socioeconômico e populacional de estados e municípios. A destinação do RP 9 [código das emendas de relator] tem perfil político e eleitoreiro e dificilmente seguiria esses requisitos.”

Desigualdade na aplicação de recursos

Adriano Massuda, médico sanitarista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV Saúde), acrescenta que há o risco de aumentar a desigualdade no sistema de Saúde, que já sofre com distorções. Ele afirma que a falta de método na distribuição dos recursos faz que alguns locais tenham, por exemplo, equipamentos ociosos, enquanto outras regiões ficam desassistidas.

"Eu já vi acontecer casos em que em uma UPA você teve a situação de ter três aparelhos de raio-X destinados por emenda parlamentar, porque não se leva em conta o que há de presente naquela região, do ponto de vista de infraestrutura, de equipamentos", citou.

Ligia Bahia, médica e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) demonstra a mesma preocupação. "A gente pode precisar de um equipamento de ressonância nuclear magnética num determinado hospital. Mas esse não é o hospital da preferência desse ou daquele parlamentar. Então vai ocorrer esse investimento, mas não necessariamente num lugar que deveria ser priorizado", lamenta.

 
"Esses recursos, que já são escassos, precisam ser alocados da melhor maneira possível. Nós não podemos admitir mais no país que a gente tenha desperdícios na Saúde. E esses recursos alocados por meio de emenda é a fórmula para ter desperdício, para ter corrupção, e são coisas que a gente tem que evitar", afirma Adriano Massuda.

Cenário fiscal

Já sobre a regra do teto de gastos, a procuradora de Contas Élida Graziane explica que a área de Saúde tem custos maiores do que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA. Ela cita como fatores de pressão adicional equipamentos e medicamentos comprados em dólar, expansão da demanda pelo SUS e envelhecimento da população.

“E nada disso é levado em conta. Uma regra que aprimore o teto certamente deveria levar em conta essa perspectiva de que a área da Saúde tem demandas muito peculiares. Uma inflação própria”, defende Graziane.

José Roberto Afonso, professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e especialista em contas públicas, vê a necessidade de se reconstruir as instituições fiscais brasileiras.

“Você coloca um teto de gastos na Constituição e se aprova sucessivas emendas constitucionais ignorando esse teto. Tem uma Lei de Responsabilidade Fiscal, que está em vigor, todos tecem louvores à lei, mas, na prática, a gente vê uma sucessão de desrespeitos ao princípio, à cultura de responsabilidade fiscal”, afirma.
 

Nesse cenário, Afonso defende a consolidação das regras em uma única lei, com o objetivo de “harmonizar e dar consistência e coerência” a essa legislação, e um amplo debate nacional sobre as prioridades do país. “Nós estamos com problemas de financiamento na Saúde, na educação, na segurança pública, na previdência, em várias áreas. Mas não temos um debate sobre onde estamos e para onde queremos ir e sobre as nossas prioridades, já que não é possível atender tudo ao mesmo tempo.”

Ele também destaca que cerca de 85% da despesa do governo brasileiro na área da Saúde é realizada por estados e municípios: “Então, essa discussão da saúde pública é, antes de tudo, uma discussão da federação brasileira.”

Procurados para comentar a reportagem, os Ministérios da Economia e da Saúde não se manifestaram.

Diante do progressivo aumento das despesas obrigatórias e da análise de que o teto de gastos tende a levar a uma "inviabilidade administrativa e política" nos próximos anos, tanto o governo do presidente Jair Bolsonaro quanto os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas já se articulam para alterar as regras.

O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, tem falado em acabar com o teto de gastos, enquanto a equipe econômica de Jair Bolsonaro (PL) realiza estudos para a troca do teto de gastos por metas para a dívida pública como principal âncora das contas públicas.

 

Ciro Gomes (PDT) defende a revogação do teto, e Simone Tebet (MDB) prega a permanência do teto de gastos "com uma nova roupagem". A emedebista propôs, inclusive, a criação de um estado de emergência, com gastos fora do teto, para zerar as filas do SUS.

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Por Jornal Nacional.

Milhões de brasileiros estão enfrentando dificuldades para encontrar remédios que precisam nas farmácias públicas. É uma preocupação para quem está doente, ou tem um parente nessa situação. Mas também para os médicos que prescrevem os medicamentos.

A dona de casa Patrícia Vieira percorre quase 70 quilômetros para pegar os remédios da filha, na farmácia do governo do estado do Rio, no centro da cidade, Lavína precisa ir junto, não tem com quem ficar. A menina teve meningite aos 11 meses e ficou com sequelas irreversíveis. Deveria tomar três remédios por dia....Deveria.

 
“Um mês eu consigo a metade aí ficam quatro, cinco meses sem conseguir. Ela já ficou oito meses sem conseguir o remédio”, conta a mãe.

Simples tarefas do dia a dia se tornam cansativas para Maria Aparecida. Faz 13 anos que ela descobriu que sofre de artrite reumatóide, uma doença autoimune e degenerativa, que inflama as articulações. Desde então, não pode viver sem remédios.

“A última vez que eu tinha que pegar medicação era no dia oito de setembro. Eu cheguei lá, não tinha a minha medicação”, diz a pensionista Maria Aparecida Cézar Bahiana.

Desde o início do ano, a Confederação Nacional de Municípios afirma que vem recebendo relatos sobre a falta de remédios em farmácias públicas do país. Essa série de reclamações estimulou a realização de levantamentos. A última pesquisa da confederação comprovou que hoje de cada dez cidades, seis enfrentam a escassez de medicamentos. Estoques vazios geram desespero em quem vê a saúde indo embora.

 
“A doença não espera a medicação chegar, muito pelo contrário, avança. Quando falta uma seringazinha dessa, atinge o emocional, atinge o físico, as articulações começam a responder pela falta da medicação”, afirma Maria Aparecida.
“Por ser uma criança às vezes você em casa a criança tem a crise, é triste”, diz Patrícia Vieira.

Segundo a pesquisa da Confederação Nacional de Municípios, que ouviu quase 60% das prefeituras do país, o desabastecimento é mais grave na região Nordeste. Os remédios mais básicos, como antibióticos, são os que mais faltam. Um dos motivos é a carência de insumos.

“Eu não vou negar que não tenha ainda alguns resquícios da própria pandemia, e tem também a guerra na Ucrânia. Agora não pode servir de justificativa para toda omissão da área pública em ter a solução do problema. A verdade é que isso é gravíssimo, agora já se tornou praticamente crônica a falta de remédios”, diz o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski.

A Maria Aparecida e a Patrícia sabem que os medicamentos são um direito que não pode ser negado.

“Fui na Defensoria Pública para ver se eles tomam tenência de me dar a medicação certa e sempre”, afirma Patrícia Vieira.
 
“Inclusive está na Constituição esse meu direito. E eu quero exercer esse meu direito”, diz Maria Aparecida.

Em agosto, ao responder aos questionamentos da Confederação Nacional de Municípios, o Ministério da Saúde afirmou que iria identificar as causas da falta de remédios e enfrentar o risco de desabastecimento. Nesta sexta (23), o Jornal Nacional questionou o ministério novamente, mas não teve resposta.

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Por Paul Organe e Andrew Webb, BBC — BBC World Service.

Um novo medicamento, exames de sangue e uma vila especializada estão entre os quatro avanços que deram esperança às pessoas que vivem com Alzheimer nos últimos quatro anos. E mais progresso pode estar a caminho para ajudar todos — jovens e idosos — em famílias que lidam com demência.

Houve avanços significativos nos últimos anos, quatro dos quais listamos abaixo para marcar o Dia Mundial de Alzheimer, em 21 de setembro.

O que é Alzheimer?

A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência em idosos, afetando mais de 55 milhões de pessoas, de acordo com a Alzheimer's Disease International.

O nome é uma referência a Dr. Alois Alzheimer. Em 1906, ele notou mudanças no tecido cerebral de uma mulher que havia morrido com sintomas que incluíam perda de memória e problemas de linguagem.

Sara Imarisio, chefe de pesquisa da Alzheimer's Research UK, disse à BBC: "A pesquisa está melhorando a forma como diagnosticamos, prevenimos e tratamos a doença de Alzheimer. Muitos anos de financiamento de pesquisas pioneiras, apoiando pessoas brilhantes com ideias ousadas nos levaram a este ponto, com vários tratamentos potenciais de Alzheimer no horizonte".

 

1. 'Grande salto' da pesquisa de influência genética (2022)

Um estudo marco, divulgado neste ano, vinculou pela primeira vez 42 genes extras à doença de Alzheimer.

Cientistas de oito países, incluindo França, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, analisaram o material genético de 111 mil pessoas com Alzheimer.

Eles identificaram 75 genes associados a um risco aumentado de desenvolver a doença, incluindo 42 não previamente implicados na condição.

Suas descobertas, publicadas na Nature Genetics, sugerem que a doença de Alzheimer é causada por muitos fatores, com evidências de que existe uma proteína específica envolvida na inflamação.

A coautora do estudo, Julie Williams, descreveu o trabalho como "um grande salto em nossa missão de entender a doença de Alzheimer e, finalmente, produzir vários tratamentos necessários para retardar ou prevenir a doença".

"Os resultados apoiam nosso crescente conhecimento de que a doença de Alzheimer é uma condição extremamente complexa, com múltiplos gatilhos, vias biológicas e tipos de células envolvidos em seu desenvolvimento."

Outra pesquisa mostrou que fatores de estilo de vida — como tabagismo e certas dietas — influenciam quem pode desenvolver a doença de Alzheimer. Mas os pesquisadores acreditam que a genética representa o maior riiscos.

2. Aldeia de Alzheimer (2020)

Uma nova abordagem para cuidar e tratar a doença de Alzheimer são as vilas construídas especificamente para os pacientes viverem uma vida aparentemente normal, mas com a vigilância dos cuidadores.

A França criou uma vila dedicada à doença de Alzheimer em 2020, inspirada em uma "vila de demência" na Holanda.

Está localizada em Dax, no sudoeste da França, e oferece uma mercearia, salão de cabeleireiro e recitais de música. Foi projetada para se parecer com a tradicional "bastide" medieval — uma cidade fortificada comum na área local de Landes — para manter um senso de normalidade.

O arquiteto responsável disse ao jornal Le Monde que a vila não teria qualquer cerca visível, e sim caminhos seguros, bem integrados na vida social e cultural da cidade.

Madeleine Elissalde, de 82 anos, foi uma das primeiras a se mudar.

"É como estar em casa", disse Elissalde. "Somos bem atendidos."

Aurore, neta de Elissalde, disse: "Sua perda de memória é menos grave". "Ela está feliz, ela redescobriu seu prazer de viver."

Um resultado desta vila de Alzheimer é que as pessoas que vivem perto dela parecem estar mudando suas opiniões sobre aqueles que vivem com Alzheimer.

Uma pesquisa com pessoas na cidade anfitriã da vila foi publicada pela Associação de Alzheimer em agosto de 2022. E mostrou uma classificação mais baixa no sentimento de aversão por pessoas com Alzheimer após a abertura da vila, em comparação com outra cidade sem vila de Alzheimer, onde as atitudes permaneceram as mesmas.

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Por TV Globo e g1 SP — São Paulo.

Profissionais da área da Saúde de várias cidades protestam, nesta quarta-feira (21), contra a suspensão do piso salarial da enfermagem, sancionado em agosto, que estabelece o valor mínimo a ser pago para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras como remuneração por suas atividades.

Além da capital paulista, foram registrados atos também no Recife, em Belo Horizonte, em Brasília, em Natal e em Salvador.

No início de setembro, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a lei que estabelece o piso para que sejam analisados dados relacionados ao impacto financeiro para os atendimentos e aos riscos de demissões diante de tal implementação.

A decisão foi votada pelos demais ministros e mantida após o plenário virtual realizado na quinta-feira (15).

Para o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), James Francisco dos Santos, o piso é um direito que foi conquistado de maneira legal e democrática e sua suspensão é injusta.

"Consideramos injusta a suspensão do nosso piso, que foi devidamente aprovado pelo Senado, Câmara dos Deputados e sancionado pelo presidente da República", afirmou o representante do órgão. Segundo ele, o impacto econômico da adoção do piso já foi projetado em um estudo feito antes da sanção da lei e seria de R$ 16 bilhões.

Além do Coren-SP, o Fórum Nacional da Enfermagem também participou da mobilização desta quarta.

 
 
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após apelo nas redes sociais e sites de notícia, os pais de Artur consegue vaga com Neuropediatra na cidade de Feira de Santana .
segundo informações de Kacila, Mãe de Artur, a vaga saiu através de ajuda da propria unidade que acatou a solicitação.
apartir dos exames que Artur fará, os familiares informa que não sabe se a clinica fara todos os procedimentos por lá mesmo ou se vai ter de fazer acompanhamento atraves de outros exames ou clinicas, portando as ajudas que estão sendo feitas através de depositos ou pix, ainda não tá sendo descartada.
A quem se sentir no coração em ajudar Arthur, com qualquer valor segue o número da conta ou Pix
Pix: 05806714524
Branco Brasil -  AG   2249-7   C/C 13.099-0
Kacila Plyncia Soares Silva
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Alunos do Curso de Enfermagem das  Cidades de Licínio de Almeida e Jacaraci em parceria com o Alpha Pólo Unicesumar realizam evento sobre a campanha Agosto Lilás  que retrata o  mês de Combate à Violência Contra a Mulher.
O pontapé inicial foi neta quinta (04) no PSF do conjunto habitacional aqui na cidade de Licínio de Almeida
O mês de agosto é nacionalmente marcado pela luta em alusão ao combate à violência contra a mulher e os alunos do curso de enfermagem atenderam toda a população de Licínio no PSF do Conjunto habitacional, lá no local foram distribuídos materiais informativos para a população, exames, palestras e distribuição de prêmios aos participantes.  
Além de conscientizar, a ação também busca uma maior divulgação da Lei Maria da Penha, criada em 2006, e da rede de atendimento ofertada para mulheres em situação de violência – seja física, psicológica, sexual, mental ou patrimonial.
A campanha irá acontecer com ações em diversos pontos de todo município. Materiais educativos, trabalho de conscientização nas redes sociais e visitas às Unidades de Saúde são parte do conjunto de ações que irá encorajar vítimas a denunciarem e saber que podem contar com redes de apoio.
Agosto Lilás – O Projeto de Lei 3855/20 instituiu o “Agosto Lilás”, que busca intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o fim da violência contra a mulher, divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes. Este ano a Lei Maria da Penha celebra 16 anos.
Canais de denúncia:
180 – Central de Atendimento à Mulher
197 – Polícia Civil
190 – Polícia Militar
153 – Ronda Maria da Penha
*Conteúdo de responsabilidade do Enfermeiro Caio Saraiva.
Confira algumas imagens do evento.:
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Devido ao grande aumento dos casos de covid 19 no Município, a secretaria Municipal de saúde recomenda o uso de máscara nos ambientes fechados.
 O equipamento de proteção individual também deve ser usado nos locais onde o espaçamento mínimo de um metro não possa ser praticado, para que possamos controlar a disseminação do vírus na nossa cidade e voltarmos a normalidade.
USE MÁSCARA, ESSE É AINDA O MEIO MAIS EFICAZ DE PROTEGER VOCÊ E AQUELES QUE VOCÊ AMA.
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Por g1.

O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (29), que o Brasil tem 21 casos confirmados de varíola dos macacos ("monkeypox"). Outros 23 casos estão sendo investigados.

Em nota enviada ao g1, a pasta informou que os casos confirmados estão em São Paulo (14 casos), Rio de Janeiro (5 casos) e Rio Grande do Sul (2 casos).

Já os 23 casos investigados estão nos seguintes estados:

  • Ceará: 4
  • Paraná: 3
  • Rio de Janeiro: 3
  • Rio Grande do Sul: 2
  • Santa Catarina: 2
  • Acre: 2
  • Minas Gerais: 2
  • Goiás: 1
  • Espírito Santo: 1
  • Rio Grande do Norte: 1
  • Distrito Federal: 1
  • Mato Grosso do Sul: 1
 

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.

A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
 
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Por g1.

Um homem de 20 anos do estado americano de Utah, nos Estados Unidos, encontrou sua mãe biológica e descobriu que eles trabalhavam no mesmo lugar. O caso aconteceu no St. Mark’s Hospital, em Salt Lake City.

Benjamin Hulleberg foi adotado recém-nascido. Seus pais adotivos sempre contaram a verdade para ele. Desde cedo, ele queria conhecer a mãe biológica.

Os pais adotivos aprovavam a busca. Mas o filho, apesar de escrever cartas, buscar arquivos e pistas, não conseguia encontrar a mãe biológica.

Holly Shearer, que ficou grávida na adolescência, disse ao programa de TV "Good Morning America", da rede de TV ABC, que nunca esqueceu o filho.

“Ele sempre esteve na minha mente. Mais ainda em feriados e no aniversário dele. Era uma montanha-russa de emoções. Pensei nele o tempo todo", disse a mãe biológica.

Ela chegou a achar Benjamin no Facebook, mas diz que não tinha coragem de atrapalhar o que ela via como um jovem rico e ocupado.

Shearer finalmente tomou coragem de mandar uma mensagem para Benjamin no dia do seu aniversário de 20 anos.

"Este é um dia que eu esperava nos últimos 20 anos da minha vida. Ver que finalmente estava acontecendo era incrível. Foi muito para assimilar", ele disse. Benjamin descobri que tinha um meio-irmão e uma meia-irmã.

 

Eles marcaram o encontro em um restaurante. Foi lá que eles conversaram e descobriram que trabalhavam no mesmo hospital - ela como assistente da equipe médica e ele como voluntário.

Eles já tinham estado no mesmo ambiente várias vezes. Hoje eles se encontram regularmente nas pausas do trabalho, que o filho diz que são "incríveis".

 
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A Bahia tem 2.940 casos ativos de Covid-19 segundo dados divulgados nesta terça-feira (14), pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). Além disso, nas últimas 24h, foram registrados 952 casos conhecidos da doença e duas mortes.

  • Mortes e casos de Covid-19 nas cidades baianas

Dos 1.555.693 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.522.792 são considerados recuperados e 29.961 tiveram óbito confirmado.

A pasta informa que os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde.

O boletim contabiliza ainda 1.897.629 casos descartados, 337.440 em investigação e 63.735 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta terça-feira.

 

O boletim completo está disponível no site da Sesab.

Vacinação

Até o momento, a Bahia tem 11.602.728 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.698.645 com a segunda dose ou dose única, 6.065.579 com a dose de reforço e 396.055 com o segundo reforço.

Do público de 5 a 11 anos, 957.104 crianças já foram imunizadas com a primeira dose e 529.127 já tomaram também a segunda dose.

Leitos

 

A Bahia tem 456 leitos ativos para tratamento da Covid-19. Desse total, 82 estão com pacientes internados, o que representa taxa de ocupação geral de 18%.

Desses leitos, 190 são de UTI adulto e estão com taxa de ocupação de 16% (31 leitos ocupados)

Nas UTIs pediátricas, 17 das 23 vagas estão com pacientes (74% de ocupação). Os leitos clínicos para adultos estão com 9% de ocupação e os infantis, com 35%.

Em Salvador, dos 195 leitos ativos, 41 estão ocupados (21% de ocupação geral). A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 22% e o pediátrico está em 80%.

Ainda na capital baiana, os leitos clínicos para adultos estão com 16% de ocupação e os pediátricos estão com 5%.

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Por g1 BA.

A Bahia teve um aumento de 166% em casos conhecidos de Covid-19 no mês de junho, em comparação com o mês de maio. Como consequência disso, a procura por testes disparou no estado e também na capital baiana.

Dados referentes aos dias 2 de maio e junho, porque desde a última sexta-feira (3) o Ministério da Saúde não divulga os dados relacionados aos registros da Covid-19. Não há previsão de quando esse sistema será regularizado.

No último mês, foram 358 casos contabilizados só no dia 2, enquanto neste mês foram 953 registros na mesma data: um aumento de 595 casos. 

O crescimento dos casos também acontece em Salvador. Mesmo sem os registros do Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal (SMS) contabiliza mais de 900 casos ativos na capital, a partir de testes feitos pela prefeitura, como explica Décio Martins, gestor da pasta.

“Estamos atualmente com 923 casos ativos na nossa capital. Temos observado um leve aumento de casos, entre dois a três casos por dia. Eu quero destacar que nós estamos com 33 unidades de testagem de Covid-19, que são amplamente divulgadas em nossas redes oficiais diariamente. Então, a pessoa que queira se testar, pode realizar essa testagem de antígeno em nossas unidades".

O secretário destaca que, apesar do aumento, não há crescimento na demanda de internação, porque as pessoas não estão tendo quadros graves da doença.

"Felizmente há uma demanda baixa de internação neste momento, com necessidade de um a dois casos, sobretudo de clínica médica, por dia – o que demonstra que a vacina da Covid cumpre seu papel”.

“Nós estamos com ocupação de 20% dos leitos de UTI, e 10% de clínica médica, então não estamos observando, neste momento, um agravamento dos casos. Obviamente que a Secretaria Municipal de Saúde toma todas as suas decisões com base em questões técnicas. Estamos acompanhando a evolução desses casos”, explicou Décio.

Além dos pontos fixos dos exames, a prefeitura também tem feito a testagem em escolas municipais de Salvador.

“Na semana passada, em uma das escolas, de 400 alunos nós tínhamos 40 positivados. Adotamos todos os protocolos, esses alunos foram afastados pelo período devido. De fato, nós estamos em um período de síndromes gripais, que acometem principalmente o público pediátrico. O Ministério da Saúde, inclusive, prorrogou a vacinação de Influenza até o dia 24 de junho, para os grupos prioritários".

Vendas nas farmácias e testagem nos laboratórios

O aumento dos casos são reflexo do aumento da testagem. Em uma única rede de farmácias, o volume de testes só na primeira semana deste mês foi de mais de 680%, em toda a Bahia, como explica a gerente farmacêutica, Ananda Franklim.

“O autoteste a gente começou realmente a comercializar no período entre fevereiro e março, e a gente ainda não tinha percebido um boom na procura. Quando a gente compara a primeira semana do mês de maio, com a primeira semana do mês de junho, a gente já percebe um aumento de 680%”.

“Quando a gente compara o mês passado, basicamente as pessoas iam procurar muito para viagem, que estavam precisando para viagens internacionais. Hoje a gente começa a perceber por sintomas mesmo, e alguns casos a gente pega positivo".

A capital baiana e Lauro de Freitas, que fica na Região Metropolitana de Salvador, são as principais cidades onde houve aumento nas vendas. Ananda detalhou ainda que a rede também faz os testes nas unidades, e que os resultados são entregues à Secretaria de Saúde do Município (SMS).

“A gente realiza o teste de Covid, o cliente chega e informa o motivo pelo qual ele está realizando o teste. A gente entrega o laudo, seja ele positivo ou negativo, para notificar também esse resultado. E, dando positivo, a gente encaminha ele para uma unidade de saúde”.

O diretor-médico de uma rede de laboratórios disse que a busca pela testagem cresceu entre 35 e 40% na primeira semana de junho, em comparação com os meses de março, abril e maio.

“Hoje nós temos, para cada 5, 6 pacientes testados, um paciente positivo. É um somatório de buscas pelas testagens, um aumento de circulação do vírus, então o paciente busca o teste para tomar todas as medidas. O que nós observamos em fevereiro, março, abril e maio, é que nós tínhamos uma positividade de 2% – a cada 100 pacientes testados, dois positivos –, e nós entramos em um mês de junho com uma diferença de umidade, temperatura, e esses números vão para 18, 20%".

Publicado em BAHIA E REGIÃO
A Liciniense Santina Rosa de Aguiar, está precisando com urgência, realizar uma cirurgia em seu olho do lado direito que está com sérios danos causados por uma  catarata onde veio a abrir um buraco na sua face.
Santina já vem se recuperando de uma cirurgia onde perdeu o movimento do lado direito do rosto e a visão do olho esquerdo, restando apenas 20% da visão do lado direito. Sem condições de custear o procedimento, que gira em torno de R$ 15 mil, Santina recorre aos amigos para custear essa cirurgia.
Amigos e familiares já estão se unindo para realizar um leilão beneficente e quem puder ajudar com uma prenda pode deixar na casa de Santina ou na casa de dona Nicota que fica localizado na Primeiro de Maio nº53 entre a praça da feira e a lagoa Gado Bravo.
Você também pode contribuir fazendo um depósito na conta do Banco do Brasil = AG 2249-7  CC 6402-5  ou fazer um Pix no CPF 00885498879.
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Por Julia Braun, BBC — Da BBC News Brasil em São Paul.

O surgimento de surtos de varíola dos macacos tem despertado preocupação entre os brasileiros sobre a possibilidade de casos da doença serem identificados no país.

Até o momento, já foram confirmados mais de 100 casos em pelo menos 16 países fora da África.

Na América do Sul, a primeira suspeita foi registrada no domingo (23/5) na Argentina. Segundo o Ministério da Saúde local, o paciente é um morador da província de Buenos Aires, que se encontra em um bom estado, está em isolamento e recebendo tratamento para os sintomas.

O Brasil não tem registro da doença ainda, mas o vírus foi identificado em um brasileiro de 26 anos na Alemanha, vindo de Portugal, após passar pela Espanha.

Para epidemiologistas ouvidos pela BBC News Brasil, casos podem ser identificados por aqui em breve.

"A varíola de macacos pode chegar ao Brasil em pouco tempo", afirma a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). "É possível até mesmo que alguma pessoa infectada já tenha entrado no país, vinda dos locais onde há casos."

"Costumamos dizer em epidemiologia de doenças infecciosas que uma doença transmitida por contato e gotículas respiratórias pode demorar o tempo de um voo para se espalhar", diz.

"Ou seja, se alguém contaminado desembarca no Brasil, não é diagnosticado e não faz isolamento em tempo oportuno, a doença pode, sim, começar a ser transmitida."

O epidemiologista Eliseu Waldman, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), concorda com o diagnóstico.

"Mesmo que tenhamos um patamar inferior de intercâmbio de pessoas e viagens após a pandemia de Covid-19, a possibilidade desse vírus chegar ao Brasil é grande", diz.

Por esse motivo, o especialista alerta para a necessidade da identificação de casos suspeitos o mais rápido possível.

"A população e os profissionais de saúde precisam ser alertados para notificar casos suspeitos. O sintoma mais marcante são lesões vesiculares, do tipo que se verifica na catapora, mas muito mais intensas", diz.

Além das lesões, os sintomas da varíola dos macacos incluem febre, dor de cabeça, dor nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, calafrio e exaustão.

E, nesse processo, pode surgir a coceira, geralmente começando no rosto e depois se espalhando por outras partes do corpo, principalmente nas mãos e sola do pé.

No entanto, para o epidemiologista Antônio Augusto Moura Silva, professor do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), ainda é cedo para fazer previsões sobre a extensão do surto.

"Pode ser que a Europa consiga bloquear a transmissão rapidamente, antes que ela chegue ao Brasil", diz.

"Seria muito mais fácil fazer isso com essa doença do que no caso da Covid-19, por exemplo, porque é preciso um contato muito mais íntimo para a transmissão no caso da varíola."

De qualquer maneira, o especialista também alerta para a necessidade do país estar preparado.

"É altamente recomendável ficar em alerta máximo de vigilância para que, caso haja identificação de caso, o isolamento do paciente possa ser feito o mais rápido possível", diz.

"Ou seja, fazer o que a saúde pública brasileira já sabe fazer."

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) já estabeleceu uma comissão de caráter consultivo para acompanhar os casos de varíola de macacos.

Integram o grupo, até o momento, sete especialistas brasileiros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Feevale.

Os pesquisadores produziram dois informes técnicos sobre a doença, com as principais formas de contágio e as informações disponíveis sobre os casos registrados em outros países.

'Estamos em estado de alerta'

Ao contrário do novo coronavírus ou até mesmo da varíola humana, em que o patógeno é altamente transmissível, a varíola dos macacos é menos contagiosa.

 
"Até onde sabemos, a varíola de macacos não é o tipo de doença que se pega de alguém contaminado no elevador, por exemplo. Diferentemente da Covid-19, isso não acontece tão facilmente", explica Silva.

Existem duas versões da varíola dos macacos: uma da África Ocidental e outra da África Central. Segundo especialistas, a primeira é mais branda e parece ser a que está causando o surto na Europa.

As autoridades médicas observam que ainda não há muita informação sobre as possíveis rotas de transmissão entre humanos nos surtos atuais.

Até onde se sabe, o vírus é transmitido principalmente por meio de contatos próximos e trocas de fluidos corporais. Muitos dos casos na Europa parecem estar ligados à transmissão sexual.

Mas todas as vias possíveis estão sendo estudadas, como a transmissão indireta por meio de objetos contaminados e até aerossóis.

"Mas a doença não é sexualmente transmissível. Na relação sexual, há um contato próximo, mas esse é o único fator de risco conhecido até o momento", explica Eliseu Waldman.

O epidemiologista chama a atenção, porém, para o fato de que a origem dos casos identificados até o momento não foi esclarecida formalmente.

"A varíola do macaco é endêmica em vários países da África, já houve várias epidemias, principalmente no Congo, na Nigéria e em outros países da África Ocidental. Fora dali, houve alguns surtos nos Estados Unidos e na Europa, mas a introdução do vírus se deu por meios conhecidos, como viajantes ou animais de laboratório da África", diz.

 
"Nesse caso, não sabemos ainda com certeza qual foi o introdutor e nem em qual país", afirma. "Mas um novo surto era um evento esperado, porque esse vírus está causando epidemias em humanos com cada vez mais frequência."

O vírus foi identificado inicialmente em um macaco em cativeiro nos anos 1970, e desde então houve surtos esporádicos em países centro e oeste-africanos.

Já houve um surto nos EUA em 2003 – a primeira vez que o vírus foi visto fora da África –, com 81 casos registrados, mas nenhuma morte.

O maior surto já registrado foi em 2017, na Nigéria: 172 casos suspeitos.

A epidemiologista Ethel Maciel afirma que ainda que o fato do vírus estar demonstrado transmissão rápida (embora menor que a de sua versão humana ou do coronavírus) pode indicar que ele esteja se adaptando melhor aos seres humanos.

"Em geral, a varíola do macaco é o que chamamos de zoonose, uma doença que passa de animais para humanos. Mas, com as taxas maiores de transmissão de humano para humano, especialmente entre pessoas que não estiveram em áreas onde a doença é mais comum, é possível que o vírus tenha se adaptado", diz.

"Se há um risco de uma grande epidemia ou mesmo uma pandemia? Nós não sabemos, mas estamos em estado de alerta."

 

A OMS realizou na sexta-feira (20/5) uma reunião de emergência para tratar do assunto. Em comunicado, a organização afirmou que o quadro atual é "atípico, porque (a doença) está ocorrendo em países onde ela não é endêmica", e que vai ajudar os países afetados no monitoramento dos casos.

Maria van Kerkhove, líder técnica em doenças e zoonoses emergentes da OMS, afirmou que a propagação da varíola dos macacos é "uma situação que pode ser contida", mas alertou que "não podemos tirar os olhos da bola".

Vacinação

A varíola humana foi a primeira doença erradicada da história há mais de 40 anos, quando a OMS certificou seu fim em 1980, após uma bem-sucedida campanha de vacinação global.

Como o vírus da varíola do macaco tem relação com a varíola humana, o imunizante contra a varíola humana tem alta eficácia, de 85%, contra a segunda versão.

Nesse caso, as pessoas com mais de 55 anos que foram vacinadas contra a varíola humana antes de sua erradicação podem ter uma imunidade considerável contra a varíola dos macacos.

Alguns países ainda têm grandes estoques da vacina, incluindo os Estados Unidos.

No Reino Unido, o secretário de Saúde, Sajid Javid, disse que o país está estocando vacinas. "Posso confirmar que adquirimos mais doses", disse ele.

Mas vale lembrar que, no Brasil, somente as pessoas nascidas antes de 1979 foram vacinadas.

"Apesar de ela já estar aprovada, a vacina não está disponível em larga escala no Brasil e não sabemos em quanto tempo isso pode acontecer. É uma dificuldade e uma preocupação", diz Ethel Maciel.

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A Secretaria Municipal de Saúde de Licínio de Almeida, comunica toda a população que estaremos recebendo em nosso município do dia 27 de maio ao dia 4 de junho, no ginásio Poliesportivo do Waldeck Ornelas, a Unidade Móvel de Mamografia, onde mulheres de 40 aos 69 anos de idade, poderão realizar o exame de rastreamento para o Câncer de mama.
 Para maiores informações procure sua unidade de saúde...
 Secretaria Municipal de Saúde de Licínio de Almeida sua saúde nosso compromisso.
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Por Fantástico.

A repórter Marina Alves, da TV Verdes Mares, afiliada da Globo no Ceará, precisava de um transplante de medula óssea. Ela conseguiu uma doadora compatível – e ainda ganhou uma irmã. 

Quem ligava a TV no Ceará já estava acostumado a ver o rosto de Marina nas reportagens. Até o dia em que ela mesma virou notícia.

Em agosto de 2021, descobriu um linfoma, um câncer raro que se origina no sistema linfático. Marina precisava fazer um tratamento de quimioterapia e, principalmente, de um transplante de medula óssea. Na TV, foi iniciada uma campanha para encontrar um doador para a repórter.

"A Marina não tem irmãos. Por isso, nós pedimos a autorização da família para fazer então essa campanha", anunciou o apresentador da TV local.

"À medida que o tempo ia passando e eu não ia encontrando um doador compatível, eu ia ficando cada vez mais triste, mais desanimada", conta.

Algumas pessoas da região já haviam notado semelhanças entre Marina e a jovem Lumara Sousa.

"Falavam assim: ‘Lumara, você se parece com aquela repórter. Até que eu comecei a seguir ela nas redes sociais e aí comecei a ver fotos e tudo. A semelhança realmente foi chegando mais", afirma a irmã.

Lumara é técnica em enfermagem e trabalhava no banco de sangue do mesmo hospital onde Marina faz o tratamento desde que recebeu o diagnóstico. Em setembro, em dia comum de trabalho, ela foi chamada para auxiliar na transfusão de plaquetas de uma paciente com câncer.

Ela foi até a UTI e descobriu que quem estava sendo atendida era Marina. Foi a primeira vez em que elas se viram pessoalmente, sem imaginar a ligação que tinham.

Dias depois, Marina convidou Lumara para visitá-la no quarto do hospital. As duas conversaram muito - e foram ligando os pontos.

"A mãe da Lumara cuidou de mim quando eu era criança e, nessa época, ela teve um envolvimento rápido com meu pai", explica Marina.
"Foi nesse momento que despertou: será que existe alguma possibilidade de um parentesco?", conta a Lumara.

A essa altura, Lumara já tinha se cadastrado como doadora de medula. A amostra de sangue dela foi analisada junto com a de Marina para checar a compatibilidade.

"Meu médico me ligou e disse que a Lumara era 50% compatível comigo. E que, até então, ela seria a minha doadora. Nós éramos irmãs. Então, além da doadora, eu descobri que tinha uma irmã naquele momento", conta a jornalista.
"Quem faz um tipo de doação dessa, eu acho que é escolhida por Deus. Eu faria tudo de novo se fosse necessário e se a Marina precisasse. Até porque é muito gratificante você ajudar uma vida, salvar uma vida, principalmente quando corre seu sangue. Não tem palavras", conta a irmã doadora.
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A UBS do conjunto Habitacional no Bairro Potosi passou por uma grande reforma e foi entregue a população do Bairro juntamente com uma ambulância novinha.

Nesse sábado 02, ocorreu a inauguração da Unidade Básica de Saúde, do bairro Potosi no  Conjunto Habitacional. A UBS atenderá o Bairro com uma estrutura de qualidade e uma âmbulancia. Na solenidade estiveram presentes o prefeito Municipal Frederico Vasconcelos Ferreira (Dr Fred), o deputado estadual Fabricio Falcão, o secretário de saúde Mário Ediberto (Marinho),o secretário de Administração Deusdedite (Detinho) vereadores s e a comunidade.

Em seu pronunciamento, o Prefeito Frederico Vasconcelos, disse. “A inauguração da UBS é o resultado do trabalho da atual administração em prol da comunidade. Que todos os moradores que serão atendidos nesta unidade se sintam acolhidos e que usufruam desta bela e moderna unidade, essa conquista é de um árduo trabalho em conjunto com o deputado Fabricio Falcão que nos conseguiu mais uma ambulância para o bairro fora outras três que o deputado consegui anteriormente...iremos continuar com nosso trabalho, trabalho esse que não foi fruto de promessa de campanha política, e sim de merecimento e de esforço que nossa equipe de administração não medimos para por em prática em nossa querida Licínio de Almeida... em breve iremos inaugurar uma obra de suma importância em nosso município e lá iremos anunciar importantíssimas obras que iremos executar em nosso município com a parceria do nosso deputado Fabrício Falcão e o deputado Federal Coronel ”. Falou.

A nova UBS possui salas de espera, três Consultórios, Sala de reuniões, Sala de Vacinas, Sala de Curativos, Depósito de material de limpeza (DML), dois Consultórios com Sanitários, Consultório Odontológico, Sala de Estocagem, Dispensação de Medicamentos, Sala de Esterilização e Guarda de Material esterilizado, Expurgo, Almoxarifado, cozinha e farmácia popular.

Confira as imagens.:

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Por Roberto Peixoto e Carolina Dantas, g1.

Depois de um período de intensas flexibilizações nas medidas sanitárias de prevenção ao novo coronavírus, diversos países europeus e asiáticos estão registrando um aumento considerável de casos da doença, o que desperta novamente a preocupação sobre o ressurgimento de uma nova onda da Covid.

Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que a questão tem a ver com uma congruência de fatores, como a estagnação da cobertura vacinal, flexibilizações sanitárias e mudança comportamental da população.

Abaixo, entenda em 4 tópicos, as seguintes questões sobre o momento:

 

1 - Quais países estão registrando aumento de casos e hospitalizações?

Reino Unido, Áustria, Holanda, Grécia, Alemanha, Suíça e Itália são alguns dos países europeus que registraram um aumento na última semana, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, que faz o rastreamento da pandemia do coronavírus.

Somente na Alemanha, o número de casos diários passou de 67 mil no dia 6 de março para 237 mil na última sexta-feira (11).

“A Alemanha agora tem a maior incidência de coronavírus na Europa. Uma tendência de alta, várias mortes. As pessoas não vacinadas devem ser vacinadas com urgência”, disse o ministro da Saúde do país, Karl Lauterbach.
Irlanda, Reino Unido, Holanda, Suíça e Itália também mostraram um aumento das internações hospitalares na última semana, segundo informações da plataforma 'Our World in Data', ligada à Universidade de Oxford.

Na Ásia, Hong Kong registrou uma média de mais de 21 mil novos casos por dia, um aumento de 28% em relação às últimas duas semanas. Já na China, que tem um registro histórico de casos muito menor que a maioria dos países, o índice de infecções vem aumentando rapidamente: 328 mil casos foram registrados entre 28 de fevereiro e 6 de março, um recorde para o país. Por causa do surto, o governo chinês colocou em confinamento quase 30 milhões de pessoas.

 

2 - Quais as principais explicações para a alta dos indicadores?

Para Expedito Luna, especialista em epidemiologia do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a retomada da Covid em algumas regiões do planeta é um fenômeno multifatorial. Um dos motivos é comportamental.

"Eu acho que temos uma certa fadiga, um cansaço das medidas de distanciamento social, uso de máscara, tanto por parte das pessoas e quanto por parte dos governos. E há outras coisas que também afetam. Por exemplo, na França, a eleição presidencial está se aproximando, e há uma necessidade de contentar uma ala que protesta contra medidas de distanciamento", disse Luna.

Além disso, a vacinação avançou, mas ainda assim precisa continuar em campanha. De acordo com dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, pelo menos 75% da população da União Europeia e do Espaço Econômico Europeu tomaram a primeira dose da vacina. Para a segunda dose, o percentual é de 72%, já para a dose adicional, o índice não chega a 52% da população desses países.

“Frente à variante ômicron e suas sublinhagens, as doses de reforço são essenciais. Perdemos a imunidade ao longo dos meses, e reforçar nossas defesas é essencial”, avalia o virologista e pesquisador do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), Anderson Fernandes de Brito.

Brito, assim como Luna, explica ainda que flexibilização do uso de máscaras, em especial em ambientes fechados (que ocorreu em alguns países europeus), é um fator que aumenta as chances de transmissão viral e surtos de Covid.

A Inglaterra, por exemplo, retirou todas as restrições contra a Covid no final de fevereiro, incluindo a obrigação legal de se autoisolar após um teste positivo. Neste mês, a Irlanda e Hungria também anunciaram medidas similares.

3 - Qual o papel da subvariante BA.2 nesse aumento?

Fernandes avalia que essas medidas afetam em especial os não-vacinados, ou aqueles que não completaram o ciclo vacinal e aponta para outro fato preocupante: o avanço da sub-linhagem BA.2 da ômicron.

“Ela tem vantagens competitivas frente a outras variantes, e é bastante transmissível, fator que em conjunto com a inadequada cobertura vacinal, somada às flexibilizações amplas e ao clima frio do fim de inverno por lá (que leva a mais aglomerações em ambientes fechados), podem explicar o cenário atual na Europa”, pontua.

 

A subvariante "furtiva", como também é chamada por ter mutações que dificultam sua detecção em testes PCR, já é responsável por 48% de todas as infecções por Covid-19 na Alemanha, segundo índices do Instituto Robert Koch. Somado a isso, um estudo, que ainda não foi revisado por pares, sugere que ela é mais infecciosa do que a BA.1 e capaz de infectar mais pessoas vacinadas.

Apesar disso, para Marcelo Bragatte, mestre em genética e biologia molecular e também coordenador da Rede Análise, ainda não é possível afirmar que esse aumento de casos está diretamente relacionado com BA.2. Ele explica que isso dependerá do acompanhamento e sequenciamento genético da subvariante.

“Mas no fluxo dos vírus, os mesmos podem invadir um mesmo hospedeiro novamente diversas vezes. A diferença para o vacinado é justamente o corpo saber responder e passares por assintomático. A cadeia de disseminação é reduzida pelo organismo não permitir que o vírus se repique tão efetivamente”, pondera o pesquisador.

E sobre esta replicação, nesta semana a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) publicou um estudo apontando que nenhuma evidência foi encontrada a respeito de uma suposta diferença de eficácia da vacinação quando comparada infecções com a BA.1 e a BA.2.

No atual cenário, Luna alerta que a preocupação permanece sobre a a necessidade de aplicação de doses de reforço para atenuar os efeitos da ômicron.

"Muito provavelmente o que está sendo observado tem a ver com a disseminação da ômicron. A gente já viu que, mesmo as pessoas vacinadas, elas se infectam. A proteção conferida pela vacina não é suficiente para evitar a infecção. A vacina acaba ajudando no não desenvolvimento de casos graves", explica Expedito Luna.

O pesquisador da Rede Análise, Isaac Schrarstzhaupt, pontua que é importante entender que precisamos combater o vírus com todas as possibilidades que temos em mãos, "não apenas a vacina ou a imunidade adquirida pela infecção”.

“É como um cabo de guerra, sabe? De um lado tem o vírus, puxando cada vez mais forte, e do outro estamos nós. Antes a gente puxava esse cabo de guerra com distanciamento, máscaras e tudo mais. Quando veio a vacina, a gente largou a nossa ponta do cabo de guerra na mão das vacinas e parou de ajudar, é o que me parece com esses dados!”, alerta.

4 - Como fica o cenário para o Brasil?

Para os especialistas ouvidos pelo g1, o cenário epidemiológico vindo da Europa e da Ásia serve de alerta para as próximas semanas no Brasil.

"É importante acompanhar a dinâmica da pandemia por lá, e observar como os casos irão se comportar no Brasil", diz o virologista Anderson Brito.

Dados coletados pela Universidade de Maryland em parceria com o Facebook já indicam uma reversão de tendência para alguns estados, como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. A pesquisa é feita com usuários da rede social e avalia os sintomas desses respondentes, o que serve como um alerta antecipado.

“Tomara que seja só uma oscilação, mas a gente tem um risco de ter esse mesmo cenário, sim”, aponta Schrarstzhaupt. “O Chile já está assim. O país está com quase 90% de cobertura de duas doses, quase 80% de terceira dose, e mesmo assim eles estão com um nível de óbitos similar a primeira onda e um nível de casos muito alto”.

Para o virologista Anderson Brito, além de observarmos com cautela essas possíveis reversões de forma local, possíveis revisões de flexibilizações poderão ser necessárias, caso se confirme essa tendência. Ele ressalta que parcelas da população brasileira, como idosos e imunossuprimidos, são mais vulneráveis ao coronavírus, o que, frente a um aumento de casos destaca a necessidade tais medidas sanitárias.

 

“Controlar a transmissão do vírus com medidas farmacológicas (ampliando a cobertura vacinal) e não-farmacológicas (como uso de máscara em ambientes fechados) é essencial para garantir a segurança daqueles grupos, e da população geral, frente a uma pandemia que ainda não acabou”, afirma Anderson Brito.

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Por Eric Luis Carvalho, g1 BA.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (16), que pretende alterar, até o dia 31 de março, o status da Covid-19 no Brasil de pandemia para endemia. O líder do Executivo nacional está na Bahia onde cumpriu agenda no Senai Cimatec e, em seguida, participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova unidade de biomagem das Obras Sociais Irmã Dulce, entidade filantrópica que atende milhares de pessoas todos os anos.

"A tendência do Queiroga, que é autoridade nesta questão, tem conversado na Câmara de Deputados, parlamentares, também o Supremo, que é o órgão federal. A ideia é que até o dia 31, é a ideia dele, passar de pandemia para endemia e vocês vão ficar livres da máscara em definitivo", revelou.

Desde março de 2020 a Organização Mundial de Saúde classifica como pandemia o cenário da Covid-19 no mundo. Em janeiro deste ano, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, emitiu alerta aos líderes mundiais de que a pandemia do novo coronavírus "não está nem perto do fim".

Sobre o uso das máscaras, estados e municípios são responsáveis pela decisão de suspender a obrigatoriedade do uso.

Ao chegar no Senai Cimatec, o presidente foi recebido com vaias e gritos de repúdio por parte de um grupo de estudantes.

Estudantes do Cimatec se manifestam contra visita do presidente Bolsonaro
 Estudantes do Cimatec se manifestam contra visita do presidente Bolsonaro

A recepção foi bem diferente ao chegar nas Obras Sociais Irmã Dulce. Alguns médicos e funcionários fizeram questão de registrar selfies com o presidente. Na saída, Bolsonaro quebrou o protocolo, deixou a área de segurança e se aproximou do grupo de apoiadores que o aguardava do lado de fora do gradil.

 
Apoiadores do presidente Bolsonaro se reuniram em frente à sede da OSID
Apoiadores do presidente Bolsonaro se reuniram em frente à sede da OSID

Após deixar a OSID, a comitiva de Bolsonaro foi até a Igreja do Bonfim, um dos templos religiosos mais famosos na capital baiana.

 

Lançamento de pedra fundamental

Ainda em Salvador, o presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova unidade de bioimagem das Obras Sociais Irmã Dulce. Essa é 13ª visita do presidente à Bahia, a primeira em 2022.

"Me sinto confortável e tranquilo de poder colaborar com as Obras Sociais Irmã Dulce. A todos que trabalham aqui, nosso reconhecimento e muito obrigado", disse o presidente, em um breve discurso no evento.

Obras Sociais Irmã Dulce

Fundada em 1959, pela Santa Dulce dos Pobres, a instituição abriga, em seus 40 mil metros quadrados de área construída, 20 dos 21 núcleos da entidade, incluindo 954 leitos hospitalares. A OSID realiza uma média de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano na Bahia e cerca de 23 mil cirurgias em várias especialidades médicas.

No entanto, a situação atual também é de preocupação. Com um déficit de quase R$ 24 milhões, que podem ser acrescidos de outros R$ 20 milhões até o final do ano, o complexo pode fechar as portas caso não consiga resolver a situação.

A nova unidade de Bioimagem será construída na área conhecida como Campo dos Sonhos, que desde 2013 pertence às Obras Sociais, nas proximidades da sede da unidade.

Atualmente, o setor de Bioimagem da instituição realiza cerca de sete mil procedimentos por mês. Com a construção do núcleo, além de exames como tomografia, mamografia e punção, já realizados atualmente, o complexo de saúde vai oferecer, gratuitamente, procedimentos de alta complexidade, como ressonância magnética, densitometria e exames contrastados com mesa telecomandada.

A expectativa é de que as obras de construção sejam iniciadas em maio e finalizadas até novembro de 2022. O financiamento da unidade contou com uma campanha de arrecadação de dinheiro e de materiais de construção chamada Bloco do Bem. Artistas baianos fizeram parte da campanha, como Durval Lelys, Tuca Fernandes, Saulo, Margareth Menezes e Carlinhos Brown. 

A unidade é referência em atendimento de pacientes oncológicos e atende cerca de nove mil pessoas com câncer na capital baiana. Todos os procedimentos são realizados gratuitamente.

Além dos trabalhos em saúde pública, a entidade presta assistência à população de baixa renda nas áreas da assistência social, pesquisa científica, ensino em saúde, ensino fundamental e na preservação e difusão da memória de Santa Dulce dos Pobres, fundadora da instituição.

Combustíveis

Bolsonaro aproveitou a visita à capital baiana para falar da política de preços de combustíveis. A Bahia tem a única refinaria já privatizada no país, a Acelen, atual operadora da Refinaria Mataripe. O presidente disse que não interfere na política de preços da Petrobras e elogiou a Acelen.

"Por coincidência, a única refinaria privatizada é daqui e resolveu sair na frente. Os dados que tenho é de que o PBI (preço barril internacional) do dia aqui está já abaixo do preço praticado. Sou presidente da República, não interfiro e, se pudesse interferir, teria dado outras sugestões", comentou.

Comitiva

Participaram da comitiva presidencial João Roma (Cidadania), Marcelo Queiroga (Saúde) e Luiz Eduardo Ramos (Chefe da Secretaria-Geral da Presidência).

 

O responsável pelo Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou a importância do trabalho das obras sociais iniciadas por Irmã Dulce.

"Sabemos que há muitas filantrópicas, mas a de Irmã Dulce está no coração de cada um de nós. Cada centavo investido aqui é investido no povo da Bahia. É uma obra sensível. Investimos R$ 9 milhões para termos ressonância e outros exames de imagem que vão ajudar. Irmã Dulce aprovaria essa conduta. Pedimos a bênção da nossa santa Dulce para que ela ajude a guiar nosso caminho e guiar Salvador, a Bahia e o Brasil".

O ministro da Cidadania, João Roma, sinalizou que o trabalho das Obras Sociais Irmã Dulce é reconhecido pelo atendimento ao público de menor poder aquisitivo. "É uma emoção muito forte visitar isso aqui. Essa é uma obra que mostra, sobretudo, o cuidado com os mais carentes", completou.

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Por g1.

Quase 30 milhões de pessoas foram confinadas na China nesta terça-feira (15), depois que o país registrou o maior surto de Covid-19 em dois anos. O governo obrigou as pessoas a fazerem testes em uma escala que não era observada desde o início da pandemia.

Apesar de ser o maior registro para a China desde 2020, em comparação a outros países o número de 5.280 casos é relativamente baixo.

A média de novos casos nos últimos 7 dias no Brasil é de: 45.087 por dia –a China registrou o equivalente a 11% desse número.

 
Os números são pequenos em comparação com outros países, mas, a China adotou uma estratégia de "Covid zero", e até o menor foco é enfrentado com medidas severas.

Ao menos 13 cidades enfrentam um confinamento total e várias adotaram fechamentos parciais.

Com as restrições, o país conseguiu conter as infecções após a primeira onda da doença no fim de 2019 na cidade de de Wuhan, mas enfrentou recentemente vários focos vinculados à variante ômicron.

Esta terça-feira é o sexto dia consecutivo em que o balanço de casos diários supera mil contágios.

A província de Jilin, no nordeste do país, foi a mais afetada, com mais 3.000 casos nesta terça-feira. A capital provincial, Changchum, com 9 milhões de habitantes está em confinamento total.

Impacto econômico

O governador de Jilin prometeu fazer o possível para "alcançara a Covid zero comunitária em uma semana", informou a imprensa estatal.

A metrópole de Shenzhen, com 17 milhões de habitantes e próxima de Hong Kong, também está confinada.

As medidas provocaram o fechamento de várias fábricas na cidade, entre elas a gigante taiwanesa Foxconn, principal fornecedora da Apple.

A Bolsa de Hong Kong registrou queda de 6,20% nesta terça-feira, enquanto Xangai fechou em baixa de 4,95%.

Dezenas de voos domésticos a partir dos aeroportos de Pequim e Xangai foram cancelados.

"O recente surto de Covid e as novas restrições, em particular o confinamento em Shenzhen, pesarão sobre o consumo e causarão interrupções no abastecimento a curto prazo", afirmou Tommy Wu, da Oxford Economics, em um comunicado.

Ele acrescentou que, com isso, será um desafio para a China atingir a meta oficial de crescimento econômico de 5,5% para este ano.

 

O médico chinês Zhang Wenhong mencionou a possibilidade de flexibilização da estratégia "Covid zero" ante a variante ômicron, mas admitiu que a curto prazo seria impossível aliviar os testes em larga escala e confinamentos.

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Com o objetivo de zerar a fila de cirurgias eletivas que tiveram a demanda represada durante a pandemia da Covid-19, o Governo do Estado investirá mais de R$ 103 milhões na realização de 79 mil procedimentos cirúrgicos, exames pré-operatórios e anatomopatológicos. Esse montante contempla os projetos do Mutirão de Cirurgias Eletivas e as Feiras de Saúde.
O edital para o credenciamento de prestadores foi publicado no Diário Oficial do Estado do último sábado (12), contemplando os 417 municípios e com início imediato. Ao todo, serão oferecidos 36 tipos de procedimentos, como cirurgia de catarata e remoção de mioma, útero, vesícula, hérnias, dentre outros. “Nós estimamos 79 mil cirurgias no período de 90 dias. Com a queda do número de internados e dos novos casos da Covid-19, a gente pode retomar, em regime de mutirão, essas cirurgias eletivas que estavam represadas”, afirmou o governador Rui Costa.
A secretária da Saúde do Estado, Adélia Pinheiro, explica que “terão acesso aos procedimentos as pessoas que já possuem o diagnóstico e indicação de cirurgia, e que estão cadastradas pelo município no Sistema Lista Única. Se o paciente não sabe se está cadastrado, ele deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde para realizar o cadastramento. Também é possível ser encaminhado através das Feiras de Saúde que serão realizadas em diversas localidades”, esclarece.
Ainda de acordo com a titular da pasta estadual, “esse é um projeto que vai salvar muitas vidas e dar dignidade às pessoas que esperam por uma cirurgia há meses ou anos”, apontou Adélia Pinheiro. Ela ainda destaca que os atendimentos serão prioritários para mulheres, mas também beneficiarão homens que necessitem de algum procedimento ofertado.
Mutirão de exames
As 21 Policlínicas Regionais de Saúde funcionarão em regime especial para dar celeridade aos exames pré-operatórios, tais como ultrassonografia abdominal, transvaginal, mama, eletrocardiograma e radiografia de tórax. “Já conversamos com os prefeitos que são presidentes dos consórcios de saúde e administram as policlínicas regionais. A expectativa é fazer uma grande mobilização para atingir as metas propostas”, completou o governador.
Confira a lista de procedimentos e o edital de credenciamento:
Colecistectomia
Colecistectomia videolaparoscópica
Exerese de cisto sacro-coccigeo
Fistulectomia / fistulotomia anal
Hemorroidectomia
Hernioplastia epigástrica
Hernioplastia epigástrica videolaparoscópica
Hernioplastia incisional
Hernioplastia inguinal (bilateral)
Hernioplastia inguinal / crural (unilateral)
Hernioplastia umbilical
Postectomia
Vasectomia
Tratamento cirúrgico de varizes (bilateral)
Tratamento cirúrgico de varizes (unilateral)
Colpoperineoplastia anterior e posterior
Exerese de glandula de bartholin / skene
Histerectomia c/ anexectomia (uni / bilateral)
Laqueadura tubaria (salpingectomia)
Miomectomia
Ooforectomia / ooforoplastia
Capsulectomia posterior cirúrgica
Capsulotomia a yag laser
Exerese de calazio e outras pequenas lesões da pálpebra e supercílios
Facoemulsificação c/ implante de lente intra-ocular dobrável
Fotocoagulação a laser por sessão
Iridotomia a laser
Tratamento cirúrgico de pterígio
Vitrectomia anterior
Amigdalectomia
Amigdalectomia c/ adenoidectomia
Orquidopexia unilateral
Prostatectomia suprapúbica
Ressecção endoscópica de próstata
Tratamento cirúrgico de hidrocele
Tratamento cirúrgico de varicocele
Fonte: ASCOM
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Depois de se submeter às regras sanitárias determinadas pelo governo da Rússia, o presidente Jair Bolsonaro conseguiu a foto que sua equipe queria registrar: sentado bem próximo de Vladimir Putin, ao contrário do presidente francês, Emmanuel Macron, e do chanceler alemão, Olaf Scholz, que se recusaram a fazer o teste de covid dos russos.

Bolsonaro se submeteu a cinco exames de Covid exigidos pelas autoridades russas. Macron e Scholz não quiseram aceitar essas exigências. De acordo com agências internacionais, eles tiveram receio de ceder DNA aos russos. Com isso, Macron e Scholz, quando estiveram com Putin, se sentaram na ponta de uma mesa que chamou a atenção do mundo inteiro pela extensão, digamos, incomum.

 

Já Bolsonaro, diferentemente do que costuma fazer no Brasil, está seguindo todos os protocolos de enfrentamento da pandemia do coronavírus determinados pelo governo da Rússia. Além de se submeter aos testes de Covid, desembarcou no aeroporto de Moscou usando uma máscara, o que não faz em seu país.

Bolsonaro não foi o único que conseguiu a foto perto de Putin. Em visitas recentes ao líder russo, os presidentes Alberto Fernandez (Argentina), Tayyp Erdogan (Turquia) e Aleksandr Lukashenko (Belarus) se sentaram na mesma distância do presidente brasileiro.

Objetivos da viagem

Na estratégia da equipe presidencial, a viagem à Rússia tem dois objetivos. Um, bilateral, na busca de garantir principalmente o fornecimento de fertilizantes para o agronegócio brasileiro, num momento de escassez do produto no mercado. Outro, eleitoral, para tentar mostrar que Bolsonaro não está isolado no cenário mundial e teria “proximidade” com um grande líder, no caso Putin.

 

Por sinal, acompanha o presidente Bolsonaro na viagem o seu filho Carlos Bolsonaro, responsável pelas redes sociais do chefe do Executivo federal e que também fará parte da equipe de comunicação da campanha pela reeleição. Sua equipe está colhendo imagens do encontro para serem usadas para fazer um contraponto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recentemente foi recebido por líderes mundiais na Europa, como Macron e Scholz.

Aliados do presidente da República avaliam que Bolsonaro deveria se comportar no Brasil como está fazendo na Rússia, seguindo todos os protocolos sanitários de enfrentamento do coronavírus. Eles defendem uma mudança no comportamento presidencial não só para evitar mais desgastes para ele como também para que não sejam atingidos pela reação negativa da população ao negacionismo de Bolsonaro.

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Por Reuters, g1.

Uma paciente norte-americana com leucemia se tornou a primeira mulher e a terceira pessoa do mundo, até agora, curada do HIV após receber um transplante de células-tronco de um doador que era naturalmente resistente ao vírus que causa a AIDS, relataram pesquisadores nesta terça-feira (15).

O caso da paciente multirracial de 64 anos apresentado na Conference on Retroviruses and Opportunisitic Infections de Denver também é o primeiro envolvendo sangue de cordão umbilical, uma abordagem nova que pode tornar o tratamento disponível para mais pessoas.

Desde que recebeu o sangue do cordão umbilical para tratar sua leucemia mieloide aguda (LMA) - um câncer que começa nas células formadoras de sangue da medula óssea - a mulher está em remissão e livre do vírus há 14 meses, e não vem recorrendo a tratamentos potentes para o HIV, como as chamadas terapias anti-retrovirais (TARV) .

Os dois casos anteriores a esse ocorreram em homens - um branco e um latino - que receberam células-tronco adultas, mais frequentemente utilizadas em transplantes de medula óssea.

"Este é agora o terceiro relato de cura neste cenário, e o primeiro em uma mulher vivendo com HIV", disse Sharon Lewin, presidente eleita da Sociedade Internacional de AIDS (IAS, na sigla em inglês), em um comunicado.

O caso faz parte de um estudo maior, financiado pelos EUA, liderado pela Dra. Yvonne Bryson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e pela Dra. Deborah Persaud, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. O objetivo é acompanhar 25 pessoas com HIV que se submetem a um transplante com células-tronco que são retiradas do sangue do cordão umbilical para tratar o câncer e outras doenças graves.

Os pacientes do estudo passam primeiramente por uma quimioterapia para assim matar as células imunológicas cancerígenas. Os médicos então transplantam células-tronco de indivíduos com uma mutação genética específica que os faz não possuir receptores usados ​​pelo vírus para infectar células.

Os cientistas acreditam que esses indivíduos desenvolvem um sistema imunológico resistente ao HIV.

Lewin disse que os transplantes de medula óssea não são uma estratégia viável para curar a maioria das pessoas que vivem com HIV. Mas o relatório "confirma que uma cura para o HIV é possível e fortalece ainda mais o uso da terapia genética como uma estratégia viável para a cura do HIV", disse a a pesquisadora.

O estudo sugere que um elemento importante para o sucesso da técnica é o transplante de células resistentes ao HIV. Anteriormente, os cientistas acreditavam que um efeito colateral comum do transplante de células-tronco era a chamada "doença do enxerto versus hospedeiro (DEVH)", que causa o sistema imunológico do doador a atacar o sistema imunológico do receptor, desempenhava um papel importante para uma possível cura.

"Juntos, esses três casos de cura pós-transplante de células-tronco ajudam a desvendar os vários componentes do transplante que foram absolutamente essenciais para a cura", disse Lewin.

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Por Carolina Dantas, g1.

A ômicron se espalhou pelo Brasil e, desde dezembro, a curva de transmissão e o número de mortes entraram em ascensão em meio a uma explosão de casos. Por isso, novas perguntas surgem em meio a mais esta onda do coronavírus: a ômicron causa impacto menor no pulmão e em outras partes do corpo? A variante deixa sequelas da Covid longa? Faz sentido dizer que ela é mais "fraca"?

As respostas do especialistas consultados pelo g1 apontam para a gravidade da doença e um fato: a ômicron não causa resfriados. Há consenso de que as impressões de que o impacto da Covid-19 atualmente seria mais leve estão diretamente relacionadas à proteção conferida pela vacinação.

 

No entanto, a lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) segue alta. Como o número de casos está ainda maior, mesmo que a nova variante tenha um risco de morte proporcionalmente menor, o número absoluto de casos graves ainda tem um papel relevante. Nesta terça-feira (15), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que os casos da ômicron tiveram 'forte impacto' no sistema de saúde em janeiro.

"O efeito da vacina deu essa impressão de que a ômicron é leve. Ela é de fato mais leve do que a delta e que a gama, mas não é verdade que ela não cause quadros graves", disse Frederico Fernandes, diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.

Como a ômicron age no pulmão?

Independentemente da variante, o coronavírus entra no corpo humano pelas vias aéreas. As gotículas que carregam o vírus entram pelo nariz ou pela boca e se multiplicam até "estacionar" nos pulmões. A partir daí, a Covid-19 pode se desenvolver em uma escala que varia entre casos assintomáticos e casos graves, com necessidade de UTI e até risco de morte.

 

Os pulmões são órgãos-chave do desenvolvimento da doença.

"Quando o acometimento pulmonar acontece e, especialmente, ele atinge mais de 25% do pulmão, vai aumentando a chance de os indivíduos terem a Covid grave, ou seja, precisarem de internação hospitalar, suporte com oxigênio, ou ventilação mecânica. É a doença no pulmão que leva o indivíduo ter o caso grave", explica Ferndandes.

Exame mostra efeitos da Covid-19 causados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) nos pulmões — Foto: Yves Herman/Reuters

Exame mostra efeitos da Covid-19 causados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) nos pulmões — Foto: Yves Herman/Reuters

No caso da ômicron, o pneumologista explica que "a doença no pulmão, ou seja, os casos graves, reduziu muito com a vacinação". No entanto, entre os não vacinados, a chance de um acometimento do órgão ainda é alta.

 
"Em indivíduos com o esquema de vacinação completo, a chance de ter morrer por uma doença pulmonar grave pela Covid diminuiu cerca de 11 vezes, em comparação com o indivíduo não vacinado”, disse o especialista, se referindo a estudo feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

O estudo publicado pela "The BMJ" reuniu dados de vigilância coletados durante o verão pelo CDC, órgão de saúde americano. Além do número citado por Fernandes, os números apontaram que pessoas vacinadas tinham 10 vezes menos probabilidade de serem internadas no hospital e cinco vezes menos de serem infectadas, em comparação com não vacinadas.

E a ômicron, será que tem uma chance menor de causar a doença pulmonar e grave? Aparentemente sim, segundo o pneumologista, se a comparação for feita com a delta e a gama. No entanto, a chance é 50% menor do que as variantes anteriores, segundo dados do governo do Reino Unido – ou seja, o risco ainda existe.

Pacientes ainda apresentam Covid longa?

Estudos preliminares no início da pandemia chegaram a alertar que os sintomas da Covid longa – quando os sinais persistem mesmo após o fim da infecção — poderiam acometer até 80% dos pacientes. Fadiga, dor de ouvido, perda de olfato e paladar, ansiedade, problemas para dormir, entre outros problemas, são relatados por sobreviventes da doença.

 

Infectologista do Hospital Sírio-Libanês e consultora técnica do Ministério da Saúde, Carla Kobayashi avalia que é cedo para afirmar se a ômicron é capaz, ou não, de causar a Covid longa. A alta das infecções começou em dezembro no Brasil, com a maioria dos casos em janeiro. Algumas internações hospitalares ocorrem por um período de algumas semanas e apenas depois disso que é possível identificar qualquer sequela do vírus no corpo.

"Há um arsenal de possibilidades e de sintomas crônicos. A gente já tinha isso desde o início da pandemia e agora, com a ômicron, estamos observando que, apesar desses sintomas agudos serem mais curtos, ainda existem alguns casos, uma porcentagem boa com sintomas pós-Covid", disse Kobayashi.

"E quais são esses sintomas? Aquela fadiga, aquele cansaço mais crônico, uma dor no corpo mais crônica, a perda do olfato e do paladar, que não está sendo tão comum na ômicron, mas que quando ocorre pode ficar até 2 meses".

De acordo com Fernandes, a perda de olfato e paladar é um sintoma que não deixou de existir com a ômicron, mas, de fato, "parece que reduziu". Ele avalia que também é cedo para fazer afirmações sobre as sequelas da nova variante, mas compartilha da impressão de que há uma redução, talvez relacionada à vacinação.

 

"Era muito comum com a variante inicial a perda do olfato, e essa perda do olfato aguda costumava perdurar, às vezes, até meses. Hoje, seja porque a ômicron tem menor afinidade com os tecidos relacionados à sensibilidade do olfato, seja porque mudou o panorama de vacinação, a gente não vê tanto anosmia como no início da pandemia, nem aguda nem prolongada", disse o pneumologista.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por g1 BA.

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) divulgou, nesta segunda-feira (7), que mais de 70% dos testes analisados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA) apresentam resultados positivos para Covid-19.

No geral, a cada 100 exames, 70,38 apresentam confirmação para a doença. Este é o maior número de testes positivos de toda pandemia. No dia 1º de janeiro, eram 6,55 exames positivados, a cada centena. Veja salto:

Testes positivos para a Covid-19 na Bahia
Amostras analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA)
A cada 100 testes feitos1º de janeiro7 de fevereiro020406080
1º de janeiro
● A cada 100 testes feitos: 6,55
Fonte: Sesab
 

Neste mês, a Bahia bateu recorde de casos ativos em dias consecutivos. No dia 3 de fevereiro, o estado registrou 35.349 pessoas doentes, enquanto no dia 4 foram 36.955 infectados. Veja curva:

Casos ativos da Covid-19 na Bahia
Estado teve salto de infectados entre os meses de janeiro e fevereiro
1º de janeiro3 de janeiro4 de janeiro6 de janeiro1º de fevereiro3 de fevereiro4 de fevereiro6 de fevereiro010k20k30k40k
Fonte: Sesab

Desde o início da pandemia, mais de 28 mil pessoas morreram com Covid-19 na Bahia. O estado tem, nesta segunda, 1.528 leitos, entre Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e enfermaria, sendo que 574 estão ocupados. As taxas do estado estão em:

  • UTI adulto: 73%
  • UTI pediátrica: 52%
  • Enfermaria adulto: 55%
  • Enfermaria pediátrica: 57%
Publicado em BAHIA E REGIÃO
A  Prefeitura Municipal juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde, avisa que o município de Licinio de Almeida, através de convênio firmado com o Hospital Adrivana Cunha. Estará realizando cirúrgia de Catarata.
Os pacientes interessados, deveram procurar o mais breve possível, a secretaria municipal de saúde, para agendamento das consultas.
A Catarata é uma patologia que gera a perda de transparência do cristalino, lente situada atrás da íris, podendo ser congênita ou adquirida.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), informa que a catarata é responsável por metade dos casos de cegueira no mundo, acometendo principalmente a população idosa, é o procedimento com maior demanda no SUS.
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por g1 BA.

O governo da Bahia e a prefeitura de Salvador confirmaram a volta às aulas 100% presenciais para o mês de fevereiro. O retorno em meio ao crescimento de casos de infectados pela Covid-19 tem preocupado os pais das crianças, que têm aumentado o uso de leitos de enfermarias e UTIs pediátricas.

A Bahia é o segundo estado com mais mortes de crianças de 5 a 11 anos por Covid-19, ficando atrás apenas de São Paulo. Os dados fazem parte do Portal da Transparência do Registro Civil , registrados entre março do ano passado e a primeira semana de janeiro deste ano.

Números que acendem um alerta, principalmente depois que cidades como Salvador chegaram a 100% de ocupação de leitos de UTI pediátricos.

Um dos momentos mais delicados desde o início da pandemia, afinal, o estado nunca teve uma ocupação total dos leitos de UTI infantil em Salvador. Situação preocupante também até para leitos de enfermaria pediátrica.

Na primeira semana de janeiro, a ocupação chegou a 93% no estado. E com o aumento dos casos de Covid-19 entre as crianças, a esperança é a vacina, que finalmente chegou para o público entre 5 e 11 anos.

O infectopediatra Igor Araújo falou sobre os sintomas que as crianças podem apresentar caso estejam com Covid-19 e o risco de levá-la para uma emergência, que pode aumentar a exposição à doença principalmente se ela não estiver com a doença.

"Com surgimento das variantes, principalmente da Ômicron, que a transmissibilidade dela é maior e a agressividade tende a ser menor. O lado positivo é que o vírus pode estar perdendo a força dele, mas em compensação as pessoas que não estão vacinadas se torna mais suscetíveis, que são as crianças", disse.

Já Manoel Calazans, Superintendente de Planejamento Operacional da Rede Escolar do Estado, contou qual é o maior desafio do governo para o retorno das aulas e falou sobre os protocolos que serão usados.

"As aulas retornam 100% presencial, essa é a nossa expectativa. Em 2021 nós tivemos ainda um momento híbrido, depois nós iniciamos a presencialidade e a gente tem expectativa de que no dia 7 [de fevereiro] a gente retorne e comece o ano letivo de 2022", afirmou.

Jorge Tadeu, diretor do Sindicato das Escolas Particulares da Bahia, falou sobre os desafios que as redes têm enfrentado para conseguir se adaptar ao "novo normal".

"No seio das escolas privadas, as famílias querem voltar, elas já acreditam que esse cuidado existe, que esse cuidado é real e eles experimentaram esse cuidado ano passado".

Eu Te Explico - O podcast do g1 Bahia vai ao ar todas as segundas, às 6h.

Você pode ouvir Eu Te Explico no g1, no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou no aplicativo de sua preferência.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por Emily Santos, g1 — São Paulo.

Enquanto o ano letivo de 2021 ainda não foi finalizado em algumas redes de ensino, como na municipal de Natal, outras iniciaram o ciclo de 2022 ainda em janeiro, como no caso de Goiânia, que abriu as escolas no dia 19, ou devem iniciar em breve, como em São Luís, que recebe os estudantes a partir de 1º de fevereiro.

Tudo isso acontece no mesmo momento em que as crianças de 5 a 11 anos recebem, em ordem decrescente de idade, a primeira dose da vacina contra a Covid-19, e que a variante ômicron causa um pico nos casos da doença pelo mundo.

Apesar de a imunização ser considerada efetiva a partir de 15 dias da segunda dose da vacina, especialistas defendem que o melhor é não esperar e mandar as crianças para a escola no começo do ano letivo. A psicóloga infantil e doutora em psicologia escolar Sabrina Pani faz parte deste grupo.

"Já tivemos um momento em que a população inteira não estava imunizada. Agora, os professores e funcionários das escolas estão vacinados, muitos até já tomaram a dose de reforço. Os adolescentes também estão em processo de imunização. Tudo isso contribui para que o ambiente escolar se torne mais seguro para receber crianças ainda não vacinadas", explica.

Para ela, o benefício de frequentar aulas presenciais é inquestionável.

"Somos seres sociais, culturais, coletivos. Precisamos estar estar perto dos nossos pares, de pessoas da mesma idade, que têm os mesmos interesses. As crianças e adolescentes precisam viver isso de uma maneira concreta, real, e o lugar de fazer isso é na escola".

Segundo a profissional, a experiência de começar um ano letivo presencialmente na escola pode ser muito benéfico para as crianças que tiveram dificuldade para se adaptar ao momento dramático de pandemia.

 

Enquanto conviver com os amigos pode ser benéfico para a saúde mental, é preciso resguardar também a saúde física. Por isso, para manter a segurança daqueles menores de 12 anos que ainda não se vacinaram contra a Covid, é preciso reforçar os cuidados já conhecidos em todos os momentos durante a estadia no ambiente escolar.

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Na sala de aula

Ainda em 2021, as escolas estabeleceram protocolos sanitários baseados nas orientações dos órgãos de segurança. Este ano, os protocolos devem ser mantidos e até reforçados como tentativa de conter o avanço da variante ômicron.

Usar máscaras o tempo todo e fazer trocas quando necessário e lavar as mãos ou higienizá-las com álcool em gel são alguns deles.

O distanciamento não é mais um protocolo exigido pelo Colégio QI, do Rio de Janeiro (RJ), que vai receber os alunos do ensino fundamental 1 e 2 e ensino médio em modelo de aulas presencial para o ano letivo de 2022, conforme explica Cláudia Cristina Guedes, supervisora pedagógica dos anos iniciais.

"O distanciamento já não é necessário, mas conversamos constantemente com as crianças sobre ainda não ser a hora de abraçar e a respeito da importância da utilização do álcool em gel. O uso da máscara continua sendo obrigatório e o compartilhamento de objetos e não será permitido".

Eliane Faravelli, coordenadora da educação infantil da Escola Ipê diz que o reforço a esses cuidados faz parte até do conteúdo aplicado em sala para os alunos da educação infantil. "Mais do que nunca, os conteúdos sobre higiene e saúde estão reforçados diariamente, de forma lúdica e expressiva, pois os primeiros anos de vida escolar desenvolvem habilidades e competências essenciais para a formação de nossos alunos".

 

Na hora do lanche

O único horário em que as máscaras podem ser removidas nas escolas é na hora do lanche durante o intervalo. Para garantir maior segurança e evitar aglomeração, algumas escolas vão fazer revezamento entre as turmas.

No Colégio QI, o intervalo já é feito por nível de ensino e vai ser mantido assim. Outro cuidado é que os alunos não têm permissão para dividir alimentos e utensílios entre si.

No intervalo

No tempo de intervalo restante, as máscaras devem ser mantidas e as brincadeiras com contatos físicos devem ser evitadas. Pais e responsáveis e os profissionais das escolas já orientam os alunos sobre a importância de respeitar este cuidado alunos nessas horas.

Julia Ferreira é uma dessas pessoas. Ela é mãe de João Pedro, de 9 anos, que estuda na Escola Municipal Anísio Teixeira, em Belo Horizonte.

"Eu falo para o João não abraçar os amigos, não brincar de pega ou trocar brinquedos. É difícil porque os amiguinhos dele são os da escola, mas eu expliquei que ainda não dá para brincar como antes".

A carioca Ana Paula Carvalho, mãe de Arthur, de 7 anos, e Miguel, de 10, diz que conta com a ajuda da escola particular onde os filhos estudam para mantê-los seguros no momento das brincadeiras. "Lá, a hora das brincadeiras foi adaptada para o momento. Em vez de brincar de pega-pega, eles brincam de amarelinha, que não precisa de contato", explica.

 

Para ela, este cuidado básico dá mais segurança para levar os filhos para a escola quando as aulas começarem. "Quando a hora chegar, vou vacinar meus filhos e eles vão estar seguros, mas, até lá, vou fazer o possível para garantir a saúde e a educação deles", finaliza.

Cuidados necessários

  • Usar máscara o tempo todo e trocar quando necessário
  • Lavar as mãos com sabão
  • Usar álcool em gel
  • Não trocar material escolar
  • Não trocar brinquedos
  • Não dividir alimentos
  • Não pegar na mão ou abraçar os amigos
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Por g1 Campinas e Região.

O Brasil recebeu, nesta segunda-feira (24), o terceiro lote de vacinas da Pfizer contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. O voo, com 1.818.000 doses, desembarcou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 7h27. A remessa com o imunizante saiu de Amsterdam, na Holanda.

As vacinas foram descarregadas no aeroporto com auxílio da Receita e Polícia Federal. Em seguida, haverá transporte até um centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), antes das entregas aos estados.

Com a entrega, a Pfizer chegou a um total de 4,3 milhões de doses pediátricas entregues ao Brasil em janeiro. Os primeiros envios aconteceram nos dias 13 e 16, com 1,2 milhão de doses em cada um. O lote desta segunda estava previsto para chegar apenas na quinta-feira (27), mas foi antecipado.

 

Imunização para crianças

A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, em 16 de dezembro, a vacinação de crianças desta faixa etária. Já em 5 de janeiro, o Ministério da Saúde informou que não será exigida receita médica para vacinar o grupo. Em São Paulo, a imunização teve início no dia 14 de janeiro, com uma criança indígena.

Veja como vai funcionar a vacinação de crianças contra Covid
 
Veja como vai funcionar a vacinação de crianças contra Covid


Remessas entregues

  • Quinta-feira (13) - 1.248.000 doses (lote 1)
  • Domingo (16) - 1.248.000 doses (lote 2)
  • Segunda-feira (24) - 1.818.000 doses (lote 3)

Remessas previstas

  • 27 de janeiro - 1.818.000 doses (lote 3)
 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 20,5 milhões de crianças nessa faixa etária contempladas pela vacinação.

O envio das doses faz parte do acordo firmado em 29 de novembro entre o governo federal e a farmacêutica, que estipula a disponibilização de 100 milhões de doses ao Brasil ao longo de 2022.

A negociação também prevê que o Ministério da Saúde tenha a opção de aumentar o número de doses previstas para serem entregues ao país em até 50 milhões de vacinas adicionais, elevando o número total para 150 milhões de doses neste ano.

"O contrato prevê a possibilidade de fornecimento de versões modificadas do imunizante, que poderão ser eventualmente desenvolvidas caso necessário, e versões para diferentes faixas etárias, conforme solicitação por parte do Ministério da Saúde", diz nota da Pfizer.

 
 
Ana Escobar: 'O mundo inteiro já sabe que a vacina é segura para crianças'
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Vacinação infantil

De acordo com o governo, a vacinação infantil ocorrerá:

  • em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente e para crianças quilombolas e indígenas;
  • sem necessidade de autorização por escrito, desde que pai, mãe ou responsável acompanhe a criança no momento da vacinação;
  • com intervalo de oito semanas – um prazo maior que o previsto na bula, de três semanas.

Diferenças

  vacina para crianças de 5 a 11 anos tem diferenças em relação à que foi aplicada nos adultos. Por isso, o governo federal adquiriu uma versão específica do produto com dosagens e frascos diferentes (foto acima), apesar de o princípio ativo ser o mesmo.

A mesma autorização de uso já foi concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e União Europeia).

Em outubro de 2021, a Pfizer informou que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos. O estudo acompanhou 2.268 crianças de 5 a 11 anos que receberam duas doses da vacina ou placebo, com três semanas de intervalo. O imunizante infantil é produzido em Puurs, na Bélgica.

Em 20 de dezembro, o ministro disse que a "pressa é inimiga da perfeição". Já na noite de 23 de dezembro, o Ministério da Saúde abriu a consulta pública sobre vacinação de crianças.

De 24 de dezembro a 2 de janeiro, qualquer pessoa pode participar, preenchendo um formulário online, da consulta que, segundo a pasta, estava aberta a "contribuições devidamente fundamentadas".

Já no dia 3 de janeiro, Queiroga antecipou que as doses pediátricas chegariam ao Brasil na segunda quinzena deste mês. Sem apresentar um cronograma de aplicação, o ministro disse também que a vacina estará disponível para os pais que queiram imunizar seus filhos.

No dia posterior, o Ministério da Saúde apresentou os resultados da consulta pública e também convidou entidades e profissionais ligados ao tema para uma audiência pública. Sociedades médicas e científicas defenderam a vacinação de crianças.

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Por g1 BA.

Três dias após o inicio da vacinação infantil em Salvador, mais de 8 mil crianças de 5 a 11 anos receberam a primeira dose contra a Covid-19. A estratégia foi iniciada no último sábado (15) e dados foram contabilizados até esta terça-feira (18).

Podem receber o imunizante, crianças de 5 a 11 anos com deficiência permanente, de 8 a 11 anos com comorbidades e de 10 e 11 anos do público geral .

Na quarta-feira (19), a vacinação infantil segue em Salvador das 8h às 16h. As crianças de 10 e 11 anos poderão se vacinar nas Unidades de Saúde da Família (USF) Cajazeiras V, Cambonas, Vale do Matatu e Parque de Pituaçu.

 

A imunização para este grupo também acontece nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) Ramiro de Azevedo e Marechal Rondon, além do Clube de Periperi, 5º Centro de Saúde (Barris), Parque da Cidade (Itaigara) e CSU Pernambués.

Já as crianças de 7 a 11 anos com comorbidades serão imunizadas nas USFs Beira Mangue e Zulmira Barros, localizada no Costa Azul.

As crianças de 5 a 11 anos com deficiência permanente poderão ser vacinadas na Apae - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, no bairro da Pituba, das 13h às 17h. A imunização também acontece no Instituto de Organização Neurológica da Bahia (ION), em Ondina, e no Núcleo de Assistência à Criança com Paralisia Cerebral (NACPC), no Rio Vermelho.

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Por RFI.

Hana Horka, cantora do grupo tcheco Asonance, era contra a vacinação anticovid. Por isso, resolveu se contaminar deliberadamente e obter o passaporte de vacinação. Ela faleceu no último domingo (16), aos 57 anos, por complicações relacionadas à doença, anunciou sua família na segunda-feira (17).

Em entrevista à rádio pública tcheca iRozhlas, o filho da cantora, Jan Rek, confirmou que a mãe era antivacina. Ele e o pai estavam completamente imunizados contra a Covid-19, mas contraíram a doença no final do ano passado.  

Hana Horka decidiu, então, se expor propositalmente à Covid-19.

"Ela preferiu viver normalmente conosco e pegar a doença para não ter que se vacinar. É triste que ela quis mais acreditar em estranhos do que em sua própria família", afirmou o filho.

Nas redes sociais, a artista, que integrava uma das bandas de folk mais antigas da República Tcheca, chegou a comemorar a contaminação. "Estou muito feliz porque, desta forma, poderei ter uma 'vida livre' como os outros, ir ao cinema, tirar férias, ir à sauna, ao teatro", escreveu quando soube que estava infectada. Em novembro de 2021, um austríaco também foi a uma festa para pegar Covid-19 de propósito e morreu.

Sua atitude era elogiada por muitos de seus fãs e amigos que também expressaram o desejo de pegar Covid.

Dois dias antes de sua morte, a artista voltou a compartilhar informações sobre seu estado de saúde nas redes sociais, afirmando estar emocionada por ter vencido a doença. Hana também afirmou que, para comemorar, faria uma viagem "urgente" a uma praia.

No entanto, dois dias antes de morrer, a cantora começou a ter complicações. Segundo o filho, ela voltou de uma caminhada sentindo muitas dores nas costas e morreu por sufocamento em sua cama.

 

Filho responsabiliza movimento antivacina 

Jan está convencido que militantes antivacinas da República Tcheca são os principais responsáveis pela morte da mãe. Em um post no Facebook, ele culpa diretamente o ator Jaroslav Dušek e a bióloga Soňa Peková, representantes deste polêmico movimento, de "ter sangue em suas mãos". Hana compartilhava frequentemente posts destas duas figuras contra os imunizantes anticovid.

Jan também contou que ele e o pai tentaram incansavelmente convencer a cantora a se vacinar, em vão. Ele espera que, ao dividir a trágica história sobre a morte de sua mãe, poderá esclarecer sobre a importância de ouvir especialistas e confiar em dados seguros sobre a vacinação. 

"Minha mãe não foi apenas alvo de uma desinformação total, mas também acreditava em opiniões sobre a imunidade natural e anticorpos que criaria quando pegasse a doença", explicou. 

A República Tcheca enfrenta atualmente uma nova onda da Covid-19, impulsionada pela variante ômicron. Na segunda-feira (17), 20 mil novos casos foram registrados neste país do leste europeu com 10,7 milhões de habitantes. 

 

Segundo dados do governo tcheco, 63% da população está completamente vacinada contra a Covid-19, índice abaixo da média da Europa. Apenas 31% das pessoas elegíveis receberam a terceira dose do imunizante. 

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