Por g1 Ribeirão Preto e Franca.

Após serem totalmente separadas em uma cirurgia que durou cerca de 25 horas, as gêmeas Allana e Mariah, de 2 anos, que nasceram unidas pela cabeça, têm boa evolução clínica. A informação foi divulgada pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), onde ocorreu a cirurgia e elas estão internadas.

Apesar da boa evolução, as irmãs seguem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), acompanhadas dos pais. Não há previsão de alta.

"No primeiro dia após a separação das gêmeas, foram realizados exames laboratoriais e de imagem que mostram boa evolução. As meninas seguirão sob cuidados intensivos", diz boletim médico.
 

Última cirurgia

A cirurgia final, dentre as várias realizadas nos últimos meses, começou ainda no sábado (19) e terminou por volta das 8h de domingo (20), cerca de 25 horas depois.

Ao todo, 50 profissionais participaram do procedimento, entre médicos, enfermeiros, instrumentadores e equipe de apoio.

Os detalhes sobre como foi a cirurgia e o estado de saúde das irmãs devem ser divulgados em uma coletiva de imprensa prevista para o final de setembro.

? O que estava previsto para ser feito? No procedimento, estava prevista a dissecção de cerca de 25% dos vasos sanguíneos que ainda restavam separar.

 

Além disso, as gêmeas seriam submetidas à cranioplastia, etapa para fechar a calota craniana e da pele que recobre a cabeça de cada uma das meninas.

? Como foi a preparação? A cirurgia final estava inicialmente marcada para acontecer em julho, mas foi adiada após as irmãs apresentarem suspeita de dengue.

Às vésperas da data inicial, Allana e Mariah passaram por um procedimento de expansão final das bolsas instaladas sob a pele das cabeças para ganhar 'espaço' para a cobertura craniana, que será feita após a separação.

Segundo os médicos, as bolsas atingiram volumes de 530 ml e 670 ml cada.

Elas também passaram por exames de ressonância magnética e tomografia para checagem das condições cerebrais para a cirurgia de separação total.

 

Cirurgia anterior foi em março.

A terceira cirurgia para separação dos crânios das gêmeas siamesas ocorreu no dia 11 de março, em um procedimento que durou sete horas.

Allana e Mariah passaram pela primeira neurocirurgia em agosto de 2022, quando tiveram as veias do cérebro separadas.

Três meses depois, em novembro, elas foram submetidas ao segundo procedimento.

O caso das meninas é extremamente raro, com um registro a cada 2,5 milhões de nascimentos. As irmãs nasceram em Ribeirão Preto no dia 9 de dezembro de 2020, mas vivem com a família em Piquerobi (SP).

A anomalia foi diagnosticada quando elas ainda estavam na barriga da mãe. Desde 2021, elas são acompanhadas no HC.

Desde a primeira cirurgia, os profissionais utilizam tecnologia de ponta para os procedimentos e contam com exames clínicos, laboratoriais e de imagem, de ressonância magnética, além de tomografia computadorizada integrada a um sistema de realidade virtual.

 
 
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Por BBC.

Vegetais, ervas e frutas que chegam diretamente da horta à mesa para acompanhar uma abundância de peixes e frutos do mar recém-capturados, grelhados ou assados, servidos com grãos saborosos e leguminosas, pão caseiro crocante, vinho...

? ? ? ? Este menu fresco e vibrante, temperado com azeite de oliva e apreciado com notável moderação, há décadas representa um ideal que não apenas evoca momentos memoráveis compartilhados com entes queridos, mas também promete bem-estar físico.

Isso porque incorpora muitos dos ingredientes da renomada dieta mediterrânea, que recebe algumas das melhores avaliações de profissionais de saúde por ser um dos planos alimentares mais saudáveis e práticos disponíveis.

E um de seus componentes cruciais não tem relação com a comida.

Seu nome foi estabelecido há quase seis décadas, e desde então, nenhuma outra dieta possui tanta evidência documentada respaldando seus efeitos positivos.

Pesquisas continuam a mostrar uma crescente variedade de benefícios, incluindo uma melhora na saúde cardiovascular, menor probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 e câncer. A pesquisa mais recente indica que esse padrão alimentar também pode proteger contra demência.

Porém, a ciência também revela que, embora os alimentos do menu mediterrâneo sejam essenciais, há outros ingredientes não comestíveis que são cruciais.

A verdade é que a mediterrânea não é exatamente uma dieta, mas sim uma maneira de comer que transcende uma simples lista de alimentos.

A alimentação é cultural e social, carregada de histórias pessoais, familiares e regionais.

E visto que a dieta mediterrânea não foi criada do nada, mas sim baseada em tradições desenvolvidas ao longo do tempo por milhões de pessoas, ela incorpora componentes do estilo de vida.

Isso contribui para alcançar os benefícios mencionados, entre eles a redução do risco de depressão.

Dieta mediterrânea protege o sistema cardiovascular e reduz o envelhecimento
 
Dieta mediterrânea protege o sistema cardiovascular e reduz o envelhecimento
 

Pré-história com 7 países

Após o término dos conflitos da Segunda Guerra Mundial, Haqvin Mamrol, um pesquisador sueco, demonstrou que a mortalidade por doenças coronárias diminuiu nos países do norte da Europa durante a guerra.

Ele postulou que esse fenômeno resultou das restrições impostas durante o conflito, que afetaram a ingestão de leite, manteiga, ovos e carne.

Quase simultaneamente, Ancel Keys, um cientista de Minnesota, nos Estados Unidos, que havia estado estudando os efeitos da fome em um grupo de voluntários, voltou sua atenção para as dietas dos empresários do Meio-Oeste de seu país.

Ele constatou que esses americanos bem alimentados eram mais propensos a doenças cardíacas do que os homens subnutridos do norte da Europa durante a guerra.

Keys suspeitou que uma redução significativa nas gorduras saturadas poderia ser benéfica.

Para testar essa teoria, ele reuniu pesquisadores de diferentes partes do mundo e iniciou, no final da década de 1950, um ambicioso projeto que ficaria conhecido mais tarde como o Estudo dos Sete Países, ou SCS, em inglês.

Essa equipe internacional examinou as dietas e estilos de vida de milhares de homens de meia-idade nos Estados Unidos, Países Baixos, Finlândia, Iugoslávia, Japão, Itália e Grécia.

No final dos anos 1970, foram divulgados os primeiros resultados, confirmando a associação entre gorduras saturadas, níveis de colesterol e doença coronária.

 

No entanto, um outro resultado notável emergiu: aqueles que viviam na região do Mediterrâneo, como Itália, Grécia e Croácia, apresentavam taxas mais baixas de doenças cardiovasculares em comparação com os participantes de outras regiões.

Suas dietas, ricas em frutas, vegetais, leguminosas, grãos integrais, frutos secos, sementes, proteínas magras e gorduras saudáveis (como as presentes nos azeites e nozes), pareciam ter efeitos protetores.

Keys, sua esposa e seus colegas de estudo foram fundamentais na identificação, definição e promoção do padrão alimentar que posteriormente se popularizou como "dieta mediterrânea".

No entanto, como até mesmo o site do SCS menciona, algo importante deve ser destacado.

"O Mar Mediterrâneo é compartilhado por 18 países que diferem significativamente em termos de geografia, situação econômica, saúde, estilo de vida e alimentação".

No entanto, não é apenas isso.

Diaita del Mar Medi Terraneum

Primeiramente, não se trata de uma dieta no sentido estrito, com regras rigorosas, restrições de grupos de alimentos ou limitações de porções, nem demanda a aderência a receitas especiais.

É, em vez disso, uma "diaita", termo grego que significa estilo ou modo de vida, já que sua magia reside não apenas em seus componentes nutritivos, mas na maneira de obtê-los, criar e saborear pratos coloridos e aromáticos, que agradam ao paladar e ao espírito.

 

Ela foi concebida a partir da observação de comunidades, como na ilha de Creta, há cerca de seis décadas, quando a rotina diária envolvia uma maior atividade física.

Ademais, os alimentos disponíveis geralmente eram aqueles providos pela natureza local, portanto, tendiam a ser frescos e sazonais.

Daí advém uma das vantagens da dieta: não se trata apenas de adquirir os alimentos produzidos em uma região específica, mas de utilizá-los no estilo mediterrâneo, independentemente de sua origem.

Até mesmo o azeite de oliva não é imprescindível; o que importa é evitar gorduras saturadas, então outros óleos de sementes (como canola, soja e linhaça) e óleos de nozes (como nozes, avelãs e amêndoas) são igualmente aceitáveis.

Contudo, talvez o ingrediente mais mágico seja que tanto o ato de cozinhar quanto o de apreciar a comida preparada são tradicionalmente eventos compartilhados, celebrações diárias com familiares e amigos, motivados unicamente pelo prazer da convivência.

Não se trata apenas do que você come, mas também de como e com quem você compartilha a refeição.

E sim, também existem estudos sobre os benefícios desses outros fatores para a saúde.

Em um estudo recente, cujos resultados foram publicados em fevereiro de 2023, os pesquisadores questionaram o impacto de adotar práticas como jantares descontraídos e familiares, sestas à tarde e laços comunitários fortes em outras culturas.

 

Para isso, afastaram-se 2.500 quilômetros do Mar Mediterrâneo e exploraram o que aconteceria se adultos britânicos adotassem não apenas a dieta, mas também o estilo de vida mediterrâneo.

Os 110.799 participantes, com idades entre 40 e 75 anos, não tinham câncer nem doenças cardiovasculares quando se inscreveram entre 2009 e 2012. Foram acompanhados até 2021.

Foram analisadas questões como comer com familiares e amigos (convivência); participar de atividades físicas em grupo, como caminhadas conjuntas; frequência de encontros com familiares e amigos (hábitos sociais); e a quantidade de sono, tanto à noite quanto em sestas (repouso).

Eles descobriram que quanto mais aderiam a esse estilo de vida, menor era o risco de morte por câncer, doenças cardiovasculares e outras condições de saúde.

"Este estudo indica que adotar um estilo de vida mediterrâneo adaptado às características locais de populações não mediterrâneas é possível e pode fazer parte de um estilo de vida saudável", disse a pesquisadora principal do estudo, Mercedes Sotos-Prieto, da Universidade Autônoma de Madri, Espanha, e da Escola de Saúde Pública TH Chan de Harvard, em Boston.

Portanto, assim como a dieta mediterrânea serve como guia para incorporar os alimentos da sua região, o estilo de vida que amplifica seus benefícios é algo que você pode adotar mesmo vivendo a muita distância daquele que os romanos chamaram de Mar Medi Terraneum.

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Por Álvaro Guaresqui e Pedro Ramos, g1 ES e TV Gazeta.

Pessoas que têm algum tipo de dificuldade para andar ou se movimentar contam agora com mais uma ajuda da tecnologia: um robô desenvolvido na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com o objetivo de auxiliar no tratamento e locomoção dos pacientes que perderam a mobilidade. Em todo o país existem apenas outros cinco robôs que desempenham a mesma função.

O professor e pesquisador Fernando Zanela contou que o projeto teve início quando a universidade comprou um equipamento para montar um laboratório. Depois, foram adquiridos uma máquina de análise de movimento por meio das câmeras, duas esteiras e o Lokomat, aparelho que surgiu em 1994 e auxilia na locomoção das pessoas.

 

Com a junção desses equipamentos, os pesquisadores criaram um exoesqueleto que entrou em operação no mês de junho e está em fase de testes. O equipamento é adaptado ao corpo do paciente e depois simula caminhadas.

"Todas as articulações estão coincidindo com as articulações do paciente. Quando o robô for fazer a marcha, tem que fazer coincidindo com as articulações correspondentes", detalhou o fisioterapeuta Marcelo Benevides.

Os pesquisadores realizam uma avaliação do paciente para identificar as limitações e efetuar os movimentos, como dobra do quadril e extensão do joelho. O equipamento vai reproduzindo e fazendo os ajustes conforme a necessidade de cada paciente.

Primeiro paciente a testar o equipamento no estado, o cadeirante Caio Rodriguez de Oliveira, que perdeu os movimentos das pernas ao ser baleado em um semáforo em 2019, esperou cerca de 25 minutos para ajustar o equipamento ao corpo e falou sobre a sensação de ficar novamente de pé.

 
"É bom. A gente fica vendo as pernas se mexerem, parecendo que a gente tá andando. É uma sensação muito boa. É uma memória não só motora como psicológica também", disse Caio.

Esse é o primeiro equipamento instalado em uma universidade pública. A fisioterapeuta Jéssica Costa está desenvolvendo uma pesquisa de mestrado e vai usar os resultados dos testes do exoesqueleto.

"Espero que seja significativo pra eles. Não só em números, mas mas pra qualidade de vida deles", disse a fisioterapeuta.

Robô ajuda pessoas a andar: equipamento está em teste na Ufes
 
 Robô ajuda pessoas a andar: equipamento está em teste na Ufes

 

Caio, que experimentou a sensação de andar novamente pela segunda vez, disse que é bom ver o mundo do alto.

"É bom a gente falar com os outros olho no olho ao invés de baixo pra cima. Uma coisa que é simples pros outros, mas pra gente é uma diferença grande", disse Caio.

Fabrício Costa, consultor socioambiental e pai de Caio, sorriu ao ver o filho fazendo os movimentos de caminhada.

"Valeu muito a pena. Tudo o que estiver relacionado à melhoria da qualidade de vida do Caio, meu sorriso vai ser cada dia maior", disse o pai de Caio.

 

O pesquisador Fernando Zanela disse que o interesse é desenvolver pesquisas nas áreas de saúde e tecnologia e, futuramente, oferecer à população.

A gente tem o interesse em desenvolver pesquisa de alto nível com esse equipamento e tem o interesse de oferecer esse tipo de atendimento para a comunidade", disse o pesquisador.
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Por Fantástico.

Uma jovem de 18 anos morreu no interior de São Paulo depois de complicações provocadas pela retirada dos dentes do siso. A história da Isadora Belon Albanese repercutiu nas redes sociais e acendeu um alerta sobre os riscos desse procedimento e os cuidados que precisam ser tomados antes e depois da cirurgia.

Isadora era a única filha de Ricardo e Graziela. Este ano, a jovem começou a sentir desconforto no dente do siso do lado direito e decidiu extrair os dois dentes dessa região.

A dentista recomendou que ela também extraísse o dente do siso do lado esquerdo como precaução. No entanto, algo inesperado aconteceu durante a extração do dente do siso do lado esquerdo. Após a segunda cirurgia, Isadora experimentou dois dias de intensa dor.

 
"Ela já foi no nosso quarto gritando de dor e falando: eu não aguento mais, eu não aguento mais. A dentista me acalmou e falou: não, isso é previsto, calma, vamos trocar o antibiótico [...] ela teve falta de ar”, relatou a mãe de Isadora.

Isadora foi internada e morreu dois dias depois. Os pais levaram o caso às redes sociais e reuniram mais de 60 mil assinaturas para pedir que fosse criada uma normativa para a extração do siso.

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo recebeu o pedido, mas disse que não é possível impor uma norma única para a extração do dente do siso. O órgão é que fiscaliza esses profissionais sempre que recebe uma denúncia.

"Um protocolo eficiente, ele dá ao profissional liberdade de escolha entre a manobra técnica que ele achar a mais pertinente, bem como de pra aplicar o melhor medicamento para aquele evento cirúrgico planejado", explicou Sidney Neves, especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial.

O médico ainda esclarece que a extração do dente do siso em si não é uma causa comum de morte.

"Na verdade, ela não morreu tirando o dente do siso. Normalmente está relacionado a um processo infeccioso e vale lembrar que são muito raros. A cirurgia do siso é um procedimento extremamente seguro, destacou o especialista.
 
Isadora e os pais, Ricardo e Graziela — Foto: Reprodução/TV Globo

Isadora e os pais, Ricardo e Graziela — Foto: Reprodução/TV Globo

Paciente que teve complicações, precisa efetuar fisioterapias após extração.

Outro caso mostrado na reportagem também retrata possíveis complicações desse tipo de cirurgia. A fotógrafa Alessandra Alves ainda faz fisioterapia para recuperar os movimentos da boca após tirar dois sisos no começo de junho.

"Os músculos estão bem atrofiado, não consigo abrir a boca totalmente ainda pra comer. Foi bastante traumático", relatou Alessandra.

No dia seguinte à cirurgia, Alessandra começou a perceber que algo estava errado. O inchaço repentino na lateral da bochecha, que se espalhou para o pescoço fez com que ela tivesse que ir para o hospital. Em razão das complicações, Alessandra foi internada duas vezes. Ao todo, ela ficou 22 dias na unidade de saúde.

 
"A última internação, eu corria risco de vida, já estava correndo o risco de ir pro sangue a bactéria".
Paciente teve complicações após extração dos dentes do siso  — Foto: Reprodução/TV Globo

Paciente teve complicações após extração dos dentes do siso — Foto: Reprodução/TV Globo

Riscos e cuidados

As infecções dos dentes do siso em casos graves - podem ultrapassar a camada óssea e se espalhar pelo corpo comprometendo outros órgãos.

Segundo especialistas, a cirurgia para retirada desse dente é bem mais moderna que no passado, mas ainda assim invasiva. Por isso, é importante que o cirurgião-dentista levante todo o histórico de doenças do paciente e avalie a necessidade de exames de sangue e radiografia - independentemente da idade.

"O ideal é que a gente tenha aí de seis a oito semanas de prazo entre uma cirurgia e outra. É melhor fazer um de cada vez", disse Mustapha Amad Neto, cirurgião-dentista.
 

O pós-operatório também tem detalhes importantes: o paciente tem que evitar esforço físico, ter cuidado com a higiene da boca, alimentação fria - líquida ou pastosa sendo preciso seguir à risca a medicação prescrita.

O que dizem os envolvidos?

Em nota, o Hospital Modelo, de Sorocaba, disse que Isadora foi submetida a uma bateria de exames que constatou um quadro já grave de infecção. Mesmo com medicamentos, o estado se agravou para infecção generalizada.

Ainda de acordo com a unidade de saúde, ela foi submetida a uma cirurgia com médico especializado em operações buco maxilares. Mas os esforços empregados foram insuficientes.

A reportagem questionou sobre o atraso do cirurgião especializado, mas o hospital não respondeu a essa questão.

A dentista que atendeu Isadora também informou que todas as medidas preparatórias foram tomadas., assim como as medicações pré e pós-operatórias e o acompanhamento pós-cirúrgico e orientações à família. E que lamenta o ocorrido.

 

 
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Por Fantástico.

Um ginecologista e obstetra foi preso esta semana, no Paraná, suspeito de abusar sexualmente de pacientes. Segundo as acusações, tudo acontecia no consultório.

Quinze mulheres já procuraram a polícia. Entre os relatos, há denúncias até de hipnose como tática para facilitar o assédio

Quem é o médico

Felipe Sá tem 40 anos, é médico formado pela Universidade Federal de Goiás, especialista em ginecologia e obstetrícia, mestre em saúde pública pela Universidade de São Paulo (USP).

Tem um consultório num bairro nobre de Maringá e de lá saiu preso temporariamente, na última quinta-feira (15), suspeito de crimes sexuais.

 
Felipe Sá, médico ginecologista e obstetra preso esta semana, no Paraná, suspeito de abusar sexualmente de pacientes — Foto: Reprodução/ TV Globo

Felipe Sá, médico ginecologista e obstetra preso esta semana, no Paraná, suspeito de abusar sexualmente de pacientes — Foto: Reprodução/ TV Globo

As denúncias

"Felipe foi uma indicação, sempre foi muito conhecido pelo parto humanizado, atendimento humanizado [...] É isso que me motivou a fazer a denúncia, né? Porque ele usa um discurso de empoderamento feminino pra atrair mulheres pra poder abusar delas", conta uma das vítimas.

As três primeiras vítimas que fizeram a denúncia não se conheciam, mas se encontraram depois de um comentário num grupo de conversas de mães, em redes sociais.

"Uma mulher teve a coragem de não recomendá-lo nesse grupo. Ele foi muito bom comigo até o dia em que eu fui sozinha na consulta. Aí outras mulheres começaram a se pronunciar nesse grupo. E aí a gente foi conversar ali individualmente e, enfim, a gente identificou que a linha de atuação dele é a mesma para todas", diz a vítima.
 

Outra mulher, que não quer se identificar, escolheu Felipe Sá para acompanhar sua gestação. Ela conta que Felipe sugeriu uma hipnose durante a consulta.

"Ele pediu pra que eu fechasse os olhos, que eu me imaginasse num lugar paradisíaco, contou até dez, estralou os dedos. Mas em nenhum momento eu estava hipnotizada, eu estava em sã consciência. Ele falou: 'não, é sério. Se imagine tendo relações sexuais só com coisas que estejam dentro dessa sala.' Aí ele começou a pegar pesado do tipo, 'você se tocaria agora?'", relata a mulher.

A mulher também ressaltou que o médico disse que ela poderia ficar à vontade: "Eu sou profissional o suficiente pra poder separar as coisas, eu não vou ficar excitado".

"E ele foi insistindo, de eu me tocar, deu tirar minha blusa", recorda a vítima.

Entre os depoimentos à polícia, uma vítima disse que, durante um exame, o médico introduziu a mão em seu canal vaginal; e que ele mudou a posição da mão e passou a massagear seu clitóris.

Uma outra mulher contou à polícia que durante uma hora de consulta, o médico pediu 12 vezes para que ela levantasse a blusa. Em todas, ela negou. Segundo a polícia, um caso de importunação sexual.

 
Denúncia de mulheres que levou à prisão ginecologista suspeito de crimes sexuais; veja relatos — Foto: Reprodução/ TV Globo

Denúncia de mulheres que levou à prisão ginecologista suspeito de crimes sexuais; veja relatos — Foto: Reprodução/ TV Globo

A prisão

A polícia alega que prisão temporária foi necessária para continuar as investigações.

"Ele utilizava esse expediente aí, esse universo de fragilidade feminina pra supostamente praticar esses atos sexuais", relata o delegado Dimitri Tostes Monteiro.

O médico Felipe Sá está preso na cadeia pública de Maringá. O mandado de prisão é por 30 dias, mas pode ser prorrogado pelo mesmo período.

Conforme o delegado responsável pelo caso, Felipe Sá só deverá ser interrogado depois que todas as vítimas forem ouvidas.

O Conselho Regional de Medicina disse em nota que instaurou procedimento para apurar a denúncia de possível desvio ético do médico Felipe Sá e que o trâmite está sob sigilo.

 

Segundo a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná, a hipnose é reconhecida como terapia, mas há regras:

"A hipnose é uma terapia reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1999, por ser um procedimento, deve ter um termo de consentimento e não pode ser utilizada para redução da resistência física sem ser para uma terapia", Acássia Nasser da presidência da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná.

O que diz a defesa?

Fantástico procurou a defesa do médico Felipe Sá. O advogado dele encaminhou um vídeo.

"As alegações contra o meu cliente são infundadas e não condizem em nada com seu histórico profissional. No mais, todos os elementos da defesa serão apresentados durante o transcurso do processo judicial", disse o advogado do médico.
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Realizada nos dias 5 e 7 de junho na capital baiana Salvador, a 11ª Conferência Estadual de Saúde da Bahia, organizada pelo Conselho Estadual de Saúde (CES-BA) e realizada pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), tem como tema: "Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia - Amanhã Vai Ser Outro Dia mesmo tema da 17 Conferência Nacional de Saúde. Precedida pelas Conferências Municipais de Saúde.
Representando Licínio de Almeira, estiveram presentes os delegados da saúde, Túlio Ribeiro, Fabiano Bonfim e João Paulo Castro.
Entre os objetivos da Conferência foram debatidas com enfoque na garantia dos direitos e na defesa do SUS, da vida e da democracia, reafirmar e efetivar os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), da universalidade, integralidade e equidade para garantia da saúde como direito humano, com a definição de políticas que reduzam as desigualdades sociais e territoriais, e mobilizar e estabelecer diálogos diretos com a sociedade brasileira acerca da saúde como um direito constitucional e da defesa do SUS.
Em consonância com o tema central da Conferência, foram discutidos três eixos temáticos: O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas - Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia e Amanhã vai ser outro dia para todos, todas e todes.
A 11ª Conferência Estadual de Saúde da Bahia foi constituída por quatro momentos estratégicos, que são. Plenária de Abertura, Instâncias deliberativas, atividades de arte, cultura e educação popular, e Plenária Final.saude 02

ASCOM - Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Licínio de Almeida - Bahia -  “Governando Com Responsabilidade”

Contato.: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
http://liciniodealmeida.ba.gov.br/
Cel.: (77) 99171-2223 – Assessor João José (JJ)

Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por Dalia Ventura, BBC.

Foi uma pergunta aleatória. Sabine Hossenfelder estava em um táxi com um jovem e, quando ela informou ser física teórica, o rapaz perguntou: "Um xamã me disse que minha avó continua viva devido à mecânica quântica. Isso é verdade?".

O rapaz talvez não soubesse, mas Hossenfelder era a pessoa ideal para ele fazer essa pergunta.

A cientista, que hoje trabalha no Centro de Filosofia Matemática da Universidade de Munique, na Alemanha, passa o tempo procurando respostas para esse tipo de questionamento.

"Foi isso que me interessou na física desde o início: todas aquelas grandes questões difíceis de responder", disse ela à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

 

"Vinte anos depois, ainda não tenho as respostas, mas se você me fizer uma pergunta, posso lhe dar uma resposta bem longa."

Essas respostas estão refletidas em artigos de imprensa e em livros como Lost In Math ("Perdidos na matemática", em tradução livre, sem versão no Brasil) e Existential Physics: A Scientist's Guide to Life's Biggest Questions ("Física Existencial: um guia científico para as maiores questões da vida", também sem versão no Brasil).

Além disso, ela se tornou conhecida por meio de seu blog BackRe(Action) e de seu popular canal no YouTube.

Centenas de milhares de pessoas seguem a cientista na internet. "Somos atraídos por mistérios", diz.

"Acho que por trás dessa atração está o desejo de entender como nos encaixamos neste universo, o que essas leis fundamentais que usamos na física nos dizem sobre isso", explica Hossenfelder. "Elas não respondem exatamente a todas as grandes questões, mas nos dão uma pista sobre o que é possível e o que não é."

Mas voltando à pergunta do início deste texto: O que o xamã disse ao jovem do táxi pode ser verdade?

Relatividade

"Eu realmente não sabia o que responder, porque a mecânica quântica em si não tem muito a ver com vida após a morte", diz Hossenfelder.

 

"Mas, após pensar um pouco sobre isso, cheguei à conclusão de que não era completamente falso."

"Se você deixar de lado a mecânica quântica, é verdade que nossas teorias de espaço e tempo, que remontam principalmente a Albert Einstein, nos dizem algo sobre a realidade do passado e também do futuro, embora o futuro seja mais complicado porque dessa mecânica quântica."

Seguindo esse fio, ela chegou a uma resposta para a pergunta peculiar.

"O que Einstein nos ensinou, embora eu ache que foi uma surpresa para ele mesmo que isso fosse uma consequência de sua teoria, é que fundamentalmente você não pode falar da existência deste momento presente sem também reconhecer a existência do passado exatamente da mesma maneira", diz Hossenfelder.

Você provavelmente já percebeu: o presente é um instante entre o passado e o futuro.

Se eu perguntar o que você está fazendo agora, você responderá que está lendo este artigo, mas mesmo essa resposta já tem um pouco do passado.

"Tudo o que você vive, tudo o que você vê, você vê como se fosse uma pequena quantidade de tempo no passado", detalha Hossenfelder.

Ou seja, o momento "agora" é impossível de descrever.

Além disso, "o que chamamos de momento presente pode ser o futuro ou o passado para outra pessoa. Einstein chamou essa noção de independência do observador".

 

O trem de Einstein

Para entender melhor, vamos relembrar um dos famosos experimentos mentais de Einstein.

Até então, duas correntes da física pensavam de maneira diferente: os newtonianos afirmavam que, ao medir a velocidade da luz, ela seria diferente dependendo de como você se movia; já os maxwellianos argumentavam que a velocidade da luz era sempre a mesma.

Einstein se concentrou em um elemento-chave da velocidade: o tempo.

E percebeu que a afirmação sobre o tempo era uma pergunta sobre o que é simultâneo.

Por exemplo, se você diz que um trem chega à estação às 7h05, isso significa simplesmente que ele chega à plataforma no mesmo momento em que o relógio está marcando 7h05.

 

Mas Einstein achava que essa noção de coisas acontecendo ao mesmo tempo na verdade dependia de como você está se movendo.

E isso significava que o fluxo do tempo poderia não ser o mesmo para todo mundo.

Para explicar isso, Einstein imaginou um homem parado na plataforma de uma estação de trem. De repente, dois raios caem de cada lado dele, exatamente à mesma distância.

A luz de cada um dos raios atinge seus olhos precisamente no mesmo momento.

Para esse homem, os dois raios caíram simultaneamente.

Mas, naquele exato momento, um trem que viaja próximo à velocidade da luz está passando. Nele, há uma mulher.

 

À medida que a luz emana dos raios, o trem se move em direção a um enquanto se afasta do outro.

A luz do raio à frente, em direção ao quem está no trem, chega primeiro aos olhos da mulher, pois a distância é menor. A luz do raio de trás chega depois.

Ou seja, ao contrário do homem na plataforma, para a mulher, o tempo transcorreu entre os dois raios: um caiu antes do outro.

Portanto, se a velocidade da luz é constante - e é - qual dos observadores está certo? Os raios caíram ao mesmo tempo ou um depois do outro?

A resposta: nenhum e ambos. Ambos têm uma perspectiva igualmente válida.

"Todos os observadores têm os mesmos direitos, por assim dizer: sua realidade não é mais real do que a minha", observa Hossenfelder.

O passado presente

Essa impossibilidade de definir uma noção do agora é chamada de "relatividade da simultaneidade".

"Einstein disse que temos que tratar o tempo como uma dimensão, e ele criou uma entidade chamada espaço-tempo", explica a física teórica.

"Depois de fazer isso, você não pode introduzir um momento específico ao agora, porque isso não funciona para todos os observadores."

Seguindo essa lógica, se não houver uma noção inequívoca para definir o que acontece agora, aponta Hossenfelder, então todo momento pode ser "agora" para alguém.

 

Isso incluiria todos os momentos do seu passado e do seu futuro.

"Isso leva à conclusão de que o passado existe da mesma forma que o presente", diz Hossenfelder.

Esse raciocínio nos levaria a pensar que o passado em que vive sua tataravó existe da mesma forma que o nosso presente.

"É claro que se você quiser falar com sua tataravó, nada disso vai te ajudar... ainda não sabemos como fazer isso", afirma.

E essas últimas palavras nos chamaram a atenção: o que ela quis dizer com "ainda"?

As leis

"Neste ponto, tenho que admitir que o que se segue são coisas em que acredito, que acho interessantes, mas podem ou não estar corretas”, diz a cientista.

No mínimo, ficamos intrigados, principalmente considerando que as reflexões de Sabine Hossenfelder são derivadas do estudo da física fundamental.

"Se você pensar sobre isso, quando alguém morre, de certa forma, eles continuam a existir”, diz Hossenfelder.

"O que acontece é que todas as informações que compunham sua personalidade - as conexões específicas dos átomos, as sinapses em seu cérebro e assim por diante - se decompõem, se desfazem. Mas sabemos, pela maneira como as leis fundamentais da natureza funcionam, que essa informação não é destruída."

 

"A única coisa que acontece é que ela se difunde em correlações sutis nos restos do corpo, se enreda com outras partículas, se espalha por todo o planeta Terra e, a longo prazo, por todo o universo."

Então: a informação ainda está lá, mas, para fins práticos, é impossível recuperá-la.

No entanto, Hossenfelder se pergunta: quem sabe o que acontecerá em um bilhão de anos?

"O universo vai existir por algum tempo, então há potencial para desenvolvimento tecnológico", diz Hossenfelder.

"Mesmo que a informação que compõe uma pessoa não esteja mais em um só lugar e não possamos conversar com ela, talvez alguém descubra como fazer isso. Ou algo pode mudar na natureza dos humanos; talvez algumas consciências cósmicas também se espalhem e essas informações se tornem acessíveis novamente”, afirma a cientista.

"Eu sei que parece loucura, e confesso que tenho dificuldade em entender isso intuitivamente, mas com base no que sabemos sobre como nossas teorias atuais funcionam, parece que nossa existência transcende a passagem do tempo. Há algo atemporal sobre a informação que nos constitui, além de constituir tudo no universo."

Como Einstein escreveu...

"Para nós, físicos crentes, a distinção entre passado, presente e futuro tem apenas o significado de uma ilusão, ainda que persistente."
 
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Por Carlos Henrique Dias, TV Globo e g1 SP — São Paulo.

A falsa médica de 37 anos que pagou R$ 50 mil de fiança sendo liberada para responder em liberdade com medidas cautelares após ser presa na terça-feira (30) na região de Perdizes, Zona Oeste de São Paulo, afirmou à polícia ter renda de R$ 20 mil a R$ 30 mil. Ela usava o carimbo de uma médica otorrinolaringologista e nutróloga.

Marcela de Castro Gouveia tinha o mesmo nome e o sobrenome parecido com o de uma médica que atende em Mairiporã e Caieiras, na Grande São Paulo. A suspeita usava CRM da profissional para solicitar exames e receitar remédios, como o flagrado no momento da prisão.

Após ser presa por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica, marcela afirmou à investigação ser farmacêutica de formação e estudante de medicina.

A falsa médica foi descoberta por uma paciente que pesquisou seu nome e descobriu que ela usava o registro de outra profissional.

A médica verdadeira foi avisada da fraude pela paciente e, em seguida, agendou com a suspeita uma consulta para uma amiga, que foi ao consultório dela acompanhada de um policial. A prisão em flagrante da falsa profissional ocorreu depois que ela assinou e carimbou a receita.

Em nota, o advogado de Marcela Castro Gouveia, Gustavo Polido, disse que a ação policial se deu equivocadamente e que não houve utilização de qualquer nome. Segundo ele, houve equívoco nos carimbos recebidos, pois as duas possuem o mesmo nome, sem qualquer intenção de fraude.

 

Conforme o delegado responsável pela investigação, a falsa médica se aproveitava da fama nas redes sociais. Ela se apresentava como especialista em medicina estética.

"A gente acredita que ela se utilizava dessa fama, de ter muitos seguidores, de ter conhecimento técnico na área de estética, para utilizar desse carimbo, a fim de que pudesse dar maior legitimidade a sua atuação, uma vez que não detém título de médico, mas tem conhecimento dessa área de estética", contou o delegado.

A polícia não informou por quanto tempo a falsa médica realizou os atendimentos nem se algum dos pacientes dela chegou a ser prejudicado.

Crise de pânico e choro.

À Justiça, a defesa de Marcela afirmou que ela "encontra-se em tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico há 4 anos por quadro de transtorno misto de ansiedade e depressão". A suspeita teve uma crise de pânico e choro ao ser presa.

Mesmo em liberdade, ela terá que comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades; tem obrigação de manter o endereço atualizado junto à vara e proibição de ausentar-se da comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação ao juízo sob pena de revogação das medidas e ser presa.

Em consulta aos profissionais no Conselho Regional de Farmácia há um registro ativo em nome de Marcela Castro Gouveia, com "requisitos legais para atuar em saúde estética".

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Por Júlia Putini, g1.

A bronquiolite é uma das possíveis consequências de um dos vírus mais ativos nesta época do ano, vírus sincicial respiratório (VSR). Ele é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas.

Quando acometida por uma bronquiolite, a criança tem uma maior produção de muco nos pulmões e por isso encontra mais dificuldade para a chegada do oxigênio ao sangue.

Karina Pierantozzi Vergani, pneumologista pediátrica pelo instituto da criança do Hospital das Clínicas (HC) da USP, explica que o VSR é responsável por 75% de todos os casos de bronquiolite, principalmente entre os menores de 2 anos. Nessa faixa etária, a mortalidade em decorrência da infecção é maior.

 

Abaixo, nesta reportagem, veja as principais respostas sobre a doença:

  1. O que é a bronquiolite?
  2. Quais os sintomas?
  3. Como é o tratamento?
  4. Quando é preciso ir ao hospital?
  5. É possível prevenir?

1 - O que é a bronquiolite?

A bronquiolite é uma síndrome respiratória que acomete as vias aéreas.O vírus se multiplica nas células do aparelho respiratório superior (nariz, faringe e laringe).

O infectologista Alexandre Naime Barbosa explica que ela é a infecção com inflamação dos bronquíolos, sendo uma ramificação dos brônquios, que por sua vez é uma ramificação da traqueia (a continuação da laringe).

"Você respira o ar, que passa pela boca, pela garganta, vai para a laringe, faringe e depois para os brônquios e bronquíolos. O VSR inflama desde o nariz até os bronquíolos. Quando inflama, junta muita secreção, gerando o famoso chiado no peito", explica o infectologista Alexandre Naime Barbosa.

Karina, pneumologista pediátrica, explica que o muco se instala nos brônquios e impede a chegada de ar nos alvéolos pulmonares, local onde ocorre as trocas gasosas.

 

2 - Sintomas

Nos primeiros dias após a infecção pelo vírus VSR é os sintomas mais comuns são febre e coriza.

 
Depois de 4 ou 5 dias, evolui para sintomas nas vias aéreas inferiores, provocando chiado, tosse, cansaço, falta de ar.
— Karina Pierantozzi Vergani, pediatra e pneumologista infantil

"Na criança, como a via aérea é menor, mais estreita, a passagem de ar prejudicada leva a uma maior quantidade de sintomas", diz Karina.

Entre eles está a tosse, que causa desidratação e pode ser tão intensa que, em alguns casos, é comum ocorrer vômito.

Por isso, acaba sendo recorrente o uso de hidratação intravenosa para auxiliar na recuperação da criança, que fica sem apetite.

3 - Tratamento

A bronquiolite é tratada conforme os sintomas aparecem. "Em caso de febre, a criança vai ser tratada com antitérmico, para a coriza é recomendado fazer lavagem nasal e se evoluir para um quadro de via área inferior precisa ver a necessidade de hospitalização, dependendo da idade e comorbidade", explica a pneumologista pediátrica.

 

Antibióticos e corticoides só são prescritos quando há outra infecção associada, o que acontece com frequência. No entanto, somente um profissional qualificado pode avaliar cada caso e indicar o melhor tratamento.

4 - Quando é preciso ir ao hospital?

A falta de ar pode ser difícil de identificar em bebês, mas é um sinal de alerta que indica que é preciso procurar um hospital com rapidez, pois o quadro pode piorar muito rapidamente. A dificuldade para respirar pode ser identificada quando:

  • o tórax afunda e a barriga dilata quando a criança respira;
  • as laterais do nariz se mexem devido ao grande esforço para inspirar o ar;
  • a fúrcula (osso da parte da frente do pescoço) afunda visivelmente em cada respiração.
 
Em crianças que ainda são amamentadas e menores de 2 anos a doença se torna mais agressiva.

5 - Prevenção

Conforme a pediatra, a melhor forma de prevenção é a lavagem das mãos, o uso de álcool em gel e deixar os ambientes ventilados. Como o vírus fica nas secreções das vias aéreas do paciente infectado, a lavagem nasal também é recomendada.

Apesar de ainda não existir uma vacina para ele, em 30% dos casos de bronquiolite há outra infecção associada, em geral, por influenza A ou B, h1n1, metapneumovírus ou rinovírus. Ou seja, é de suma importância a vacinação contra a gripe.

A médica ainda ressalta que as crianças doentes não devem ser levadas para a escola porque a chance de contaminar os amigos é muito grande.

"O mesmo com adultos. Não devemos ir para o trabalho presencialmente se tiver sintomas respiratórios. Se for algo que você não consegue deixar de fazer, vá de máscara, use álcool em gel e deixe o ambiente de trabalho aberto", recomenda.

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Por Mariana Queiroz, RJ2.

A passista que teve o braço amputado e o útero removido depois de uma cirurgia para retirada de miomas conta que esperou por meses pela vaga para operar e que comemorou muito quando conseguiu.

“Foi muito esperado porque eu rodei muitos hospitais e UPAs atrás da cirurgia. Eu recebi a ligação e achei que minha vida ia voltar ao normal. A fila é enorme para conseguir uma cirurgia, muitos hospitais debilitados, sem vaga. Eu só sabia pular de alegria achando que ia dar tudo certo”, relembra Alessandra dos Santos Silva.

Alessandra estava esperando desde agosto de 2022 pela vaga pelo procedimento e conseguiu a operação no início de 2023. Foram quase cinco meses de uma espera que acabou em angústia. Ela foi operada no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, no dia 3 de fevereiro.

 

“O hospital era da Mulher, bem especializado, eu fui bem tratada quando cheguei lá. Fiz todos os exames, o risco cirúrgico. Acreditei e aconteceu essa atrocidade comigo. Última coisa que eu lembro foi o médico me dizendo que ia dar tudo certo com a cirurgia”, conta.

No dia seguinte à cirurgia, os médicos decidiram remover o útero dela por causa de uma hemorragia.

Em 5 de fevereiro, parentes foram visitar Alessandra, que estava em coma e com as pontas dos dedos esquerdo escurecidas. Braços e pernas estavam enfaixados. Para a família, era o começo da necrose.

A mãe de Alessandra aponta ainda que a equipe médica tentou esconder a necrose.

“Eles tentaram esconder a necrose com ataduras, fingindo que estava aquecendo ela. Ainda falaram ‘é só para aquecer, mãezinha’. Tudo que falavam era por alto. Na transferência que disseram que ela tinha possibilidade de óbito”, afirma Ana Maria.

 

Depois da transferência para o Iecac, em Botafogo, os pais de Alessandra tiveram que decidir pela amputação do braço da mulher, que estava em coma. A passista só acordou do coma em meados de março, foi quando percebeu que estava sem o membro.

“Aí que veio o choque, procurei meu braço e não achava. Além de estar sem braço, eles tiveram que me explicar que eu também estava sem útero. Ai que caiu meu chão, eu quis morrer”, conta Alessandra.

Alessandra esteve no Hospital da Mulher nesta segunda-feira (24) para solicitar os prontuários para entregar às autoridades policiais, mas só deixaram a advogada entrar na unidade e deram o prazo de 30 dias.

Mulher trabalhava como trancista

Durante duas décadas, a profissão da Alessandra encantava mulheres: ela trabalhava como trancista e implantista de cabelos. Ela e o sócio Lucas trabalhavam juntos em um salão na Pavuna e estavam com planos de abrir mais uma unidade do negócio.

“Como que eu faço isso agora se eu fui vítima dessa atrocidade? Espero que eles não façam isso com mais ninguém, eles não tiram vidas só quando as pessoas vão a óbito. Eles tiraram a minha vida”, lamenta ela.

 

Agora, ela ainda não vê possibilidades de retornar ao trabalho que tanto amava. Segundo ela, uma das maiores felicidades era renovar autoestimas.

“Nesse salão a gente ria, deixava as clientes lindas, eu fazia o que eu amava, até isso eles conseguiram tirar. É muito bom transformar as pessoas. Você pega uma mulher que não está lá muito bem com a aparência e ela se olha no espelho e diz: ‘ah, minha autoestima voltou, eu estou linda, meu cabelo’. Era por isso que eu era apaixonada”, conta a cabeleireira.

Sem conseguir trabalhar, ela conta que está dependendo da ajuda de familiares e amigos.

 

“Minha mãe teve um câncer de mama, ela ainda está em tratamento, estamos sem renda. Era eu que ajudava ela em casa. Como vamos viver? Agora eu preciso de uma prótese, ainda conto que alguém vai me doar, porque é muito caro. Nós não temos condições”, lamenta.

Necrose na barriga

Depois da alta médica, a paciente retornou ao Iecac para tirar os pontos do braço. A mãe de Alessandra pediu que o médico analisasse a barriga dela, para ver se os curativos estavam corretos.

“Quando ele viu minha barriga ele quis chorar. Com lágrimas ele me disse que eu tinha que voltar pro hospital porque minha barriga também estava necrosando”, afirma Alessandra.

Traumatizada, ela não quer retornar na unidade para que a situação seja reparada lá.

“Como eu volto para um hospital que tentaram me matar? Eles fecharam minha barriga toda infectada”, questiona a passista.

A passista conseguiu atendimento no Hospital Municipal Souza Aguiar para tratar sobre a necrose na barriga, onde teve alta no dia 5 de abril.

Além disso, ela afirma que espera que o hospital ofereça suporte financeiro.

"Eu quero e exijo saber o que aconteceu. Eu vou lutar e vou até o fim. Tenho fotos, tenho vídeos e provas. Quero me contem a verdade. Eles tem que ser honestos, quero saber qual erro que causou a amputação do meu braço. Eles esperavam que eu morresse em casa? Espero pelo menos uma reparação moral e financeira porque eles acabaram com a minha fonte de renda", reforça ela.

Ana Maria pede que outras famílias tenham atenção com seus filhos durante internações.

“É uma dor muito grande, mas graças a Deus ela está viva. Deixo meu recado para quem é mãe: sempre vigiem suas filhas, fiquem perto, cuidem, porque tem muito médico negligente. Espero que eles paguem pelo que minha filha está passando”, pede a mãe.
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A Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de saúde, inaugurou na última sexta (31), o centro de atendimento COVID do município de Licínio de Almeida, foi uma conquista muito grande para a população,  o centro prestará serviços de imunização contra o Corona-Virus, realizará testagem a pacientes sintomáticos, além de atendimento a casos leves e encaminhando os casos graves para rede de urgência e emergência na rede hospitalar.
 Além de reduzir a circulação de pessoas com sintomas leves em outros serviços de saúde, a implantação do centro de atendimento busca minimizar os impactos decorrentes da pandemia e permitir que os demais serviços dá Atenção Básica continuem atuando em suas atividades essenciais, como acompanhamento das pessoas crônicas, pré natal, entre outros.
Fizeram presentes o Secretário de Saúde Mario Ediberto (Marinho) e toda sua equipe da saúde, o prefeito em exercício Roberto David de Souza(Robertinho) e sua esposa Sandra e a primeira dama Aline, o Secretário de Infraestrutura Adelino Cotrim (Neto), Diretor de Transporte Vanderfábio, o Secretário de Agricultura José dos Santos Leal (Zé da Cut), doutor Junior, Chefe de Gabinete Nivaldo Felix Trindade (Chocolate), Secretária de Educação Carla Mychely, Secretária Assistência Social Laurentina Brito (Tina), Secretário de Governo José Américo, o Agente de Saúde Edilson Barbosa (Lorinho), e os vereadores(a), Lucivando Ribeiro (Vandão), Lindinéia Oliveira (Cury), Erlan da Conceição (Pizão) e Juarez Nunes (Juca) .
ASCOM - Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Licínio de Almeida - Bahia -  “Governando Com Responsabilidade”
Contato.: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
http://liciniodealmeida.ba.gov.br/
confira as imagens do evento.: 
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A 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), em Brumado, está investigando crimes análogos de ameaça, lesão corporal grave com arma branca e bullying que aconteceu na frente do Colégio Estadual de Brumado (CEB). O delegado Cláudio Marques instaurou um procedimento criminal nesta sexta-feira (31). Segundo informações, um menor de 16 anos de idade foi lesionado com um golpe de faca nas costas, fato este que aconteceu em frente a unidade de ensino.
Todos os envolvidos são alunos do colégio e os relatos apontam que outro menor de idade por não aceitar o fim do relacionamento com uma garota também menor de idade, passou a fazer ameaças para o atual namorado e sua ex-namorada, além disso, fez sérias ameaças no Instagram de outra pessoa que foi hackeado, onde dizia que iria tocar o terror no CEB dando a entender que faria outras vítimas.
A vítima informou que o golpe da faca seria no seu tórax, mas que ao se desvencilhar da facada, foi atingido nas costas com um único golpe. O menor foi socorrido e levado ao Hospital Municipal de Brumado, onde ficou em observação e já foi liberado. Segundo os depoimentos de testemunhas, o autor dos fatos estaria indo com frequência armado para a escola com uma arma branca (faca) no sentido de intimidar suas vítimas. Os nomes dos envolvidos foram mantidos em sigilo para preservar a integridade física e moral dos envolvidos e por se tratarem de menores de idade. O caso está sendo apurado em segredo de justiça.
por .: ASOM -  Polícia Militar da Bahia - 
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Por g1.

Um novo medicamento experimental eliminou completamente o câncer em um terço dos pacientes com leucemias agudas avançadas nos Estados Unidos.

Publicado na revista Nature, o estudo clínico de fase 1/2 administrou uma pílula chamada revumenib em 68 pacientes diagnosticados com a doença com rearranjos KMT2A ou NPM1 mutante. A nova droga foi responsável pela remissão completa do câncer em 18 participantes.

“As leucemias agudas com rearranjos KMT2A são difíceis de tratar e as mutações NPM1 são a alteração genética mais comum na leucemia mieloide aguda (LMA). Esses subconjuntos não têm terapias direcionadas especificamente aprovadas", disse Ghayas Issa, líder do estudo

 

A LMA é um tipo de câncer produzido nas células da linha mielóide (originária da medula) dos leucócitos. Ele se caracteriza pela rápida proliferação de células anormais que se acumulam na medula óssea e interferem na produção de glóbulos vermelhos normais. Por ser aguda, ela apresenta rápido desenvolvimento, o que torna extremamente importante dar início ao tratamento o quanto antes.

Os resultados são preliminares e não sugerem uma cura definitiva, mas os autores do estudo estão otimistas.

“Estou animado com esses resultados, que sugerem que o revumenib pode ser uma terapia oral direcionada eficaz para pacientes com leucemia aguda causada por essas alterações genéticas. Essas taxas de resposta, especialmente as taxas de eliminação da doença residual, são as mais altas que já vimos com qualquer monoterapia usada para esses subconjuntos de leucemia resistente”, explicou Issa.
 
 

A droga não funciona para todos. Os pesquisadores se concentraram em dois subtipos genéticos, nos quais uma proteína permite o progresso da leucemia.

"Os dois subtipos genéticos de leucemia aguda envolvidos nesta pesquisa representam aproximadamente 40% de todos os casos de LMA em crianças e adultos", disse Scott Armstrong, um dos autores da pesquisa.

Nos testes, a proteína com o revumenib produziu respostas importantes para os dois tipos de leucemia.

“As respostas neste estudo mostram que os inibidores desta proteína podem ser uma opção de tratamento promissora que é bem tolerada pelos pacientes e pode ser a mais nova adição a terapias direcionadas bem-sucedidas para leucemia aguda”, disse Issa.

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Erivaldo Brito de Souza, filhos do sr. Francisco Bento de Souza e da srª Donatília Brito de Souza da comunidade Barra no município de Licínio de Almeida,  se formou em Medicina na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. Em seguida, fez três anos de residência médica em Anestesiologia no Centro de Ensino e Treinamento em São José dos Campos - SP.
Após a conclusão de sua primeira residência, Erivaldo foi aprovado em Medicina Intensiva no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, um dos serviços médicos mais concorridos do país. Depois de dois anos de estudo, ele concluiu sua segunda residência médica e recebeu o título de especialista em Medicina Intensiva.
É um grande benefício para nossa região ter um médico com habilidades e conhecimentos em duas áreas, que poderá ajudar a melhorar a qualidade dos serviços médicos oferecidos. Certamente terá um impacto positivo na saúde e no bem-estar da população local.

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Por g1 BA e TV Sudoeste.

Pacientes do Hospital Afrânio Peixoto, em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, estão com as cirurgias atrasadas por causa de falta de roupas de cama. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a empresa que prestava o serviço de lavanderia descontinuou o serviço antes do término do contrato.

A filha da artesã Eliane Luedy está internada na unidade. Nos últimos dias ela não pôde usar lençol, porque a roupa de cama foi levada para a sala de cirurgia.

"Já vi médicos cancelarem a cirurgia de uma outra jovem que estava aguardando há oito dias, porque não tinha roupa para os profissionais de saúde", contou Eliane.

 

Os pacientes ainda contaram que, além das roupas de cama, faltam toalhas. Em alguns casos, os profissionais de saúde têm levado os materiais de casa para que as cirurgias e outros procedimentos possam acontecer.

Em nota, a Sesab afirmou que, após a desistência da empresa contratada, ela acionou a empresa que havia vencido o processo licitatório para que assumisse o serviço e a situação já está sendo resolvendo.

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Você já ficou doente e ouviu do médico: isso é uma virose?

Nessa época do ano, receber esse diagnóstico é mais comum do que a gente imagina. Um surto de virose assustou a população de Santa Catarina. Só em Florianópolis, segunda Secretaria Estadual de Saúde, de 1 a 20 de janeiro, foram registrados 3.102 casos de diarreia. Quatro vezes mais que no mesmo período do ano passado.

No Podcast de hoje, a pediatra Ana Escobar vai contar para a gente por que as viroses são mais comuns no verão, como se cuidar, o que fazer se você ficar doente e como identificar se o que você tem é uma virose.

 
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Por Roberto Peixoto, g1

O Ministério da Saúde anunciou neste domingo (22) que por causa da desassistência sanitária da população do território Yanomami estuda acelerar um edital do Programa Mais Médicos para recrutar profissionais para atuação nos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei).

Segundo a pasta, o recrutamento seria de médicos tanto formados no Brasil como no exterior, e a atuação seria de maneira permanente, inclusive no Dsei Yanomami, onde quase 100 crianças morreram no ano passado, segundo o Ministério dos Povos Indígenas.

Os Dsei são unidades de responsabilidade sanitária federal e correspondem a uma ou mais terras indígenas.

“Tínhamos um edital só para brasileiros. Só em seguida que faríamos um edital para brasileiros formados no exterior e, depois, para estrangeiros. Frente à necessidade de levarmos assistência à população dos distritos indígenas, especialmente aos Yanomami, queremos fazer um edital em que todos se inscrevam de uma única vez”, explica o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes.

Ainda de acordo com a pasta, a medida é uma das ações da Sala de Situação, criada na sexta-feira (20), para apoiar ações de enfrentamento à desassistência dos povos que vivem no território Yanomami.

Criado na gestão de Dilma Rousseff (PT) em 2013, o programa Mais Médicos sofreu resistências do último governo, que decidiu criar um novo programa em 2019, o Médicos pelo Brasil, para substituir o programa petista.

Como mostrou o g1, na prática, isso não aconteceu. Até então, os dois programas estavam existindo de forma concomitante. E, segundo o secretário do Ministério da Saúde, não foram suficientes para preencher as vagas no interior e em periferias, áreas que mais sofrem com a falta de médicos na atenção básica.

Lula convoca ação de emergência na Terra Yanomami, assolada por fome e doenças
 
 "A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) está garantindo recursos para um edital em andamento, em que há 77 médicos alocados em Dsei. O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami é um dos que mais carece de profissionais entre os territórios, com apenas 5% das vagas ocupadas. Por isso, a necessidade de um novo edital formulado já a partir desta semana, contemplando a necessidade da saúde indígena", informou o ministério.
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Por Marina Pagno, g1.

O Brasil registrou 1.016 mortes por dengue em 2022, algo nunca visto desde a década de 1980, quando a doença 'ressurgiu' no país e começou a ser mais frequente, com ciclos de maior e menor intensidade. Leia mais abaixo o que é preciso saber sobre a doença.

  • Além das 1.016 mortes por dengue confirmadas, outras 109 estão em investigação;
  • Até então, o ano de 2015 tinha sido o mais mortal para a dengue no Brasil, com 986 óbitos;
  • Em 2022, foram registrados 1.450.270 casos prováveis da doença no País;
  • O aumento é de 162,5% se comparado com 2021 - em todo o ano de 2021, 544 mil foram infectados.

Os dados estão no boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta semana com os dados consolidados de 2022.

Nos últimos anos, as maiores epidemias de dengue no Brasil aconteceram em 2015, 2016 e 2019.
 

No final do ano passado, já havia um alerta para uma nova epidemia da dengue em 2022, que atingiu todas as regiões e deve se manter nos primeiros meses de 2023.

Antes vista com mais força em regiões quentes e úmidas, desta vez a dengue decidiu se concentrar também em áreas que antes registravam pouca ou nenhuma incidência de infecções pelo vírus, que é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.

 

"Em Santa Catarina, por exemplo. Joinville e Blumenau, que nunca tiveram dengue, neste ano estão tendo uma grande epidemia desde o primeiro semestre", afirmou o médico infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, as cidades com os maiores registros de casos prováveis de dengue em 2022 foram:

  1. Brasília (DF): 70.672 casos;
  2. Goiânia (GO): 56.503;
  3. Aparecida de Goiânia (GO): 27.810;
  4. Joinville (SC): 21.353;
  5. Araraquara (SP): 21.070;
  6. São José do Rio Preto (SP): 20.386;

O que está por trás da epidemia de 2022

Períodos chuvosos, principalmente no verão, aliados à diminuição da percepção de risco para a dengue, são apontados como os principais motivos que levaram à alta nos casos e mortes em 2022.

Com a chuva, aumentam os riscos de água parada. É o cenário perfeito para que o Aedes aegypti se reproduza.

O infectologista Alexandre Naime Barbosa também cita a falta de políticas públicas para orientar e incentivar à população a combater a dengue.

 

"Para você controlar a dengue, você precisa controlar o vetor. Para controlar o vetor, você precisa da colaboração da população e de ações públicas. As ações nos municípios foram bastante diminuídas por conta da pandemia, como os 'fumacê' e as visitas dos agentes de saúde e de endemias", diz Barbosa.

O principal vetor da dengue é mosquito Aedes aegypti. O vírus é transmitido para humanos por meio da picada da fêmea do mosquito infectado. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito e, assim, evitar que ele se prolifere.

"As pessoas esqueceram que a dengue mata. Se esqueceu tudo aquilo que estava se falando da dengue, de não criar o mosquito e, além disso, faltou uma campanha do Ministério da Saúde", diz Barbosa.
 

Como a previsão aponta para novamente um verão chuvoso no Brasil, a tendência, segundo o especialista, é de que a dengue siga em alta pelo menos até meados de abril de 2023.

"Nós vivemos em um caldeirão de doenças infecciosas. A gente tem que ficar em alerta sempre", resume o infectologista.

O que é essencial saber sobre a dengue:

  • O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado e possui quatro sorotipos diferentes - todos podem causar as diferentes formas da doença;
  • Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte;
  • Os principais sintomas são: febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas;
  • dengue hemorrágica, forma mais grave da doença, é mais comum quando a pessoa contrai o vírus pela segunda vez;
  • Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento;
  • Como evitar a dengue? O mais importante é não deixar água parada e acumulando por aí: o mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta;
  • E a vacina? Por enquanto, há somente um imunizante disponível no Brasil, mas apenas no mercado privado e com restrições de uso. Ele só pode ser aplicado em quem já teve contato com o vírus da dengue, justamente para evitar uma nova infecção e a dengue hemorrágica.
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Por.: Sertão em Dia.
Um homem de 25 anos, identificado como José Leandro Santos Duarte, morreu neste sábado (10), após um acidente de trânsito na cidade de Presidente Jânio Quadros. Segundo informações, Leandro, que é natural do município de Maetinga, pilotava sua motocicleta, na BA-623, quando colidiu com uma ambulância da prefeitura de Presidente Jânio Quadros. Ele morreu na hora. A 80ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) registrou a ocorrência. O local foi isolado até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
O corpo de Duarte foi encaminhado para o Instituo Médico Legal (IML) de Vitória da Conquista. Não foi divulgado horário de velório e sepultamento. A Prefeitura de Presidente Jânio Quadros emitiu nota de pesar e lamentou a morte de Santos. “Todas as providências cabíveis, bem como prestará apoio inicial às famílias da vítima e aos profissionais da Secretaria Municipal da Saúde envolvidos na ocorrência. A Prefeitura Municipal reitera seu mais profundo pesar pelo ocorrido e presta sua solidariedade aos familiares e amigos da vítima”.
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Por g1.

Pesquisadores relataram nesta terça-feira (29) que uma droga experimental retardou moderadamente o inevitável agravamento do Alzheimer, doença que lentamente destrói habilidades de memória e pensamento e outras funções mentais importantes.

lecanemab, produzido pela empresa americana de biotecnologia Biogen juntamente com a farmacêutica japonesa Eisai, já havia mostrado resultados positivos em setembro, quando foi anunciado que a droga diminuiu cerca de 27% a taxa de declínio cognitivo em uma escala de demência clínica durante um período de 18 meses (taxa essa comparada com a de pacientes que receberam placebo).

Agora, as empresas divulgaram os resultados completos de seu estudo com quase 1.800 participantes entre 50 e 90 anos com Alzheimer em estágio inicial em um congresso em San Francisco, nos Estados Unidos, e publicaram o material no prestigiado periódico científico The New England Journal of Medicine.

 

Os novos dados, porém, embora bastante celebrados, mostraram que a droga - um anticorpo projetado para remover depósitos de uma proteína chamada beta-amilóide, que se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer - foi associada a um tipo perigoso de inchaço cerebral em quase 13% dos pacientes que participaram do estudo.

Alguns pacientes também apresentaram sangramentos no cérebro, com cinco sofrendo macro-hemorragias e 14% sofrendo micro-hemorragias - um sintoma ligado inclusive a duas mortes de pessoas que receberam a droga em um estudo de acompanhamento.

Em um comunicado, a Eisai disse acreditar que as mortes "não podem ser atribuídas ao lecanemab".

Essas fatalidades, contudo, ainda estão sendo investigadas, visto que o cientistas ainda não sabem ao certo se foram causadas pela droga.

Maria Carrillo, diretora científica da Associação de Alzheimer dos EUA, afirma que o resultado do estudo é importante justamente porque mostra que a droga ataca a beta-amilóide, um dos principais fatores responsáveis pela progressão do Alzheimer, mas faz uma ressalva.

“Todos nós entendemos que isso não é uma cura, mas estamos tentando realmente compreender o que significa retardar o Alzheimer, porque isso é algo inédito", disse Carrillo.

Apesar disso, qualquer atraso no declínio cognitivo no início da doença pode ser significativo para “quanto tempo temos com nossos entes queridos em um estágio da doença em que ainda podemos aproveitar nossa família”, acrescentou ela.

A Eisai agora está buscando a aprovação da droga com a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA), a reguladora norte-americana.

Segundo a agência Associated Press, uma decisão sobre a aprovação do medicamento é esperada para o início de janeiro.

*Com informações da agência Associated Press.

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Por g1 CE

A síndrome hereditária Li-Fraumeni (LFS) pode causar diversos tipos de cânceres na família do portador, como no caso do economista cearense Régis Feitosa Mota. Em pouco mais de uma década foram 11 diagnósticos de câncer entre ele e os três filhos. As crianças morreram vítimas da doença

O problema é originado pela mutação em um gene a partir do qual é produzida a proteína p53, que impede o crescimento de tumores. O médico especialista em tumores ósseos Manoel Joaquim Diógenes Teixeira explica que a anomalia facilita o surgimento de múltiplos cânceres.

"A síndrome é uma doença genética transmitida por um padrão autossômico dominante e o que acontece uma mutação do gene TP53, que é um gene-guardião que detecta essa mutação e destrói aquela célula mutante. Em algumas pessoas esse gene é defeituoso e não reconhece nem destrói a célula mutante, fazendo com que o portador desenvolva vários tipos de câncer diferentes", explica.

O médico esclarece ainda que a descoberta da síndrome não é feita de forma aleatória, sendo fundamental a observação dos casos de câncer na família para só então ser iniciada a investigação genética.

"A síndrome é muito rara, então não teria muito sentido fazer um rastreamento de casos aleatoriamente. Então quando se tem uma família já com a suspeita forte, teríamos que fazer a investigação dessa família. Se tem um membro da família com a síndrome, se faz a investigação em todo o resto da família. Pode haver a suspeita da síndrome quando vários membros da mesma família começam a desenvolver cânceres. Importante que isso não é uma coisa frequente, mas que se feito o diagnóstico tem que ser feito o acompanhamento e a análise de todos os membros da família", complementa.
 
 

Alta prevalência no Brasil

A prevalência de casos da síndrome no Brasil é bem maior que no resto do mundo, como explica a médica geneticista Denise Carvalho de Andrade. Segundo ela, a explicação para essa prevalência pode estar relacionada a fatores ancestrais.

"Esses cânceres variam muito, mas em geral são tipos de câncer de osso, de mama genético, tumores cerebrais. Eles ocorrem de formas múltiplas e muitas vezes em estágios avançados. No mundo a prevalência é de um para 10 mil, mas no Brasil essa prevalência é bem maior. Talvez devido a um efeito fundador genético onde um ancestral comum colonizou uma região inteira no país, por isso fazendo surgir casos da síndrome", esclarece.

"A chance de passar para o filho é de 50%, o que é considerada alta, fazendo com que pessoas com menos de 30 amos portadoras dessa anomalia no gene tenham chances de até 50% de aparecimento de tumores e até 90% a mais em pessoas idosas", afirma.

Denise Carvalho avalia que uma alteração genética para modificar o gene seria uma esperança para os portadores da síndrome. "A grande esperança de cura seria a alteração genética, ou seja, você corrigir a alteração do TP53 fazendo com que ele volte a forma ativa de gene supressor com toda a sua potencialidade", conclui.

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Por g1 BA e TV Bahia.

A obrigatoriedade do uso das máscaras foi retomada na Bahia, nesta terça-feira (29), por causa do aumento de casos da Covid-19 e de internações no estado. A informação foi divulgada pela diretora de vigilância epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Márcia São Pedro.

De acordo com a Sesab, na segunda-feira (28), dia em que foi anunciada a retomada da medida, a Bahia tinha 70% dos leitos clínicos de Covid-19 ocupados no estado. Esse número era 57% menor no dia 3 de outubro. [Veja abaixo a lista da evolução dos números]

  • 03/10: 13%
  • 10/10: 13%
  • 17/10: 11%
  • 24/10: 11%
  • 31/10: 11%
  • 07/11: 15%
  • 14/11: 27%
  • 21/11: 80%
  • 28/11: 70%
 

Segundo Márcia São Pedro, os índices analisados para a decisão da volta do uso das máscaras foram: novos casos notificados, casos ativos e procura por leitos.

Outras situações que preocupam a Sesab são a vacinação em atraso contra Covid-19 e a presença da subvariante BQ.1 do coronavírus no estado.

Na última semana, a secretaria informou que 7.528.598 de baianos com 12 anos ou mais não tinham se imunizado contra a doença ou estavam com o esquema vacinal incompleto. O g1 pediu e aguarda a atualização dos dados.

A BQ.1, nova subvariante do coronavírus, foi identificada em cidades da baianas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). A informação foi divulgada pela Secretaria da Saúde (Sesab) no sábado (26).

De acordo com a secretaria, a linhagem BQ.1 foi identificada em 41 das 128 amostras coletadas entre os meses de outubro e novembro.

"A gente tem visto uma resistência da população em tomar as vacinas, os casos vêm aumentando e a variante chegou com a duplicação desse número de casos. A velocidade de transmissão é algo que assusta e nós sabemos que o que faz aumentar o número de casos é o contato e a aglomeração", disse Márcia São Pedro.

Diferente de São Paulo, onde o uso da máscara é obrigatório apenas no transporte público. Na Bahia o cenário é diferente. Veja a lista abaixo:

  • Transportes públicos, como trens, metrô, ônibus, lanchas e ferry-boat, e seus respectivos locais de acesso, como estações de embarque;
  • Salões de beleza e centros de estética;
  • Bares, restaurantes, lanchonetes e demais estabelecimentos similares;
  • Templos para atos religiosos litúrgicos;
  • Escolas e universidades;
  • Ambientes fechados, tais como teatros, cinemas, museus, parques de exposições e espaços congêneres.

A diretora de vigilância epidemiológica da Sesab explicou que a diferença entre os decretos paulista e baiano foi feita como uma medida para diminuir ainda mais o número de novos infectados.

 

"No momento em que tirou a obrigatoriedade do uso das máscaras, as pessoas deixaram de se vacinar e usar as máscaras em ambientes aglomerados. Às vezes as pessoas acham que é uma rinite leve, uma gripe, mas ela está com sintomas gripais. Ela precisa colocar a máscara", afirmou Márcia São Pedro.

Além do uso da obrigatoriedade das máscaras, o decreto também determina a suspensão de visitas ao pacientes internados em todos os hospitais públicos e particulares no estado.

O decreto estabelece que o acesso dos acompanhantes dos paciente ficará condicionado à comprovação da vacinação e a utilização de máscara de proteção.

Eventos de diversas modalidades seguem com realização autorizada. No entanto, volta a ser exigido o uso de máscara e comprovação de vacina para que haja controle de acesso e venda de ingressos.

A comprovação de vacinação, em todos os casos em que é solicitada, será feita mediante apresentação do documento fornecido no momento da imunização ou do Certificado Covid-19, obtido por meio do aplicativo "CONECT SUS".

A necessidade da demonstração de vacinação passou a ser obrigatória também para o acesso a quaisquer prédios públicos, nos quais se situem órgãos, entidades e unidades administrativas.

Os atendimentos presenciais no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) ficam condicionados à comprovação da vacinação e à obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por g1 BA.

O Governo da Bahia decretou a suspensão de visitas ao pacientes internados em todos os hospitais públicos e particulares no estado a partir desta terça-feira (29), por causa do aumento de casos da Covid-19.

O decreto estabelece que o acesso dos acompanhantes dos paciente ficará condicionado à comprovação da vacinação e a utilização de máscara de proteção.

Antes da determinação do governo, o Hospital Aristides Maltez (HAM) e as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) já tinham suspendido as visitas aos pacientes internados.

Ainda no decreto válido a partir desta terça, o governo da Bahia determinou as circunstâncias nas quais estará restabelecida a obrigatoriedade do uso de máscaras.

 

O uso de máscaras voltou a ser obrigatório em:

  • transportes públicos, como trens, metrô, ônibus, lanchas e ferry-boat, e seus respectivos locais de acesso, como estações de embarque;
  • salões de beleza e centros de estética;
  • bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos similares;
  • templos para atos religiosos litúrgicos;
  • escolas e universidades;
  • ambientes fechados, tais como teatros, cinemas, museus, parques de exposições e espaços congêneres.

Eventos de diversas modalidades seguem com realização autorizada. No entanto, volta a ser exigido o uso de máscara e comprovação de vacina para que haja controle de acesso e venda de ingressos.

A comprovação de vacinação, em todos os casos em que é solicitada, será feita mediante apresentação do documento fornecido no momento da imunização ou do Certificado Covid-19, obtido por meio do aplicativo "CONECT SUS".

A necessidade da demonstração de vacinação passou a ser obrigatória também para o acesso a quaisquer prédios públicos, nos quais se situem órgãos, entidades e unidades administrativas.

Os atendimentos presenciais no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) ficam condicionados à comprovação da vacinação e à obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por Reuters.

A China registrou a quinta alta consecutiva no número de casos diários de Covid-19. No domingo (27), foram 40.052 novas infecções de cidadãos locais, pouco acima dos 39.506 casos informados no sábado (26).

Não foram notificadas novas mortes por Covid-19 no país, que até o momento registra 5.233 vítimas fatais pela doença desde o início da pandemia.

No fim de semana, manifestantes foram às ruas de várias cidades chinesas para pedir a saída do presidente Xi Jinping e o fim do modelo de lockdown e da política de "Covid zero" adotado no país.

 

Em Xangai, cidade mais populosa da China e principal centro econômico do país, foram registrados 144 novos casos de Covid-19 no domingo, 14 acima do notificado no sábado.

Milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra as restrições impostas pelo governo. Os atos ocorrem depois de um incêndio matar 10 pessoas num bloco de apartamentos em Urumqi, capital da região autônoma de Xinjiang.

Houve acusações de que os bombeiros tiveram o trabalho dificultado por portas trancadas e outros controles, o que foi negado por autoridades.

Nesta segunda (28), um grupo de manifestantes gritou contra os testes de Covid-19 enquanto segurava papéis em branco, o que se tornou um símbolo de protesto na China nos últimos dias.

No sábado, autoridades informaram que restrições seriam flexibilizadas em algumas cidades chinesas. Com a decisão, serviços que tinham sido interrompidos, como táxis, trens e ônibus, serão retomados.

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Por Victor Hugo Silva, g1.

A Suíça, adversária do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo, tem desde 2021 um método inusitado no treinamento de goleiros. Para melhorar o reflexo, os atletas usam óculos que criam um efeito de câmera lenta e os ajudam a melhorar a visão da trajetória da bola.

Apesar de terem sido desenvolvidos com fins esportivos, os óculos têm mais finalidades. A Visionup, empresa japonesa responsável pelos acessórios, afirma que eles "são úteis não apenas para atletas [profissionais], mas também para jovens atletas ou idosos".

Segundo a fabricante, os óculos são indicados para quem quer "recuperar ou manter habilidades de visão que diminuíram com o envelhecimento".
 

Isso porque, de acordo com a empresa, eles estimulam o cérebro e melhoram a visão, a percepção de profundidade e a coordenação entre os olhos e as mãos.

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto alerta que os óculos podem causar desconforto em algumas pessoas e não são indicados para quem tem catarata ou astigmatismo, por exemplo. Ele afirma que cada caso deve ser analisado por um oftalmologista, que poderá dizer se o uso é indicado ou não.

Por outro lado, o médico diz que o método tem sido usado em caráter experimental no tratamento de crianças com ambliopia (ou olho preguiçoso), em que os olhos não se desenvolvem igualmente. A ideia é usar os óculos para forçar o desenvolvimento do olho de visão mais fraca.

"O princípio por trás desta tecnologia utilizada por várias empresas é semelhante ao da musculação, ou seja, forçar para fortalecer", explica o especialista. "O resultado da intermitência das imagens pelas lentes constrói novas conexões neurais entre o olho e cérebro através do bloqueio da visão".

Fabricante dos óculos usados por goleiros da Suíça diz que eles também ajudam idosos a recuperarem capacidade de visão perdida com o envelhecimento — Foto: Divulgação/Visionup

 

Como o efeito de câmera lenta é criado?

Os óculos têm uma bateria e, no lugar das lentes, dois painéis LCD que podem ficar transparentes ou escuros. Quando são ativados, eles piscam em intervalos de frações de segundos, tampando e liberando a visão de forma intermitente.

É possível definir o nível de escuridão da lente de acordo com o objetivo do exercício. Para ver outros objetos em câmera lenta, é preciso deixar as lentes menos escuras.

Gregory Kobel e Yann Sommer, goleiros da Suíça, treinam com óculos que permitem ver a trajetória da bola em câmera lenta — Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Gregory Kobel e Yann Sommer, goleiros da Suíça, treinam com óculos que permitem ver a trajetória da bola em câmera lenta — Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Os dispositivos também permitem ajustar a frequência com que os painéis LCD piscam, entre 1 e 150 hertz (Hz). Um hertz é a unidade de medida de frequência de ondas e equivale a um ciclo por segundo – quanto mais hertz, maior a taxa de atualização do que aparece em uma tela.

 

Os exercícios básicos usam frequências altas, já que as lentes piscam rapidamente e permitem ver quase toda a trajetória de um objeto em movimento. Em treinos avançados, é preciso reduzir a frequência, o que faz as lentes ficarem escuras por mais tempo.

As mudanças causadas pelos óculos obrigam quem os está usando a se concentrar mais e a tomar decisões mais rápidas. O processo estimula cérebro e músculos dos olhos, segundo a fabricante.

O método funciona?

As pessoas levam uma fração de segundo a mais para reconhecer imagens em movimento, explica o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto ao g1. Segundo ele, os óculos estimulam a visão periférica, que dá mais agilidade e é conhecida no futebol como "visão de jogo".

O especialista diz que a chave do treinamento é induzir o cérebro a fazer associações mais rápidas apesar das informações visuais limitadas.

Segundo ele, o método "força o cérebro a processar as imagens com mais agilidade e a perceber mais detalhes, além de melhorar o equilíbrio, aumentar a rapidez dos movimentos, inclusive dos olhos, e o tempo de reação".

 

Apesar dos benefícios, a fabricante diz que os óculos devem ser usados em períodos curtos, entre 10 e 15 minutos, em dias alternados. É possível usá-los por mais tempo, mas a empresa diz que, após esse intervalo, os benefícios continuam os mesmos ou podem até diminuir.

Para algumas pessoas, os acessórios podem causar até dor de cabeça leve ou enjoo. Nesse caso, a orientação é que o uso dos óculos seja interrompido e que seja retomado em outro momento em treinos mais curtos.

Publicado em BRASIL E MUNDO
No último domingo (13), Mauri sofreu um acidente de moto e fraturou em três lugares no rosto, no qual lhes trouxes grandes consequências, precisando então fazer uma cirurgia, cirugia essa que a família vem nas redes sociais pedir uma ajuda para custear seu tratamento ( no valor de 11.000), e nas redes sociais da esposa de Mauri, ela pede ajuda a quem puder com um pix solidário para poder arrecadar fundos para pagar a mesma. "Não estamos estimando valores, toda ajuda será bem vinda" afirma esposa de Mauri Roseneia.
Mauri se encontra no momento hospitalizado na cidade de Guanambi onde passara pela cirurgia.
Pix/CPF: 04170231546 Roseneia Souza da silva (Esposa de Mauri)
pix mauri
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA
Levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostra que a taxa de exames positivos para a doença em laboratórios particulares saltou quase 600% em menos de um mês.

Laboratórios particulares e farmácias em todo Brasil vêm registrando aumento nos testes positivos para covid-19 nas últimas semanas, em um indício do que epidemiologistas classificam como um "alerta" para uma nova onda de casos no país.

Levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostra que a taxa de exames positivos para a doença em laboratórios particulares passou de 3% para 17% em menos de um mês — um salto de 566%.

O aumento de casos foi registrado principalmente no Sudeste e Centro-Oeste do país, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

O ITpS também registrou alta na procura por testes ao longo do mês de outubro em todo o Brasil.

 

Já nas farmácias, os exames positivos para a doença voltaram ao patamar de dois dígitos, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que reúne 26 redes responsáveis por cerca de 45% das vendas de medicamentos no país.

Das 14.970 testagens realizadas de 17 a 23 de outubro, 2.320 (15,5%) apresentaram diagnóstico positivo. Na semana anterior, a taxa havia sido de 9,36%.

O epidemiologista e pesquisador da ITpS, Anderson Brito, explica que a alta de testes positivos aponta para a tendência de surgimento de uma nova onda em algumas semanas.

"Provavelmente observaremos um aumento geral de testes positivos nos próximos dias, assim como aconteceu nas outras duas ondas de 2022", diz.

A demora para que o salto nos casos identificados pelas farmácias e laboratórios particulares seja também notada com clareza nos dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) é natural, segundo o especialista.

"Os testes em laboratórios servem como um termômetro — quando há uma alta na positividade no sistema privado é questão de tempo até começarmos a observar isso também na rede pública e de forma mais ampla."

Para o epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, os aumentos registrados até agora são "um sinal de alerta".

"Não há motivo para desespero, pois ainda não sabemos a gravidade da onda ou se os casos provocarão muitas internações e óbitos", afirmou o especialista à BBC News Brasil. "Mas precisamos lembrar que a adesão às doses de reforço no Brasil tem sido baixa, o que não é uma boa notícia."

Quase 80% da população brasileira recebeu duas doses da vacina contra a covid-19, mas menos de 50% foram imunizados com uma ou duas doses de reforço, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde.

"A vacinação é o melhor caminho para o fim da pandemia e o grande desafio é lembrar a parte da população que ainda não se imunizou ou tomou as doses de reforço disso", afirma Hallal.

 

Do Sudeste para o resto do Brasil?

O levantamento do Instituto Todos pela Saúde aponta para uma alta especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

Neste último, os testes positivos subiram de 3% para 18% entre os dias 22 e 29 de outubro — ou seja, foram registrados seis vezes mais diagnósticos.

Já em São Paulo, no mesmo período, os positivos subiram de 10% para 19%. No Rio, de 15% para 26%.

Mas segundo os epidemiologistas consultados pela BBC Brasil, a tendência é que a nova onda ultrapasse as fronteiras desses Estados e chegue a todo o país em breve.

"Desde que a pandemia começou, o aumento de casos começa em uma região restrita, mas logo se espalha", diz Pedro Hallal. "Ou seja, é provável que a nova atinja também outras partes do Brasil."

"A covid é uma doença que se dissemina muito rápido e facilmente. Leva o tempo de um voo para que uma nova variante saia de São Paulo e chegue no Pará", afirma Anderson Brito.

O epidemiologista explica, porém, que a pandemia nem sempre acontece ao mesmo tempo em outros lugares, especialmente quando se trata de países e continentes diferentes.

"A Europa está saindo de sua última onda de casos, que durou cerca de dois meses, e só agora estamos observando uma tendência de aumento no Brasil", diz.

No último final de semana, uma nova variante do coronavírus, chamada de BQ.1, foi identificada no Rio de Janeiro, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

A variante já havia sido encontrada no Amazonas em 20 de outubro, de acordo com a unidade da Fiocruz no Estado, o que fortalece a suposição de que ela já circula em diferentes locais do país.

Nos Estados Unidos e na Europa, a BQ.1 já é considerada dominante.

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A Secretaria Municipal de saúde de Licínio de Almeida em parceria com o hospital Adrivana Cunha, comunica a população que estremos realizando cirurgia de Catarata e Pterígio, os pacientes interessados deverão procurar Salvador na Secretaria Municipal de saúde nos dias 17, 18 e 19 de Outubro para realizar o agendamento da triagem com o médico especialista
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Irmãos são presos suspeitos de desvio em verba do orçamento secreto; Justiça bloqueia R$ 57 milhões de investigados

Dupla faria parte de esquema com desvios no orçamento secreto com fraudes nos dados de procedimentos na saúde. Além deles, outras seis pessoas e quatro empresas foram alvos de operação da PF.

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (14) no Maranhão os irmãos Roberto Rodrigues de Lima e Renato Rodrigues de Lima, em uma operação que apura um suposto esquema para desvio de verbas do orçamento secreto.

Os dois investigados são apontados como responsáveis por inserir dados falsos em planilhas do Sistema Único de Saúde (SUS ) em vários municípios maranhenses para inflar a quantidade de procedimentos médicos e, dessa forma, aumentar o repasse de recursos para financiá-los.

Ao todo, oito pessoas, incluindo os dois irmãos, e quatro empresas estão entre os alvos da operação. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 57 milhões em bens dos investigados. Os nomes dos outros investigados não foram divulgados. Há a informação de até R$ 78 milhões bloqueados, incluindo investigados em outros municípios no Maranhão.

O chamado orçamento secreto surgiu com a criação de uma nova modalidade de emendas parlamentares no governo Bolsonaro (veja mais no vídeo abaixo). As emendas são recursos do Orçamento da União direcionados por deputados para suas bases políticas. A diferença é que, no orçamento secreto, o nome do deputado fica oculto durante a destinação do recurso. Ou seja, não se sabe quem está destinando dinheiro público e tudo é repassado na figura do relator.

Segundo a apuração da Controladoria- Geral da União (CGU), um dos presos, Roberto Rodrigues, foi responsável pelo cadastro de solicitações de recursos no Sistema de Indicação Orçamentária (SINDORC) da Câmara dos Deputados, tratadas como potenciais destinações de emendas parlamentares, na ordem de R$ 69 milhões.

Na investigação, o órgão ainda descobriu que ele não tinha vínculo formal com a cidade de Igarapé Grande, no Maranhão, principal alvo de desvios, mas tinha o aval da Secretaria de Saúde para fazer lançamentos de dados de procedimentos em seus sistemas.

O prefeito de Igarapé Grande, Erlanio Xavier (PDT), afirmou que, mesmo desconhecendo todo o teor do processo judicial, pois corre em segredo de justiça, já foram prestados os esclarecimentos para a Polícia Federal.

O prefeito disse que nenhum servidor efetivo ou comissionado da prefeitura foi detido ou preso na operação e que, a secretária de Saúde e o ex-secretário estão prestando às autoridades os devidos esclarecimentos acerca dos recursos oriundos de emendas parlamentares (veja a nota na íntegra, no fim da matéria).

 

g1 tenta contato com Roberto e Renato Rodrigues, além dos demais investigados, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

O que é orçamento secreto?
 O que é orçamento secreto?

Investigação

A partir de denúncia feitas pela imprensa, a Controladoria-Geral da União informou que teve conhecimento de possível inserção indevida de informações no sistema SIA/SUS por municípios maranhenses, com destaque para Igarapé Grande, no Maranhão.

Segundo a Polícia Federal, a cidade teria informado, em 2020, a realização de mais de 12,7 mil radiografias de dedo. No entanto, a população total de Igarapé Grande não supera os 11,5 mil habitantes. A medida resultou a elevação do teto para o repasse de recursos que financiam ações e serviços de saúde no ano subsequente, 2021.

Também na cidade, a PF verificou indícios de fraudes em contratos para desviar os recursos recebidos indevidamente. Nesses contratos, as empresas investigadas ocupam posições de destaque em um 'ranking' das empresas que mais receberam recursos públicos da saúde no período entre 2019 e 2022 no Maranhão. Uma delas recebeu quase R$ 52 milhões.

Operação

 

A ação da Polícia Federal começou na manhã desta sexta-feira (14) com 16 mandados de busca e apreensão contra outros suspeitos e empresas investigadas por fraudes em contratos, que serviriam para desviar o dinheiro das emendas.

As ações aconteceram em Igarapé Grande, Lago do Junco, Lago dos Rodrigues, Caxias e Timon no Maranhão. Além de Parnaíba e Teresina, no Piauí.

Um servidor público foi afastado do cargo, em razão da posição que ocupava durante o período da inserção dos dados falsos nos sistemas do SUS e da formalização de parte dos contratos investigados. Já as empresas e os empresários investigados foram proibidos de participar de licitações e de firmarem contratos com órgãos públicos.

Se as suspeitas forem confirmadas, os investigados poderão responder por inserção de dados falsos, fraude à licitação, superfaturamento contratual, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O que diz o prefeito de Igarapé Grande

Por meio de nota, o prefeito Erlanio Xavier, afirmou que:

Sobre a operação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (14), prestamos os seguintes esclarecimentos, mesmo desconhecendo o inteiro teor do processo judicial que, segundo consta, corre em segredo de justiça:

Nenhum servidor efetivo ou comissionado da prefeitura de Igarapé Grande foi detido ou preso na citada operação.

 

A secretária de saúde e o ex-secretário estão prestando às autoridades os devidos esclarecimentos acerca dos recursos oriundos de emendas parlamentares.

Em julho do ano corrente, antes de qualquer operação ou inquérito policial, determinei a realização de sindicância administrativa para apurar e esclarecer as questões relacionadas a tais eventos, sobretudo no que toca a inserção de dados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH), muito embora seja público e notório que o hospital de Igarapé Grande atende não só pacientes do município, mas de toda a região.

Naquela ocasião, requeri também ao Ministério da Saúde, através do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), a imediata realização de procedimento de auditoria para esclarecer todos os fatos. 

Por fim, o município informa que realiza suas contratações  dentro dos ditames legais, preferencialmente através de pregão eletrônico, com todos os processos publicizados e disponibilizados no Portal da Transparência, para conhecimento de toda a sociedade e órgãos de controle.

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Por Mariza Tavares — Rio de Janeiro.

Nos últimos anos, a médica norte-americana Tara Goodwin passou a se dedicar exclusivamente a pacientes adultos com Síndrome de Down. Membro da Global Down Syndrome Foundation, militante dos direitos desse grupo, e ela própria mãe de um filho portador da condição, uma de suas bandeiras é garantir a qualidade de vida dessas pessoas que enfrentam um risco aumentado para a Doença de Alzheimer.

Em 1904, a expectativa de vida de um paciente com Down era de 9 anos; em 1984, era de 28; hoje está em torno de 60 anos. O que mudou? Antes, eles não eram submetidos a procedimentos cirúrgicos, embora problemas como a cardiopatia congênita sejam frequentes em quem é portador da síndrome.
 

“Foi um enorme avanço que possibilitou o aumento da sua expectativa de vida, mas esses adultos sofrem com um envelhecimento acelerado e, aos 40 anos, têm problemas que afligem os idosos. O Alzheimer pode se manifestar entre 35 e 40 anos”, explicou a médica em evento on-line realizado em setembro. E por que isso acontece? A síndrome é uma alteração genética na qual, em vez de ter dois cromossomos no par 21, a pessoa tem três. Para complicar, o cromossomo 21 traz o gene da APP, a proteína precursora amiloide, que desempenha um papel crucial no Alzheimer: ela se transforma na proteína beta-amiloide, que pode se agrupar em placas que causam danos ao cérebro. Resumindo: o risco aumentado está atrelado ao fato de carregarem três cromossomos 21.

No entanto, a doutora Tara alerta que o diagnóstico para Alzheimer tem que ser por exclusão e que há outras condições médicas associadas à Síndrome de Down a serem checadas antes, porque também provocam mudanças de comportamento, como hipotireoidismo, apneia do sono, perda auditiva ou visual: “a perda de audição, por exemplo, pode ser confundida com desorientação. Entre os sintomas de disfunção da tireoide estão fadiga, lentidão de raciocínio e irritabilidade, mas o tratamento correto resolve essas questões”. Há ainda testes indicados para quem apresenta um quadro de prejuízo intelectual e sua orientação é de que devem ser feitos entre os 35 e 40 anos e repetidos anualmente.

Na sua avaliação, os medicamentos para ansiedade, depressão e insônia podem esbarrar em efeitos colaterais severos: “a polifarmácia é especialmente perigosa para esse grupo”. Valoriza as intervenções não medicamentosas e, para diminuir a angústia que se abate sobre as pessoas com demência – porque perdem a noção do que está acontecendo – sugere um grande quadro com a agenda do dia: “com uma lista das atividades que pode ser consultada a qualquer momento, a rotina se torna mais previsível e menos assustadora”.

Contou que já viu casos de pacientes medicados com antipsicóticos porque falavam sozinhos, um comportamento bastante comum entre os portadores da síndrome: “é uma forma de lidar com o estresse e resolver as dificuldades do dia a dia”. Para quem se interessar, o guia criado pela National Down Syndrome Society é encontrado no GOOGLE.

 
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