Fiocruz vai ficar duas semanas sem entregar doses de AstraZeneca e pode faltar vacina para quem vai
Atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutivo Ativo (IFA), que é a matéria-prima do imunizante, causa preocupação. Pela previsão inicial, fundação já deveria produzir vacina com matéria-prima nacional.
Por Flávia Januzzi, RJ1.
Pela primeira vez desde o início da produção no Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que vai ficar duas semanas sem entregar doses de AstraZeneca para o Ministério da Saúde.
Isso significa que pode faltar vacina para quem vai tomar a segunda dose do imunizante. Houve atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que é o componente usado para fabricar a vacina. O composto é importado da China.
A produção da vacina leva pelo menos três semanas. Mesmo assim, a Fiocruz garante que vai entregar ainda nesse mês 15 milhões de doses. Mas as próximas entregas só estão programadas para a semana do dia 13 a 17 de setembro.
Até lá, pode faltar vacina para quem precisa tomar a segunda dose. Em agosto, a Fiocruz entregou a menor quantidade de vacinas desde o começo da produção, em março.
No mês passado, foram 11,4 milhões doses de AstraZeneca. Essa quantidade é quase a metade de maio, quando foram 21 milhões.A Fiocruz diz que o problema é a falta de matéria-prima e que sua capacidade de produção sempre foi maior do que a quantidade de IFA recebida.
Pela previsão inicial, a fundação já deveria estar fabricando vacinas com IFA 100% brasileiro, mas ainda não conseguiu colocar isso em prática.
Covid: piora da pandemia no Rio de Janeiro serve de alerta para todo o Brasil, dizem cientistas
Enquanto a taxa de hospitalizações aumenta no Estado, os dados revelam que a variante delta já é predominante por lá. Especialistas entendem que a situação pode se espalhar para todo o país.
Por BBC.
O estado do Rio de Janeiro vive uma situação singular desde que a pandemia começou.
Por um lado, há o otimismo com o avanço da vacinação: muitas cidades já aplicaram a primeira dose contra a Covid-19 em praticamente toda a população adulta.
Por outro, existe uma apreensão com a chegada e o rápido espalhamento da variante delta do coronavírus e o crescimento do número de internações por infecções respiratórias, o que liga o sinal de alerta das autoridades e ameaça os planos de reabertura.
"Os dados mostram um aumento recente das hospitalizações entre os grupos mais velhos. Isso está acontecendo em outros lugares, mas, no Rio de Janeiro, a situação está pior", avalia o pesquisador Leonardo Bastos, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).
"As últimas estatísticas sugerem que algo diferente está acontecendo no Estado, mas ainda não sabemos exatamente o que é", completa.
O infectologista Alberto Chebabo, diretor médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vê essa mudança de cenário acontecer na prática.
"Recentemente, houve um aumento na demanda por internação por Covid-19, especialmente entre idosos e profissionais da saúde", relata.
"Isso era uma coisa que não víamos com essa frequência havia um bom tempo", complementa o especialista, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Mas o que está por trás dessa piora? E será que o mesmo pode se repetir ao longo dos próximos meses em outros Estados e regiões do país?
Crise fluminense
Após um primeiro semestre de 2021 bastante complicado, marcado por uma segunda onda devastadora, o Rio de Janeiro viveu, entre maio e julho, uma tendência de queda nos números da pandemia.
Um cenário parecido, aliás, ocorreu no restante do país, com uma redução considerável nos diagnósticos, nas internações e nas mortes pela doença nesse mesmo período.
Mas há dois detalhes importantes nessa história, que valem tanto para o estado fluminense como para o Brasil todo. Primeiro, as notificações permaneceram muito altas, mesmo no período de calmaria recente, com dezenas de milhares de casos e centenas de óbitos todos os dias.
O segundo ponto é que, de acordo com o Boletim InfoGripe, publicado periodicamente pela FioCruz, a taxa de transmissão de vírus respiratórios seguiu extremamente elevada em boa parte do território brasileiro, mesmo no momento de maior tranquilidade.
Isso nos colocou numa situação delicada, em que uma nova piora poderia estourar a qualquer momento.
E é justamente isso que parece estar acontecendo agora no Rio de Janeiro, com uma retomada no crescimento da Covid-19.
Vamos analisar o que aconteceu com os casos da doença por lá, seguindo os registros compilados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass.
Na primeira semana de maio, foram feitos mais de 39 mil diagnósticos da infecção, um recorde até agora.
Na última semana de junho, esse número baixou para 14 mil, o menor nível desde o ápice da segunda onda.
Nos primeiros sete dias de agosto, porém, foram detectados 27 mil novos casos.
E o que acontece com as hospitalizações?
"No pior momento da pandemia, nós chegamos a ter cerca de 1,4 mil pacientes internados nos hospitais da região e, agora, estamos na casa dos 700", calcula Chebabo.
Embora a ocupação de leitos no estado esteja em 69% da capacidade, o que é considerado um nível de alerta médio no Boletim InfoGripe, a situação da capital é crítica: atualmente, 96% das vagas disponíveis para tratar a Covid-19 nas instituições cariocas estão preenchidas.
"É possível que, em algum momento próximo, precisemos suspender cirurgias eletivas e readequar os leitos para atender a demanda da Covid-19 mais uma vez", diz o vice-presidente da SBI.
O médico explica que esse novo aumento nos diagnósticos e nas hospitalizações ainda não impactou as taxas de óbitos.
"Nós só vamos poder analisar se há um crescimento nas mortes daqui a algumas semanas, até porque a piora vem em ondas. Primeiro as pessoas se infectam, daí elas ficam doentes, são internadas e demoram um tempo para se recuperar ou morrer", explica Chebabo.
Os ingredientes por trás da piora
De acordo com os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, não é possível destacar um único fator por trás do repique fluminense.
"Existem algumas hipóteses que ajudam a entender o que está acontecendo, mas elas não são excludentes", contextualiza Bastos.
"É preciso considerar a chegada da variante delta do coronavírus, o relaxamento da população e das medidas restritivas e até uma eventual perda de efetividade das vacinas com o passar do tempo", lista o pesquisador.
Vamos começar pela delta: a linhagem que surgiu na Índia foi identificada no Brasil a partir de maio de 2021 e, desde então, as equipes de vigilância estão acompanhando como ela se espalha país adentro.
E o Rio de Janeiro é perfeito para entender a progressão dessa variante. Isso porque o Estado possui a Rede Corona-Ômica RJ, um projeto que reúne pesquisadores de várias instituições e tem como meta acompanhar as diferentes linhagens do coronavírus, detectar o surgimento de mutações e entender como essas alterações genéticas influenciam no andamento da pandemia.
"A cada 15 dias, nós coletamos de forma aleatória cerca de 380 amostras de pacientes infectados de vários municípios do Rio de Janeiro, que são sequências", conta a geneticista Ana Tereza Vasconcelos, do Laboratório Nacional de Computação Científica, uma das instituições que faz parte da iniciativa.
E a evolução das variantes em terras fluminenses é bem clara: entre janeiro e julho de 2021, a gama (detectada originalmente em Manaus) era a linhagem mais frequente, com larga vantagem sobre as demais concorrentes.
Em agosto, porém, a delta se tornou predominante e, de acordo com a última nota técnica da Rede Corona-Ômica RJ, ela já está presente em 61% das amostras analisadas pelos laboratórios parceiros.
"Em paralelo ao crescimento da delta, não podemos ignorar também o que ocorre com as outras variantes. A gama tem sofrido mutações e já encontramos nove sublinhagens dela por aqui", alerta Vasconcelos.
"O coronavírus está se modificando constantemente para continuar circulando entre nós", diz.
O pior (ainda não) passou
Apesar de a delta ser mais transmissível que as versões anteriores, ela não pode ser encarada como a única culpada pela situação no Rio de Janeiro — até porque as medidas de prevenção, como o distanciamento físico, o uso de máscara e a ventilação dos ambientes, continuam a funcionar contra essa e as demais variantes.
É por isso que os especialistas também chamam a atenção para o relaxamento das políticas de restrição como outro fator que ajuda a explicar o agravamento recente.
"As pessoas acham que, após a vacinação, está tudo liberado e podemos voltar ao normal, mas não é bem assim. Não estamos no momento de deixar as máscaras de lado", aconselha Vasconcelos.
Nesse sentido, os anúncios feitos por municípios do Rio de Janeiro sobre a realização de megaeventos, como o Réveillon e o Carnaval, não ajudam em nada, avaliam os especialistas.
"É claro que o gestor público precisa se programar e planejar as coisas, mas falar abertamente em festas agora, neste momento, passa uma sensação de normalidade que não existe na prática. A pandemia não acabou", critica Chebabo.
"Não sabemos o que vai acontecer nos próximos meses. O cenário muda muito rapidamente", completa.
Quem precisa de reforço?
Falando das vacinas, existe atualmente muita discussão sobre uma eventual perda de eficácia.
Os estudos indicam que elas continuam importantes para proteger os casos graves, as hospitalizações e as mortes, mas alguns grupos mais vulneráveis parecem sofrer com uma diminuição da imunidade seis meses após tomarem as duas doses.
Essa queda na proteção vacinal também ajudaria a explicar o recente aumento nas internações de indivíduos mais velhos no Rio de Janeiro, como mostram os relatos colhidos pela BBC News Brasil e as últimas edições do Boletim Infogripe.
Índia vacina 10 milhões de pessoas contra a Covid-19 em apenas um dia
A Índia tem mais de 1,3 bilhão de pessoas, é o segundo país mais populoso do mundo. O plano é vacinar 1,1 bilhão de pessoas até o fim de 2021
Por France Presse.
A Índia vacinou 10 milhões de pessoas contra a Covid-19 em apenas um dia, um recorde, anunciaram neste sábado (28) as autoridades do país asiático, que tenta lutar contra uma nova onda anunciada da epidemia.
O primeiro-ministro Narendra Modi celebrou o que chamou de "proeza memorável", que aconteceu na sexta-feira. A Índia tem mais de 1,3 bilhão de pessoas, é o segundo país mais populoso do mundo.
O governo indiano foi muito criticado após uma expansão da epidemia que provocou mais de 200 mil mortes em abril e maio. O plano é vacinar 1,1 bilhão de pessoas até o fim de 2021. Mas o objetivo enfrenta obstáculos devido à escassez e aos erros administrativos.
Desde o início da campanha, apenas 15% da população foi vacinada.
Apesar das advertências dos especialistas, quase todas as restrições foram suspensas e o número de contágios subiu com força - 46 mil novos casos neste sábado -, o que está provocando o colapso das infraestruturas de saúde.
A Índia é um dos países mais afetados pela Covid-19, com mais de 32 milhões de casos confirmados e mais de 437 mil mortes.
Licínio de Almeida : Centro Médico Bem Viver é Reinaugurada Com Novas Estruturas e Mais Conforto.
No Alabama, 90% dos infectados por Covid-19 não foram vacinados
Estado sulista tem a menor taxa de imunizados dos EUA, e resistência a vacina está vinculada a conservadores e à desinformação.
Noventa por cento dos infectados por Covid-19 no Alabama nos últimos quatro meses não tinham sido vacinados, assim como 95% dos que morreram da doença. Os dados divulgados pelo Departamento de Saúde refletem a realidade do estado sulista e conservador, que registra a menor taxa de imunizados dos EUA -- apenas 36% receberam as duas doses.
A resistência à vacinação no estado que enfrenta a quarta onda da pandemia chega aos extremos. O ex-presidente Donald Trump foi vaiado sábado, ao pedir aos partidários que lotaram um comício em Cullman para se vacinarem. Trump, que nas eleições de novembro venceu no Alabama com 62% dos votos, estava entre os seus, mas não foi compreendido.
O número recorde de internações sobrecarregou a rede de saúde e atingiu o mesmo pico registrado em janeiro passado. A diferença é que agora há uma gama de vacinas à disposição da população. A grande maioria ainda prefere ficar fora da campanha por diferentes razões, calcadas na desinformação ou em teorias conspiratórias.
O preço do desprezo pela imunização tem sido alto. A enfermeira Haley Mulkey Richardson, de 32 anos, recusou-se a tomar a vacina por estar grávida. Contraiu o vírus, perdeu a criança e morreu dias depois na UTI.
O estado registrou surtos em creches, acampamentos e igrejas, com a rápida disseminação da variante delta. Como observou o presidente Joe Biden em sua saga por livrar o país do novo coronavírus, a única pandemia que os EUA enfrentam está entre os não vacinados -- 85 milhões de americanos.
No sul do país, o desinteresse pela imunização está diretamente vinculado aos republicanos. O desgaste levou o médico Jason Valentine, da cidade de Mobile, no Alabama, a postar no Facebook um aviso aos pacientes: “Não venha para tratamento médico se não estiver vacinado.” Ele se manteve irredutível às críticas, mas obteve uma vitória: três pacientes telefonaram para pedir indicações de locais de vacinação e marcar a consulta.
Estudo sul-coreano mostra que casos de delta têm carga viral 300 vezes maior do que cepa original
A carga mais elevada significa que o vírus se dissemina muito mais facilmente de pessoa para pessoa, aumentando as infecções e hospitalizações.
Pessoas infectadas com a delta, variante mais transmissível do novo coronavírus, apresentaram carga viral 300 vezes maior se comparado com os indivíduos infectados com a versão original do vírus nos primeiros dias dos sintomas da Covid-19, revelou um estudo da Coreia do Sul.
O valor da carga viral, entretanto, diminui gradualmente com o tempo - chegando a ser 30 vezes maior depois de quatro dias da infecção e pouco mais de 10 vezes após nove dias - se igualando aos níveis vistos em outras variantes depois de 10 dias, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA) nesta terça-feira (24).
A carga mais elevada significa que o vírus se dissemina muito mais facilmente de pessoa para pessoa, aumentando as infecções e hospitalizações, disse Lee Sang-won, uma autoridade do Ministério da Saúde, em uma coletiva de imprensa.
"Mas isto não significa que a Delta é 300 vezes mais infecciosa... achamos que sua taxa de transmissão é 1,6 vez a da variante Alpha, e cerca de duas vezes a da versão original do vírus", disse Lee.
A variante delta do novo coronavírus foi identificada primeiramente na Índia, e a Alpha no Reino Unido.
Para evitar a disseminação da variante delta, agora a linhagem predominante em todo o mundo, a KDCA pediu às pessoas que façam exames imediatamente quando desenvolverem sintomas da Covid-19 e que evitem encontros pessoais.
A proliferação rápida da delta e as taxas baixas de vacinação pegam grande parte da Ásia de guarda baixa, especialmente em mercados emergentes, enquanto as economias da Europa e da América do Norte se reativam.
Casal planeja parto, mas bebê nasce dentro de banheira de hotel em Maringá: 'Final feliz', diz mãe
Guilherme e Rebeca Sasaki planejaram por meses parto humanizado hospitalar para a chegada da segunda filha do casal. Bebê veio ao mundo na madrugada de quarta-feira (18).
Por Wesley Bischoff, G1 PR — Maringá.
O casal Guilherme e Rebeca Sasaki planejaram por meses o nascimento da segunda filha, chamada Lívia. Os dois desejavam um parto humanizado hospitalar para a criança. Apesar disso, de forma inesperada, o bebê nasceu dentro da banheira de um hotel, em Maringá, no norte do Paraná.
A pequena Lívia veio ao mundo no começo da madrugada de quarta-feira (18).
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o casal entra no hotel. Horas mais tarde, os dois deixam o local com a bebê nos braços.
Guilherme e Rebeca moram em Astorga, que fica a cerca de 50 km da cidade onde o bebê nasceu. Na terça-feira (17), os dois viajaram até Maringá, onde tudo estava pronto para o parto de Lívia.
Para que houvesse um parto humanizado, além da equipe médica, o casal contava com a presença de uma doula, enfermeira e profissionais multidisciplinares. Mas os planos começaram a mudar durante a noite de terça.
"Como em Astorga não tem essa equipe de parto humanizado, resolvemos vir para Maringá. Quando chegamos e fomos avaliados pela equipe, o médico disse que eu ainda não estava em trabalho de parto ativo e que eu não poderia ser internada. Mas eu estava com muitas dores, sentia que algo estava acontecendo. Então, fomos para o hotel", disse Rebeca.
O casal ficou cerca de três horas no hotel, que fica no Centro da cidade. No fim da noite, Rebeca começou a sentir contrações mais fortes e percebeu que tinha entrado em trabalho de parto. Não houve tempo de ir até o hospital.
Dentro da banheira de uma suíte, a mãe contou com o apoio do marido e também de uma irmã. Quando a doula e uma enfermeira chegaram ao local, o bebê estava nascendo.
"Foi no tempo dela. Quando ela quis nascer, não tinha mais como sair do hotel. A gente não tem controle sobre a natureza. A vontade da Lívia nascer foi muito mais forte de que qualquer planejamento", lembrou o pai.
Situação inusitada
Funcionários do hotel acionaram os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para buscarem Rebeca. Quando a equipe chegou ao local, Lívia tinha nascido e estava bem.
Mesmo assim, mãe e filha foram levadas para um hospital para que os profissionais pudessem avaliar melhor o quadro de saúde de ambas. As duas passam bem.
Guilherme e Rebeca contaram que viveram uma mistura de desespero, alegria e fortes emoções, do início do trabalho de parto até que Lívia chegasse de vez ao mundo.
"Foi muito desesperador. Eu comecei a sentir a cabeça da Lívia, e pensava que teria que fazer o parto sozinha. Fiz as técnicas de concentração e respiração. Foi intenso, doloroso, nada romântico, mas com final feliz, de vitória e de muito empoderamento", disse.
O gerente do Hotel Deville, Eduardo Troian, disse que os funcionários nunca tinham vivenciado uma situação parecida. Apesar disso, os trabalhadores ajudaram no suporte e auxílio ao casal.
"A hotelaria é sempre muito surpreendente, mas um caso como esse foi a primeira vez. Todos que prestaram o atendimento ficaram muito emocionados. É um sentimento muito gratificante", afirmou o gerente.
Covid-19: Secretaria de Saúde da BA anuncia chegada de mais de 318 mil doses de vacinas CoronaVac e
Doses devem chegar ao estado entre esta segunda-feira (9) e a terça-feira (10).
Por G1 BA.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) anunciou que 318.080 doses de vacinas contra a Covid-19 chegarão no estado entre esta segunda-feira (9) e a terça-feira (10).
Por volta das 9h40, 02.800 doses da CoronaVac desembarcarão no aeroporto de Salvador. Já na terça, a previsão é de que outras 215.280 doses da Pfizer também cheguem na Bahia.
Com a chegada das vacinas, a Sesab faz a distribuição para os municípios logo após a conferência dos lotes.
Nesta segunda-feira, Salvador vacina jovens de 26 e 27 anos, em primeira dose. Por causa do mutirão das idades, a vacinação em segunda dose está suspensa.
Rede estadual: aulas semipresenciais do ensino fundamental são retomadas na Bahia
Alunos voltaram às salas de aula esta segunda-feira (9). Turmas foram divididas, com metade dos alunos frequentando as instituições na segunda, quarta e sexta, e outra irá na terça, quinta e sábado.
Por G1 BA..
As aulas semipresenciais do ensino fundamental da rede estadual foram retomadas nesta segunda-feira (9), na Bahia, em sistema híbrido. Os cerca de 175 mil alunos estavam sem ir para a escola desde 18 de março de 2020, por causa da pandemia da Covid-19.
Assim como está ocorrendo com as aulas do ensino médio, as turmas do ensino fundamental foram divididas em 50%. Metade dos alunos frequenta as instituições na segunda, quarta e sexta, e a outra metade na terça, quinta e sábado. Nos demais dias, os estudantes participam das aulas e atividades remotas.
Segundo a Secretaria de Educação, as unidades escolares que ofertam o ensino fundamental de forma compartilhada ou exclusiva em toda a Bahia foram preparadas com todos os protocolos sanitários recomendados, como termômetros para a aferição da temperatura, disponibilização de pias e álcool 70% para higienização das mãos e distanciamento entre as carteiras, dentre outras medidas de biossegurança.
Além disso, os estudantes receberão kits contendo máscaras de proteção e uma nova camisa da farda. A alimentação também já está sendo reforçada com a oferta de duas refeições por turno letivo.
Novo decreto suspende toque de recolher na Bahia; proibição de shows e festas está mantida
De acordo com o governo, o decreto, que passa a vigorar a partir de sexta, autoriza, a realização de alguns eventos com até 300 pessoas até o dia 17 de agosto.
Por G1 BA.
O Governo do Estado vai publicar na sexta-feira (6) um decreto que suspende o toque de recolher na Bahia e mantém a proibição de shows e festas, independentemente do número de participantes. De acordo com a gestão estadual, a flexibilização de algumas atividades ocorreu após a queda da taxa de ocupação de leitos de UTI Covid.
O toque de recolher na Bahia foi anunciado pelo governador Rui Costa, no dia 16 de fevereiro deste ano, e passou a valer três dias depois. Na época, foi informado que a decisão ocorreu por causa da alta taxa de ocupação dos leitos de UTI no estado, que alcançava uma taxa de 74%.
De acordo com o governo, o decreto, que passa a vigorar a partir de sexta, autoriza, a realização de alguns eventos com até 300 pessoas até o dia 17 de agosto. [Veja a lista abaixo]
- Cerimônias de casamento
- Eventos urbanos e rurais em espaços públicos ou privados
- Circos
- Parques de exposições
- Solenidades de formatura
- Passeatas e afins
- Funcionamento de zoológicos (Antes estava proibido)
- Museus
- Teatros
Nos municípios integrantes de Região de Saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI COVID se mantenha, por cinco dias consecutivos, superior a 60%, eventos e atividades poderão acontecer com público de até 100 pessoas.
O decreto que vai ser publicado na sexta-feira também determina que eventos esportivos em todo o estado continuam a acontecer, porém sem a presença de público. Os espaços culturais como cinemas e teatros devem funcionar obedecendo a limitação de 50% da capacidade do local.
Já a lotação permitida em estabelecimentos comerciais, de serviços e financeiro, como mercados e afins, deverá ser definida em ato editado por cada Município, considerado o tamanho do espaço físico, com o objetivo de evitar aglomerações.
O decreto também manteve a orientação em relação às aulas. As atividades letivas, nas unidades de ensino, públicas e particulares, poderão ocorrer de forma semipresencial nos Municípios integrantes de Região de Saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI COVID se mantenha, por cinco dias consecutivos, igual ou inferior a 75%, obedecendo a ocupação de 50% da capacidade das salas de aula.
Bahia Notícias divulga que Caculé e Santa Maria da Vitória têm mais casos ativos de Covid que Salvad
Vitória da Conquista, no Sudoeste, tem o maior número do estado, com 175. Em segundo aparece Itabuna, no Sul, com 170; em terceiro Eunápolis, na Costa do Descobrimento, com 134; em quarto Caculé, também no Sudoeste, com 88, e em quinto Santa Maria da Vitória, na Bacia do Rio Corrente, Oeste, com 78.
Segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) da tarde desta quarta-feira (4), Salvador tem 72 casos ativos. Com 2,8 milhões de habitantes, a capital do estado chega a ter menos registros ativos que cidades com Caculé, que tem 23,3 mil habitantes; e Santa Maria da Vitória, com 39,7 mil.
A situação é menos desproporcional em Vitória da Conquista, 341,1 mil habitantes; Itabuna, 213,6 mil; e Eunápolis, 114,3 mil. No último domingo (1°), a Sesab informou que havia três municípios com mais casos ativos de novo coronavírus do que Salvador.
Dados da SESAB
Licínio de Almeida: Unidade Saúde da Família e Praça é Inaugurada em Tauape.
Licínio de Almeida.: Raquel Pede Ajuda Para Custear Tratamento de Doença Rara.
Manifestantes fazem atos contra Bolsonaro e a favor da vacina
Protestos ocorrem em diversas cidades do Brasil. Manifestantes pedem mais vacina, impeachment de Bolsonaro e aumento no valor do auxílio emergencial.
Por G1.
Manifestantes foram às ruas neste sábado (24) para protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e em defesa da vacinação contra a Covid-19.
Até por volta das 14h, haviam sido registrados protestos em pelo menos 52 municípios, localizados em 20 estados, incluindo 13 capitais.
- Estados em que foram realizadas manifestações: AL, BA, CE, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, RR, SC, SP e TO
- Entre as cidades, houve protesto nas seguintes capitais: Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belém, Palmas, Teresina, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, São Luís, João Pessoa, Boa Vista e Maceió
Assim como em manifestações semelhantes realizadas em outras datas, os protestos ocorreram de forma pacífica. A maioria dos manifestantes usavam máscara como medida de proteção contra o coronavírus. Em alguns momentos, porém, houve aglomeração, apesar dos alertas sobre distanciamento social.
Veja a situação das manifestações pelo país:
Rio de Janeiro
Manifestantes se reuniram no Centro do Rio de Janeiro em protesto contra o governo Bolsonaro. A grande maioria deles usava máscara facial.
A concentração do ato teve início por volta das 10h na Avenida Presidente Vargas, em frente ao monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares. De lá, eles seguiram em caminhada rumo à Praça da Candelária.
O ato foi convocado por centrais sindicais e partidos políticos, que formaram um grupo batizado de Bloco Democrático. A pauta de reinvindicações era diversa. O próprio grupo denominou a manifestação como “dia de unir o país em defesa da democracia, da vida dos brasileiros e do fora Bolsonaro”.
Bahia
Manifestantes também foram às ruas protestar contra o governo Bolsonaro e em defesa da vacinação contra a Covid-19. Os atos aconteceram em Salvador e outras cidades baianas.
A Bahia registra, desde o início da pandemia, 25.457 mortes por Covid-19. Já são 1.182.673 casos confirmados da doença no estado.
Pernambuco
Na capital pernambucana, o protesto contra o governo reuniu manifestantes no Centro do Recife. O ato foi convocado por movimentos sociais e estudantis, partidos políticos e centrais sindicais.
Os manifestantes protestavam pela agilidade na vacinação para prevenir a Covid-19, contra a fome e para pedir ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que dê andamento ao processo de impeachment de Bolsonaro.
Ceará
Manifestantes protestaram contra o presidente Bolsonaro em Juazeiro do Norte, no Sul do Ceará. A manifestação ocorreu de 8h às 11h, com um percurso que começou na praça da prefeitura e seguiu até a Praça Padre Cícero.
O ato foi convocado por movimentos sociais, sindicatos e teve participação de manifestantes independentes, segundo a organização. Entre as reivindicações estavam pautas nacionais, como o impeachment do presidente e o avanço da vacinação.
Santa Catarina
Cidades de Santa Catarina também tiveram manifestações favoráveis à vacinação mais rápida contra a Covid-19 e ao impeachment do presidente da República. Os atos ocorreram em Joinville e Jaraguá do Sul, no Norte, e em Criciúma, no Sul catarinense.
Goiás
Em Goiás, manifestantes foram às ruas da capital, Goiânia, pedir o impeachment do presidente e vacinas para toda a população. O ato começou por volta de 9h na Praça do Trabalhador, no centro. O protesto foi organizado por estudantes e centrais sindicais.
Piauí
Em Teresina, estudantes, trabalhadores, centrais sindicais e integrantes de partidos políticos e de movimentos sociais protestaram contra o governo federal. O grupo pede o impeachment de Bolsonaro mais vacinas e aumento do auxílio emergencial.
A concentração começou por volta de 8h na Praça Rio Branco, no Centro da cidade. Em seguida, às 10h, eles saíram em caminhada pelas ruas do Centro, com cartazes e carros de som.
O grupo passou por diversas ruas do centro e por volta das 10h30 chegou à sede do executivo estadual, o Palácio de Karnak. Depois, seguiu rumo à avenida Frei Serafim, a principal via da capital, que ficou parcialmente interditada no sentido Centro-Leste. Os manifestantes deixaram livre a faixa de passagem de ônibus.
Tocantins
Também houve ato contra em Palmas. Em Taquaralto, região sul da capital do Tocantins, os manifestantes também pregaram cruzes, às margens da avenida Tocantins, a mais movimentada da região, em homenagens às vítimas da Covid. A manifestação foi convocada e divulgada nas redes sociais. O grupo se concentrou às 8h.
Licínio de Almeida : Mais de 5.171 Pessoas Já Foram Vacinadas no Município
Papa passa bem após cirurgia e ficará cerca de 1 semana internado, diz Vaticano
Comunicado diz que Francisco, que tem 84 anos, 'encontra-se em boas condições gerais, está alerta e respira sem ajuda'. Pontífice foi internado no domingo para cirurgia no intestino grosso.
Por G1.
O Papa Francisco está bem após passar por uma cirurgia e ficará hospitalizado por cerca de uma semana, anunciou o Vaticano nesta segunda-feira (5).
O pontífice foi internado em um hospital de Roma na manhã de domingo (4) para uma cirurgia no intestino grosso.
A operação foi realizada para reparar uma estenose diverticular (estreitamento) do cólon, que dificulta a passagem das fezes(entenda no vídeo abaixo o problema de saúde do papa e como é o procedimento).
- Geriatra explica o que é a estenose, doença da qual o Papa se recupera após cirurgia
Francisco, que tem 84 anos, "encontra-se em boas condições gerais, está alerta e respira sem ajuda", informou a Santa Sé em um comunicado.
"Deve permanecer hospitalizado por cerca de uma semana, salvo se houver complicações", completou a nota.
Boletim divulgado na noite de ontem já havia dito que que o "Santo Padre reagiu bem à operação realizada sobre anestesia geral".
Há uma semana, Francisco pediu que seus fiéis orassem de uma maneira especial para ele: "O Papa precisa das suas orações", afirmou o pontífice
Médico caculeense encontra-se internado na UTI por complicações do Covid-19, família e amigos pedem
O escândalo da influencer que enganou o mundo com falso câncer
Uma das primeiras influencers de grande alcance no Instagram, Belle Gibson propagava que havia se curado de doença por meio de dieta. Quando farsa foi descoberta, ela se tornou alvo da Justiça.
Por BBC.
Era 2013, Kylie passava por sessões de quimioterapia intensas e exaustivas havia seis meses para tratar um linfoma recém-diagnosticado quando foi questionada: "você já ouviu falar dessa garota chamada Belle Gibson?"
Uma rápida busca na internet a levou ao perfil cuidadosamente desenvolvido por uma blogueira australiana de saúde e bem-estar, na época com mais de 300 mil seguidores.
Cada publicação possuía dezenas de comentários elogiosos de seguidores de todo o mundo.
Kylie, que também é australiana, ficou surpresa com a descoberta: "Belle era tão bonita, bem-sucedida... ela foi uma inspiração para muitas pessoas", diz.
Na internet, Belle Gibson contava a história de como, depois que lhe deram apenas quatro meses de vida, ela "curou" seu câncer cerebral inoperável por meio de uma alimentação saudável.
Kylie não conseguia deixar de se comparar a ela. Enquanto fazia uma sessão diária de quimioterapia, o que fazia seu cabelo cair, e estava perto de fazer sua décima oitava punção lombar — um procedimento doloroso em que uma uma agulha grande é introduzida na medula espinhal —, Belle vendia a receita de seu estilo de vida milagroso e livre do câncer que Kylie sonhava.
"(Pensei que) talvez ela estava certa, talvez eu estivesse fazendo tudo errado", lembra Kylie.
"Eu estava morrendo por dentro e piorava a cada tratamento. Eu parecia horrível, enquanto ela estava vivendo a sua melhor vida", acrescenta.
Na época, a indústria de bem-estar, que atualmente é avaliada em cerca de US$ 3,8 trilhões (cerca de R$ 19 trilhões) em todo o mundo, estava em crescimento.
O público em geral já havia ouvido falar que abacates são "superalimentos" e muitas pessoas tentavam imitar o estilo de vida "saudável" que os blogueiros exibiam sem qualquer preocupação (ou pouca) sobre a veracidade das afirmações que faziam.
Em seu livro, Belle disse: "Me empoderei para salvar minha própria vida por meio da nutrição, paciência, determinação e amor".
Fascinada pela ideia de tomar o controle de seu próprio tratamento, Kylie comprou o livro de receitas e assinou o aplicativo de Belle, The Whole Pantry ("Toda a despensa", em tradução livre para o português). A marca da blogueira estava respaldada por uma das maiores editoras, a Penguin, e pela gigante da tecnologia Apple.
Desesperada para melhorar, Kylie acordou um dia para ir ao hospital e decidiu que estava farta de "todas as agulhas e picadas". Para ela, isso havia acabado.
"A quimioterapia não estava funcionando para mim. (Eu disse a mim mesma que) deveria parar e tentar uma alimentação saudável", conta.
"(Belle) dizia que estava curando seu próprio câncer, que estava melhorando".
"Tinha isso na minha frente (como prova). Estava no meu celular, nas revistas, nos noticiários... então confiei nela", detalha Kylie.
Mas Belle não estava melhorando…
Em março de 2015, uma publicação australiana expôs que Belle havia mentido aos seus seguidores que doava parte da venda de seus livros e aplicativos para organizações beneficentes.
Logo, muitos jornalistas começaram a questionar e a investigar se Belle também estava enganando as pessoas sobre o seu estado de saúde.
"Gostaria que tivessem feito isso antes de darem a ela toda a plataforma para que se transformasse em quem ela se transformou", diz Kylie.
Depois que a mentira sobre as doações para entidades beneficentes veio à tona, foi descoberto que Belle também havia mentido sobre o seu câncer.
Em setembro de 2017, a influencer recebeu uma multa de mais de US$ 300 mil (cerca de R$ 1,5 milhão) por parte do governo australiano por enganar os leitores sobre as doações para instituições de caridade, após ela ter sido declarada culpada por cinco infrações da lei do consumidor.
Uma juíza disse que Belle pode ter acreditado "de maneira genuína" naquilo que ela mesma estava dizendo e que ela pode ter sofrido "delírios" sobre sua própria saúde.
'Eu só estava ficando mais doente'
Maxine, que mora no Reino Unido, estava na universidade quando começou a seguir Belle nas redes sociais.
Apaixonada pela cultura do bem-estar no Instagram, ela se sentiu atraída pelas histórias de pessoas que abandonaram tratamentos médicos tradicionais para tratar suas doenças de forma "natural".
Desde os 11 anos, Maxine luta contra a colite ulcerosa, uma inflamação crônica do intestino grosso.
Os sintomas mais comuns são diarreia, perda de sangue, dores abdominais e fadiga. É uma doença que dura a vida toda e geralmente é possível ser controlada com medicamentos.
"Passei mal ao receber o diagnóstico", relata Maxine.
"Quando tinha 12 anos, muitos médicos me diziam: 'são os seus hormônios' ou 'são apenas dores menstruais'", diz.
"Isso me fez ter uma atitude negativa em relação aos médicos e a abordagem com relação às doenças crônicas, porque eu não sentia que havia apoio a longo prazo", comenta.
Depois de perder semestres inteiros na escola devido ao seu estado de saúde, tudo o que Maxine queria na universidade era ser como os outros.
"Estava revoltada por ter que enfrentar essa doença e não ser uma adolescente normal", declara.
Ela também se sentia frustrada por ter ganhado peso com as pílulas e as altas doses de esteroides que precisou consumir durante o tratamento. Maxine afirma que isso teve um efeito negativo em sua imagem corporal.
Sem os medicamentos, Maxine se agarrou ao aplicativo de "comida limpa" de Belle.
"Isso reforçou a crença ridícula de que eu não precisava de medicamentos para controlar a minha doença", diz Maxine à BBC.
"Estava muito envolvida em tudo o que tinha a ver com comida. Adotei uma dieta baseada em alimentos de origem vegetal, que acreditava que eliminaria muitos ingredientes 'tóxicos'", afirma.
Maxine deixou de lado todos os produtos de origem animal, o glúten e os carboidratos. "Foi muito extremo", diz.
Em pouco tempo, perdeu tanto peso que deixou de menstruar e a sua saúde começou a piorar. "Depois de uma espécie de efeito placebo inicial, tudo desmoronou", relata.
Primeiro lote com 1,5 milhão de doses da vacina da Janssen chega a SP
A imunização com a Janssen é feita com dose única, diferentemente de outras vacinas. O contrato do governo federal com a farmacêutica prevê a entrega de um total de 38 milhões de doses.
Por G1 SP.
O primeiro lote com 1,5 milhão de doses da vacina da Janssen compradas pelo Ministério da Saúde chegaram nesta terça-feira (22) ao Brasil pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
De acordo com o Ministério da Saúde, este primeiro lote pode ser usado até agosto. A Janssen pode ser armazenada por pelo menos 3 meses, em temperaturas de 2°C a 8°C, equivalente a geladeiras normais.
Até a última semana, o Ministério da Saúde esperava receber um primeiro lote com 3 milhões de doses. Na sexta-feira (18), no entanto, o ministro Marcelo Queiroga informou que a carga não chegaria e apontou "questões regulatórias" dos Estados Unidos como motivo para o atraso.
O contrato do governo federal com a farmacêutica prevê a entrega de um total de 38 milhões de doses. Em março, quando o contrato foi anunciado, a previsão era a entrega de 16,9 milhões de doses até setembro, e as outras 21,1 milhões de doses até dezembro de 2021.
O contrato da Janssen prevê o valor de US$ 10 por dose, e um pagamento US$ 95 milhões na primeira parcela.
A imunização com a vacina da Janssen é feita com uma dose única, diferentemente de outras vacinas, o que permite uma imunização mais rápida. Este é o único imunizante em etapa avançada de testes que funciona com apenas uma dose.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da vacina da Janssen no Brasil em 31 de março de 2021.
Como é a vacina
Janssen é a vacina desenvolvida pela divisão farmacêutica do grupo Johnson&Johnson, que leva o mesmo nome. O imunizante apresentou eficácia de 66% para os casos moderados a graves, e de 85% para os casos graves.
A eficácia mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Anvisa é de 50%.
A Janssen pode ser armazenada por pelo menos 3 meses, em temperaturas de 2°C a 8°C, equivalente a geladeiras normais. Em temperaturas de -20°C ela fica estável por 2 anos.
O imunizante usa a tecnologia de vetor viral e funcionou contra a variante da África do Sul, a mais contagiosa.
A companhia diz ter o objetivo de fornecer 1 bilhão de doses da vacina em todo o mundo em 2021.
Primeira dose para todos até setembro
Segundo o ministro da Saúde, em julho chegarão mais 40 milhões de vacinas no país, e para agosto e setembro a expectativa é de 60 milhões em cada um desses meses.
Pelos cálculos de Marcelo Queiroga, portanto, a previsão é de mais 160 milhões de doses até setembro.
De acordo com ele, o quantitativo permite afirmar que toda a população vacinável – ou seja, acima de 18 anos – estará vacinada com a primeira dose até setembro deste ano.
Queiroga também já reafirmou que todos brasileiros adultos serão vacinados com as duas doses até dezembro.
Bolsonaro diz que contaminação é mais eficaz que vacina contra Covid; especialistas contestam
Fala do presidente em transmissão ao vivo pela internet remete à tese da chamada 'imunidade de rebanho', criticada por infectologistas e especialistas em saúde pública.
Por Filipe Matoso e Pedro Henrique Gomes, G1 — Brasília.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira (17), durante transmissão ao vivo pela internet, que — para efeito de imunização contra a Covid — é mais eficaz contrair o vírus que se vacinar.
A fala de Bolsonaro remete à estratégia da chamada "imunidade de rebanho", contestada por infectologistas e especialistas em saúde pública.
"Eu já me considero — eu não me considero não, eu estou — vacinado, entre aspas. Todos que contraíram o vírus estão vacinados, até de forma mais eficaz que a própria vacina porque você pegou o vírus para valer. Então, quem contraiu o vírus, não se discute, esse está imunizado", afirmou Bolsonaro na "live", ao lado do deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), ex-líder do governo na Câmara.
A tese da imunidade de rebanho (vídeo abaixo) pressupõe a superação da pandemia por meio de um alto número de infectados, o que, supostamente, deixaria grande parcela da população imunizada. Só que essa estratégia, de acordo com especialistas, não funciona para a Covid. Muitas pessoas morreriam no processo. Além disso, quem já teve a doença pode ser reinfectado.
De acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa, com base em dados das secretarias estaduais de saúde, 17,6 milhões de pessoas já têm ou tiveram Covid. O ritmo de vacinação segue lento no país. Somente 11,3% da população tomaram as duas doses da vacina. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estima que o país necessita aplicar 1,7 milhão de doses a cada dia útil para vacinar todos os adultos até o fim do ano.
Na última sexta-feira (11), em depoimento à CPI da Covid, o médico sanitarista Claudio Maierovitch, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), falou sobre a imunidade de rebanho. Segundo ele, uma estratégia como essa levaria à morte as pessoas mais frágeis. "Rebanho se aplica a animais, e fomos tratados dessa forma", declarou o sanitarista.
Estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a organização não-governamental Conectas Direitos Humanos mapeou os atos normativos e a propaganda da administração federal do Brasil durante a pandemia da Covid-19. O relatório concluiu que o governo "optou por favorecer a livre circulação do novo coronavírus, sob o pretexto de que a infecção naturalmente induziria à imunidade dos indivíduos".
A CPI investiga se um "gabinete paralelo" de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro contribuiu para o que o presidente adotasse ideias contrárias à ciência durante a pandemia e se a imunidade de rebanho foi uma delas.
Na mesma transmissão ao vivo pela internet, Bolsonaro repetiu que será a "última pessoa" a se vacinar no país e falou sobre o "estudo" que pediu ao Ministério da Saúde para desobrigar o uso de máscaras por quem tenha sido vacinado ou contaminado.
"A questão da vacina, né? Eu estou dando exemplo. Depois que a última pessoa se vacinar, eu me vacino. Tá? Enquanto isso, eu continuo tranquilo na minha. Inclusive, encomendei um estudo para o ministro Queiroga, da Saúde, para desobrigar o uso da máscara por quem porventura já tenha sido infectado ou vacinado. Quem está contra, é negacionista porque não acredita na vacina", disse.
hospitais federais do Rio na CPI, Witzel revelou que o 'dono' deles é Flávio Bolsonaro
O ex-governador Wilson Witzel (PSC) não esperou a reunião secreta na CPI da Covid para revelar o nome de quem ele aponta como dono dos hospitais federais do Rio de Janeiro. Logo após o depoimento nesta quarta-feira (16), numa conversa com integrantes da CPI, ele nominou: "O dono é o Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ)".
À CPI, em público, Witzel disse ontem que os hospitais "tem um dono, e esta CPI pode descobrir quem é o dono". Depois, em privado, afirmou que o dono é Flávio. O ex-governador insinuou que filho do presidente manda e desmanda, inclusive indicando fornecedores.
Os dois discutiram durante o depoimento de Witzel à CPI. Enquanto o senador acusou o ex-juiz de usar a comissão como palanque político, Witzel chamou Flávio de "mimado" e acusou o governo federal de perseguir governadores e interferir no enfrentamento da Covid (veja no vídeo abaixo).
Aliás, as iscas que Witzel ofereceu para investigação de supostos desvios na rede federal hospitalar do Rio foram considerados importantes pelo presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM): "Muito senadores governistas clamam por investigações de desvios de verbas federais. Está aí um bom caminho".
Horas depois de revelar o nome (que não casou surpresa para quem conhece os meandros da política do Rio), a defesa do ex-governador Witzel pediu à CPI que providenciasse segurança para ele. A ex-primeira-dama, Helena Witzel, ficou preocupadíssima com o tom adotado pelo marido no depoimento. O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a comissão irá solicitar escolta para o ex-governador.
Ministério da Saúde atualiza número de infectados pela Covid-19 relacionados à Copa América: contami
Na primeira manifestação da pasta, ocorrida nessa segunda-feira, contaminados pelo novo coronavírus eram 41
Por Lucas Magalhães — Brasília, DF.
O Ministério da Saúde atualizou na manhã desta terça-feira o número de pessoas relacionadas à realização da Copa América no Brasil contaminadas pelo coronavírus. Segundo a pasta, foram confirmados 11 novos casos desde segunda-feira. No total, são 52 os casos confirmados.
"Foram realizados 3.045 testes de RT-PCR entre jogadores, membros das delegações e prestadores de serviços. Até o momento, 52 casos de Covid-19 foram confirmados, sendo 33 entre jogadores e membros das delegações e 19 prestadores de serviços contratados para o evento. Os casos de prestadores de serviços foram confirmados em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ). A positividade de casos por Covid-19 foi de 1,70%", explicou o Ministério da Saúde, por meio de nota oficial.
Ainda de acordo com a pasta, estão sendo realizados testes de sequenciamento genético para análise de variantes nos casos confirmados. Os resultados devem sair em até duas semanas.
A primeira seleção a sofrer um surto de Covid-19 na delegação foi a Venezuela. Adversário do Brasil na estreia, o time desembarcou em Brasília na noite da última quinta-feira e, nos primeiros testes realizados, foram confirmados 13 casos na delegação.
Com o surto na Venezuela, a Conmebol modificou o regulamento da Copa América e acabou com o limite de substituições nos convocados por causa da Covid-19: inicialmente, cada seleção só poderia substituir cinco jogadores da delegação por causa do vírus. Com a mudança, a Venezuela convocou 15 novos atletas para a competição.
Após a Venezuela, também foram reportados casos de Covid-19 nas delegações de Bolívia, Peru e Colômbia.
Secretária Mayra Pinheiro, conhecida como 'capitã cloroquina', é vacinada contra Covid-19 no DF
Médica publicou foto nas redes sociais: 'Devidamente vacinada'. Mayra ficou conhecida pela defesa de medicamento sem eficácia comprovada para 'tratamento precoce' da doença.
Por Brenda Ortiz, G1 DF.
A médica e secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, de 54 anos, foi vacinada contra a Covid-19, nesta segunda-feira (14), no Distrito Federal. Conhecida como "capitã cloroquina", ela publicou uma foto nas redes sociais segurando o cartão de vacinação.
A publicação dizia: "Devidamente vacinada contra a Covid-19."
A secretária ficou conhecida pela atuação em defesa da cloroquina, comprovadamente sem eficácia contra a doença causada pelo novo coronavírus. No cartão de vacinação de Mayra consta que a segunda dose da vacina, AstraZeneca, está marcada para dia 5 de setembro.
Na publicação da médica, houve inúmeros comentários sobre o tratamento precoce. "Ué Drª, a cloroquina já não é um tratamento eficaz?", questionava um dos seguidores.
Também nesta segunda-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vacinou o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, de 57 anos, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de 51, contra a Covid-19. Os integrantes do governo federal estiveram no Hospital Regional do Guará, no Distrito Federal, durante a tarde.
Em Brasília, a campanha de imunização atende pessoas sem comorbidades com 50 anos ou mais, por meio de agendamento. O serviço, no entanto, foi suspenso nesta segunda, por falta de vagas.
'Tratamento precoce'
Em maio, Mayra Pinheiro foi convocada pela CPI da Covid no Senado Federal para depor e reforçou a defesa do tratamento precoce — bandeira amplamente defendida pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e por seus apoiadores.
No último sábado (12), o Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter as quebras dos sigilos, aprovadas pela CPI da Covid, de Mayra Pinheiro e dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
A quebra dos sigilos de cerca de 20 pessoas foi aprovada na última quinta (10) e, desde então, os alvos passaram a acionar o STF. Ao analisar as ações de Pazuello e Mayra Pinheiro, Lewandowski entendeu que a CPI agiu conforme as competências e que não cabe ao Poder Judiciário barrar o ato.
Mayra Pinheiro prestou depoimento na CPI da Covid no dia 25 de maio. A médica disse ser contra provocar a imunização do maior número de pessoas através do contato com a doença e defendeu a vacinação.
Na ocasião, questionada sobre já ter sido imunizada contra a Covid-19, Mayra respondeu que ainda não havia tomado a vacina porque, na data marcada para a imunização, ela havia contraído a doença .
Vacinação do DF
Nesta segunda-feira, o DF bateu recorde de pessoas vacinadas contra Covid-19 em um único dia. Segundo dados da Secretaria de Saúde (SES-DF), foram 25.550 imunizados com a primeira dose, no primeiro dia de campanha para pessoas de 50 a 59 anos, sem comorbidades.
Desde o início da campanha, em janeiro, 782.763 receberam a etapa inicial da vacina, na capital. Entre os atendidos, 327.448 também tomaram a segunda dose e, portanto, concluíram a imunização.
Detentos que estavam em ala para suspeitos de Covid-19 usam lençóis e fogem do presídio de Feira de
Dupla fugitiva cumpria pena pelo crime de roubo e escapou do conjunto penal na noite de segunda-feira (14).
Por G1 BA.
Dois homens que estavam presos no Conjunto Penal de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, fugiram da unidade na segunda-feira (14), utilizando uma corda feita por lençóis amarrados. A dupla estava no pavilhão sanitário, local onde ficam os presos com suspeita de Covid-19.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que Wellington Cleiton dos Santos, de 31 anos, estava preso desde 2016 e Anderson Melo Machado, de 25, cumpriam pena na unidade desde 2015. Ambos estavam sentenciados pelo crime de roubo.
A direção do presídio disse que os presos apresentavam bom comportamento durante o período da detenção, já tomou as devidas providências na busca pelos fugitivos, e notificou as autoridades competentes. Nenhum dos homens foi recapturado.
Taxa de transmissão da Covid volta a subir no Brasil, aponta Imperial College
Número que registra o ritmo de transmissões no país sugere que cada 100 pessoas com o vírus no Brasil infectam outras 107.
Por G1.
A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil, medida pelo Imperial College de Londres, subiu esta semana e está em 1,07.
Isso significa que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 107. Na semana passada, o Rt do Brasil estava em 0,99.
Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (Rt de até 1,28) ou menor (Rt de 1,02). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 128 ou 102, respectivamente.
Simbolizado por Rt, o "ritmo de contágio" é um número que traduz o potencial de propagação de um vírus: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança.
A pandemia começa a ser controlada quando essa taxa fica abaixou de um por, no mínimo, duas semanas seguidas.
A universidade britânica também projeta que o Brasil tenha 14.300 mortes devido à Covid-19 nesta semana. O cenário mais positivo prevê 12.400 óbitos e, o mais negativo, 16.500.
Situação no Brasil
O Brasil registrou 928 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando nesta segunda-feira (14) 488.404 óbitos desde o início da pandemia. Os dados são resultado de uma parceria do consórcio de veículos de imprensa, formado por G1, O Globo, Extra, O Estadão de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL.
Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.970. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +5% e indica tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes do vírus.
É o 27º dia seguido de estabilidade na comparação com duas semanas atrás. Isso significa que o ritmo atual das mortes por Covid tem se assemelhado mais a um platô do que a uma queda ou a um aumento na curva, e isso em patamar bastante elevado.
Está achando pouco quase 500 mil mortes, diz Rui após Bolsonaro defender desobrigação de mascaras
Declaração foi feita nesta sexta-feira (11) durante a entrega da iluminação de trecho da BR-242 e do novo sistema de abastecimento de água, na cidade de Ibotirama.
Por G1 BA.
O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (11) que "quem pede para o povo tirar a máscara é porque está achando pouco as quase mil mortes" no Brasil. A declaração foi feita após o presidente Jair Bolsonaro voltar a defender a desobrigação do uso de máscaras para vacinados.
Segundo Rui Costa, a defesa da desobrigação das máscaras, feita pelo presidente, em um momento em que a maioria dos estados brasileiro está com mais de 80% de lotação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19, é não ter sensibilidade com a dor e a vida humana.
“Quem pede para o povo tirar a máscara é porque está achando pouco as quase 500 mil mortes. Num momento em que a maioria dos estados está com mais de 80% de lotação de UTI, o presidente da República falar em retirar máscaras é ser alguém que não tem absolutamente nenhuma sensibilidade com a dor e a vida humana", disse o governador durante a entrega da iluminação de trecho da BR-242 e do novo sistema de abastecimento de água, na cidade de Ibotirama.
Rui Costa ainda afirmou que a desobrigação do uso de máscaras é algo que ele não consegue entender.
"Foge de qualquer racionalidade alguém que representa um país com esse comportamento”, afirmou.
Após voltar a defender a desobrigação das máscaras, Bolsonaro disse que a decisão final será de governadores e prefeitos. "Eu não apito nada", ironizou.
Bolsonaro já havia informado na quinta (10) que pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um parecer para liberar vacinados e recuperados da Covid de usar máscaras.
A ideia foi prontamente rebatida por especialistas, que alertam que mesmo quem foi vacinado ou teve a doença pode transmitir o vírus para outras pessoas. Além disso, quem já teve Covid pode ter de novo, e quem foi vacinado pode ter a doença de forma mais leve.
Nesta sexta, ao voltar a desencorajar o uso de máscaras por vacinados e recuperados, Bolsonaro voltou a dizer que a responsabilidade é de estados e municípios. Ele falou a veículos de imprensa na porta do Palácio da Alvorada.
"Quem já foi infectado e quem tomou vacina não precisa usar máscara. Quem vai decidir é ele [ministro Queiroga], dar um o parecer. Se bem que quem decide na ponta da linha é o governador e prefeito, eu não apito nada. É ou não é? Segundo o Supremo, quem manda são eles. Nada como você estar em paz com a sua consciência", afirmou.
Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no ano passado, que estados e municípios têm direito de tomar medidas para conter a pandemia, Bolsonaro alega que o governo federal foi proibido de liderar ações contra a Covid.
Ministros do STF vêm explicando que o argumento do presidente não tem fundamento. E que a decisão da Corte determina que a União é a responsável por coordenar as ações. Na época da decisão do STF, Bolsonaro queria derrubar medidas de uso de máscara e de isolamento social, impostas por estados e municípios.
O presidente é contra as medidas de restrição para conter a disseminação do vírus, consideradas por autoridades sanitárias do Brasil e do mundo todo como essenciais para frear o coronavírus. Ao longo de toda pandemia, o presidente vem causando aglomerações e, na maioria delas, está sem máscara.
Tornou-se comum também o presidente culpar governadores e prefeitos pelos dados negativos da pandemia no país.
Governo gastou R$ 23 milhões para divulgar tratamento precoce, mostram documentos; medida é ineficaz
Informação consta de documentos enviados pelo Ministério da Saúde à CPI e obtidos pela TV Globo. Bolsonaro defende tratamento precoce, mas estudos científicos já mostraram ineficácia.
Por Gabriel Palma, Yasmim Perna e Filipe Matoso, TV Globo, GloboNews e G1 — Brasília.
Documento enviado pelo Ministério da Saúde à CPI da Covid e obtido pela TV Globo mostra que o governo informou à Procuradoria da República no Distrito Federal que foram gastos R$ 23,3 milhões com campanhas de divulgação do chamado tratamento precoce contra Covid.
A manifestação do ministério foi enviada à Procuradoria em razão de uma apuração preliminar do Ministério Público sobre supostos atos de improbidade administrativa cometidos pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
O governo pagou US$ 10 (R$ 51,20, pela cotação desta sexta) por dose da vacina da Pfizer. Com os R$ 23,3 milhões gastos com a propaganda do tratamento precoce, seria possível adquirir 456.718 doses da vacina, o suficiente para imunizar com duas doses quase toda a população de uma cidade como Presidente Prudente (230 mil habitantes), no oeste de São Paulo.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que não veiculou propaganda sobre tratamento precoce. "Foi realizada uma campanha sobre tratamento imediato para orientar a população a procurar uma unidade de saúde ao sentir os primeiros sintomas da Covid-19", acrescentou a pasta.
Depois, o ministério informou que, na nota, deve-se ler "atendimento imediato" em vez de "tratamento imediato".
Também no documento, foi informado que o governo gastou R$ 52 mil em passagens em diárias com os médicos que viajaram a Manaus para difundir a cloroquina, remédio ineficaz contra a Covid (leia detalhes mais abaixo).
Segundo o documento do ministério, a Assessoria de Comunicação Social da pasta gastou R$ 3,4 milhões pela propaganda do tratamento precoce, e a Secretaria de Comunicação da Presidência, R$ 19,9 milhões, totalizando R$ 23.383.984,60. O documento não especifica a data dos pagamentos nem o período das campanhas.
O tratamento precoce, por meio do uso de medicamentos como cloroquina e ivermectina, é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. No entanto, estudos científicos já comprovaram a ineficácia desses remédios contra a Covid.
Além disso:
Plano de comunicação
Conforme um outro documento do Ministério da Saúde, enviado à CPI da Covid e também obtido pela TV Globo, a pasta organizou um plano de comunicação no qual havia a previsão de divulgar, entre outras coisas, o tratamento precoce.
Esse documento mostra os mesmos números informados pelo governo à Procuradoria.
De acordo com esse plano, foram duas campanhas, uma com gastos do próprio ministério e outra com despesas pagas pela Secretaria de Comunicação da Presidência.
Esse documento informa que a campanha da Presidência teria como tema "Cuidado e Tratamento Precoce"; custaria R$ 19,9 milhões; e seria veiculada entre 17 de outubro e 30 de novembro em TV, rádio, internet, ônibus, terminais rodoviários, metrô, aeroporto e "mobiliário urbano".
A outra campanha, do ministério, teria o mesmo tema; custaria R$ 3,4 milhões; e seria veiculada entre 25 de outubro e 20 de novembro em internet; ônibus; terminais rodoviários; metrô; e salões de beleza.
O documento também elenca "mensagens-chave", a fim de se adotar um "trabalho mais elaborado de comunicação". Essas mensagens envolvem campanha de vacinação; distanciamento social e uso de máscaras; tratamento médico; e discurso proativo.
Viagem de médicos a Manaus
Os documentos enviados à CPI da Covid também mostram que o governo gastou mais de R$ 52 mil em passagens e diárias com um grupo de médicos que foi a Manaus (AM) no início deste ano.
O grupo esteve na capital amazonense para difundir o uso de cloroquina e disponibilizar o aplicativo TrateCov, ferramenta que, segundo o Ministério da Saúde, facilitaria o diagnóstico de Covid, mas o resultado apresentava sempre a indicação de cloroquina.
O aplicativo saiu do ar e virou alvo da CPI.
Novo lote com mais de 220 mil doses da vacina contra a Covid-19 chega à Bahia
Voo comercial trazendo a nova remessa pousou no aeroporto de Salvador à 0h25. Imunizantes passarão por conferência, e começarão a ser enviados aos municípios junto com a remessa de 146.250 mil doses da Pfizer/BioNTech, recebida na terça-feira.
Por G1 BA.
Um novo lote com 227 mil doses de vacina contra Covid-19 chegou à Bahia na madrugada desta quinta-feira (9). Toda a carga de imunizantes é da Astrazeneca.
O voo comercial trazendo a nova remessa de vacinas pousou no aeroporto de Salvador por volta da 0h25.
De acordo com a Sesab, toda a carga será destinada para a primeira aplicação das vacinas.
Após a chegada, os imunizantes passarão por contagem e conferência, e começarão a ser enviados aos municípios baianos, junto com a remessa de 146.250 mil doses da Pfizer/BioNTech, recebida na terça-feira (9).
As vacinas serão enviadas exclusivamente aos municípios que aplicaram 85% ou mais das doses anteriores. Esta foi uma decisão da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que é uma instância deliberativa da saúde e reúne representantes dos 417 municípios e o Estado.
Com esta nova carga, a Bahia ultrapassa marca de 7 milhões de vacinas recebidas, chegando ao total de 7.186.400 doses, sendo 3.035.800 da Coronavac, 3.793.750 da AstraZeneca/Oxford e 356.850 da Pfizer/BioNTech.
Com Alta de 235,8% na Média Móvel de Casos de Covid, Araraquara Faz Alerta de Novo Confinamento.
Três meses após decretar o primeiro 'lockdown' do Brasil, cidade tem crescimento de infectados e ocupação de leitos volta a ser de 100%. Falta de distanciamento social é uma das razões segundo prefeitura e médicos, que pedem colaboração da população até que vacinação seja completada.
Por Fabiana Assis e Fernando Bertolini, G1 São Carlos e Araraquara.
A média móvel do número de casos de Covid-19 em Araraquara (SP) subiu 235,8% de maio a junho e colocou o município, que tem 22.808 casos e 459 mortes desde o início da pandemia, em estado de alerta máximo para a possibilidade de um novo confinamento.
Para a prefeitura e dois médicos da cidade ouvidos pelo G1, a falta de colaboração da população que não respeita o distanciamento social e a vacinação lenta são algumas das justificativas para a atual situação da cidade.
Em fevereiro, o município de 238 mil habitantes foi o primeiro do país a ter 10 dias de confinamento para conter a doença. Os números de internações, casos e mortes caíram após as medidas mais restritivas mas, nas últimas semanas, voltaram a crescer. Na sexta-feira (4), Araraquara bateu recorde de casos em 24 horas: foram 252 registros.
O crescimento de casos aumentou a pressão sobre o sistema municipal de saúde que voltou a atingir, após 90 dias, taxa de ocupação de UTI/SUS de 100%, na quarta-feira (9).
Outro motivo de preocupação é que até sexta-feira (4), a maioria dos pacientes internados em Araraquara era de outros municípios e até de outros estados. Já no sábado (5), o número de pacientes locais internados era o mesmo de pacientes de fora da cidade e, já partir do domingo (6), os moradores da cidade passaram a ser a maioria entre os internados nos leitos de Araraquara.
Nesta quarta-feira (9) a divisão era de 100 moradores de Araraquara e 92 pacientes que são de outras cidades. Além disso, há dois dias, Araraquara tem pacientes à espera de leitos para internação em UTI.
Índice para novo lockdown
Em decreto publicado em 19 de maio deste ano, a prefeitura estabeleceu que, para que os segmentos econômicos de Araraquara continuem abertos para atendimento presencial, a taxa diária de positivados para Covid-19 não pode ultrapassar de 30% dos pacientes sintomáticos testados (aqueles que buscam os serviços de saúde) ou de 20% nos testes em geral (contando sintomáticos e assintomáticos) por três dias consecutivos ou por cinco dias alternados dentro de um prazo de sete dias de intervalo.
Na sexta-feira, quando a cidade atingiu 252 casos, 26,94% de positivados sintomáticos e 18,36% de todos os testados — números bem próximos dos indicadores estabelecidos — o prefeito Edinho Silva (PT), alertou, em um pronunciamento, para o risco de um novo fechamento das atividades.
“Nós estamos caminhando a passos largos para que Araraquara se veja obrigada a fazer lockdown novamente”, afirmou.
Mas o alerta não surtiu efeito e, na terça-feira (8) , Araraquara bateu pela primeira vez o índice estipulado pela prefeitura se aproximando da possibilidade de mais um confinamento de 7 dias, conforme previsto no decreto.
Média móvel em alta
De acordo com o monitoramento do Grupo de Inovação e Extensão em Engenharia Urbana (Urbie) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), após o lockdown, a média móvel (soma dos casos registrados em uma semana e dividida por sete) de Araraquara seguiu em queda até atingir o menor índice do ano em 8 de maio, com 43,3, quando então reverteu a tendência e teve um mês de alta até chegar em 145,4, nesta quarta-feira (9), o que é equivalente a 235,8% de aumento.
Para a administração municipal, a razão do crescimento está no comportamento da população que voltou a relaxar as medidas de prevenção contra o coronavírus
A secretária municipal de Saúde, Eliane Honain, disse que a falta do uso de máscara e o relaxamento das pessoas em relação às regras de distanciamento social prejudicam as ações de combate à doença.
“Há muitos encontros familiares, festas, confraternização e com isso a transmissão expressiva em Araraquara”, afirmou.
Em uma live na sexta-feira, o prefeito Edinho Silva (PT) pediu a colaboração dos moradores.
"Enquanto não tivermos vacinas, a máscara é a melhor instrumento para evitar o crescimento da doença e estamos pedindo incansavelmente: evite aglomerações, é aí que a contaminação acontece. Será muito ruim se Araraquara decretar lockdown novamente e estamos extremamente próximos de isso acontecer”, afirmou.
Os médicos que estão na linha de frente do combate à pandemia em Araraquara também apontam para a falta de colaboração dos habitantes da cidade e a chamada '"desobediência social".
Para o médico sanitarista e professor da Unesp de Araraquara Rodolfho Telarolli Junior, a alta testagem e o lockdown deram confiança à população de Araraquara, que relaxou nos cuidados.
Licínio de Almeida.: Medidas Restritivas São Endurecidas Devido Ao Avanço do Covid no Município.
- § 1º - Ficam excetuadas da vedação prevista no caput deste artigo as hipóteses deslocamento para ida a serviços de saúde ou farmácia, para compra de medicamentos, ou situações em que fique comprovada a urgência.
- § 2º - A restrição prevista no caput deste artigo não se aplica aos servidores, funcionários e colaboradores, no desempenho de suas funções, que atuam nas unidades públicas ou privadas de saúde e segurança.
- § 3º - Os estabelecimentos comerciais que funcionem como restaurantes, lanchonetes e congêneres, só poderão operar de portas fechadas na modalidade entrega a domicilio (delivery) até as 20h. Art. 2º - No período das 18h do dia 07 de junho até às 5h do dia 14 de junho de 2021, na microregião municipal que abrange os Povoados de Jurema Duas Passagens e seus entornos, fica AUTORIZADO somente o funcionamento dos serviços essenciais, notadamente as atividades relacionadas à saúde e ao enfrentamento da pandemia, como transporte, serviço de entrega de medicamentos e demais insumos necessários para manutenção das atividades de saúde e as obras em hospitais e a construção de unidades de saúde, bem como à comercialização de gêneros alimentícios, à segurança e a atividades de urgência e emergência.
- § 4º - Durante o período das 18h do dia 07 de junho até às 5h do dia 14 de junho de 2021, os estabelecimentos comerciais localizados na microregião municipal que abrange os Povoados de Jurema Duas Passagens e seus entornos, só poderão funcionar de portas fechadas na modalidade entrega a domicilio (delivery), inclusive os que funcionem como mercados, sendo vedada a venda de bebidas alcoólicas. Art. 3º Visando à prevenção e enfrentamento da propagação do vírus no Município de Licínio de Almeida, serão adotadas, no período das 18h do dia 07 de junho até às 5h do dia 14 de junho de 2021, às seguintes medidas: