Mais de 300 pessoas aguardam leitos de UTI na BA: 'É como se fosse uma taxa de ocupação de 100%', di
Covid com alta recorde e lotação de UTIs: especialistas listam motivos para parar o país por ao meno
Exemplos vindos do Reino Unido e Israel mostram, segundo especialistas, que medidas de restrição adotadas por menos de 15 dias e campanha de vacinação sem isolamento social são incapazes de conter o avanço da pandemia.
Por Laís Modelli, G1
Praias e comércio fechados, toque de recolher e barreiras sanitárias em todo o país por, pelo menos, duas semanas. É o que defendem especialistas ouvidos pelo G1 como medidas nacionais e coordenadas que o governo federal deveria adotar em março para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, que já registrou recordes em apenas dois meses de 2021.
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Segundo os especialistas ouvidos pelo G1, os argumentos listados abaixo mostram a necessidade de um lockdown nacional (bloqueio geral), com medidas duras de restrição de circulação, durante o mês de março no Brasil:
- Sem vacinação em massa, sem rastreamento dos casos e sem o aumento da testagem, o distanciamento é a única maneira de conter o vírus;
- Diante do agravamento geral da pandemia, o país não conseguirá diminuir as transmissões se cada estado adotar uma medida diferente;
- Exemplos de outros países mostram que medidas curtas e pontuais, menores que 15 dias, não geram resultados consistentes;
- Quanto menor a circulação da população, menor a chance de o vírus encontrar pessoas suscetíveis à infecção;
- Reino Unido e Israel conseguiram controlar as transmissões com uma combinação de lockdown e vacinação em massa.
Necessidade de ação nacional
Membro da diretoria do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Vanja dos Santos explica que, diante do iminente colapso do sistema de saúde em quase todos os estados, as ações precisam ser nacionais para serem eficazes.
"No momento de caos generalizado em que estamos, ou paramos e fechamos tudo, ou vamos dobrar essas mais de 250 mil mortes pela Covid-19 que tivemos em um ano em um tempo muito menor" , disse Vanja dos Santos, membro da diretoria do CNS.
Santos explica que o CNS e demais órgão nacionais que integram a "Frente Pela Vida" pedem ao governo federal ações unificadas desde o ano passado. Com o agravamento da pandemia em fevereiro, o segundo mês com maior número de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, a paralisação das atividades em todo o país é tema no CNS.
"Na nossa última reunião, na terça-feira (23), discutimos medidas urgentes para o Brasil neste momento, como fechar todo o comércio, praias e serviço não essencial por duas semanas, assim como estipular um toque de recolher, implementar barreiras sanitárias pelo país e fazer testagem em massa", conta Santos.
Reino Unido: restrições longas
O coordenador da Rede Análise Covid-19, o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, usa o exemplo do Reino Unido para explicar que medidas curtas e pontuais, menores que 15 dias, não alteram a curva de transmissão.
"O Reino Unido está no seu terceiro lockdown e começará a flexibilizar as medidas neste 1º de março, mesmo com o avanço da vacinação por lá. A flexibilização será devagar e escalonada. Locais como salão de beleza, por exemplo, reabrirão apenas em abril", diz Schrarstzhaupt.
"No Brasil, vimos governos estaduais e prefeituras decretarem lockdowns isolados, o que é válido, mas por somente alguns dias. Analisando os dados do Reino Unido, vemos que o período é muito curto para que se tenha uma diminuição dos casos", compara.
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No primeiro lockdown britânico, iniciado em 23 de março de 2020, Schrarstzhaupt explica que os casos começaram a estabilizar apenas no 16º dia de restrições.
No segundo lockdown, começado em 5 de novembro, o cientista aponta que os casos começaram a cair depois de 13 dias. Mesmo assim, o governo britânico manteve as restrições por mais 15 dias, terminando o segundo bloqueio nacional apenas em 2 de dezembro.
"Toda a vez que se coloca alguma medida de restrição de mobilidade, há uma redução no número de casos, mas essa redução pode não ser proporcional ao tamanho do problema. Por isso, quanto maior o número de pessoas infectadas, mais duras e longas devem ser as restrições" , afirma Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19
Israel: lockdown e vacinação em massa
Em dezembro, ao mesmo tempo em que iniciou a vacinação em massa contra a Covid-19, Schrarstzhaupt aponta que Israel decretou seu terceiro confinamento nacional. "A estratégia israelense para conter a pandemia tem sido vacinar em massa e restringir circulação", explica Schrarstzhaupt.
Israel já vacinou mais da metade da população com ao menos uma dose, e a imunização por si só não foi vista como única estratégia. Diante disso, o governo fechou o maior a aeroporto internacional do país por duas semanas em fevereiro e manteve os demais fechados por um mês.
O país também adotou medidas como proibir qualquer cidadão de se distanciar mais de um quilômetro de sua residência.
Tais medidas ainda estão em vigor em Israel. Algumas foram flexibilizadas mais de um mês após o decreto do terceiro lockdown, e somente para os que já foram completamente imunizados com as duas doses da vacina.
O vídeo abaixo mostra os resultados positivos da vacinação no Reino Unido e em Israel.
Medidas precisam ser coordenadas entre estados
A diretora do CNS afirma que a entidade pede que o governo federal coordene e unifique as medidas contra a pandemia desde meados de 2020. "Pedido que o governo federal nunca atendeu", afirma Santos.
"Se um estado restringe a circulação das pessoas e fecha comércio, mas outro não faz o mesmo e as fronteiras continuam abertas, será muito difícil para aquele que impôs as medidas conseguir impedir que uma variante chegue ao seu estado, por exemplo", aponta Schrarstzhaupt.
Outra entidade que pede há meses uma coordenação nacional das medidas contra a Covid-19 é o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que divulgou nesta segunda-feira (1) uma carta com sugestões de medidas urgentes contra o iminente colapso das redes pública e privada de saúde diante do aumento dos casos de Covid-19 no Brasil.
Entre os pedidos do Conass estão a adoção de um toque de recolher nacional, o fechamento de bares e praias, a proibição de eventos presenciais e suspensão de aulas presenciais em todo o país. A carta também critica a falta condução nacional unificada e coerente da reação à pandemia.
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Rui Costa se emociona ao falar de medidas restritivas: 'O que é mais importante, 48h de loja funcion
Rui Costa também questionou a população sobre descumprimento das medidas. Nesta segunda-feira (1º), Bahia tem 84% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Por G1 BA.
O governador da Bahia, Rui Costa, se emocionou ao falar da prorrogação das medidas restritivas no estado, nesta segunda-feira (1º). Ele também questionou a população sobre o descumprimento das medidas implantadas para tentar impedir o aumento dos casos e mortes de Covid-19 no estado.
Neste domingo (28), as restrições (que começaram na sexta-feira) foram prorrogadas por mais 48 horas, até as 5h de quarta-feira (3). Somente serviços essenciais podem funcionar .
A Bahia tem 84% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de acordo com dados da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde.
"Eu espero que esse sufoco desses dias sirva para alertar aquelas pessoas que têm saído na rua sem máscara, que têm ido para festas e aglomeração. Eu quero que elas pensem. Se elas são evangélicas, católicas, espíritas, que pensem no exercício da nossa espiritualidade, da nossa fé, não pode ficar apenas na retórica", disse Rui Costa.
"Nós temos que nos perguntar: ‘Quantas vidas humanas essa bebedeira vale?’. ‘Por quantas vidas humanas eu vou ser responsável, por ir para balada e festas em Teixeira [de Freitas], em Prado ou Eunápolis?’. ‘Quantas vidas humanas serão necessárias para justificar o meu comportamento?’. ‘Ah, eu tenho meu direito individual de ficar bêbado, de encher os bares, de ir para paredão no meio da rua’", continuou.
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O governador questionou ainda se direitos individuais estão acima do bem estar coletivo, de uma doença que ele mesmo caracterizou como coletiva.
"Seu direito individual é superior à dor de mães e pais que estão perdendo seus filhos? Acabei de ver agora há pouco um pai chorando, desesperado, porque perdeu a filha de 16 anos para a Covid-19".
“Não é fácil. É duro receber mensagens de pessoas que perguntam assim: ‘E o meu negócio? E a minha loja?’. O que é mais importante: 48 horas de uma loja funcionando, ou a vida? Desculpe, eu não consigo falar”.
Ainda segundo Rui Costa, a adoção de medidas restritivas foi necessária porque este é o pior momento da pandemia desde março do ano passado.
“A emoção, de fato... Não é fácil e não gostaríamos de estar tomando decisões como essas. Gostaria sim, que todas as pessoas estivessem usando máscaras, mesmo aquelas que se consideram super homens, se consideram jovens. Se não for por eles, pelo menos que seja pelas mães, pelo pai, pela avó. Eu fico me perguntando se as pessoas sozinhas decretaram o fim da pandemia".
Ele disse também que espera que essa prorrogação de 48 horas seja necessária para conter momentaneamente o avanço da pandemia, e que sente "inveja" de países onde as pessoas estão seguindo as medidas coletivas de proteção, como a China.
“Eu espero que essas 48 horas sejam necessárias. Eu às vezes olhos para a China, para a Ásia, olho para a Alemanha e outros países, e eu sinto uma inveja enorme do comportamento social dessas pessoas, da compreensão de que a doença não é individual. Essa doença não é como um câncer, que é individual, essa é uma doença coletiva. Ou a gente vai tomar consciência disso ou nós não nos livraremos tão cedo dessa doença".
"É importante falar que, por ser uma doença coletiva, nós só vamos nos livrar dela com comportamento coletivo. Enquanto alguns acharem que pode ir para os bares encher a cara de cachaça, ir para balada e festas, sem nenhum peso na consciência de quantas pessoas estão morrendo, nós não vamos vencer essa doença".
O que não pode
- circulação noturna de pessoas das 20h às 5h até dia 8 de março;
- lojas e comércio de rua até dia 3 de março;
- bares, restaurantes, pizzarias, lojas de conveniência e similares até dia 3 de março [podem funcionar apenas na modalidade delivery até 0h];
- shoppings e centros comerciais até dia 3 de março;
- eventos e atividades, independentemente do número de participantes, ainda que previamente autorizados, que envolvam aglomeração de pessoas como: eventos desportivos coletivos e amadores, religiosos, cerimônias de casamento, eventos recreativos em via pública ou privada, circos, eventos científicos, solenidades de formatura, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica, estão proibidos até 8 de março [essa medida também vale para todo o estado da Bahia];
- estão proibidos, por mais sete dias, os procedimentos cirúrgicos eletivos não urgentes ou emergenciais, nas unidades hospitalares de saúde públicas e privadas da Bahia;
- quaisquer atividades esportivas coletivas amadoras, sendo permitidas as práticas individuais, desde que não gerem aglomerações, seguem proibidas até 8 de março;
- ficam suspensas as atividades presenciais nos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual não enquadrados como serviços públicos essenciais, devendo ser adotado o regime de trabalho remoto até dia 3 de março;
- ficam suspensos, no período de 1º de março até as 5h do dia 3 de março de 2021, os atendimentos presenciais do Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC em todo Estado da Bahia
O que pode
- Serviços de alimentação por delivery poderão funcionar até meia-noite;
- Mercados e padarias poderão funcionar até as 20h;
- Feiras livres também poderão funcionar, desde que em local aberto e com distanciamento entre as barracas;
- Serviços necessários ao funcionamento de indústrias, do setor eletroenergético, das centrais de telecomunicações (call centers) que operem em regime de 24h e dos centros de distribuição, bem como o deslocamento dos seus trabalhadores;
- Ainda segundo o decreto, podem funcionar normalmente os terminais rodoviários, metroviários, aquaviários e aeroviários; os serviços de limpeza pública e manutenção urbana; delivery de farmácia e atividades profissionais de transporte de privado de passageiros;
- procedimentos cirúrgicos a serem realizados em clínicas e estabelecimentos que funcionem exclusivamente como hospital dia;
- procedimentos cirúrgicos eletivos oncológicos e cardiológicos;
- os atos religiosos litúrgicos poderão ocorrer, respeitados os protocolos sanitários estabelecidos, especialmente o distanciamento social adequado e o uso de máscaras, bem como com capacidade máxima de lotação de 30% (trinta por cento).
Veja o que pode e o que não pode no transporte
- Ônibus metropolitanos encerram as operações das 20h30 às 5h e o metrô das 20h às 5h, até 8 de março;
- Transporte aquaviário metropolitano (ferry boat e lanchinhas) seguem suspensos até 5h do dia 3 de março;
- Os ônibus intermunicipais poderão circular normalmente.
- Veja o vídeo.:
Vitória da Conquista.: Homem é preso suspeito de manter filha com transtornos mentais em cárcere pri
jovem era vítima de maus tratos
Caso ocorreu na zona rural de Vitória de Conquista. Vítima foi encontrada sozinha, presa em quarto, em situação sub-humana, sem higiene e fazendo as necessidades dentro do cômodo.
Por G1 BA.
Um homem foi preso suspeito de manter a filha, uma jovem com transtornos mentais, em cárcere privado, na zona rural de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. Segundo a polícia, a vítima, que não teve identidade revelada, também sofria maus tratos.
A policia recebeu a denúncia do caso, que ocorria no povoado do Baixão, no sábado (27). No mesmo dia eles foram ao local e, ao chegarem, ainda do lado de fora do imóvel, os policiais ouviram os gritos da jovem.
Ela estava sozinha, presa em quarto, em situação sub-humana, sem higiene e fazendo as necessidades dentro do cômodo. A jovem foi liberada pela polícia.
Testemunhas disseram à polícia que a situação ocorria há anos e que, além disso, o homem teria outro filho com problemas mentais que também sofre maus tratos.
Após o resgate, a polícia realizou uma busca pela região e encontrou o homem, que foi preso e levado para o Distrito Integrado De Segurança Pública (Disep) de Vitória da Conquista. Ele responderá por maus tratos, abandono de incapaz e cárcere privado.
Jovem foi resgatada pela polícia — Foto: Reprodução/TV Bahia
Licínio de Almeida.: Veja o Que Abre e o Que Não Abre Aqui na Cidade
UTIs lotadas, alta nas mortes e explosão de casos: avanço de Covid-19 deixa estados em situação crít
Ao menos 13 estados enfrentam dificuldades. Brasil bateu nesta quinta recorde de mortes registradas em 24 horas: 1.582.
Por G1 — São Paulo.
Estados brasileiros vivem situação crítica na Saúde em razão do avanço da pandemia de Covid-19, com alta nos números de casos e de mortes causadas pela doença. Também estão na iminência de colapso, com Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) lotadas ou perto de ficar sem vagas.
Em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em Rondônia, autoridades alertaram nesta quinta-feira (25) para o colapso nas estruturas de atendimento de saúde. Ao menos 12 estados enfrentam dificuldades (veja lista abaixo).
Também nesta quinta, o Brasil bateu recorde de mortes registradas em 24 horas: 1.566 pessoas – é o maior número desde a chegada da pandemia ao país, em março de 2020.
Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), apontou alta ocupação hospitalar em Santa Catarina, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Paraíba, Maranhão e Sergipe.
Ele disse que a transferência de pacientes entre estados, em consequência da situação, está comprometida.
"A gente termina a contabilidade tendo feito o transporte de mais de 600 pacientes do Amazonas para outros estados. E mais de 60 de Rondônia. Hoje a gente já teria dificuldade bem maior de fazer esse transporte porque todo mundo está no seu limite", afirmou o presidente do Conass.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a transferência de pacientes entre estados que enfrentam lotação de unidades de terapia intensiva será uma das estratégias usadas para enfrentar o que ele chamou de "nova etapa" da pandemia de Covid-19, marcada pelo alastramento da variante descoberta em Manaus.
Secretários de Saúde respondem a Pazuello: ‘Todo mundo no limite’
Situação nos estados
- SC - Estamos entrando em colapso, diz secretário de saúde de Santa Catarina
- TO - Ocupação de leitos passa de 80% no Tocantins
- RO - Secretário diz que todos os leitos de UTI para Covid estão ocupados
- RS - Secretária de saúde fala em possível esgotamento de vagas nas UTIs
- BA - Bahia tem restrição total de atividades não essenciais e secretário alerta para colapso; número de vítimas bate recorde
- CE - 91% dos leitos de UTI no Ceará estão ocupados e 170 cidades têm risco altíssimo
- PB - Paraíba adota toque de recolher; mortes aumentaram 41%
- MA - Taxade ocupação dos leitos chega a mais de 80% em São Luís
- SP - Toque de recolher a partir desta sexta-feira em todo o estado; estado tem recordes de pacientes internados
- RN - 'Natal e Região Metropolitana estão com rede de saúde colapsada', diz governadora
- PR - Hospitais de Curitiba têm fila e secretária de Saúde fala em 'avalanche de casos'
- PI - Estado impôs toque de recolher em razão do número de casos e de mortes
- PE - Governo suspendeu cirurgias eletivas em cidades do interior e contrata mais leitos para Covid na rede privada
Restrição da circulação noturna de pessoas é ampliada na Bahia; veja o que pode e o que não pode fun
A partir das 17h de sexta-feira (26) até as 5h da segunda (1º), ficam suspensas todas as atividades não essenciais no estado. Também está restrita a circulação das pessoas das 20h às 5h, de sexta a segunda.
Por G1 BA.
A circulação noturna de pessoas na rua em toda a Bahia será restrita a partir de sexta-feira (26), das 20h às 5h, até segunda (1º). A medida foi anunciada pelo governo do estado na noite desta quinta-feira (25). Anteriormente, o decreto de toque de recolher valia para 381 cidades baianas e era válida até domingo (28).
Segundo a decisão, a exceção é para deslocamentos por motivos de saúde ou que fique comprovada a urgência, e também para trabalhadores da saúde e segurança. Fica suspenso também o funcionamento do ferry boat e das "lanchinhas", no final de semana [dias 27 e 28 de fevereiro].
A restrição das atividades não essenciais já havia sido anunciada por Rui Costa. O decreto com detalhes sobre as medidas também será publicado na sexta, mas o G1 teve acesso ao conteúdo e lista o que pode e o que não pode funcionar no estado.
As medidas restritivas têm como objetivo conter o avanço da pandemia de Covid-19. A partir das 17h de sexta-feira até as 5h da segunda-feira, ficam suspensas todas as atividades que não estejam relacionadas à saúde pública, alimentação e segurança em toda a Bahia, porém, o início das medidas será de forma escalonada:
- Lojas e comércio de rua: fecharão às 17h;
- Bares, restaurantes, pizzarias, lojas de conveniência e similares: fecharão às 18h;
- Shoppings, galerias e demais centros comerciais: fecharão às 19h;
Vale ressaltar que a venda de bebidas alcoólicas está proibida em qualquer estabelecimento comercial, inclusive supermercados e delivery, a partir das 18h de sexta-feira.
De acordo com o governo do estado a diferença de horário para início do cumprimento do decreto serve para escalonar o uso do transporte público e evitar aglomerações nos veículos. Os estabelecimentos deverão encerrar as atividades com até 30 minutos de antecedência, de modo a garantir o deslocamento de seus funcionários às suas residências.
O que não pode
- circulação noturna de pessoas das 20h às 5h;
- lojas e comércio de rua;
- bares, restaurantes, pizzarias, lojas de conveniência e similares;
- shoppings e centros comerciais;
- venda de bebidas alcoólicas está proibida em qualquer estabelecimento comercial, inclusive supermercados e delivery, a partir das 18h de sexta-feira;
- eventos e atividades, independentemente do número de participantes, ainda que previamente autorizados, que envolvam aglomeração de pessoas como: eventos desportivos coletivos e amadores, religiosos, cerimônias de casamento, eventos recreativos em via pública ou privada, circos, eventos científicos, solenidades de formatura, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica;
- estão proibidos, durante sete dias, os procedimentos cirúrgicos eletivos não urgentes ou emergenciais, nas unidades hospitalares de saúde públicas e privadas da Bahia;
- quaisquer atividades esportivas coletivas amadoras durante o período estipulado, sendo permitidas as práticas individuais, desde que não gerem aglomerações.
O que pode
- Serviços de alimentação por delivery poderão funcionar até meia-noite;
- Mercados e padarias poderão funcionar até as 20h;
- Feiras livres também poderão funcionar, desde que em local aberto e com distanciamento entre as barracas;
- Serviços necessários ao funcionamento de indústrias, do setor eletroenergético e dos centros de distribuição, bem como o deslocamento dos seus trabalhadores;
- Ainda segundo o decreto, podem funcionar normalmente os terminais rodoviários, metroviários, aquaviários e aeroviários; os serviços de limpeza pública e manutenção urbana; delivery de farmácia e atividades profissionais de transporte de privado de passageiros;
- procedimentos cirúrgicos a serem realizados em clínicas e estabelecimentos que funcionem exclusivamente como hospital dia;
- procedimentos cirúrgicos eletivos oncológicos e cardiológicos.
Veja o que pode e o que não pode no transporte
- Ônibus metropolitanos e o metrô deverão encerrar as operações das 20h30 às 5h, de sexta a segunda;
- Transporte aquaviário metropolitano (ferry boat e lanchinhas) funcionam até a sexta (26), às 20h30, e só retomam a operação na segunda (1º) a partir das 5h, portanto, não funcionam no final de semana;
- Os ônibus intermunicipais poderão circular normalmente.
'Estou enxergando o pico do Everest. Estamos apavorados', diz secretária da Saúde do RS
Arita Bergmann alertou para esgotamento da capacidade das UTIs no estado. Manifestação foi feita durante reunião do governo com prefeitos. Estado acionou o último nível do Plano de Contingência Hospitalar, criado no início da pandemia.
Por Gustavo Chagas, G1 RS
A secretária da Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, alertou para o risco de esgotamento da capacidade do sistema de saúde do estado no combate ao coronavírus. A manifestação foi feita, nesta quinta-feira (25), durante a reunião do governador Eduardo Leite com prefeitos para tratar do sistema de cogestão - que autoriza os municípios a adotar medidas mais brandas em relação às bandeiras impostas pelo estado.
A titular da pasta afirmou enxergar "o pico do Everest", em menção à situação da pandemia no RS.
"Eu já estou enxergando o pico do Everest. Estamos aqui apavorados", afirmou.
A secretária da Saúde apresentou a evolução da ocupação de leitos clínicos e de UTI nas últimas semanas. No dia 24 de janeiro, o RS tinha 2.383 pessoas internadas com Covid-19. Já nesta quinta, o número era de 4.925 pacientes em hospitais, uma alta de 206% em pouco mais de um mês. No caso dos leitos críticos, os hospitais operam com 91,8% da capacidade máxima.
“Esta é maior taxa de ocupação até agora, uma situação de extrema gravidade, e será necessária a utilização de espaços disponíveis em cada instituição da rede hospitalar do estado”, explicou o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade.
Segundo Arita Bergmann, se o ritmo atual for mantido, o RS pode ficar sem leitos para atender a demanda.
"Não haverá leitos, especialmente de UTI, para atender a demanda, que é crescente. Crescente a ponto de nos deixar com uma lista de espera", explicou.
Último nível do plano hospitalar
A secretária da Saúde informou ainda que o estado acionou o último nível do Plano de Contingência Hospitalar e solicitou aos hospitais o uso de todos os espaços possíveis para receber pacientes, diante da dificuldade de criar novos leitos de UTI.
Além da suspensão imediata das cirurgias eletivas (com exceção das cirurgias de urgência ou que representem risco para o paciente), deverão ser instalados leitos emergenciais em salas de recuperação e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) intermediárias. Junto à ocupação dessas áreas a serem disponibilizadas, deverão também ser acionadas as equipes técnicas desses setores, especialmente as equipes médicas e de enfermagem.
“A partir de agora, os hospitais gaúchos, entre públicos e privados, têm o compromisso de disponibilizar toda a sua estrutura para atendimento de casos de Covid-19, porque estamos na fase mais crítica, que precisa de atitudes mais drásticas”, explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Eduardo Leite citou projeções do governo, que apontavam a necessidade de 7 mil vagas críticas para atender a todos.
"É absolutamente inviável", avaliou o governador.
O Plano de Contingência Hospitalar foi elaborado no início da pandemia e já teve novas versões que acompanharam o avanço da doença. O plano é estruturado em quatro fases e, cada uma, das etapas sinaliza as ações e a forma como a SES deve organizar os serviços hospitalares e a movimentação da rede para acesso dos pacientes aos serviços.
Vacinação
Eduardo Leite falou da aquisição de vacinas por parte do governo estadual e das prefeituras. Segundo o governador, uma reunião já foi agendada com a Pfizer para negociar a compra de doses. Além disso, o RS estaria se juntando a outros estados para adquirir o imunizante russo, Sputnik V.
'Estamos entrando em colapso', diz secretário de Saúde de SC;
Maior taxa de ocupação de leitos de UTI foi atingida na quarta, quando região Oeste também tinha 32 pacientes aguardando por leito ou transferência. Estado publicou decreto com restrições, mas secretário pediu mais medidas a prefeitos.
Por Caroline Borges, G1 SC e NSC TV.
O secretário da Saúde de Santa Catarina, André Motta, admitiu que o estado está enfrentando um colapso na saúde por causa do coronavírus. Na quarta-feira (24), os hospitais atingiram a maior taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral e Covid-19 do Sistema Único de Saúde (SUS) em toda a pandemia: 91,18%.
No início da tarde desta quinta (25), 83 pacientes aguardavam por leitos de UTI, segundo dados internos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) aos quais o G1 teve acesso.
- SC publica decreto para tentar frear Covid-19
O governo de Santa Catarina publicou na noite desta quarta um decreto com novas restrições em no estadoválidas por 15 dias. Em mensagem enviada aos prefeitos catarinenses, Motta pediu medidas mais restritivas para diminuir a circulação de pessoas.
"Preciso informar a todos que a situação da pandemia deteriorou no Estado todo e, a exemplo do que acontece nas regiões mais a Oeste, estamos entrando em colapso! Todos os esforços de Estado e municípios, até então, são insuficientes em face à brutalidade da doença. Infelizmente, percebesse fenômeno similar no resto do país, disse o secretário de Saúde.
Desde março, ao menos 652,8 mil pessoas tiveram diagnóstico positivo para Covid-19, e 7,1 mil morreram.
Na terça-feira (23), o governo estadual encaminhou pedido de apoio ao Ministério da Saúde por causa da possibilidade de faltar remédios de "kit intubação". Os estoques são insuficientes em muitos hospitais.
Medidas restritivas
No comunicado aos prefeitos, além de ter pedido medidas contra a Covid-19, o secretário estadual solicitou esforço na área da saúde.
Secretário de Saúde de SC orienta prefeitos a adotarem restrições de circulação
"Solicito aos gestores municipais que tomem medidas emergenciais para diminuir significativamente a circulação das pessoas, mantendo apenas serviços essenciais e que convoquem toda a força de trabalho da Saúde para o enfrentamento", pediu o secretário estadual aos gestores municipais.
Diferentemente da solicitação aos municípios, no decreto publicado no Diário Oficial do Estado não há fechamento de serviços não essenciais. Também não há restrição à circulação de pessoas, como previsto em um decreto publicado em dezembro.
Pelas regras divulgadas nesta quarta, casas noturnas e de espetáculos não podem funcionar, e é proibido vender e consumir bebidas alcoólicas em postos de combustíveis e em suas lojas de conveniência entre 0h e 6h em todos os níveis de risco. Bares, restaurantes e shoppings não podem funcionar de madrugada.
O transporte coletivo e rodoviário pode continuar circulando, mas com 50% de ocupação. No entanto, em Joinville, no Norte do estado, houve registro de aglomerações e os usuários enfrentaram dificuldades para conseguir assentos no ônibus
Fila de espera por UTIs
Em Santa Catarina, pacientes com Covid-19 têm esperado por vagas em unidades de saúde. Além dos 83 pacientes apontados nos dados internos da Secretaria, pode haver mais pessoas aguardando, pois são enviados somentes pedidos de internação de pacientes com condição de transporte para longas distâncias no caso das transferências.
Doentes internados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) não entram na fila, por exemplo, já que precisam passar por um hospital para estabilização antes de entrarem na contabilização estadual.
Em ofício enviado ao Governo, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu que a Secretaria da Saúde informe quantas pessoas esperam por leitos de UTI e de quais cidades elas são (veja vídeo abaixo).
Com o gargalo, o governo do estado estuda protocolos para desocupar o mais rápido possível os leitos e aumentar a rotatividade entre os pacientes. Durante audiência pública na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alesc) nesta quarta, o superintendente de regulação em Santa Catarina, Ramon Tartari, falou sobre a mudança de protocolos:
"O consumo de leitos é absurdo e os pacientes são graves, de forma que já iniciamos as discussões sobre protocolos e critérios para admitir pacientes em UTI e protocolos de triagem reversa, que é a retirada do paciente de UTI o mais precoce possível para dar maior giro e aceitar pacientes nas UTIs”.
Na região Oeste, que enfrenta um colapso no sistema de saúde, a prefeitura de Chapecó informou que, no fim da tarde desta quarta, 32 pacientes aguardavam por um leito de UTI ou transferência. Outras 50 pessoas precisavam de vagas em leitos clínicos. Até as 14h desta quinta, o dado atualizado não havia sido repassado.
O Hospital Regional do Oeste (HRO), de Chapecó, referência no atendimento para tratamento de Covid-19, está atendendo acima da capacidade. Segundo a prefeitura, há 62 leitos de UTI Covid-19, mas 92 pacientes estão internados espalhados em outros setores do local.
- Relembre situação dos leitos de UTI SUS e os desafios em abrir novas vagas
Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta, o médico Vinicius Chies de Moraes, que coordena o setor de emergência e o da UTI-Covid no Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê, afirmou que difícil decisão de escolher quem será intubado já é uma realidade.
“A situação é desesperadora. E não é uma situação que está por acontecer, ela já aconteceu, e está acontecendo. Nós teremos mortes em grande escala", disse.
No hospital, todos os 20 leitos para tratar pacientes estão ocupados, de acordo com a última atualização da unidade. Cerca de 24 pessoas aguardavam por uma vaga na quarta.
Procurada pelo G1 SC, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou apenas que a regulação está atuando justamente para garantir as transferências necessárias e o pleno atendimento a toda população catarinense. Sobre o número de pessoas na fila de espera, a pasta informou apenas que o dado é dinâmico.
Pacientes aguardam internação em UPAs
Em Florianópolis, até as 20h de quarta, as UPAs contavam com oito pacientes aguardando por uma transferência para hospitais da região. Nos locais, os doentes são atendidos com cilindros de oxigênio, mas a prefeitura informou que o mais indicado é que eles sejam internados em unidades de saúde.
Em nota, a prefeitura da capital informou que, há algumas semanas, os cilindros de oxigênio eram carregados em média três vezes por semana. Atualmente, estão sendo gastos entre 6 e 12 galões de oxigênio por dia.
Apesar do alto consumo, a administração municipal informou que enfrenta falta de entrega desse serviço. A prefeitura tem contrato em vigor e disse que garante o fornecimento de cilindros. O município, no entanto, apontou que dois casos de nova variante já foram identificados na cidade.
As novas cepas são mais transmissíveis. No total, o estado tem cinco casos confirmados da mutação do coronavírus.
Bahia tem restrição total de atividades não essenciais a partir de sexta-feira
Medida valerá de sexta-feira (26) até as 5h de segunda (1º). Transporte público vai funcionar normalmente e venda de bebida alcoólica, inclusive em supermercados, fica proibida durante o período.
Por G1 BA.
A Bahia terá restrição total das atividades não essenciais a partir das 17h sexta-feira (26) até as 5h de segunda-feira (1º), numa tentativa de conter o avanço da Covid-19. A medida foi divulgada nesta quinta (25) pelo governador do estado, Rui Costa, e pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis.
De acordo com o governador, bares e restaurantes não terão funcionamento presencial em nenhum horário a partir do início do período de restrição, e a venda de bebidas alcoólicas está proibida durante esse período, inclusive em supermercados. Os shoppings também ficarão fechados no final de semana.
O anúncio das restrições segue na esteira do que vem ocorrendo em outras cidade do país, como São Paulo e Araraquara.
Na capital paulista, o governo do estado determinou restrição de circulação das 23h às 5h em todo o estado. A regra entra em vigor a partir desta sexta-feira (26) e vale até 14 de março (entenda os principais pontos da medida aqui).
Em Araraquara, no interior paulista, medidas de restrição estão em vigor desde domingo (21) - e vale até às 23h59 de terça-feira (23). Na cidade, assim como nas vizinhas Américo Brasiliense e Santa Lúcia, está proibida a circulação de carros e pessoas, bancos, supermercados e postos de combustíveis também permanecem fechados no período .
O início das restrições, na sexta, será feito de acordo com o seguinte escalonamento:
- Lojas e comércio de rua: fecharão das 17h de sexta-feira (26) às 5h de segunda-feira (1º);
- Bares, restaurantes, pizzarias, lojas de conveniência e similares: fecharão das 18h de sexta-feira (26) às 5h de segunda-feira (1º);
- Shoppings e centros comerciais: fecharão das 20h de sexta-feira (26) às 5h de segunda-feira (1º);
Apesar disso, o delivery de alimentos está permitido até a meia noite de sexta, e é preciso que as empresas forneçam transporte próprio para esses trabalhadores.
A circulação de pessoas na rua está liberada normalmente, desde que não hajam aglomerações. O transporte público também vai poder funcionar normalmente. O governador não deu detalhes sobre o transporte intermunicipal.
Todas as atividades sociais, sejam elas religiosas, políticas ou culturais, também estão proibidas neste período. Atividades físicas coletivas também foram suspensas neste período e atividades individuais, como corridas e caminhadas, podem ser feitas.
No início da divulgação, o governador e prefeito chegaram a falar sobre a restrição para a capital e os 13 municípios da região metropolitana. Em seguida, Rui anunciou que toda a Bahia deve ter a restrição, incluindo municípios que não tinham entrado no toque de recolher anteriormente.
Taxas de ocupação
Nesta quinta-feira , Salvador tem 84% de taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos. No geral, o percentual de ocupação geral dos leitos (UTI, clínicos, adultos e pediátricos) é de 83%.
Na região metropolitana, a situação é semelhante. Ainda na quarta-feira (24), antes do decreto de restrição para a Bahia, a prefeitura de Guanambi, no sudoeste baiano, já havia anunciado um lockdown, que começará a partir da segunda-feira (1º) e durará 10 dias.
Na região metropolitana, a prefeitura de Madre de Deus também anunciou lockdown. Lá, a prefeitura registrou aumento 385,1% nos casos ativos de Covid-19.
Na terça-feira (23), o governador Rui Costa já havia sinalizado que, caso o toque de recolher não ajudasse a frear os números da pandemia, seria necessário o lockdown. Nesta quinta ele voltou a repetir a situação.
veja o vídeo .:
Com cheia de rio, médico de Tarauacá atende bebê dentro da água: 'tentar amenizar sofrimento', diz
Foto do médico Rodrigo Damasceno atendendo bebê de dois anos que está com pneumonia dentro da água viralizou nas redes sociais. Enchente do Rio Tarauacá já desabriga mais de 400 pessoas.
Por Aline Nascimento, G1 AC — Rio Branco.
A cidade de Tarauacá, no interior do Acre, sofre uma das maiores enchentes de sua história.Mais de 90% do município está inundadoe mais de 400 pessoas estão desabrigadas. Em meio ao caos, uma imagem que mostra o médico Rodrigo Damasceno atendendo um bebê, que está com pneumonia, dentro da água viralizou nas redes sociais e chamou a atenção.
O rio está com o nível de 11,05 metros, de acordo com a medição do Corpo de Bombeiros feita às 6 horas deste sábado (20). A cota de transbordo é de 9,50 metros, ou seja, o rio está 1,55 acima do nível máximo estipulado para transbordar. A maior cota já registrada na cidade foi 11,93, em 2014.
A foto mostra o médico com a água acima da cintura, ouvindo os batimentos de uma criança com um estetoscópio, enquanto a mãe segura o filho no colo dentro de uma canoa. A família mora na Rua Manoel Lorenço, no bairro da Praia, um dos primeiros atingidos pela enchente na cidade. O G1 não conseguiu contato com a família.
O registro foi feito pelo fotógrafo Lucas Melo na quinta-feira (18), que acompanhava a equipe do médico nos atendimentos.
"A maior dificuldade em consultar é deixar um barco próximo ao outro. Então, é mais fácil ficar fora e dentro da água e consultar as pessoas dentro do barco, assim, temos uma mobilidade melhor. É a maior alagação que vivenciei no município e que está afetando mais as pessoas. Essa criança tem dois anos e está com pneumonia. Conseguimos remédios com uma farmácia local e saímos também distribuindo a medicação, porque não adianta dar só a receita se a família não tem condições de comprar", contou o médico.
Segundo a Defesa Civil de Tarauacá, há 80 famílias desabrigadas e 35 desalojadas. Foram montados oito abrigos para atender os moradores que precisaram sair de casa. Pelo menos 7 mil famílias, o que representa em média 28 mil pessoas, estão atingidas pelas águas do rio. Nove bairros da cidade já foram afetados, além de parte da BR-364, que dá acesso à cidade.
Tarauacá está com 70% da área alagada com a enchente do rio que leva o mesmo nome — Foto: Gleydison Meireles/Arquivo pessoal
Assistência
O médico, que também é ex-prefeito de Tarauacá, explicou que a família da criança não saiu de casa, mesmo com a água dentro da residência. A mãe do menino falou para a equipe médica que tem medo de sair do local e furtarem os móveis.
Para Damasceno, o momento é de buscar os pacientes, ir nas casas oferecer ajuda, porque a maioria das pessoas está isolada nos bairros e não pode sair para procurar atendimento. Além disso, ele disse que muitas unidades de saúde estão inundadas.
"A gente tem tentado atender da forma que é possível, se for dentro da água vamos; se for nas casas também entramos; se for situação de um local mais afastado também vamos, porque as pessoas estão isoladas. No lugar de estarem procurando os médicos, atendimentos, nós que temos que procurar porque estão isoladas. Mais da metade dos postos de saúde está debaixo d'água , então, até para procurar os atendimentos é difícil, é algo que compromete o funcionamento básico de uma cidade", lamentou.
Em visita em alguns bairros, Damasceno contou que encontrou famílias que não tinham o que comer. Além da enchente, a cidade enfrenta um surto de dengue. "O povo está passando uma necessidade grande, acabou o auxílio emergencial, hoje fui em uma casa entregar sopa que o pessoal não tinha tomado café e nem almoçado. Só iam comer a sopa. O que estamos tentando fazer é amenizar o sofrimento, levando uma sopa, atendimento, pão, para ver se consegue ajudar uma parte da população", acrescentou.
Mais de 400 moradores estão desabrigados em Tarauacá — Foto: Gleydison Meireles/Arquivo pessoal
Impotência
Médico há 14 anos, o profissional revelou que o sentimento diante da situação é de impotência por não conseguir ajudar mais e aliviar o sofrimento da população. Mesmo assim, ele falou que segue oferecendo o que pode, seja um atendimento médico, um remédio ou um prato de sopa.
"É um misto de sentimento, de esperança, porque estamos tentando ajudar, mas também de impotência, porque a força da água é muito grande. Estamos em uma encruzilhada, o pouco que fazemos não vai resolver todos os problemas, mas fazemos nossa parte. Teve uma pessoa hoje, quando fomos distribuir a sopa, que falou: 'doutor, a gente quer que a água baixe'. Falei que não podia ajudar dessa forma, mas com um atendimento e sopa podia", relembrou.
Rio Tarauacá ultrapassou os 11 metros e atinge nove bairros na cidade — Foto: Gleydison Meireles/Arquivo pessoal
Situação de emergência
O governador do Acre, Gladson Cameli, decretou na terça (16) situação de emergência devido à cheia dos rios que desabriga centenas de família no estado do Acre. As cidades de Rio Branco, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Jordão, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves foram citadas no decreto.
Na quinta (18), o governo federal reconheceu a situação de emergência na capital acreana e na cidade de Tarauacá, no interior do estado. A portaria de reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), assinada pelo secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves.
No caso de Rio Branco, a declaração de situação de emergência foi feita no último dia 9 pela prefeitura após uma enxurrada que deixou 40 bairros atingidos pelas águas de igarapés que transbordaram.
Em Tarauacá, a situação de emergência é devido à enchente do rio que leva o mesmo nome da cidade.
Doze pessoas são autuadas por descumprir toque de recolher no interior da Bahia
De acordo com SSP-BA, infrações aconteceram nas cidades de Santo Amaro, Ipiaú, Anagé, Ruy Barbosa, Serrinha, Itabuna e Teixeira de Freitas.
Por G1 BA.
Doze pessoas foram autuadas por descumprimento do decreto do toque de recolher em sete cidades do interior da Bahia, entre a noite de sexta-feira (19) e a madrugada deste sábado (20).
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), as infrações aconteceram nas cidades de Santo Amaro, Ipiaú, Anagé, Ruy Barbosa, Serrinha, Itabuna e Teixeira de Freitas.
As pessoas foram autuadas nos artigos 268 (Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa) e 330 (Desobedecer a ordem legal de funcionário público).
Os autuados prestaram depoimentos e assinaram termos circunstanciados. Eles estão à disposição da Justiça.
Salvador
Equipes de segurança e trânsito em Salvador para fiscalização durante toque de recolher nesta primeira noite da medida na Bahia — Foto: Dalton Soares/TV Bahia
Em Salvador, cinco pessoas foram levadas à delegacia e liberadas em seguida. Quatro dos flagrantes por desobediência ao decreto do governo do estado foram registrados no Complexo do Nordeste de Amaralina.
O quinto foi no bairro de Paripe, onde um homem foi detido após ser flagrado com som automotivo. O equipamento também foi apresentado na delegacia. A SSP informou que as pessoas justificaram o motivo de estarem na rua, a maioria delas voltando do trabalho.h
Farol da Barra, ponto turístico de Salvador completamente vazio na noite desta sexta (19), primeiro dia de toque de recolher na Bahia — Foto: Dalton Soares/TV Bahia
Toque de recolher
Toque de recolher em Salvador — Foto: Alberto Maraux/SSP-BA
A medida foi tomada como uma forma de frear a contaminação do coronavírus no estado. Das 417 cidades baianas, 343 estão com o decreto do toque de recolher, incluindo Salvador e região metropolitana. Confira acima quais locais.
Para garantir o cumprimento do decreto, a Polícia Militar começou a fazer rondas na rua. O toque de recolher será válido por sete dias, das 22h às 5h.
A população também pode contribuir com a fiscalização. Para denunciar o descumprimento do decreto, é possível ligar par ao 190 ou para o número 3235-0000, em Salvador. Já quem mora no interior do estado, pode denunciar por meio do 181.
Estabelecimentos que forem flagrados funcionado após às 22h, podem ser interditados e ter o alvará de funcionamento cassado.
Caculé: Paciente com Covid-19 é transferido de UTI aérea para hospital em Salvador
Paciente que deu entrada no CEV (Centro Especializado Covid) na última quarta-feira (17) precisou ser transferido para UTI nesta sexta-feira (19) ao ter o seu quadro de saúde agravado. A equipe do SAMU 192 foi acionada e realizou o processo de encaminhamento do paciente para cidade de Caetité (BA), onde o mesmo foi levado via UTI aérea para o Hospital Couto Maia em Salvador (BA).
Após dar entrada no Centro para tratamento dos pacientes com Covid em Caculé, o homem de identidade não revelada teve uma evolução em seu quadro, necessitando de um suporte mais complexo. Após o cadastramento da regulação a equipe do CEV conseguiu dar todo o suporte necessário para o encaminhamento do paciente.
"A sensação de toda equipe nesse momento é de gratidão e missão cumprida, por saber que conseguimos oferecer o melhor de nosso trabalho para o paciente", afirmou a enfermeira coordenadora do centro, Nayara Gomes.
por Informecidade.
Licínio de Almeida.: Toque de Recolher Entrará em Vigor Hoje a Partir das 22:00hs.
Licínio de Almeida.: Toque de recolher anunciado por Rui Costa valerá para 343 cidades. veja lista:
Decreto foi publicado na edição desta quarta-feira (17) do Diário oficial do Estado.
Por G1 BA
O toque de recolher anunciado pelo governador Rui Costa na noite de terça-feira (16) valerá para 343 cidades da Bahia. A lista de municípios foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta (17). [Confira lista no final da reportagem]
A medida, que passa valer a partir de sexta-feira (19), tem como objetivo frear o avanço da pandemia da Covid-19 no estado. A decisão ocorreu após reunião com representantes da União dos Prefeitos da Bahia (UPB), prefeitos e técnicos das secretarias estaduais da Educação e da Saúde.
O toque de recolher será válido por sete dias, das 22h às 5h. Segundo o governador, a decisão ocorre por causa da alta taxa de ocupação dos leitos de UTI no estado, seguindo uma apresentação de técnicos da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) mostrando que a Bahia alcançou uma taxa de 74% de ocupação dos leitos de UTI dedicados para atender pacientes com casos mais graves de Covid-19.
De acordo com o decreto, ficam excetuadas do toque de recolher hipóteses de deslocamento para ida a serviços de saúde ou farmácia, para compra de medicamentos, ou situações em que fique comprovada a urgência. A restrição não se aplica também aos servidores, funcionários e colaboradores, no desempenho de suas funções, que atuam nas unidades públicas ou privadas de saúde e segurança.
O texto do decreto destaca ainda que, excepcionalmente, ficam autorizados, durante os horários de restrição, os serviços necessários ao funcionamento das indústrias e Centros de Distribuição e o deslocamento dos seus trabalhadores e colaboradores.
Veja detalhes do toque de recolher na Bahia:
- medida começa a valer a partir de sexta-feira (19), das 22h às 5h, e segue até 25 de fevereiro;
- estão proibidas atividades comerciais não essenciais;
- as polícias Civil e Militar irão fiscalizar o cumprimento do toque de recolher;
- quem descumprir as regras pode ser preso e irá responder por crime contra a saúde pública;
De acordo com Rui Costa, a medida será válida para a maior parte das cidades baianas, exceto nas regiões de Irecê, Jacobina, na região de Alagoinhas e no oeste do estado, onde as taxas de ocupação dos leitos de UTI não são alarmantes.
O governador ainda afirmou que quem desrespeitar o toque de recolher poderá ser preso e responderá por crime contra a saúde pública.
Segundo o governo da Bahia, restaurantes e bares não poderão operar em delivery a partir das 22h. Postos de gasolinas poderão ficar abertos, mas as lojas de conveniência deverão ser fechadas por causa do toque de recolher.
Já quem trabalha de madrugada deverá portar documento que comprove para poder circular na rua. A Polícia Militar e a Guarda Municipal estarão nas ruas fiscalizando o cumprimento do decreto.
Veja a lista de cidades onde o decreto valerá:
- Abaíra
- Abaré
- Acajutiba
- Adustina
- Água Fria
- Aiquara
- Alagoinhas
- Alcobaça
- Almadina
- Amargosa
- Amélia Rodrigues
- Anagé
- Andaraí
- Andorinha
- Anguera
- Antas
- Antônio Cardoso
- Antônio Gonçalves
- Aporá
- Apuarema
- Araçás
- Aracatu
- Araci
- Aramari
- Arataca
- Aratuípe
- Aurelino Leal
- Baixa Grande
- Banzaê
- Barra da Estiva
- Barra do Choça
- Barra do Rocha
- Barro Preto
- Barrocas
- Belmonte
- Belo Campo
- Biritinga
- Boa Nova
- Boa Vista do Tupim
- Bom Jesus da Serra
- Boninal
- Bonito
- Boquira
- Botuporã
- Brejões
- Brumado
- Buerarema
- Caatiba
- Cabaceiras do Paraguaçu
- Cachoeira
- Caculé
- Caetanos
- Caetité
- Cairu
- Camacã
- Camaçari
- Camamu
- Campo Alegre de Lourdes
- Campo Formoso
- Canavieiras
- Candeal
- Candeias
- Candiba
- Cândido Sales
- Cansanção
- Canudos
- Capela do Alto Alegre
- Caraíbas
- Caravelas
- Cardeal da Silva
- Carinhanha
- Casa Nova
- Castro Alves
- Catu
- Caturama
- Chorrochó
- Cícero Dantas
- Cipó
- Coaraci
- Conceição da Feira
- Conceição do Almeida
- Conceição do Coité
- Conceição do Jacuípe
- Conde
- Condeúba
- Contendas do Sincorá
- Coração de Maria
- Cordeiros
- Coronel João Sá
- Cravolândia
- Crisópolis
- Cruz das Almas
- Curaçá
- Dário Meira
- Dias d’Ávila
- Dom Basílio
- Dom Macedo Costa
- Elísio Medrado
- Encruzilhada
- Entre Rios
- Érico Cardoso
- Esplanada
- Euclides da Cunha
- Eunápolis
- Fátima
- Feira da Mata
- Feira de Santana
- Filadélfia
- Firmino Alves
- Floresta Azul
- Gandu
- Gavião
- Glória
- Gongogi
- Governador Mangabeira
- Guajeru
- Guanambi
- Guaratinga
- Heliópolis
- Iaçu
- Ibiassucê
- Ibicaraí
- Ibicoara
- Ibicuí
- Ibipitanga
- Ibiquera
- Ibirapitanga
- Ibirapuã
- Ibirataia
- Ibitiara
- Ichu
- Igaporã
- Igrapiúna
- Iguaí
- Ilhéus
- Inhambupe
- Ipecaetá
- Ipiaú
- Ipirá
- Irajuba
- Iramaia
- Iraquara
- Irará
- Itabela
- Itaberaba
- Itabuna
- Itacaré
- Itaetê
- Itagi
- Itagibá
- Itagimirim
- Itaju do Colônia
- Itajuípe
- Itamaraju
- Itamari
- Itambé
- Itanagra
- Itanhém
- Itaparica
- Itapé
- Itapebi
- Itapetinga
- Itapicuru
- Itapitanga
- Itaquara
- Itarantim
- Itatim
- Itiruçu
- Itiúba
- Itororó
- Ituaçu
- Ituberá
- Iuiu
- Jacaraci
- Jaguaquara
- Jaguarari
- Jaguaripe
- Jandaíra
- Jequié
- Jeremoabo
- Jiquiriçá
- Jitaúna
- Juazeiro
- Jucuruçu
- Jussari
- Jussiape
- Lafaiete Coutinho
- Lagoa Real
- Laje
- Lajedão
- Lajedinho
- Lajedo do Tabocal
- Lamarão
- Lauro de Freitas
- Lençóis
- Licínio de Almeida
- Livramento de Nossa Senhora
- Macajuba
- Macarani
- Macaúbas
- Macururé
- Madre de Deus
- Maetinga
- Maiquinique
- Malhada
- Malhada de Pedras
- Manoel Vitorino
- Maracás
- Maragogipe
- Maraú
- Marcionílio Souza
- Mascote
- Mata de São João
- Matina
- Medeiros Neto
- Milagres
- Mirante
- Monte Santo
- Mortugaba
- Mucugê
- Mucuri
- Mundo Novo
- Muniz Ferreira
- Muritiba
- Mutuípe
- Nazaré
- Nilo Peçanha
- Nordestina
- Nova Canaã
- Nova Fátima
- Nova Ibiá
- Nova Itarana
- Nova Redenção
- Nova Soure
- Nova Viçosa
- Novo Horizonte
- Novo Triunfo
- Olindina
- Ouriçangas
- Palmas de Monte Alto
- Palmeiras
- Paramirim
- Paripiranga
- Pau Brasil
- Paulo Afonso
- Pé de Serra
- Pedrão
- Pedro Alexandre
- Piatã
- Pilão Arcado
- Pindaí
- Pindobaçu
- Pintadas
- Piraí do Norte
- Piripá
- Planaltino
- Planalto
- Poções
- Pojuca
- Ponto Novo
- Porto Seguro
- Potiraguá
- Prado
- Presidente Jânio Quadros
- Presidente Tancredo Neves
- Queimadas
- Quijingue
- Rafael Jambeiro
- Remanso
- Retirolândia
- Riachão do Jacuípe
- Riacho de Santana
- Ribeira do Amparo
- Ribeira do Pombal
- Ribeirão do Largo
- Rio de Contas
- Rio do Antônio
- Rio do Pires
- Rio Real
- Rodelas
- Ruy Barbosa
- Salinas da Margarida
- Salvador
- Santa Bárbara
- Santa Brígida
- Santa Cruz Cabrália
- Santa Cruz da Vitória
- Santa Inês
- Santa Luzia
- Santa Teresinha
- Santaluz
- Santanópolis
- Santo Amaro
- Santo Antônio de Jesus
- Santo Estêvão
- São Domingos
- São Felipe
- São Francisco do Conde
- São Gonçalo dos Campos
- São José da Vitória
- São Miguel das Matas
- São Sebastião do Passé
- Sapeaçu
- Sátiro Dias
- Saubara
- Seabra
- Sebastião Laranjeiras
- Senhor do Bonfim
- Sento Sé
- Serra Preta
- Serrinha
- Simões Filho
- Sítio do Quinto
- Sobradinho
- Souto Soares
- Tanhaçu
- Tanque Novo
- Tanquinho
- Taperoá
- Teixeira de Freitas
- Teodoro Sampaio
- Teofilândia
- Teolândia
- Terra Nova
- Tremedal
- Tucano
- Uauá
- Ubaíra
- Ubaitaba
- Ubatã
- Una
- Urandi
- Uruçuca
- Utinga
- Valença
- Valente
- Varzedo
- Vera Cruz
- Vereda
- Vitória da Conquista
- Wagner
- Wenceslau Guimarães
Com superlotação, Feira de Santana tem risco de colapso; UTI de Hospital de Campanha para Covid-19 t
Já o Hospital Geral Clériston Andrade está com 100% de ocupação dos leitos clínicos.
Por TV Subaé e G1 BA.
A superlotação no Hospital de Campanha e no Hospital Geral Clériston Andrade criou um alerta para risco de colapso no sistema de saúde de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. No último sábado (13), o governador da Bahia, Rui Costa, já havia alertado sobre o risco de colapso no estado.
De acordo com o diretor do Hospital de Campanha, Francisco Mota, o número de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus está crescendo por causa de aglomerações nos finais de semana.
"Acredito que os casos tenham realmente aumentado por conta das aglomerações que a gente tem observado nos finais de semana, principalmente as pessoas em praia, bares e restaurantes, naturalmente sem máscara, tenha feito com que os casos tenham crescido", explicou.
A taxa de ocupação de leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital de Campanha, que trata exclusivamente de pacientes com Covid-19, é de 89%. Ou seja, 16 dos 18 leitos estão ocupados. Já a taxa de ocupação da enfermaria é de 45%.
Segundo a coordenadora do Comitê de Controle do Coronavírus, Melissa Falcão, a ampliação de leitos de UTI está sendo estudada.
"Já estamos vendo uma possibilidade de ampliação dos leitos de Terapia Intensiva, caso seja necessário. Então já estamos estruturando no município um plano b para esses casos, caso chegamos a apresentar um colapso na nossa cidade", comentou.
Por outro lado, o Hospital Geral Clériston Andrade já está com 100% de ocupação dos leitos clínicos. Ele se encontra entre as noves unidades que estão lotadas para pacientes infectados pelo novo coronavírus.
"Estamos chegando a um ponto em que de um dia para o outro chegam a ficar até 100 pessoas aguardando nas UPAs vagas de UTI e nós, do lado de cá, temos feito um trabalho imenso para poder conseguir alocar o mais rápido possível o recurso que vá salvar a vida dessas pessoas", disse o secretário de saúde Fábio Vilas-Boas.
A enfermeira Joseane Cedraz fez um alerta em relação a pouca quantidade de leitos. "Quanto mais pessoas doentes, menos leitos, e a gente vai ter uma mortalidade muito maior do que a gente poderia evitar", alertou.
Mesmo sem festa, turistas invadem Salvador no período do carnaval e falam sobre ausência da folia: '
Mais de 70% dos leitos de hospedagem da capital estão ocupados esses dias, de acordo com associação.
Por Valma Silva, G1 BA.
"Alguma coisa está fora da ordem" na capital baiana nesta terça-feira, 16 de fevereiro de 2021. Não há carnaval na Cidade da Música e por isso há um certo pesar por todos os lados. Apesar da ausência da festa devido à pandemia, sotaques diversos podem ser ouvidos pela cidade.
De acordo com a seção estadual da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, a taxa de ocupação de leitos de hospedagem ultrapassou os 70% no período em que ocorreria a folia.
"Não é uma ocupação condizente com o carnaval, que chega a 95% com picos de 100% no período, mas diante da pandemia e a redução do número de turistas, podemos dizer que a cidade está movimentada", avalia Luciano Lopes, presidente da entidade.
Essa movimentação acontece em pontos turísticos, na orla, no Centro Histórico, em bares e restaurantes. Milhares de turistas optaram por visitar Salvador no período em que ocorreria o carnaval. O G1 conversou com alguns deles, que destacaram que a falta do carnaval deixa um clima estranho na terra da alegria.
Baianos e turistas na praia do Farol da Barra, em Salvador — Foto: Valma Silva/G1 BA
A comerciante Márcia Luiza Alves é de Fortaleza, no Ceará, e está na capital baiana pela quarta vez (em duas oportunidades, esteve no carnaval). Ela disse que se emocionou ao chegar na região do Farol da Barra e não ver os trios elétricos.
"Parece um fim de semana de feriado qualquer porque tem muita gente, só que está esquisito. Parece irreal, as pessoas usam máscaras, mas não são máscaras de fantasia, sabe? É como uma cena de filme. Eu sentei na balaustrada e fiquei muito triste, chorando, pedindo para tudo isso passar logo e que ano que vem tenhamos nossa festa de novo".
A comissária de voo Vanessa Carvalho é do Rio de Janeiro, capital, e é apaixonada pelo carnaval de Salvador. Esse seria o décimo terceiro carnaval dela na cidade. Ela chegou à Salvador junto com o noivo, na quinta-feira (11).
Os cariocas Vanessa e Salim no carnaval de Salvador em anos anteriores — Foto: Arquivo Pessoal
Vanessa ficou exatamente o mesmo período em que costumava ficar nos anos anteriores [ela foi embora na segunda, 15]. Para ela, o carnaval é tempo de extravasar e se divertir com os amigos. Sem a festa, optou por relaxar de outra maneira, passeando por Salvador e pelo litoral norte.
"A gente veio sabendo que não ia ter carnaval, claro, mas chegar aqui e ver o aeroporto meio vazio, as ruas sem trios e sem ambulantes, não ter aquela correria para pegar os abadás, enfim, foi bem triste. Esse cenário dá um aperto no coração de quem gosta da folia", comenta Vanessa.
William Cesar, também carioca e contador, participa do carnaval baiano há 17 anos. Conhecido como "Salim", ele é noivo de Vanessa e costuma frequentar micaretas e festas de axé pelo Brasil, juntamente com ela. O casal é fã de Bell Marques e Durval Lellys
"Foi estranho chegar no aeroporto e não ver as baianas sorrindo, distribuindo as fitinhas. Passei pela Barra-Ondina e senti falta de ver os camarotes montados, as barracas, as sacadas dos apartamentos enfeitadas. Não tem gente fantasiada pela rua, não tem nenhum clima de carnaval, é estranho. Salvador está bem diferente", compara Salim.
Apesar dessa mudança de clima imposta pela pandemia, William Cesar diz que está se divertindo na cidade, visitando bares e restaurantes, além das praias. "Já que não tem a folia, a gente curte de outra forma, mas sem deixar de estar nessa terra maravilhosa durante o carnaval, mesmo sem ter carnaval."
O administrador de empresas Wagner Loures veio de Belo Horizonte, em Minas Gerais, para passar o carnaval em Salvador. Ele estava se planejando há dois anos para curtir a festa em alto estilo. "Tirei férias, me programei para quase um mês aqui, incluindo o período do carnaval. Porém, não rolou e eu decidi vir assim mesmo", conta.
Turistas recebem banho de folhas no Pelourinho — Foto: Valma Silva/ G1 BA
Os amigos que viriam com Wagner acabaram desistindo da viagem e ele veio somente com o namorado. Juntos, ainda vão passear por Morro de São Paulo, Barra Grande e Itacaré. Se o plano de antes era conhecer a famosa festa popular, agora o roteiro é outro.
"Já tomei banho de mar, banho de folhas, revisitei muitas igrejas e estou amando recarregar as energias aqui na Bahia. Não há outro lugar no mundo onde eu gostaria de estar".
Luana de Moura Nunes, corretora de seguros, aproveitou que os bancos estão até esta terça (16) - apesar da suspensão da festa - para visitar Salvador pela primeira vez. Natural de Barreiras, no oeste da Bahia, ela está acompanhada da família.
"Fizemos uma verdadeira excursão e está a maior farra, um verdadeiro carnaval particular. Aproveitamos que não ia ter a festa, que nem era mesmo o nosso foco, para viajarmos juntos. Estamos adorando e já estamos pensando na próxima, com carnaval ou sem. A energia daqui é surreal".
Turistas passam o carnaval em Salvador, em 2021 — Foto: Valma Silva/ G1 BA
Turistas no Centro Histórico de Salvador — Foto: Valma Silva / G1 BA
Turistas passeiam pelo Terreiro de Jesus, no Centro Histórico de Salvador — Foto: Valma Sila / G1 BA
Turistas passeiam pelo Centro Histórico de Salvador no período do carnaval 2021 — Foto: Valma Silva / G1 BA
Turistas no Pelourinho, em Salvador — Foto: Valma Silva / G1 BA
Turistas no Pelourinho, em Salvador — Foto: Valma Silva / G1 BA
Turista tira foto na famosa sacada da "Casa de Michael Jackson", no Pelourinho, em Salvador — Foto: Valma Silva /
Bahia corre risco de colapso no sistema de saúde
O aumento de casos de Covid colocou o estado da Bahia em alerta para o risco de colapso no sistema de saúde.
São pelo menos nove unidades de saúde da Bahia em situação crítica, com 100% de ocupação de leitos de UTI ou clínicos. No Sul da Bahia, ocupação máxima em três das principais hospitais da região - foi em uma delas que dona Margarida, de 93 anos, passou pelo menos dois dias tentando uma vaga.
“Estavam tentando um leito de UTI para ela para intubar, mas, infelizmente, não deu tempo. Na madrugada de quarta (10) para quinta (11) ela morreu no apartamento mesmo, não conseguiram um leito de UTI”, lamentou José Carlos Filho, sobrinho de dona Margarida.
Em Feira de Santana, segunda maior cidade do estado, o hospital de campanha para Covid está com 88% de ocupação dos leitos de UTI.
"O que realmente se espera é que continue esse número de casos ainda elevado por algum tempo. No sábado, por exemplo tivemos até engarrafamento de ambulâncias para entrar no hospital de campanha", relatou Francisco Mota, diretor médico do hospital de campanha.
Em Salvador, sinal de alerta: a procura por atendimento nas UPAs mais que dobrou nos últimos dez dias.
“Nesse ritmo de evolução, a demanda vai ser muito maior do que a oferta, e aí você pode sim viver um sistema de colapso na cidade de Salvador, pela primeira vez, por conta de descuidos que parte da população está tendo neste momento”, alertou o secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates.
A Bahia está hoje com níveis de transmissão iguais aos de agosto de 2020, quando os número ainda eram muito altos. Outro motivo de preocupação é que o estado também já registrou dez casos da variante brasileira.
Por causa do avanço da doença, o governo do Bahia prorrogou a suspensão de aulas até o dia 21 de fevereiro, mas este fim de semana uma liminar da Justiça atendeu ao pedido do Sindicato dos Donos de Escolas Particulares e autorizou o retorno imediato das aulas.
Nesta segunda (15), estudantes da rede particular voltaram às salas depois de 11 meses.
“Nós podemos voltar organizadamente, atendendo aos protocolos, de maneira facultativa, como o sindicato das escolas particulares sempre pregou nesse momento de pandemia”, defendeu Jorge Coelho, do sindicato dos donos de escola.
No início da noite, a liminar foi suspensa a pedido da Procuradoria-geral do estado. Com isso, as aulas presenciais voltaram a ser suspensas. O governador Rui Costa diz que há riscos do sistema de saúde entrar em colapso.
“Infelizmente se esse ritmo for mantido nós teremos obrigação para salvar vidas de fazer restrições caso contrário o sistema de saúde não terá capacidade de atender pacientes”, disse.
Instituto Butantan recebe novo lote de insumos para produção da vacina CoronaVac
Voo vindo da China trouxe 5,6 mil litros de insumos para a produção de 8,7 milhões de doses da vacina na sede do instituto em São Paulo. Avião com carga pousou às 7h26 no Aeroporto de Guarulhos.
Por G1 SP — São Paulo.
O Instituto Butantan recebeu na manhã desta quarta-feira (10) mais 5,6 mil litros de insumos para a produção de 8,7 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
A carga chegou ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, às 7h26. O voo vindo de Pequim, na China, fez escala no Aeroporto de Lisboa, em Portugal. Cerca de 20 minutos após o avião pousar, a carga começou a ser descarregada.
Após a liberação pela alfândega, as doses serão envasadas, embaladas e rotuladas para distribuição na sede do Instituto Butantan a partir do dia 23 de fevereiro. Com a chegada do novo lote de insumos, o instituto totaliza 27 milhões de doses da vacina.
Novo lote de insumos da CoronaVac chegou em Guarulhos nesta quarta-feira, 10 de fevereiro — Foto: Reprodução/TV Globo
Esse é o segundo lote de insumos que o Butantan recebe neste ano. O primeiro lote chegou em 3 de fevereiro pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Esse lote vai ser entregue até o dia 23 deste mês ao Ministério da Saúde.
A previsão do Butantan é receber, até abril, o total de insumos necessários para produção das 46 milhões de doses contratadas. Desse total, seis milhões foram importadas prontas da China.
Até a manhã desta quarta, o estado de São Paulo tinha imunizado 1.020.106 pessoas contra o coronavírus. No Brasil, eram cerca de 4 milhões de vacinados.
Eficácia da vacina
Os testes no Brasil, conduzidos pelo Instituto Butantan, apontaram uma eficácia de 50,38% da CoronaVac. Além disso, a vacina tem eficácia de 78% para casos leves, que exigem algum cuidado médico, e nenhum dos vacinados ficou em estado grave, foi internado ou morreu.
- Eficácia de 78% para casos leves para a CoronaVac é excelente, avaliam especialistas
O imunizante teve 91,25% de eficácia em uma análise preliminar dos resultados na Turquia e 65,3% na Indonésia. Ao justificar as diferentes taxas de eficácia, a farmacêutica chinesa afirmou que os países usaram vacinas do mesmo lote em seus estudos, mas os protocolos de teste não eram idênticos.
Força-tarefa resgatou 942 pessoas em situação análoga à escravidão no Brasil em 2020
Maior parte dos casos foi registrada nos estados da BA, GO, MA, MG, MS, PA, PI, PR, RJ, RO, RS, SP e TO. Polícia Federal ainda tem 393 inquéritos em andamento.
Por Gabriel Palma, TV Globo — Brasília.
A Operação Resgate anunciou nesta quinta-feira (28) que 942 trabalhadores em situações análogas à escravidão foram resgatadas no Brasil em 2020.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem informou erroneamente que 110 trabalhadores haviam sido resgatados pela operação no Brasil em 2020. O texto foi corrigido às 16h19.)
A força-tarefa reúne a Polícia Federal, o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU).
Em uma ação específica entre 18 e 28 de janeiro, em alusão a semana nacional de combate ao trabalho escravo, mais 110 pessoas foram resgatadas.
A Polícia Federal ainda tem em andamento 393 inquéritos que investigam denúncias de trabalho escravo e 116 inquéritos sobre tráfico de pessoas para exploração laboral.
“O que nós temos observado é que a principal causa é a degradação. O que é isso: é a condição extremamente precária à qual esse trabalhador é submetido. São alojamentos precários, falta de acesso a água potável, a alimentação, a banheiros", explicou o subsecretário de Inspeção do Trabalho, Romulo Machado e Silva.
"São diversas questões, diversas infrações que levam a configuração do trabalho degradante. Além disso, as questões de segurança e saúde do trabalho são afetadas à esses trabalhadores. Em muitos casos, ainda se verificam também jornadas exaustivas, sem descanso, e servidores por dívida”, completou ele.
A maior parte dos casos foi registrada nos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.
De acordo com o Ministério Público Federal, o principal número de ocorrências é no trabalho rural. Porém, há uma tendência de aumento em situações de trabalho doméstico.
“Duas domésticas foram resgatadas no Rio de Janeiro, uma delas era submetida a um trabalho forçado há 41 anos. O que a gente observa, especialmente nesses casos de trabalho doméstico, é que não tem nenhum tipo de formalização de vínculo, não tem pagamento de salário. Tem retenção, tem jornadas exaustivas e excessivas, essas trabalhadoras acabam não tendo direito a nenhum a descanso, e nós também verificamos que até benefícios que a trabalhadora teria direito eram confiscados pelo empregador”, disse Romulo Machado e Silva.
Os trabalhadores terão direito a três parcelas do seguro-desemprego e receberão, no total, aproximadamente R$ 500 mil de verbas rescisórias.
Denúncias sobre trabalho escravo podem ser realizadas à Polícia Federal, ao Ministério Público e à Subsecretaria de Inspeção do Trabalho.
Vacinas contra a Covid-19 são distribuídas para cidades do interior da Bahia
Após chegada em Salvador, doses começaram a ser enviadas para todo o estado.
Por G1 BA.
Os municípios do interior da Bahia começaram a receber as doses da vacina do contra o coronavírus na madrugada desta terça-feira (19). O avião com as doses chegou em Salvador na noite de segunda, de onde começou a distribuição para todo o estado.
De Salvador, as vacinas são distribuídas para 30 regionais, que farão a distribuição aos 417 municípios baianos. Confira:
Juazeiro
Vacina chegou em Juazeiro na madrugada desta terça — Foto: Reprodução/TV Bahia
A Secretaria de Saúde de Juazeiro informou que recebeu 2.548 doses, que serão aplicadas nos grupos determinados pelo Plano Nacional de Vacinação, ou seja, idosos acima de 75 anos, idosos em casas de abrigo, profissionais de saúde e indígenas que vivem em aldeias.
A primeira dose será aplicada em profissional de saúde, na sala de vacina do Centro de Saúde III, no bairro do Angary, às 15h desta terça. Nesta primeira fase, a estratégia é concentrar a aplicação em 15 polos por toda a cidade. Juazeiro mapeou o público alvo. São 7.385 idosos nessa etapa da campanha e 6.887 profissionais.
Região de Feira de Santana
Vacinas enviadas para Feira serão distribuídas entre outras 22 cidades — Foto: Reprodução/TV Bahia
O helicóptero com as primeiras doses chegou a Feira de Santana na manhã desta terça-feira.
Ao todo, 15 mil doses da Coronavac foram enviadas à cidade. Deste total, 9 mil são para Feira de Santana, e o restante será distribuído a outros 22 municípios da região.
Segundo a prefeitura de Feira de Santana, a primeira pessoa a ser vacinada na cidade será uma enfermeira que atua na UTI do Hospital Clériston Andrade. A imunização está arcada para ocorrer entre 9h e 10h. Uma coletiva está agendada para esta manhã, que vai apresentar o plano de vacinação.
A cidade de Alagoinhas, na reião de Feira, recebeu 4 mil doses, na manhã desta terça. Já chegaram também as vacinas em Santo Antônio de Jesus.
Sul da Bahia
Vacinas enviadas para Eunápolis serão enviadas para outras 7 cidades da Costa do Descobrimento — Foto: Reprodução/TV Bahia
As primeiras doses chegaram em Eunápolis, na região da Costa do Descobrimento, na madrugada desta terça. As vacinas foram levadas para a Rede de Frio do Núcleo Regional de Saúde da 8ª Região.
A região receberá, ao todo, 10.800 doses, que serão distribuídas entre oito, 8 cidades: Itapebi, Itagimirim, Guaratinga, Itabela, Porto Seguro, Belmonte, Santa Cruz Cabrália e Eunápolis.
A previsão é que, em Eunápolis e Porto Seguro, a vacinação comece na quarta-feira (20).
Ilhéus recebeu recebeu 7,5 mil doses — Foto: Reprodução/TV Bahia
Ilhéus, também no sul da Bahia, recebeu 7,5 mil doses. Destas, 5.704 ficam na cidade. As doses enviadas pra o município também serão distribuídas entre as cidades de Mascote, Santa luzia, Arataca, Canavieiras, Itacaré, Una e Uruçuca.
Em Ilhéus, a imunização começa às 10h desta terça. A primeira pessoa a ser vacinada será uma técnica de enfermagem de 59 anos, que atua na Maternidade Santa Helena.
Região de Barreiras
Vacinação em Barreiras começa às 14h desta terça — Foto: Reprodução/TV Bahia
As vacinas chegaram à cidade do oeste da Bahia durante a madrugada. Elas foram armazenadas na Rede Frio do Núcleo Regional de Saúde.
As doses enviadas a Barreiras também serão distribuídas entre outros 15 municípios da região.
10 estados e o DF iniciam a vacinação contra a Covid-19 nesta terça.
Resumo
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Governo de SP iniciou a aplicação das doses no domingo (17), após a Anvisa aprovar o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford
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Até as 9h, AM, AC, AL, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, PA, PB, PR, PE, PI, RJ, RR, SE, RS, SC, RO, TO, MG, RN e MT haviam recebido doses; saiba como será a distribuição por estado
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Vacinação nos estados foi antecipada para esta segunda (18); SP, AL, BA, SC, RJ, PI, GO, CE, MS, TO, MA, ES, MG, PA, PB, PE, PR, MT, AM, RS, SE já começaram a vacinar
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Vacina será gratuita? É preciso agendar aplicação? Veja perguntas e respostas
Últimas atualizações
Alagoas: Marta Antônia de Lima, 50 anos, foi a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no estado. O primeiro carregamento das doses da CoronaVac chegou em Alagoas na noite de segunda e começou a ser aplicado nesta manhã.
Acre: Após atraso, o avião com o primeiro lote de doses da CoronaVac pousou na capital Rio Branco, nesta terça-feira (19). A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou às 8h (horário de Brasília) no Aeroporto Internacional de Rio Branco. Três profissionais de saúde devem ser os primeiros imunizados.
Pernambuco: equipes móveis vão até as pessoas que fazem parte do grupo prioritário. Neste primeiro momento, são vacinados os profissionais de saúde que têm atuado na linha de frente do combate à doença, idosos que vivem em casas de longa permanência e pessoas que trabalham nesses locais, além pessoas a partir dos 18 anos, com deficiência, vivendo em residências inclusivas.
Sergipe: começou oficialmente na manhã desta terça-feira (19) a primeira fase da vacinação contra a Covid-19 no estado. A primeira imunizada foi uma enfermeira e, em Aracaju, a aplicação das doses nos pacientes será no Hospital Fernando Franco, na Zona Sul da capital, a partir das 9h.
Paraíba: A enfermeira Marineide Rodrigues Gouveia Ferreira, de 60 anos, foi a primeira pessoa a se vacinar contra a Covid-19. Ela é enfermeira há 17 anos e trabalha há dez meses na linha de frente da doença, no Hospital Clementino Fraga.
Pará: Enfermeiras que atuam na linha de frente receberam na manhã desta terça (19) as primeiras doses da vacina contra Covid-19 em Belém.
Roraima: um carregamento com vacinas contra Covid-19 chegou ao estado por volta das 3h desta terça (19). O estado recebeu 87 mil doses do Ministério da Saúde. As 2.139 caixas foram recebidas na base Aérea de Boa Vista e foram encaminhadas ao centro do Programa Nacional de Imunização (PNI).
Bahia: A enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, de 53 anos, é a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no estado nesta terça (19). Ela trabalha no Hospital Couto Maia, na linha de frente no combate à pandemia. "Momento muito importante. Me sinto honrada, gratidão a Deus e a todos os profissionais que contribuíram para este momento", disse.
Bahia inicia vacinação na terça com mais de 370 mil doses de CoronaVac; cerca de 10% da fase 1 será
Doses enviadas pelo Ministério da Saúde imunizarão 188.300 pessoas da fase 1 de grupos prioritários. Vacinação em Salvador será adiantada e também começa na terça-feira (19).
Por G1 BA.
A Bahia vai receber 376.600 doses da vacina CoronaVac no final da tarde desta segunda-feira (18), segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A vacinação começará na terça-feira (19), tanto na capital baiana quanto no estado.
- Vacinação contra a Covid-19 no Brasil: veja perguntas e respostas
Em duas aplicações, as doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde vão vacinar 188.300 pessoas da fase 1 de grupos prioritários. Essas pessoas correspondem a 10,46% do total do grupo 1 no estado, que é de 1,8 milhão de pessoas.
Das mais de 376 mil doses, cerca de 45 mil ficarão em Salvador. Para a imunizar todas as pessoas que fazem parte do grupo prioritário da 1ª fase, a capital precisa de 168 mil doses. As 45 mil representam um percentual de 26,78% do total necessário. Em resumo:
- A Bahia receberá, nesta segunda, 376.600 doses de CoronaVac;
- Essas doses imunizarão, em duas aplicações, 10,46% (188.300 pessoas) da fase 1 de grupos prioritários no estado;
- Vacinação começa a partir de terça-feira (19);
- Salvador receberá cerca de 45 mil doses (11% do total).
O primeiro vacinado será um idoso, residente nas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). O prefeito Bruno Reis disse que pediu prioridade para as próximas remessas.
“Nós precisávamos, para essa primeira fase, de um total de 168 mil. Está chegando algo próximo de um terço. Na conversa com o Ministério da Saúde, nós pedimos prioridade para as remessas das próximas vacinas. Tanto as da AstraZeneca, de Oxford, que está aguardando chegar da Índia, como também a da produção do Butantan. À medida que forem chegando, a gente vai imunizando as pessoas”, disse.
Adaptação no plano de imunização
Campanha de vacinação contra o coronavírus vai começar na terça-feira, em Salvador
O plano inicial previa que todos os trabalhadores da área da Saúde e toda a população idosa com 75 anos ou mais fosse vacinado com prioridade.
Além disso, idosos com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, asilos ou instituições psiquiátricas, e toda a população indígena, aldeados e povos de comunidades ribeirinhas também deveriam ser imunizados na primeira fase.
Como as doses que serão recebidas não é suficiente para todo o grupo prioritário da fase 1, ela será divida. O secretário Fábio Vilas-Boas explica como será a distribuição dentro da 1ª fase de imunização.
"Serão vacinados não todos os profissionais de saúde, mas apenas aqueles que estão diretamente ligados ao atendimento do Covid. Eles serão vacinados dentro dos hospitais. E aqueles idosos que estão mais vulneráveis, que são os que vivem nos asilos, nos abrigos, nas instituições de longa permanência", disse o secretário em entrevista à TV Bahia.
Distribuição
As doses chegarão pelo aeroporto de Salvador e serão distribuídas para as outras cidades baianas a partir das 22h. Sete aeronaves, entre elas dois helicópteros, e outros 243 veículos serão usados. As vacinas serão levadas, com escolta, para as cidades de:
- Barreiras;
- Guanambi;
- Ilhéus;
- Irecê;
- Vitória da Conquista;
- Paulo Afonso
- Petrolina (PE) para Juazeiro (BA);
- Lençóis para Seabra;
- Porto Seguro.
O plano de vacinação da Bahia e de Salvador, que define os grupos prioritários de vacinação, segue os moldes do Ministério da Saúde. Confira:
Grupos prioritários da vacinação
1ª fase
- Trabalhadores da Saúde;
- População idosa com 75 anos ou mais;
- Pessoas com 60 anos ou mais, que vivem em instituições de longa permanência, asilos ou instituições psiquiátricas;
- Indígenas, aldeados, povos de comunidades ribeirinhas.
2ª fase
Pessoas de 60 a 74 anos.
3ª fase
- Pessoas com comorbidades crônicas;
- Tranplantados;
- Obesos.
4ª fase
- Trabalhadores da educação;
- Pessoas com deficiência severa;
- Membros das forças armadas;
- Membros das forças de salvamento;
- Funcionários do sistema carcerário;
- População em privação de liberdade;
- Trabalhadores do transporte coletivo;
- Trabalhadores rodoviários de carga.
Hospital das Clínicas de SP inicia megaoperação de vacinação contra Covid e pretende imunizar mil fu
Vacinação em SP começou neste domingo (17), após autorização da Anvisa. Mais de 100 pessoas foram imunizadas. Ao todo, 30 mil profissionais devem receber as doses da CoronaVac.
Por G1 SP — São Paulo.
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP pretende vacinar mil profissionais de saúde contra a Covid-19 nesta segunda-feira (18).
Uma megaoperação começou a operar no hospital para imunizar cerca de 30 mil trabalhadores do local. No estado de São Paulo, a vacinação começou no HC neste domingo (17), com 112 pessoas.
Os postos de atendimento aos funcionários devem trabalhar por 12 horas, das 7h às 19h.
Nesta segunda, a primeira dose da vacina CoronaVac foi aplicada na enfermeira Juliana Campana, às 7h28 no HC.
"Não percam a esperança. A gente tem que manter os mesmos cuidados que nós já estávamos tendo. Distanciamento, evitar as saídas desnecessárias o momento ainda é muito critico", disse ela depois de ser imunizada.
"É uma emoção indescritível o dia de hoje. Não só para mim, mas para todos que estão aqui. Somos da linha de frente, [a vacinação] é esperança do fim desse pavor, desse medo que vem nos assombrando há quase um ano. Estou aqui para conscientizar a todos da importância da vacinação. Todos devem ser vacinados. E temos que lembrar que a gente não deve abrir mão das precauções que a gente já vem mantendo. Não é porque a vacina chegou que a gente pode relaxar [nos cuidados]."
A diretora clínica do complexo hospitalar do HC, Heloísa Bonfat, disse que cerca de 28 mil profissionais estão na linha de frente da assistência.
"Serão esses os vacinados. Hoje, nós temos o piloto com os voluntários. Nós temos mil postos de voluntários nos dias planejados e essas pessoas que estão trabalhando nesses postos é que serão vacinadas. Esse é o número que nós pretendemos vacinar hoje. Nos outros dias, devemos chegar a sete ou oito mil pessoas por dia em 12 horas de trabalho."
De acordo com a diretora, a vacinação será feita em ordem alfabética e os agendamentos ocorrerão a cada 30 minutos.
A segunda dose deve ser aplicada 21 dias após a primeira. A campanha iniciada nesta segunda é um piloto e somente alguns profissionais serão vacinados.
Vacinação
A vacinação começou neste domingo no Hospital das Clínicas, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da vacina contra a Covid-19. Segundo o governo estadual, 112 profissionais foram imunizados neste primeiro dia.
"Vamos começar com os Hospitais da Clínicas de São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas (da Unicamp), Botucatu (da UNESP), Marília (FAMEMA) e Hospital de Base de São José do Rio Preto. E, na sequência, todos os hospitais públicos e privados", disse o governador João Doria.
Em seguida, as vacinas e insumos também serão enviados para as prefeituras do estado, "com recomendação de prioridade a profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia".
'Não tenham medo'
A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, mostra seu cartão de vacinação após ser a primeira brasileira a receber a vacina CoronaVac no Hospital das Clínicas, em São Paulo, neste domingo (17) — Foto: Carla Carniel/AP
"Falo com segurança e propriedade, não tenham medo". A frase é da enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, primeira pessoa a ser vacinada no Brasil. A enfermeira foi imunizada neste domingo (17) no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
"Que a população acredite na vacina. Estou falando agora como mulher, brasileira, mulher negra, que acreditem na vacina. Vamos pensar no monte de vidas que nós perdemos, quantas famílias nós perdemos, quantos pais, mães, irmãos. Eu quase perdi um irmão também com Covid. E diante disso é que eu tomei coragem e participei da campanha da vacina".
Mônica foi voluntária da terceira fase dos testes clínicos da CoronaVac realizados no país e tinha recebido placebo. "Fui muito criticada. Eu recebia piadinhas, memes, mas não dei sequer importância. Me falaram que eu era cobaia de uma pesquisa de vacina".
A enfermeira faz parte do grupo de risco para a doença, e atua na linha de frente contra Covid-19 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Ela mora em Itaquera, na Zona Leste.
Mônica atuou como auxiliar de enfermagem por 26 anos, e se graduou em Enfermagem aos 47 anos. Viúva, ela mora com o filho, de 30 anos, e cuida da mãe, que aos 72 anos vive sozinha em outra casa.
Mundo passa de 40 milhões de vacinas contra Covid aplicadas; Brasil aparece pela 1ª vez em ranking
112 brasileiros foram vacinados no domingo (17), após a Anvisa aprovar o uso emergencial das vacinas CoronaVac e de Oxford/AstraZeneca. EUA lideram levantamento do 'Our World in Data'.
Por G1.
Mais de 40 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 já foram aplicadas em todo o mundo, aponta balanço do projeto "Our World in Data", ligado à Universidade de Oxford.
O Brasil apareceu pela primeira vez no levantamento, com 112 pessoas vacinadas. O governo de São Paulo iniciou a imunização no domingo (17), logo após a Anvisa aprovar por unanimidade o uso emergencial das vacinas CoronaVac e de Oxford/AstraZeneca.
Após pressão dos governadores de outros estados, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou nesta segunda-feira (18) que a vacinação vai começar a partir das 17h de hoje em todo o país.
Os Estados Unidos lideram o ranking, com 12,28 milhões de doses aplicadas. Na sequência vêm China (10 milhões), Reino Unido (4,31 milhões), Israel (2,43 milhões) e Emirados Árabes Unidos (1,88 milhões).
A Turquia, que começou a campanha de vacinação com a CoronaVac na quinta-feira (14), aparece pela primeira vez no top 10, com mais de 768 mil doses aplicadas até o momento (veja no ranking abaixo).
- Mesmo com vacinas, OMS descarta alcançar imunidade coletiva contra Covid neste ano; entenda
População vacinada
No ranking proporcional de vacinação, Israel segue isolado na liderança. Com uma meta ambiciosa de imunizar toda a população vulnerável até o fim do mês, o país já aplicou pelo menos uma dose em 24,45% dos israelenses.
A campanha de vacinação no país começou em 19 de dezembro, e as autoridades penitenciárias israelenses começaram no domingo (17) a vacinar todos os seus presos, incluindo os palestinos.
Na sequência vêm Emirados Árabes Unidos (16,51%), Bahrein (8,32%), Reino Unido (5,68%) e Estados Unidos (3,2%), terceiro país mais populoso do mundo (veja no ranking abaixo).
Israel lidera também o levantamento da população que já recebeu as duas doses das vacinas, com 3,58% dos habitantes completamente imunizados. Emirados Árabes Unidos (2,53%), Reino Unido (0,66%), Estados Unidos (0,49%) e Chile (0,03%) completam este ranking.
Pacientes com Covid são transferidos de Manaus para Natal
Desde a sexta-feira (15), 76 pessoas já foram encaminhadas para Teresina, São Luís, João Pessoa e Brasília. Governo do Amazonas espera transferir total de 235 nos próximos dias.
Por Matheus Castro, G1 AM.
Mais 14 pacientes com Covid-19, que estavam internados em hospitais de Manaus (AM), foram transferidos para Natal (RN) na noite deste domingo (17). Com o embarque, o número total de pacientes transferidos para outros estados chega a 76. A expectativa do governo é levar 235 pacientes para receber atendimento fora do Amazonas, mas não informa os prazos para essa transferência.
Inicialmente, estava previsto o embarque de 15 pacientes, porém apenas 14 puderam embarcar após passar pela triagem, realizada no próprio momento do embarque, no Aeroporto de Ponta Pelada. Durante a tarde de domingo, 15 pacientes embarcaram para João Pessoa. Antes, foram enviados 9 pacientes a Teresina, 23 pacientes a São Luís e 15 para Brasília.
O estado enfrenta colapso no sistema de saúde por falta de oxigênio em hospitais de Manaus, que estão lotados por conta do aumento recorde de internações por Covid. Com o caos na Saúde, pacientes começaram a ser levados a outros estados.
Crise de Oxigênio
O governo do Amazonas publicou no diário oficial do estado, a prorrogação do decreto que suspende as atividades econômicas não-essenciais até o dia 31 de janeiro. O Amazonas registrou 1.277 novos casos de Covid-19 neste domingo. O total de casos confirmados da doença chega a 230.644 casos, segundo o boletim da Fundação de Vigilância em Saúde.
Baiana, 1ª mulher indígena vacinada contra Covid-19 no Brasil fala sobre respeito aos cientistas.
Vanusa Kaimbé, de 50 anos, é da aldeia Massacará, na cidade de Euclides da Cunha. Morando há 33 anos em SP, ela também reforçou a eficiência do SUS em grandes campanhas de vacinação.
Por G1 BA e TV Bahia.
Primeira mulher indígena a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil, a técnica de enfermagem e assistente social Vanusa Kaimbé, de 50 anos, é baiana da aldeia Massacará, na cidade de Euclides da Cunha, no norte da Bahia. A vacina começou a ser distribuída no país nesta segunda-feira (18).
Vanusa foi vacinada no domingo (17), na cidade de Guarulhos, em São Paulo, onde mora há 33 anos na aldeia multiétnica Filhos da Terra. Nesta segunda, ela falou sobre a esperança crescente junto com o começo da imunização, além do respeito aos cientistas.
"É uma felicidade, uma gratidão muito grande. Estou me sentindo com esperança. A palavra do dia é esperança, é felicidade. Foi uma felicidade ser a primeira indígena vacinada. Ficar imune a essa doença por um período que eu não sei quanto, mas se fosse por um mês, por 15 dias, eu tinha tomado. Porque eu tive essa doença e não é fácil. Só quem teve sabe o quanto é difícil, o quanto ela abala o nosso psicológico. Gratidão aos cientistas que dedicaram suas vidas em um tempo curto, para encontrar uma vacina e dar uma esperança para a gente", disse.
"São quase 210 mil vidas perdidas, então [com a vacina] estamos em um estado de felicidade. Eu não consigo expressar o tamanho da minha felicidade", disse Vanusa.
Os indígenas são parte do grupo prioritário da primeira fase de aplicação da Coronavac, definido pelo Ministério da Saúde, assim como profissionais de saúde. Vanusa foi a quarta pessoa a receber a imunização no Brasil. Além dela, outras 111 pessoas foram vacinadas no domingo.
Ela falou também sobre a eficiência do Sistema Único de Saúde (SUS) em grandes campanhas de vacinação e reforçou a importância de tomar a vacina.
"Tomem essa vacina, é importante. O nosso país tem um histórico de vacina. O SUS tem o programa mais eficaz do mundo. Nós somos exemplos no mundo. Viva o SUS, viva os cientistas. Eu, como indígena, tenho a minha crença, uso as minhas ervas medicinais para algumas doenças, mas para essa a gente não tem como combater, então a gente pode englobar a ciência para adicionar à nossa medicina tradicional. Não tem problema nenhum a gente usar as nossas ervas e usar as vacinas e usar a medicina. E respeito", disse".
A técnica de enfermagem também teceu críticas aos governantes e falou sobre o desrespeito à ciência e a divulgação de notícias falsas.
"Em um momento tão difícil, que nossos governantes, alguns, deveriam estar à frente do trabalho, salvando vidas com eles [cientistas], estão desrespeitando a ciência, a tecnologia, a educação. Não saíram do palanque ainda. É como se tivessem no campo eleitoral, onde vale tudo, entre aspas, não é? Porque eu acho que no campo eleitoral tem que ter o respeito à vida e aos cientistas".
"Imagine a gente ter os governantes desse país espalhando mentiras e desrespeitando a vida e desrespeitando os brasileiros. É um estado de esperança ver a ciência e a tecnologia avançando".
covid-19.: Pacientes do Amazonas são transferidos para outros estados
Sistema de saúde do estado vive colapso em meio a recordes de internação devido ao alto contágio do novo coronavírus. No total, 235 doentes serão transferidos para unidades de Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Por G1 AM.
Os 235 pacientes de Manaus que deverão ser transferidos para hospitais de outros estados começaram a ser levados em voos da Força Aérea Brasileira (FAB) na manhã desta sexta-feira (15). O Ministério da Defesa informou que há voos programados ainda hoje para Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba. Hospitais de Goiás e Brasília também deverão receber os pacientes.
As transferências ocorrem em meio ao colapso do sistema de saúde amazonense, após recorde das internações por Covid-19 no estado. Sobrecarregados, os hospitais ficaram sem oxigênios para pacientes. O G1 registrou nesta quinta-feira (14) cenas de médicos transportando cilindros nos próprios carros para levar ao hospital e familiares tentando comprar o insumo. Cemitérios estão lotados e instalaram câmaras frigoríficas.
No início da manhã desta sexta, nove pacientes embarcaram no primeiro voo da FAB, que partiu da Base Aérea de Manaus para Teresina, como informou o Comandante da Ala 8 da Base Aérea de Manaus, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme da Silva Magarão. Inicialmente, 13 passageiros seriam transferidos, mas quatro estavam instáveis e não puderam viajar.
A FAB e o governo do estado não detalharam quantos serão os voos para transferir os pacientes e nem quantos dias esta operação deverá durar.
"A operação aqui com os passageiros envolveu a preparação da aeronave, que é um C-99, para que ela ficasse com oxigênio disponibilizado, e isso limitou a capacidade da aeronave para até 15 pacientes. A operação é delicada, por isso demorou quase uma hora para que a gente conseguisse fazer o embarque dos pacientes nessa missão", disse.
Recorde de internações e toque de recolher
Manaus voltou a bater o recorde de internações diárias. Nesta quinta-feira (14), foram 254 novas hospitalizações na capital, número mais alto registrado no estado desde o início da pandemia, mesmo com o colapso na rede de saúde vivido entre abril e maio de 2020. Outras quatro internações foram registradas no interior do estado, fazendo o total de casos chegar a 258 no estado.
A partir desta sexta-feira (15), o Amazonas iniciou toque de recolher por 10 dias como tentativa de conter a propagação do vírus. Ninguém pode sair de casa entre 19h e 6h.
Cilindros de oxigênio
Na madrugada desta sexta, dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) carregados com cilindros de oxigênio chegaram a Manaus. Os voos partiram de Guarulhos, na Grande São Paulo, para ajudar na crise de saúde que assola o estado do Amazonas.
No total, 386 cilindros de oxigênio foram transportados, com mais de 18 toneladas. Eles serão utilizados pelos hospitais do estado no atendimento aos pacientes da Covid-19.