Por Isabella Melo, Brenda Ortiz, TV Globo e g1 DF.

O hospital de campanha, cedido pela Aeronáutica para tratar os casos de dengue, começou a funcionar na manhã desta segunda-feira (5) no Distrito Federal. Apenas casos leves da doença serão tratados na unidade (veja detalhes abaixo).

Por volta das 10h da manhã, a triagem começou a ser feita nos primeiros pacientes (veja vídeo acima). A estimativa é atender 600 pessoas por dia e o funcionamento será 24h.

A unidade fica ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia, perto da Feira do Produtor. O hospital de campanha também fica próximo ao Sol Nascente.

 

As duas regiões são as que registram o maior número de infecções pela doença. Veja abaixo:

O Distrito Federal decretou estado de emergência por causa do surto de dengue. De acordo com a secretária, 45.064 casos de dengue foram registrados em 2024. Ao todo, seis pessoas morreram devido à doença. Além disso, a pasta investiga a morte de outras 24 pessoas com suspeita de dengue.

Atendimento

 

De acordo com a major médica Juliana Vandesteen, o hospital conta com dois módulos: um clínico geral e outro de pediatriaO atendimento ocorre apenas para casos leves da doença.

O local tem uma tenda de hidratação e pode receber um paciente diagnosticado com dengue por até 24 horas. Depois disso, haverá transferência para um hospital.

"Também temos um módulo de emergência, mas apenas para estabilização do paciente que possa evoluir mal. Eles não ficarão aqui. Serão transferidos para UPA em caso de maior gravidade", explica a médica.

Como se prevenir

Para evitar a reprodução do Aedes aegypti em casa e, consequentemente, reduzir os ataques do mosquito, o Ministério da Saúde reuniu uma série de orientações. Confira abaixo:

Fazer uso de repelente sempre que estiver em áreas consideradas de infestação. Os mais indicados pela OMS são à base de Icaridina e que oferecem até 12 horas de proteção;

Priorize o uso de roupas claras, leves e que cubram todo o corpo – o Aedes aegypti tem atração pelo suor e por cores escuras;

Faça exames de rotina e, em caso de sintomas similares aos da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus, procure a unidade de saúde mais próxima e consulte um médico.

O que fazer em casa

  • Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas da casa;
  • Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
  • Mantenha o terreno de casa sempre limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
  • Tampe os tonéis e caixas d’água;
  • Mantenha as calhas sempre limpas;
  • Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
  • Mantenha lixeiras bem tampadas;
  • Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
  • Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
  • Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
  • Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas sujas, por exemplo;
  • Deixe portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
  • Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;
  • Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
  • Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
  • Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;
  • Coloque areia nos vasos de plantas.
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Por Victoria Vera Ziccardi, La Nacion.

O metabolismo é um dos processos mais completos e complexos do organismo. Pode funcionar de diferentes maneiras de acordo com cada pessoa: algumas o tem acelerado, enquanto outras, abrandado. São especialmente os idosos que, geralmente, têm um funcionamento mais lento e, por isso, têm mais dificuldade para perder peso.

Segundo especialistas da Mayo Clinic, o metabolismo é o processo pelo qual o corpo converte o que come e o que bebe em energia. Inclusive, mesmo quando está em repouso, o corpo segue usando energia para funções básicas, como a respiração, a circulação do sangue e a reparação das células. A energia que o corpo usa para estas funções básicas é denominada taxa metabólica basal, um fator fundamental para estar em forma e que também influencia no controle do peso.

 

É comum que se culpabilize o metabolismo pelos “quilos a mais”, mas o certo é que se trata de algo natural, que se acentua com o passar dos anos. A nutricionista Anabella Famiglietti declara que “o metabolismo varia de acordo com diferentes fatores, como a genética, o sexo, a composição corporal, e os níveis hormonais, modificando-se nas diferentes etapas da vida: crescimento, gravidez, lactação, e durante o envelhecimento”.

 

Por que os adultos depois dos 50 anos têm o metabolismo mais lento? Segundo Famiglietti, existem vários fatores associados ao envelhecimento que influenciam no estado metabólico. Entre eles, estão:

  • Diminuição de massa magra – conjunto de lipídios que constituem uma reserva de energia para o corpo – em cerca de 1% ao ano depois dos 50. Essa redução é acompanhada pela atividade física que o indivíduo realiza e determina uma diminuição da necessidade energética total.
  • Aumento de gordura corporal associado à diminuição de atividade física e secreção de hormônios do crescimento e sexual. Por sua vez, há alteração da distribuição corporal, acumulando-se mais gordura a nível hepático, intra-abdominal e intramuscular, diferentemente do indivíduo mais jovem, onde o acúmulo é principalmente subcutâneo.
  • Desregulação da ingestão. Com a idade, ocorre uma alteração no sabor e no aroma: diminui a sensação de sede e surge a tendência à desidratação. Modifica-se a digestão de nutrientes devido à queda das secreções gastrointestinais e pela desaceleração do trânsito intestinal, acompanhada de uma sensação maior de saciedade. Por último, há aumento da quantidade de substâncias anorexígenas – que diminuem o apetite – no corpo, entre outros fatores sociais, como a ingestão de medicamentos, o isolamento e a depressão, que podem afetar a desregulação.

Perto dos 50 anos, uma pessoa precisa de menos energia e acumula com maior facilidade certas reservas em forma de gordura. Por este motivo, há certos métodos e hábitos que podem colaborar para acelerar o funcionamento do metabolismo.

Cinco hábitos para ativar o metabolismo

Estes tipos de rotinas variam desde a incorporação de alimentos até a melhora no descanso e na qualidade de vida. Entre os recomendados pelos profissionais, estão:

Consumo de proteínas

De acordo com o médico Chih-Hao Lee, professor de genética e enfermidades complexas na Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, o metabolismo aumenta cada vez que se come, digere e armazena alimentos; um processo chamado “efeito termogênico dos alimentos”. Segundo Lee, a proteína tem maior efeito térmico em comparação com as gorduras e os carboidratos, porque o corpo demora mais para queimá-la e absorvê-la.

Uma dieta rica em alimentos proteicos – frango, carnes vermelhas ou peixes – estimula o metabolismo a começar a utilizar a energia acumulada para melhorar a digestão. Este processo termogênico exige um gasto extra de calorias para absorver e processar os nutrientes da comida, assim como para poder emagrecer.

Bebidas frias e quentes

O consumo moderado de bebidas estimulantes e quentes, como o café e o chá, favorecem a estimulação gástrica e a queima de energia, porque gera um gasto de gordura maior que outras bebidas.

Embora sejam necessários mais estudos neste campo, grande parte das pesquisas aponta para a importância dos antioxidantes – presentes em bebidas com cafeína – na produção de energia mitocondrial (a central elétrica das células, onde se produz energia) para combater o estresse oxidativo e melhorar a taxa metabólica.

Por outro lado, um estudo publicado no Journal of Clinical and Diagnostic Research tentou comprovar o efeito do consumo de água gelada em indivíduos com sobrepeso. No final da pesquisa, a termogênese - o processo de produção de calor nos organismos – induzida pelo consumo de água foi reconhecida por investigadores como um componente importante e até então não reconhecido pelo gasto energético diário. Desta maneira, tomar água fria faz com que o corpo se sinta obrigado a recuperar sua temperatura habitual, que abaixou com a ingestão do líquido de baixa temperatura e, como consequência, consegue queimar mais energia.

 

Comida picante

Um estudo feito pela Universidade de Cambridge comprovou que alimentos como o cominho, a canela, a cúrcuma, as pimentas e os pimentões podem aumentar a taxa de repouso metabólico e diminuir o apetite.

A capsaicina, substância encontrada nas comidas picantes, é um componente ativo que dá o sabor picante aos alimentos e que, por sua vez, é encarregado de diminuir os lipídios corporais mediante um mecanismo que estimula a morte de células de gordura imaturas. Esse tipo de alimento, porém, é contraindicado para pessoas com problemas digestivos.

Dormir mais de sete horas

A falta de sono gera mais cortisol, hormônio responsável por descontrolar a sensação de fome e saciedade, provocando desejo de comer.

Segundo informações do Medline Plus, portal online de medicina, um bom descanso a noite vai além do que acelerar o metabolismo: ele evita um consumo maior de calorias que são disparadas em casos em que há um alto nível de cortisol devido a uma noite mal dormida. Nas palavras de Famiglietti, assegurar para si um bom descanso e respeitar o ritmo circadiano colabora com uma sincronização e um melhor funcionamento do corpo.

 

Treino de força

O treino de força tem como principal objetivo aumentar a massa muscular. Geralmente, é mais recomendado pelos especialistas que a atividade aeróbica (que se realiza ao correr, andar de bicicleta ou nadar). Uma investigação encabeçada por Alexandra C. McPherron, integrante do Instituto Nacional de Diabetes e Digestão dos Estados Unidos, estabeleceu que este tipo de exercício ajuda a aumentar a taxa metabólica de repouso ao aumentar a quantidade de massa magra no corpo. A taxa metabólica de repouso é a quantidade de calorias que o corpo necessita para realizar funções básicas, como a respiração, a circulação e a digestão.

Um claro exemplo disso é quando os atletas começam a ganhar peso após interromper sua atividade. Por mais que sua dieta siga sendo a mesma, seu metabolismo desacelera frente à perda de massa muscular e ao acúmulo de gordura.

“A saúde está associada à energia que é ativada pela manhã, metabolizada de acordo com as necessidades ao longo do dia, e apagada corretamente à noite. Quanto mais sincronizado se está, maior é a energia e melhor funcionará o metabolismo”, concluiu.

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Por José Câmara, g1 MS.

Dourados, a pouco mais de 200 km de Campo Grande, será a primeira cidade do Brasil a iniciar a vacinação em massa contra a dengue. A imunização deve começar, às 10h desta quarta-feira (3), nos 35 postos de saúde espalhados pela cidade. ??

??Quem pode se vacinar? - Com 243.368 mil habitantes, a estimativa do município é vacinar 150 mil moradores entre 4 e 59 anos com a vacina.

Em Dourados, a imunização é oferecida para aquelas pessoas que chegarem ao posto com o documento de identificação e comprovante de residência na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.

??Como vai funcionar a distribuição das doses? - As doses saíram por volta das 7h30 (horário local) do centro de distribuição da secretaria municipal de Saúde de Dourados rumo aos 35 postos de saúde da cidade.

A imunização deve começar assim que as vacinas chegarem nos postos de saúde. A previsão para o início da aplicação é às 10h desta quarta.

O município será responsável pelo planejamento e aplicação da vacina dentro do cronograma especificado pelas pesquisas.

 

??Por que a cidade é a 1ª do Brasil a realizar vacinação em massa contra dengue? - Dourados fez uma parceria inédita com o laboratório japonês Takeda, responsável por desenvolver a vacina Qdenga. Esta cooperação possibilitou que a cidade garantisse as primeiras doses do imunizante para realizar a vacinação em massa.

A ação foi anunciada no início de dezembro. Dias após, o Ministério da Saúde divulgou que a vacina Qdenga seria incorporada ao Plano Nacional de Imunizações (PNI). Seringas e agulhas foram doadas pelo próprio laboratório.

??Qual vacina será disponibilizada? - A vacina disponibilizada é a Qdenga. O imunizante possui duas doses, que devem ser administradas com intervalo de 3 meses. A mesma vacina já é comercializada na rede privada há oito meses, por R$ 450.

 

A Qdenga (TAK-003) foi o primeiro imunizante liberado no país para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue.

  • De acordo com a Anvisa, a Qdenga é indicada para a faixa etária de 4 a 60 anos;
  • É aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações;
  • A vacina é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença.
  • Ela também poderá ser aplicada em quem já teve a doença.

Nos ensaios clínicos, a Qdenga mostrou ter uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%.

??Quando a vacina começa nos outros estados? - De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação deve começar em fevereiro de 2024 no restante do Brasil. A imunização não será em larga escala. Inicialmente, cerca 3,1 milhões de pessoas poderão ser imunizadas com a Qdenga.

Inicialmente, ainda segundo o Ministério da Saúde, a vacinação não será em larga escala: o SUS oferecerá 6,2 milhões de doses ao longo de 2024.

O cronograma de entrega proposto pela fabricante para as doses da vacina é o seguinte: 460 mil doses em fevereiro, 470 mil em março, 1.650 milhão em maio e agosto, 431 mil em setembro, e 421 mil em novembro.

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Através do Técnico e Acadêmico de Enfermagem, Caio Matos Saraiva, Foi realizado nesta quarta-feira(13) na Câmara de Vereadores de Licínio de Almeida, um curso de  Capacitação em Suporte Avançado de Vida e Intubação Orotraqueal,  onde  contou com a participação de Profissionais de Saúde do município e de cidades vizinhas.
Estiveram presentes no curso profissionais da saúde como: técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos.
O curso, que contou com aulas teóricas e práticas, foi ministrado pelo Médico e Enfermeiro Intensivista Thomás Fernandes,e pelo enfermeiros Gustavo Cabral e Antônio Sinron do CENTRO DE TREINAMENTO em Emergência Pré-Hospitalar. Foram discutidos temas como os quatros ritmos de PCR, uso do desfibrilador, medicamentos e cuidados que os profissionais de saúde devem ter com os pacientes durante e após cada procedimento de parada cardiorespiratória.
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À secretaria municipal de saúde, através da Coordenação de Vigilância Epidemiológica representada por Mariany Botelho, desenvolveu uma ação em parceria com a Secretaria de educação na SEMANA NACIONAL DE COMBATE À DENGUE.  Os alunos das escolas da sede receberam capas de super-heróis, onde tinham a missão de levar informações de grande importância até a sua família. Os pequenos super-heróis realizaram com sucesso a missão a que foram destinados! A ação foi um sucesso!
ASCOM - Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Licínio de Almeida - Bahia -  “Governando Com Responsabilidade”
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Por Marcelo Parreira, Pedro Henrique Gomes, g1.

A falta de regulamentação sobre como deve ser feito o pagamento de uma indenização a profissionais de saúde vítimas da Covid-19 tem obrigado quem tem direito à compensação a recorrer à Justiça para receber o dinheiro.

A lei está em vigor há mais de 2 anos e meio, mas ainda não foram editadas pelo governo federal as normas que estabelecem como devem ser realizados os pagamentos. E não previsão de quando isso vá mudar.

A lei 14.128/21 estabelece uma "compensação financeira a ser paga pela União aos profissionais e trabalhadores de saúde" que, durante a pandemia de Covid-19, se contaminaram por terem trabalhado no atendimento a pacientes e faleceram ou ficaram incapacitados pela doença.

Nas situações em que os profissionais morreram pela doença, a indenização deve ser paga aos familiares. O valor previsto no texto é de pelo menos R$ 50 mil.

Nos casos de falecimento, o valor deve ser aumentado para cada dependente com menos de 21 anos (24 caso esteja cursando ensino superior). Neste caso, o valor é aumentado em R$ 10 mil para cada ano até que o dependente complete 21 anos (ou 24). As despesas com o funeral também devem ser indenizadas.

Para os efeitos da lei, são considerados trabalhadores da saúde médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e outros profissionais que atuam no setor, como nutricionistas, fisioterapeutas e técnicos de laboratório, entre outros.

Aprovada em 2020, a lei foi inicialmente vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. Após o Congresso derrubar o veto, o governo levou o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, em agosto de 2022, validou a lei (entenda mais abaixo).

STF valida lei que que prevê indenização a profissionais de saúde que atuaram no combate à Covid-19
 
 
STF valida lei que que prevê indenização a profissionais de saúde que atuaram no combate à Covid-19
 

Sem regulamentação

O texto da lei aprovada não estabeleceu qual órgão do governo federal seria responsável por realizar os pagamentos e as verificações previstas na lei, como a perícia e análise de laudos. Com isso, quem pode ter o direito ao benefício não sabe quem procurar para pedir a indenização.

g1 questionou o ministério da Saúde sobre se há uma previsão para a regulamentação, se há dados sobre os pagamentos das compensações e estimativas de quantas pessoas teriam direito à indenização.

"Reparar e reduzir os impactos causados pela pandemia da covid-19, tanto para quem perdeu familiares quanto para quem sofre com as sequelas da doença, é uma das prioridades da atual gestão do Ministério da Saúde. A forma como se dará a compensação financeira dessas vítimas está em estudo de forma conjunta pelo governo federal", disse o ministério.

A Casa Civil da Presidência da República, que articula a produção de normas que dependam de mais de um ministério, disse que a resposta do governo seria a emitida pelo ministério da Saúde.

Na Justiça

A ausência destas normas levou quem busca o direito a recorrer à Justiça para receber os valores, em processos que têm sido bem-sucedidos.

Em março, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região determinou o pagamento da indenização à filha de uma enfermeira vítima da Covid-19 em 2020. Na primeira instância, o pedido havia sido negado pela falta de regulamentação sobre o tema.

 
"A deliberada morosidade nessa regulamentação demonstra que não ha interesse do Executivo Federal em fazer cumprir a Lei", diz o voto do desembargado relator no caso. "Sendo assim, não pode o beneficiário ficar tolhido da compensação financeira criada por Lei pelo fato do Governo Federal discordar do seu conteúdo", concluiu ele.

O advogado Renato Bastos Abreu foi um dos advogados que atuou como "amigo da Corte" no julgamento pelo STF, representando o Sindicato dos Trabalhadores no Combate às Endemias e Saúde Preventiva do Rio de Janeiro.

Hoje, o escritório em que ele trabalha atende alguns clientes que recorreram ao Judiciário para receber a indenização.

"É um estado de coisas inconstitucional, essa demora nessa regulamentação está impedindo a fruição do direito. Como não temos posicionamento das autoridades, temos de acionar o Judiciário. E já temos sentenças favoráveis", explica o advogado Renato Bastos Abreu.

Os sindicatos também tem sido procurados pelos trabalhadores em busca de orientação -- e as áreas jurídicas sindicais têm recomendado recorrer aos tribunais.

Diretor da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Lincoln Ramos disse que o tema ainda não foi trazido pelo governo para as mesas de negociação em que o assunto poderia ser abordado.

 

"Nenhum destes temas foram efetivamente implementados pelo governo. Ficou tudo no campo do debate", explica ele.

Histórico

A proposta foi aprovada pelo Congresso ainda em 2020, mas acabou vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. À época, o presidente argumentou que a lei contrariava o interesse público e poderia gerar risco fiscal.

O veto foi derrubado pelos parlamentares em março de 2021, e a lei entrou em vigor, mas seguiu sendo questionada pelo governo em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF. O texto foi mantido em decisão unânime dos ministros.

À época do julgamento, o então ministro Ricardo Lewandowski destacou a relevância da lei.

"Enxergo, em determinadas situações, a necessidade de não só resguardar, mas também de fornecer compensação financeira pela dedicada atuação dos profissionais e trabalhadores da saúde durante o período gravoso de pandemia", afirmou em seu voto.
Publicado em BRASIL E MUNDO

Por Poliana Casemiro, g1.

Puxar o ar pelo nariz, mas não conseguir respirar. Sensação de "quase morte". Cansaço para fazer as atividades mais simples do dia a dia. Esse é o relato do farmacêutico Arnaldo Machado, 47 anos, que teve complicações graves após o uso de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, e passou um mês e meio na UTI entre a vida e a morte.

Embora a comercialização no Brasil seja proibida, esses dispositivos podem ser encontrados em qualquer esquina - e o consumo, especialmente entre os jovens, só tem aumentado, com sérias consequências para a saúde.

"Eu tive um colapso, meu pulmão parou e aí eu passei a jornada mais cruel da minha vida por conta de um aparelho que hoje eu vejo milhares de pessoas fazendo o uso. Esse aparelho mata, esse aparelho tira vida, não deveria nem estar sendo discutida a possibilidade dele ser legalizado", afirma o farmacêutico Arnaldo Machado.

 

Em meio a esse cenário, a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne na sexta-feira (1°) para discutir uma proposta de consulta pública para revisar a norma vigente, que atualmente regulamenta a proibição. Em paralelo, começou a tramitar no Senado Federal um projeto de lei que, se aprovado, autorizará a venda no país.

Como pano de fundo, há uma pressão da indústria do tabaco: o argumento principal é que permitir a venda facilitaria o controle. De outro lado, entidades médicas e especialistas refutam essa justificativa e alegam que a autorização seria um risco à saúde e um retrocesso no combate ao fumo.

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM), Instituto Nacional do Câncer (Inca), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação Médica Brasileira (AMB), entre outras entidades médicas, se posicionam contra a liberação dos cigarros eletrônicos no Brasil 

Paciente passa 43 dias na UTI por causa de vape; Anvisa rediscute proibição
 
 
 
Paciente passa 43 dias na UTI por causa de vape; Anvisa rediscute proibição
 

Como funciona o vape

Com aroma e sabor agradáveis, os vapes chegaram ao mercado em 2005 com a propaganda de serem uma opção menos agressiva que o cigarro comum para pessoas dependentes de nicotina.

? O argumento principal dos defensores é que, ao contrário do cigarro comum, que contém tabaco e funciona por combustão (queima), liberando monóxido de carbono (que é cancerígeno), o vape é por vaporização, sem queima e, por isso, menos prejudicial.

Só que a realidade é diferente, de acordo com a explicação dos especialistas. O cigarro eletrônico tem mais de duas mil substâncias, várias delas tóxicas e cancerígenas, como: glicerol, propilenoglicol, formaldeído, o acetaldeído, a acroleína e a acetona.

Para além disso, a maioria tem nicotina -- substância altamente viciante -- e em maior quantidade que o cigarro comum. O que faz com que as pessoas se viciem mais rápido.

Surgimento de nova doença: evali

? Em menos de duas décadas dos dispositivos no mercado, ele já deu origem a uma doença específica, com estragos são devastadores, mesmo entre aqueles que fumam vape há pouco tempo. Uma lesão pulmonar que pode levar à morte em um curto espaço de tempo: a evali.

Só nos EUA, foram cerca de 70 mortes, segundo o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), órgão de saúde norte-americano.

 
Fumar cigarro eletrônico custou sete meses da minha vida. Hoje, digo que o cigarro eletrônico é uma máquina de matar e vai, além disso, colocar nosso sistema de saúde sob pressão se continuar [nesse ritmo].
— Arnaldo Machado, 47 anos, farmacêutico diagnosticado com evali

O farmacêutico conta que nunca tinha fumado cigarro comum antes de ter acesso ao cigarro eletrônico. Ele usava o dispositivo de uma empresa norte-americana em formato de pen-drive que havia ganhado de presente. A essência de menta o levou a pensar que não seria prejudicial.

“Tinha um sabor de menta gostoso, suave, que até parecia inofensivo. Não tinha nada a ver com cigarro comum. Passei a usá-lo socialmente. Depois, dava umas duas tragadas por dia. Fiz isso por nove meses até ver a minha vida mudar completamente”, relembra.

Em uma certa manhã, ele decidiu dar uma tragada, sentiu dor no peito e desistiu. No fim do dia, tentou de novo e, na sequência, teve febre e buscou o médico.

 
Quando vi a imagem do meu pulmão na radiografia, eu não acreditei. Estava completamente comprometido. Dois dias depois, já não conseguia respirar. Parecia que eu estava morrendo.
— Arnaldo Machado, 47 anos.

Ele precisou ser intubado às pressas e, depois, fazer uma traqueostomia, enquanto os médicos corriam contra o tempo para entender o que acontecia com ele.

Covid, tuberculose, pneumonia – tudo foi investigado até saberem que ele estava usando cigarro eletrônico e o diagnosticarem com evali (sigla em inglês para lesão pulmonar induzida pelo cigarro eletrônico).

"O problema é que o cigarro eletrônico ele forma um vapor, aquele vapor ele forma um óleo, esse óleo atinge os alvéolos pulmonares, forma uma espécie de uma graxa e impede a troca gasosa de oxigênio com CO2 e teu pulmão entra num colapso. E foi exatamente o que aconteceu comigo", conta Arnaldo Machado, farmacêutico diagnosticado com evali.
 

20 cigarros convencionais

? Um dos pontos que levam pessoas de forma rápida aos hospitais após o uso de cigarros eletrônicos é a quantidade de substâncias ingeridas.

Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), o vape tem maior índice de nicotina e, por isso, causa dependência mais rápido. Por exemplo, fumar uma carga de um cigarro eletrônico no formato de pen drive, pode equivaler a fumar 20 cigarros convencionais.

'Doença misteriosa' ligada ao cigarro eletrônico preocupa pesquisadores nos EUA
 
 Doença misteriosa' ligada ao cigarro eletrônico preocupa pesquisadores nos EUA

Surto de doença no exterior e subnotificação no Brasil

A evali foi descrita na literatura médica pela primeira vez em 2019, nos Estados Unidos, quando pacientes jovens começaram a ser internados com falta de ar, tosse e dor no peito, náusea, vômito, diarreia, fadiga, febre e perda de peso.

 

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) abriu uma investigação de emergência e descobriu que os pacientes tinham em comum o uso de cigarros eletrônicos. Foi então que a doença foi classificada. Até 2020, segundo o CDC, foram 2,7 mil pessoas internadas e 60 mortes registradas em decorrência do uso de vapes. Com a pandemia de Covid-19, no entanto, os casos deixaram de ser contabilizados.

O médico pneumatologista Felipe Marques, do hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, publicou um artigo sobre a doença após atender uma paciente com uma pneumonia que se repetia sem explicação até descobrir que se tratava de um caso de evali.

? Ele explica que não há um exame específico e o diagnóstico precisa ser feito por exclusão e isso é um risco para o paciente.

O vape tem substâncias tóxicas que agridem nosso pulmão, então ele responde tentando evitar o agressor recrutando células do sistema imunológico que podem ‘machucar’ nosso sistema pulmonar causando lesões. Não temos como diagnosticar por exame, depende do paciente e às vezes eles não conseguem nos falar.
— Felipe Marques, médico pneumatologista.
Publicado em BRASIL E MUNDO
Foi realizado na manhã desta quarta (29) no salão de eventos do Sindicato, a cerimônia de certificação do curso técnico em agente de saúde do nosso município, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o Projeto Saúde com Agente, é uma parceria da UFRGS com o Ministério da Saúde e Conassems.
Os cursos oferecidos foram,: Curso Técnico em Agente Comunitário de Saúde (ACS), e Curso Técnico em Vigilância em Saúde com Ênfase no Combate às Endemias(ACE).
Na ocasião estiveram presentes o Vice Prefeito Roberto David, o secretário Municipal de saúde  Mário Ediberto, o secretario de Governo Zé Américo, Secretário de gabinete Nivaldo Félix.  os vereadores Erlan e Lindinéia, a secretária Laurentina Brito, representantes das equipes de Atenção Básica e Vigilância epidemiológica!
Hoje 23 agentes de saúde passam ser Técnicos, uma brilhante conquista para uma classe tão merecedora!
ASCOM - Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Licínio de Almeida - Bahia -  “Governando Com Responsabilidade”
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA
A U.B. S. Marcelo Silveira Santos juntamente com a Secretaria de Saúde realizou o evento Novembro Azul que é uma campanha dedicada à conscientização sobre a saúde masculina, especialmente a prevenção do câncer de próstata com o objetivo de incentivar os homens a fazerem exames preventivos, destacando a importância do diagnóstico precoce e do cuidado com a saúde ao longo da vida. Essa iniciativa promoveu informações sobre a doença, enfatizou a necessidade de consultas médicas regulares e encorajou a adoção de hábitos saudáveis, impactando positivamente na qualidade de vida dos homens.
ASCOM - Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Licínio de Almeida - Bahia -  “Governando Com Responsabilidade”
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por Mariana Garcia, g1.

O exame de toque retal desperta medo em um a cada sete homens, segundo uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). No entanto, às vezes é preciso "enfrentar esse medo" para evitar um mal maior: o câncer de próstata. Isso porque o toque retal é um dos exames indicados para diagnosticar este tipo de câncer.

?O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum para os homens, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. No Brasil, estimam-se 71.730 novos casos deste tipo de câncer por ano para o triênio 2023-2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

 

Um vídeo do ator Antônio Fagundes sobre o Novembro Azul (movimento mundial para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata), em parceria com o Porta dos Fundos, viralizou nesta semana.

Nele, o galã de novelas traz números sobre a incidência do câncer no Brasil e questiona: "quando é que você vai liberar esse c* aí? Colocar o c* para jogo é a melhor forma de se prevenir contra essa doença".

Para Alfredo Canalini, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o vídeo traz uma mensagem importante e acende uma luz sobre o tema. "É uma mensagem para o homem que não se cuida. Os números são reais. A linguagem mais sarcástica pode ajudar esses homens a mudar de postura, a deixar o preconceito de lado".

Mas todos os homens precisam fazer o exame de toque retal?

Pedir exames para homens saudáveis e sem sintomas é um tema que gera debate no meio científico. A maioria das organizações médicas incentiva os homens na faixa dos 50 anos a discutir os riscos e benefícios do rastreio do câncer da próstata com os médicos.

No Brasil, se o homem tiver sinais e sintomas (leia mais abaixo), o recomendado é realizar os exames para investigar o câncer de próstata. Agora, se o paciente não tiver sintomas específicos, é necessário conversar com o médico sobre os riscos e benefícios.

 
  • Benefícios: realizar o exame pode ajudar a identificar o câncer de próstata logo no início da doença, aumentando assim a chance de sucesso no tratamento. Tratar o câncer de próstata na fase inicial pode evitar que se desenvolva e chegue a uma fase mais avançada;
  • Riscos: ter um resultado que indica câncer, mesmo não sendo, gera ansiedade e estresse, além da necessidade de novos exames, como a biópsia. Diagnosticar e tratar um câncer que não evoluiria e nem ameaçaria a vida. O tratamento pode causar impotência sexual e incontinência urinária. Os riscos desses exames estão relacionados às consequências dos seus resultados e não à sua realização.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda também que homens negros, obesos ou com histórico familiar de câncer de próstata (parentes de primeiro grau) façam o exame do toque retal (sempre em conjunto com o PSA) a partir dos 45 anos.

"Sabemos que existe uma população de risco, com maior chance de desenvolver esse tipo de câncer. O acompanhamento deve começar a partir dos 45 anos, mas defendemos que a conduta tem que ser através de decisão compartilhada entre médico e paciente. O paciente tem mais de 90% de chance de cura com o diagnóstico precoce", explica Alfredo Canalini.

 

Quais os sintomas do câncer de próstata?

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:

  • Dificuldade de urinar;
  • Demora em começar e terminar de urinar;
  • Sangue na urina;
  • Diminuição do jato de urina;
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

Esses sinais e sintomas também ocorrem devido a doenças benignas da próstata. Por exemplo:

  • Hiperplasia benigna da próstata é o aumento benigno da próstata. Afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade;
  • Prostatite é uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.
 

PSA, toque, ressonância, biópsia

A análise da próstata é feita pela dosagem do PSA no sangue juntamente com o exame de toque. Um exame não exclui o outro, visto que é possível ter PSA aumentado e não ter a doença ou tê-lo normal e ter a doença. O PSA também pode aumentar no caso de prostatite e HPB, e há situações em que ele não se altera mesmo com o câncer em curso.

"O próximo exame é a ressonância nuclear magnética da próstata. O profissional consegue classificar as imagens como não suspeitas de câncer e pode verificar se existem nódulos", explica o urologista.

Já a biópsia vai confirmar se existe ou não a presença de câncer. "Na biópsia conseguir classificar se é mais agressivo, ou se é indolente, se vamos só acompanhar o paciente. Tudo isso é conversado", completa o presidente da SBU.

O tratamento pode vai depender de vários fatores. Em alguns casos, o tratamento imediato pode não ser necessário e os médicos recomendam a vigilância ativa (com acompanhamento regular). Em outros, a cirurgia de retirada da próstata é o suficiente. A radioterapia e o tratamento hormonal também podem ser indicados.

Câncer de próstata pode ter cura se descoberto cedo
 
 
 Câncer de próstata pode ter cura se descoberto cedo
Publicado em BRASIL E MUNDO

Por g1 BA e TV Subaé.

Dois novos casos de raiva em morcegos foram confirmados pela prefeitura de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, nesta quarta-feira (20). A cidade é a segunda maior da Bahia e importante ponto de ligação entre Salvador e municípios do interior.

Os casos foram registrados nos bairros Gabriela e Queimadinha. Antes das confirmações desta quarta-feira, outros dois já tinham sido registrados nos bairros Gabriela e Caseb, em 24 de agosto e 5 de setembro.

Apesar das confirmações, não há registros de pessoas infectadas com a doença.

Devido aos novos casos, haverá aplicação da vacina contra a doença em cães e gatos na quinta-feira (21), no bairro Gabriela.

g1 questionou a Sesab sobre o número de casos de raiva confirmados no estado e aguarda retorno.

Publicado em BAHIA E REGIÃO
por.: Sertão em Dia.
Na manhã desta terça-feira (19), uma cena lamentável foi registrada por uma moradora do distrito de Várzea Grande em Caculé, de acordo com imagens filmadas pela filha, sua mãe estava indo para o PSF- Programa Saúde da Família em um carro de boi, fazer um curativo, pois não encontrava automóvel no local.
O descaso com a senhora deixou os caculeenses  e moradores do distrito comovidos com a situação. Este é o cenário  da atual gestão de Caculé,  que insiste em relatar nas redes sociais que são vitimas de Fake News. Nos últimos anos  os moradores do  municipio tem sofrido um descaso geral na saúde.
A moradora relatou a reportagem do site Sertão em Dia, “minha mãe tem sérios problemas nas pernas, inchaço, varizes. É uma dificuldade grande  para ela sair andando  até o posto de saúde”.
Publicado em BAHIA E REGIÃO
Duas pessoas morreram em Kerala, Estado do sul da Índia; mortalidade do vírus chega a 70%.

Escolas e escritórios foram fechados em algumas partes do Estado do sul da Índia, Kerala, depois que cinco casos do raro vírus Nipah foram confirmados.

Até agora, duas pessoas morreram, enquanto outras três, incluindo uma criança, estão sendo tratadas no hospital.

As autoridades disseram na quarta-feira que testaram 706 pessoas, incluindo 153 trabalhadores de saúde, para verificar a propagação do vírus. Eles estão aguardando resultados.

Este é o quarto surto de Nipah em Kerala desde 2018.

Todos os casos foram relatados no distrito de Calecute, no norte de Kerala.

Saiba mais
 

Uma das mortes ocorreu no início deste mês, enquanto a outra ocorreu em 30 de agosto.

O chefe do governo estadual, Pinarayi Vijayan, pediu às pessoas que evitassem aglomerações públicas em Kozhikode pelos próximos 10 dias.

Ele disse que seu governo estava levando as mortes "muito a sério" e pediu às pessoas que tivessem cautela, usando máscaras faciais e visitando hospitais apenas em casos de emergência.

Mas ele acrescentou que não há motivo para pânico, já que as pessoas que tiveram contato com os falecidos estão em tratamento.

Como ocorre a transmissão do vírus Nipah

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença é considerada zoonótica - ou seja, é transmitida de animais como porcos e morcegos frugívoros para seres humanos.

O vírus também pode ser transmitido por meio de alimentos contaminados e por contato com uma pessoa infectada.

Ao entrar no corpo humano, ele afeta o sistema respiratório e o sistema nervoso central.

Nem todas as pessoas apresentam sintomas visíveis. Outras, no entanto, desenvolvem sinais e consequências como:

Quando o vírus progride rapidamente, há risco de coma e morte. Nos casos mais graves, sobreviventes podem experimentar efeitos neurológicos de longo prazo.

A infecção pode ser diagnosticada com base no histórico clínico durante a fase aguda e de convalescença da doença. Os principais testes utilizados incluem a reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) em fluidos corporais e a detecção de anticorpos por ensaio imunoenzimático (ELISA).

 

Outros testes utilizados incluem o ensaio de reação em cadeia da polimerase (PCR) e o isolamento do vírus por cultura de células.

A taxa de mortalidade entre aqueles que contraem o vírus é alta - chega a 70% -, uma vez que não há remédio nem vacina disponível para tratar a infecção.

O tratamento se limita a controlar os sintomas e fornecer cuidados de suporte.

O ministro da Saúde da Índia, Mansukh Mandaviya, disse na terça-feira que o governo federal enviou uma equipe de especialistas a Kerala para avaliar a situação e auxiliar o governo estadual.

A ministra da Saúde do Estado, Veena George, disse na quarta-feira que os testes mostraram que a cepa do vírus no surto atual era a mesma encontrada em Bangladesh anteriormente.

 

"O movimento público foi restrito em partes do estado para conter a crise médica", disse ela, segundo a Reuters.

Ela também disse que equipes do Instituto Nacional de Virologia estabeleceriam um laboratório móvel no Colégio Médico de Kozhikode para testar o vírus e realizar pesquisas sobre morcegos.

O governo estadual estabeleceu uma sala de controle em Kozhikode para monitorar a situação e instruiu os trabalhadores de saúde a seguir protocolos de controle de infecção.

Surtos anteriores

O vírus Nipah foi inicialmente identificado em 1999 durante um surto que afetou criadores de suínos na Malásia. Desde então, não foram registrados novos surtos desse vírus no país.

Em 2001, o vírus foi identificado em Bangladesh, onde surtos quase anuais ocorrem desde então.

Em 2018, a Índia, e mais especificamente a cidade Calecute, relatou seu primeiro - e pior - surto de Nipah, quando 17 dos 18 casos confirmados morreram.

Em 2019, um caso foi relatado no distrito de Ernakulam e o paciente se recuperou. Mas em 2021, um menino de 12 anos na vila de Chathamangalam, infectado, morreu.

Uma investigação publicada pela Reuters em maio constatou que Kerala, um Estado tropical que está testemunhando acelerada urbanização e perda rápida de árvores, criou "condições ideais para um vírus como o Nipah emergir".

 

Especialistas dizem que, devido à perda de habitat, os animais estão vivendo em maior proximidade com os seres humanos, o que ajuda o vírus a saltar dos animais para os humanos.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), outras regiões também podem estar em risco de infecção, uma vez que evidências do vírus foram encontradas em reservatórios naturais conhecidos, como a espécie de morcego Pteropus, e em várias outras espécies de morcegos em diversos países, incluindo Camboja, Gana, Indonésia, Madagascar, Filipinas e Tailândia.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Tatiana já deu entrada pelo SUS, e até o presente momento Tatiana não foi convidada para entrevista e nem fez agendamento. Tatiana precisa passar por um especialista na cidade de Montes Claros, Mg, para saber o valor total do tratamento no particular. 

Olá a todos! Hoje venho compartilhar com vocês minha história de milagre   e superação. Sou Tatiana, uma mulher guerreira, professora por vocação, mas esse ano fui diagnosticada tardiamente com trombose e como resultado perdi parte da perna esquerda, e após 3 meses de muita luta venci a enfermidade. Mas é preciso que a vida siga o seu curso. E é aí que entra sua ajuda. Preciso custear uma prótese com o custo estimado em 50 mil (devido à mobilidade para joelho e tornozelo) para isso estou fazendo uma vaquinha  solidária. Qualquer ajuda é bem-vinda. Se você puder contribuir de alguma forma, fará grande diferença na minha vida. Sou professora ensinei a muitos e hoje estou reaprendendo o sentido da vida. Obrigada pela corrente de carinho e oração.” Conta Tatiana na rifa solidário que você pode estar acessando no Link a seguir  Professora Tatiana - Milagre e superação | Vaquinhas online (vakinha)

Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por g1 BA.

O Governo do Estado anunciou, nesta segunda-feira (4), que o piso salarial da enfermagem será pago neste mês de setembro. Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), todos os 8.958 profissionais do grupo que atuam sob gestão direta do órgão receberão o dinheiro na folha de pagamento no próximo dia 29, após o repasse realizado pelo Ministério da Saúde (MS), feito em 23 de agosto.

Em nota, a Sesab detalhou que, para os enfermeiros, o piso é de R$ 4.750. Para os técnicos de enfermagem, de R$ 3.325, e para auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375.

 

O órgão alertou que serão beneficiados pelo auxílio financeiro complementar apenas os profissionais que recebem menos que o piso de sua respectiva categoria. Conforme a Sesab, cerca de 55% dos profissionais da rede estadual recebem o piso ou acima dele. O restante passará a receber:

  • o piso estabelecido por lei no final do mês corrente, com a diferença já incorporada aos vencimentos normais dos servidores, funcionários e profissionais contratados via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda);
  • valores retroativos aos meses de maio a agosto.

Conforme a secretaria, os valores não entraram na folha do mês de agosto porque dependiam do entendimento da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Secretaria da Administração sobre o modo como o pagamento seria realizado.

Em relação aos servidores e funcionários municipais, a Sesab afirmou que o repasse foi feito pelo MS diretamente para as prefeituras que implantaram o piso para os profissionais. Já o repasse para organizações sociais que fazem gestão de unidades estaduais, entidades filantrópicas e prestadoras de serviço, com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), ainda dependem do Ministério e da PGE.

Para os profissionais da rede privada, o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), em julho deste ano, é de que haja negociação coletiva. No entanto, o piso dos profissionais que atuam em unidades particulares deverá ser pago se não houver acordo no prazo de 60 dias após a publicação da ata do julgamento, ou será obrigatório o cumprimento do piso salarial definido na lei federal.

 

Piso salarial da enfermagem

A Lei Federal nº 14.434/2022, que institui o piso salarial dos profissionais integrantes do Grupo Enfermagem (enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras), foi sancionada em agosto de 2022. O Piso Nacional da Enfermagem beneficia aqueles que realizam atividades em instituições de saúde públicas e privadas.

De acordo com entendimento da PGE, os pisos salariais definidos pela lei equivalem à carga horária de 44 horas semanais e 8 horas diárias. Para os cargos públicos de enfermagem, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteiras submetidos a carga horária reduzida, o valor do piso deve ser proporcional à carga horária respectiva quando inferior ao período.

 

Um cálculo pode auxiliar o trabalhador com jornadas menores a prever quanto receberá. Por exemplo: considere uma técnica de enfermagem que trabalha 30 horas semanais. O piso para técnicos com jornada de 44 horas semanais é de R$ 3.325. Dessa forma, ela receberá um valor igual a 30 x 3.325/44. Isto equivale a R$ 2.267.

Segundo a PGE, o cálculo do piso é composto pelo vencimento básico (parcela principal ou padrão de retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixo e irredutível), somado às vantagens pecuniárias de natureza Fixa, Genérica e Permanente, como a parcela fixa e invariável da Gratificação de Incentivo ao Desempenho – GID e as vantagens pessoais de caráter geral concedidas por lei.

Gratificações como adicional por tempo de serviço, estabilidade econômica, exercício de preceptoria, insalubridade, noturno e o de serviço extraordinário não estão incluídas.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por g1 Ribeirão Preto e Franca.

Após serem totalmente separadas em uma cirurgia que durou cerca de 25 horas, as gêmeas Allana e Mariah, de 2 anos, que nasceram unidas pela cabeça, têm boa evolução clínica. A informação foi divulgada pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), onde ocorreu a cirurgia e elas estão internadas.

Apesar da boa evolução, as irmãs seguem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), acompanhadas dos pais. Não há previsão de alta.

"No primeiro dia após a separação das gêmeas, foram realizados exames laboratoriais e de imagem que mostram boa evolução. As meninas seguirão sob cuidados intensivos", diz boletim médico.
 

Última cirurgia

A cirurgia final, dentre as várias realizadas nos últimos meses, começou ainda no sábado (19) e terminou por volta das 8h de domingo (20), cerca de 25 horas depois.

Ao todo, 50 profissionais participaram do procedimento, entre médicos, enfermeiros, instrumentadores e equipe de apoio.

Os detalhes sobre como foi a cirurgia e o estado de saúde das irmãs devem ser divulgados em uma coletiva de imprensa prevista para o final de setembro.

? O que estava previsto para ser feito? No procedimento, estava prevista a dissecção de cerca de 25% dos vasos sanguíneos que ainda restavam separar.

 

Além disso, as gêmeas seriam submetidas à cranioplastia, etapa para fechar a calota craniana e da pele que recobre a cabeça de cada uma das meninas.

? Como foi a preparação? A cirurgia final estava inicialmente marcada para acontecer em julho, mas foi adiada após as irmãs apresentarem suspeita de dengue.

Às vésperas da data inicial, Allana e Mariah passaram por um procedimento de expansão final das bolsas instaladas sob a pele das cabeças para ganhar 'espaço' para a cobertura craniana, que será feita após a separação.

Segundo os médicos, as bolsas atingiram volumes de 530 ml e 670 ml cada.

Elas também passaram por exames de ressonância magnética e tomografia para checagem das condições cerebrais para a cirurgia de separação total.

 

Cirurgia anterior foi em março.

A terceira cirurgia para separação dos crânios das gêmeas siamesas ocorreu no dia 11 de março, em um procedimento que durou sete horas.

Allana e Mariah passaram pela primeira neurocirurgia em agosto de 2022, quando tiveram as veias do cérebro separadas.

Três meses depois, em novembro, elas foram submetidas ao segundo procedimento.

O caso das meninas é extremamente raro, com um registro a cada 2,5 milhões de nascimentos. As irmãs nasceram em Ribeirão Preto no dia 9 de dezembro de 2020, mas vivem com a família em Piquerobi (SP).

A anomalia foi diagnosticada quando elas ainda estavam na barriga da mãe. Desde 2021, elas são acompanhadas no HC.

Desde a primeira cirurgia, os profissionais utilizam tecnologia de ponta para os procedimentos e contam com exames clínicos, laboratoriais e de imagem, de ressonância magnética, além de tomografia computadorizada integrada a um sistema de realidade virtual.

 
 
Publicado em BRASIL E MUNDO

Por BBC.

Vegetais, ervas e frutas que chegam diretamente da horta à mesa para acompanhar uma abundância de peixes e frutos do mar recém-capturados, grelhados ou assados, servidos com grãos saborosos e leguminosas, pão caseiro crocante, vinho...

? ? ? ? Este menu fresco e vibrante, temperado com azeite de oliva e apreciado com notável moderação, há décadas representa um ideal que não apenas evoca momentos memoráveis compartilhados com entes queridos, mas também promete bem-estar físico.

Isso porque incorpora muitos dos ingredientes da renomada dieta mediterrânea, que recebe algumas das melhores avaliações de profissionais de saúde por ser um dos planos alimentares mais saudáveis e práticos disponíveis.

E um de seus componentes cruciais não tem relação com a comida.

Seu nome foi estabelecido há quase seis décadas, e desde então, nenhuma outra dieta possui tanta evidência documentada respaldando seus efeitos positivos.

Pesquisas continuam a mostrar uma crescente variedade de benefícios, incluindo uma melhora na saúde cardiovascular, menor probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 e câncer. A pesquisa mais recente indica que esse padrão alimentar também pode proteger contra demência.

Porém, a ciência também revela que, embora os alimentos do menu mediterrâneo sejam essenciais, há outros ingredientes não comestíveis que são cruciais.

A verdade é que a mediterrânea não é exatamente uma dieta, mas sim uma maneira de comer que transcende uma simples lista de alimentos.

A alimentação é cultural e social, carregada de histórias pessoais, familiares e regionais.

E visto que a dieta mediterrânea não foi criada do nada, mas sim baseada em tradições desenvolvidas ao longo do tempo por milhões de pessoas, ela incorpora componentes do estilo de vida.

Isso contribui para alcançar os benefícios mencionados, entre eles a redução do risco de depressão.

Dieta mediterrânea protege o sistema cardiovascular e reduz o envelhecimento
 
Dieta mediterrânea protege o sistema cardiovascular e reduz o envelhecimento
 

Pré-história com 7 países

Após o término dos conflitos da Segunda Guerra Mundial, Haqvin Mamrol, um pesquisador sueco, demonstrou que a mortalidade por doenças coronárias diminuiu nos países do norte da Europa durante a guerra.

Ele postulou que esse fenômeno resultou das restrições impostas durante o conflito, que afetaram a ingestão de leite, manteiga, ovos e carne.

Quase simultaneamente, Ancel Keys, um cientista de Minnesota, nos Estados Unidos, que havia estado estudando os efeitos da fome em um grupo de voluntários, voltou sua atenção para as dietas dos empresários do Meio-Oeste de seu país.

Ele constatou que esses americanos bem alimentados eram mais propensos a doenças cardíacas do que os homens subnutridos do norte da Europa durante a guerra.

Keys suspeitou que uma redução significativa nas gorduras saturadas poderia ser benéfica.

Para testar essa teoria, ele reuniu pesquisadores de diferentes partes do mundo e iniciou, no final da década de 1950, um ambicioso projeto que ficaria conhecido mais tarde como o Estudo dos Sete Países, ou SCS, em inglês.

Essa equipe internacional examinou as dietas e estilos de vida de milhares de homens de meia-idade nos Estados Unidos, Países Baixos, Finlândia, Iugoslávia, Japão, Itália e Grécia.

No final dos anos 1970, foram divulgados os primeiros resultados, confirmando a associação entre gorduras saturadas, níveis de colesterol e doença coronária.

 

No entanto, um outro resultado notável emergiu: aqueles que viviam na região do Mediterrâneo, como Itália, Grécia e Croácia, apresentavam taxas mais baixas de doenças cardiovasculares em comparação com os participantes de outras regiões.

Suas dietas, ricas em frutas, vegetais, leguminosas, grãos integrais, frutos secos, sementes, proteínas magras e gorduras saudáveis (como as presentes nos azeites e nozes), pareciam ter efeitos protetores.

Keys, sua esposa e seus colegas de estudo foram fundamentais na identificação, definição e promoção do padrão alimentar que posteriormente se popularizou como "dieta mediterrânea".

No entanto, como até mesmo o site do SCS menciona, algo importante deve ser destacado.

"O Mar Mediterrâneo é compartilhado por 18 países que diferem significativamente em termos de geografia, situação econômica, saúde, estilo de vida e alimentação".

No entanto, não é apenas isso.

Diaita del Mar Medi Terraneum

Primeiramente, não se trata de uma dieta no sentido estrito, com regras rigorosas, restrições de grupos de alimentos ou limitações de porções, nem demanda a aderência a receitas especiais.

É, em vez disso, uma "diaita", termo grego que significa estilo ou modo de vida, já que sua magia reside não apenas em seus componentes nutritivos, mas na maneira de obtê-los, criar e saborear pratos coloridos e aromáticos, que agradam ao paladar e ao espírito.

 

Ela foi concebida a partir da observação de comunidades, como na ilha de Creta, há cerca de seis décadas, quando a rotina diária envolvia uma maior atividade física.

Ademais, os alimentos disponíveis geralmente eram aqueles providos pela natureza local, portanto, tendiam a ser frescos e sazonais.

Daí advém uma das vantagens da dieta: não se trata apenas de adquirir os alimentos produzidos em uma região específica, mas de utilizá-los no estilo mediterrâneo, independentemente de sua origem.

Até mesmo o azeite de oliva não é imprescindível; o que importa é evitar gorduras saturadas, então outros óleos de sementes (como canola, soja e linhaça) e óleos de nozes (como nozes, avelãs e amêndoas) são igualmente aceitáveis.

Contudo, talvez o ingrediente mais mágico seja que tanto o ato de cozinhar quanto o de apreciar a comida preparada são tradicionalmente eventos compartilhados, celebrações diárias com familiares e amigos, motivados unicamente pelo prazer da convivência.

Não se trata apenas do que você come, mas também de como e com quem você compartilha a refeição.

E sim, também existem estudos sobre os benefícios desses outros fatores para a saúde.

Em um estudo recente, cujos resultados foram publicados em fevereiro de 2023, os pesquisadores questionaram o impacto de adotar práticas como jantares descontraídos e familiares, sestas à tarde e laços comunitários fortes em outras culturas.

 

Para isso, afastaram-se 2.500 quilômetros do Mar Mediterrâneo e exploraram o que aconteceria se adultos britânicos adotassem não apenas a dieta, mas também o estilo de vida mediterrâneo.

Os 110.799 participantes, com idades entre 40 e 75 anos, não tinham câncer nem doenças cardiovasculares quando se inscreveram entre 2009 e 2012. Foram acompanhados até 2021.

Foram analisadas questões como comer com familiares e amigos (convivência); participar de atividades físicas em grupo, como caminhadas conjuntas; frequência de encontros com familiares e amigos (hábitos sociais); e a quantidade de sono, tanto à noite quanto em sestas (repouso).

Eles descobriram que quanto mais aderiam a esse estilo de vida, menor era o risco de morte por câncer, doenças cardiovasculares e outras condições de saúde.

"Este estudo indica que adotar um estilo de vida mediterrâneo adaptado às características locais de populações não mediterrâneas é possível e pode fazer parte de um estilo de vida saudável", disse a pesquisadora principal do estudo, Mercedes Sotos-Prieto, da Universidade Autônoma de Madri, Espanha, e da Escola de Saúde Pública TH Chan de Harvard, em Boston.

Portanto, assim como a dieta mediterrânea serve como guia para incorporar os alimentos da sua região, o estilo de vida que amplifica seus benefícios é algo que você pode adotar mesmo vivendo a muita distância daquele que os romanos chamaram de Mar Medi Terraneum.

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Por Álvaro Guaresqui e Pedro Ramos, g1 ES e TV Gazeta.

Pessoas que têm algum tipo de dificuldade para andar ou se movimentar contam agora com mais uma ajuda da tecnologia: um robô desenvolvido na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com o objetivo de auxiliar no tratamento e locomoção dos pacientes que perderam a mobilidade. Em todo o país existem apenas outros cinco robôs que desempenham a mesma função.

O professor e pesquisador Fernando Zanela contou que o projeto teve início quando a universidade comprou um equipamento para montar um laboratório. Depois, foram adquiridos uma máquina de análise de movimento por meio das câmeras, duas esteiras e o Lokomat, aparelho que surgiu em 1994 e auxilia na locomoção das pessoas.

 

Com a junção desses equipamentos, os pesquisadores criaram um exoesqueleto que entrou em operação no mês de junho e está em fase de testes. O equipamento é adaptado ao corpo do paciente e depois simula caminhadas.

"Todas as articulações estão coincidindo com as articulações do paciente. Quando o robô for fazer a marcha, tem que fazer coincidindo com as articulações correspondentes", detalhou o fisioterapeuta Marcelo Benevides.

Os pesquisadores realizam uma avaliação do paciente para identificar as limitações e efetuar os movimentos, como dobra do quadril e extensão do joelho. O equipamento vai reproduzindo e fazendo os ajustes conforme a necessidade de cada paciente.

Primeiro paciente a testar o equipamento no estado, o cadeirante Caio Rodriguez de Oliveira, que perdeu os movimentos das pernas ao ser baleado em um semáforo em 2019, esperou cerca de 25 minutos para ajustar o equipamento ao corpo e falou sobre a sensação de ficar novamente de pé.

 
"É bom. A gente fica vendo as pernas se mexerem, parecendo que a gente tá andando. É uma sensação muito boa. É uma memória não só motora como psicológica também", disse Caio.

Esse é o primeiro equipamento instalado em uma universidade pública. A fisioterapeuta Jéssica Costa está desenvolvendo uma pesquisa de mestrado e vai usar os resultados dos testes do exoesqueleto.

"Espero que seja significativo pra eles. Não só em números, mas mas pra qualidade de vida deles", disse a fisioterapeuta.

Robô ajuda pessoas a andar: equipamento está em teste na Ufes
 
 Robô ajuda pessoas a andar: equipamento está em teste na Ufes

 

Caio, que experimentou a sensação de andar novamente pela segunda vez, disse que é bom ver o mundo do alto.

"É bom a gente falar com os outros olho no olho ao invés de baixo pra cima. Uma coisa que é simples pros outros, mas pra gente é uma diferença grande", disse Caio.

Fabrício Costa, consultor socioambiental e pai de Caio, sorriu ao ver o filho fazendo os movimentos de caminhada.

"Valeu muito a pena. Tudo o que estiver relacionado à melhoria da qualidade de vida do Caio, meu sorriso vai ser cada dia maior", disse o pai de Caio.

 

O pesquisador Fernando Zanela disse que o interesse é desenvolver pesquisas nas áreas de saúde e tecnologia e, futuramente, oferecer à população.

A gente tem o interesse em desenvolver pesquisa de alto nível com esse equipamento e tem o interesse de oferecer esse tipo de atendimento para a comunidade", disse o pesquisador.
Publicado em BRASIL E MUNDO

Por Fantástico.

Uma jovem de 18 anos morreu no interior de São Paulo depois de complicações provocadas pela retirada dos dentes do siso. A história da Isadora Belon Albanese repercutiu nas redes sociais e acendeu um alerta sobre os riscos desse procedimento e os cuidados que precisam ser tomados antes e depois da cirurgia.

Isadora era a única filha de Ricardo e Graziela. Este ano, a jovem começou a sentir desconforto no dente do siso do lado direito e decidiu extrair os dois dentes dessa região.

A dentista recomendou que ela também extraísse o dente do siso do lado esquerdo como precaução. No entanto, algo inesperado aconteceu durante a extração do dente do siso do lado esquerdo. Após a segunda cirurgia, Isadora experimentou dois dias de intensa dor.

 
"Ela já foi no nosso quarto gritando de dor e falando: eu não aguento mais, eu não aguento mais. A dentista me acalmou e falou: não, isso é previsto, calma, vamos trocar o antibiótico [...] ela teve falta de ar”, relatou a mãe de Isadora.

Isadora foi internada e morreu dois dias depois. Os pais levaram o caso às redes sociais e reuniram mais de 60 mil assinaturas para pedir que fosse criada uma normativa para a extração do siso.

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo recebeu o pedido, mas disse que não é possível impor uma norma única para a extração do dente do siso. O órgão é que fiscaliza esses profissionais sempre que recebe uma denúncia.

"Um protocolo eficiente, ele dá ao profissional liberdade de escolha entre a manobra técnica que ele achar a mais pertinente, bem como de pra aplicar o melhor medicamento para aquele evento cirúrgico planejado", explicou Sidney Neves, especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial.

O médico ainda esclarece que a extração do dente do siso em si não é uma causa comum de morte.

"Na verdade, ela não morreu tirando o dente do siso. Normalmente está relacionado a um processo infeccioso e vale lembrar que são muito raros. A cirurgia do siso é um procedimento extremamente seguro, destacou o especialista.
 
Isadora e os pais, Ricardo e Graziela — Foto: Reprodução/TV Globo

Isadora e os pais, Ricardo e Graziela — Foto: Reprodução/TV Globo

Paciente que teve complicações, precisa efetuar fisioterapias após extração.

Outro caso mostrado na reportagem também retrata possíveis complicações desse tipo de cirurgia. A fotógrafa Alessandra Alves ainda faz fisioterapia para recuperar os movimentos da boca após tirar dois sisos no começo de junho.

"Os músculos estão bem atrofiado, não consigo abrir a boca totalmente ainda pra comer. Foi bastante traumático", relatou Alessandra.

No dia seguinte à cirurgia, Alessandra começou a perceber que algo estava errado. O inchaço repentino na lateral da bochecha, que se espalhou para o pescoço fez com que ela tivesse que ir para o hospital. Em razão das complicações, Alessandra foi internada duas vezes. Ao todo, ela ficou 22 dias na unidade de saúde.

 
"A última internação, eu corria risco de vida, já estava correndo o risco de ir pro sangue a bactéria".
Paciente teve complicações após extração dos dentes do siso  — Foto: Reprodução/TV Globo

Paciente teve complicações após extração dos dentes do siso — Foto: Reprodução/TV Globo

Riscos e cuidados

As infecções dos dentes do siso em casos graves - podem ultrapassar a camada óssea e se espalhar pelo corpo comprometendo outros órgãos.

Segundo especialistas, a cirurgia para retirada desse dente é bem mais moderna que no passado, mas ainda assim invasiva. Por isso, é importante que o cirurgião-dentista levante todo o histórico de doenças do paciente e avalie a necessidade de exames de sangue e radiografia - independentemente da idade.

"O ideal é que a gente tenha aí de seis a oito semanas de prazo entre uma cirurgia e outra. É melhor fazer um de cada vez", disse Mustapha Amad Neto, cirurgião-dentista.
 

O pós-operatório também tem detalhes importantes: o paciente tem que evitar esforço físico, ter cuidado com a higiene da boca, alimentação fria - líquida ou pastosa sendo preciso seguir à risca a medicação prescrita.

O que dizem os envolvidos?

Em nota, o Hospital Modelo, de Sorocaba, disse que Isadora foi submetida a uma bateria de exames que constatou um quadro já grave de infecção. Mesmo com medicamentos, o estado se agravou para infecção generalizada.

Ainda de acordo com a unidade de saúde, ela foi submetida a uma cirurgia com médico especializado em operações buco maxilares. Mas os esforços empregados foram insuficientes.

A reportagem questionou sobre o atraso do cirurgião especializado, mas o hospital não respondeu a essa questão.

A dentista que atendeu Isadora também informou que todas as medidas preparatórias foram tomadas., assim como as medicações pré e pós-operatórias e o acompanhamento pós-cirúrgico e orientações à família. E que lamenta o ocorrido.

 

 
Publicado em BRASIL E MUNDO

Por Fantástico.

Um ginecologista e obstetra foi preso esta semana, no Paraná, suspeito de abusar sexualmente de pacientes. Segundo as acusações, tudo acontecia no consultório.

Quinze mulheres já procuraram a polícia. Entre os relatos, há denúncias até de hipnose como tática para facilitar o assédio

Quem é o médico

Felipe Sá tem 40 anos, é médico formado pela Universidade Federal de Goiás, especialista em ginecologia e obstetrícia, mestre em saúde pública pela Universidade de São Paulo (USP).

Tem um consultório num bairro nobre de Maringá e de lá saiu preso temporariamente, na última quinta-feira (15), suspeito de crimes sexuais.

 
Felipe Sá, médico ginecologista e obstetra preso esta semana, no Paraná, suspeito de abusar sexualmente de pacientes — Foto: Reprodução/ TV Globo

Felipe Sá, médico ginecologista e obstetra preso esta semana, no Paraná, suspeito de abusar sexualmente de pacientes — Foto: Reprodução/ TV Globo

As denúncias

"Felipe foi uma indicação, sempre foi muito conhecido pelo parto humanizado, atendimento humanizado [...] É isso que me motivou a fazer a denúncia, né? Porque ele usa um discurso de empoderamento feminino pra atrair mulheres pra poder abusar delas", conta uma das vítimas.

As três primeiras vítimas que fizeram a denúncia não se conheciam, mas se encontraram depois de um comentário num grupo de conversas de mães, em redes sociais.

"Uma mulher teve a coragem de não recomendá-lo nesse grupo. Ele foi muito bom comigo até o dia em que eu fui sozinha na consulta. Aí outras mulheres começaram a se pronunciar nesse grupo. E aí a gente foi conversar ali individualmente e, enfim, a gente identificou que a linha de atuação dele é a mesma para todas", diz a vítima.
 

Outra mulher, que não quer se identificar, escolheu Felipe Sá para acompanhar sua gestação. Ela conta que Felipe sugeriu uma hipnose durante a consulta.

"Ele pediu pra que eu fechasse os olhos, que eu me imaginasse num lugar paradisíaco, contou até dez, estralou os dedos. Mas em nenhum momento eu estava hipnotizada, eu estava em sã consciência. Ele falou: 'não, é sério. Se imagine tendo relações sexuais só com coisas que estejam dentro dessa sala.' Aí ele começou a pegar pesado do tipo, 'você se tocaria agora?'", relata a mulher.

A mulher também ressaltou que o médico disse que ela poderia ficar à vontade: "Eu sou profissional o suficiente pra poder separar as coisas, eu não vou ficar excitado".

"E ele foi insistindo, de eu me tocar, deu tirar minha blusa", recorda a vítima.

Entre os depoimentos à polícia, uma vítima disse que, durante um exame, o médico introduziu a mão em seu canal vaginal; e que ele mudou a posição da mão e passou a massagear seu clitóris.

Uma outra mulher contou à polícia que durante uma hora de consulta, o médico pediu 12 vezes para que ela levantasse a blusa. Em todas, ela negou. Segundo a polícia, um caso de importunação sexual.

 
Denúncia de mulheres que levou à prisão ginecologista suspeito de crimes sexuais; veja relatos — Foto: Reprodução/ TV Globo

Denúncia de mulheres que levou à prisão ginecologista suspeito de crimes sexuais; veja relatos — Foto: Reprodução/ TV Globo

A prisão

A polícia alega que prisão temporária foi necessária para continuar as investigações.

"Ele utilizava esse expediente aí, esse universo de fragilidade feminina pra supostamente praticar esses atos sexuais", relata o delegado Dimitri Tostes Monteiro.

O médico Felipe Sá está preso na cadeia pública de Maringá. O mandado de prisão é por 30 dias, mas pode ser prorrogado pelo mesmo período.

Conforme o delegado responsável pelo caso, Felipe Sá só deverá ser interrogado depois que todas as vítimas forem ouvidas.

O Conselho Regional de Medicina disse em nota que instaurou procedimento para apurar a denúncia de possível desvio ético do médico Felipe Sá e que o trâmite está sob sigilo.

 

Segundo a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná, a hipnose é reconhecida como terapia, mas há regras:

"A hipnose é uma terapia reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1999, por ser um procedimento, deve ter um termo de consentimento e não pode ser utilizada para redução da resistência física sem ser para uma terapia", Acássia Nasser da presidência da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná.

O que diz a defesa?

Fantástico procurou a defesa do médico Felipe Sá. O advogado dele encaminhou um vídeo.

"As alegações contra o meu cliente são infundadas e não condizem em nada com seu histórico profissional. No mais, todos os elementos da defesa serão apresentados durante o transcurso do processo judicial", disse o advogado do médico.
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Realizada nos dias 5 e 7 de junho na capital baiana Salvador, a 11ª Conferência Estadual de Saúde da Bahia, organizada pelo Conselho Estadual de Saúde (CES-BA) e realizada pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), tem como tema: "Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia - Amanhã Vai Ser Outro Dia mesmo tema da 17 Conferência Nacional de Saúde. Precedida pelas Conferências Municipais de Saúde.
Representando Licínio de Almeira, estiveram presentes os delegados da saúde, Túlio Ribeiro, Fabiano Bonfim e João Paulo Castro.
Entre os objetivos da Conferência foram debatidas com enfoque na garantia dos direitos e na defesa do SUS, da vida e da democracia, reafirmar e efetivar os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), da universalidade, integralidade e equidade para garantia da saúde como direito humano, com a definição de políticas que reduzam as desigualdades sociais e territoriais, e mobilizar e estabelecer diálogos diretos com a sociedade brasileira acerca da saúde como um direito constitucional e da defesa do SUS.
Em consonância com o tema central da Conferência, foram discutidos três eixos temáticos: O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas - Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia e Amanhã vai ser outro dia para todos, todas e todes.
A 11ª Conferência Estadual de Saúde da Bahia foi constituída por quatro momentos estratégicos, que são. Plenária de Abertura, Instâncias deliberativas, atividades de arte, cultura e educação popular, e Plenária Final.saude 02

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Por Dalia Ventura, BBC.

Foi uma pergunta aleatória. Sabine Hossenfelder estava em um táxi com um jovem e, quando ela informou ser física teórica, o rapaz perguntou: "Um xamã me disse que minha avó continua viva devido à mecânica quântica. Isso é verdade?".

O rapaz talvez não soubesse, mas Hossenfelder era a pessoa ideal para ele fazer essa pergunta.

A cientista, que hoje trabalha no Centro de Filosofia Matemática da Universidade de Munique, na Alemanha, passa o tempo procurando respostas para esse tipo de questionamento.

"Foi isso que me interessou na física desde o início: todas aquelas grandes questões difíceis de responder", disse ela à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

 

"Vinte anos depois, ainda não tenho as respostas, mas se você me fizer uma pergunta, posso lhe dar uma resposta bem longa."

Essas respostas estão refletidas em artigos de imprensa e em livros como Lost In Math ("Perdidos na matemática", em tradução livre, sem versão no Brasil) e Existential Physics: A Scientist's Guide to Life's Biggest Questions ("Física Existencial: um guia científico para as maiores questões da vida", também sem versão no Brasil).

Além disso, ela se tornou conhecida por meio de seu blog BackRe(Action) e de seu popular canal no YouTube.

Centenas de milhares de pessoas seguem a cientista na internet. "Somos atraídos por mistérios", diz.

"Acho que por trás dessa atração está o desejo de entender como nos encaixamos neste universo, o que essas leis fundamentais que usamos na física nos dizem sobre isso", explica Hossenfelder. "Elas não respondem exatamente a todas as grandes questões, mas nos dão uma pista sobre o que é possível e o que não é."

Mas voltando à pergunta do início deste texto: O que o xamã disse ao jovem do táxi pode ser verdade?

Relatividade

"Eu realmente não sabia o que responder, porque a mecânica quântica em si não tem muito a ver com vida após a morte", diz Hossenfelder.

 

"Mas, após pensar um pouco sobre isso, cheguei à conclusão de que não era completamente falso."

"Se você deixar de lado a mecânica quântica, é verdade que nossas teorias de espaço e tempo, que remontam principalmente a Albert Einstein, nos dizem algo sobre a realidade do passado e também do futuro, embora o futuro seja mais complicado porque dessa mecânica quântica."

Seguindo esse fio, ela chegou a uma resposta para a pergunta peculiar.

"O que Einstein nos ensinou, embora eu ache que foi uma surpresa para ele mesmo que isso fosse uma consequência de sua teoria, é que fundamentalmente você não pode falar da existência deste momento presente sem também reconhecer a existência do passado exatamente da mesma maneira", diz Hossenfelder.

Você provavelmente já percebeu: o presente é um instante entre o passado e o futuro.

Se eu perguntar o que você está fazendo agora, você responderá que está lendo este artigo, mas mesmo essa resposta já tem um pouco do passado.

"Tudo o que você vive, tudo o que você vê, você vê como se fosse uma pequena quantidade de tempo no passado", detalha Hossenfelder.

Ou seja, o momento "agora" é impossível de descrever.

Além disso, "o que chamamos de momento presente pode ser o futuro ou o passado para outra pessoa. Einstein chamou essa noção de independência do observador".

 

O trem de Einstein

Para entender melhor, vamos relembrar um dos famosos experimentos mentais de Einstein.

Até então, duas correntes da física pensavam de maneira diferente: os newtonianos afirmavam que, ao medir a velocidade da luz, ela seria diferente dependendo de como você se movia; já os maxwellianos argumentavam que a velocidade da luz era sempre a mesma.

Einstein se concentrou em um elemento-chave da velocidade: o tempo.

E percebeu que a afirmação sobre o tempo era uma pergunta sobre o que é simultâneo.

Por exemplo, se você diz que um trem chega à estação às 7h05, isso significa simplesmente que ele chega à plataforma no mesmo momento em que o relógio está marcando 7h05.

 

Mas Einstein achava que essa noção de coisas acontecendo ao mesmo tempo na verdade dependia de como você está se movendo.

E isso significava que o fluxo do tempo poderia não ser o mesmo para todo mundo.

Para explicar isso, Einstein imaginou um homem parado na plataforma de uma estação de trem. De repente, dois raios caem de cada lado dele, exatamente à mesma distância.

A luz de cada um dos raios atinge seus olhos precisamente no mesmo momento.

Para esse homem, os dois raios caíram simultaneamente.

Mas, naquele exato momento, um trem que viaja próximo à velocidade da luz está passando. Nele, há uma mulher.

 

À medida que a luz emana dos raios, o trem se move em direção a um enquanto se afasta do outro.

A luz do raio à frente, em direção ao quem está no trem, chega primeiro aos olhos da mulher, pois a distância é menor. A luz do raio de trás chega depois.

Ou seja, ao contrário do homem na plataforma, para a mulher, o tempo transcorreu entre os dois raios: um caiu antes do outro.

Portanto, se a velocidade da luz é constante - e é - qual dos observadores está certo? Os raios caíram ao mesmo tempo ou um depois do outro?

A resposta: nenhum e ambos. Ambos têm uma perspectiva igualmente válida.

"Todos os observadores têm os mesmos direitos, por assim dizer: sua realidade não é mais real do que a minha", observa Hossenfelder.

O passado presente

Essa impossibilidade de definir uma noção do agora é chamada de "relatividade da simultaneidade".

"Einstein disse que temos que tratar o tempo como uma dimensão, e ele criou uma entidade chamada espaço-tempo", explica a física teórica.

"Depois de fazer isso, você não pode introduzir um momento específico ao agora, porque isso não funciona para todos os observadores."

Seguindo essa lógica, se não houver uma noção inequívoca para definir o que acontece agora, aponta Hossenfelder, então todo momento pode ser "agora" para alguém.

 

Isso incluiria todos os momentos do seu passado e do seu futuro.

"Isso leva à conclusão de que o passado existe da mesma forma que o presente", diz Hossenfelder.

Esse raciocínio nos levaria a pensar que o passado em que vive sua tataravó existe da mesma forma que o nosso presente.

"É claro que se você quiser falar com sua tataravó, nada disso vai te ajudar... ainda não sabemos como fazer isso", afirma.

E essas últimas palavras nos chamaram a atenção: o que ela quis dizer com "ainda"?

As leis

"Neste ponto, tenho que admitir que o que se segue são coisas em que acredito, que acho interessantes, mas podem ou não estar corretas”, diz a cientista.

No mínimo, ficamos intrigados, principalmente considerando que as reflexões de Sabine Hossenfelder são derivadas do estudo da física fundamental.

"Se você pensar sobre isso, quando alguém morre, de certa forma, eles continuam a existir”, diz Hossenfelder.

"O que acontece é que todas as informações que compunham sua personalidade - as conexões específicas dos átomos, as sinapses em seu cérebro e assim por diante - se decompõem, se desfazem. Mas sabemos, pela maneira como as leis fundamentais da natureza funcionam, que essa informação não é destruída."

 

"A única coisa que acontece é que ela se difunde em correlações sutis nos restos do corpo, se enreda com outras partículas, se espalha por todo o planeta Terra e, a longo prazo, por todo o universo."

Então: a informação ainda está lá, mas, para fins práticos, é impossível recuperá-la.

No entanto, Hossenfelder se pergunta: quem sabe o que acontecerá em um bilhão de anos?

"O universo vai existir por algum tempo, então há potencial para desenvolvimento tecnológico", diz Hossenfelder.

"Mesmo que a informação que compõe uma pessoa não esteja mais em um só lugar e não possamos conversar com ela, talvez alguém descubra como fazer isso. Ou algo pode mudar na natureza dos humanos; talvez algumas consciências cósmicas também se espalhem e essas informações se tornem acessíveis novamente”, afirma a cientista.

"Eu sei que parece loucura, e confesso que tenho dificuldade em entender isso intuitivamente, mas com base no que sabemos sobre como nossas teorias atuais funcionam, parece que nossa existência transcende a passagem do tempo. Há algo atemporal sobre a informação que nos constitui, além de constituir tudo no universo."

Como Einstein escreveu...

"Para nós, físicos crentes, a distinção entre passado, presente e futuro tem apenas o significado de uma ilusão, ainda que persistente."
 
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Por Carlos Henrique Dias, TV Globo e g1 SP — São Paulo.

A falsa médica de 37 anos que pagou R$ 50 mil de fiança sendo liberada para responder em liberdade com medidas cautelares após ser presa na terça-feira (30) na região de Perdizes, Zona Oeste de São Paulo, afirmou à polícia ter renda de R$ 20 mil a R$ 30 mil. Ela usava o carimbo de uma médica otorrinolaringologista e nutróloga.

Marcela de Castro Gouveia tinha o mesmo nome e o sobrenome parecido com o de uma médica que atende em Mairiporã e Caieiras, na Grande São Paulo. A suspeita usava CRM da profissional para solicitar exames e receitar remédios, como o flagrado no momento da prisão.

Após ser presa por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica, marcela afirmou à investigação ser farmacêutica de formação e estudante de medicina.

A falsa médica foi descoberta por uma paciente que pesquisou seu nome e descobriu que ela usava o registro de outra profissional.

A médica verdadeira foi avisada da fraude pela paciente e, em seguida, agendou com a suspeita uma consulta para uma amiga, que foi ao consultório dela acompanhada de um policial. A prisão em flagrante da falsa profissional ocorreu depois que ela assinou e carimbou a receita.

Em nota, o advogado de Marcela Castro Gouveia, Gustavo Polido, disse que a ação policial se deu equivocadamente e que não houve utilização de qualquer nome. Segundo ele, houve equívoco nos carimbos recebidos, pois as duas possuem o mesmo nome, sem qualquer intenção de fraude.

 

Conforme o delegado responsável pela investigação, a falsa médica se aproveitava da fama nas redes sociais. Ela se apresentava como especialista em medicina estética.

"A gente acredita que ela se utilizava dessa fama, de ter muitos seguidores, de ter conhecimento técnico na área de estética, para utilizar desse carimbo, a fim de que pudesse dar maior legitimidade a sua atuação, uma vez que não detém título de médico, mas tem conhecimento dessa área de estética", contou o delegado.

A polícia não informou por quanto tempo a falsa médica realizou os atendimentos nem se algum dos pacientes dela chegou a ser prejudicado.

Crise de pânico e choro.

À Justiça, a defesa de Marcela afirmou que ela "encontra-se em tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico há 4 anos por quadro de transtorno misto de ansiedade e depressão". A suspeita teve uma crise de pânico e choro ao ser presa.

Mesmo em liberdade, ela terá que comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades; tem obrigação de manter o endereço atualizado junto à vara e proibição de ausentar-se da comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação ao juízo sob pena de revogação das medidas e ser presa.

Em consulta aos profissionais no Conselho Regional de Farmácia há um registro ativo em nome de Marcela Castro Gouveia, com "requisitos legais para atuar em saúde estética".

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Por Júlia Putini, g1.

A bronquiolite é uma das possíveis consequências de um dos vírus mais ativos nesta época do ano, vírus sincicial respiratório (VSR). Ele é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas.

Quando acometida por uma bronquiolite, a criança tem uma maior produção de muco nos pulmões e por isso encontra mais dificuldade para a chegada do oxigênio ao sangue.

Karina Pierantozzi Vergani, pneumologista pediátrica pelo instituto da criança do Hospital das Clínicas (HC) da USP, explica que o VSR é responsável por 75% de todos os casos de bronquiolite, principalmente entre os menores de 2 anos. Nessa faixa etária, a mortalidade em decorrência da infecção é maior.

 

Abaixo, nesta reportagem, veja as principais respostas sobre a doença:

  1. O que é a bronquiolite?
  2. Quais os sintomas?
  3. Como é o tratamento?
  4. Quando é preciso ir ao hospital?
  5. É possível prevenir?

1 - O que é a bronquiolite?

A bronquiolite é uma síndrome respiratória que acomete as vias aéreas.O vírus se multiplica nas células do aparelho respiratório superior (nariz, faringe e laringe).

O infectologista Alexandre Naime Barbosa explica que ela é a infecção com inflamação dos bronquíolos, sendo uma ramificação dos brônquios, que por sua vez é uma ramificação da traqueia (a continuação da laringe).

"Você respira o ar, que passa pela boca, pela garganta, vai para a laringe, faringe e depois para os brônquios e bronquíolos. O VSR inflama desde o nariz até os bronquíolos. Quando inflama, junta muita secreção, gerando o famoso chiado no peito", explica o infectologista Alexandre Naime Barbosa.

Karina, pneumologista pediátrica, explica que o muco se instala nos brônquios e impede a chegada de ar nos alvéolos pulmonares, local onde ocorre as trocas gasosas.

 

2 - Sintomas

Nos primeiros dias após a infecção pelo vírus VSR é os sintomas mais comuns são febre e coriza.

 
Depois de 4 ou 5 dias, evolui para sintomas nas vias aéreas inferiores, provocando chiado, tosse, cansaço, falta de ar.
— Karina Pierantozzi Vergani, pediatra e pneumologista infantil

"Na criança, como a via aérea é menor, mais estreita, a passagem de ar prejudicada leva a uma maior quantidade de sintomas", diz Karina.

Entre eles está a tosse, que causa desidratação e pode ser tão intensa que, em alguns casos, é comum ocorrer vômito.

Por isso, acaba sendo recorrente o uso de hidratação intravenosa para auxiliar na recuperação da criança, que fica sem apetite.

3 - Tratamento

A bronquiolite é tratada conforme os sintomas aparecem. "Em caso de febre, a criança vai ser tratada com antitérmico, para a coriza é recomendado fazer lavagem nasal e se evoluir para um quadro de via área inferior precisa ver a necessidade de hospitalização, dependendo da idade e comorbidade", explica a pneumologista pediátrica.

 

Antibióticos e corticoides só são prescritos quando há outra infecção associada, o que acontece com frequência. No entanto, somente um profissional qualificado pode avaliar cada caso e indicar o melhor tratamento.

4 - Quando é preciso ir ao hospital?

A falta de ar pode ser difícil de identificar em bebês, mas é um sinal de alerta que indica que é preciso procurar um hospital com rapidez, pois o quadro pode piorar muito rapidamente. A dificuldade para respirar pode ser identificada quando:

  • o tórax afunda e a barriga dilata quando a criança respira;
  • as laterais do nariz se mexem devido ao grande esforço para inspirar o ar;
  • a fúrcula (osso da parte da frente do pescoço) afunda visivelmente em cada respiração.
 
Em crianças que ainda são amamentadas e menores de 2 anos a doença se torna mais agressiva.

5 - Prevenção

Conforme a pediatra, a melhor forma de prevenção é a lavagem das mãos, o uso de álcool em gel e deixar os ambientes ventilados. Como o vírus fica nas secreções das vias aéreas do paciente infectado, a lavagem nasal também é recomendada.

Apesar de ainda não existir uma vacina para ele, em 30% dos casos de bronquiolite há outra infecção associada, em geral, por influenza A ou B, h1n1, metapneumovírus ou rinovírus. Ou seja, é de suma importância a vacinação contra a gripe.

A médica ainda ressalta que as crianças doentes não devem ser levadas para a escola porque a chance de contaminar os amigos é muito grande.

"O mesmo com adultos. Não devemos ir para o trabalho presencialmente se tiver sintomas respiratórios. Se for algo que você não consegue deixar de fazer, vá de máscara, use álcool em gel e deixe o ambiente de trabalho aberto", recomenda.

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Por Mariana Queiroz, RJ2.

A passista que teve o braço amputado e o útero removido depois de uma cirurgia para retirada de miomas conta que esperou por meses pela vaga para operar e que comemorou muito quando conseguiu.

“Foi muito esperado porque eu rodei muitos hospitais e UPAs atrás da cirurgia. Eu recebi a ligação e achei que minha vida ia voltar ao normal. A fila é enorme para conseguir uma cirurgia, muitos hospitais debilitados, sem vaga. Eu só sabia pular de alegria achando que ia dar tudo certo”, relembra Alessandra dos Santos Silva.

Alessandra estava esperando desde agosto de 2022 pela vaga pelo procedimento e conseguiu a operação no início de 2023. Foram quase cinco meses de uma espera que acabou em angústia. Ela foi operada no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, no dia 3 de fevereiro.

 

“O hospital era da Mulher, bem especializado, eu fui bem tratada quando cheguei lá. Fiz todos os exames, o risco cirúrgico. Acreditei e aconteceu essa atrocidade comigo. Última coisa que eu lembro foi o médico me dizendo que ia dar tudo certo com a cirurgia”, conta.

No dia seguinte à cirurgia, os médicos decidiram remover o útero dela por causa de uma hemorragia.

Em 5 de fevereiro, parentes foram visitar Alessandra, que estava em coma e com as pontas dos dedos esquerdo escurecidas. Braços e pernas estavam enfaixados. Para a família, era o começo da necrose.

A mãe de Alessandra aponta ainda que a equipe médica tentou esconder a necrose.

“Eles tentaram esconder a necrose com ataduras, fingindo que estava aquecendo ela. Ainda falaram ‘é só para aquecer, mãezinha’. Tudo que falavam era por alto. Na transferência que disseram que ela tinha possibilidade de óbito”, afirma Ana Maria.

 

Depois da transferência para o Iecac, em Botafogo, os pais de Alessandra tiveram que decidir pela amputação do braço da mulher, que estava em coma. A passista só acordou do coma em meados de março, foi quando percebeu que estava sem o membro.

“Aí que veio o choque, procurei meu braço e não achava. Além de estar sem braço, eles tiveram que me explicar que eu também estava sem útero. Ai que caiu meu chão, eu quis morrer”, conta Alessandra.

Alessandra esteve no Hospital da Mulher nesta segunda-feira (24) para solicitar os prontuários para entregar às autoridades policiais, mas só deixaram a advogada entrar na unidade e deram o prazo de 30 dias.

Mulher trabalhava como trancista

Durante duas décadas, a profissão da Alessandra encantava mulheres: ela trabalhava como trancista e implantista de cabelos. Ela e o sócio Lucas trabalhavam juntos em um salão na Pavuna e estavam com planos de abrir mais uma unidade do negócio.

“Como que eu faço isso agora se eu fui vítima dessa atrocidade? Espero que eles não façam isso com mais ninguém, eles não tiram vidas só quando as pessoas vão a óbito. Eles tiraram a minha vida”, lamenta ela.

 

Agora, ela ainda não vê possibilidades de retornar ao trabalho que tanto amava. Segundo ela, uma das maiores felicidades era renovar autoestimas.

“Nesse salão a gente ria, deixava as clientes lindas, eu fazia o que eu amava, até isso eles conseguiram tirar. É muito bom transformar as pessoas. Você pega uma mulher que não está lá muito bem com a aparência e ela se olha no espelho e diz: ‘ah, minha autoestima voltou, eu estou linda, meu cabelo’. Era por isso que eu era apaixonada”, conta a cabeleireira.

Sem conseguir trabalhar, ela conta que está dependendo da ajuda de familiares e amigos.

 

“Minha mãe teve um câncer de mama, ela ainda está em tratamento, estamos sem renda. Era eu que ajudava ela em casa. Como vamos viver? Agora eu preciso de uma prótese, ainda conto que alguém vai me doar, porque é muito caro. Nós não temos condições”, lamenta.

Necrose na barriga

Depois da alta médica, a paciente retornou ao Iecac para tirar os pontos do braço. A mãe de Alessandra pediu que o médico analisasse a barriga dela, para ver se os curativos estavam corretos.

“Quando ele viu minha barriga ele quis chorar. Com lágrimas ele me disse que eu tinha que voltar pro hospital porque minha barriga também estava necrosando”, afirma Alessandra.

Traumatizada, ela não quer retornar na unidade para que a situação seja reparada lá.

“Como eu volto para um hospital que tentaram me matar? Eles fecharam minha barriga toda infectada”, questiona a passista.

A passista conseguiu atendimento no Hospital Municipal Souza Aguiar para tratar sobre a necrose na barriga, onde teve alta no dia 5 de abril.

Além disso, ela afirma que espera que o hospital ofereça suporte financeiro.

"Eu quero e exijo saber o que aconteceu. Eu vou lutar e vou até o fim. Tenho fotos, tenho vídeos e provas. Quero me contem a verdade. Eles tem que ser honestos, quero saber qual erro que causou a amputação do meu braço. Eles esperavam que eu morresse em casa? Espero pelo menos uma reparação moral e financeira porque eles acabaram com a minha fonte de renda", reforça ela.

Ana Maria pede que outras famílias tenham atenção com seus filhos durante internações.

“É uma dor muito grande, mas graças a Deus ela está viva. Deixo meu recado para quem é mãe: sempre vigiem suas filhas, fiquem perto, cuidem, porque tem muito médico negligente. Espero que eles paguem pelo que minha filha está passando”, pede a mãe.
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A Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de saúde, inaugurou na última sexta (31), o centro de atendimento COVID do município de Licínio de Almeida, foi uma conquista muito grande para a população,  o centro prestará serviços de imunização contra o Corona-Virus, realizará testagem a pacientes sintomáticos, além de atendimento a casos leves e encaminhando os casos graves para rede de urgência e emergência na rede hospitalar.
 Além de reduzir a circulação de pessoas com sintomas leves em outros serviços de saúde, a implantação do centro de atendimento busca minimizar os impactos decorrentes da pandemia e permitir que os demais serviços dá Atenção Básica continuem atuando em suas atividades essenciais, como acompanhamento das pessoas crônicas, pré natal, entre outros.
Fizeram presentes o Secretário de Saúde Mario Ediberto (Marinho) e toda sua equipe da saúde, o prefeito em exercício Roberto David de Souza(Robertinho) e sua esposa Sandra e a primeira dama Aline, o Secretário de Infraestrutura Adelino Cotrim (Neto), Diretor de Transporte Vanderfábio, o Secretário de Agricultura José dos Santos Leal (Zé da Cut), doutor Junior, Chefe de Gabinete Nivaldo Felix Trindade (Chocolate), Secretária de Educação Carla Mychely, Secretária Assistência Social Laurentina Brito (Tina), Secretário de Governo José Américo, o Agente de Saúde Edilson Barbosa (Lorinho), e os vereadores(a), Lucivando Ribeiro (Vandão), Lindinéia Oliveira (Cury), Erlan da Conceição (Pizão) e Juarez Nunes (Juca) .
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confira as imagens do evento.: 
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A 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), em Brumado, está investigando crimes análogos de ameaça, lesão corporal grave com arma branca e bullying que aconteceu na frente do Colégio Estadual de Brumado (CEB). O delegado Cláudio Marques instaurou um procedimento criminal nesta sexta-feira (31). Segundo informações, um menor de 16 anos de idade foi lesionado com um golpe de faca nas costas, fato este que aconteceu em frente a unidade de ensino.
Todos os envolvidos são alunos do colégio e os relatos apontam que outro menor de idade por não aceitar o fim do relacionamento com uma garota também menor de idade, passou a fazer ameaças para o atual namorado e sua ex-namorada, além disso, fez sérias ameaças no Instagram de outra pessoa que foi hackeado, onde dizia que iria tocar o terror no CEB dando a entender que faria outras vítimas.
A vítima informou que o golpe da faca seria no seu tórax, mas que ao se desvencilhar da facada, foi atingido nas costas com um único golpe. O menor foi socorrido e levado ao Hospital Municipal de Brumado, onde ficou em observação e já foi liberado. Segundo os depoimentos de testemunhas, o autor dos fatos estaria indo com frequência armado para a escola com uma arma branca (faca) no sentido de intimidar suas vítimas. Os nomes dos envolvidos foram mantidos em sigilo para preservar a integridade física e moral dos envolvidos e por se tratarem de menores de idade. O caso está sendo apurado em segredo de justiça.
por .: ASOM -  Polícia Militar da Bahia - 
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Por g1.

Um novo medicamento experimental eliminou completamente o câncer em um terço dos pacientes com leucemias agudas avançadas nos Estados Unidos.

Publicado na revista Nature, o estudo clínico de fase 1/2 administrou uma pílula chamada revumenib em 68 pacientes diagnosticados com a doença com rearranjos KMT2A ou NPM1 mutante. A nova droga foi responsável pela remissão completa do câncer em 18 participantes.

“As leucemias agudas com rearranjos KMT2A são difíceis de tratar e as mutações NPM1 são a alteração genética mais comum na leucemia mieloide aguda (LMA). Esses subconjuntos não têm terapias direcionadas especificamente aprovadas", disse Ghayas Issa, líder do estudo

 

A LMA é um tipo de câncer produzido nas células da linha mielóide (originária da medula) dos leucócitos. Ele se caracteriza pela rápida proliferação de células anormais que se acumulam na medula óssea e interferem na produção de glóbulos vermelhos normais. Por ser aguda, ela apresenta rápido desenvolvimento, o que torna extremamente importante dar início ao tratamento o quanto antes.

Os resultados são preliminares e não sugerem uma cura definitiva, mas os autores do estudo estão otimistas.

“Estou animado com esses resultados, que sugerem que o revumenib pode ser uma terapia oral direcionada eficaz para pacientes com leucemia aguda causada por essas alterações genéticas. Essas taxas de resposta, especialmente as taxas de eliminação da doença residual, são as mais altas que já vimos com qualquer monoterapia usada para esses subconjuntos de leucemia resistente”, explicou Issa.
 
 

A droga não funciona para todos. Os pesquisadores se concentraram em dois subtipos genéticos, nos quais uma proteína permite o progresso da leucemia.

"Os dois subtipos genéticos de leucemia aguda envolvidos nesta pesquisa representam aproximadamente 40% de todos os casos de LMA em crianças e adultos", disse Scott Armstrong, um dos autores da pesquisa.

Nos testes, a proteína com o revumenib produziu respostas importantes para os dois tipos de leucemia.

“As respostas neste estudo mostram que os inibidores desta proteína podem ser uma opção de tratamento promissora que é bem tolerada pelos pacientes e pode ser a mais nova adição a terapias direcionadas bem-sucedidas para leucemia aguda”, disse Issa.

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