Por Redação g1 .

Os preços dos medicamentos terão reajuste a partir desta segunda-feira (31). A mudança foi oficializada após publicação no Diário Oficial da União (DOU).

O valor, estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), funcionará como um teto de aumento para todo o setor farmacêutico.

Agora, os fornecedores de medicamentos (fabricantes, distribuidores, lojistas) podem ajustar os preços de seus medicamentos da seguinte forma:

  • Nível 1: 5,06%
  • Nível 2: 3,83%
  • Nível 3: 2,60%

Para o aumento ter validade, as empresas farmacêuticas devem apresentar o Relatório de Comercialização para CMED.

Por lei, a apresentação do Relatório de Comercialização é obrigatória para todas as empresas que possuem registro de medicamentos.

 

O documento precisa conter os dados de faturamento e a quantidade vendida. Caso o relatório não seja enviado, esteja incompleto, inconsistente ou fora do prazo, as empresas podem ter punições.

Além disso, as empresas que possuem registro de medicamentos devem divulgar amplamente os preços de seus produtos em mídias especializadas de grande circulação.

Vale lembrar que o setor de comércio varejista deverá manter listas atualizadas dos preços dos medicamentos à disposição dos consumidores e dos órgãos de proteção e defesa do consumidor.

Pelas regras, esses preços não podem ser superiores aos valores publicados pela CMED no Portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A divulgação do Preço Máximo ao Consumidor deve incluir os diferentes preços, que são resultados da incidência das cargas tributárias do ICMS, que variam conforme os estados de destino.

Anualmente, com base em uma série de critérios como a inflação, a CMED define níveis máximos de reajuste no valor dos remédios. Porém, o aumento não é automático e leva em conta uma série de fatores.

O fornecedor é responsável por fixar os valores de cada medicamento colocado à venda, respeitados os limites legais e as estratégias diante da concorrência.

A Anvisa afirma que o reajuste anual dos medicamentos funciona como um mecanismo de proteção aos consumidores de "aumentos abusivos".

 
"Ao mesmo tempo, o cálculo estabelecido na lei, busca compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção, possibilitando a continuidade no fornecimento de medicamentos", diz a agência.

Impacto pode demorar para chegar ao consumidor

O presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, avalia que o impacto do reajuste pode demorar a chegar ao consumidor.

Segundo ele, a competição entre farmácias e os estoques dos produtos são fatores que contribuem para que o reajuste médio esteja projetado para um patamar abaixo do teto a ser oficializado pela CMED.

"Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer", diz Mussolini.

 

"É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde", acrescenta.

A Anvisa alerta que o descumprimento do teto de preços pode levar a punições. A agência recebe denúncias por meio de um formulário digital.

Indústria em alerta

O Sindusfarma, responsável por calcular a projeção do índice de reajuste da CMED, avalia que o índice poderá impactar negativamente o setor.

O presidente executivo da entidade afirma que o cenário — com previsão do menor aumento médio desde 2018 — pode levar a redução de investimentos na indústria.

"Será o menor reajuste médio dos últimos sete anos, o que pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica instalada no país em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novos produtos e na modernização e construção de novas fábricas", diz o dirigente.

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A luta contra o câncer é uma jornada árdua e desafiadora, ainda mais quando envolve uma mãe que precisa ser forte não só para si, mas também para seus filhos. Este é o caso de Márcia Souza Torres, uma mãe que enfrenta não só o desafio da doença, mas também as dificuldades financeiras para dar continuidade ao seu tratamento e garantir o bem-estar de sua família.
Márcia, residente na Quarta Travessa, Bairro Gerais, em Licínio de Almeida, BA, se encontra em um momento muito difícil. Ela está travando uma batalha diária contra o câncer, e ao mesmo tempo, enfrenta grandes dificuldades financeiras, o que dificulta o acesso contínuo ao tratamento necessário para sua recuperação.
O que Márcia mais precisa neste momento é da nossa ajuda. Ela luta para continuar com o tratamento, mas sem o suporte adequado, ela pode não conseguir alcançar os cuidados médicos essenciais para sua recuperação. Além disso, como mãe, Márcia precisa garantir que seus filhos também tenham o suporte e cuidado que merecem nesse momento tão delicado.
Como você pode ajudar: Qualquer doação, por menor que seja, faz toda a diferença. Seu gesto de solidariedade pode aliviar o peso de uma grande luta, trazendo esperança e alívio para Márcia e sua família.
As doações podem ser feitas via Pix, utilizando o número 77 99183-4519, em nome de Márcia Souza Torres e 77 99131-3858 Lendra Souza Torres.
Não deixe que a distância ou o valor da doação te impeçam de ajudar. Cada contribuição, por menor que pareça, será um grande passo para que Márcia continue lutando e tenha forças para superar esse desafio.
Ajude Márcia e sua família. Sua contribuição pode transformar a vida dessa mãe e dar a ela mais esperança para enfrentar esse momento difícil.
                                                                                      
                                                                                      
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Diante do aumento de casos de dengue, chikungunya e Zika, o Ministério da Saúde lançou campanha nacional para o combate das arboviroses. Com a mensagem “Brasil unido contra a dengue, Zika e chikungunya”, a mobilização alerta sobre os sinais e os sintomas das doenças, além de formas de prevenção e controle do mosquito Aedes Aegypti.
O alerta por meio da campanha é complementar às medidas de reforço que vêm sendo adotadas pelo Ministério da Saúde para prevenção e controle das doenças, bem como para garantia da assistência à população. “A ideia da campanha de comunicação é alertar que, quanto mais rápido você identificar os sinais e sintomas e buscar o serviço de saúde, mais rápido teremos o diagnóstico e vamos conseguir ter um desfecho adequado de redução dos óbitos”, reforçou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente,.
A secretária do Ministério da Saúde explicou que estudos científicos estão sendo usados para entender que os problemas não são os mesmos, portanto, as soluções precisam ser diferentes, com novas tecnologias. “Esse tema parece esquecido, algo que ninguém está falando, principalmente depois de uma pandemia, onde as pessoas estão cansadas de se preocupar com tantos riscos à saúde, mas a gente precisa lembrar que, infelizmente, temos essas três doenças que estão levando ao óbito no Brasil. Nossas ações estão sendo pensadas e direcionadas”, acrescentou.
Os sintomas de dengue, chikungunya ou Zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.
A orientação do Ministério da Saúde é para que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sintomas.
A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Evitar acúmulo de inservíveis, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água, receber a visita do agente de saúde, são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, coloca os seus ovos.
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Por Guilherme Mazui, Kevin Lima, g1 — Brasília.

Enquanto avalia a troca do comando do Ministério da Saúde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (25), em cerimônia com a ministra Nísia Trindade, um acordo para a produção nacional de vacina de dose única contra a dengue

Conforme o governo, a vacina será produzida em uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa WuXi Biologics. A previsão é ofertar 60 milhões de doses anuais já a partir de 2026.

O público-alvo será a população de dois a 59 anos. Segundo o Palácio do Planalto, a produção será financiada com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

Segundo o governo, o aumento da produção e oferta no Sistema Único de Saúde (SUS) será viabilizado por meio de parcerias público-privadas.

Nísia explicou que a vacina contra a dengue ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém demonstrou otimismo.

"Aqui eu quero falar dos parceiros. Nesse caso, a vacina para dengue, que nós, com muita satisfação, anunciamos hoje ainda é uma candidata para vacina, porque ainda tem que passar pela Anvisa, mas é uma candidata fortíssima, é a vacina do Instituto Butantan", declarou.

Nísia informou que a vacina de dose única protege contra quatro sorotipos de dengue. A expectativa é vacinar em todo o país a "população elegível", que exclui idosos, em dois anos, a partir de 2026.

"A gente espera, em dois anos, vacinar toda a população elegível. Por enquanto, os idosos não poderão tomar vacina, porque, quando as vacinas são testadas, temos sempre cuidado com a população idosa", projetou.

Ministra desgastada

 

O anúncio no Palácio do Planalto ocorreu em um momento de desgaste de Nísia, cuja gestão é criticada por integrantes do governo. Auxiliares de Lula afirmam que ele decidiu substituir a ministra, porém a decisão ainda não foi oficializada.

Ao ser anunciada no evento desta terça, Nísia foi muito aplaudida pelos presentes, mais do que o próprio presidente da República – que costuma ser o mais aplaudido em cerimônias desse tipo .

O atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é o favorito no momento para assumir a Saúde caso Lula confirme a demissão de Nísia. Padilha já ocupou o cargo no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Lula já demonstrou incômodo com o andamento do programa Mais Acesso a Especialistas, lançado para ampliar a oferta de consultas e exames especializados no SUS.

No Planalto, há o entendimento de que o programa poderia se tornar uma marca do terceiro mandato de Lula, que enfrenta atualmente uma queda na popularidade.

 

Nesta terça, o presidente não discursou no evento com Nísia Trindade. Ao deixar o salão em que ocorria a cerimônia, o petista foi questionado por jornalistas sobre troca no comando do Ministério da Saúde, mas não respondeu.

Após a cerimônia, ele postou uma foto com a ministra em uma rede social.

Lula e Nísia devem se reunir nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, para tratar do futuro da pasta da Saúde.

Investimento de R$ 1,26 bilhão

Para a produção nacional da vacina contra a dengue, o governo estima que será investido R$ 1,26 bilhão.

Outros R$ 68 milhões deverão ser aplicados em pesquisas sobre a possibilidade de ampliar o público-alvo do imunizante e uma possível vacinação conjunta contra chikungunya.

O Ministério da Saúde também anunciou que vai distribuir, ainda no segundo semestre deste ano, unidades de insulina Glargina. O medicamento será produzido inteiramente no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a empresa Biomm.

A expectativa é que, ao final da implementação dos processos de fabricação da insulina, sejam distribuídas 70 milhões de unidades por ano.

 

De acordo com o Palácio do Planalto, também serão feitos investimentos para ampliar a capacidade da indústria nacional de adaptar as vacinas contra influenza às eventuais mutações do vírus.

A medida, ainda segundo o governo, vai elevar a produção e fornecimento de mais de 30 milhões de doses por ano.

O governo ainda anunciou uma planta produtiva de IFA de insulina e o desenvolvimento de uma vacina nacional contra gripe aviária.

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Por g1 Feira de Santana e região.

Três trabalhadores rurais foram resgatados durante uma operação realizada em Serrinha, a cerca de 60 km de Feira de Santana. Segundo o Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA), eles foram encontrados em situação degradante, que se assemelha a de pessoas escravizadas. O empregador, identificado como Geraldo de Aragão Bulcão, 98 anos, tinha procedimento agendado na Gerência Regional do Trabalho de Feira de Santana nesta segunda-feira (24), mas não compareceu, nem mandou representantes.

Os trabalhadores foram retirados da fazenda Morrinhos, na zona rural do município, na última quinta-feira (20). Eles tiveram as identidades preservadas.

A operação contou com a participação de auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), uma defensora da Defensoria Pública da União (DPU), inspetores da Polícia Rodoviária Federal, além de procuradora e servidores do MPT.

 

Durante uma semana, os agentes públicos percorreram diversos locais entre os municípios de Irecê e Serrinha para apurar denúncias de trabalho escravo. O único caso em que foi constatado esse tipo de situação foi na fazenda Morrinhos, dedicada à criação de animais, como porcos, bois, ovelhas, galinhas e avestruzes.

Conforme o MPT, apesar de dispor de boa estrutura e um plantel numeroso, a propriedade não garantia condições dignas de trabalho e alojamento para os empregados. Um deles tinha pouco mais de cinco anos de atividade no local e os outros dois trabalhavam no local há três meses.

No momento da chegada das equipes, dois trabalhadores aplicavam agrotóxicos sem qualquer proteção, enquanto o outro cuidava dos animais. O trio vivia em acomodações "extremamente precárias, sem sanitário e sem água tratada". Além disso, o órgão detalhou que a cozinha funcionava em uma baia ao lado do chiqueiro de porcos, com forte mau cheiro.

 

De acordo com o MPT, nenhum deles tinha contrato de trabalho registrado. Eles recebiam entre R$ 300 e R$ 500 por semana, cumpriam as tarefas de domingo a domingo, "em jornadas que iam do amanhecer ao pôr do sol sem direito a descanso semanal". O vaqueiro que trabalhava na fazenda desde janeiro de 2020 contou que só teve um dia de folga durante todo esse período, assim como os dois recém-contratados, que atuavam com aplicação de veneno nas pastagens e serviços gerais.

Ainda segundo o MPT, as vítimas tiveram as atividades suspensas imediatamente e aguardam o pagamento das verbas rescisórias. Um dos homens já retornou para casa, também em Serrinha, enquanto os outros dois esperam a quitação do débito por parte do empregador para voltar ao município de Araçás. Eles vão receber seis parcelas do seguro-desemprego especial e verbas rescisórias.

Geraldo de Aragão Bulcão era esperado na sede da Gerência Regional do Trabalho de Feira de Santana nesta segunda-feira, mas não compareceu e nem mandou representantes. Na ocasião, os auditores apresentariam os cálculos da rescisão dos contratos de trabalho e discutiriam os termos de um eventual acordo para indenizar as vítimas.

O MPT e a DPU vão encaminhar uma proposta de termo de ajuste de conduta prevendo indenização por danos morais aos trabalhadores e dará prazo para negociação. Caso não haja acordo, será ajuizada ação civil pública.

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Por g1 BA e TV Sudoeste.

Um adolescente de 14 anos morreu um dia após dar entrada no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), no sudoeste da Bahia. Antes de ir a óbito, ele contou para a médica que comprou uma seringa, amassou uma borboleta na água e aplicou a substância na perna.

Davi Nunes Moreira morava em Planalto, cidade que fica na mesma região do estado. Ele morreu na quarta-feira (12)

O pai do adolescente contou que percebeu que o filho mancava uma semana antes. Ao ser questionado, o garoto disse que tinha se machucado enquanto brincava.

Dias depois, o menino vomitou algumas vezes. A situação preocupou o pai, que o levou em um hospital da cidade. Como ele não apresentou melhoras no quadro de saúde, o adolescente fez exames e ficou internado.

Publicado em BAHIA E REGIÃO
 

Por Profissão Repórter.

O Profissão Repórter desta terça-feira (11) destacou o poder das telas sobre os jovens e suas consequências. Em São Paulo, a reportagem contou a história de uma família que está passando por uma situação delicada após o filho de 15 anos ter apresentado sinais graves de vício em telas.

O filho ganhou o primeiro celular com seis anos de idade. Na época, os pais não imaginavam o que isso poderia provocar.

"Nós éramos trabalhadores do mercado financeiro, trabalhávamos muito e, com o tempo, o celular acabou sendo o caminho para deixá-lo mais tranquilo enquanto a gente fazia as coisas. O celular acabou tomando a conta e o espaço que ele tinha na vida", conta o pai.
 

Aos oito anos, o menino foi diagnosticado com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e começou iniciou um tratamento com uma neuropsiquiatra. Foi a pandemia que escancarou o vício no celular.

"Nós percebemos em uma situação cotidiana, tipo: 'olha, está na hora do banho, hora do almoço, ah, atrás aqui, a gente começava a levar, mas, pensava: 'opa, espera aí'", diz a mãe.
"A hora que ele vê que ele não está naquele mundo, entram as crises, entra a abstinência, uma internet que falha, ele fica estressado. Na verdade, a gente vai lidando no dia a dia com isso. Criei uma pasta de rotina para ele acordar, escovar os dentes, e coloquei no quadro na parede, para ele tentar seguir, se seguiu duas vezes, foi muito. O pior não é isso, quando chega no ápice do estresse, chega a se machucar, quando está muito silêncio, a gente já fica preocupado, a gente entra no quarto e, às vezes, quer que a gente vá para fora que ele quer privacidade", relata o pai.
 

O pai mostrou à reportagem fotos das mordidas que levou do filho durante as crises.

"É uma marca enorme, foram mais de 40 mordidas", conta.

A busca por ajuda

À reportagem, eles contam como têm buscado ajuda e tratamento.

"Proibição não funciona. Você tem que ser amigo, tem que ter diálogo, acordos. Nós aprendemos com a nossa terapia", afirma a mãe.
"Hoje a gente também faz o nosso acompanhamento, não só o nosso filho", afirma o pai.
 

Luciana Alves é uma das psicólogas da Associação Matera, uma entidade sem fins lucrativos que trabalha para a conscientização do uso saudável das telas.

"Começa dentro de casa de uma forma inocente que os pais nem imaginam que pode se transformar em um comportamento abusivo a chegar na dependência tecnológica. As crianças começam com 4, 5 anos e os pais vão buscar ajuda com 15, 12. e por isso que é tão difícil desinstalar esse comportamento do filho", destaca a psicóloga.

Para ela, o grande desafio é encontrar um equilíbrio.

"A tecnologia tomou conta, que tem um lado muito bom, mas, como tudo, tanto a falta, como o excesso, tem que ter o equilíbrio. Então, esse caminho do meio, que todo mundo está testando hoje em dia", completa a psicóloga.

Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter:

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Por Mariza Tavares — Rio de Janeiro

Inúmeras vezes escrevi que a longevidade é uma construção que deve acompanhar o curso da vida – desde um pré-natal de qualidade para o bebê. Portanto, não surpreende um novo estudo mostrando que investir na saúde mental dos adolescentes produz benefícios econômicos para o país. A diferença entre esse trabalho e outros semelhantes, publicados anteriormente, é que ele indica como suas conclusões podem ser incorporadas ao orçamento do governo.

 

Os pesquisadores Nathaniel Counts, Noemi Kreif, Timothy Creedon e David Bloom analisaram dados de 3.343 participantes de um estudo longitudinal sobre a juventude iniciado em 1997 – a vantagem de um levantamento desse porte é que ele é regularmente alimentado com informações através de entrevistas.

Comparando as informações de 2000, quando os participantes tinham entre 15 e 17 anos, com as de 2010, os pesquisadores examinaram a relação entre a saúde mental dos jovens e seu impacto na vida adulta. Descobriram que problemas psicológicos relevantes na adolescência estavam associados a uma participação menor na força de trabalho dez anos depois, assim como a uma redução de US$ 5.658 (cerca de R$ 34 mil) no rendimento anual das pessoas.

Essa relação poderia ser aplicada ao orçamento do governo como um parâmetro para os modelos econômicos existentes, de forma a estimar o benefício de políticas voltadas para a saúde mental dos adolescentes. Para demonstrar como isso pode ser feito, os pesquisadores criaram um modelo para medir o impacto de uma hipotética política de expansão nos serviços de prevenção e cuidados, capaz de atingir 10% dos jovens que, sem ajuda, acabariam desenvolvendo um quadro de transtornos mentais.

Apenas no que se refere à produtividade da mão de obra, a iniciativa representaria uma economia de US$ 52 bilhões, o equivalente a R$ 312 bi, em uma década.
 

“Com o aprofundamento da crise de saúde mental dos adolescentes, o aumento de investimentos nessa área nunca foi tão urgente. São bilhões de dólares de economia, sem contar o compromisso que o Estado tem com a qualidade de vida de seus cidadãos”, afirmou Counts. O estudo foi publicado na revista científica PLOS Medicina no meio de janeiro.

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Por g1 BA.

Uma mulher de 35 anos deu à luz a um bebê em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na segunda-feira (20), no bairro Brotas, em Salvador. O que chamou a atenção para o caso é que ela não sabia que estava grávida, de acordo com o médico e outros profissionais de saúde que fizeram o atendimento.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a filha de Ismalia Mirtes Souza Sena nasceu às 15h05 com 3,160 kg e 44 cm.

A mamãe da recém-nascida chegou à unidade de saúde se queixando de fortes dores na região pélvica e no quadril.

Após avaliação médica, ela foi encaminhada para a sala vermelha, onde, para surpresa de todos, foi realizado um parto normal. A equipe responsável pelo atendimento foi composta pelas médicas Roberta Visco, Alexandra Luana Couto e Andressa Leal, além das enfermeiras Áurea Adrielle, Micheline de Jesus e Ilza Anjos.

“De forma inesperada chega uma paciente com uma suspeita de gravidez, começou a apresentar contrações e iniciamos os preparativos para esse parto. Foi algo inesperado e surpreendente. Muito gratificante saber que na unidade iria chegar uma nova vida. Muito feliz em poder participar desse momento”, contou enfermeira Áurea Adrielle sobre o atendimento.

 

Ismalia e a recém-nascida passam bem e após cuidados iniciais foram encaminhadas para o Instituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA).

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Por Poliana Casemiro, g1.

O ano de 2024 foi marcado por extremos climáticos. O país enfrentou meses sob uma densa camada de fumaça causada por incêndios na vegetação. Além disso, viveu a pior seca de sua história recente, que ainda persiste, enquanto o Rio Grande do Sul foi devastado por chuvas intensas. Além disso, o ano terminou como o mais quente já registrado. Diante desse cenário, o que esperar de 2025?

?A previsão global do Met Office, o centro nacional de meteorologia britânico e uma referência mundial, sugere que 2025 será um dos três anos mais quentes já registrados, atrás apenas de 2024 e 2023. Ou seja, embora o calor deva ser um pouco menos intenso, ele ainda será extremo.

 

Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do programa europeu Copernicus e do Met Office indicam que, em 2025, podemos esperar:

? As previsões são feitas com base em modelos climáticos que permitem observar com maior clareza os dados para períodos de até três meses. A análise do ano como um todo é baseada em tendências. Apesar disso, os especialistas permanecem pessimistas quanto a mudanças significativas que possam reverter esse cenário.

 
 

Mais calor em todo o país

O ano de 2024 foi marcado por recordes de calor. De acordo com o serviço de mudança climática do observatório Copernicus, foi o primeiro ano na história a registrar um planeta 1,5°C mais quente em relação à média pré-industrial.

Segundo os especialistas, a principal causa do calor foi a concentração crescente de gases de efeito estufa na atmosfera, que intensificam o aquecimento global. Uma análise do Cemaden mostra que, desde os anos 1970, o Hemisfério Sul, onde está o Brasil, vem enfrentando um aumento gradual nas temperaturas. Ou seja, ao longo dos anos, o país tem ficado cada vez mais quente. (Veja o gráfico abaixo)

 

Somado a isso, houve ainda uma contribuição extra: o El Niño. Esse fenômeno aqueceu os oceanos e foi registrado de forma intensa, o que aumentou ainda mais a temperatura no mundo.

? Para 2025, ainda sem previsão de El Niño, a expectativa é de que o ano seja menos quente que 2024. No entanto, isso não significa uma trégua no calor.

A análise do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostra que, ao menos nos primeiros três meses do ano, o calor deve permanecer acima da média em todo o país. 

 

? Segundo o Instituto Nacional de Previsão do Tempo (Inmet) os piores cenários podem ocorrer nas regiões Norte e Nordeste, que devem ficar 0,5°C e 1°C acima da média, respectivamente.

 

2025 pode ter eventos extremos

O ano passado foi marcado por catástrofes, dentro e fora do país, causadas por chuvas intensas. No Rio Grande do Sul, cidades foram completamente devastadas, com mais de uma centena de mortos. Os temporais também resultaram em mortes nos Estados Unidos, na Espanha e na África.

Segundo especialistas, esses desastres têm uma causa em comum: o aquecimento dos oceanos. Para Regina Rodrigues, referência em pesquisas sobre o Atlântico e suas ondas de calor, que atua na Organização Meteorológica Mundial (OMM), o cenário atual dos oceanos, ainda com temperaturas acima da média, pode fazer com que eventos extremos continuem ao longo de 2025.

 

➡️ Por que isso acontece? Os oceanos funcionam como “bolsões” capturando o calor, minimizando os impactos na Terra. Com as águas mais quentes, elas evaporam mais rapidamente, concentrando mais umidade na atmosfera. Isso resulta em chuvas mais intensas e de curta duração.

Regina explica que ainda não é possível prever quais regiões serão mais afetadas ou como esses eventos podem ocorrer, mas os desastres de 2024, como o caso do Rio Grande do Sul, demonstram a gravidade do impacto.

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Vamos continuar vendo eventos extremos porque as águas continuam quentes. Um ponto complexo é que está ficando cada vez mais difícil prever a intensidade desses desastres, porque o padrão do clima está mudando muito rapidamente. É um risco cada vez maior para as cidades.
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— Regina Rodrigues, referência em pesquisas sobre o Atlântico e suas ondas de calor.

A dificuldade em prever desastres é um ponto levantado por especialistas. Os modelos são feitos com base no histórico do clima ao longo de dezenas de anos. No entanto, o que estamos vendo acontecer é uma mudança acelerada no padrão, o que faz com que as leituras não sejam mais tão exatas.

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Por Poliana Casemiro, g1.

A influenciadora Virgínia Fonseca divulgou que está fazendo uma dieta à base de ovos para a perda de peso. Nas redes sociais, ela compartilha as fotos de seu almoço e jantar que se resumem a mais de uma dezena de claras de ovos e já disse que está tendo resultados. ️ O g1 conversou com nutricionistas que alertam que esse tipo de dieta é arriscado para a saúde, pode causar o efeito sanfona e traz risco de gatilho para transtornos alimentares.

➡️ Não é de hoje que o ovo é famoso em dietas. Gracyanne Baborbosa, influenciadora fitness, já mostrou que usa uma grande quantidade de ovos na dieta para o ganho de massa muscular. Agora, ele parece estar na moda para a perda de peso. Mas, será que isso funciona mesmo?

 

O que nutricionistas com quem o g1 conversou explicam é que o ovo é um alimento saudável, uma boa fonte de proteínas e ótima opção tanto para quem quer perder peso quanto para quem quer ganhar músculos, mas de forma nenhuma em dietas feitas exclusivamente com ovos.

? ATENÇÃO: Muito além da perda de peso ou ganho de massa magra, o que especialistas questionam é que dietas restritivas não são boas para a saúde física e mental. Há várias pesquisas que indicam que a restrição acaba gerando a compulsão, o que pode ser gatilho para transtornos alimentares. Além disso, reforçam que o retorno de dietas restritivas como tendência é um sinal de alerta.

 

Uma dieta só com ovo pode fazer perder peso ou ganhar passa magra?

O que a nutricionista Giuliana Guarnieri explica é que a perda de peso tem vários fatores, mas a estratégia principal é de ‘déficit calórico’, ou seja, ingerir menos caloria do que se gasta no dia a dia. No caso desse tipo de dieta, é possível que haja redução de calorias e a pessoa acabe perdendo peso, mas não de forma saudável.

“Qualquer dieta onde a gente tenha uma exclusão importante de um grupo alimentar, seja carboidrato, seja gordura, como, por exemplo, essa dieta do ovo, vai fazer com que em um primeiro momento a pessoa perca peso. Só que com isso, a pessoa acaba também excluindo nutrientes importantes da alimentação e isso é muito prejudicial”, explica Giuliana.

No caso de Virgínia, ela vem compartilhando uma rotina intensa de treinos com personal. Às vezes, com mais de um treino por dia. O que a especialista alerta é que pensar que o ovo pode ajudar no ganho de massa faz sentido, já que ele é uma fonte de proteína, mas não faz sentido em uma dieta apenas com ovos.

“Os ovos podem auxiliar na construção, reparo de massa muscular. Porém, para que isso aconteça, até para que a pessoa consiga realizar bons treinos e construir essa musculatura, a gente também precisa de vários outros nutrientes, até mesmo do carboidrato. Ou seja, uma dieta baseada apenas no consumo dele não é eficaz”, explica.

 

A nutricionista Renata Farrielo reforça que o ovo pode sim ajudar na construção de massa magra, mas que os músculos não vão aumentar pela ingestão de um único alimento.

“O ganho de massa muscular depende de vários fatores como estímulo para o músculo, consumo adequado de carboidratos para ter energia para fazer os exercícios, quantidades de proteínas, sono de boa qualidade, boa hidratação. Ou seja, não é só aumentar a quantidade de ovos que consome”, explica.
 

Uma dieta só com proteína pode ser prejudicial à saúde?

Renata Farrielo explica que o corpo precisa de vários nutrientes para manter o funcionamento saudável e que a restrição de um só grupo pode causar problemas graves de saúde.

A especialista cita problemas como a desregulação da flora intestinal e causar constipação, já que não há o consumo de fibras necessárias. Problemas como cálculo renal pelo excesso de proteína e outros problemas de saúde pelo déficit de outros nutrientes.

“Apesar do ovo ser um alimento que pode fazer parte de uma alimentação equilibrada, ele em excesso não é saudável”, explica.
 

Giuliana Guarnieri reforça que as pessoas não devem trocar uma alimentação completa por um prato de ovos porque não é porque um alimento é saudável que ele pode ser consumido exclusivamente.

“A clara de ovo é um alimento rico em proteína, rico em algumas vitaminas, minerais, porém, ainda assim, não substitui uma refeição completa. Então, a longo prazo, com o consumo apenas da clara de ovo, nós temos a exclusão de outros minerais, de outros macronutrientes essenciais para o funcionamento do nosso corpo. Isso pode prejudicar desde o intestino até mesmo o sistema nervoso central. É um risco à saúde”, explica.

 
 
 

Dietas restritivas como a do ovo podem causar efeito sanfona?

O que as nutricionistas explicam é que um déficit calórico como esse não é possível de manter. Uma pessoa não consegue comer só claras de ovo para sempre todos os dias. Com isso, a perda que ocorre pela restrição, volta depois que é retomada a alimentação completa. (Entenda abaixo como uma dieta restritiva age no corpo)

“Ninguém consegue manter a longo prazo uma alimentação onde tem o consumo apenas de ovos, ou então só de claras de ovos. E daí como isso não é sustentável, no primeiro momento o paciente perde peso, mas logo em seguida ele ou tem episódios de compulsão alimentar ou volta a alimentação normal e ganha todo o peso que ele perdeu. Isso se não não ganhar mais peso do que ele tinha anteriormente”, explica.

Com isso, o que acontece é que a pessoa acaba entrando em um ciclo de perda e ganho de peso de forma cíclica e o que as nutricionistas explicam é que a perda só se mantém se o emagrecimento for feito com acompanhamento e de forma saudável.

 

Na rede social, só se mostra o que se quer

Virgínia conta que ganhou mais de 20 kg com a maternidade e, dois meses depois de ter o bebê, já exibe a barriga trincada em suas redes sociais, onde também compartilha a dieta. As especialistas reforçam que a mudança no corpo pós maternidade é um ponto sensível, é preciso entender o tempo de cada corpo e as condições de cada mulher.

No caso da influenciadora, ela diz que tem procedimentos estéticos, acompanhamento profissional e exercícios físicos até mais de uma vez ao dia. Essa não é a realidade da maioria das mães.

“Nessa fase, que é também de amamentação, não é recomendado fazer dietas restritivas, já que é um período que o corpo da mulher está produzindo o leite materno e está com muitas mudanças hormonais devido a gestação. Essa cobrança extrema para voltar ao corpo de antes ‘para ontem’ é perigosa para a mãe e para o bebe”, alerta Renata Farrielo.

 

Dietas restritivas são um alerta para transtornos alimentares

Depois que a influenciadora compartilhou que está fazendo a dieta à base de ovo, outras também aderiram à restrição. Uma delas é a namorada do filho de Luciano Huck, Duda Guerra, de 16 anos, que anunciou que também ia seguir a dieta e compartilhou imagens do seu prato de claras de ovos.

Há várias pesquisas que relacionam dietas restritivas a compulsão e transtorno alimentar:

  • ? Uma pesquisa do departamento de psiquiatria da Universidade de Melbourne, na Austrália, analisou 2,2 mil adolescentes. Do grupo, 42% das meninas faziam dieta e para os meninos o índice era de 12%. Segundo a análise, a exposição dessas pessoas à dieta e restrição alimentar (como reduzir a ingestão de carboidratos, contar calorias e pular refeições) aumentou em 18 vezes a chance de desenvolver um transtorno alimentar.
  • ? Um estudo publicado em 2022 feito pelo departamento de Saúde Mental Comunitária, da Universidade de Haifa, em Israel, apontou a relação entre a restrição alimentar e desejo por comida e emoções negativas. A pesquisa observou 123 pacientes e percebeu que quanto mais exposta a restrição, mais sujeita a pessoa estava a sentimentos como desejo por comida, fome, emoções negativas.
 

O que as nutricionistas alertam é que a restrição pode ser gatilho para transtornos alimentares e que é preciso cuidado com a influência nas redes pela pressão de corpos em padrões cada vez mais magros.

Fariello é especialista em transtorno alimentar e alerta que a dieta do ovo não é uma novidade, assim como a dieta da sopa e da carne, que já ganharam fama nos anos 90 e 2000, quando havia a tendência de um corpo extremamente magro. Ela cita que o retorno desse tipo de restrição mostra que a moda por esse biotipo esteja de volta e que é um risco à saúde física e mental.

“Vivemos em uma sociedade imediatista, que valoriza muito a estética e a magreza. Estamos vendo a volta da magreza extrema e isso dá margem para surgirem soluções milagrosas. A questão é que esses comportamentos trazem o aumento de transtornos alimentares e comer transtornado, aumento da obesidade porque muitas vezes tem o efeito sanfona, grande insatisfação corporal, e até depressão”, pontua.

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Por Ana Clara Ciscotto, Larissa Zimmermann, Nathália Fontes*, TV Integração e g1 Zona da Mata — Juiz de Fora.

Seria só mais uma história de um nascimento, se a mãe não tivesse entrado em trabalho de parto 20 dias antes do previsto e se a pequena Laura não tivesse nascido dentro de casa, sem nenhum auxílio médico. O curioso caso aconteceu na quinta-feira (21), em Juiz de Fora.

A bebê estava prevista para nascer somente no dia 10 de dezembro, mas resolveu vir ao mundo bem antes, enquanto a mãe, Mariana Santos Ferreira, dormia sozinha em casa com o filho Arthur, de 5 anos. O parto inesperado aconteceu logo depois, no corredor do apartamento da família.

Laura, que nasceria somente no dia 10 de dezembro, nasceu no dia 21 de novembro — Foto: Arquivo Pessoal

Mariana diz que levantou por volta das 5h, sentindo uma cólica muito forte, mas não imaginou que seriam contrações para o parto. “Levantei com uma cólica muito forte. Pensei que fosse uma dor de barriga mesmo, que é muito comum da gestação. Depois de uns 15 minutos veio a cólica muito forte novamente e aí já percebi que estava entrando em trabalho e parto".

Ela ainda tentou ir para o hospital, mas as intensas contrações, em um curto intervalo de tempo, impediram qualquer locomoção.

Gritos do irmão alertaram os vizinhos

Com a irmãzinha prestes a nascer, Arthur saiu do apartamento e começou a gritar pelo corredor do prédio pedindo por ajuda.

"Tentei abrir a porta bem rápido. Comecei a gritar bem alto 'ajuda que minha mãe está grávida'".

Tatiana Freitas, uma das vizinhas, escutou os gritos do menino e foi ajudar a família. "Quando cheguei, vi a Mariana no corredor, e a neném já estava nascendo. A Laurinha veio com tudo, já fomos pegando ela e colocando na toalha. Foi um alívio quando ela chorou em meus braços”, recorda-se.

O pai de Laura, Rhamon Luís Ferreira, é metalúrgico, estava no trabalho e, quando chegou, levou um susto vendo que a filha já tinha nascido. “Quando eu entrei na porta e olhei para o final do corredor, vi Mariana sentada com a Laura no colo”.

Para ele, foi um misto de emoção, choque, felicidade e preocupação. “Foi uma experiência que eu nunca vou esquecer na vida”, explicou ele, com um sorriso no rosto.

Depois do parto, mãe e filha foram atendidas pelo Samu e encaminhadas para atendimento hospitalar. Lá, a família descobriu que a menina estava saudável, pesando 3 kg e medindo 47 centímetros. Um dia depois, a pequena recebeu alta, retornando para o apartamento onde nasceu.

 
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Por Rayane Macedo*, g1 — São Paulo.

Dos 828 milhões de adultos com diabetes (tipo 1 e 2) no mundo, 445 milhões deles, mais da metade (57%), não receberam tratamento em 2022. É o que aponta uma pesquisa global divulgada, nesta quarta-feira (13), pela revista científica "The Lancet".

No total, foram registradas taxas de tratamento estagnadas em muitos países de baixa e média renda. “Em 2022, apenas 5% a 10% dos adultos com diabetes em alguns países da África Subsaariana receberam tratamento, deixando um grande número em risco de complicações graves de saúde", disse o professor Jean Claude Mbanya, da Universidade de Yaoundé, em Camarões.

Os sete países com os índices mais baixos de cobertura para diabetes foram: Índia (133 milhões), China (78 milhões), Paquistão (24 milhões), Indonésia (18 milhões), Estados Unidos (13 milhões), Bangladesh (13 milhões) e Brasil (10 milhões).

 

A pesquisa mostra que a taxa global de pessoas com diabetes dobrou de aproximadamente 7% para cerca de 14%, entre 1990 e 2022. Em 1990, o número era de 198 milhões, enquanto em 2022 o número passou a 828 milhões. Desse total, é estimado que 22 milhões vivem no Brasil, o que torna o país com o sexto maior número de pessoas com diabetes no mundo.

Os pesquisadores apontam que a obesidade e a má alimentação são os principais fatores para o aumento da diabetes em nível global. Só no Brasil, é estimado que 75% dos adultos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso em 20 anos.

"Prevenir o diabetes por meio de uma dieta saudável e exercícios é essencial para uma saúde melhor em todo o mundo. Nossas descobertas destacam a necessidade de ver políticas mais ambiciosas, especialmente em regiões de baixa renda, para que restrinjam alimentos não saudáveis, tornem alimentos saudáveis acessíveis e melhorem as oportunidades de exercícios, por meio de medidas como a entrada gratuita em parques públicos e academias de ginástica", afirma o Dr. Ranjit Mohan Anjana, da Fundação de Pesquisa de Diabetes de Madras, na Índia.

??Veja mais destaques da pesquisa:

  • Os seis países com os maiores números de pessoas com diabetes são: Índia (212 milhões), China (148 milhões), Estados Unidos (42 milhões), Paquistão (36 milhões), Indonésia (25 milhões) e Brasil (22 milhões).
  • De 1990 a 2022, as taxas globais de diabetes dobraram tanto em homens (6,8% em 1990 para 14,3% em 2022) quanto em mulheres (6,9% para 13,9%).
  • As taxas mais altas de tratamento contra diabetes foram encontradas na Bélgica, com 86% de cobertura para mulheres e 77% para homens.
  • O estudo, realizado pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), usou dados de mais de 140 milhões de pessoas com 18 anos ou mais de mais de mil estudos em populações de diferentes países.
 
 

O que é diabetes

Diabetes é uma doença crônica (que não tem cura e não se resolve em um curto período), que resulta do aumento da glicose (açúcar) no sangue.

? Quando a glicemia (concentração de glicose) está alta, a capacidade do corpo de eliminar os radicais livres (moléculas liberadas pelo organismo que podem causar morte celular) é reduzida, o que compromete o metabolismo de diversas células.

? Por essa razão, pessoas com diabetes podem sofrer com dificuldade de cicatrização, já que as células responsáveis por esse processo são afetadas pelos radicais livres e não conseguem atuar como deveriam. Além disso, a má circulação sanguínea também prejudica a cicatrização.

 

Existem quatro tipos principais da doença: pré-diabetes — que acontece quando o nível de glicose está alto, mas ainda é anterior ao quadro de diabetes —, diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.

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Por Valma Silva, Milena Brandão, Ketheleen Serra, g1 BA.

Aos 25 dias de vida, Maria Sol Oliveira Andrade Queiroz, de 1 ano de idade, foi diagnosticada com uma condição rara: a síndrome de Aicardi. [Veja detalhes abaixo] Desde então, a família tem se mobilizado para arcar com os alto custos do tratamento. Neste sábado (8), a mãe dela realiza um bazar em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, para arrecadar recursos e ajudar a filha.

No Brasil, existem apenas 50 casos registrados da síndrome, e somente um é na Bahia: o da pequena Maria Sol, que se tornou "objeto" de estudo científico. Trata-se de um distúrbio neurológico que afeta majoritariamente meninas e é caracterizado por ausência parcial ou completa do corpo caloso (estrutura que conecta os dois hemisférios do cérebro), anomalias na retina ocular e convulsões do tipo espasmos.

 

Para lidar com essas questões, Maria Sol precisa usar três anticonvulsivantes, dos quais dois são de alto custo. Um deles é o cannabidiol, pago pela própria família.

"Ela ainda tem quatro frascos, mas as doses têm aumentado gradativamente. Se ela não toma, a frequência de convulsões é maior", explica a mãe da criança, Estrela Maria dos Anjos.

A garotinha precisa de dois frascos de cannabidiol por mês. O valor de cada um varia entre R$ 900 e R$ 1.200, o que representa um custo alto para família, que não tem renda fixa. Estrela Maria precisou sair do emprego para cuidar da filha, que tem quadros convulsivos frequentes. O pai da criança é trabalhador autônomo.

 

Segundo Estrela, Maria Sol tem desenvolvimento geral compatível com o de uma criança de três meses. Ela é acompanhada por uma equipe multidisciplinar e faz atendimentos com fisioterapeutas e fonoaudiólogos, por exemplo, cinco vezes por semana. Com os estímulos adequados, a menina começou a balbuciar e a manter o pescoço firme, entre outros pequenos avanços.

Além da síndrome rara, a criança tem microcefalia - malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Atrasos no desenvolvimento, problemas de alimentação, problemas de audição ou visão, de movimento ou equilíbrio, hiperatividade e incapacidade intelectual podem afetar crianças com esse diagnóstico.

Por causa das necessidades específicas da filha e das dificuldades financeiras, a mãe decidiu realizar um bazar beneficente, que acontece das 8h às 17h, no estacionamento da prefeitura de Feira de Santana, no Centro da cidade. Roupas, acessórios, calçados masculinos e femininos estão à venda por preços entre R$ 5 e R$ 20.

Ação na Justiça

 

Em junho deste ano, Estrela deu entrada no Benefício de Prestação Continuada para Maria Sol, mas na época ainda recebia o seguro-desemprego e o pedido foi negado. Segundo ela, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) alegou que o caso não atende ao critério de renda mensal familiar de 1/4 do salário mínimo. A última parcela do seguro foi depositada em outubro e agora Estrela não tem fonte de renda.

Ela recorreu através da Defensoria Pública da União (DPU), que informou, em nota, que ajuizou uma petição na Justiça Federal solicitando a concessão do benefício, com pedido de tutela de urgência. A ação tramita no Juizado Especial Cível e Criminal adjunto à 1ª Vara Federal de Feira de Santana.

No comunicado, a DPU argumenta "que os documentos apresentados comprovam a vulnerabilidade econômica e social da família, além de evidenciar que a situação da criança atende aos requisitos de pessoa com deficiência previstos para a concessão do benefício".

Síndrome de Aicardi

A condição foi identificada pelo neurologista francês Jean Aicardi na década de 1960. A literatura reconhece cerca de quatro mil casos em todo o mundo, e sua incidência é estimada entre 1 a cada 105.000 nascidos.

 

A neuropediatra Emmanuelle Vasconcelos, diretora técnica do Instituto Pupa e preceptora da residência de Pediatria do Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador explica mais detalhes a respeito.

“A síndrome é composta basicamente por alterações oculares, então ele chamam de lacunas coriorretinitianas. Seriam alterações de córnea e de íris, onde você vai ter também espasmas infantis e você vai ter alteração do desenvolvimento”, disse a médica.

Por isso, Maria Sol enfrenta, ainda duas questões sensíveis no âmbito ocular:

  • coloboma de nervo ótico, uma doença congênita que pode aparecer na íris, retina, pálpebras ou nervo óptico ainda nos primeiros meses de vida;
  • microfitalmia, malformação ocasionada por ruptura no desenvolvimento de tecidos e células especializadas.

A neuropediatra informou que, em geral, os pacientes com esse diagnóstico morrem entre a segunda e a terceira década de vida, "por complicações da própria regressão neurológica, pois a síndrome vai causar epilepsia de difíceis controle, que aumenta o risco de infecções”

Quanto ao tratamento, segundo Emmanuelle, é basicamente voltado para conter os sintomas, crises convulsivas, e exigem várias medicações, além do suporte com fisioterapia, fonoaudiologia e oftalmologia, por exemplo.

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Por Bem Estar.

Com mais de 80% da população relatando dores na coluna em algum momento da vida, a hérnia de disco está longe de ser um diagnóstico raro.

A condição acontece quando os discos invertebrais, que funcionam como amortecedores entre as vértebras, desgastam-se com o tempo.

Mas em que idade os sintomas começam a surgir? De acordo com especialistas, como o ortopedista Ricardo Meirelles, os primeiros sinais geralmente aparecem a partir dos 20 anos.

 

Embora a ocorrência em crianças e adolescentes seja rara, casos de hérnia de disco já foram relatados em idades mais precoces, geralmente associadas a outras condições como lesões ou problemas congênitos.

" A hérnia de disco acontece quando a gente vai se aproximando da vida adulta", alerta Meirelles em entrevista ao podcast Bem-Estar.

O especialista destaca ainda que, no caso de crianças e adolescentes, as dores persistentes na coluna podem ser sinais de tumores benignos, que costumam causar dor intensa, especialmente à noite, mas que aliviam com anti-inflamatórios comuns.

Assim, é fundamental que pais e cuidadores fiquem atentos a queixas frequentes de dor e busquem avaliação médica para descartar essas condições, que podem ser identificadas por meio de exames de imagem.

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Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil explicam que o treinamento em cadáveres para estética faz sentido, já que os procedimentos incluem estruturas sensíveis da face; corpos usados para treino de harmonização vêm de fora do país.

O uso de cadáveres para observação e dissecção é o melhor método para o estudo da anatomia e o treinamento de habilidades médicas e cirúrgicas.

É o que defendem as principais instituições de ensino e sociedades médicas ao redor do mundo.

Mas no Brasil, o uso acadêmico dos corpos pós-óbito não é tão popular, e a decisão de doar o corpo para ciência ainda não é amplamente abraçada.

➡️ A falta de peças anatômicas é a realidade para maioria das universidades públicas no país, o que a BBC News Brasil mostrou em uma reportagem publicada em 2023.

 

Por isso, a divulgação de cursos que usam cadáveres ainda frescos para o treinamento de técnicas de harmonização facial (como aplicação de toxina botulínica e preenchimento com ácido hialurônico), causou um debate intenso recentemente na rede social Bluesky (que funciona de forma semelhante ao X).

➡️ O uso foi considerado algo fútil por muitos usuários da rede. Como faltam corpos para as universidades, mas estão disponíveis para harmonização facial?

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil explicam que o treinamento em cadáveres para estética faz sentido, já que os procedimentos incluem estruturas sensíveis da face.

Além disso, que os corpos não são provenientes das mesmas fontes das universidades federais — e por isso, os cursos não estariam competindo com elas por recursos.

➡️ Nos cursos de harmonização facial, não são quaisquer cadáveres, mas sim corpos ainda frescos por terem passado por uma técnica de congelamento logo após o óbito, que foram doados em outros países e são importados para o Brasil.

Chamada de ‘fresh frozen’, essa é considerada uma alternativa superior à técnica tradicionalmente usada para conservar os corpos com formol (geralmente usada nas universidades públicas), porque permite preservar mais as características do corpo humano.

 

Enquanto substâncias químicas como o formol degradam parte das estruturas e diminuem a semelhança com uma pessoa viva, os cadáveres preservados com a técnica fresh frozen ficam praticamente intactos.

➡️ Quem opta por doar o corpo para a ciência compreende que essa doação será usada para o estudo de diversas áreas da saúde, abrangendo estruturas anatômicas, tecidos e sistemas do corpo humano.

Ao fazer essa escolha, o doador não tem a possibilidade de restringir o uso de seu corpo a uma disciplina específica, como neurologia, ortopedia ou qualquer outra área.

A legislação brasileira proíbe a comercialização de cadáveres e partes de corpos. Por isso, tanto as universidades públicas quanto os cursos de centros privados, como é o caso dos que oferecem treinamento para harmonização facial, o material usado deve ser proveniente de doação.

A diferença está no caminho que esses cadáveres fazem até chegar a uma sala de aula — e também nos custos que isso implica.

As universidades públicas que usam cadáveres para aulas os recebem principalmente por meio de doações voluntárias — quando a pessoa decide ainda em vida que quer dar aquele destino aos seus restos mortais.

➡️ Em casos menos frequentes, indivíduos que morreram sem identificação e que não tiveram seus corpos reclamados em até 30 dias também podem ter seus corpos encaminhados para instituições de ensino.

 

Nos centros de estudo que utilizam a técnica de conservação fresh frozen, os corpos são provenientes principalmente de doações nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, como a Holanda.

Caso o doador decida que não quer que seus restos mortais sejam enviados para um país diferente, ele pode declarar isso na documentação que preenche ao fazer a escolha de doar.

Empresas especializadas são responsáveis por conectar os doadores às instituições de ensino interessadas que possuem condições de custear os gastos com a importação.

Mas ainda que os cadáveres importados sejam provenientes de doações, o processo de congelamento e manutenção dos corpos é caro e exige não só cuidados extensivos durante a importação, mas também um laboratório com câmaras específicas para a preservação.

 

Isso se torna uma barreira para universidades públicas com fundos limitados. Para os cursos privados, significa que o valor gasto será refletido na matrícula — o que faz com que não seja acessível para todos.

"Se temos dificuldade de fazer um programa voluntário de doação e montar uma estrutura básica de rede para receber os corpos e outras tarefas que são bem mais baratas, imagine a importação de corpos congelados", disse José Aderval Aragão, coordenador do Programa de Doação Voluntária de Corpos da UFS (Universidade Federal de Sergipe), em entrevista à BBC News Brasil.

Ricardo Eustáquio da Silva, professor de anatomia da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), diz que, na instituição, a possibilidade de importar corpos ‘fresh frozen’ sequer chegou a ser cogitada.

"É uma alternativa muito cara. No passado, países como os Estados Unidos, a Espanha e o Canadá também passaram pela dificuldade de não ter cadáveres suficientes, mas isso foi resolvido com a conscientização da população sobre a importância da utilização de material humano para o ensino dos futuros profissionais da área da saúde."

A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) é a única universidade pública no Brasil que dispõe de câmaras adequadas para a preservação de corpos.

 

No entanto, os cadáveres utilizados pela instituição são provenientes de um programa de doação já consolidado em Minas Gerais, o que torna desnecessária a importação desses corpos.

 
 

O treinamento de harmonização em cadáveres faz sentido?

"Harmonização facial é uma área que tem crescido exponencialmente em todo o Brasil. E, logicamente, você precisa treinar, se aperfeiçoar e melhorar o máximo possível para que tenha a menor chance de erro na hora de tratar o seu paciente", diz Henrique Barros, presidente da Sociedade Brasileira de Anatomia.

"Nenhum boneco ou simulador chega nem perto da veracidade de um treinamento com cadáver fresco. Ao fazermos alguns procedimentos, ele ainda pode sangrar, é muito similar a um paciente vivo", complementa.
 

➡️ A legislação atual prevê que harmonização facial pode ser feita por médicos dermatologistas, cirurgiões plásticos, dentistas especialistas na área (ao menos 500 horas de especialização, de acordo com norma do Conselho Federal de Odontologia), biomédicos e farmacêuticos — ambos com pós-graduação na área de Saúde Estética reconhecida pelo Ministério da Educação.

''No caso de procedimentos cosmiátricos invasivos, apenas profissionais com formação em Medicina devem realizá-los, uma vez que os mesmos oferecem riscos de danos temporários e permanentes e até óbitos devido às falhas na indicação, na técnica e por aplicação de procedimentos realizada de modo inseguro'', diz Heitor de Sá, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Entre as alternativas para os profissionais que estão treinando em harmonização facial, destacam-se o uso de bonecos, modelos digitais 3D, que permitem simulações dos procedimentos, e o oferecimento de tratamentos a preço de custo para pacientes que aceitam ser atendidos por profissionais ainda em formação.

Com cadáveres frescos, defendem os especialistas, o treinamento ajuda os profissionais a terem uma melhor noção de como preservar as regiões nobres e evitar lesionar tecidos importantes, como grandes artérias e nervos.

"Embora não seja possível observar o resultado completo, como o inchaço e a resposta inflamatória que ocorrem em pacientes vivos, cumpre-se o objetivo de aprender a localizar as camadas e lacunas corretas e prevenir complicações como necrose ou embolia", explica Mohamad Abou Wadi, formado em odontologia e parte do Instituto de Treinamento em Cadáveres.
 

A dissecação do cadáver mostra as estruturas anatômicas, como vasos arteriais e venosos, nervos sensitivos, nervos motores e músculos que, se lesados durante qualquer procedimento, podem trazer complicações graves.

"No estudo do cadáver fresco é possível demonstrar o trajeto destas estruturas anatômicas, assim como o plano de profundidade onde se encontram. Os vasos arteriais e venosos podem ser injetados com corantes que o destacam, o que permite observar seus trajetos" descreve Sergio Serpa, médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Professor de Cirurgia Micrográfica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Quanto custa um curso com cadáver fresco?

➡️ O custo dos cursos que utilizam cadáveres ‘fresh frozen’ varia significativamente.

Um curso de harmonização facial oferecido por um centro chamado HAC (Human Anatomy Center), localizado em Bauru e Alphaville (ambas localizações próximas à cidade de São Paulo), que inclui módulos que passam por temas como teoria e prática de anatomia de cabeça e pescoço, técnicas anestésicas, histofisiologia (estudo da estrutura e função dos tecidos), toxina botulínica e mais, custa R$1.500.

Mas o corpo — ou apenas partes dele — pode ser utilizado em diversas áreas da Medicina, da Ortopedia à Neurologia, geralmente para profissionais já graduados que querem aperfeiçoar técnicas cirúrgicas.

 
"A peça anatômica é apenas um material didático, e o valor final pode ser influenciado também pelo prestígio da instituição e o renome do professor que irá ensinar a técnica. Em alguns casos, a indústria patrocina cursos para médicos, por exemplo, como forma de divulgar novas técnicas. Considerando esses fatores, os valores podem variar de R$ 3 mil a R$ 15 mil", diz Mohamad Abou Wadi.

Após os treinamentos, conta Wadi, o corpo passa por dissecação para que os profissionais possam analisar erros e acertos, o que contribui para o aprendizado.

"Essa sequência de uso maximiza o aproveitamento da peça, que só depois desse processo completo é destinado à incineração."

 
 

A cultura de doação de corpos

O Brasil ainda tem um caminho longo até que cadáveres se tornem materiais didáticos acessíveis para profissionais de saúde em formação em diferentes áreas.

"No Brasil, já é muito difícil incentivar as pessoas a doarem sangue ou órgãos, e a doação de corpos é ainda mais complicada. É importante ressaltar a importância de as pessoas se preocuparem em doar porque reflete diretamente na formação dos futuros profissionais", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Anatomia.

Quando não há cadáveres suficientes para a dissecção, professores buscam as opções mais próximas para oferecer uma experiência mais fiel nas aulas de anatomia.

"A prática de dissecação, que é primordial para a anatomia topográfica, fica deficitária em nossas aulas. Temos alguns modelos sintéticos e usamos peças cadavéricas", afirmou Célia Regina de Godoy Gomes, professora de Anatomia Humana do Departamento de Ciências Morfológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), em reportagem da BBC publicada no ano passado.

Quem deseja doar seu corpo especificamente para fins de estudo pode se registrar ainda em vida em programas do tipo mantidos por universidades ou informar parentes sobre seu desejo de participar para que eles façam a doação.

O levantamento mais recente feito pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) aponta que existem hoje 39 destes programas no Brasil.

 

"Ainda é pouco para a quantidade de instituições com cursos da área de Saúde, mas, se observarmos que a maioria surgiu nos últimos anos, considero que é um dado positivo", diz Andrea Oxley, professora de Medicina da UFCSPA.

Esses programas são considerados hoje a melhor forma de suprir a escassez de cadáveres, mas professores de Medicina ouvidos pela BBC News Brasil dizem que o número de doações ainda é baixo. Nos primeiros cinco anos do programa de doações de corpos da Universidade Federal do Espírito Santo, por exemplo, apenas seis cadáveres foram doados.

Para muitas universidades, o desafio de tornar seus programas conhecidos — e bem aceitos — entre a população local continua.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por Luana Alves, Bom Dia Rio.

Um bebê nasceu em um carro de aplicativo, em um parto feito pelo motorista. Antes dele, outros 2 condutores haviam cancelado as corridas. A criança nasceu na porta do Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, na última segunda-feira (14).

Emilson Cipriano estava na 3ª corrida do dia quando atendeu a passageira Luzimary dos Reis. Ela enviou uma mensagem ao motorista explicando a situação e pedindo que ele não cancelasse.

“Eu aceitei e veio no chat: ‘Moço, por favor, não cancela!’ Porque ela estava em trabalho de parto. Eu acelerei meu carro e fui em direção a ela. Vi que o portão da casa dela demorou a abrir. Eu fiquei ansioso. E ela veio devagar, já com a bolsa rompida e molhada”, explicou Emilson.
 

O motorista tem formação como técnico de enfermagem, mas não exerce a profissão atualmente. Atualmente, ele cursa Arquitetura e Urbanismo. Mas, graças ao conhecimento adquirido, ele conseguiu realizar o parto.

“Ela falando: ‘Vai nascer! Vai nascer!’ E eu perguntei as contrações, e estava em menos de 5 minutos. Ia nascer e eu fiquei com medo de acontecer alguma coisa com a mãe e a bebê”, contou.

O motorista parou na 58ª DP (Posse) e pediu a ajuda dos policiais, que lhe conseguiram luvas e abriram caminho até o hospital.

Na porta do hospital, quando não dava mais tempo, Emilson colocou as luvas e ajudou a criança a nascer.

 
“Quando olhei para trás, o bebê estava nascendo, só deu tempo de puxar o frio de mão, calçar a luva, correr para trás, fazer o parto e o Vitor [policial civil que o ajudou] correu para chamar as enfermeiras”, disse Emilson.

Em seguida, chegaram os profissionais de saúde. A mãe e a bebê passam bem e foram transferidas para a Maternidade Mariana Bulhões.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por Silvana Reis, g1.

Publicado em BRASIL E MUNDO
Hoje e amanhã dia 22/08, a Feira Saúde Mais Perto estará na Praça Sônia Damasceno a partir das 7h, trazendo saúde e bem-estar para todos!
Esta é uma iniciativa do #GovBa em parceria para facilitar o acesso à saúde.
Aproveite para fazer exames como eletrocardiograma, ultrassonografia, raio-x do tórax e serviços laboratoriais Tireóides.
 Não se esqueça de levar RG, CPF, Cartão do SUS e a solicitação médica (para ultrassom e serviços laboratoriais).
Sua saúde em primeiro lugar!
Compartilhe essa novidade! 
Informações: www.saude.ba.gov.brIMG 1622 tnIMG 1623 tnIMG 1625 tnIMG 1626 tnIMG 1628 tnIMG 1630 tnIMG 1631 tnIMG 1632 tnIMG 1636 tnIMG 1638 tnIMG 1641 tnIMG 1651 tnIMG 1653 tnIMG 1654 tnIMG 1655 tnIMG 1657 tnIMG 1674 tnIMG 1675 tnIMG 1678 tnIMG 1679 tnIMG 1680 tnIMG 1683 tnIMG 1684 tnIMG 1686 tnIMG 1690 tnIMG 1693 tnIMG 1696 tnIMG 1704 tnIMG 1705 tnIMG 1709 tnIMG 1713 tnIMG 1721 tnIMG 1737 tnIMG 1726 tnIMG 1738 tnIMG 1741 tnIMG 1742 tnIMG 1743 tnIMG 1745 tnIMG 1746 tnIMG 1747 tnIMG 1748 tnIMG 1750 tnIMG 1751 tnIMG 1762 tnIMG 1754 tnIMG 1756 tnIMG 1760 tnIMG 1762 tnIMG 1763 tnIMG 1764 tnIMG 1765 tnIMG 1771 tnIMG 1774 tnIMG 1775 tn
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Nos dias 21 e 22/08, a Feira estará na Praça Sônia Damasceno a partir das 7h, trazendo saúde e bem-estar para todos!
Esta é uma iniciativa do #GovBa em parceria para facilitar o acesso à saúde.
Aproveite para fazer exames como eletrocardiograma, ultrassonografia, raio-x do tórax e serviços laboratoriais.
? Não se esqueça de levar RG, CPF, Cartão do SUS e a solicitação médica (para ultrassom e serviços laboratoriais).
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Informações: www.saude.ba.gov.br
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA
No dia 20 de maio, uma matéria trouxe à luz a batalha enfrentada por Gislaine Santana, uma jovem estudante residente em Guanambi, que luta contra sérios problemas de saúde. Apesar de um esforço inicial da comunidade para apoiar sua vaquinha solidária, os desafios persistem e Gislaine ainda precisa de ajuda financeira urgente para prosseguir com seu tratamento médico vital.
Gislaine, natural de Licínio de Almeida e filha de Nate do bairro dos Gerais, tem enfrentado dores intensas na pelve e complicações relacionadas aos cálculos renais que ameaçam obstruir seu trato urinário. Embora tenha recebido alguma assistência inicial da faculdade onde estuda e da secretaria municipal de Saúde de Licínio de Almeida, os custos restantes continuam inacessíveis para ela, pois o tratamento completo é muito caro
Além dos problemas físicos, Gislaine também enfrenta desafios relacionados à sua saúde mental, recebendo tratamento psiquiátrico e dependendo de medicamentos manipulados devido à sua intolerância à lactose, o que aumenta ainda mais o custo de seu tratamento.
Em suas próprias palavras, Gislaine compartilha a angústia de sua situação: "As dores são intensas e constantes, afetando meu dia a dia e meus estudos. Não posso esperar mais pelos exames pelo SUS, e os custos são proibitivos."
A vaquinha solidária iniciada por Gislaine busca arrecadar fundos para cobrir os exames e tratamentos médicos essenciais que ela precisa desesperadamente. Cada contribuição é crucial para ajudar Gislaine a superar esta fase difícil e garantir que receba o cuidado médico adequado para melhorar sua qualidade de vida.
Para contribuir com a vaquinha solidária de Gislaine Santana e ajudar a custear seus tratamentos médicos, entre em contato pelo telefone (77) 99136-6875 ou utilize o numero de celular para fazer  PIX em nome de  Gislaine Souza Santana.
Vamos unir forças como comunidade para garantir que Gislaine tenha acesso ao tratamento médico necessário e possa finalmente encontrar alívio para suas dores. Sua solidariedade pode fazer toda a diferença na vida dela.
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Por Wesley Bischoff, g1 — São Paulo.

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente publicou, nesta sexta-feira (12), uma resolução proibindo a internação de crianças e adolescentes em comunidades terapêuticas. O órgão é ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

As comunidades terapêuticas são entidades privadas, sem fim lucrativos, que acolhem pessoas com transtornos devido ao uso ou dependência de drogas. Com a resolução, apenas adultos poderão ser recebidos nessas instituições.

O conselho levou em consideração denúncias de violações em comunidades terapêuticas, como trabalhos forçados, contenções físicas e casos de intolerância.

Além disso, o órgão também analisou relatórios de inspeções que identificaram violação de direitos básicos, como o contato com a família e a restrição do acesso à educação.

 

Na resolução, o conselho cita ainda que:

  • a internação em comunidades terapêuticas, segundo a decisão, representa uma ação de privação de liberdade, "infringindo os direitos à liberdade, participação e convivência familiar" de crianças e adolescentes;
  • o acolhimento desse público viola proteções previstas na Constituição;
  • as comunidades terapêuticas possuem estrutura "baseada no isolamento, violência, abstinência e não transitoriedade".

O conselho determinou também que, em casos de atendimento de urgência e emergência, o acolhimento ocorra preferencialmente em Centros de Atenção Psicossocial (Caps), hospitais ou em uma Unidade de Acolhimento Infanto-juvenil de Saúde (Uais).

O Poder Executivo também terá de identificar todas as crianças e adolescentes que estão internados em comunidades terapêuticas. Após isso, o governo deve elaborar um plano para reencaminhá-los para atendimento em uma unidade adequada.

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Por Mariana Garcia, g1.

 

Gisele Haiek, nutricionista funcional especializada em emagrecimento feminino e saúde da mulher, lembra que um intestino "ruim" prejudica a produção de neurotransmissores, essenciais para o funcionamento do cérebro.

"Há uma conexão muito importante entre o cérebro e o intestino. Cuidar do ambiente intestinal, das bactérias e microrganismos que habitam por ali é muito importante", ressalta Gisele Haiek.

Para isso, as nutricionistas dão orientações simples: ter uma alimentação rica em nutrientes, em substâncias anti-inflamatórias e substâncias antioxidantes para evitar o excesso de produção de radicais livres.

"Grande parte da serotonina, que traz a sensação de prazer e bem-estar, é produzida no intestino. Quando a alimentação não está boa, podemos prejudicar diversos neurotransmissores do cérebro, porque não teremos nutrientes suficientes. Precisamos de um intestino regulado, com as bactérias equilibradas. Quando não temos isso, o humor é prejudicado e a saúde mental também", alerta Lara Natacci.

 

Peixes, oleaginosas e gorduras boas

Cerca de 60% do cérebro é feito de gordura. Parte dessa gordura é composta por ácidos graxos ômega-3, importante para a memória e melhoria do humor, além de proteger contra o declínio cognitivo.

"A gordura tem alta afinidade por toxinas (agrotóxicos, poluição, aditivos químicos, cosméticos). Não tem como não ter contato com esses itens, então o ideal é tentar ter uma alimentação o mais natural possível em 80% do tempo para que o sistema de limpeza do nosso corpo faça com que as toxinas não se acumulem no cérebro", diz Gisele Haiek.

Na lista dos alimentos "bons" para o cérebro estão os peixes gordurosos (como o salmão), oleaginosas, chocolate 70% ou mais, além de frutas e vegetais coloridos.

 

"A alimentação mais saudável vai prevenir doenças, trazer mais disposição, vai manter o metabolismo funcionando corretamente e vai manter a saúde do cérebro, melhorando a comunicação entre os neurônios, a capacidade cognitiva. E alimentação saudável não é proibitiva, você pode ter de tudo, mas precisa de alguns componentes no dia a dia, importantes para manter o organismo bem", esclarece Lara Natacci.

Inimigos do cérebro?

alimento não é inimigo do nosso corpo, o problema está no nosso comportamento em relação a ele, lembram as nutricionistas. O ideal, então, é saber "equilibrar os pratinhos".

"Se você está bem de saúde, tem uma alimentação adequada e bebe uma taça de vinho, seu corpo vai responder bem e segue o jogo", exemplifica Gisele Haiek.

Entretanto, alguns alimentos em excesso podem impactar negativamente a função cerebral, como o açúcar, os carboidratos refinados e os alimentos ricos em sal. Por isso, é importante ter atenção ao excesso de açúcar, gordura e de sódio. Outro ponto de atenção é o álcool, que também pode afetar a saúde neurológica.

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Por Profissão Repórter.

O Profissão Repórter desta terça-feira (28) embarcou em uma viagem pelas comunidades ribeirinhas do Pará. O programa mostrou que a maioria delas não acesso à saúde básica e o atendimento é realizado a bordo em equipamentos como um "barco-hospital" e uma "ambulancha". Saiba mais abaixo:

'Ambulancha'

 
 
 Em Aveiro, o Profissão Repórter mostrou a dinâmica de atendimentos de emergência na sede da unidade de saúde. Em casos mais graves, os pacientes são encaminhados para cidades maiores onde existe hospital, como Itaituba. O transporte é feito de "ambulancha", uma ambulância fluvial, e as viagens podem durar até quase três horas.

Na embarcação, detalhes como usar o banheiro de uma balsa ou se proteger do vento gelado dificultam ainda mais a viagem para quem está com dor.

Existem apenas três ambulanchas para atender as 144 comunidades ribeirinhas de Aveiro. Por essa razão, a embarcação só faz o transporte de pacientes em casos de emergência.

"Uma remoção dessa daqui chega a custar R$ 2 mil como um todo, com combustível, piloto, técnico de enfermagem, em geral", relatou o técnico de enfermagem, Nauberg Vieira.
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Gislaine Santana, uma jovem estudante e residente em Guanambi, está enfrentando um desafio de saúde significativo e precisa de ajuda financeira para continuar seu tratamento médico. Natural de Licínio de Almeida e filha de Nate, do bairro dos Gerais, Gislaine tem lidado com dores intensas e constantes na pelve, além de outros problemas de saúde que exigem atenção imediata.
Atualmente, Gislaine necessita realizar duas ressonâncias magnéticas e uma consulta com um urologista devido aos cálculos renais que estão se tornando perigosamente grandes, com risco de obstrução do trato urinário. Apesar de já ter feito uma tomografia e um raio-X, ela não tem condições financeiras para arcar com os custos dos exames e consultas restantes.
A faculdade onde Gislaine estuda tem ajudado com alguns exames realizados até agora, mas essa assistência não é suficiente para cobrir todos os custos médicos que ela enfrenta. Além disso, Gislaine já faz acompanhamento com um psiquiatra e precisa de medicamentos manipulados devido à sua intolerância à lactose, o que torna o tratamento ainda mais caro e difícil de encontrar.
Com o objetivo de arrecadar fundos para custear os exames e tratamentos necessários, Gislaine iniciou uma vaquinha solidária. A solidariedade da comunidade é crucial para ajudá-la a superar essa fase difícil e garantir que ela receba o tratamento médico de que precisa urgentemente.
"Não é fácil encontrar os medicamentos de que preciso por conta da intolerância à lactose, e os custos para exames como ressonância magnética são muito altos. As dores são intensas e constantes, afetando meu dia a dia e meus estudos e eu não suporto mais de tantas dores aguardar esses exames pelo  SUS", relata Gislaine, destacando a gravidade da situação.
Para contribuir com a vaquinha solidária de Gislaine Santana e ajudar a custear seus tratamentos médicos,

 Telefone: (77)991366875 pix Gislaine Souza Santana

Vamos nos unir para ajudar Gislaine a obter o tratamento que precisa e melhorar sua qualidade de vida.
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Por Fantástico.

Crianças e adolescentes do mundo todo estão em perigo. É o que diz o livro “A geração ansiosa”, do psicólogo social Jonathan Haidt, que estudou durante décadas o colapso da saúde mental entre os jovens, principalmente desde a criação dos smartphones.

“O que aconteceu é o que eu chamo de ‘grande reprogramação da infância’. Em 2010, os adolescentes tinham um telefone apenas para fazer ligações, se encontravam mais com outras crianças e se divertiam mais. Mas em 2015, tudo mudou. Eles trocaram o telefone celular comum por um smartphone com câmera e internet. E as crianças passaram a ter uma infância no celular com efeitos na vida social e no desenvolvimento cognitivo”.
 
Jonathan Haidt, autor de 'A geração ansiosa' — Foto: Reprodução/Fantástico

Jonathan Haidt, autor de 'A geração ansiosa' — Foto: Reprodução/Fantástico

Haidt lista erros cometidos pelos adultos.

“Em primeiro lugar, mantivemos nossos filhos superprotegidos na vida real. Ao mesmo tempo, na vida online, os jovens ficaram totalmente desprotegidos. Os pedófilos, por exemplo, migraram para as redes sociais e conseguem entrar em contato com as crianças sem que os pais desconfiem”, enumera.

“Quando seu filho é pequeno e você quer um pouco de sossego, acaba dando ao seu filho um telefone ou um tablet. Agora, vemos as consequências disso. Uma geração que está muito mais ansiosa e deprimida. Com mais casos de automutilação e suicídios”, afirma o autor.

Heidt afirma que celular demais também atrapalha o desenvolvimento cognitivo. O psicólogo tem relatos de jovens que mesmo quando percebem que estão ansiosos por causa das redes, não conseguem sair desse círculo vicioso.

 

Ele propõe quatro ações urgentes:

  • Nada de smartphones antes dos 14 anos
  • Não ter redes sociais antes dos 16 anos
  • Escolas têm que ser espaços completamente livres de celulares
  • Substituir a dependência do celular por uma infância mais independente, com mais brincadeiras e riscos
Ações urgente propostas por Jonathan Haidt, autor de 'A geração ansiosa' — Foto: Reprodução/Fantástico

Ações urgente propostas por Jonathan Haidt, autor de 'A geração ansiosa' — Foto: Reprodução/Fantástico

Para o pediatra Daniel Becker, essas mudanças são necessárias:

“A gente tem já movimentações de dados que mostram que há um aumento de transtornos psíquicos, transtornos emocionais na infância e na adolescência nos últimos anos. A reprogramação cerebral deve ser feita na vida, e não numa tela quadrada, onde ele vai estar hipnotizado, recebendo passivamente conteúdos. Então, é desproteger um pouquinho na vida real, e proteger mais e supervisionar na vida online.”
 

 

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Por g1 Centro-Oeste de Minas — Nova Serrana.

Após engravidar com DIU, fazer uma laqueadura e descobrir a 4ª gestação, o casal Brenda Nathielle Teixeira e Lucas Lopes avalia uma possível vasectomia para evitar "novas surpresas".

Segundo Brenda, de 29 anos, a laqueadura foi o segundo método contraceptivo que ela tentou e que falhou. Sua terceira gravidez também não foi planejada, já que, na época, ela usava o DIU.

A médica de Brenda, a obstetra Marina Neves, explica que, embora sejam seguros, nenhum método contraceptivo é 100% eficazCasos como este são raros, mas podem acontecer. Veja a explicação mais abaixo.

 
"A nova gestação caiu como uma bomba. Demorei muito tempo para acreditar que estava vivendo isso de novo. Precisei de muita terapia para superar tudo", disse a influenciadora.

Inicialmente, a notícia não foi bem recebida pelo marido de Brenda, Lucas Lopes, que, além do susto, ficou preocupado com a nova dinâmica de vida com quatro filhos.

"Ficou dias sem comer, sem conseguir conversar, super preocupado. Eu entendo a reação dele. A vida não é um conto de fadas. Nós, que temos três filhos, sabemos muito bem das responsabilidades de todos os dias".
STF inicia julgamento sobre validade de lei que só permite laqueadura e vasectomia a quem tem mais de 21 anos e dois filhos

Lucas Lopes descobrindo a quarta gravidez da esposa após ela ter feito laqueadura

O que diz a médica

A obstetra ressalta que a falha de um método contraceptivo não significa que houve erro do médico ou do hospital onde foi realizado o procedimento.

"O DIU tem uma taxa de falha menor que 1%. Mesmo ele estando dentro da cavidade uterina, ele não impede todas as implantações. Então, uma vez ou outra, podemos encontrar casos de gravidez com o DIU", disse Marina.
"Em relação à laqueadura, ela envolve cortar as trompas, não apenas amarrá-las. Mas o óvulo é uma célula muito pequena, pode cair na cavidade pélvica e ser levado pelo fluido peritoneal até a ponta cortada. Então, mesmo cortando, existe essa possibilidade. A taxa de falha é de 0,5% ou 1 para cada 250".
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Por Mariana Garcia, g1.

Um alimento saudável, acessível, que contém proteínas, vitaminas, minerais, antioxidantes e gordura. Estamos falando do ovo. Mesmo com tantos benefícios, ele já foi visto como um vilão. Isso porque a gema do ovo é rica em colesterol — e o colesterol pode contribuir para doenças cardíacas.

No entanto, diversos estudos já demonstraram que não há necessidade de descartar a gema para controlar o colesterol. A parte amarela, inclusive, é rica em diversos nutrientes.

"O ovo é uma boa fonte de proteína. Na gema, encontramos gordura, mas também carotenoides, que trazem benefícios principalmente para a saúde dos olhos. São componentes que trazem benefícios além da nutrição, além da questão proteica", explica a nutricionista Heloísa Theodoro, membro do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

?Veja alguns benefícios dos ovos:

  • Ricos em carotenoides (luteína e zeaxantina): antioxidantes que reduzem o risco de doenças oculares, como degeneração macular e catarata.
  • Ricos em colina: nutriente que desempenha papel essencial em todas as células.
  • Ricos em proteínas animais de qualidade: benefícios incluem aumento de massa muscular e melhor saúde óssea.
  • Pode aumentar a sensação de saciedade e ajudam a perder peso.

Quantos ovos por dia?

A quantidade de ovos vai variar de pessoa para pessoa. Fatores como genética, histórico familiar, como você prepara os ovos e a dieta podem influenciar nesse limite.

Estudos sugerem que comer de 1 a 2 ovos inteiros (clara e gema) por dia não provoca alteração do colesterol LDL (entenda mais abaixo sobre colesterol). A indicação é válida para pessoas saudáveis, com níveis normais de colesterol e sem fatores de risco significativos para doenças cardíacas.

Já para os amantes de ovos que querem uma quantidade maior, Heloísa orienta que essas pessoas consultem um profissional de saúde para obter uma orientação personalizada.

"Acima de dois ovos por dia é preciso analisar como está a alimentação como um todo, quais outros alimentos compõem a dieta, além da atividade física e histórico familiar. Existem outros fatores que vão condicionar ou não um consumo maior de ovos por dia", afirma a nutricionista.

A especialista reforça que o ovo é ótimo para a alimentação e lembra que, como todos os alimentos, é preciso evitar os excessos. "Ele pode fazer parte da sua rotina alimentar. O prejuízo está no excesso ou na forma equivocada de preparação".

 

A relação com o colesterol

O colesterol é uma substância essencial para o funcionamento do nosso corpo — produz hormônios, vitamina D e ácidos biliares, que ajudam na digestão das gorduras. Nosso organismo já faz essa produção naturalmente, mas ele pode ser obtido por alimentos também.

Como ele é um tipo de gordura e não é solúvel em água, ele precisa de "alguém" para transportá-lo no sangue. É aí que entram lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e lipoproteínas de alta densidade (HDL), chamados de colesterol ruim e bom, respectivamente.

  • LDL (colesterol ruim): responsável por transportar o colesterol das células do fígado para outras partes do corpo. Em excesso no sangue, pode se acumular nas paredes das artérias, formando placas. Isso pode levar à aterosclerose, que pode aumentar o risco de doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC).
  • HDL (colesterol bom): faz o movimento inverso, transportando o colesterol das células de volta para o fígado, para ser eliminado do corpo. Essa molécula remove o excesso de colesterol das artérias, onde ele não deveria estar depositado.

"Temos evidências inquestionáveis de que, quanto mais alto os níveis de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, principalmente o infarto agudo do miocárdio, que é a maior causa de morte no mundo", alerta o endocrinologista Rodrigo Moreira, diretor do Departamento de Diabetes Mellitus da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

 
Para controlar os níveis de colesterol, vale a receita básica: atividade física e alimentação balanceada e saudável.

Vale lembrar que de todo colesterol que o corpo tem, entre 15% a 20% vem da alimentação. O restante vem do fígado. Nesse caso, pode ser necessário o uso de medicamentos.

??E onde entra o ovo? Um ovo inteiro pode conter cerca de 200 mg de colesterol (a maior parte na gema). Isso levou à preocupação de que o consumo de ovos pudesse aumentar os níveis de colesterol no sangue, mas estudos recentes sugerem que que essa relação pode não ser tão direta.

"As principais fontes do colesterol ruim são as gorduras saturadas ou trans. O ovo tem gordura saturada. Se você comer uma quantidade muito grande por dia, você vai aumentar a quantidade de colesterol. Mas não precisa tirar o ovo da alimentação se for uma ingestão normal. O ovo é um componente saudável da dieta", explica o endocrinologista.

Heloísa ressalta que é preciso atenção aos alimentos que são consumidos junto aos ovos e ao modo de preparo. "A forma como o ovo é consumido também é importante. Foi na frigideira, mas sem gordura? Qual o acompanhamento? Bacon?", diz.

Em resumo, o alimento está liberado para o dia a dia. Adultos saudáveis podem incluir de um a dois ovos por dia, desde que consumidos em uma alimentação balanceada. Atividade física é essencial para a nossa saúde e para o controle do colesterol. E na hora de preparar seu ovo, evite óleo e fique de olho nos acompanhamentos.

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