Covid-19: Caso da variante do Reino Unido é confirmado em Cândido Sales
Variante foi identificada em exame feito no dia 4 de maio, em um paciente que havia testado positivo para Covid-19. Ele não teve o nome divulgado, mas, segundo a prefeitura, recebeu alta médica e está curado da doença.
Por TV Sudoeste e G1 BA.
A prefeitura de Cândido Sales, município no sudoeste da Bahia, confirmou na terça-feira (1º) que um caso da variante da Covid-19 do Reino Unido foi registrado na cidade.
Um exame laboratorial de sequenciamento genético realizado em 4 de maio, em uma pessoa que havia testado positivo para a doença, apontou a nova cepa. O nome do paciente não foi divulgado, mas a Secretaria da Saúde do Município informou que ele já recebeu alta médica e está curado da doença.
A variante foi identificada como “Alfa”, segundo a nova denominação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ainda de acordo com a prefeitura, todas as medidas estão sendo tomadas, como rastreamento de contatos e isolamento dos suspeitos.
"Alertamos e reforçamos a população para o uso de máscaras, etiqueta respiratória, higienização das mãos, evitar aglomerações e em caso de sintomas, procurar o Centro de Triagem da COVID-19 para realizar a testagem e realizar isolamento", disse a prefeitura em nota publicada nas redes sociais.
A cidade tem cerca de 25 mil habitantes e, de acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), 1608 pessoas testaram positivo para a Covid-19 desde o início da pandemia. Destas, 44 morreram.
Atualmente, 13 pessoas estão em recuperação no município e 5696 já receberam a primeira dose da vacina contra a doença.
Hospital das Clínicas de SP identifica caso de infecção por mucormicose em paciente com Covid
Segundo o HC, paciente tem na faixa de 30 anos. Infecção provocada por fungos já acometeu quase 9 mil pacientes com coronavírus na Índia. Casos no Brasil são raros, mas infecções causadas por outros tipos de fungos podem ocorrer nas UTIs durante período.
Por G1 SP — São Paulo.
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP disse nesta quarta-feira (2) que está investigando um caso de infecção por mucormicose em um paciente com Covid-19.
De acordo com o HC, o paciente está na faixa dos 30 anos. A família não autorizou o hospital a divulgar mais informações sobre o estado de saúde.
Causada por fungos da ordem Mucorales, a doença pode acometer os pulmões e mutilar os seios da face.
Nesta terça (1°), um caso de infecção pelo fungo foi confirmado em um paciente de Manaus.
Segundo divulgado pela Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, o diagnóstico foi feito em paciente diabético de 56 anos, que morreu em abril.
O que é a mucormicose?
Popularmente conhecido como "fungo preto", o quadro mata mais de 50% dos acometidos. Muitos precisam passar por cirurgias mutilantes, que retiram partes do corpo afetadas pelo micro-organismo, como os olhos.
A infecção provocada por fungos já acometeu quase 9 mil pacientes com Covid-19 na Índia.
Casos no Brasil são raros, mas infecções causadas por outros tipos de fungos podem ocorrer nas UTIs durante período.
Licínio de Almeida.: Prefeitura Publica Novo Decreto Que Estabelece Novas Regras de Enfrentamento da
- § 1º - Ficam excetuadas da vedação prevista no caput deste artigo as hipóteses de
- § 2º - A restrição prevista no caput deste artigo não se aplica aos servidores, funcionários
- § 3º - Os estabelecimentos comerciais que funcionem como restaurantes, lanchonetes e
Cidade de Mortugaba registra 80 casos ativos de covid-19, divulgou Secretaria de Saúde
por .: Sertão em Dia
Hospitais públicos de Salvador estão com 100% de ocupação das UTIs adulto para Covid-19; privados tê
Quatro unidades da rede pública estão com leitos de UTI totalmente ocupados, nesta segunda-feira (24).
Por TV Bahia.
Quatro unidades da rede pública de saúde, com leitos para tratamento de pacientes com Covid-19, registraram taxa de 100% de ocupação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, nesta segunda-feira (24). Além disso, três hospitais da rede particular estão com taxa acima dos 80%.
Não há vagas de UTI no Hospital Eládio Lasserre, Hospital de Campanha Itaigara, Hospital de Campanha Centro de Iniciação Esportiva 100% e na Maternidade Professor José Maria de Magalhães Neto.
Além disso, a rede pública registra 95% de ocupação dos leitos de UTI no Hospital Especializado Salvador e no Hospital Municipal de Salvador. Já no Hospital do Subúrbio, a taxa é de 92%.
Na rede particular, o que registra maior índice de ocupação dos leitos de UTI adulto é o Hospital Jorge Valente, com 82%. Em seguida estão o Hospital São Rafael e o Hospital da Bahia, ambos com 81%.
Outras quatro unidades estão com taxa de ocupação acima dos 70%. São elas: Hospital Português (79%), Hospital Santa Isabel (78%), Hospital Cardio Pulmonar (76%) e Hospital Aliança (74%).
De acordo com boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto na capital é de 80%. Já na ocupação geral, o índice é de 77%.
Cientistas do CNPEM revelam detalhes inéditos do vírus mayaro, em circulação no Brasil
É a primeira vez que uma estrutura viral completa é elucidada na América Latina, e informações podem ajudar no desenvolvimento de novos métodos de diagnósticos e medicamentos. Vírus causa uma doença com sintomas semelhantes ao da chikungunya.
Por G1 Campinas e região.
Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), elucidaram, pela primeira vez na América Latina, uma estrutura viral completa. O trabalho que revela detalhes inéditos do vírus mayaro, causador de uma doença com sintomas semelhantes ao da chikungunya e que circula no Brasil, foi publicado nesta segunda-feira (24) em um periódico científico internacional. Com as informações obtidas, os cientistas esperam desenvolver novos métodos de diagnóstico, medicamentos e imunizantes.
O trabalho desenvolvido desde 2017 por uma equipe multidisciplinar com 20 pesquisadores e colaboradores revelou detalhes da estrutura molecular do vírus com uma resolução aproximadamente 100 mil vezes menor que a espessura de um fio de cabelo.
“Neste trabalho descrevemos a partícula infecciosa do vírus Mayaro, incluindo todas as proteínas que o compõem. Foram usadas técnicas que permitiram observar detalhes da biologia do vírus que não tinham sido descritos em outros trabalhos, e que representam um avanço em nossas capacidades de combate e entendimento da doença”, explica o virologista Rafael Elias Marques.
Pesquisadores do CNPEM detalham pela 1ª vez vírus mayaro, em circulação no Brasil
Marques trabalha há anos com vírus transmitidos por mosquitos que são "negligenciados", ou seja, que não são aqueles que envolvem doenças bastante conhecidas da população brasileira, como dengue, zika ou chikungunya.
Entre os objetos de estudo estão, além do mayaro, o oropouche e o vírus da encefalite de St. Louis, todos em circulação no Brasil e América Latina, e sobre os quais os cientistas pouco conhecem.
"Nunca se previne, mas o trabalho, o entendimento da biologia desses vírus, ajuda a entender como a doença e as infecções se desenvolvem, como as proteínas do vírus se organizam e a partir daí podemos buscar entender como intervir", explica o pesquisador do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), que integra o CNPEM.
Conhecendo o inimigo...
O trabalho publicado nesta segunda na Nature Communications descreve como o mayaro se organiza e como suas proteínas interagem para atingir esta organização, dado importante para entender o ciclo de replicação e eventuais vulnerabilidades do vírus.
“Quando conhecemos em detalhes as proteínas que compõem a estrutura de um vírus conseguimos diferenciá-lo de outros vírus existentes, colaborando para o desenvolvimento de um diagnóstico mais específico da doença. Além disso, podemos identificar de forma racional moléculas que sejam capazes de se ligar ao vírus e inibir sua replicação ou entrada na célula humana, levando ao desenvolvimento de medicamentos que podem combater a infecção”, explica, em nota, Helder Ribeiro, pesquisador do CNPEM.
Visão ampliada de um corte transversal da partícula do virus Mayaro. — Foto: CNPEM/MCTI
'Aperto de mãos'
Entre os detalhes que chamaram a atenção dos cientistas estão cadeias de açúcares ligadas na proteína E2 do mayaro. Da forma que os açúcares estão configurados, voltados uns para os outros, fez com que a estrutura fosse apelidada de "handshake" (aperto de mãos).
Os pesquisadores acreditam que essa estrutura ajude o vírus a se organizar e ficar mais estável, mas esses detalhes ainda serão objeto de novos estudos.
O que se sabe sobre a doença
O mayaro é uma espécie de 'primo' da chikungunya e provoca as mesmas reações nos pacientes: febres e intensas dores musculares e articulares que podem se prolongar por muitos meses. Há registros de complicações sérias como hemorragia, problemas neurológicos e até morte. Ainda não há imunização ou tratamento específico para a doença.
O vírus foi isolado pela primeira vez na década de 1950 a partir de amostras de sangue de pacientes infectados em Trinidad e Tobago, na América Central.
Casos no Brasil já foram registrados ainda em 1955 em um surto em Belém (PA), e posteriormente em outras partes da Amazônia e do Centro-Oeste. Houve registro de casos no Rio de Janeiro, em 2019, e um estudo da USP apontou a circulação do mayaro no interior de São Paulo.
No caso do mayaro, mamíferos - incluindo os humanos - e até aves já foram descritos como hospedeiros para o vírus, ou seja, são "reservatórios" cujo material infectado é transmitido pelos mosquitos - os insetos do gênero Haemagogus são o principal vetor.
Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, reforça a ciência no enfrentamento do novo coronavírus — Foto: Nelson Kon
Uso do Sirius
Uma das principais técnicas adotadas no CNPEM para revelar a estrutura viral do mayaro foi a criomicroscopia eletrônica. Agora, os pesquisadores projetam, com o auxílio do Sirius, superlaboratório de luz síncrotron de 4ª geração, avançar nas pesquisas sobre o mecanismo de infecção, possíveis alvos de novas terapias e desenvolvimento de estratégias para diagnóstico.
Principal projeto científico do governo federal, o Sirius é um laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, que atua como uma espécie de "raio X superpotente" que analisa diversos tipos de materiais em escalas de átomos e moléculas.
Para observar as estruturas, os cientistas aceleram os elétrons quase na velocidade da luz, fazendo com que percorram o túnel de 500 metros de comprimento 600 mil vezes por segundo. Depois, os elétrons são desviados para uma das estações de pesquisa, ou linhas de luz, para realizar os experimentos.
Esse desvio é realizado com a ajuda de imãs superpotentes, e eles são responsáveis por gerar a luz síncrotron. Apesar de extremamente brilhante, ela é invisível a olho nu. Segundo os cientistas, o feixe é 30 vezes mais fino que o diâmetro de um fio de cabelo.
Por conta da pandemia da Covid-19, as equipes do CNPEM aceleraram o processo de montagem das primeiras linhas de pesquisa do Sirius. Em julho de 2020, por exemplo, foram realizados os primeiros experimentos ao obter imagens em 3D de estruturas de uma proteína imprescindível para o ciclo de vida do novo coronavírus.
Em setembro de 2020, um grupo do Instituto de Física da USP de São Carlos utilizou o acelerador na busca por uma "chave" para desativar o novo coronavírus. Foi o primeiro experimento de pesquisadores externos no Sirius, realizado na linha de luz Manacá.
Sirius: maior estrutura científica do país, instalada em Campinas (SP). — Foto: CNPEM/Sirius/Divulgação
Fiocruz retoma produção de vacinas contra a Covid nesta terça-feira
Remessa de IFA que chegou no sábado dá para fabricar 12 milhões de doses. O Butantan, que está com a produção da CoronaVac paralisada desde o dia 14, deve receber nesta terça 3 mil litros de insumo nesta terça.
Por Bom Dia Rio.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) retoma nesta terça-feira (25) a produção da vacina Oxford/AstraZeneca. A fabricação tinha sido interrompida por falta do ingrediente farmacêutico ativo (IFA).
Uma nova remessa da matéria-prima da China chegou no sábado (22), à cidade. Quantidade suficiente para a produção de 12 milhões de doses. Isso significa que a produção da vacina está garantida até a terceira semana de junho.
O Instituto Butantan, que está com a produção da CoronaVac paralisada desde 14 de maio, deve receber nesta terça-feira (25) 3 mil litros de insumo, suficientes para produzir 5 milhões de doses do imunizante.
A AstraZeneca e a CoronaVac são as duas únicas vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, produzidas no Brasil. A vacina da Pfizer é importada dos Estados Unidos.
Produção Fiocruz
Atualmente, a capacidade de produção da fundação atinge cerca de 1 milhão de doses por dia.
"O cronograma de entregas permanece semanal, sempre às sextas-feiras, conforme pactuado com o Ministério da Saúde, seguindo a logística de distribuição definida pela pasta".
Licínio de Almeida: Conselho Tutelar Adere da Campanha Contra o Abuso e Exploração Sexual de Criança
O conselho Tutelar de Licínio de Almeida aderiu de forma efetiva a campanha do Maio Laranja contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, confira algumas imagens da campanha na galeria abaixo.
O 18 de Maio é o Dia Nacional de Enfrentamento do abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído pela Lei Federal 9.970, de 2000.A data foi escolhida em alusão ao "caso Aracele", a menina que aos 8 anos foi raptada, violentada física e sexualmente antes de ser morta.
O seu corpo foi abandonado em um terreno baldio em Vitória no Espírito Santo um crime que permanece impune.
O abuso sexual é geralmente praticado por uma pessoa com quem a criança ou adolescente possui uma relação de confiança, e que participa de seu convívio. Essa violência pode se manifestar dentro do ambiente doméstico ou fora dele.
Em 2021, já foram registrados cinco casos suspeito de violência sexual no Município.
O conselho Tutelar é acionado por meio de denúncias de violação de direitos de Crianças e Adolescentes, atuando também em ações de prevenção à violência sexual. Alertando os pais e responsáveis para que fiquem atentos aos possíveis sinais de abuso e evitem expor as nossas crianças e adolescentes ao risco. Em qualquer suspeita de abuso sexual! Denuncie.
Denúncias anônimas podem serem feitas pelo DISQUE 100, que funciona 24 horas, inclusive nos fins de semana e feriados.
As denúncias também podem serem realizados de forma anônima através do seguinte número: (77) 99158-4076 ou presencialmente na sede do Conselho Tutelar.
confira algumas imagens.:
Licínio de Almeida.: Casos de Covid Volta a Aumentar e Grande Aglomeração é Formada na Praça Sônia D
Hospitais de 16 cidades baianas estão com 100% de ocupação de leitos de UTI para Covid-19
Um deles é o Hospital de Campanha de Feira de Santana, cidade a a 100 quilômetros de Salvador, que operava há quase dois meses no limite da ocupação, e atingiu a totalidade de vagas de UTI Covid-19, nesta terça-feira (18).
Por TV Bahia.
Hospitais de 16 cidades baianas estão com 100% de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19.
Confira as 16 cidades com hospitais com leitos de UTI para Covid-19 lotados:
- Alagoinhas
- Barreira
- Caetité
- Camaçari
- Eunápolis
- Feira de Santana
- Guanambi
- Ilhéus
- Itaberaba
- Itabuna
- Jequié
- Juazeiro
- Paulo Afonso
- Santo Antônio de Jesus
- Seabra
- Vitória da Conquista
Um deles é o Hospital de Campanha de Feira de Santana, cidade a a 100 quilômetros de Salvador, que operava há quase dois meses no limite da ocupação, atingiu a totalidade de vagas de UTI Covid-19, nesta terça-feira (18).
"Nossa UTI, que tem 18 leitos, vem nos últimos 80 dias quase que lotada o tempo inteiro. Provavelmente, nesses 80 dias, entre sete e 10 dias, ela esteve com lotação máxima", disse o diretor do Hospital de Campanha, Francisco Motta.
Apenas os municípios da região Centro-Norte não enfrentam o problema de ocupação total dos leitos de UTI. Na noite da última sexta-feira (14), o governo da Bahia anunciou o funcionamento apenas de serviços essenciais em 36 cidades da região oeste, a partir de sábado (15). Ficou determinada também a restrição de locomoção noturna das 20h às 5h.
No ano passado, ainda no início da pandemia, a curva de casos ativos, entre abril e maio, estava em crescimento. Em 1° de abril eram 244 casos, no dia 15 subiu para 638 e seguiu avançando. No Dia das Mães, em 10 de maio, eram 3.965. Uma semana depois, no dia 17, o número aumentou para 5.949.
Neste ano, o número permanece estabilizado, mas em um nível muito mais elevado. No dia 1° de abril eram 16.558 casos, no dia 15 caiu para 16.139. No dia 10 de maio, eram 16.094 e uma semana depois, no dia 17, o número aumentou para 16.239.
Paulo Afonso
Em Paulo Afonso, norte da Bahia, a situação também é preocupante. Quase 100% dos leitos de UTI disponíveis para tratamento de pacientes com Covid-19 estão ocupados. O município atende cidades da região e até de outros estados, como Sergipe e
Na Unidade de Pronto Atendimento Covid, de Paulo Afonso, todas as vagas de UTI, Semi-uti e triagem estão ocupadas, assim como no Hospital Municipal. No Hospital Nair Alves, dos 12 leitos de UTI, somente um está livre.
Entre fevereiro e maio, o número de pessoas infectadas pelo coronavírus teve aumento de 130% na cidade. O número de óbitos também cresceu 122%. Paulo Afonso é o município do norte baiano com maior número de casos ativos da doença.
Por causa desse cenário e também pelas dificuldades enfrentadas pelas unidades de saúde, o secretário de saúde do município, Adonei Junior, fez um desabafo que viralizou nas redes sociais, no último fim de semana. "Foi m pedido de apoio, porque nem só de leitos se faz uma unidade. Se faz com equipamentos de proteção individual, se faz com material de limpeza, e tudo isso está escasso".
Impacto na capital
A lotação nos hospitais das cidades do interior da Bahia tem reflexo nas unidades médicas de Salvador. Os pacientes são transferidos para a capital baiana, que registra taxa de ocupação de leitos em UTI em 83%.
"A capital e a região metropolitana, incluindo o nosso Hospital Metropolitano, em Lauro de Freitas, são os maiores municípios que temos leitos instalado no estado da Bahia. Eles funcionam como válvulas de escape para os hospitais dessas regiões", explicou o secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.
O secretário de saúde de Salvador, Léo Prates, revelou que o número de pessoas que esperam por leitos voltou a crescer. Nessa semana, 92 pessoas foram reguladas.
A Prefeitura de Salvador informou em nota, que vem avaliando todo o cenário da Covid-19 na cidade, lembrando que, quando o decreto atual entrou em vigor, a capital baiana registrava 73% de ocupação de leitos de UTI. Nesta terça, seis dias depois, essa taxa está em 83%.
Segundo o órgão municipal, as equipes da prefeitura seguem monitorando diariamente critérios como a taxa de ocupação, fator RT (transmissão), novos casos e casos ativos e, se necessário, o prefeito Bruno Reis pode reavaliar as decisões tomadas ao acionar parcialmente a fase amarela, a exemplo dos horários de funcionamento das atividades consideradas não essenciais e da realização das aulas semipresenciais.
Butantan entrega 1,1milhão de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde e paralisa produção da vacin
Instituto libera nesta sexta (14) último lote de vacinas produzidas a partir do insumo recebido em abril. Fábrica assume produção de vacina da gripe enquanto espera a chegada dos 10 mil litros do IFA que ainda não têm autorização do governo chinês para serem enviados ao Brasil.
Por G1 SP — São Paulo.
O Instituto Butantan entrega mais 1,1 milhão de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde nesta sexta-feira (14) e suspende completamente a produção da vacina contra a Covid-19 por falta de matéria-prima.
O Instituto aguarda a liberação pelo governo chinês de um lote com 10 mil litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), o equivalente a 18 milhões de doses, para retomar a produção.
"A boa notícia é que temos a entrega de mais de mais 1,1 milhão doses da vacina. A má notícia é que a partir de hoje o Instituto Butantan não pode processar novas vacinas", disse o governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa na sede do Instituto nesta manhã.
Doria esteve no local acompanhado do secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, e do diretor do Butantan, Dimas Covas.
Pelo menos 15 estados do país já suspenderam a aplicação da primeira ou da segunda dose do imunizante por falta de vacina.
No final de abril, o Instituto já havia suspendido o envase do imunizante na fábrica do Brasil, mas os setores de rotulagem e controle de qualidade ainda funcionavam para entregar as últimas doses para o Ministério da Saúde.
O Butantan é parceiro do laboratório chinês Sinovac, e responsável pela última etapa de produção da vacina no Brasil, que consiste no envase, na rotulagem e no controle de qualidade das doses.
Com a entrega desta sexta para o governo federal, não há mais material para processamento em nenhuma etapa de produção.
De acordo com o Butantan, até a chegada de novos lotes do IFA, os setores assumem a produção da vacina da gripe.
O Butantan aguardava a liberação de ao menos 3 mil litros de IFA até o sábado (15). No entanto, o diretor do Instituto, Dimas Covas, afirmou em coletiva de imprensa nesta quarta (12) que não há mais previsão de quando a matéria-prima deve chegar.
Não temos data neste momento para essa autorização. Estamos aguardando, isso pode acontecer a qualquer momento, mas por enquanto não há essa previsão", disse Dimas Covas.
O governo de São Paulo tem participado de reuniões com o embaixador do Brasil na China para tentar viabilizar a autorização para a exportação dos insumos da vacina.
Doria atribui os entraves na importação às constantes declarações contra a China feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A China é fornecedora de matéria-prima para a produção tanto da CoronaVac, do Instituto Butantan, como da vacina de Oxford, produzida pela Fiocruz.
Nesta sexta (14), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a chegada, no próximo dia 22, de mais uma remessa de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). Outra carga de IFA segue prevista para o dia 29.
A CoronaVac corresponde a aproximadamente 75% das vacinas contra a Covid aplicadas no Programa Nacional de Imunização (PNI).
No estado de São Paulo, ao menos 65 cidades já interoperam a aplicação da segunda dose por falta da CoronaVac, segundo levantamento da GloboNews.
Contratos com o Ministério da Saúde
O Butantan cumpriu na quarta-feira (12) a entrega de todas as 46 milhões de doses da CoronaVac previstas no primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde para o PNI.
Inicialmente, o montante total estava previsto para o final de abril, mas houve atraso por conta da falta de matéria-prima.
A remessa de 1,1 milhão de doses enviada nesta sexta (14) já é referente ao segundo contrato de 54 milhões de doses que devem ser entregues até setembro.
Na segunda (10), Dimas Covas disse que o programa nacional poderá ser afetado a partir de junho, caso o Instituto não receba um novo lote.
Veja abaixo as entregas de doses do Butantan ao ministério:
- Janeiro: 8,7 milhões
- Fevereiro: 4,583 milhões
- Março: 22,7 milhões
- 5 de abril : 1 milhão
- 7 de abril : 1 milhão
- 12 de abril : 1,5 milhão
- 14 de abril: 1 milhão
- 19 de abril: 700 mil
- 22 de abril: 180 mil
- 30 de abril: 420 mil
- 6 de maio: 1 milhão
- 10 de maio: 2 milhões
- 12 de maio: 1 milhão - totalizando as 46 milhões do primeiro contrato
- 14 de maio: 1,1 milhão
Sexta pessoa da mesma família a morrer de Covid em SC tinha cantado em missa dos irmãos.
Cinco irmãos e o pai morreram vítimas da doença em Ituporanga, no Vale do Itajaí. José Joarez Almeida morreu na terça (11).
Por Carolina Fernandes e Bianca Bertoli, G1 SC e NSC.
O homem de 48 anos que foi o sexto integrante de uma família de Itupoanga, no Vale do Itajaí, a morrer vítima de Covid-19 tinha homenageado os irmãos mortos em uma missa no dia 17 de abril. Na data em questão, a morte do irmão Antônio de Almeida, de 50 anos, completava sete dias e de Maria Rosimara de Almeida Hellmann, de 34 anos, 18 dias.
Na missa, que ocorreu na Igreja Matriz Santo Estêvão, José Joarez de Almeida lamentou a morte dos irmãos e cantou uma música em homenagem a eles. (veja vídeo acima).
"Pela situação que vivemos, não podemos abraçar ninguém. Tristeza pelo momento que vivemos, mas uma alegria grande de ter tido eles [os irmãos] como espelho de vida. Deixaram uma lição bonita de vida: viva a vida hoje o amanhã não importa", disse.
Emocionado, José afirma no vídeo que no dia seguinte, em 18 de abril, o irmão completaria 51 anos. Antes de iniciar a homenagem, José relembrou momentos com os irmãos.
"Tonho [como era conhecido Antônio] saía rindo para trabalhar [nos hospitais, como radiologista] e a Rosi foi uma mãe querida pelos nossos filhos, seus sobrinhos. Canta comigo, Tonho, porque eu sei que onde você está você fará isso", concluiu na missa.
A celebração também foi transmitida nas redes sociais da paróquia e teve 4,3 mil visualizações.
Um dia depois da missa, o pai de José, João Alci de Almeida, 70 anos, foi internado no Hospital Regional do Alto Vale, em Rio do Sul, na mesma região. Ele morreu após complicações da doença no dia 23 de abril.
Dez dias se passaram e a família perdeu Zelirde Almeida, 45 anos, e João Ercio Almeida, 43, faleceu dias depois.
José é a vítima mais recente e não possuía comorbidades, segundo o hospital. Ele morreu na terça (11), era pai e estava casado há cerca de 20 anos.
A mãe de José, Cecília de Almeida, teve seis filhos. Todos eles e o marido dela, João Alci de Almeida, 70, contraíram o vírus. Os sete precisaram de internação e apenas uma das filhas saiu do hospital com vida.
Indicadores genéticos
Para o infectologista Amaury Mielle, a situação da família surpreende a ciência. Ele explica que apenas um estudo poderia detalhar o motivo de praticamente toda a família não ter conseguido combater o vírus.
"Existem alguns indicadores genéticos falando de pessoas que têm uma proteção contra a Covid-19, um marcador genético chamado MAV1 e MAV2. Agora, o contrário, não temos. Não há evidências do porquê em uma mesma família ter incidência de infecção e no caso dessa, infelizmente, evolução para óbito", disse Mielle.
Perdas
A mais nova entre os irmãos, Maria Rosimara de Almeida Hellmann, de 34 anos, foi a primeira a falecer. Ela morreu em 2 de abril, no hospital.
Oito dias depois, em 10 de abril, o irmão Antônio de Almeida, 50, morreu. No dia seguinte, o pai deles foi hospitalizado. João Alci de Almeida morreu depois de ficar uma semana na unidade de saúde.
Dez dias se passaram e a família perdeu Zelirde Almeida, 45, e João Ercio Almeida, 43, faleceu dias depois. José Joarez de Almeida morreu na manhã de terça-feira (11).
Em entrevista à NSC TV, quando Almeida ainda estava no hospital, a mãe dele lamentou as mortes e disse que rezava pela recuperação do filho. "Parece mentira. Quando cai na real é um choque", disse
EUA : pessoas vacinadas contra Covid-19 podem ficar sem máscara em ambientes abertos e fechados.
Nova recomendação vale para pessoas 'totalmente' vacinadas, ou seja, que tomaram as duas doses ou a dose única, dependendo do tipo de imunizante. Para quem não tomou vacina, alerta sobre o grave risco da Covid-19 e necessidade de usar máscara permanecem.
Por G1
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), autoridade federal de saúde dos EUA, atualizou nesta quinta-feira (13) suas recomendações sobre a Covid-19, permitindo a partir de agora que pessoas que já tenham tomado todas as doses da vacina permaneçam sem máscara em ambientes abertos ou fechados.
Para estas pessoas já plenamente imunizadas, também deixa de ser obrigatório manter o distanciamento social. A nova diretriz só não vale quando há alguma regra específica dizendo o contrário (por exemplo, uma lei estadual diferente ou uma norma do local de trabalho).
Como informa "The New York Times", até esta quarta-feira (12), cerca de 154 milhões de pessoas haviam recebido pelo menos uma dose da vacina Covid-19, mas apenas cerca de um terço da população, ou 117,6 milhões de pessoas, tiveram a imunização plena (com duas doses ou com dose única, dependendo do tipo de vacina). No Brasil, onde não há mudança na orientação sobre máscaras, esse índice não chega a 9%.
Os EUA atualmente utilizam as vacinas Pfizer/BioNTech, Moderna e Janssen (Johnson & Johnson).
Passo marcante
O anúncio é um divisor de águas na pandemia nos EUA, já que sinaliza um começo do retorno "ao normal". As máscaras geraram polêmica no país, deixando a população parcialmente dividida a respeito de seu uso. A possibilidade de deixar de usá-las após se vacinar pode servir de incentivo para que cidadãos reticentes decidam se imunizar a partir de agora.
Os CDC dizem que foi a ciência permitiu essa mudança. A diretora Rochelle Walensky citou três pesquisas -- uma de Israel e duas dos EUA -- demonstrando eficácia das vacinas aplicadas nos americanos. E também citou outras sobre a eficácia contra variantes.
O estudo israelense, que foi publicado no "Journal of the American Medical Association", mostrou que a vacina foi 97% eficaz contra o Covid-19 sintomático e 86% eficaz contra a infecção assintomática em mais de 5 mil profissionais de saúde.
A ciência é clara, também, para pessoas não vacinadas, alertou Walensky : "Você continua sob risco de uma doença leve ou grave, de morte ou de espalhar a doença para outras pessoas. Você ainda deve botar a máscara e deve se vacinar imediatamente."
A exigência de usar máscaras durante as viagens -- em ônibus, trens, aviões e transporte público -- continua, disse Walensky. As orientações para viagens devem ser atualizadas quando a ciência proporcionar evidências sobre novas formas de agir nessas situações.
Houve relatos de um pequeno número de infecções entre pessoas vacinadas nos Estados Unidos. Walensky observou, no entanto, que "é mais provável que a infecção resultante tenha uma carga viral mais baixa, com uma duração mais curta e provavelmente menos risco de transmissão a outras pessoas".
"O ano passado nos mostrou que esse vírus pode ser imprevisível, então, se as coisas piorarem, sempre haverá a chance de precisarmos fazer uma alteração nessas recomendações", alertou a diretora.
As pessoas que desenvolverem os sintomas do Covid-19, mesmo as vacinadas, devem colocar a máscara novamente e fazer o teste.
Eric Topol, fundador do centro de estudos médicos Scripps Research Translational Institute, afirma que a decisão dos CDC foi possível porque "está bastante claro, agora, pelo menos com vacinas de mRNA, que a transmissão é rara". "Há alguns estudos recentes de PCR, infecção, todos com (índices) menores que 1%", comentou em rede social.
As vacinas da Pfizer e da Moderna, que estão sendo amplamente utilizadas nos EUA, são de mRNA, ou RNA mensageiro, que leva para o nosso organismo uma cópia de apenas uma parte do código genético do vírus. É uma espécie de uma receita para que nosso corpo produza uma proteína do vírus. A presença dessa proteína desencadeia a produção de anticorpos e de memória imunológica.
Índia bate recorde mundial de casos de Covid pelo 2º dia; cresce a pressão por lockdown nacional
Medida foi adotada em 2020 e conseguiu frear a 1ª onda. Especialistas, líderes da oposição e até juízes da Suprema Corte dizem que a medida parece ser a única opção contra o vírus.
Por G1.
A Índia registrou nesta sexta-feira (7) mais um recorde diário de casos de coronavírus, com 414.188 infectados. Foi o 2º dia seguido de recorde mundial e a 3ª vez que o país tem mais de 400 mil casos confirmados em 24 horas.
O país teve também mais 3.915 óbitos, elevando o total de mortes para 234 mil e o de infectados para quase 21,5 milhões, segundo dados do Ministério da Saúde indiano.
São 16 dias seguidos com mais de 300 mil infectados e o 10º com mais de 3 mil mortes. O país já registrou mais de 2,7 milhões de casos confirmados e 25 mil óbitos nos primeiros 7 dias de maio.
Mesmo com os recordes sucessivos, especialistas consideram que os números oficiais estão muito abaixo da realidade (veja mais abaixo).
Com a explosão da segunda onda no país, o primeiro-ministro Narendra Modi enfrenta cada vez mais pressão para impor um lockdown nacional, como foi adotado com sucesso em 2020.
Sem uma decisão centralizada do governo, estados e municípios têm adotado medidas de restrição por conta própria, mas elas não têm sido suficientes para frear a escalada de casos e mortes.
Especialistas, líderes da oposição e até juízes da Suprema Corte dizem que a medida parece ser a única opção contra o vírus, que se alastra por cidades e vilas e agora atinge até áreas rurais.
A Índia é o segundo mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes do país, e cerca de 70% da população vive no interior.
Caos sanitário e prioridades
A explosão no número de casos provocou o colapso do sistema de saúde, que não consegue atender ao volume de infectados. Muitas pessoas morrem em casa sem atendimento ou na porta dos hospitais, à espera de um leito ou oxigênio.
Diante da pilha de mortos, cidades têm improvisado crematórios a céu aberto em estacionamentos, terrenos e até em pedreiras e fazem cremações em massa e até a noite.
O número de cerimônias sob os protocolos da Covid-19 são muito maiores do que o de vítimas dos balanços oficiais do governo.
Parentes precisam pagar pelos insumos médicos dos internados e até pela lenha da cremação. Muitos recorrem ao mercado negro e sofrem com preços exorbitantes e golpes.
Enquanto hospitais estão sem leitos, oxigênio e remédios para salvar vidas e crematórios, abarrotados, Modi propôs uma reforma parlamentar de US$ 1,8 bilhão que inclui uma nova casa para o próprio primeiro-ministro.
Eficácia do lockdown
O primeiro-ministro consultou os principais líderes eleitos e autoridades nas regiões mais afetadas na quinta-feira (6), mas decidiu deixar a responsabilidade de combater o vírus aos governos estaduais.
Modi tem se recusado a adotar um lockdown nacional devido ao custo econômico da medida. O PIB do país despencou 25% no segundo trimestre de 2020, a maior queda do G20. Mas os resultados foram concretos.
No ano passado, o governo adotou a medida logo no começo da primeira onda e o país registrou, no máximo, 1.290 mortes e 97 mil casos em 24 horas. Agora, são quase 4 mil óbitos e mais de 400 mil infectados diariamente.
Rahul Gandhi, líder do partido de oposição no Congresso, reiterou em uma carta a Modi nesta sexta sua exigência de confinamento total e advertiu que "o custo humano terá consequências muito mais trágicas para nosso povo".
Randeep Guleria, especialista em saúde do governo, disse que uma quarentena total e agressiva como a do ano passado é necessária, especialmente em áreas onde mais de 10% das pessoas testaram positivo.
Comícios e festivais religiosos
Além de se recusar a adotar medidas de restrição, o governo Modi liberou comícios eleitorais e festivais religiosos que reuniram multidões (veja no vídeo abaixo). O próprio primeiro-ministro participou de comícios lotados.
O colapso sanitário do país ocorre após o governo ter comemorado precocemente o "fim da pandemia" e minimizado o impacto da segunda onda do novo coronavírus.
Em janeiro, Modi afirmou no Fórum Econômico Mundial de Davos que "a Índia foi bem-sucedida em salvar tantas vidas, nós salvamos a humanidade toda de uma grande tragédia".
Em março, o ministro da Saúde indiano, Harsh Vardhan, declarou que o país estava na "fase final" da pandemia. Vardhan também disse que o país estava mais bem preparado para enfrentar a segunda onda.
Terceira onda?
Ainda no meio da segunda onda, K. Vijay Raghavan, principal conselheiro científico do governo indiano, afirmou na quinta que uma terceira onda "é inevitável, dados os elevados níveis de contaminação atuais".
"Não está claro exatamente quando acontecerá este terceiro episódio, mas temos que nos preparar para novas ondas", afirmou Raghavan em uma entrevista coletiva.
Com a explosão de casos, novas variantes podem surgir. Há a suspeita que uma nova cepa do coronavírus, a B.1.617, tenha contribuído para a gravidade da segunda onda no país.
CPI da Covid: Mandetta diz que Bolsonaro queria que Anvisa alterasse bula da cloroquina
Ex-ministro, o primeiro depoente a falar na CPI, disse que uma sugestão de decreto presidencial incluiria na bula do remédio a indicação para o tratamento da Covid-19. Remédio não tem eficácia para a doença.
Por Marcela Mattos, Sara Resende e Beatriz Borges, G1 e TV Globo.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou nesta terça-feira (4), na Comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Covid, que o presidente Jair Bolsonaro queria que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alterasse a bula da cloroquina para que o medicamento fosse indicado no tratamento da Covid-19 (veja mais no vídeo acima).
A cloroquina, de acordo com estudos científicos, é ineficaz contra a doença. Segundo Mandetta, o pedido para alterar a bula foi negado pelo presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
O ex-ministro foi à CPI na condição de testemunha, quando há o compromisso de dizer a verdade sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho. O Brasil já tem mais de 408 mil mortes por Covid-19.
“Eu estive dentro do Palácio do Planalto quando fui informado, após uma reunião, que era para eu subir para o terceiro andar porque tinha lá uma reunião com vários ministros e médicos que iam propor esse negócio de cloroquina, que eu nunca tinha conhecido. Quer dizer, ele tinha esse assessoramento paralelo", disse Mandetta.
"Nesse dia, havia sobre a mesa, por exemplo, um papel não timbrado de um decreto presidencial para que fosse sugerido daquela reunião que se mudasse a bula da cloroquina na Anvisa, colocando na bula a indicação da cloroquina para coronavírus. E foi inclusive o próprio presidente da Anvisa, [Antonio] Barra Torres, que disse não."
Em seu depoimento, o ex-ministro disse ainda que Bolsonaro defendia o uso da cloroquina para o tratamento precoce, mesmo sem evidência científica, e que o presidente deveria ter outras fontes de informação, pois o uso do medicamento não era recomendado pelo Ministério da Saúde.
“Me lembro de o presidente sempre questionar a questão ligada à cloroquina como a válvula de tratamento precoce, embora sem evidência científica. Eu me lembro de o presidente algumas vezes falar que ele adotaria o chamado confinamento vertical, que era também algo que a gente não recomendava", afirmou.
Mandetta disse ainda que o Ministério da Saúde seguia a "cartilha da Organização Mundial de Saúde" e que, se ele tivesse adotado a teoria de que o vírus não chegaria no Brasil, teria sido uma "carnificina".
Ele também afirmou que "do Ministério da Saúde nunca houve a recomendação de coisas que não fossem da cartilha da Organização Mundial de Saúde, dessas estruturas todas".
"Era o que a gente tinha, não por sermos donos da verdade, não. Pelo contrário, nós éramos donos da dúvida, eu torcia muito para aquelas teorias de que 'ah, o vírus não vai chegar no Brasil'. Agora, se eu adotasse aquela teoria e chegasse, teria sido uma carnificina."
- Bolsonaro queria que a Anvisa mudasse a bula da cloroquina, remédio ineficaz contra a Covid;
- era "constrangedor" explicar divergências com o presidente sobre medidas de isolamento social;
- "provavelmente" Bolsonaro se aconselhava sobre a pandemia com fontes de fora do Ministério da Saúde;
- o governo não quis fazer campanha oficial contra a Covid;
- a política de testagem em massa foi abandonada depois que ele deixou a pasta;
- e a falta de unidade na ação do governo confundiu a população e teve impacto na pandemia.
Presidente duvidou de estimativa de mortos
No depoimento, Mandetta também disse que Bolsonaro teve dúvida quando apresentado, ainda no início da pandemia, a uma estimativa de 180 mil mortos até dezembro de 2020, caso o país não adotasse medidas firmes de combate ao coronavírus. Nesta terça, o Brasil já tem mais de 408 mil mortos.
"Eu levei, expliquei. 180 mil óbitos para quem tinha na época menos de mil era um número muito difícil de você fazer uma assertiva dessa. Eu acho que ali ficou dúvida, porque tinha ex-secretários de saúde, parlamentares, que falavam publicamente: 'Olha, essa doença não vai ter 2 mil mortos, essa doença vai durar de quatro a seis semanas'", afirmou o ex-ministro.
"Havia uma construção também de pessoas que falavam absolutamente o contrário. Eu acho que, naquele momento, o presidente entendeu que aquelas outras previsões poderiam ser mais apropriadas para aquele momento."
Aconselhamento de fora
Mandetta afirmou que Bolsonaro "provavelmente" tinha uma outra fonte de aconselhamento sobre a pandemia que não era o Ministério da Saúde.
“Eu acho que ele tinha uma outra, provavelmente, eu não saberia lhe dizer, mas provavelmente uma outra fonte que dava para ele. Aí, ele teria que dizer, que dava para ele, porque do Ministério da Saúde nunca houve a recomendação de coisas que não fossem da cartilha da Organização Mundial de Saúde", afirmou.
O ministro disse que viu diversas vezes o vereador Carlos Bolsonaro (Republicano-RJ) participando e fazendo anotações em reuniões ministeriais:
“Eu testemunhei várias vezes reuniões de ministros em que o filho do presidente que é vereador do Rio de Janeiro estava sentado atrás tomando as notas da reunião. Eles tinham constantemente reuniões com esses grupos dentro da Presidência.”
Falta de 'unidade' e de 'fala única'
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), fez uma série de perguntas em sequência a Mandetta. Algumas delas foram:
"Na sua avaliação, a postura e as ações do presidente da República contra o isolamento social tiveram impacto no agravamento da pandemia e no aumento do número de mortes? A tragédia brasileira poderia ter sido evitada? O Brasil tinha condições de enfrentar de forma melhor esta pandemia?".
Na resposta, Mandetta disse que faltou ao país ter uma "unidade" no combate à pandemia e uma "fala única" na condução da crise.
"Se a postura trouxe impacto? Sim. Você não pode, em tempos de epidemia... Você tem que ter a unidade, você tem que ter a fala única. O raciocínio não é individual. Esse vírus ataca a sociedade como um todo, ele ataca educação, cultura, esporte, lazer. Ele ataca tudo. Economia, emprego, microempresas. Ele ataca o sistema de saúde a ponto de derrubá-lo e aí sim o sistema de saúde não pode atender quem tem apendicite", afirmou o ex-ministro.
Para Mandetta, as falas contrárias à ciência criaram divisões dentro do país e, com isso, parte da população achou que poderia desobedecer medidas de prevenção.
"Então você tem, sim, esse impacto. Porque houve uma ruptura. A medicina ficou completamente dividida. O conselho, de uma maneira, não consegue se pronunciar, as pessoas começaram a ver: 'Sim, eu posso fazer isso, eu sou leal, eu faço dessa maneira'. A tragédia, sim. O Brasil podia mais, o SUS podia mais, a gente poderia mais. Poderíamos estar vacinando mais, desde novembro do ano passado”, disse o ex-ministro.
Falta de campanha nacional
Mandetta disse também que o governo não quis fazer uma campanha nacional de comunicação contra a Covid-19. O ministro afirmou que, por isso, dava entrevistas diárias para atualizar a população sobre o avanço da pandemia.
"Aquelas entrevistas, elas só existiam porque não havia... O normal, quando você tem uma doença infecciosa, é você ter uma campanha institucional, como foi, por exemplo, a Aids. Havia uma campanha onde se falava sobre a Aids, como pega, e orientava as pessoas a usarem preservativo. Era difícil para a sociedade brasileira fazer, mas havia uma campanha oficial. Não havia como fazer uma campanha [contra a Covid], não queriam fazer uma campanha oficial", declarou.
Testagem
O ex-ministro também foi questionado sobre a política de testagens no país. Mandetta disse que o ministério tinha um rumo claro sobre a necessidade de testagem em massa, baseado na ciência, que foi abandonado após a sua saída da pasta.
“Eu acho que nós tivemos em um determinado momento um caminho traçado pelo Ministério da Saúde para testagem, para utilização da atenção primária [...] Nós tínhamos um caminho, nós sabíamos para onde nós iríamos. Nós tínhamos claramente que nós iríamos testar, bloquear ao máximo possível os contágios, identificá-los. E nós iríamos tratar, via atenção primária, e ampliar a nossa rede de atendimento hospitalar. Isso era a maneira como nós focávamos. Nós não tomamos nenhuma medida que não tenha sido pela ciência, e a ciência é essa, é isso que recomendava. Agora, a posteriori, nós vimos pararem muitas coisas e não colocarem outras no lugar. A testagem é uma delas”, disse Mandetta.
Gestão baseada na ciência
Mandetta também disse que sua gestão na pandemia procurava se basear em três pontos principais: defesa da vida, fortalecimento da atuação do SUS e valorização da ciência.
"O que só me resta dizer que a tomada de decisão foi em cima de três pilares: a defesa intransigente da vida, que foi o princípio número um, não haveria nenhuma vida que não fosse valorizada; o SUS, como meio para atingir; e a ciência, como elemento de decisão. Esses foram os três pilares sob os quais nós construímos o eixo de prevenção, de atenção, de testagem, de hospitalização e de monitoramento da doença", afirmou o ex-ministro.
Atraso na sessão
O depoimento de Mandetta estava marcado para começar às 10h. O atraso de pouco mais de uma hora ocorreu porque, na abertura da sessão, senadores governistas da CPI reivindicaram aprovação de pedidos para chamar à comissão autoridades ligadas aos governos estaduais.
Uma das estratégias da oposição é envolver governadores nas investigações da CPI, para tirar o foco do governo federal.
O presidente da CPI, senador Omaz Aziz (PSD-AM), e o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) reforçaram aos colegas oposicionistas que o repasse de verbas para estados será alvo da CPI. Aziz e Randolfe disseram que essa questão já está esclarecida e que os oposicionistas estão tentando tumultuar os trabalhos da comissão.
"Ô tropa de choque atrapalhada. Vão para o STF [Supremo Tribunal Federal] para tentar obstruir toda vez, parece que tem uma coisa pessoal contra o relator, toda vez, tem uma paixão pelo relator, homem. Toda vez ficam querendo questionar os trabalhos do relator. Está no plano de trabalho aqui: emprego de recursos federais. Só era ler, homem. Só era se dar ao trabalho de ler o plano de trabalho. Minha questão de ordem é para gente trabalhar", afirmou Randolfe, em meio ao debate no início da sessão.
Cloroquina para os indígenas
A CPI recupera denúncias que vêm desde o ano passado de que a gestão Bolsonaro prescreveu e distribuiu o 'kit-Covid', com medicamentos sem eficácia no tratamento da Covid, para aldeias indígenas na Amazônia.
Por Renata Lo Prete.
As denúncias vêm desde o ano passado, mas agora ganharam visibilidade, e o motivo tem três letras: CPI. A Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Senado vai investigar, apenas nessa seara, 15 potenciais erros da gestão Bolsonaro, entre eles distribuição e prescrição de medicamentos sem eficácia no tratamento da Covid-19. “Um pessoal de Brasília foi à terra yanomami e levou 3 mil quilos de cloroquina”, recorda Junior Hekuari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indigenista Yanomami e Ye’kuana, sobre a comitiva oficial que visitou a etnia no meio de 2020. Em entrevista a Renata Lo Prete, ele lembra que, embora o governo tenha mais tarde alegado que o objetivo era tratar malária, a recomendação real era para dar o remédio a qualquer um que apresentasse suspeita de infecção pelo novo coronavírus. “Foi totalmente marketing”, diz Junior. Participa também Daniel Biasetto, repórter do jornal O Globo que localizou documentos públicos em Vilhena (RO), distrito responsável por 144 aldeias da Amazônia Legal, orientando explicitamente o tratamento com o chamado “kit covid”. Daniel exemplifica com o caso de Aruká Juma, que era o último homem de sua etnia e foi vítima da doença. “Tudo indica que Aruká morreu por negligência no tratamento”, diz.
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Glauco Araújo, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Giovanni Reginato. Nesta semana colaborou também Ricardo Gallo. Apresentação: Renata Lo Prete.
Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça.
Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia...
Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça - e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado.
Rio começa a aplicar a vacina da Pfizer; 'Dá muita tranquilidade', diz primeiro imunizado
A cidade do Rio começa a aplicar nesta terça-feira (4) as primeiras doses da vacina da Pfizer. São 46.800 doses, que, por orientação do Ministério da Saúde, foram repassadas à capital na noite de segunda-feira (3).
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina será destinada à primeira aplicação de pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente.
A aplicação da primeira dose da Pfizer no Rio aconteceu pouco depois das 7h, de forma simbólica, na Clínica da Família Estácio de Sá, no Rio Comprido, na Zona Norte.
O comerciante Alexandre Souza Almeida, de 63 anos, era o primeiro da fila e foi vacinado pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
“Sou mais um vacinado e vou sair daqui satisfeito em saber que estou imunizado de alguma forma e não corro mais o risco que corria, de estar circulando entre as pessoas, de ter que voltar ao trabalho, enfim, de tentar voltar a uma vida normal", disse Alexandre, que sofre de problemas circulatórios e de pressão.
Segundo o comerciante, a imunização traz tranquilidade.
"Isso dá muita tranquilidade, não resta dúvida que fiquei muito satisfeito e de ter a honra de ser vacinado pelo nosso secretário".
Apenas doze doses estavam disponíveis na clínica do Rio Comprido nessa manhã, diferente do que a prefeitura havia informado que aconteceria. Segundo o secretário, as vacinas estarão disponíveis à tarde, na quarta (5) e na quinta-feira (6).
Soranz explicou ainda que a vacina da Pfizer é um pouco diferente dos demais imunizantes.
“Com as outras vacinas se aplica 0,5 ml na seringa. E agora, com a vacina da Pfizer, é 0,3 na seringa. (...) Agora, todas as vacinas são boas, todas as vacinas protegem contra casos graves e óbitos por Covid. E a nossa recomendação é que ninguém fique escolhendo vacina nas unidades. Tome a vacina que tiver”.
Segundo o secretário, uma parte das vacinas da Pfizer está armazenada com o Ministério da Saúde para ser aplicada como segunda dose na data correta.
Sobre a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro sobre ordem de vacinação de grupos prioritários, Soranz afirmou que não há mudanças no Rio.
"A gente já vinha cumprindo o calendário, dando prioridade para as comorbidades e para as pessoas com deficiência. Então, essa decisão não tem impacto para o Rio".
O Brasil recebeu um total de 1 milhão de dosesda Pfizer na quinta-feira (29) - 500 mil já começaram a ser distribuídas às 27 unidades federativas.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que a vacinação na cidade não precisará ser feita em postos específicos, já que as vacinas podem ser armazenadas em câmaras frias em 2 a 8°C por até cinco dias.
Segundo recomendação do MS, no prazo entre cinco e 14 dias, a temperatura de armazenamento precisa ser entre -25 e -15°C. Durante toda a validade do imunizante - seis meses - é necessário um freezer de ultra baixa temperatura, que mantenha a vacina entre -80 e -60°C.
De acordo com a SES, a primeira remessa será destinada para a primeira dose. Já as doses para a segunda aplicação serão enviadas na próxima remessa.
De acordo com recomendação do Ministério da Saúde, a segunda dose da vacina Pfizer deve ser aplicada em um intervalo de 12 semanas após a primeira dose.
Vacinação no Rio
A cidade do Rio iniciou no dia 26 de abril uma nova fase na campanha de vacinação contra a Covid. Passaram a receber a imunização outros grupos considerados prioritários:
- pessoas com deficiência;
- pessoas com comorbidades;
- profissionais de saúde;
- profissionais da educação do setor público e privado;
- profissionais de segurança e salvamento;
- profissionais da limpeza urbana;
- rodoviários e profissionais do transporte escolar;
- idosos em geral que faltaram à vacinação.
Esse público deve respeitar a divisão por idade e por gênero e pode ir a qualquer posto de vacinação. Grávidas com comorbidades são exceção e estão liberadas para se imunizar a qualquer dia, mediante apresentação de laudo com a indicação médica. (Veja o calendário na íntegra ao fim da matéria)
Profissionais de saúde
A prefeitura ampliou a vacinação para essa categoria, incluindo os não idosos. Os grupos de profissionais de saúde estão com faixas etárias diferentes, de 44 anos para baixo, uma idade a cada dia, para ambos os sexos.
Já podem se imunizar:
- assistentes sociais
- biólogos
- biomédicos
- enfermeiros
- farmacêuticos
- fisioterapeutas
- fonoaudiólogos
- médicos
- médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares
- nutricionistas
- odontólogos
- profissionais de educação física
- psicólogos
- terapeutas ocupacionais
Calendário unificado
- Dia 4/5 (terça-feira): Mulheres com 55 anos (8h às 13); Homens com 55 anos (13h às 17h)
- Dia 5/5 (quarta-feira): Mulheres com 54 anos (8h às 13); Homens com 54 anos (13h às 17h)
- Dia 6/5 (quinta-feira): Mulheres com 53 anos (8h às 13); Homens com 53 anos (13h às 17h)
- Dia 7/5 (sexta-feira): Mulheres com 53 anos (8h às 13); Homens com 53 anos (13h às 17h)
- Dia 8/5 (sábado): Pessoas com 52 anos ou mais
Onde se vacinar
A vacinação durante a semana é feita nos postos de saúde e clínicas da família. Há ainda outros postos extras. Confira abaixo a lista:
- Casa Firjan (Botafogo);
- Hotel Fairmont (Copacabana);
- Igreja Nossa Senhora do Rosário (Leme);
- Imperator (Méier);
- Jockey Club (Gávea);
- Museu da Justiça (Praça 15);
- Palácio Duque de Caxias (Central do Brasil)
- Museu da República (Catete);
- Planetário da Gávea;
- Quadra do Cacique de Ramos;
- Quadra da Portela;
- Tijuca Tênis Clube;
- Cidade das Artes (Barra da Tijuca);
- Centro Cultural da Marinha, próximo à Igreja da Candelária;
- Quartel dos Bombeiros (Humaitá - 1º GBM) - Rua Humaitá 126 – Humaitá;
- Quartel dos Bombeiros (Copacabana - 17º GBM) - Rua Xavier da Silveira 120 – Copacabana;
- Grupamento dos Bombeiros de Busca e Salvamento (GBS-Barra) - Av. Ayrton Senna 2001 - Barra da Tijuca.
Para saber qual é a unidade de referência da sua residência, acesse o serviço "Onde ser atendido", da Secretaria Municipal de Saúde.
Postos com atendimento a pessoas com deficiência:
- CMRPD de Irajá: Avenida Monsenhor Felix, 512, Irajá
- CMRPD do Mato Alto: Rua Candido Benício, 2.973, Praça Seca, Jacarepaguá
- CMRPD de Santa Cruz: Avenida Felipe Cardoso, s/nº, Santa Cruz
- CIAD ( (Centro Integrado de Atenção à pessoa com Deficiência): Avenida Presidente Vargas, 1.997, Centro
- Universidade Castelo Branco: Avenida de Santa Cruz, 1.631, Realengo
Depósito do valor do 'Bolsa Presença' para famílias de alunos da rede estadual é feito nesta terça-f
Será realizado nesta terça-feira (27) o depósito do valor referente ao "Bolsa Presença", benefício que concede R$ 150 mensais a famílias de alunos da rede estadual de ensino da Bahia que se enquadram em situação de pobreza ou extrema pobreza. O valor será pago ao longo de seis meses, e as famílias precisam ter cadastro no CadÚnico.
Segundo o governo do estado, o benefício do Bolsa Presença é por família, mas o aluno pode acumular com os demais benefícios que recebe: Parcela de R$ 55 do vale-alimentação estudantil e os R$ 100 se for monitor do programa "Mais Estudo".
Cada beneficiário possui um cartão específico para utilização. O valor poderá ser utilizado para a aquisição de gêneros alimentícios, artigos de limpeza e compras em farmácias ou para outra destinação de interesse da família, como material escolar, por exemplo.
Ainda de acordo com o governo, além da família estar cadastrada no CadÚnico, as condições para que o aluno matriculado receba o auxílio Bolsa Presença são: assiduidade nas aulas ministradas pela unidade escolar em que esteja matriculado, com frequência mínima de 75%; participação do estudante e da sua família nas atividades e avaliações escolares; desenvolvimento do projeto de vida e intervenção social; e manutenção atualizada dos dados cadastrais na unidade escolar e no CadÚnico.
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) disponibilizou um site onde as famílias podem consultar se têm direito ao "Bolsa Presença". Quem não tem acesso à internet poderá ligar para a escola e solicitar a consulta no sistema.
Prefeitura de SP suspende enterros noturnos a partir desta quinta-feira após queda de sepultamentos
Em abril, ocorreram 7.422 sepultamentos na cidade contra 9.799 em março. Medida ocorria nos cemitérios da Vila Formosa, Vila Alpina, São Luiz e no Vila Nova Cachoeirinha.
Por G1 SP — São Paulo.
A Prefeitura de São Paulo decidiu suspender o enterros noturnos na cidade a partir de quinta-feira (29). A decisão ocorre após a queda dos sepultamentos, segundo o Serviço Funerário Municipal.
O horário do sepultamento noturno ocorria desde o fim de março devido a pandemia de coronavírus nos cemitérios da Vila Formosa e Vila Alpina, ambos na Zona Leste; o São Luiz, na Zona Sul; e o Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte. Com isso, os enterros na cidade ocorriam entre 7h e 22h.Os sepultamentos noturnos fazem parte do Plano de Contingência do Serviço Funerário. Caso o número de enterros aumente novamente, a medida pode ser retomada.
Em abril deste ano, já foram realizados 7.422 sepultamentos na cidade. Em março, foram 9.799 enterros. Em fevereiro, 5.964. E em janeiro foram 6.678 sepultamentos.
O número de sepultamentos também inclui enterros realizados em cemitérios particulares e cremações. O número de enterros é menor do que o de mortes, pois os sepultamentos podem ocorrer em outros municípios.
Tsunami de Covid na Índia
País registra cinco dias seguidos de recorde no número de novos casos de Covid: são mais de 350 mil infectados diariamente e o sistema de saúde já está colapsado. Crise indiana pode comprometer o fornecimento de vacinas para todo o mundo.
Por Renata Lo Prete.
Um número diário de novos casos sem precedente em qualquer outro país, já tendo superado 350 mil. Variantes do vírus alimentando o contágio. Colapso dos hospitais, pacientes morrendo por falta de oxigênio, disparada de sepultamentos e cremações. E desconfiança generalizada de que a contagem de óbitos - na casa dos 200 mil - esteja seriamente subestimada. “Não dava para imaginar que ficaria tão grave. No dia a dia, a mensagem era de que o pior já havia passado”, conta o repórter da Globo Álvaro Pereira Jr., que esteve nas cidades de Nova Délhi e Pune no início de março, como parte das gravações para o documentário “A corrida das vacinas”. De fato, a situação saiu de controle em poucas semanas, disparando alerta global, porque o país é grande produtor do que o mundo inteiro quer. “Se o Brasil ainda esperava receber vacinas prontas da Índia, pode tirar o cavalo da chuva”, alerta o jornalista. Isso porque a prioridade do país, agora, será acelerar a imunização de sua população -inferior em tamanho apenas à da China. Também neste episódio, Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV, explica por que o país asiático está recebendo ajuda internacional em escala a que o Brasil nem de longe tem acesso: “Ela é aliada dos EUA para conter a China e peça-chave na distribuição global de vacinas”.
Auxílio Emergencial 2021: prazo para contestar benefício negado em 10 de abril termina nesta quinta
Os trabalhadores que tiveram o resultado negativo do Auxílio Emergencial 2021 divulgado no último dia 10 de abril têm até esta quinta-feira (22) para recorrer da decisão. A contestação deve ser feita pelo https://consultaauxilio.cidadania.gov.br/ (veja mais abaixo como fazer).
No início do mês, o Ministério da Cidadania liberou as consultas à nova rodada do Auxílio. Quem já teve o benefício negado naquela data teve até a0 dia 12 de abril para recorrer da decisão. Para uma parcela dos trabalhadores, no entanto, a consulta retornava o status como 'em processamento'.
Parte desse público teve a análise concluída em 10 de abril, com a aprovação de mais 236 mil beneficiário. É para quem teve resposta negativa nessa etapa que vale o período de contestação que termina nesta quinta. O Ministério aponta que ainda há cadastros sendo analisados – o que deve dar origem a novos aprovados e a novos períodos de contestação para eventuais pedidos negados.
Quem receber uma ou mais parcelas da nova rodada do benefício, mas tiver os pagamentos cancelados durante as reavaliações mensais ainda poderá recorrer da decisão.
Nem todas as negativas podem ser contestadas: algumas decisões são finais. Veja mais abaixo a lista dos motivos que podem ou não ser contestados e o que fazer em cada caso.
Verifique o status do benefício
Para fazer a contestação, o trabalhador precisa primeiro verificar se teve o benefício negado.
Isso pode ser feito pelo site https://consultaauxilio.cidadania.gov.br/. O beneficiário deverá informar o CPF, nome completo, nome da mãe e data de nascimento.
A consulta também pode ser feita pelos canais da Caixa: pelo auxilio.caixa.gov.br ou pelo telefone 111.
Como contestar
A contestação pode ser feita apenas pelo https://consultaauxilio.cidadania.gov.br, usando o mesmo caminho para verificar o status do benefício.
Para quem teve o benefício negado – e se encaixa em uma das situações que permitem a contestação (veja como consultar a lista abaixo) – , a página vai trazer um ícone "Solicitar contestação", informando o motivo da negativa.
Após clicar neste botão, será apresentada pergunta se o beneficiário deseja mesmo apresentar a contestação e, quando confirmar, a contestação será enviada para avaliação da Dataprev.
Só são elegíveis à nova rodada de pagamentos os trabalhadores que tinham o direito reconhecido ao Auxílio em dezembro do ano passado. A Dataprev analisou, entre esses beneficiários, quem se encaixa nas regras deste ano. Assim, quem não tinha direito em dezembro não teve o cadastro analisado, e não terá como recorrer.
O Ministério da Cidadania informa que oferece atendimento telefônico pelo número 121 e pela Ouvidoria por meio de formulário eletrônico. Outra opção é enviar uma carta para o endereço: SMAS - Setor de Múltiplas Atividades Sul Trecho 03, lote 01, Edifício The Union, térreo, sala 32, CEP: 70610-051 - Brasília/DF.
O que pode ser contestado
O Ministério da Cidadania listou os motivos que podem ser contestados e o que deve ser feito. Veja aqui quais são os motivos e o que fazer em cada caso.
Contestação durante os pagamentos
O beneficiário também poderá contestar caso receba uma ou mais parcelas e tenha o pagamento cancelado durante as reavaliações mensais.
Nova rodada
A nova rodada do Auxílio Emergencial começou a ser paga em 6 abril, como medida de resgate aos mais vulneráveis em momento de agravamento da pandemia do coronavírus.
Os pagamentos da primeira parcela do benefício, para todos os públicos, vão até 30 de abril.
Para esta semana está prevista ainda o pagamento da primeira parcela para nascidos em abril, maio, e para beneficiários do Bolsa Família com NIS final 1.
A Caixa informou que realizará nesta semana também pagamentos para uma nova leva de aprovados nascidos entre janeiro e maio.
"A Caixa realizará o pagamento do Auxílio Emergencial a 236 mil novos beneficiários aprovados. Desse total, os nascidos entre janeiro e maio receberão a primeira parcela na próxima quinta-feira (15). Os que nasceram depois de maio entram no calendário normal de repasses", explicou, em nota divulgada no sábado (10).
O retorno do benefício será em quatro parcelas, com valores específicos conforme o perfil de quem recebe. O valor médio dessa rodada é de R$ 250, mas pode variar de R$ 150 a R$ 375 a depender da composição de cada família.
Butantan recebe 3 mil litros de IFA para produzir mais 5 milhões de doses da Coronavac
Carga vinda da China chegou ao Aeroporto de Guarulhos no início da manhã desta segunda (19). Com atraso no recebimento da matéria-prima da China, Butantan vai completar a entrega das 46 milhões de doses, que estava prevista para o fim de abril, até 10 de maio.
Por G1 SP.
O Instituto Butantan recebeu, na manhã desta segunda-feira (19), mais 3 mil litros do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima para produção da CoronaVac. A matéria-prima vai ser suficiente para produzir mais 5 milhões de vacinas contra a Covid-19. A Coronavac é a vacina contra a Covid-19 produzida pelo Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
O carregamento, vindo de Pequim, na China, chegou ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, às 6h13. O voo da companhia aérea Turkish Airlines passou por escalas na Turquia e Islândia.
O novo lote do IFA deveria ter chegado no dia 8 de abril. Com o atraso, o Butantan vai completar a entrega das 46 milhões de doses de Coronavac ao Ministério da Saúde até 10 de maio. A promessa inicial era que essas doses seriam entregues ao governo federal até o fim de abril. O atraso ocorre porque o processo de envase e rotulagem, etapa final de produção da vacina, vai demorar 2 semanas.
Inicialmente, o Butantan receberia 6 mil litros do IFA em um único lote, mas o envio da matéria-prima foi dividido. Os outros 3 mil litros do insumo para a Coronavac devem chegar antes do fim de abril, mas ainda não tem data definida.
O Instituto Butantan suspendeu o envase de doses da vacina CoronaVac após atraso na chegada de matéria-prima. No cronograma inicial, o Instituto deveria ter recebido a matéria-prima entre os dias 6 e 8 de abril. Para conseguir completar a entrega de 46 milhões de doses, prevista no primeiro contrato com o governo federal, o Instituto Butantan dependia da chegada do insumo da vacina, que é importado da China.
Em março, o Butantan recebeu uma remessa de 8,2 mil litros de IFA, correspondente a cerca de 14 milhões de doses. Outros 11 mil litros de insumos chegaram ao país em fevereiro.
Na semana passada, o Butantan entregou mais 1 milhão de doses da Coronavac ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) e atingiu os 40,7 milhões de doses desde o início das entregas, em 17 de janeiro.
Após finalizar a entrega dos 46 milhões de doses ao Ministério da Saúde referente ao primeiro contrato assinado, o Butantan vai entregar mais 54 milhões de doses ao governo federal até o mês de setembro.
Doses da Coronavac entregues ao Ministério da Saúde em 2021
- 17 de janeiro: 6 milhões de doses
- 22 de janeiro: 900 mil doses
- 29 de janeiro: 1,8 milhão de doses
- 5 de fevereiro: 1,1 milhão de doses
- 23 de fevereiro: 1,2 milhão de doses
- 24 de fevereiro: 900 mil doses
- 25 de fevereiro: 453 mil doses
- 26 de fevereiro: 600 mil doses
- 28 de fevereiro: 600 mil doses
- 3 de março: 900 mil doses
- 8 de março: 1,7 milhão
- 10 de março: 1,2 milhão
- 15 de março: 3,3 milhões
- 17 de março: 2 milhões
- 19 de março: 2 milhões
- 22 de março: 1 milhão
- 24 de março: 2,2 milhões
- 29 de março: 5 milhões
- 31 de março: 3,4 milhões
- 5 de abril: 1 milhão
- 7 de abril: 1 milhão
- 12 de abril: 1,5 milhão
- 14 de abril: 1 milhão.
Eficácia
Um estudo clínico final sobre a Coronavac mostra que a eficácia da vacina é maior do que nos resultados iniciais divulgados entre dezembro e janeiro. O estudo foi feito pelo Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Segundo artigo científico encaminhado para revisão e publicação na revista científica Lancet, uma das mais respeitadas do mundo, a eficácia para casos sintomáticos de Covid-19 atingiu 50,7%, ante os 50,38% informados inicialmente. Ou seja, a vacina reduz pela metade os novos registros de contaminação em uma população vacinada.
Covid: Variante acelera intubação de jovens e SP orienta procurar ajuda no 1º dia de sintomas
Segundo secretário municipal de saúde de SP, jovens estão chegando aos hospitais e sendo intubados em menos de 24 horas. Agravamento rápido da doença pode estar ligado à variante de Manaus, chamada de P.1.
Por BBC — São Paulo.
O avanço da variante P.1, descoberta em Manaus em janeiro, levou a cidade de São Paulo a mudar sua orientação para todos aqueles que forem infectados por coronavírus. Agora, eles devem procurar uma unidade de saúde assim que surgirem os sintomas, e não mais quando eles se agravarem.
Segundo a prefeitura, a mudança tem três motivos, todos associados à nova variante: agravamento rápido do quadro de saúde, mais jovens atingidos e tempo de internação maior.
- PERGUNTAS E RESPOSTAS: O que torna a variante brasileira do coronavírus tão perigosa?
- Estudo mostra eficácia maior da CoronaVac, inclusive contra variantes do coronavírus
"Não só o processo de internação é mais longo, a viremia (presença do vírus no sangue), mas o agravamento é muito repentino na P.1. Há relatos do atendimento na ponta de jovens que são internados e em 24 horas já precisam ser intubadas. Literalmente isso", afirmou o secretário municipal de saúde de São Paulo, Edson Aparecido, em entrevista à BBC News Brasil.
Levantamentos apontam que a variante, mais contagiosa, já está presente em mais de 80% dos pacientes da Grande São Paulo no início de março. A P.1 tem avançado rapidamente em outras partes do país. No Rio de Janeiro, estima-se que a incidência dela passou de 67% em fevereiro para quase 100% em abril.
- 'Não existe mais grupo de risco': entenda por que cientistas defendem alerta amplo, sobretudo para os mais jovens
Essa variante do coronavírus é mais contagiosa, entre outros motivos, por causa de mutações que facilitaram a invasão de células humanas. Essa característica pode estar ligada a outras duas hipóteses que estão próximas de serem confirmadas por cientistas: agravamento mais rápido do quadro de saúde e maior letalidade.
Até agora há diversos relatos de profissionais de saúde da linha de frente que reforçam essas possibilidades, mas os estudos conclusivos só devem ficar prontos nas próximas semanas. Um levantamento da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), baseado em quase metade dos 55 mil leitos de UTI do país, apontou na onda atual um aumento de 40% no número de pacientes que precisaram ser intubados e receber ventilação mecânica.
"A preocupação de São Paulo se justifica diante de tudo que temos visto em diversas partes do país. A evolução mais rápida, um alastramento muito maior e mudança no perfil de casos, atingindo também pessoas mais jovens. A evolução mais rápida do quadro de saúde é um fato registrado em diferentes localidades", disse o virologista Fernando Spilki, professor da universidade Feevale e da rede Corona-ômica BR MCTIC/Finep, projeto de sequenciamento do Sars-CoV-2.
Mas se o sistema de saúde está em colapso pelo país, com milhares de pessoas nas filas à espera de UTI e falta de insumos e profissionais de saúde, por que São Paulo passou a recomendar que ainda mais pessoas busquem atendimento médico logo no início dos sintomas?
E o que dizer das cidades menores? Elas teriam capacidade de absorver essa demanda ainda maior por atendimento? Dificilmente, afirmam especialistas ouvidos pela reportagem.
Jovens e o atendimento tardio
Uma das principais características associadas à nova variante é a maior incidência entre os mais jovens. A maioria dos casos registrados em 2021 em São Paulo, por exemplo, se concentra entre pessoas de 20 a 54 anos.
Dados do governo paulista apontam que na primeira onda da pandemia mais de 80% dos leitos UTIs eram ocupados por idosos e portadores de doenças crônicas, e agora 60% das vagas são ocupadas por pessoas de 30 a 50 anos, a maioria sem doença prévia. Dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) apontam alta de 17% nos pacientes de até 40 anos em UTIs.
A principal hipótese para isso é epidemiológica, e não uma predileção do vírus por mucosas mais jovens. Há uma exposição grande de homens dessa faixa etária, por exemplo, que não podem deixar de sair para trabalhar ou de circular em transportes públicos lotados. Há também aqueles, minoritários, que não deixaram de frequentar festas.
Mas o que o aumento de casos entre os mais jovens tem a ver com o agravamento da doença mais rápido?
Bem, a linhagem do coronavírus identificada em Manaus apresenta mutações nos genes que codificam a espícula, a proteína que permite a entrada do vírus nas células humanas e, portanto, pode facilitar a infecção pelo Sars-CoV-2.
Jovem de SC gabarita matemática no Enem, tira 980 na redação e é aprovada em medicina na UFSC:
Desejo por ser médica surgiu durante a pandemia para 'poder ajudar'. Moradora de Criciúma teve aulas à distância, estudava 8h diárias e ficou em 5º lugar.
Por Carolina Fernandes e Fernanda Mueller, G1 SC e NSC.
Uma jovem de 17 anos de Criciúma, no Sul catarinense, que gabaritou a prova de matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi aprovada no curso de medicina na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Carolina Casagrande ficou em 5º lugar. Além de acertar todas as questões em uma das matérias mais temidas pelos estudantes, ela alcançou 980 pontos em redação.
"Nem estou acreditando, me esforcei tanto para isso e agora que consegui, parece que estou sonhando acordada", disse Carolina.
Foi com a nota, desta que foi a sua terceira prova do Enem, que a jovem conseguiu obter a aprovação no curso sonhado. O processo seletivo da instituição em 2021 disponibilizou 2.516 vagas, em que os estudantes tiveram que optar por serem selecionados via nota do Enem ou de provas de vestibulares da UFSC de anos anteriores.
"Eu já tinha uma noção que eu ia acertar, pelo menos, 40 questões de matemática. Mas quando eu vi que realmente tinha sido as 45, conferi aquele gabarito umas três, quatro vezes, porque não conseguia acreditar. Sempre tive facilidade [com a disciplina], desde pequena, quando não via um 10 sabia que podia ter feito melhor ", afirma a estudante.
O ano que passou, segundo ela, foi desafiador por ter que conviver com uma nova rotina de estudos diferente e ter que se adaptar às aulas a distância. Os erros e acertos das provas anteriores também colaboraram para atingir o resultado adquirido. Foram pelo menos oito horas de estudo por dia.
"Eu sempre me preocupei muito com os meus estudos. Lembro de ter sete anos e não querer tirar um 8 em matemática. Eu sabia que o estudo era a ponte para conquistar o meu sonho, então tive que superar as adversidades, mesmo com a pandemia que deixou tudo mais difícil", explica.
Carolina conta que a escolha por cursar medicina surgiu no último ano do Ensino Médio, quando, com a pandemia, aumentou o desejo de "poder ajudar na prática” as pessoas.
"A pandemia me assusta um pouco, mas saber que vou poder contribuir positivamente motivou ainda mais minha escolha. Não tenho muita noção da área, mas tenho certeza que a área de pesquisa me encanta", conclui.
Lista de aprovados
No sábado (17), A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) da UFSC publicou as listas de aprovados no primeiro processo seletivo 2021 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A etapa online da matrícula para todos os candidatos classificados dentro do número de vagas começa na terça-feira (20) e vai até o dia 23 de abril.
As vagas remanescentes de matrículas não confirmadas serão oferecidas em segunda chamada. A Coperve publicou também uma relação com as notas máximas e mínimas dos classificados em cada curso, separadas por categoria, para orientar os candidatos interessados em figurar em lista de espera
Leite materno produzido por mães vacinadas tem anticorpos contra a Covid-19, diz estudo
Pesquisa acompanhou 84 mulheres que tomaram o imunizante da Pfizer/Biontech. Pesquisadores avaliam que o resultado sugere que os anticorpos presentes no alimento podem ajudar a proteger bebês contra a Covid.
Por Bruna de Alencar.
Dois anticorpos específicos contra o novo coronavírus (IgA e o IgG) foram identificados no leite materno produzido por mulheres que receberam a vacina, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (12) na revista científica americana "The Journal of the American Medical Association (JAMA)".
Os pesquisadores avaliam que o leite materno pode ser uma fonte de anticorpos contra a Covid-19 para os recém-nascidos, embora essa conclusão dependa de novos estudos específicos.
“Os anticorpos encontrados no leite materno dessas mulheres mostraram fortes efeitos neutralizantes, sugerindo um potencial efeito protetor contra infecção em bebês”, afirmam os cientistas no artigo sobre a pesquisa.
Para chegar aos resultados que confirmaram a presença dos anticorpos no leite, os pesquisadores acompanharam um grupo de 84 mulheres em Israel entre 23 de dezembro de 2020 e 15 de janeiro deste ano.
Todas as participantes receberam as duas doses do imunizantes fabricado pela Pfizer-Biontech respeitando o intervalo de 21 dias entre as doses.
As amostras de leite materno foram colhidas antes e depois da administração da vacina. Após a aplicação do imunizante, os pesquisadores coletaram o leite materno semanalmente durante um período de seis semanas a partir do 14º dia após a primeira dose da vacina. Ao todo, foram colhidas 504 amostras de leite materno.
Dentre as amostras colhidas na primeira semana, 61,8% apresentaram anticorpos IgA contra a Covid. Após a segunda dose da vacina, esse percentual sobe para 86,1%.
Já no caso do anticorpo IgG, os níveis das células de defesa contra a doença permaneceram baixos durante as três primeiras semanas e foram aumentando a partir da quarta semana, após a segunda dose do imunizante. Entre as semanas 5 e 6, 97% das amostras de leite materno testadas apresentaram o anticorpo.
Esse aumento acontece porque a segunda dose da vacina é responsável por estimular o corpo a produzir um número maior de anticorpos, enquanto que a primeira dose ensina o corpo a reagir à doença.
A pesquisa investigou dois anticorpos: O IgA e o IgM. Os anticorpos são proteínas do sistema imune e são uma das frentes de defesa do corpo contra doenças. Existem diferenças entre os anticorpos: o IgA, no geral, protege contra infecções de membranas mucosas presentes na boca, vias aéreas e aparelho digestivo. Já o IgG é o principal anticorpo presente no sangue e age dentro dos tecidos para combater infecções.
Eficácia nos bebês
Os pesquisadores, liderados por Sivan Haia Perl, do Shami Medical Center, apontam que o estudo tem limitações e não permite concluir que bebês estão protegidos contra a Covid por terem recebido anticorpos no leite materno. Eles aponta que não realizaram "nenhum ensaio funcional" para testar a possibilidade, embora estudos anteriores já tenham mostrado capacidade de neutralização dos mesmos anticorpos.
Austrália registra 1ª morte por Covid-19 em 2021
'Não vai ter lockdown', diz Bolsonaro após Brasil registrar 4,2 mil mortes em um dia
Governadora em exercício do Estado, Daniela Reinehr (sem partido), recebeu a comitiva presidencial no aeroporto Serafim Enoss Bertaso e vai acompanhar toda a visita.
Por G1 SC.
Um dia após o Brasil registrar 4,2 mil mortes nas últimas 24 horas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar a adoção de medidas restritivas para tentar frear o avanço da Covid-19 no Brasil e disse que não haverá um lockdown nacional.
As ações para restringir a circulação de pessoas têm sido defendidas por autoridades sanitárias para enfrentar a pandemia no país, que vive seu maior pico e responde hoje por um em cada três mortos pelo novo coronavírus no mundo.
Bolsonaro voltou a defender o chamado "tratamento precoce", com o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença e que, segundo a Associação Médica Brasileira, deveriam ter seu uso contra a Covid banido.
O presidente fez uma visita de trabalho no Centro de Eventos onde foi desativada uma unidade semi-intensiva para pacientes com Covid-19.
A governadora em exercício do Estado, Daniela Reinehr (sem partido), recebeu a comitiva presidencial no aeroporto Serafim Enoss Bertaso e acompanha toda a visita. A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto (Cidadania), também está presente. Todos estão usando máscara de proteção contra o vírus.
O encontro ocorre no Centro de Eventos. A montagem do espaço foi uma das principais medidas do município para enfrentar o colapso no sistema de saúde em fevereiro por falta de leitos para tratamento da Covid-19. No sábado (3), com a transferência do último paciente do local, a estrutura, que tinha 75 vagas, foi desativada.
MG tem recorde de mortes por Covid registradas em 24 horas, com mais de 500 óbitos em um dia
Ao todo, estado já teve 1.182.847 casos confirmados da doença desde o início da pandemia. Foram 13.358 novos registros de infectados por Covid-19 só nas últimas 24 horas.
Por Cristina Moreno de Castro, G1 Minas — Belo Horizonte.
Apenas cinco dias desde o último recorde, Minas Gerais chegou mais uma vez, nesta quarta-feira (7), ao número mais alto de vítimas da Covid-19 registradas em apenas 24 horas. Desde a véspera, foram notificadas no estado 508 mortes em decorrência da doença.
Em todo o Brasil, foram 337,6 mil mortes pela doença registradas até 20h desta terça-feira. Só nas 24 horas anteriores, houve registro de 4.211 óbitos. Foi a primeira vez que o número de um dia ultrapassou 4 mil no país.
Só em Minas Gerais até esta quarta-feira (7), 26.303 pessoas morreram de Covid-19, de um total de 1.182.847 infectados. Foram registrados 13.358 novos casos confirmados no último dia.
Desde o início da pandemia, 97.494 mineiros tiveram que ser internados, na rede pública ou privada. Os outros 1.085.353 ficaram em isolamento domiciliar.
O vídeo abaixo mostra a situação da capital, Belo Horizonte. Na cidade, apesar de a taxa de transmissão ter caído, a ocupação das UTIs está perto do limite (leia mais abaixo).
Em todo o estado, 1.061.397 pessoas são consideradas "recuperadas". Ou seja, são pessoas que atendem a três pré-requisitos:
- estão há 72 horas assintomáticas
- receberam alta hospitalar e/ou cumpriram isolamento domiciliar de dez dias
- estão sem intercorrências
Dentre as pessoas que morreram por Covid-19 no estado, 78% tinham 60 anos ou mais, 70% tinham alguma comorbidade (especialmente cardiopatia e diabetes) e 55% eram homens.
- Memorial do G1: conheça os rostos e histórias das vítimas da Covid-19
Dos 853 municípios de Minas Gerais, 808 já tiveram pelo menos um registro de morte causada pela Covid-19 desde o início da pandemia, ou 95% do total.
Brasil bate recorde e registra 4.195 mortes por Covid-19 em 24 horas
Guanambi.: Em março, 15 pacientes morreram esperando vaga em UTI.
Com todos os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da região praticamente ocupados, a maior parte das últimas vítimas da Covid-19 em Guanambi, morreram enquanto aguardavam regulação para um hospital de referência. As mortes ocorreram nos leitos de semi-UTI montados no Hospital Municipal para estabilizar pacientes em estado grave antes da transferência para UTI.
Em março, dos 25 óbitos registrados (50% do total), 15 vítimas (60%) aguardavam regulação para UTI. Os oito últimos óbitos registrados no respectivo mês, se encaixam nesse cenário.
O município confirmou desde o início da pandemia até o momento 50 óbitos, desses, pelo menos 26 (52%) estavam internados em UTIs. O último óbito, registrado nesta quinta-feira (1º), foi de um paciente que estava internado em Vitória da Conquista.