A doença confundida com dengue que é mais mortífera do que se imaginava
Nos últimos anos, o avanço da chikungunya nas Américas, e em particular no Brasil, tem suscitado preocupação crescente entre as autoridades sanitárias de diferentes países.
Por Andre Ricardo Ribas Freitas, The Conversation.
A epidemia de dengue em curso no Brasil tem chamado muita atenção da imprensa em geral, mas pouco tem se falado sobre a febre chikungunya, que está causando epidemias em várias regiões do país.
Nos últimos anos, o avanço da chikungunya nas Américas, e em particular no Brasil, tem suscitado preocupação crescente entre as autoridades sanitárias de diferentes países.
Os documentos oficiais da Organização Mundial de Saúde (OMS) destacam apenas as "fortes dores nas articulações, que muitas vezes são debilitantes", afirmando que "sintomas graves e mortes por chikungunya são raros e geralmente estão relacionados a outros problemas de saúde coexistentes".
? No entanto, um conjunto de estudos feitos nos últimos anos mostram que esses conceitos estão superados e precisam ser revistos, principalmente para adequação das prioridades de investimento em pesquisa e incorporação de vacinas contra arbovírus.
Originalmente, a chikungunya foi reconhecida como uma doença pouco letal. Compilamos estudos realizados na última década em países de diversas regiões do mundo e vimos que o vírus CHIKV, causador da febre chikungunya, leva a uma mortalidade muito maior que o vírus da dengue, inclusive em pacientes jovens e previamente saudáveis.
A disseminação do vírus
O CHIVK foi isolado pela primeira vez no Distrito de Newala, atual Tanzânia, na África.
Desde sua primeira descrição, os autores relatavam que "era clinicamente indistinguível da dengue, se levarmos em conta a variabilidade inerente dessa doença".
? Essa semelhança pode ser um dos motivos para que haja dificuldade de diagnóstico dos casos, em especial quando há circulação simultânea dos dois vírus.
Os primeiros óbitos por chikungunya foram descritos na Índia durante as epidemias de 1963 em Calcutá e em 1964 em Madras (atual Chennai). Mais recentemente um número grande de óbitos pode ser bem documentado durante a epidemia da Ilha da Reunião em 2006, departamento francês ultramarino localizado no Oceano Índico.
Naquela ocasião, o enfrentamento à epidemia envolveu o envio de equipes especializadas da França Metropolitana, o que pode ter favorecido a identificação e melhor diagnóstico dos casos.
Houve relato de 255 óbitos tendo a febre chikungunya como causa básica ou associada, um número extremamente alto para uma população de cerca 785 mil habitantes (taxa de mortalidade = 33,8/100.000 hab.). Alguns relatos detalhados sobre esses óbitos foram publicados em diferentes artigos científicos.
? Ainda em 2006, na cidade de Ahmedabad (Índia), houve uma grande epidemia de chikungunya. Porém, nenhum óbito por este vírus foi registrado oficialmente, mesmo a localidade tendo uma população de 1,1 milhão de pessoas. Essa discrepância levou os pesquisadores a analisar o excesso de mortes ocorrido naquela cidade durante a epidemia. O trabalho mostrou que morreram 2.944 pessoas além do que era esperado.
Mortes demais
Excesso de mortes corresponde a um número de mortes que excede o esperado para um determinado período de tempo e localidade, com base em dados históricos e padrões de mortalidade típicos.
Ou seja, avalia a quantidade a mais de pessoas que morreram num determinado lugar durante uma epidemia ou catástrofes naturais.
Esse conceito tem sido muito usado para avaliar a mortalidade por COVID-19 em países cuja vigilância não teve capacidade para diagnosticar todos os casos da doença.
Com a introdução do chikungunya nas Américas, o mesmo fenômeno pode ser observado. Em várias localidades do Caribe houve mortalidade elevada associada à ocorrência de chikungunya, sem que as vigilâncias epidemiológicas locais conseguissem diagnosticar a maioria destas mortes.
Na República Dominicana, com base em analise de dados oficiais, nosso grupo de pesquisadores identificou um excesso de 4.925 de mortes durante a epidemia de chikungunya em 2014. No entanto, a vigilância epidemiológica local diagnosticou apenas 6 mortes por chikungunya.
Identificamos também em Porto Rico, na América Central, um excesso de 1.310 mortes contra apenas 24 mortes diagnosticadas pela vigilância epidemiológica como provocadas pelo vírus CHIKV.
Na Jamaica, observamos um excesso de 2.499 mortes durante a epidemia de 2014, mas a vigilância local não diagnosticou nenhuma morte por chikungunya.
➡️ No Brasil, identificamos um excesso de 6.346 mortes durante as epidemias de chikungunya de 2015 e 2016 em Pernambuco, Bahia e Rio Grande no Norte. Contudo, a vigilância oficial diagnosticou apenas 69 óbitos por chikungunya nestes estados.
Para efeito de comparação, em uma das piores epidemias de dengue já vista nesses estados, em 2011, foram notificadas 95 mortes por dengue. Em meio a esses casos, encontramos evidências das formas graves e fatais em necrópsias realizadas em pacientes que morreram com chikungunya, em estudos de casos controle e também em estudos com dados secundários (obtidos de diversos bancos de dados oficiais e agrupados).
? A fim de investigar o impacto dessa doença no organismo, nosso grupo também avaliou pacientes que morreram de chikungunya no Ceará. Nós examinamos o material obtido em necrópsias e constatamos a presença do vírus CHIVK em tecidos de órgãos vitais, como cérebro, coração, pulmões e fígado. Isso mostra que esse vírus afeta vários locais vitais e pode levar o paciente à morte.
Outro trabalho feito com dados secundários de 100 milhões de brasileiros para identificar fatores de risco que podem ter contribuído para a morte dos pacientes com chikungunya, publicado recentemente na revista The Lancet Infectious Diseases, destacou que os principais órgãos afetados por esse vírus são o pulmão, cérebro e sistema circulatório.
Mudança para salvar vidas
Diante dessas descobertas, podemos afirmar que é essencial reconhecer a chikungunya como uma ameaça à vida das pessoas e reforçar as medidas adequadas para vigilância, prevenção e tratamento desta doença.
Isso inclui investimentos em pesquisa para conhecer melhor, quantificar as formas graves da doença e desenvolver vacinas eficazes, bem como campanhas de conscientização pública para educar a população sobre os riscos associados à doença.
Os vários estudos mencionados mostram que há uma dificuldade dos órgãos de vigilância em quantificar o poder dessa doença de levar o paciente à morte. Essas dificuldades podem estar relacionadas à falta de recursos, dificuldade de diagnósticos, de notificação da causa de morte e à percepção generalizada de que a febre chikungunya é ainda vista como ameaçadora à vida.
A percepção equivocada sobre a baixa letalidade dessa doença ainda é propagada por organismos oficiais como o ECDC (Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A mudança de paradigma do chikungunya de uma doença não fatal para uma causa de morte excessiva é fundamental para proteger a saúde pública e salvar vidas.
❗ Ainda não existe tratamento específico contra a doença. O cuidado com o paciente é focado no uso de medicamentos para alívio dos sintomas e suporte clínico para as complicações.
O reconhecimento das formas graves e fatais é fundamental inclusive para que a primeira vacina contra chikungunya, aprovada em novembro do ano passado pela agência reguladora dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), possa ser dada prioritariamente aos grupos de maior disco e incluída no nosso Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Por que a fila por transplante de rim é tão grande em comparação com outros órgãos?
Segundo o Ministério da Saúde, há, no Brasil, 39 mil pessoas na fila por um transplante de rim, órgão que filtra o sangue e tem papel fundamental na manutenção do equilíbrio de líquidos e eletrólitos e da pressão arterial.
Por g1.
Segundo o Ministério da Saúde, há, no Brasil, 39 mil pessoas na fila por um transplante de rim, órgão em formato de feijão que filtra o sangue e tem papel fundamental na manutenção do equilíbrio de líquidos e eletrólitos e da pressão arterial.
A fila é grande, mas, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, um transplante deste tipo também é um dos mais realizados o país. Conseguir um doador pode ser mais fácil já que temos dois rins e é possível viver com apenas um.
Segundo Luciana Haddad, médica do Serviço de Transplantes do Hospital das Clínicas e presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, essa alta acontece por causa da incidência das doenças que levam à perda do órgão.
"Cada órgão tem uma particularidade e algumas doenças que levam à perda de função. No caso do rim, a insuficiência renal crônica é mais frequente do que outras doenças que levam à perda de um fígado ou de um pulmão ou coração", disse ela em entrevista ao podcast O Assunto desta quinta-feira (29),
Luciana também explica que exemplos de causas frequentes que levam à perda da função renal são hipertensão e diabetes.
"Pacientes que têm doenças crônicas, que levam a uma perda de função renal, são doenças muito prevalentes. Então, é mais frequente a insuficiência renal e a perda de função do que, por exemplo, uma cirrose hepática."
E seja de rim, de pulmão, de coração, córnea ou qualquer outro órgão, como explica Luciana, é impossível furar a fila de transplantes.
"É impossível furar essa fila, principalmente porque o sistema é muito bem regulado e regulamentado e envolve inúmeras instâncias e setores. [...] São inúmeros componentes dentro de uma grande estrutura muito bem regulamentada, com sistemas, com informatização e com checagem e etapas de controle em diversas instâncias."
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Carol Lorencetti, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva e Thiago Kaczuroski. Neste episódio colaborou: Sarah Resende.
Segundo o Ministério da Saúde, há, no Brasil, 39 mil pessoas na fila por um transplante de rim, órgão em formato de feijão que filtra o sangue e tem papel fundamental na manutenção do equilíbrio de líquidos e eletrólitos e da pressão arterial.
A fila é grande, mas, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, um transplante deste tipo também é um dos mais realizados o país. Conseguir um doador pode ser mais fácil já que temos dois rins e é possível viver com apenas um.
Segundo Luciana Haddad, médica do Serviço de Transplantes do Hospital das Clínicas e presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, essa alta acontece por causa da incidência das doenças que levam à perda do órgão.
"Cada órgão tem uma particularidade e algumas doenças que levam à perda de função. No caso do rim, a insuficiência renal crônica é mais frequente do que outras doenças que levam à perda de um fígado ou de um pulmão ou coração", disse ela em entrevista ao podcast O Assunto desta quinta-feira (29),
Luciana também explica que exemplos de causas frequentes que levam à perda da função renal são hipertensão e diabetes.
"Pacientes que têm doenças crônicas, que levam a uma perda de função renal, são doenças muito prevalentes. Então, é mais frequente a insuficiência renal e a perda de função do que, por exemplo, uma cirrose hepática."
E seja de rim, de pulmão, de coração, córnea ou qualquer outro órgão, como explica Luciana, é impossível furar a fila de transplantes.
"É impossível furar essa fila, principalmente porque o sistema é muito bem regulado e regulamentado e envolve inúmeras instâncias e setores. [...] São inúmeros componentes dentro de uma grande estrutura muito bem regulamentada, com sistemas, com informatização e com checagem e etapas de controle em diversas instâncias."
Licínio de Almeida: Participação da Comunidade é Fundamental na Luta contra a Dengue.
ASCOM - Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Licínio de Almeida - Bahia - "Governando com Responsabilidade"
Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. , http://liciniodealmeida.ba.gov.br/
Celular: (77) 99171-2223 – Assessor João José de Oliveira
Entenda como funciona a terapia Car-T, que promete revolucionar o tratamento contra o câncer
O Fantástico acompanhou por seis meses duas pacientes que passaram por esse tratamento. Terapia nova é rápida, dura cerca de 30 minutos e promete eliminar a doença.
Por Fantástico.
O Fantástico deste domingo (25) destacou um estudo promissor no tratamento contra o câncer no Brasil. Foram seis meses de trabalho acompanhando duas pacientes que passaram por esse tratamento.
São histórias de pessoas que já enfrentam o câncer há anos e passaram por procedimentos mais tradicionais, como quimioterapia, radioterapia e até mesmo transplante de medula.
Essa terapia nova é rápida, dura cerca de 30 minutos e promete eliminar a doença com o uso de células de defesa do próprio paciente, modificadas geneticamente. A terapia genética CAR-Tl geralmente é utilizada como última opção pelos médicos.
O tratamento funciona assim:
- Começa com a coleta de sangue do paciente para obter as células de defesa - os linfócitos T, ou células T;
- Elas são enviadas a um laboratório e passam por uma modificação genética para poder identificar as células cancerígenas;
- Chamadas agora de células CAR-T, elas são devolvidas para o paciente por uma infusão;
- No corpo do paciente, as novas células se multiplicam e começam a eliminar o câncer.
A tecnologia foi criada nos Estados Unidos. Em 2017 a terapia foi aprovada pela agência reguladora de saúde americana.
Até o momento, o tratamento com as células CAR-T só pode ser feito em pacientes com 3 tipos de câncer: leucemia linfóide aguda, linfoma não Hodgkin e mieloma.
Tratamento
No Brasil, existem 2 maneiras de se fazer esse tratamento: enviando as células para laboratórios, nos Estados Unidos e na Europa, que custa, pelo menos, R$ 2 milhões ou participando dos estudos clínicos, como do Hospital Albert Einstein ou do Hemocentro de Ribeirão Pret.
Resultados
Conforme explica o médico Jair Schmidt Filho, a primeira avaliação acontece 30 dias após o tratamento.
O médico fala sobre o percentual de sucesso do procedimento: "Ela fica em torno de 40, 45%, ou seja, quase metade dos casos. Mas a gente, está falando de uma expectativa de vida nesses pacientes que até então era de 6 meses ou menos", diz.
Cerca de 50% dos pacientes permanecem sem a doença depois de cinco anos do tratamento e são considerados curados.
Caculé: Criança de 2 meses foi transferida para Vitória da Conquista com suspeita de dengue hemorrág
Sesab confirma terceira morte por dengue na Bahia
No total, 23 municípios baianos estão em epidemia da doença, segundo levantamento feito no Sistema de Notificação de Agravos e Notificações.
Por g1 BA.
A Secretaria de Saúde do estado (Sesab) confirmou nesta segunda-feira (19), a terceira morte por dengue este ano no estado. Foram notificados 8.674 casos prováveis da doença entre 31 de dezembro de 2023 e 18 de fevereiro de 2024.
Duas mortes foram registradas em Jacaraci, entre elas, uma criança de 5 anos no dia 8 de fevereiro. A terceira morte foi registrada na cidade de Piripá, no entanto, a data não foi detalhada pela pasta. Além desses casos, uma morte na cidade de Caetité é investigada como suspeita de dengue.
No total, 23 municípios baianos estão em epidemia da doença, segundo levantamento feito no Sistema de Notificação de Agravos e Notificações (Sinan).
Municípios em Epidemia:
Segundo o levantamento do Sinan, as cidades com o maior número de Coeficiência de Incidência (CI) de dengue são:
Piripá, Jacaraci, Bonito, Morro do Chapéu, Encruzilhada, Mortugaba, Novo Horizonte, Ibiassucê, Brejões e Botuporã. A região sudoeste do estado lidera o ranking.
No mesmo período de 2023, foram notificados 7.125 casos prováveis, o que representa um aumento de 21,7% em comparação a 2024.
Entre janeiro e 18 de fevereiro foram notificados 885 casos prováveis de Chikungunya e da Zika, 203. Não há óbitos confirmados para essas doenças.
Cidade de Piripá confirma a primeira morte por Dengue
Licínio de Almeida Enfrenta Desafios devido à Proliferação da Dengue.
http://liciniodealmeida.ba.gov.br/
Cel.: (77) 99171-2223 – Assessor João José de Oliveira
Segunda morte por dengue é registrado na cidade de Jacaraci, uma pessoa continua internada na UTI.
por.: Sertão em Dia
O que acontece se você não lavar a garrafa de água todo dia?
Deixar a garrafa parada favorece a multiplicação de microrganismos, mas será que apenas um dia já é suficiente para fazer estragos?
Por Laís Ribeiro.
Quantas vezes na semana você lava sua garrafa d'água? Já parou para pensar no que pode acontecer se ela ficar dias sem ser lavada?
Usar a garrafinha todos os dias sem higienizar corretamente pode levar a um acúmulo de bactérias lá dentro. Esses microrganismos então se aproveitam da água e da temperatura ambiente para se multiplicar.
O Guia de Compras conversou com profissionais de saúde para entender como isso acontece e qual é a melhor forma de lavar as garrafinhas.
Segundo os especialistas, isso não é lá tão perigoso se sua imunidade é boa e se a garrafa não é compartilhada com outras pessoas, mas pode ser uma potencial causa de doenças mais graves para pessoas com deficiência imunológica. ?
Leia sobre o assunto abaixo.
Garrafa motivacional de 2 litros: ajuda mesmo?
? Elas não “vêm” de algum lugar. Na verdade, elas já estão na nossa boca e no ar. Mas, normalmente, elas vivem em equilíbrio no nosso organismo, controladas pelo nosso sistema imunológico. A água, combinada com a temperatura ambiente, fornece um meio propício para que esses microrganismos se multipliquem.
“Existem alguns momentos em que a quantidade dessas bactérias pode aumentar, provocando um desequilíbrio e causando infecções”, diz Tarcísio Carvalho, biomédico, professor da Faculdade Integrada Brasil Amazônia e autor de pesquisa sobre análise microbiológica em garrafas de água.
“Para a maioria das pessoas que é imunocompetente, isso não vai ser um grande problema. No máximo vai causar uma afta”, explica o pesquisador. “O problema é com crianças, pessoas idosas e pessoas com o sistema imunológico comprometido. Aí pode causar uma infecção mais grave”.
Lavar todos os dias
Sim, o ideal é lavar a garrafinha todo dia para evitar o acúmulo de bactérias, especialmente se o dia estiver quente e se você não é o único que usa o acessório.
"Se a garrafa é de uso individual, não tem tanto essa necessidade; você vai lavar quando perceber que está suja. Mas, quando é compartilhada, deve ser lavada depois de usar", diz Kléber Luz, infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Luz também alerta quanto a sujeiras próximas à tampa ou à boca da garrafa: "Se você está na academia e deixa o acessório deitado no chão ou num sofá, vai ficar sujo e deve ser lavado. Isso também vale para quando pegamos a garrafa sem lavar a mão", explica o médico.
Outra questão é que, se o recipiente ficar sem lavar por muito tempo, pode ficar mais difícil remover os microrganismos depois.
Se, por exemplo, você já deixou um recipiente com líquido parado por alguns dias e depois passou a mão dentro, deve ter tido a impressão de que estava liso, como se houvesse um tipo de “lodo” ali. Esse é o chamado biofilme bacteriano.
“São bactérias que se multiplicaram e formaram essa camada para se proteger. Por isso, aquilo é mais resistente à limpeza”, conta Tarcísio Carvalho. “Um exemplo é o tártaro nos dentes: é um biofilme criado pelas bactérias e, muitas vezes, só dá para tirar fazendo uma raspagem no dentista”.
? Não beba o “restinho de ontem”: as bactérias usam o meio aquoso para se multiplicarem, portanto é melhor jogar fora aquela água que você não terminou de beber no dia anterior.
"Não se deve guardar a água de um dia para o outro. Se você não lava a garrafa todos os dias, o mínimo que deve fazer é jogar fora o que sobrou", afirma Kléber Luz.
“As bactérias se multiplicam a uma taxa de 20 a 30 minutos. Ou seja, a cada 20 minutos, uma bactéria vira duas”, conta Tarcísio Carvalho. “Se a pessoa deixa a garrafa com água ao longo de um dia inteiro, aquela quantidade de bactérias, que já costuma ser grande, estará imensamente maior”.
Mas e se a garrafa for térmica?
Se uma garrafa ou copo térmico consegue conservar a temperatura da água por mais tempo, então é mais “seguro” do que um recipiente comum?
“Em comparação a um material que não for térmico, as chances das bactérias se multiplicarem ali dentro vão ser menores”, responde Carvalho.
“Mas isso vai depender da temperatura do líquido, já que ele vai chegar à temperatura ambiente em algum momento. Quanto mais refrigerado estiver na hora em que for armazenado – inclusive se forem colocados cubos de gelo junto –, mais interessante é o grau de proteção”, completa ele.
Como lavar
Você pode usar água e detergente neutro para fazer a lavagem diária, segundo os especialistas e as fabricantes Pacco e Stanley.
? Carvalho avisa ainda que é importante utilizar algum tipo de instrumento que alcance o fundo da garrafa, como, por exemplo, uma escova de dentes. “Apenas chacoalhar não remove microrganismos aderidos ao fundo”, alerta.
Para o pesquisador, é interessante também realizar uma limpeza profunda pelo menos uma vez por semana. “Para isso, você pode usar 8 ml (uma colher de sopa cheia) de água sanitária para cada litro de água potável e limpar com essa mistura”, ensina Carvalho.
A Pacco, no entanto, alerta contra o uso de água sanitária por diminuir a vida útil do produto. “O cloro é um forte agente oxidante, podendo causar manchas. Dependendo da concentração e tempo de exposição, pode até causar a corrosão, mesmo em aço inox de alta qualidade”, diz a marca, em nota.
No lugar da água sanitária, ambas as fabricantes Pacco e Stanley sugerem diluir uma parte de bicarbonato de sódio em uma parte de água morna. “Recomendamos deixar a mistura de molho por até uma hora. Após enxaguar, limpe com detergente neutro”, indica, em nota, a Stanley.
Para o infectologista Kléber Luz, fazer uso dessas receitas não é prejudicial à saúde, mas não é estritamente necessário. "Se você enxágua depois, não faz mal, mas não há necessidade. Água e detergente resolvem tudo", opina o médico.
"É importante ter em mente que todas as peças que compõem o produto devem ser regularmente higienizadas, como tampas, rolhas, canudos, alças, assim como o corpo metálico", acrescenta a Stanley.
Dengue: saiba os medicamentos contraindicados em caso de suspeita da doença (e por que oferecem risc
Remédios como ibuprofeno, aspirina, nimesulida e diclofenaco são alguns que devem ser evitados por elevar o risco de um quadro hemorrágico; veja as alternativas seguras
Você já deve ter percebido que, no fim do comercial de alguns remédios na televisão ou no rádio, é reproduzida uma rápida mensagem que diz: “este medicamento é contraindicado em caso de suspeita de dengue”. Mas, especialmente no momento em que o Brasil vive uma alta importante da doença, você sabe dizer quais são esses remédios e por que eles devem ser evitados nestes casos?
Primeiro, é preciso entender que existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A mais comum provoca sintomas como febre alta repentina, dor de cabeça, prostração e dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos. No entanto, em cerca de um a cada 20 casos, segundo informações do Instituto Butantan, ela pode se desenvolver para a forma mais grave.
Nesse caso, dor abdominal intensa, sangramento nas gengivas ou nariz, vômito persistente, às vezes com sangue, e presença de sangue nas fezes são alguns dos sinais de que o quadro evoluiu para a forma hemorrágica. O problema de alguns medicamentos, embora seguros no dia a dia, podem ampliar esse risco de sangramento durante uma infecção pelo vírus da dengue.
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Esses medicamentos, explica a doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) e divulgadora científica (@alemdafarmacologia) Ana Elisa Gonçalves, são aqueles que pertencem à classe chamada de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), que envolvem analgésicos e antitérmicos comuns encontrados em farmácias sem a necessidade de receita médicas.
Alguns conhecidos são o ibuprofeno; o cetoprofeno; o ácido acetilsalicílico (aspirina e várias outras formulações); o naproxeno; o piroxicam; o diclofenaco; a nimesulida e a indometacina. Além disso, explica a especialista, os corticoides, como prednisona, prednisolona, dexametasona e hidrocortisona, também são contraindicados.
— Esses medicamentos têm um efeito colateral que é uma atuação no funcionamento das plaquetas, que são células responsáveis pela coagulação do sangue. Quando temos uma lesão, precisamos da coagulação para não ter um sangramento, uma hemorragia. Só que a dengue é uma doença viral que pode gerar quadros hemorrágicos justamente porque o vírus pode destruir as plaquetas e causar lesões em vasos sanguíneos. Então, quando já há essa ação do vírus, o uso conjunto desses medicamentos vai piorar a atividade das plaquetas e levar a um risco maior de hemorragia — diz a farmacêutica.
Dengue: hospital de campanha é inaugurado e recebe primeiros pacientes no DF
Unidade fica ao lado da UPA de Ceilândia, perto da Feira do Produtor. Há tenda de hidratação para pacientes de casos leves da doença.
Por Isabella Melo, Brenda Ortiz, TV Globo e g1 DF.
O hospital de campanha, cedido pela Aeronáutica para tratar os casos de dengue, começou a funcionar na manhã desta segunda-feira (5) no Distrito Federal. Apenas casos leves da doença serão tratados na unidade (veja detalhes abaixo).
Por volta das 10h da manhã, a triagem começou a ser feita nos primeiros pacientes (veja vídeo acima). A estimativa é atender 600 pessoas por dia e o funcionamento será 24h.
A unidade fica ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia, perto da Feira do Produtor. O hospital de campanha também fica próximo ao Sol Nascente.
As duas regiões são as que registram o maior número de infecções pela doença. Veja abaixo:
- Ceilândia: 7.069
- Sol Nascente/Pôr do Sol: 1827
- Brazlândia: 1.716
- Taguatinga: 1.703
- Samambaia: 1.611
O Distrito Federal decretou estado de emergência por causa do surto de dengue. De acordo com a secretária, 45.064 casos de dengue foram registrados em 2024. Ao todo, seis pessoas morreram devido à doença. Além disso, a pasta investiga a morte de outras 24 pessoas com suspeita de dengue.
Atendimento
De acordo com a major médica Juliana Vandesteen, o hospital conta com dois módulos: um clínico geral e outro de pediatria. O atendimento ocorre apenas para casos leves da doença.
O local tem uma tenda de hidratação e pode receber um paciente diagnosticado com dengue por até 24 horas. Depois disso, haverá transferência para um hospital.
"Também temos um módulo de emergência, mas apenas para estabilização do paciente que possa evoluir mal. Eles não ficarão aqui. Serão transferidos para UPA em caso de maior gravidade", explica a médica.
Como se prevenir
Para evitar a reprodução do Aedes aegypti em casa e, consequentemente, reduzir os ataques do mosquito, o Ministério da Saúde reuniu uma série de orientações. Confira abaixo:
Fazer uso de repelente sempre que estiver em áreas consideradas de infestação. Os mais indicados pela OMS são à base de Icaridina e que oferecem até 12 horas de proteção;
Priorize o uso de roupas claras, leves e que cubram todo o corpo – o Aedes aegypti tem atração pelo suor e por cores escuras;
Faça exames de rotina e, em caso de sintomas similares aos da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus, procure a unidade de saúde mais próxima e consulte um médico.
O que fazer em casa
- Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas da casa;
- Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
- Mantenha o terreno de casa sempre limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
- Tampe os tonéis e caixas d’água;
- Mantenha as calhas sempre limpas;
- Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
- Mantenha lixeiras bem tampadas;
- Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
- Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
- Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
- Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas sujas, por exemplo;
- Deixe portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
- Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;
- Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
- Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
- Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;
- Coloque areia nos vasos de plantas.
Fez 50 anos? Os 5 hábitos que ajudam a acelerar o metabolismo, segundo a ciência.
Entre eles, ingerir líquidos gelados e dormir mais 7 horas por dia, aponta especialista
Por Victoria Vera Ziccardi, La Nacion.
O metabolismo é um dos processos mais completos e complexos do organismo. Pode funcionar de diferentes maneiras de acordo com cada pessoa: algumas o tem acelerado, enquanto outras, abrandado. São especialmente os idosos que, geralmente, têm um funcionamento mais lento e, por isso, têm mais dificuldade para perder peso.
Segundo especialistas da Mayo Clinic, o metabolismo é o processo pelo qual o corpo converte o que come e o que bebe em energia. Inclusive, mesmo quando está em repouso, o corpo segue usando energia para funções básicas, como a respiração, a circulação do sangue e a reparação das células. A energia que o corpo usa para estas funções básicas é denominada taxa metabólica basal, um fator fundamental para estar em forma e que também influencia no controle do peso.
É comum que se culpabilize o metabolismo pelos “quilos a mais”, mas o certo é que se trata de algo natural, que se acentua com o passar dos anos. A nutricionista Anabella Famiglietti declara que “o metabolismo varia de acordo com diferentes fatores, como a genética, o sexo, a composição corporal, e os níveis hormonais, modificando-se nas diferentes etapas da vida: crescimento, gravidez, lactação, e durante o envelhecimento”.
Por que os adultos depois dos 50 anos têm o metabolismo mais lento? Segundo Famiglietti, existem vários fatores associados ao envelhecimento que influenciam no estado metabólico. Entre eles, estão:
- Diminuição de massa magra – conjunto de lipídios que constituem uma reserva de energia para o corpo – em cerca de 1% ao ano depois dos 50. Essa redução é acompanhada pela atividade física que o indivíduo realiza e determina uma diminuição da necessidade energética total.
- Aumento de gordura corporal associado à diminuição de atividade física e secreção de hormônios do crescimento e sexual. Por sua vez, há alteração da distribuição corporal, acumulando-se mais gordura a nível hepático, intra-abdominal e intramuscular, diferentemente do indivíduo mais jovem, onde o acúmulo é principalmente subcutâneo.
- Desregulação da ingestão. Com a idade, ocorre uma alteração no sabor e no aroma: diminui a sensação de sede e surge a tendência à desidratação. Modifica-se a digestão de nutrientes devido à queda das secreções gastrointestinais e pela desaceleração do trânsito intestinal, acompanhada de uma sensação maior de saciedade. Por último, há aumento da quantidade de substâncias anorexígenas – que diminuem o apetite – no corpo, entre outros fatores sociais, como a ingestão de medicamentos, o isolamento e a depressão, que podem afetar a desregulação.
Perto dos 50 anos, uma pessoa precisa de menos energia e acumula com maior facilidade certas reservas em forma de gordura. Por este motivo, há certos métodos e hábitos que podem colaborar para acelerar o funcionamento do metabolismo.
Cinco hábitos para ativar o metabolismo
Estes tipos de rotinas variam desde a incorporação de alimentos até a melhora no descanso e na qualidade de vida. Entre os recomendados pelos profissionais, estão:
Consumo de proteínas
De acordo com o médico Chih-Hao Lee, professor de genética e enfermidades complexas na Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, o metabolismo aumenta cada vez que se come, digere e armazena alimentos; um processo chamado “efeito termogênico dos alimentos”. Segundo Lee, a proteína tem maior efeito térmico em comparação com as gorduras e os carboidratos, porque o corpo demora mais para queimá-la e absorvê-la.
Uma dieta rica em alimentos proteicos – frango, carnes vermelhas ou peixes – estimula o metabolismo a começar a utilizar a energia acumulada para melhorar a digestão. Este processo termogênico exige um gasto extra de calorias para absorver e processar os nutrientes da comida, assim como para poder emagrecer.
Bebidas frias e quentes
O consumo moderado de bebidas estimulantes e quentes, como o café e o chá, favorecem a estimulação gástrica e a queima de energia, porque gera um gasto de gordura maior que outras bebidas.
Embora sejam necessários mais estudos neste campo, grande parte das pesquisas aponta para a importância dos antioxidantes – presentes em bebidas com cafeína – na produção de energia mitocondrial (a central elétrica das células, onde se produz energia) para combater o estresse oxidativo e melhorar a taxa metabólica.
Por outro lado, um estudo publicado no Journal of Clinical and Diagnostic Research tentou comprovar o efeito do consumo de água gelada em indivíduos com sobrepeso. No final da pesquisa, a termogênese - o processo de produção de calor nos organismos – induzida pelo consumo de água foi reconhecida por investigadores como um componente importante e até então não reconhecido pelo gasto energético diário. Desta maneira, tomar água fria faz com que o corpo se sinta obrigado a recuperar sua temperatura habitual, que abaixou com a ingestão do líquido de baixa temperatura e, como consequência, consegue queimar mais energia.
Comida picante
Um estudo feito pela Universidade de Cambridge comprovou que alimentos como o cominho, a canela, a cúrcuma, as pimentas e os pimentões podem aumentar a taxa de repouso metabólico e diminuir o apetite.
A capsaicina, substância encontrada nas comidas picantes, é um componente ativo que dá o sabor picante aos alimentos e que, por sua vez, é encarregado de diminuir os lipídios corporais mediante um mecanismo que estimula a morte de células de gordura imaturas. Esse tipo de alimento, porém, é contraindicado para pessoas com problemas digestivos.
Dormir mais de sete horas
A falta de sono gera mais cortisol, hormônio responsável por descontrolar a sensação de fome e saciedade, provocando desejo de comer.
Segundo informações do Medline Plus, portal online de medicina, um bom descanso a noite vai além do que acelerar o metabolismo: ele evita um consumo maior de calorias que são disparadas em casos em que há um alto nível de cortisol devido a uma noite mal dormida. Nas palavras de Famiglietti, assegurar para si um bom descanso e respeitar o ritmo circadiano colabora com uma sincronização e um melhor funcionamento do corpo.
Treino de força
O treino de força tem como principal objetivo aumentar a massa muscular. Geralmente, é mais recomendado pelos especialistas que a atividade aeróbica (que se realiza ao correr, andar de bicicleta ou nadar). Uma investigação encabeçada por Alexandra C. McPherron, integrante do Instituto Nacional de Diabetes e Digestão dos Estados Unidos, estabeleceu que este tipo de exercício ajuda a aumentar a taxa metabólica de repouso ao aumentar a quantidade de massa magra no corpo. A taxa metabólica de repouso é a quantidade de calorias que o corpo necessita para realizar funções básicas, como a respiração, a circulação e a digestão.
Um claro exemplo disso é quando os atletas começam a ganhar peso após interromper sua atividade. Por mais que sua dieta siga sendo a mesma, seu metabolismo desacelera frente à perda de massa muscular e ao acúmulo de gordura.
“A saúde está associada à energia que é ativada pela manhã, metabolizada de acordo com as necessidades ao longo do dia, e apagada corretamente à noite. Quanto mais sincronizado se está, maior é a energia e melhor funcionará o metabolismo”, concluiu.
Dourados (MS) é a 1ª cidade do Brasil a iniciar vacinação em massa contra dengue
Município fez convênio com o laboratório japonês Takeda, que desenvolveu a vacina Qdenga. Vão ser imunizadas pessoas de 4 a 59 anos na 2ª maior cidade de Mato Grosso do Sul.
Por José Câmara, g1 MS.
Dourados, a pouco mais de 200 km de Campo Grande, será a primeira cidade do Brasil a iniciar a vacinação em massa contra a dengue. A imunização deve começar, às 10h desta quarta-feira (3), nos 35 postos de saúde espalhados pela cidade. ??
??Quem pode se vacinar? - Com 243.368 mil habitantes, a estimativa do município é vacinar 150 mil moradores entre 4 e 59 anos com a vacina.
Em Dourados, a imunização é oferecida para aquelas pessoas que chegarem ao posto com o documento de identificação e comprovante de residência na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.
??Como vai funcionar a distribuição das doses? - As doses saíram por volta das 7h30 (horário local) do centro de distribuição da secretaria municipal de Saúde de Dourados rumo aos 35 postos de saúde da cidade.
A imunização deve começar assim que as vacinas chegarem nos postos de saúde. A previsão para o início da aplicação é às 10h desta quarta.
O município será responsável pelo planejamento e aplicação da vacina dentro do cronograma especificado pelas pesquisas.
??Por que a cidade é a 1ª do Brasil a realizar vacinação em massa contra dengue? - Dourados fez uma parceria inédita com o laboratório japonês Takeda, responsável por desenvolver a vacina Qdenga. Esta cooperação possibilitou que a cidade garantisse as primeiras doses do imunizante para realizar a vacinação em massa.
A ação foi anunciada no início de dezembro. Dias após, o Ministério da Saúde divulgou que a vacina Qdenga seria incorporada ao Plano Nacional de Imunizações (PNI). Seringas e agulhas foram doadas pelo próprio laboratório.
??Qual vacina será disponibilizada? - A vacina disponibilizada é a Qdenga. O imunizante possui duas doses, que devem ser administradas com intervalo de 3 meses. A mesma vacina já é comercializada na rede privada há oito meses, por R$ 450.
A Qdenga (TAK-003) foi o primeiro imunizante liberado no país para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue.
- De acordo com a Anvisa, a Qdenga é indicada para a faixa etária de 4 a 60 anos;
- É aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações;
- A vacina é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença.
- Ela também poderá ser aplicada em quem já teve a doença.
Nos ensaios clínicos, a Qdenga mostrou ter uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%.
??Quando a vacina começa nos outros estados? - De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação deve começar em fevereiro de 2024 no restante do Brasil. A imunização não será em larga escala. Inicialmente, cerca 3,1 milhões de pessoas poderão ser imunizadas com a Qdenga.
Inicialmente, ainda segundo o Ministério da Saúde, a vacinação não será em larga escala: o SUS oferecerá 6,2 milhões de doses ao longo de 2024.
O cronograma de entrega proposto pela fabricante para as doses da vacina é o seguinte: 460 mil doses em fevereiro, 470 mil em março, 1.650 milhão em maio e agosto, 431 mil em setembro, e 421 mil em novembro.
Licínio de Almeida: Curso de Capacitação em Suporte Avançado de Vida e Intubação Orotraqueal
Licínio de Almeida: Semana Nacional de Combate a Dengue nas Escolas.
http://liciniodealmeida.ba.gov.br/
Cel.: (77) 99171-2223 – Assessor João José (JJ)
confira as imagens .:
Profissionais de saúde vítimas da Covid recorrem à Justiça para receber indenização prevista há 2 an
Ministério diz que forma para realizar os pagamentos 'está em estudo', mas não dá prazo para regulamentação. Para advogado, há um 'estado de coisas inconstitucional'.
Por Marcelo Parreira, Pedro Henrique Gomes, g1.
A falta de regulamentação sobre como deve ser feito o pagamento de uma indenização a profissionais de saúde vítimas da Covid-19 tem obrigado quem tem direito à compensação a recorrer à Justiça para receber o dinheiro.
A lei está em vigor há mais de 2 anos e meio, mas ainda não foram editadas pelo governo federal as normas que estabelecem como devem ser realizados os pagamentos. E não previsão de quando isso vá mudar.
A lei 14.128/21 estabelece uma "compensação financeira a ser paga pela União aos profissionais e trabalhadores de saúde" que, durante a pandemia de Covid-19, se contaminaram por terem trabalhado no atendimento a pacientes e faleceram ou ficaram incapacitados pela doença.
Nas situações em que os profissionais morreram pela doença, a indenização deve ser paga aos familiares. O valor previsto no texto é de pelo menos R$ 50 mil.
Nos casos de falecimento, o valor deve ser aumentado para cada dependente com menos de 21 anos (24 caso esteja cursando ensino superior). Neste caso, o valor é aumentado em R$ 10 mil para cada ano até que o dependente complete 21 anos (ou 24). As despesas com o funeral também devem ser indenizadas.
Para os efeitos da lei, são considerados trabalhadores da saúde médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e outros profissionais que atuam no setor, como nutricionistas, fisioterapeutas e técnicos de laboratório, entre outros.
Aprovada em 2020, a lei foi inicialmente vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. Após o Congresso derrubar o veto, o governo levou o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, em agosto de 2022, validou a lei (entenda mais abaixo).
Sem regulamentação
O texto da lei aprovada não estabeleceu qual órgão do governo federal seria responsável por realizar os pagamentos e as verificações previstas na lei, como a perícia e análise de laudos. Com isso, quem pode ter o direito ao benefício não sabe quem procurar para pedir a indenização.
O g1 questionou o ministério da Saúde sobre se há uma previsão para a regulamentação, se há dados sobre os pagamentos das compensações e estimativas de quantas pessoas teriam direito à indenização.
"Reparar e reduzir os impactos causados pela pandemia da covid-19, tanto para quem perdeu familiares quanto para quem sofre com as sequelas da doença, é uma das prioridades da atual gestão do Ministério da Saúde. A forma como se dará a compensação financeira dessas vítimas está em estudo de forma conjunta pelo governo federal", disse o ministério.
A Casa Civil da Presidência da República, que articula a produção de normas que dependam de mais de um ministério, disse que a resposta do governo seria a emitida pelo ministério da Saúde.
Na Justiça
A ausência destas normas levou quem busca o direito a recorrer à Justiça para receber os valores, em processos que têm sido bem-sucedidos.
Em março, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região determinou o pagamento da indenização à filha de uma enfermeira vítima da Covid-19 em 2020. Na primeira instância, o pedido havia sido negado pela falta de regulamentação sobre o tema.
"A deliberada morosidade nessa regulamentação demonstra que não ha interesse do Executivo Federal em fazer cumprir a Lei", diz o voto do desembargado relator no caso. "Sendo assim, não pode o beneficiário ficar tolhido da compensação financeira criada por Lei pelo fato do Governo Federal discordar do seu conteúdo", concluiu ele.
O advogado Renato Bastos Abreu foi um dos advogados que atuou como "amigo da Corte" no julgamento pelo STF, representando o Sindicato dos Trabalhadores no Combate às Endemias e Saúde Preventiva do Rio de Janeiro.
Hoje, o escritório em que ele trabalha atende alguns clientes que recorreram ao Judiciário para receber a indenização.
"É um estado de coisas inconstitucional, essa demora nessa regulamentação está impedindo a fruição do direito. Como não temos posicionamento das autoridades, temos de acionar o Judiciário. E já temos sentenças favoráveis", explica o advogado Renato Bastos Abreu.
Os sindicatos também tem sido procurados pelos trabalhadores em busca de orientação -- e as áreas jurídicas sindicais têm recomendado recorrer aos tribunais.
Diretor da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Lincoln Ramos disse que o tema ainda não foi trazido pelo governo para as mesas de negociação em que o assunto poderia ser abordado.
"Nenhum destes temas foram efetivamente implementados pelo governo. Ficou tudo no campo do debate", explica ele.
Histórico
A proposta foi aprovada pelo Congresso ainda em 2020, mas acabou vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. À época, o presidente argumentou que a lei contrariava o interesse público e poderia gerar risco fiscal.
O veto foi derrubado pelos parlamentares em março de 2021, e a lei entrou em vigor, mas seguiu sendo questionada pelo governo em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF. O texto foi mantido em decisão unânime dos ministros.
À época do julgamento, o então ministro Ricardo Lewandowski destacou a relevância da lei.
"Enxergo, em determinadas situações, a necessidade de não só resguardar, mas também de fornecer compensação financeira pela dedicada atuação dos profissionais e trabalhadores da saúde durante o período gravoso de pandemia", afirmou em seu voto.
Paciente relata 'graxa no pulmão' por uso de vape, diz que 'aparelho mata' .
Farmacêutico Arnaldo Machado, de 47 anos, passou mais de 40 dias na UTI e teve pulmão em "colapso". Regulamentação da Anvisa proíbe o comércio no Brasil, mas setores tentam aprovar mudança na regra.
Por Poliana Casemiro, g1.
Puxar o ar pelo nariz, mas não conseguir respirar. Sensação de "quase morte". Cansaço para fazer as atividades mais simples do dia a dia. Esse é o relato do farmacêutico Arnaldo Machado, 47 anos, que teve complicações graves após o uso de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, e passou um mês e meio na UTI entre a vida e a morte.
Embora a comercialização no Brasil seja proibida, esses dispositivos podem ser encontrados em qualquer esquina - e o consumo, especialmente entre os jovens, só tem aumentado, com sérias consequências para a saúde.
"Eu tive um colapso, meu pulmão parou e aí eu passei a jornada mais cruel da minha vida por conta de um aparelho que hoje eu vejo milhares de pessoas fazendo o uso. Esse aparelho mata, esse aparelho tira vida, não deveria nem estar sendo discutida a possibilidade dele ser legalizado", afirma o farmacêutico Arnaldo Machado.
Em meio a esse cenário, a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne na sexta-feira (1°) para discutir uma proposta de consulta pública para revisar a norma vigente, que atualmente regulamenta a proibição. Em paralelo, começou a tramitar no Senado Federal um projeto de lei que, se aprovado, autorizará a venda no país.
Como pano de fundo, há uma pressão da indústria do tabaco: o argumento principal é que permitir a venda facilitaria o controle. De outro lado, entidades médicas e especialistas refutam essa justificativa e alegam que a autorização seria um risco à saúde e um retrocesso no combate ao fumo.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM), Instituto Nacional do Câncer (Inca), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação Médica Brasileira (AMB), entre outras entidades médicas, se posicionam contra a liberação dos cigarros eletrônicos no Brasil
Como funciona o vape
Com aroma e sabor agradáveis, os vapes chegaram ao mercado em 2005 com a propaganda de serem uma opção menos agressiva que o cigarro comum para pessoas dependentes de nicotina.
? O argumento principal dos defensores é que, ao contrário do cigarro comum, que contém tabaco e funciona por combustão (queima), liberando monóxido de carbono (que é cancerígeno), o vape é por vaporização, sem queima e, por isso, menos prejudicial.
Só que a realidade é diferente, de acordo com a explicação dos especialistas. O cigarro eletrônico tem mais de duas mil substâncias, várias delas tóxicas e cancerígenas, como: glicerol, propilenoglicol, formaldeído, o acetaldeído, a acroleína e a acetona.
Para além disso, a maioria tem nicotina -- substância altamente viciante -- e em maior quantidade que o cigarro comum. O que faz com que as pessoas se viciem mais rápido.
Surgimento de nova doença: evali
? Em menos de duas décadas dos dispositivos no mercado, ele já deu origem a uma doença específica, com estragos são devastadores, mesmo entre aqueles que fumam vape há pouco tempo. Uma lesão pulmonar que pode levar à morte em um curto espaço de tempo: a evali.
Só nos EUA, foram cerca de 70 mortes, segundo o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), órgão de saúde norte-americano.
O farmacêutico conta que nunca tinha fumado cigarro comum antes de ter acesso ao cigarro eletrônico. Ele usava o dispositivo de uma empresa norte-americana em formato de pen-drive que havia ganhado de presente. A essência de menta o levou a pensar que não seria prejudicial.
“Tinha um sabor de menta gostoso, suave, que até parecia inofensivo. Não tinha nada a ver com cigarro comum. Passei a usá-lo socialmente. Depois, dava umas duas tragadas por dia. Fiz isso por nove meses até ver a minha vida mudar completamente”, relembra.
Em uma certa manhã, ele decidiu dar uma tragada, sentiu dor no peito e desistiu. No fim do dia, tentou de novo e, na sequência, teve febre e buscou o médico.
Ele precisou ser intubado às pressas e, depois, fazer uma traqueostomia, enquanto os médicos corriam contra o tempo para entender o que acontecia com ele.
Covid, tuberculose, pneumonia – tudo foi investigado até saberem que ele estava usando cigarro eletrônico e o diagnosticarem com evali (sigla em inglês para lesão pulmonar induzida pelo cigarro eletrônico).
"O problema é que o cigarro eletrônico ele forma um vapor, aquele vapor ele forma um óleo, esse óleo atinge os alvéolos pulmonares, forma uma espécie de uma graxa e impede a troca gasosa de oxigênio com CO2 e teu pulmão entra num colapso. E foi exatamente o que aconteceu comigo", conta Arnaldo Machado, farmacêutico diagnosticado com evali.
20 cigarros convencionais
? Um dos pontos que levam pessoas de forma rápida aos hospitais após o uso de cigarros eletrônicos é a quantidade de substâncias ingeridas.
Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), o vape tem maior índice de nicotina e, por isso, causa dependência mais rápido. Por exemplo, fumar uma carga de um cigarro eletrônico no formato de pen drive, pode equivaler a fumar 20 cigarros convencionais.
Surto de doença no exterior e subnotificação no Brasil
A evali foi descrita na literatura médica pela primeira vez em 2019, nos Estados Unidos, quando pacientes jovens começaram a ser internados com falta de ar, tosse e dor no peito, náusea, vômito, diarreia, fadiga, febre e perda de peso.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) abriu uma investigação de emergência e descobriu que os pacientes tinham em comum o uso de cigarros eletrônicos. Foi então que a doença foi classificada. Até 2020, segundo o CDC, foram 2,7 mil pessoas internadas e 60 mortes registradas em decorrência do uso de vapes. Com a pandemia de Covid-19, no entanto, os casos deixaram de ser contabilizados.
O médico pneumatologista Felipe Marques, do hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, publicou um artigo sobre a doença após atender uma paciente com uma pneumonia que se repetia sem explicação até descobrir que se tratava de um caso de evali.
? Ele explica que não há um exame específico e o diagnóstico precisa ser feito por exclusão e isso é um risco para o paciente.
Licínio de Almeida: Cerimônia de Certificação do Curso Técnico Em Agente Comunitário De Saúde.
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Licínio de Almeida: U.B. S. Marcelo Silveira Santos Promoveu a Campanha Dedicada à Conscientização
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Novembro Azul: todos os homens precisam fazer o exame de toque retal?
Câncer de próstata é o segundo tipo mais comum para homens. Vídeo com o ator Antônio Fagundes sobre o exame de toque retal viralizou nas redes sociais.
Por Mariana Garcia, g1.
O exame de toque retal desperta medo em um a cada sete homens, segundo uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). No entanto, às vezes é preciso "enfrentar esse medo" para evitar um mal maior: o câncer de próstata. Isso porque o toque retal é um dos exames indicados para diagnosticar este tipo de câncer.
?O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum para os homens, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. No Brasil, estimam-se 71.730 novos casos deste tipo de câncer por ano para o triênio 2023-2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Um vídeo do ator Antônio Fagundes sobre o Novembro Azul (movimento mundial para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata), em parceria com o Porta dos Fundos, viralizou nesta semana.
Nele, o galã de novelas traz números sobre a incidência do câncer no Brasil e questiona: "quando é que você vai liberar esse c* aí? Colocar o c* para jogo é a melhor forma de se prevenir contra essa doença".
Para Alfredo Canalini, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o vídeo traz uma mensagem importante e acende uma luz sobre o tema. "É uma mensagem para o homem que não se cuida. Os números são reais. A linguagem mais sarcástica pode ajudar esses homens a mudar de postura, a deixar o preconceito de lado".
Mas todos os homens precisam fazer o exame de toque retal?
Pedir exames para homens saudáveis e sem sintomas é um tema que gera debate no meio científico. A maioria das organizações médicas incentiva os homens na faixa dos 50 anos a discutir os riscos e benefícios do rastreio do câncer da próstata com os médicos.
No Brasil, se o homem tiver sinais e sintomas (leia mais abaixo), o recomendado é realizar os exames para investigar o câncer de próstata. Agora, se o paciente não tiver sintomas específicos, é necessário conversar com o médico sobre os riscos e benefícios.
- Benefícios: realizar o exame pode ajudar a identificar o câncer de próstata logo no início da doença, aumentando assim a chance de sucesso no tratamento. Tratar o câncer de próstata na fase inicial pode evitar que se desenvolva e chegue a uma fase mais avançada;
- Riscos: ter um resultado que indica câncer, mesmo não sendo, gera ansiedade e estresse, além da necessidade de novos exames, como a biópsia. Diagnosticar e tratar um câncer que não evoluiria e nem ameaçaria a vida. O tratamento pode causar impotência sexual e incontinência urinária. Os riscos desses exames estão relacionados às consequências dos seus resultados e não à sua realização.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda também que homens negros, obesos ou com histórico familiar de câncer de próstata (parentes de primeiro grau) façam o exame do toque retal (sempre em conjunto com o PSA) a partir dos 45 anos.
"Sabemos que existe uma população de risco, com maior chance de desenvolver esse tipo de câncer. O acompanhamento deve começar a partir dos 45 anos, mas defendemos que a conduta tem que ser através de decisão compartilhada entre médico e paciente. O paciente tem mais de 90% de chance de cura com o diagnóstico precoce", explica Alfredo Canalini.
Quais os sintomas do câncer de próstata?
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:
- Dificuldade de urinar;
- Demora em começar e terminar de urinar;
- Sangue na urina;
- Diminuição do jato de urina;
- Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
Esses sinais e sintomas também ocorrem devido a doenças benignas da próstata. Por exemplo:
- Hiperplasia benigna da próstata é o aumento benigno da próstata. Afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade;
- Prostatite é uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.
PSA, toque, ressonância, biópsia
A análise da próstata é feita pela dosagem do PSA no sangue juntamente com o exame de toque. Um exame não exclui o outro, visto que é possível ter PSA aumentado e não ter a doença ou tê-lo normal e ter a doença. O PSA também pode aumentar no caso de prostatite e HPB, e há situações em que ele não se altera mesmo com o câncer em curso.
"O próximo exame é a ressonância nuclear magnética da próstata. O profissional consegue classificar as imagens como não suspeitas de câncer e pode verificar se existem nódulos", explica o urologista.
Já a biópsia vai confirmar se existe ou não a presença de câncer. "Na biópsia conseguir classificar se é mais agressivo, ou se é indolente, se vamos só acompanhar o paciente. Tudo isso é conversado", completa o presidente da SBU.
O tratamento pode vai depender de vários fatores. Em alguns casos, o tratamento imediato pode não ser necessário e os médicos recomendam a vigilância ativa (com acompanhamento regular). Em outros, a cirurgia de retirada da próstata é o suficiente. A radioterapia e o tratamento hormonal também podem ser indicados.
30-09-2023 - Sábado Amarelo, Campanha Todos Pela Vida.
Feira de Santana: Novos casos de raiva são registrados na Bahia.
Doença infecciosa viral foi confirmada em morcegos nesta quarta (20), em Feira de Santana.
Por g1 BA e TV Subaé.
Dois novos casos de raiva em morcegos foram confirmados pela prefeitura de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, nesta quarta-feira (20). A cidade é a segunda maior da Bahia e importante ponto de ligação entre Salvador e municípios do interior.
Os casos foram registrados nos bairros Gabriela e Queimadinha. Antes das confirmações desta quarta-feira, outros dois já tinham sido registrados nos bairros Gabriela e Caseb, em 24 de agosto e 5 de setembro.
Apesar das confirmações, não há registros de pessoas infectadas com a doença.
Devido aos novos casos, haverá aplicação da vacina contra a doença em cães e gatos na quinta-feira (21), no bairro Gabriela.
O g1 questionou a Sesab sobre o número de casos de raiva confirmados no estado e aguarda retorno.
Caculé: moradora do distrito de Várzea Grande vai até o PSF de carro de boi para fazer curativo
Nipah: como age o vírus que fez Índia fechar escolas e escritórios
Escolas e escritórios foram fechados em algumas partes do Estado do sul da Índia, Kerala, depois que cinco casos do raro vírus Nipah foram confirmados.
Até agora, duas pessoas morreram, enquanto outras três, incluindo uma criança, estão sendo tratadas no hospital.
As autoridades disseram na quarta-feira que testaram 706 pessoas, incluindo 153 trabalhadores de saúde, para verificar a propagação do vírus. Eles estão aguardando resultados.
Este é o quarto surto de Nipah em Kerala desde 2018.
Todos os casos foram relatados no distrito de Calecute, no norte de Kerala.
Uma das mortes ocorreu no início deste mês, enquanto a outra ocorreu em 30 de agosto.
O chefe do governo estadual, Pinarayi Vijayan, pediu às pessoas que evitassem aglomerações públicas em Kozhikode pelos próximos 10 dias.
Ele disse que seu governo estava levando as mortes "muito a sério" e pediu às pessoas que tivessem cautela, usando máscaras faciais e visitando hospitais apenas em casos de emergência.
Mas ele acrescentou que não há motivo para pânico, já que as pessoas que tiveram contato com os falecidos estão em tratamento.
Como ocorre a transmissão do vírus Nipah
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença é considerada zoonótica - ou seja, é transmitida de animais como porcos e morcegos frugívoros para seres humanos.
O vírus também pode ser transmitido por meio de alimentos contaminados e por contato com uma pessoa infectada.
Ao entrar no corpo humano, ele afeta o sistema respiratório e o sistema nervoso central.
Nem todas as pessoas apresentam sintomas visíveis. Outras, no entanto, desenvolvem sinais e consequências como:
Quando o vírus progride rapidamente, há risco de coma e morte. Nos casos mais graves, sobreviventes podem experimentar efeitos neurológicos de longo prazo.
A infecção pode ser diagnosticada com base no histórico clínico durante a fase aguda e de convalescença da doença. Os principais testes utilizados incluem a reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) em fluidos corporais e a detecção de anticorpos por ensaio imunoenzimático (ELISA).
Outros testes utilizados incluem o ensaio de reação em cadeia da polimerase (PCR) e o isolamento do vírus por cultura de células.
A taxa de mortalidade entre aqueles que contraem o vírus é alta - chega a 70% -, uma vez que não há remédio nem vacina disponível para tratar a infecção.
O tratamento se limita a controlar os sintomas e fornecer cuidados de suporte.
O ministro da Saúde da Índia, Mansukh Mandaviya, disse na terça-feira que o governo federal enviou uma equipe de especialistas a Kerala para avaliar a situação e auxiliar o governo estadual.
A ministra da Saúde do Estado, Veena George, disse na quarta-feira que os testes mostraram que a cepa do vírus no surto atual era a mesma encontrada em Bangladesh anteriormente.
"O movimento público foi restrito em partes do estado para conter a crise médica", disse ela, segundo a Reuters.
Ela também disse que equipes do Instituto Nacional de Virologia estabeleceriam um laboratório móvel no Colégio Médico de Kozhikode para testar o vírus e realizar pesquisas sobre morcegos.
O governo estadual estabeleceu uma sala de controle em Kozhikode para monitorar a situação e instruiu os trabalhadores de saúde a seguir protocolos de controle de infecção.
Surtos anteriores
O vírus Nipah foi inicialmente identificado em 1999 durante um surto que afetou criadores de suínos na Malásia. Desde então, não foram registrados novos surtos desse vírus no país.
Em 2001, o vírus foi identificado em Bangladesh, onde surtos quase anuais ocorrem desde então.
Em 2018, a Índia, e mais especificamente a cidade Calecute, relatou seu primeiro - e pior - surto de Nipah, quando 17 dos 18 casos confirmados morreram.
Em 2019, um caso foi relatado no distrito de Ernakulam e o paciente se recuperou. Mas em 2021, um menino de 12 anos na vila de Chathamangalam, infectado, morreu.
Uma investigação publicada pela Reuters em maio constatou que Kerala, um Estado tropical que está testemunhando acelerada urbanização e perda rápida de árvores, criou "condições ideais para um vírus como o Nipah emergir".
Especialistas dizem que, devido à perda de habitat, os animais estão vivendo em maior proximidade com os seres humanos, o que ajuda o vírus a saltar dos animais para os humanos.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), outras regiões também podem estar em risco de infecção, uma vez que evidências do vírus foram encontradas em reservatórios naturais conhecidos, como a espécie de morcego Pteropus, e em várias outras espécies de morcegos em diversos países, incluindo Camboja, Gana, Indonésia, Madagascar, Filipinas e Tailândia.
Licínio de Almeida: Professora Tatiana Faz Vaquinha Solidária Para Custear Prótese.
Tatiana já deu entrada pelo SUS, e até o presente momento Tatiana não foi convidada para entrevista e nem fez agendamento. Tatiana precisa passar por um especialista na cidade de Montes Claros, Mg, para saber o valor total do tratamento no particular.
“Olá a todos! Hoje venho compartilhar com vocês minha história de milagre e superação. Sou Tatiana, uma mulher guerreira, professora por vocação, mas esse ano fui diagnosticada tardiamente com trombose e como resultado perdi parte da perna esquerda, e após 3 meses de muita luta venci a enfermidade. Mas é preciso que a vida siga o seu curso. E é aí que entra sua ajuda. Preciso custear uma prótese com o custo estimado em 50 mil (devido à mobilidade para joelho e tornozelo) para isso estou fazendo uma vaquinha solidária. Qualquer ajuda é bem-vinda. Se você puder contribuir de alguma forma, fará grande diferença na minha vida. Sou professora ensinei a muitos e hoje estou reaprendendo o sentido da vida. Obrigada pela corrente de carinho e oração.” Conta Tatiana na rifa solidário que você pode estar acessando no Link a seguir Professora Tatiana - Milagre e superação | Vaquinhas online (vakinha)
Governo da Bahia diz que piso da enfermagem será pago na folha salarial de setembro
Serão beneficiados pelo auxílio financeiro complementar apenas profissionais que recebem menos que o piso de sua respectiva categoria.
Por g1 BA.
O Governo do Estado anunciou, nesta segunda-feira (4), que o piso salarial da enfermagem será pago neste mês de setembro. Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), todos os 8.958 profissionais do grupo que atuam sob gestão direta do órgão receberão o dinheiro na folha de pagamento no próximo dia 29, após o repasse realizado pelo Ministério da Saúde (MS), feito em 23 de agosto.
Em nota, a Sesab detalhou que, para os enfermeiros, o piso é de R$ 4.750. Para os técnicos de enfermagem, de R$ 3.325, e para auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375.
O órgão alertou que serão beneficiados pelo auxílio financeiro complementar apenas os profissionais que recebem menos que o piso de sua respectiva categoria. Conforme a Sesab, cerca de 55% dos profissionais da rede estadual recebem o piso ou acima dele. O restante passará a receber:
- o piso estabelecido por lei no final do mês corrente, com a diferença já incorporada aos vencimentos normais dos servidores, funcionários e profissionais contratados via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda);
- valores retroativos aos meses de maio a agosto.
Conforme a secretaria, os valores não entraram na folha do mês de agosto porque dependiam do entendimento da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Secretaria da Administração sobre o modo como o pagamento seria realizado.
Em relação aos servidores e funcionários municipais, a Sesab afirmou que o repasse foi feito pelo MS diretamente para as prefeituras que implantaram o piso para os profissionais. Já o repasse para organizações sociais que fazem gestão de unidades estaduais, entidades filantrópicas e prestadoras de serviço, com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), ainda dependem do Ministério e da PGE.
Para os profissionais da rede privada, o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), em julho deste ano, é de que haja negociação coletiva. No entanto, o piso dos profissionais que atuam em unidades particulares deverá ser pago se não houver acordo no prazo de 60 dias após a publicação da ata do julgamento, ou será obrigatório o cumprimento do piso salarial definido na lei federal.
Piso salarial da enfermagem
A Lei Federal nº 14.434/2022, que institui o piso salarial dos profissionais integrantes do Grupo Enfermagem (enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras), foi sancionada em agosto de 2022. O Piso Nacional da Enfermagem beneficia aqueles que realizam atividades em instituições de saúde públicas e privadas.
De acordo com entendimento da PGE, os pisos salariais definidos pela lei equivalem à carga horária de 44 horas semanais e 8 horas diárias. Para os cargos públicos de enfermagem, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteiras submetidos a carga horária reduzida, o valor do piso deve ser proporcional à carga horária respectiva quando inferior ao período.
Um cálculo pode auxiliar o trabalhador com jornadas menores a prever quanto receberá. Por exemplo: considere uma técnica de enfermagem que trabalha 30 horas semanais. O piso para técnicos com jornada de 44 horas semanais é de R$ 3.325. Dessa forma, ela receberá um valor igual a 30 x 3.325/44. Isto equivale a R$ 2.267.
Segundo a PGE, o cálculo do piso é composto pelo vencimento básico (parcela principal ou padrão de retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixo e irredutível), somado às vantagens pecuniárias de natureza Fixa, Genérica e Permanente, como a parcela fixa e invariável da Gratificação de Incentivo ao Desempenho – GID e as vantagens pessoais de caráter geral concedidas por lei.
Gratificações como adicional por tempo de serviço, estabilidade econômica, exercício de preceptoria, insalubridade, noturno e o de serviço extraordinário não estão incluídas.