Com quase 100 casos confirmados da Covid-19, Jânio Quadros decreta “toque de recolher”
por informecidade.
Menina com suspeita de coronavírus põe recado em saco de lixo para alertar garis em SC
Imagem circulou pelas redes sociais durante fim de semana. Criança tem 10 anos e mora em São José, na Grande Florianópolis.
Por NSC TV e G1 SC.
Com apenas 10 anos, uma moradora de São José, na Grande Florianópolis, escreveu um recado em um saco de lixo para alertar garis e profissionais da coleta do perigo de contaminação. Isso porque a menina, Renata Gaspar Kunh, está com suspeita do novo coronavírus. A imagem do bilhete fez sucesso nas redes sociais no fim de semana.
A mensagem diz: "Cuidado - lixo possivelmente contaminado. Bom trabalho!". A mãe, Jaqueline Joice Gaspar, contou que a filha Renata começou a sentir dor de cabeça, de garganta e no abdômen na última terça-feira (14). A principal suspeita dos médicos é de que o caso seja de Covid-19.
A menina precisou ficar internada e receber medicações para aliviar as dores que estava sentindo e, quando voltou pra casa, a orientação médica foi de isolamento. A mãe contou como a filha teve a ideia do bilhete. “Eu comecei a arrumar o lixo, que no sábado passava [a coleta de] o lixo, era sexta-feira. Uma vizinha aqui do meu apartamento, que eu já tinha contado pra ela da situação, que a gente ficaria em isolamento, ela se prontificou a descer com o meu saco de lixo com uma luva, com máscara certinho".
Enquanto a mãe preparava o material para o descarte, a menina questionou Jaqueline. "Ela me disse ‘mas, mãe, os garis que vão mexer no nosso lixo não sabem que a gente pode estar contaminado com Covid [19]. Como é que a gente vai fazer?’", contou a mãe. "Eu ainda a questionei, ‘não, filha, eles usam luva’. Mas ela disse ‘não, mãe, mas a gente precisa avisá-los. Eles são também o amor de alguém’”.
Então a menina foi até o quarto, pegou folha e lápis e escreveu a mensagem, que foi colada no saco de lixo. A foto do resultado do gesto de Renata viralizou após Jaqueline mandá-la nos grupos da família. A mãe espera que a atitude da filha possa sensibilizar mais gente. "Pelo menos que sirva para conscientizar as pessoas, né? Tantas pessoas com sintomas andando por aí e ela tentando cuidar de alguém que nem faz ideia se a pessoa está contaminada ou não”, disse.
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Vitória da Conquista : Taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 alcança 96%
Por TV Sudoeste.
A cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, tem 96% de taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19. Em Jequié, depois de vários dias com 100% de ocupação, houve uma diminuição no número.
Vitória da Conquista tem 96 leitos para tratamento de pacientes com Covid-19, 50 deles são de UTI e 46 são clínicos, que estão com 66% de ocupação. A prefeitura informou que, dessa taxa de 96%, 66% são de pacientes de outras 28 cidades da região e do norte de Minas Gerais, e os outros 30% são de pacientes da cidade.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) está com 100% de ocupação, tanto de leitos de UTI quanto de clínicos. O Hospital São Vicente está com a taxa de 75% nos leitos clínicos e 100% nos leitos de UTI. Já o Hospital das Clínicas está com 65% de ocupação nos clínicos e 95% de UTI.
Hospital Geral de Vitória da Conquista — Foto: Reprodução/TV Sudoeste
"Iremos abrir mais 10 leitos de Terapia Intensiva no Hospital Geral de Vitória da Conquista e estamos preparando mais 10 leitos para essa próxima semana, a serem inaugurados. Completam 40 leitos no HGCV, mais 20 leitos que estão funcionando também de UTI no Hospital das Clínicas de Conquista", disse Fábio Vilas-Boas, secretário de Saúde do estado.
Na quarta-feira (15), a prefeitura anunciou a contração de 20 leitos clínicos para atendimento exclusivo de casos da Covid-19 no Hospital São Vicente de Paulo, unidade filantrópica do município. Além disso, também serão instalados 20 leitos clínicos no Centro de Atenção Municipal Coronavírus.
De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde de Vitória da Conquista, a cidade registrou 1.365 casos confirmados e 25 mortes.
Também na região sudoeste, a Sesab informou que em Jequié, no Hospital Geral Prado Valadares, unidade exclusiva para tratamento do novo coronavírus, em Jequié, a taxa de ocupação de leitos de UTI diminuiu de 100% para 89%.
De acordo com o boletim divulgado pela prefeitura de Jequié, já foram registrados 2.103 casos confirmados e 51 mortes.
Hospital Prado Valadares, em Jequié — Foto: Saúde/GOVBA
Cerca de 20% da população de BH estaria infectada com novo coronavírus, segundo análise de esgoto da
Governo de Minas diz que a região metropolitana teria alcançado o pico de contaminação, mas pesquisadores alertam que é preciso aguardar os resultados das próximas semanas.
Por Thais Pimentel, G1 Minas — Belo Horizonte.
Pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto da Universidade Federal de Minas Gerais (INCT/UFMG) apontaram que a população infectada pelo novo coronavírus em Belo Horizonte pode ser 75 vezes maior que o informado pela Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com o monitoramento feito no sistema de esgoto, cerca de 500 mil pessoas estariam com o vírus, 20% da população de Belo Horizonte. A estimativa foi feita com base em amostras coletadas entre os dias 29 de junho e 3 de julho. Na época, o número de infectados na capital chegava a menos de sete mil pessoas, segundo as autoridades de saúde
Nesta sexta-feira (17), o boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura apontava 13,7 mil casos confirmados e 329 mortes.overflow: hidden !important;">
Nas últimas cinco semanas de pesquisa, 100% das amostras coletadas nas duas bacias que recebem esgotos de Belo Horizonte e de Contagem (MG), dos ribeirões Arrudas e do Onça, estavam contaminadas com o novo coronavírus.
Ainda segundo a pesquisa, houve rápida aceleração na estimativa de infectados. Na 25ª semana de monitoramento, o vírus teria alcançado cerca de 230 mil pessoas. Duas semanas depois, este número mais que dobrou.
O patamar de 500 mil infectados pode indicar que a Região Metropolitana de Belo Horizonte tenha atingido o pico da doença, o que confirmaria as previsões da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
Em nota, o governo informou que “o resultado reafirma a projeção das autoridades sanitárias quanto ao chamado platô da doença". Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, “entende-se por 'platô' uma espécie de estabilização gráfica, em linha reta, da curva de casos da doença, conforme a conjuntura epidêmica e a da demanda por leitos na rede pública de saúde”.
Na semana seguinte, a estimativa caiu para 350 mil pessoas infectadas na capital, porém, segundo os pesquisadores, “torna-se necessário aguardar os resultados das duas próximas semanas para confirmar se existe realmente uma tendência de queda no número de pessoas infectadas”.
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Estudo de Oxford associa hidroxicloroquina ao agravamento de casos de Covid-19 e mortes
Resultados preliminares publicados nesta quarta-feira (15), de um estudo liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, associaram o uso da hidroxicloroquina a piora do quadro e morte pela Covid-19 em 1,5 mil pacientes com a doença.
Os ensaios que testavam o medicamento contra a doença fazem parte do conjunto de ensaios clínicos "Recovery", que analisa vários remédios para a Covid-19 em 11 mil pacientes britânicos. O braço com a hidroxicloroquina começou os testes no dia 25 de março, mas foi suspenso no início de junho, quando os cientistas anunciaram que não houve benefício no uso dele para a infecção.
Segundo o estudo, que ainda não passou por revisão de outros cientistas (a chamada "revisão por pares"), a hidroxicloroquina não reduziu a mortalidade e foi associada a períodos de internação mais longos e risco aumentado de morte ou necessidade de ventilação mecânica para o paciente.
"Embora preliminares, esses resultados indicam que a hidroxicloroquina não é um tratamento eficaz para pacientes hospitalizados com Covid-19", dizem os cientistas de Oxford.
Eles destacam, ainda, que as estatísticas constatadas no estudo "descartam qualquer possibilidade razoável de benefício significativo de mortalidade" pelo uso do remédio.
Os pesquisadores pontuaram, entretanto, que os resultados se aplicam a pacientes hospitalizados com a doença, e não ao uso do remédio para prevenção (profilaxia) ou em casos leves de Covid-19.
Para avaliar a substância, foram comparados 1.561 pacientes que tomaram o medicamento com outros 3.155 que não tomaram (o grupo controle).
A hidroxicloroquina é usada para tratar doenças autoimunes, como o lúpus, e alguns tipos de malária. O principal risco no uso do remédio, disseram os pesquisadores, é para o coração, podendo causar arritmias. Esse efeito pode ser agravado se o remédio for usado em associação com a azitromicina, um antibiótico.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) também chegou a testar o medicamento, mas suspendeu os ensaios de forma definitiva há cerca de um mês, depois de uma suspensão temporária e de retomar as tentativas.
Ensaios Recovery
Os ensaios Recovery são um conjunto de testes feitos com mais de 11 mil pacientes internados por Covid-19 no Reino Unido. As pessoas são divididas, de forma aleatória, entre os seguintes tipos de tratamento:
- Lopinavir-Ritonavir (comumente usado para tratar o HIV)
- Dexametasona em baixa dose (um tipo de esteroide, usado em várias doenças para reduzir a inflamação)
- Hidroxicloroquina, que é usada para tratar malária e algumas doenças autoimunes, como o lúpus (ensaio suspenso e que não demonstrou eficácia)
- Azitromicina (antibiótico)
- Tocilizumab (tratamento anti-inflamatório administrado por injeção)
- Plasma convalescente (coletado de doadores que se recuperaram da Covid-19, com anticorpos para o novo coronavírus (Sars--CoV-2).
Neto propõe adiamento do Carnaval para maio ou junho em conjunto com Rio e São Paulo
Oprefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou que irá propor um adiamento conjunto do Carnaval 2021 para São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades que recebem a festa caso a pandemia do novo coronavírus ainda não permita a circulação de pessoas nas ruas.
Em entrevista à CNN neste domingo (12), Neto afirmou que é uma possibilidade realizar o Carnaval entre maio e junho do ano que vem para que a festa não seja cancelada por completo.
"Todo mundo sabe que além de prefeito, eu sou um carnavalesco nato. Eu amo Carnaval e toda vez que lembro que até novembro iremos tomar uma decisão nesse assunto, me aperta o coração", disse o prefeito.
"Primeiro, aguardar pra ver se teremos uma vacina que possa assegurar a imunidade. (...) Se não der pra fazer com segurança, irei propor para os prefeitos das principais cidades que fazem o Carnaval no Brasil, inclusive os prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro, e outros colegas prefeitos, para que a gente pense talvez num adiamento conjunto do Carnaval no ano que vem", completou.
ACM Neto também falou que é possível pensar em antecipar feriados municipais para criar um Canaval fora de época após fevereiro. "Mas sem atrapalhar os festejos juninos. Talvez essa possa ser uma alternativa caso o Carnaval não tenha condições de acontecer em fevereiro. Mas ainda não é hora de cravar nenhuma posição definitiva", concluiu.
'Exército está se associando a genocídio' na pandemia do novo coronavírus, diz Gilmar Mendes
Oministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), fez duras críticas à ocupação de militares em postos de comando no Ministério da Saúde em meio à pandemia do novo coronavírus, em funções antes exercidas por quadros técnicos.
Segundo ele, o vazio de comando na pasta não é aceitável. O general Eduardo Pazuello, que não tem nenhuma experiência prévia na área de saúde, exerce o posto de ministro interino há 57 dias, sem que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dê sinais que nomeará um novo titular. Gilmar disse que a situação liga o Exército a um "genocídio" causado pela Covid-19.
"Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa. Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso", criticou.
O ministro participou na tarde deste sábado (11) de um debate online organizado pela revista IstoÉ e pelo Instituto Brasiliense de Direito Público. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o médico Drauzio Varella também fizeram parte da bancada de debatedores.
Logo depois das declarações de Gilmar, Mandetta também criticou o que chamou de "ocupação militar" na pasta que comandou até abril. Segundo ele, a situação deveria ser tratada com a mesma indignação que ocorreu com as denúncias de que Bolsonaro tentava interferir na Polícia Federal.
"Parece que na minha sucessão trocaram metade, e depois trocaram absolutamente todo o corpo técnico. Aí que está o maior problema. Vi toda aquela discussão do ministro Moro e todos abrindo inquérito para saber se havia ingerência na PF. Acho muito importante que nós averiguemos a interferência na PF. Mas e o desmanche do Ministério da Saúde na maior pandemia do século?", desabafou. "E não é nem uma interferência no Ministério da Saúde, é uma aniquilação. Uma ocupação militar do Ministério da Saúde".
No início do debate, Mandetta já havia feito críticas à gestão de Pazuello à frente da pasta, marcada pela tentativa de esconder os dados sobre os contaminados e os mortos pelo novo coronavírus. Segundo ele, o "Ministério da Saúde perdeu a credibilidade" para dialogar com a sociedade.
Mandetta ainda alfinetou Pazuello. Ao assumir o cargo, o general foi elogiado por membros do governo por sua experiência em cargos ligados à logística do Exército. "Ao invés de especialistas em logística, parece que são especialistas em balística. Porque eu só vejo acúmulo de óbitos nessa política que está sendo feita", ironizou ao ser questionado sobre o protocolo para o uso da cloroquina implantado pela atual gestão do Ministério da Saúde.
Homem é preso suspeito de estuprar mulher dentro de veículo no sudoeste da Bahia
Prisão aconteceu nesta sexta-feira (10), em Vitória da Conquista. Vítima disse à polícia que foi abandonada no Anel Viário da cidade.
Por G1 BA.
Um homem foi preso em flagrante nesta sexta-feira (10) suspeito de estuprar uma mulher em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. De acordo com a Polícia Civil, a vítima disse que foi drogada e, depois de ser abusada dentro de um veículo, foi abandonada no Anel Viário da cidade.
O crime aconteceu na madrugada de quinta-feira (10). A Polícia Civil informou que o suspeito foi encontrado em um apartamento do Mirante da Conquista, com duas pequenas porções de maconha. Não há informações sobre como o fato ocorreu e se o homem conhecia a vítima.
O carro do suspeito foi apreendido e ele foi preso pelo crime de estupro de vulnerável. Não há detalhes sobre o estado de saúde da vítima. O caso é investigado pela 10° Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) em apoio a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam).
Diretor da OMS chora em apelo contra covid-19: 'Por que é tão difícil para humanos se unirem?'
Discurso de Tedros Adhanom Ghebreyesus é feito no momento em que os EUA põem em ação seu plano para sair da Organização Mundial da Saúde.
Por BBC.
Com 12 milhões de pessoas contaminadas por Covid-19 e 550 mil mortos no planeta até o dia 9 de julho, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo emocionado ao mundo.
Tedros Adhanom Ghebreyesus advertiu na quinta-feira (9) que a pandemia do novo coronavírus segue fora de controle e, em prantos, pediu unidade para a humanidade, dias depois de os Estados Unidos entrarem com pedido formal de saída da OMS.
"A grande ameaça que enfrentamos agora não é o vírus em si, mas a ameaça é a falta de liderança e solidariedade em níveis globais e nacionais", disse o diretor da OMS em Genebra, na Suíça.
Em um discurso emocionado, cheio de pausas, ele disse: "Esta é uma tragédia que... na verdade... está nos fazendo sentir falta de nossos amigos. Perdendo vidas... E não podemos enfrentar essa pandemia com um mundo dividido".
"Por que é tão difícil para os humanos se unirem, para lutar contra o inimigo?"
Nos últimos dois dias, foram 170 mil casos novos confirmados de Covid-19, o que representa uma queda em relação aos 200 mil do fim de semana anterior. Ainda assim, os números são considerados altos demais.
As Américas são o continente mais afetado, com 6,12 milhões de contágios confirmados e 272 mil mortes oficiais. Isso é metade de tudo que foi registrado no mundo. O Brasil segue sendo o país com o segundo maior número de casos e mortes no mundo, atrás apenas dos EUA.
Diante desse cenário, o direto da OMS disse que a pandemia "é uma prova de solidariedade e liderança global" e voltou a pedir a unidade de todos os países.
"Isso está matando pessoas de forma indiscriminada. Não podemos ser capazes de identificar um inimigo comum? Não podemos entender que as divisões ou separações entre nós são realmente vantajosas para o vírus? A única maneira é estarmos juntos."
Enquanto isso, os Estados Unidos seguem com seu processo de saída da OMS. O presidente americano, Donald Trump, finalmente pôs em prática o plano depois de passar meses criticando a entidade.
Na visão americana, a OMS administrou mal a crise do coronavírus e se mantém subordinada à China.
A OMS anunciou nesta quinta-feira a formação de um painel para avaliar a sua resposta à crise de saúde, para responder aos questionamentos dos Estados Unidos.
Brasil registrou 1.270 óbitos em 24 horas e tem 70 mil mortes por corona vírus e mais de 1,8 milhão
Brasil tem 70 mil mortes por coronavírus e mais de 1,8 milhão de infectados, mostra consórcio de veículos de imprensa.
O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da epidemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta sexta-feira (10).
O país registrou 1.270 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 70.524 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil na última semana foi de 1.039 por dia, uma variação de 3% em relação aos óbitos registrados em 14 dias. Em casos confirmados foram 45.235 registrados no último dia, com o total de 1.804.338 de brasileiros infectados pelo novo coronavírus.
Ao comparar a curva do Brasil com outros países também duramente afetados pela doença, especialistas apontam que a pandemia no país não chegou a um pico e uma queda na sequência. Em vez desse comportamento, visto em países da Europa como Reino Unido, Itália e França, os dados mostram que as mortes seguem estáveis em um platô, com patamar alto na média de mortes.
Veja a seguir:
Brasil, em 10 de julho
- Total de mortes: 70.524
- Mortes em 24 horas: 1.270
- Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 1.039 por dia (variação em 14 dias: 3%)
- Total de casos confirmados: 1.804.338
- Casos confirmados em 24 horas: 45.235
(Antes do balanço das 20h, o consórcio divulgou dois boletins parciais, às 8h, com 69.316 mortes e 1.762.263 casos confirmados, e às 13h, com 69.406 e 1.768.970.)
Estados e DF
Veja como o número de novas mortes tem variado nas últimas duas semanas:
- Subindo: PR, RS, SC, MG, DF, GO, MS, MT, TO, PI
- Em estabilidade: ES, SP, AM, AL, BA, CE, MA, PB, RN, SE, RR, RO
- Em queda: RJ, AC, AP, PA, PE
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da epidemia).
Sul
- PR: +84%
- RS: +85%
- SC: +24%
Sudeste
- ES: 0%
- MG: 60%
- RJ: -19%
- SP: -1%
Centro-Oeste
- DF: +61%
- GO: +74%
- MS: +56%
- MT: +31%
Norte
- AC: -44%
- AM: -1%
- AP: -40%
- PA: -22%
- RO: -14%
- RR: -3%
- TO: +42%
Nordeste
- AL: +5%
- BA: +10%
- CE: 0%
- MA: -8%
- PB: +9%
- PE: -26%
- PI: +18%
- RN: -10%
- SE: +6%
O que se sabe sobre tratamento brasileiro que teria eliminado HIV de paciente
Resultados de pesquisa conduzida na Unifesp foram apresentados em conferência internacional sobre Aids.
O caso de um homem brasileiro de 35 anos que está há mais de 57 semanas sem sinais do vírus do HIV no corpo — com o qual fora diagnosticado em 2012 — após receber tratamento em um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) é um dos destaques da 23ª Conferência Internacional da Aids, realizada ao longo desta semana online.
Nesta terça-feira (7), o líder da equipe, o médico brasileiro Ricardo Sobhie Diaz, apresentou brevemente o caso em uma coletiva de imprensa virtual, disponível no YouTube.
- Pesquisa brasileira aponta que coquetel de medicamentos eliminou o vírus da Aids em paciente
A BBC News Brasil tentou obter entrevista e materiais sobre a pesquisa com a Unifesp e a organização da conferência internacional, mas não teve retorno até a noite de terça-feira (7).
Na coletiva de imprensa, a mediadora apresentou a pesquisa brasileira como possivelmente o "primeiro caso de remissão a longo prazo do HIV sem um transplante de medula" — procedimento usado em dois casos considerados curados no mundo, na Alemanha e no Reino Unido.
No caso do estudo da Unifesp, o tratamento foi à base de medicamentos.
"O paciente esteve sob tratamento regular com antirretrovirais e, além do uso deste coquetel, foi colocado aleatoriamente em um grupo (no experimento) que recebeu também, por 48 semanas, dolutegravir, maraviroc e nicotinamida", explicou Diaz, doutor em infectologia e diretor do Laboratório de Retrovirologia do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp).
O tratamento adicional com dolutegravir, maraviroc e nicotinamida foi recebido pelo homem em 2016; depois do período de 48 semanas, ele voltou a usar somente o coquetel regularmente utilizado para controlar a Aids.
Em março de 2019, ele parou de receber qualquer tratamento contra o HIV. Testes laboratoriais rotineiros em seu organismo desde então não detectaram o material genético do vírus.
Diaz também comemorou que houve um "declínio muito forte" nos anticorpos detectados — uma vez que estes são uma resposta a microrganismos potencialmente nocivos, seu sumiço é outro indicativo de eliminação do vírus.
Na coletiva, o brasileiro foi questionado por colegas se os resultados que mostraram quedas do DNA do vírus e anticorpos foram confirmados também em laboratórios independentes, ao que respondeu que ainda não. A necessidade de comprovar estes resultados em novos e independentes testes foi uma lacuna importante apontada por cientistas que comentaram as limitações da pesquisa brasileira.
Ao jornal americano New York Times, Monica Gandhi, especialista em HIV na Universidade da Califórnia em San Francisco e uma das organizadores da conferência, afirmou que os resultados são "animadores", mas "ainda muito preliminares".
"Trata-se de apenas um paciente, então acho que não podemos dizer que o procedimento garante a remissão", declarou Gandhi.
Também não ficou claro o que aconteceu com outros pacientes que receberam a mesma combinação de medicamentos que o homem de 35 anos em 2016.
Há alguns anos, Diaz e sua equipe vêm trabalhando com duas frentes para tratamento — e eventual cura — da Aids. Uma é com o tratamento medicamentoso que bloqueia a replicação do vírus e elimina células em que ele fica latente; a outra, uma vacina que estimula o sistema imunológico no combate ao patógeno.
"A ciência não é cheia de certezas"
Da última vez que entrevistei Artur Avila, em 2014, ele estava em Seul. Acabara de receber a Medalha Fields, honraria frequentemente comparada ao Prêmio Nobel, concedida aos melhores matemáticos do mundo com menos de 40 anos. Único brasileiro agraciado com a láurea, Artur é não apenas um dos cientistas de maior sucesso do país. Também é a prova viva de como é possível formar pesquisadores de qualidade internacional aqui no Brasil. Doutorado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) em 2001, ele divide seu tempo desde então entre pesquisas em Paris, Rio de Janeiro, Zurique e aonde mais a matemática o levar. Como parte da iniciativa #CientistaTrabalhando, promovida pelo Instituto Serrapilheira para celebrar o Dia Nacional da Ciência, Artur conversou comigo ontem, enquanto caminhava por ruas e bulevares parienses. Descreveu as dificuldades e oportunidades para cientistas no Brasil, criticou as ambições de modelos matemáticos adotados na pandemia, analisou as origens do pensamento anticientífico e, distraído, percebeu a certa altura que estava perdido. Queria ir para casa, perto da Praça da Bastilha, mas a caminhada o levara até a Praça da Nação. “Sou totalmente sem noção de direção”, disse. “Fui pra onde o nariz apontou na conversa.” Mas rapidamente recobrou o rumo. Da caminhada e da prosa. Abaixo, os trechos principais:
O que mudou na sua vida depois da Medalha Fields? Você é reconhecido na rua? Pedem autógrafo?
Na carreira acadêmica, isso põe você numa posição mais tranquila. Tenho a vantagem de poder escolher onde vou trabalhar e facilidades pessoais. Mas, no final das contas, matemática é matemática. Entre as ciências, é a que dá menos importância à hierarquia. Não existem argumentos de autoridade. A liderança depende da capacidade de tomar decisões certas a cada hora. Um pesquisador hiper-reconhecido pode dialogar com um estudante principiante e, se o estudante estiver certo e mostrar isso, terá de aceitar. Isso é muito bom, é uma maneira de não viciar a prática. Eu já tinha reconhecimento entre matemáticos antes da medalha. O que mudou foi o reconhecimento fora da matemática, que se traduz no fato, por exemplo, de dar esta entrevista, porque podem considerar que sou alguém a ouvir como cientista. No Brasil, não há tantos cientistas com reconhecimento público. Quando sou levado a encontros com jovens, então, tenho um papel que pode ser motivante, útil para um iniciante ter a ideia de que é possível haver um pesquisador de sucesso internacional vindo do Brasil. No nível pessoal, quando estou no Brasil, não tem muita diferença, não costumo ser reconhecido na rua.
Você é um dos cientistas brasileiros mais bem-sucedidos. Também mora há muito tempo fora do país. Quais as dificuldades de fazer ciência no Brasil? Há vantagens?
Há dificuldades específicas do Brasil e existe um panorama mais geral, internacional. Não devemos ter essa ideia de que a vida do cientista fora do país é essa maravilha toda. Depende do nível da carreira. Fora, a situação do jovem pesquisador que tenha terminado um doutorado costuma ser bastante precária. Não há empregos permanentes por muito tempo. Muitos ficam em situação de dificuldade, de pós-doutorado em pós-doutorado, com poucos anos de diferença, frequentemente têm que mudar de país. Fica difícil criar laços familiares. É psicologicamente bem pesado, mas é a realidade. Um pesquisador que atingiu a estabilidade já terá uma situação diferente. Isso é válido na Europa, nos Estados Unidos e em outros lugares. No Brasil, existem dificuldades específicas, que se traduzem em problemas e oportunidades também. A ciência no Brasil é jovem em comparação com os grandes centros internacionais. Uma dificuldade que vem daí, associada a outros problemas do país, é que não existe política estável de pesquisa. Mas existe alguma coisa que pode ser positiva em relação à Europa: essa mesma juventude significa que há um potencial de crescimento bem maior. Na Europa, a situação está saturada, a comunidade acadêmica está consolidada, não há espaço para crescer. Só há abertura para novos pesquisadores na medida em que outros se aposentam. No Brasil, há potencial de crescimento. Não é realizado de maneira eficaz, mas é algo que dá esperança.
O que o Impa, onde você se formou, tem de diferente em comparação com o resto da ciência nacional?
É uma instituição não muito comum no cenário brasileiro. Por uma questão da formação e questões históricas, foi um instituto criado com uma concepção específica, por pesquisadores independentes, que tentaram fazer um grupo pequeno, focado na excelência. Cresceu com a ideia de sempre chegar num alto nível internacional de pesquisa. Isso foi possível, em particular, porque você não precisava de recursos para competir imediatamente. Precisava criar a oportunidade de atrair pessoas. Mas isso é menos complicado que competir com um laboratório no exterior. Não é uma instituição ligada a uma universidade, que sofra as mesmas pressões. Está focada na pesquisa e no ensino de pós-graduação, embora depois tenha se tornado algo que influencia a matemática num nível maior no Brasil. Várias coisas permitem que o Impa tenha se estabelecido nessa situação ao longo do tempo. Hoje funciona de maneira eficiente, tem reconhecimento internacional, as questões práticas são bem resolvidas. Mesmo que seja afetado pelo que acontece no nível nacional, continua insulado das principais dificuldades que afetam outros departamentos e universidades.
Que tipo de dificuldade?
A maioria dos governos que se estabelecem não tem muita noção de por que se investe em ciência e de como a ciência funciona. Entra governo, sai governo, você tem a impressão de que o ministério correspondente é um adendo para distribuir cargos a aliados políticos, não algo central ao país. Não há política de desenvolvimento científico. Na instabilidade, pode haver oportunidades num certo momento, depois muda a situação, aí elas são cortadas brutalmente. Isso afeta todo mundo que tinha investido sua educação e seus sonhos, que acaba tendo as esperanças traídas por sucessivas decisões governamentais. Minha impressão é que é algo que acham que têm de fazer, mas não sabem por que nem como se faz.
Há ignorância a respeito da importância da ciência mesmo na elite política?
De como a ciência funciona também. Não sabem nem para que nem como se faz. As decisões tomadas são incompatíveis com ciência de qualidade. Você cria grupos, inicia projetos, depois corta. Toda essa ciência que para no meio do caminho não obtém resultados. Costumo fazer uma analogia: o governo é sensível à ideia de que é importante buscar estabilidade nos mercados, para investidores sentirem confiança e apostarem no país. Essa compreensão é fácil na economia. Pois o mesmo raciocínio se aplica à ciência. Você não desenvolverá ciência numa situação de instabilidade. Isso vale do ponto de vista pessoal. Quem tem certas características e habilidades não investirá a juventude numa direção, quando de repente tudo pode mudar completamente. Você faz um doutorado, acaba, daí as coisas não existem mais. Não é razoável. Não dá para atrair capital humano para fazer um investimento pessoal nessa situação. Dependendo de como for, as pessoas não vão topar. O mesmo talento de que precisam para ser cientistas capazes serve para arrumar empregos mais estáveis. Por mais que você ame fazer ciência, que isso faça você sonhar, pode ser até loucura seguir a carreira num panorama assim.
Do ponto de vista do trabalho, a matemática é diferente?
Cada atividade científica tem suas características. A matemática é uma coisa relativamente barata de fazer, se comparada a ciências em que você tenha experimentos. Se não tiver condições e recursos para eles, simplesmente não pode avançar. Em matemática, só é preciso ter os pesquisadores. Na maioria dos casos, trabalham com a própria cabeça, precisam apenas de um quadro negro ou coisa do tipo. É uma atividade mais barata.
Nunca a ciência foi tão atacada. Na pandemia, o negacionismo tem consequências dramáticas. Existe algo que possamos fazer? Como sair desse impasse?
Nem é preciso entrar em muitos exemplos – penso logo nas vacinas – para ver que a postura anticientífica é atraente em certos meios. Por que isso acontece? Primeiro, está associado à polarização política. As pessoas escolhem seu campo a priori. Estão tão atreladas à própria posição, que a ciência que desafiá-la precisa ser descartada para continuarem a viver bem. Quando se recusam a criticar o próprio campo ideológico, isso conduz, de certa maneira, a rejeitar a ciência que apresentar uma crítica a ele. É parte da maneira como as pessoas vivenciam a política. Todo mundo na verdade está exposto a isso. É preciso reconhecer que, em qualquer lado da polarização que você esteja, filtrará as informações e rejeitará conclusões científicas contrárias. Não é questão de dizer que todo mundo é igual. Mas, quando a gente faz uma crítica – e deve sempre criticar – a posições como o terraplanismo, é sempre bom ver se não se dispõe a fazer o mesmo quando a crítica vier na sua própria direção. O discurso político é muito raso para comportar a complexidade de uma discussão científica. Inclusive porque a ciência não é cheia de certezas. Lidar com a nuance e com a maneira como ela se desenvolve, com margens de erro, é complicado. Quando vira um Flá-Flu, quando você fica torcendo pra sair o resultado que quer, não olha para a ciência como uma fonte de saber, mas só para tentar justificar ações que já tinha decidido anteriormente.
Isso vale para a pandemia, não?
É realmente um assunto complexo. As pesquisas que a gente tem que fazer neste momento são muito difíceis. As evidências são parciais, porque você simplesmente não tem condições de esperar o tempo natural da ciência, que é lento, para tomar decisões com o nível de certeza que todos gostaríamos. Gostaria de poder ter mais e mais dados para tomar a decisão correta. Só que não agir pode levar a consequências piores. Pela própria natureza, são questões não só científicas, mas decisões da sociedade. Todos os campos, inclusive ciências humanas, têm de interagir para entendermos como atuar na situação em que estamos. E não só ciência. A ciência só pode fazer uma parte do papel. Por outro lado, para além das asneiras e teses conspiratórias, a população passa a encarar a ciência como um recurso numa situação dessas. Os cientistas é que vão ajudar. Não sendo milagreiros, eles são nossa melhor esperança. Isso reforça a importância da ciência.
Também é um desafio para os próprios cientistas, que não estão acostumados a fazer a ciência em tempo real…
Não é aquilo a que eu, pelo menos, estou acostumado (risos). Faço matemática pura, num tempo em que não existem deadlines. Meus problemas não respondem às pressões do mundo real. Mas, como muita gente que não é epidemiologista nem especialista, me interessei pelos temas e tentei entender quais eram as dificuldades. Há primeiro problemas metodológicos: como obter dados de qualidade enquanto há pessoas morrendo? Não é a situação ideal para conseguir dados muito limpos, e você tem de lidar com o tem. Isso também pode levar a questões teóricas: como lidar com esses dados ruins para chegar a alguma conclusão que preste?
Como a área que você pesquisa, sistemas dinâmicos, se relaciona com o que a gente está vivendo na pandemia?
Gosto de brincar que, quando olho para as equações gravitacionais, formulo questões que dizem respeito a escalas de tempo muito maiores que a vida do Sistema Solar. São modelos em que o fato o Sol ter explodido não interfere no que vejo. Obviamente, olhando para a pandemia, interessado em estimar qual era a real situação, tentei fazer considerações sobre as possíveis dificuldades. Na minha capacidade de analisar, observei que, de maneira geral, há a tendência de a modelagem ser feita em excesso. O problema é às vezes ter confiança demais nos modelos. Há modelos extremamente complexos, complicados demais para a situação atual, porque as incertezas passam por cima das capacidades deles. Falo isso orientado por sistemas dinâmicos. Quando modelo com extrema precisão o que acontece, tenho perfeita noção de que essa análise tão fina só será válida se valer esse modelo. Se houver uma pequena variação, talvez precise de uma análise mais robusta. As pessoas ficam achando que, se puserem mais e mais complexidade no modelo, podem ter mais confiança. Isso não é necessariamente verdade. Você precisa aceitar a incerteza. Pensa no problema que a gente está tentando entender: a progressão da pandemia nos estágios iniciais. Seria fundamental ser capaz de dar uma previsão válida para daqui a algumas semanas, para orientar os recursos. Seria desejável. Por outro lado, a natureza do problema introduz um nível de incerteza tão grande que torna um pouco inúteis os números que sairiam daí. A natureza das interações humanas e a heterogeneidade das redes de relações podem ter muito mais relevância. O pessoal estava tentando achar números que representassem a transmissão, mas o mais importante podem ser pequenos detalhes da rede de interação, especialmente num momento de pequena prevalência do vírus. Os modelos se tornam bem mais robustos quando boa parte da população já está infectada, aí se torna mais razoável supor certas uniformidades na distribuição. A gente tem o desejo de poder dar a melhor informação possível, mas o que a ciência frequentemente ensina, quando olho para problemas da realidade, é que você deve se preocupar com o limite do que poderia conhecer. Deve tentar identificar o ponto além do qual você não terá mais certeza, por mais que se esforce, por mais que tente modelar. Cheguei a isso. É uma coisa compreendida em previsões de tempo. A incerteza faz com que, por mais que você coloque novas estações meteorológicas, chega um momento – e não é muito longe – em que não consegue dizer se faz sol ou chuva. A perda de informação é muito rápida, você não consegue lutar contra efeitos exponenciais. A situação da pandemia não é muito diferente. Mas esse conhecimento que a ciência traz, mesmo que seja um conhecimento negativo, é útil, porque você fica sabendo como pode reagir. A gente sabe que terá de tomar uma decisão diante de uma situação inerentemente incerta. Talvez não seja a informação que a gente gostaria, mas é alguma coisa.
Quem olha para a ciência esperando a verdade, como uma espécie de oráculo que separa o certo do errado, está no fundo iludido. Quanto do negacionismo não se origina nessa expectativa absolutista diante da verdade? Afinal, a ciência não tem resposta para tudo.
A gente tem muita incerteza, principalmente nessa situação em que faz ciência em tempo real. Não é o tempo natural da ciência. Pessoalmente, reservo a palavra "negacionismo" para situações bem estabelecidas. Há tanta incerteza no momento, que usá-la muito cedo acaba por associá-la a situações mais claras, em que o consenso científico é muito maior. Não é que eu tenha dúvidas da ciência, não tenho nenhuma. Mas é que isso encoraja o pessoal a reagir de maneira mais virulenta. A ciência, neste momento principalmente, aparentará oscilar. Uma hora os cientistas recomendarão uma coisa, outra hora podem recomendar o contrário. Não é bom usar prematuramente essa terminologia, numa situação em que a coisa pode mudar. O problema de quem adota uma posição inerentemente anticientífica é que, por acidente completo, de repente pode estar certo por acaso. Se as recomendações se tornarem o contrário do que eram, não quer dizer que a ciência estava errada. A ciência foi apenas ampliando o conhecimento. Usando essa terminologia, porém, as pessoas se sentirão encorajadas a fazer interpretações de que a ciência na verdade tem uma função política. É por isso que tento evitar. É um vocabulário que pode encorajar o lado anticientífico. A gente tem que aceitar a incerteza e dizer que existe uma gama de possíveis conclusões a partir do nosso conhecimento atual. E guardar o negacionismo para situações mais claras, como o Holocausto, bem diferente de questões que os cientistas ainda debatem. É preciso evitar o excesso no uso de linguagem, porque a gente pensa que está ajudando a clarificar uma coisa, mas pode ter o efeito inverso: levar as pessoas a duvidar mais ainda, porque as incertezas evidentes podem dar a impressão de que a ciência não é uma coisa séria.
O que seria mais importante para os leigos entenderem de como funciona a ciência ou a matemática?
A gente usa o termo ciência para várias coisas diferentes. Minha área particular, de que posso falar com conhecimento de causa, lida com conceitos totalmente abstratos, com pouca preocupação com as possíveis aplicações. O trabalho do matemático, nessa concepção quase artística, é útil no desenvolvimento de outros campos da matemática, mais aplicados. Descobertas em certos contextos particulares, dissociados de aplicações, podem depois ser essenciais em aplicações. Isso acontece a todo momento. Também funciona de maneira mais geral. Áreas científicas diversas podem se beneficiar mutuamente. A física se beneficia da matemática. A matemática se beneficia da física. A física cria problemas que chamarão atenção dos matemáticos e abrirão perspectivas que não teriam sido descobertas isoladamente. Existe essa coerência. Quando se pensa no desenvolvimento da ciência, é particularmente importante enxergá-la como um todo. É equivocado tentar traçar cedo demais em que direção a pesquisa deve ir. Pode ser tentador, se a gente tem recursos limitados, dirigir esses parcos recursos para tentar fazer coisas úteis de maneira mais direta. Mas isso não levará aos melhores resultados, mesmo dentro dessa perspectiva limitada. Simplesmente porque você não sabe. A pesquisa original, aquela que pode ser chamada realmente de pesquisa, só responderá àquilo você não sabia antes. Envolve um processo de descoberta em que não se sabe de onde as coisas virão. Podem vir de outra área que você nunca poderia intuir. Precisa haver então um desenvolvimento amplo para responder mesmo às questões práticas, mesmo àquelas que parecem bem claras. Falo em geral isso restrito à matemática. Você precisa pensar na matemática unificada, não dá pra pensar em pura e aplicada. É preciso haver o diálogo, porque é o diálogo que leva as coisas para frente. A mesma perspectiva funciona de maneira mais ampla nas interações da matemática com outras ciências e das demais ciências entre si. É algo que precisa ser compreendido quando se faz qualquer política de ciência. As pessoas acham que a ciência existe para responder a questões precisas, que é possível dar recursos para responder somente a essas questões. Mas aí você não responde nem a elas, nem coisa nenhuma, porque não faz ciência de verdade.
Colapso na saúde: Santa Casa BH chega à ocupação de 100% dos leitos de UTI
Licínio de Almeida: MÃES ADOTIVAS TEM DIREITO AO SALÁRIO MATERNIDADE?
Melbourne tem novos casos de Covid-19 após falha em quarentena que incluiu sexo entre seguranças.
Primeiro-ministro da Austrália determinou abertura de inquérito para investigar situação. Apenas australianos e residentes podem entrar no país, mas devem passar duas semanas de quarentena em hotéis; em apenas um deles foram registradas 31 contaminações.
Por G1.
Uma nova onda de casos de Covid-19 está atingindo o estado de Victoria, na Austrália, após falhas de segurança em hotéis onde pessoas que chegaram do exterior cumpriam quarentena. Entre as denúncias, há inclusive casos em que os seguranças contratados para impedir a circulação dos hóspedes teriam feito sexo com alguns deles.
Atualmente, apenas australianos ou pessoas com residência no país podem entrar na Austrália, e mesmo assim, são obrigados a cumprir 14 dias de quarentena, em isolamento em hotéis, que estão sendo controlados pelo governo.
Em pelo menos três deles foram relatados casos de contaminação devido às irregularidades na segurança. Apenas no Stamford Plaza, em Melbourne, foram 31 casos, além de um número não especificado nos hotéis Rydges e Swanton, segundo a imprensa australiana.
Com isso, foram relatados 73 casos novos na quarta-feira (1), elevando a 370 o número de casos ativos em Melbourne. As autoridades locais decidiram, inclusive, reativar medidas de isolamento em partes da cidade.
Na quinta-feira, a polícia montou postos de verificação em 36 subúrbios atingidos pelas ações.
"Mais de 300 mil australianos... estão entrando em uma situação difícil pela qual todos nós passamos", disse o ministro da Saúde, Greg Hunt, em uma coletiva de imprensa, referindo-se aos moradores das regiões afetadas.
"Sabemos que podemos sair disso, mas mesmo assim é uma imposição enorme sobre suas vidas", acrescentou.
O primeiro-ministro Daniel Andrews anunciou que um inquérito será aberto para apurar as falhas no programa de quarentena nos hotéis em Victoria, pelo qual já passaram cerca de 60 mil pessoas.
"É bastante claro que o que aconteceu aqui é completamente inaceitável e precisamos saber exatamente o que aconteceu", afirmou Andrews.
Desde o início da pandemia, a Austrália registra 8.255 casos de Covid-19 e 104 mortes pela doença, segundo a Universidade Johns Hopkins.
Coronavírus na Coreia do Norte: Kim Jong-un declara 'sucesso brilhante' no combate à pandemia e zero
Falando em uma reunião do Politburo, líder norte-coreano disse que o país 'impediu a invasão do vírus maligno e manteve uma situação estável'.
Por BBC.
Imprensa estatal diz que Kim fez alerta contra relaxamento apressado das restrições — Foto: Getty Images via BBC
O líder norte-coreano Kim Jong-un elogiou o "sucesso brilhante" de seu país ao enfrentar a pandemia de Covid-19, segundo a agência de notícias estatal "KCNA".
Falando em uma reunião do Politburo, Kim disse que o país "impediu a invasão do vírus maligno e manteve uma situação estável".
A Coreia do Norte fechou suas fronteiras e isolou sua população há seis meses, quando o novo coronavírus começou a se espalhar pelo mundo.
O governo norte-coreano alega que não possui casos da doença, embora analistas digam que isso é improvável.
Kim teria "analisado em detalhes" a estratégia nacional de combate ao novo coronavírus dos últimos seis meses em uma reunião do Politburo nesta quinta-feira (2). Ele disse que o sucesso no tratamento da doença foi "alcançado pela liderança perspicaz do Comitê Central do Partido".
Mas o líder norte-coreano enfatizou a importância de manter "o alerta máximo sem relaxamento na frente antiepidêmica", acrescentando que o vírus ainda estava presente nos países vizinhos.
"Ele alertou repetidamente que a flexibilização apressada das medidas antiepidêmicas resultará em uma crise inimaginável e irrecuperável", informou a reportagem da KCNA nesta sexta-feira.
Máscaras obrigatórias
No fim de janeiro, a Coreia do Norte agiu rapidamente contra o vírus — selando suas fronteiras e depois colocando em quarentena centenas de estrangeiros na capital, Pyongyang.
Também isolou dezenas de milhares de cidadãos e fechou escolas.
O país já reabriu as escolas, mas manteve a proibição a aglomerações e tornou obrigatório o uso de máscaras em locais públicos, informou a agência de notícias "Reuters" no último dia 1º de julho, citando um funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS também assinalou que apenas 922 pessoas foram testadas no país — todas tiveram resultados negativos.
A Coreia do Norte, que compartilha uma longa fronteira com a China, sustenta há muito tempo que não registrou nenhum caso do vírus.
No entanto, Oliver Hotham, editor-chefe do site "NK News", especializado em notícias da Coreia do Norte, disse à BBC no início deste ano que isso provavelmente não era verdade.
"É muito improvável que a Coreia do Norte não tenha registrado casos porque faz fronteira com a China e a Coreia do Sul. [Especialmente com a China], dada a quantidade de comércio transfronteiriço ... realmente não vejo como é possível que eles (norte-coreanos) possam ter evitado isso", disse.
"[Mas] eles realmente tomaram precauções cedo [então] acho que é possível que eles tenham evitado um surto completo."
Análise
por Laura Bicker, correspondente da BBC em Seul, na Coreia do Sul
O coronavírus se espalhou pela Coreia do Norte? Ninguém realmente sabe. O país está fechado desde 30 de janeiro. Muito poucas pessoas conseguiram entrar ou sair.
A Cruz Vermelha tinha voluntários na área de fronteira trabalhando em medidas de prevenção de vírus e houve vários relatos não confirmados de casos no país.
Mas a maioria dos relatos do cotidiano na capital nas últimas semanas parece indicar que a vida segue normal.
Qualquer que seja a situação real, Pyongyang quer passar a imagem de que aniquilou a Covid-19.
Internamente, trata-se de uma mensagem forte de que as medidas rígidas que Kim Jong-un tomou funcionaram.
O resto do mundo pode estar sob uma pandemia e Kim deseja que seu povo saiba que ele os salvou.
Mas isso tem um custo. Todo o comércio fronteiriço foi cortado. Isso significa que é impossível obter suprimentos essenciais para o país empobrecido.
Fontes diplomáticas me disseram que existem estoques de equipamento de proteção individual e suprimentos médicos, incluindo vacinas, acumulados na fronteira, sem poder entrar no país.
Houve inúmeros relatos de compras de mercadorias internacionais em lojas de departamento motivadas por pânico em Pyongyang.
As prateleiras estão sendo esvaziadas em meio à escassez de produtos.
Também vale a pena notar que apenas 12 desertores chegaram à Coreia do Sul entre abril e junho deste ano — o número mais baixo já registrado neste período do ano.
O povo norte-coreano pode não estar sofrendo de coronavírus, mas agora está mais isolado do mundo exterior.
Novo vírus da gripe com 'potencial pandêmico' é encontrado na China
Parece ser capaz de infectar pessoas, embora os porcos sejam os hospedeiros, dizem os especialistas.
Por BBC.
Cientistas descobriram evidências de infecção recente em pessoas que trabalhavam na indústria suína na China — Foto: Getty Images.BBC
Uma nova cepa do vírus da gripe com potencial de causar uma pandemia foi identificada na China, segundo um novo estudo.
Essa linhagem surgiu recentemente e tem os porcos como hospedeiros, mas pode infectar seres humanos, dizem os autores da pesquisa.
- 'COROA': Mutação pode aumentar a capacidade de infecção do coronavírus, aponta estudo
- PEIXE: por que as autoridades chinesas culpam o salmão pelo novo foco de Covid
Os cientistas estão preocupados com o fato de que ela poderia sofrer uma mutação ainda maior e se espalhar facilmente de pessoa para pessoa e desencadear assim um surto global.
Eles dizem que a cepa tem "todas as características" de ser altamente adaptável para infectar seres humanos e precisa ser monitorada de perto.
Como se trata de uma nova linhagem do vírus influenza, que causa a gripe, as pessoas podem ter pouca ou nenhuma imunidade a ela.
Ameaça pandêmica
Uma nova cepa do influenza está entre as principais ameaças que os especialistas estão monitorando, mesmo enquanto o mundo ainda tenta acabar com a atual pandemia do novo coronavírus.
A última gripe pandêmica que o mundo enfrentou, o surto de gripe suína de 2009 que começou no México, foi menos mortal do que se temia inicialmente, principalmente porque muitas pessoas mais velhas tinham alguma imunidade a ela, provavelmente por causa de sua semelhança com outros vírus da gripe que circulavam anos antes.
O vírus da gripe suína, chamado A/H1N1pdm09, agora é combatido pela vacina contra a gripe que é aplicada anualmente para garantir que as pessoas estejam protegidas.
A nova cepa de gripe identificada na China é semelhante à da gripe suína de 2009, mas com algumas mudanças.
Até o momento, não representou uma grande ameaça, mas o professor Kin-Chow Chang e colegas que o estudam dizem que devemos ficar de olho nele.
Qual é o perigo?
O vírus, que os pesquisadores chamam de G4 EA H1N1, pode crescer e se multiplicar nas células que revestem as vias aéreas humanas.
O vírus H1N1, que causou uma pandemia de gripe — Foto: Reprodução
Eles descobriram evidências de infecção recente em pessoas que trabalhavam em matadouros e na indústria suína na China.
As vacinas contra a gripe atuais não parecem proteger contra isso, embora possam ser adaptadas para isso, se necessário.
Kin-Chow Chang, que trabalha na Universidade de Nottingham, no Reino Unido, disse à BBC: "No momento estamos distraídos com o coronavírus e com razão. Mas não devemos perder de vista novos vírus potencialmente perigosos".
Embora esse novo vírus não seja um problema imediato, ele diz: "Não devemos ignorá-lo".
Os cientistas escrevem na revista "Proceedings", da Academia Nacional de Ciências britânica, que medidas para controlar o vírus em porcos e monitorar de perto as populações trabalhadoras devem ser rapidamente implementadas.
O professor James Wood, chefe do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge, disse que o trabalho "vem como um lembrete salutar" de que estamos constantemente sob o risco do surgimento de patógenos e que animais de criação, com os quais os seres humanos têm maior contato do que com a vida selvagem, podem ser uma fonte de vírus pandêmicos.
Falha de som fez Leonardo se exaltar em live e dar bronca ao vivo em equipe: vídeo
Leonardo fez uma transmissão ao vivo no último sábado (27), mas se irritou com uma falha técnica logo no início e acabou se exaltando com sua equipe ao notar instabilidades no som.
O sertanejo chegou a interromper a live "Canto, Bebo e Choro" e ficou furioso com o erro. O cantor soltou uma série de palavrões para descobrir quem era o culpado e gerou reações na web.
Leonardo se exalta após falha técnica em live
Tudo estava fluindo bem, até que um problema no retorno do som acabou incomodando Leonardo, que parou a live de imediato e questionou o que estava acontecendo: "O que deu aí? Hein? Como eu cantei as primeiras e não tinha delay?".
O momento aconteceu logo no início da apresentação. Irritado, Leonardo soltou uma série de palavrões e começou a se exaltar: "Quem foi o filho da p*** que estava mexendo aí? Vocês cagam no pau e depois... Quem foi?".
O cantor continuou nervoso durante um tempo e, soltando algumas farpas para a equipe, mas explicou que tiveram tempo suficiente para a preparação da live: "São três dias que vocês estão montando esse trem".
"Quando o cara não bebe não tá com nada. O povo falou para eu não beber nessa live. Bonitos estão vocês que não bebem", reclamou. Assim que a falha foi corrigida, o cantor seguiu com o repertório.
Assista ao vídeo:
Caculé: “Não há motivos para pânico”, diz família de caculeense que contraiu a COVID-19
Paciente veste saco de lixo para realizar cirurgia em consultório odontológico
No Instagram, a esteticista Cristiane Boneta denuncia uma clínica odontológica em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, que pediu para ela usar sacos de lixo para realizar uma cirurgia bucal.
A paciente afirmou que os profissionais da clínica pediram que ela vestisse e enrolasse os cabelos com um saco de lixo. Uma auxiliar que acompanhou a cirurgia disse que os cabelos dela eram muito grandes para caber na touca.
"Ao entrar no consultório eu questionei o dentista sobre o saco de lixo e a reposta dele é que o saco estava limpo. Como precisava muito finalizar essa cirurgia, acabei me submetendo a essa situação", relatou Boneta.
Segundo a esteticista, a justificativa do dentista para o pedido foi a segurança. "Devido a todas as circunstâncias que estamos vivendo e com foco na biossegurança, o que nos assegura a integridade do profissional e do paciente, a minha integridade foi bruscamente violada. Realmente não sei definir se foi racismo ou descaso, mas como profissional da saúde certo eu sei que não está", escreveu a esteticista nas redes.
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Coronavírus no Brasil: os impactos da pandemia de 16 a 30 de junho; FOTOS
Como o isolamento social para conter a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) está transformando nossos hábitos e as cidades pelo Brasil.
Por G1.
22 de junho - Faixa de conscientização sobre o coronavírus escrito '50 mil brasileiros mortos, não é só uma gripezinha', pendurada no Viaduto do Chá, em São Paulo (SP), nesta segunda-feira (22) — Foto: Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo
22 de junho - Vista aérea do cemitério São Luiz, em meio ao surto de coronavírus (COVID-19), em São Paulo — Foto: Andre Penner/AP
22 de junho - Funcionário do cemitério São Luiz trabalha em uma seção onde vítimas do COVID-19 foram enterradas, em São Paulo — Foto: Andre Penner/AP
22 de junho - Movimento de pedestres na região central de Florianópolis (SC), nesta segunda-feira (22) — Foto: Antônio Carlos Mafalda/Estadão Conteúdo
21 de junho - O Brasil teve 601 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus em 24 horas, mostra levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, são 50.659 óbitos pela Covid-19 até este domingo (21) no país.
21 de junho - Vista aérea do cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus, no Amazonas. — Foto: Michael Dantas/AFP
21 de junho - Movimentação intensa de pessoas praticando exercício ao ar livre no entorno da Praça da Lagoa Seca, no Belvedere, região Sul de Belo Horizonte (MG), neste domingo (21 — Foto: Cristiane Mattos/O Tempo/Estadão Conteúdo
21 de junho - Movimentação intensa de banhistas nas praias de Florianópolis (SC), neste domingo (21) — Foto: Roberto Zacarias/Mafalda Press/Estadão Conteúdo
20 de junho - O Brasil teve 968 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus em 24 horas, mostra levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, são 50.058 óbitos pela Covid-19 até este sábado (20) no país.
20 de junho - Movimentação no cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste da cidade de São Paulo, onde funcionários com roupas especiais fazem sepultamentos na tarde deste sábado (20) — Foto: Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo
20 de junho - Movimentação nas praias do Rio de Janeiro, neste sábado(20) — Foto: Gilvan De Souza/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
20 de junho - Movimentação de pessoas no comércio de rua em Recife, Pernambuco, na tarde deste sábado (20) — Foto: Lidianne Andrade/Myphoto Press/Estadão Conteúdo
19 de junho - O Brasil chegou a 1 milhão de casos de coronavírus na tarde desta sexta-feira (19), mostra um boletim extra do levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
19 de junho - Coveiros com roupas de proteção enterram homem que morreu vítima de Covid-19, no cemitério de Vila Formosa — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
19 de junho - Movimentação na região da Rua 25 de Março, área de comércio popular na região central de São Paulo. O Brasil chegou a 1 milhão de casos de coronavírus na tarde desta sexta-feira (19), mostra um boletim extra do levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
19 de junho - Movimentação na região da Rua 25 de Março, área de comércio popular na região central de São Paulo. O Brasil chegou a 1 milhão de casos de coronavírus na tarde desta sexta-feira (19), mostra um boletim extra do levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
18 de junho - O Brasil teve 1.204 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus em 24 horas, mostra levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, são 47.869 óbitos pela Covid-19 até esta quinta-feira (18) no país.
18 de junho - Homens do exército usando equipamentos de proteção individual (EPI) realizam sanitização no prédio da prefeitura da cidade de Campinas, em São Paulo, nesta quinta-feira (18), durante a pandemia provocada pelo coronavírus (COVID-19) — Foto: Rogério Capela/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
18 de junho - Bangu e Flamengo se enfrentam no Maracanã vazio — Foto: Thiago Ribeiro/Agif/Estadão Conteúdo
18 de junho - Movimentação do Monotrilho Prata, na cidade de São Paulo, SP, nesta quinta-feira (18) — Foto: Willian Moreira/Futura Press/Estadão Conteúdo
18 de junho - Obras de ampliação no Cemitério Parque das Flores, em Recife, Pernambuco — Foto: Veetmano Prem/Fotoarena/Estadão Conteúdo
17 de junho - O Brasil teve 1.209 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus em 24 horas, mostra levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, já são 46.665 óbitos pela Covid-19 até esta quarta-feira (17) no país.
17 de junho - A Prefeitura de Campinas, interior de São Paulo, implantou a sinalização de solo para pedestres na Rua 13 de Maio, principal corredor de compras da área central, nesta quarta-feira (17). A pintura tem como objetivo organizar o fluxo de pessoas na via, que foi dividida em duas faixas, com setas indicando sentidos opostos para a circulação de pedestres. A sinalização busca orientar o fluxo de consumidores e evitar a aglomeração de pessoas — Foto: Denny Cesare/Código19/Estadão Conteúdo
17 de junho - A Prefeitura de Campinas, interior de São Paulo, implantou a sinalização de solo para pedestres na Rua 13 de Maio, principal corredor de compras da área central, nesta quarta-feira (17). A pintura tem como objetivo organizar o fluxo de pessoas na via, que foi dividida em duas faixas, com setas indicando sentidos opostos para a circulação de pedestres. A sinalização busca orientar o fluxo de consumidores e evitar a aglomeração de pessoas — Foto: Denny Cesare/Código19/Estadão Conteúdo
17 de junho - Com a volta do transporte coletivo nesta quarta-feira (17) as ruas e comércio de Florianópolis estão mais cheios e apresentam pontos de aglomeração entre a população. — Foto: Eduardo Valente/Framephoto/Estadão Conteúdo
16 de junho - O Brasil teve 1.338 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus nas últimas 24 horas, aponta levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, já são 45.456 óbitos pela Covid-19 até esta terça-feira (16) no país.
16 de junho - Vista do Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo, em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19) — Foto: Marcello Zambrana/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
16 de junho - Vista do Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo, em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19) — Foto: Marcello Zambrana/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
16 de junho - Vista do Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo, em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19) — Foto: Marcello Zambrana/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
16 de junho - Sessão para convidados do cinema Drive-in no Memorial da América Latina, na cidade de São Paulo, nesta terça-feira (16). O cinema drive-in estreia para o público nesta quarta-feira (17) no Memorial da América Latina com sessões esgotadas até julho — Foto: Marcello Zambrana/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
16 de junho - Sessão para convidados do cinema drive-in no Memorial da América Latina, na cidade de São Paulo, nesta terça-feira (16). O cinema drive-in estreia para o público nesta quarta-feira (17) com sessões esgotadas até julho — Foto: Marcello Zambrana/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
16 de junho - Famílias acompanham enterro de pessoas vítimas do Covid-19 no cemitério da Vila Formosa, Zona Leste de São Paulo, na manhã desta terça-feira (16) — Foto: Bruno Rocha/ Fotoarena/Estadão Conteúdo
16 de junho - Saara, no Centro do Rio, teve lojas abertas e movimentação de clientes nesta terça (16) — Foto: Marcos Serra Lima/G1
Invasão em hospital para Covid-19 põe profissionais da saúde em alerta
Licínio de Almeida: NOTA DE REPÚDIO – Um grito social e ambiental!
Número de refugiados no Brasil aumenta mais de 7 vezes no semestre; maioria é de venezuelanos
Cerca de 43 mil estrangeiros vivem no Brasil com a condição de refúgio. Desse total, quase 90% vieram da Venezuela. Com a pandemia do novo coronavírus, porém, número de pessoas que pedem refúgio às autoridades brasileiras deve diminuir.
Por Lucas Vidigal, G1.
O Brasil tem cerca de 43 mil pessoas reconhecidas atualmente como refugiadas, informou o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) na segunda-feira (8). O número representa mais de sete vezes o registrado no início de dezembro, quando havia cerca de 6 mil pessoas em situação de refúgio no país.
Segundo o comitê, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o aumento se explica pelas três levas de aprovação dos pedidos feitos por venezuelanos: uma em dezembro, uma em janeiro e outra em abril — essa, destinada a um contingente de filhos de refugiados da Venezuela.
Com isso, desde dezembro, o governo brasileiro aprovou cerca de 38 mil solicitações de venezuelanos, o que representa 88% do total. O Conare classifica o país vizinho há um ano como em situação de "grave e generalizada violação de direitos humanos", o que acelera a aprovação dos pedidos de refúgio.
O coordenador-geral do Conare, Bernardo Laferté, explicou ao G1 que, mesmo com as medidas adotadas, não é o comitê quem determina se haverá mais ou menos pedidos de refúgio no Brasil.
"Não somos nós que mexemos na causa do refúgio, é uma questão de demanda", afirma Laferté.
Efeito da pandemia
Refugiados venezuelanos começam a ser realocados em novo espaço de acolhimento, em Belém — Foto: Camila Diger/Agência Belém
O número de pedidos de refúgio aprovados deverá demorar a apresentar outros aumentos significativos devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo o coordenador-geral do Conare, o comitê não tem identificado um movimento migratório de entrada no Brasil por causa do fechamento das fronteiras terrestres.
"Embora a situação por lá ainda seja grave, muitos venezuelanos estão voltando para a Venezuela. A gente entende que é pela situação da pandemia, mas tem que esperar passar para ver se a tendência vai se manter", apontou Laferté.
Por causa da Covid-19, a Polícia Federal não recebe mais os pedidos de refúgio ou de residência, salvo em casos excepcionais: por exemplo, se um estrangeiro no Brasil precisar entrar em um voo de interiorização a outras partes do país.
Venezuela em crise
Tumulto em Cumunacoa, na Venezuela, nesta quarta-feira (22) começou após saques a comércios — Foto: Reprodução/Robert Alcalá/Twitter
A pandemia do novo coronavírus e a derrubada dos preços do petróleo em março pioram a situação já difícil de uma Venezuela marcada pela violência e pela disputa de poder entre o regime chavista de Nicolás Maduro e a oposição liderada pelo parlamentar Juan Guaidó, que se declarou presidente interino do país no início do ano passado.
Com a crise da Covid-19, cidades venezuelanas registraram saques e confrontos violentos, inclusive com morte, nos últimos meses.
Dados do monitoramento da Universidade Johns Hopkins mostram que a Venezuela registrou 2.377 casos e 22 mortes por Covid-19 até esta segunda. No entanto, segundo observadores internacionais, esse número pode estar subestimado.
Vitória da Conquista: notificações de dengue chega a quase 4 mil registro na cidade.
O índice de infestação do mosquito na cidade é seis vezes maior que o tolerado pelo Ministério da Saúde.
Por G1 BA.
O crescimento da incidência de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti vem causando preocupação em toda a Bahia. Em Vitória da Conquista, no sudoeste, o índice de infestação do mosquito é 6,6%, seis vezes maior que o tolerado pelo Ministério da Saúde, que é de menos de 1%. Há bairros onde este número chega a ser 20 vezes maior. Os dados são do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) realizado em fevereiro deste ano.
Desde o começo deste ano, Vitória da Conquista registra 3.938 notificações de dengue, chikungunya e zika. São 547 casos confirmados de dengue e três mortes por dengue hemorrágica, além de sete casos de zika e 11 de chikungunya.
Para o coordenador de Endemias de Vitória da Conquista, Eliezer Almeida, esse aumento tem uma explicação:
"Há um novo vírus da dengue circulando na região [sudoeste]. Isto desencadeou uma série de novos casos de dengue, zika e chikungunya. Ninguém na cidade havia tido contato com ele, por isso todos estão expostos a essas doenças, a partir deste novo vírus", explica.
Para combater o mosquito, estão sendo realizadas ações na cidade. Um carro fumacê está sendo utilizado e agentes de endemias estão fazendo trabalho de conscientização de porta em porta. No entanto, os agentes não podem entrar nas casas devido à pandemia de Covid-19.
"Estamos fazendo um trabalho voltado para os imóveis desabitados e terrenos baldios. Nossos agentes também estão falando com as pessoas, mas mantendo uma distância segura, de, no mínimo, dois metros. Ele passa informações, mas não está podendo entrar nos imóveis", completa Eliezer Almeida.
Na Bahia, até o mês de março, 16.459 pessoas foram diagnosticadas com alguma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, de acordo com o último levantamento divulgado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Foram 13.162 diagnósticos de dengue, 2.867 casos prováveis de chikungunya e 430 casos prováveis de zika.