Por Reuters.

Um grupo de macacos atacou um profissional de saúde e pegou amostras de sangue de pacientes que tiveram diagnóstico positivo do coronavírus na Índia, disseram autoridades nesta sexta-feira.

O ataque ocorreu nesta semana quando um técnico de laboratório percorria o campus de uma universidade médica estatal de Meerut, situada 460 quilômetros ao norte de Lucknow, capital do Estado de Uttar Pradesh.

Índia sofre com onda de calor e infestação de gafanhotos

Índia sofre com onda de calor e infestação de gafanhotos

"Macacos agarraram e fugiram com as amostras de sangue de quatro pacientes de Covid-19 que estão em tratamento... tivemos que tirar amostras de sangue de novo", contou o douto S. K. Garg, uma autoridade graduada da universidade.

 
Coronavírus pode ser transmitido para animais

Coronavírus pode ser transmitido para animais

As autoridades disseram que não têm certeza se os macacos derramaram as amostras de sangue, mas pessoas que moram perto do campus arborizado temem uma disseminação ainda maior do vírus se os macacos levarem as amostras para áreas residenciais.

 

Garg disse que tampouco está claro se os animais podem contrair o coronavírus se tiverem contato com sangue infectado.

"Não tem se encontrado indícios de que macacos podem contrair a infecção", disse Garg à Reuters.

Acredita-se que o vírus passou de animais para pessoas no mercado de animais silvestres da cidade chinesa de Wuhan no final do ano passado.

A Índia teve 165.799 casos de coronavírus e 4.706 mortes até agora.

 

Os macacos vêm adentrando cada vez mais em assentamentos humanos da Índia e causando distúrbios, chegando a atacar pessoas. Ambientalistas dizem que a destruição do habitat natural é a principal razão para eles migrarem para áreas urbanas em busca de alimento.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por TV Bahia e G1 BA.

Uma pessoa que está acompanhando um paciente do Hospital Geral de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, denunciou más condições na unidade, como banheiros sujos, sem estrutura e vasos sanitários sem tampas.

Em um vídeo feito por volta das 5h desta sexta-feira (29) é possível notar que há acompanhantes dormindo no chão da unidade de saúde. nesta madrugada, a cidade registrou temperaturas de 12ºC.

"Quando a gente chega, o hospital tem uma frente arrumada, e quando entra é isso aqui. Uma parte está precária, não tem álcool gel, não tem sabão, nem lençol. Trouxemos tudo. As pessoas deitadas no chão, muita sujeira. Fico na preocupação de uma infecção. Os pacientes precisam de cuidados", ressaltou a acompanhante.

A direção geral do hospital informou que vai apurar a denúncia, mas disse que a situação causou estranheza, já que o vídeo foi gravado na enfermaria do hospital e, por lá a taxa de ocupação está abaixo do esperado. Disse ainda que nas enfermarias não existe leito para acompanhante, mas que deveria haver pelo menos poltrona para descanso.

Além disso, a Secretaria de Saúde do estado (Sesab), informou que há poltronas para todos no hospital. Entretanto, as imagens feitas pela acompanhante de paciente não mostram os equipamentos.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por G1 BA.

Durante protesto, galpão é incendiado em Campo Alegre de Lurdes, norte da Bahia

 

Moradores realizaram um protesto na zona rural do município de Campo Alegre de Lurdes, norte da Bahia, devido à chegada de funcionários de um consórcio que atua nas linhas de transmissão de energia da região, que estão com a Covid-19.

Ao todo, 34 profissionais que trabalhavam distrito de Nova Holanda, que pertence à cidade de Pilão Arcado, foram contaminados pelo novo coronavírus. Por conta disso, parte destes trabalhadores foram transferidos para isolamento nas cidades de Campo Alegre de Lurdes e Barreiras.

Em nota, a Andrade Gutierrez, empresa responsável pelo Consórcio Linhão T-BA-PI, informou que populares impediram o acesso dos funcionários do consórcio ao alojamento durante algumas horas, “inclusive com uso de armas, e atearam fogo em parte das instalações”.

G1 tentou contato com a delegacia de Polícia Civil e a Polícia Militar de Campo Alegre de Lurdes, mas as ligações não foram atendidas.

A empresa acrescenta que o incêndio foi contido, “sem prejuízo ao ambiente de isolamento dos funcionários” e que a acomodação dos trabalhadores foi feita após negociação.

De acordo com a Andrade Gutierrez, a transferência dos profissionais aconteceu por conta de o alojamento dispor de maior infraestrutura de saúde. A empresa garante que o isolamento dos funcionários em Campo Alegre de Lurdes não coloca em risco a população local, “uma vez que as instalações têm amplo espaço e todos os cuidados estão sendo tomados”. Os trabalhadores passam bem e estão assintomáticos.

Entenda o caso

Os funcionários transferidos para Campo Alegre de Lurdes integram um grupo de 34 profissionais do Consórcio Linhão T-BA-PI, de responsabilidade da Andrade Gutierrez, que se contaminaram durante os trabalhos em Nova Holanda. No último domingo (24), um funcionário da empresa veio a óbito pela Covid-19 no Hospital Maternidade Nossa Senhora da Luz, em Buritirama.

Veja a nota completa divulgada pela Andrade Gutierrez:

A Andrade Gutierrez e o Consórcio de linhas de transmissão Linhão BA-PI esclarecem que o incidente mostrado nas fotos foi provocado por protesto na zona rural de Campo Alegre de Lurdes (BA), para onde parte dos colaboradores diagnosticados com Covid-19 foi levado para isolamento. Populares impediram o acesso dos funcionários do consórcio ao alojamento durante algumas horas, inclusive com uso de armas, e atearam fogo em parte das instalações. O incêndio foi contido, sem prejuízo ao ambiente de isolamento dos funcionários, e a acomodação de todos foi feita após negociação. A construtora e o consórcio ressaltam que o isolamento não coloca em risco a população local, uma vez que as instalações têm amplo espaço e todos os cuidados estão sendo tomados. É importante reforçar ainda que os trabalhadores passam bem e estão assintomáticos, mas foram transferidos para a região por ter maior infraestrutura de saúde. A Andrade Gutierrez e o consórcio lamentam a postura da população, que em nada contribui para a resolução desse problema de saúde pública e coloca em risco a vida das pessoas.

Publicado em BAHIA E REGIÃO
Por: Vagner Souza / BNews /Arquivo  Por: Folhapress 

Ali Mokdad dirige parte das projeções feitas pelo IHME, instituto de métrica da Universidade de Washington utilizado pela Casa Branca como um dos principais modelos para monitorar Covid-19. Desde o meio de maio, Mokdad e sua equipe acompanham o avanço da pandemia no Brasil e suas conclusões são bastantes sombrias. Na segunda-feira (25), o instituto atualizou para cima a expectativa de mortes pela doença no país: de 88 mil para mais de 125 mil óbitos previstos até agosto.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Mokdad diz que a tendência de casos e mortes no país é de alta e que a situação pode ser ainda pior se governo e população não levarem a crise a sério e adotarem "lockdown" por duas semanas. "As infeções e mortes vão crescer e, o mais assustador, haverá a sobrecarga total do sistema de saúde." Caso cumpra o confinamento total por 14 dias, explica Mokdad, o Brasil conseguirá controlar a propagação do vírus e poderá fazer a reabertura das atividades econômicas de maneira estratégica -e até mais rapidamente.

Especialista em saúde pública, diz sofrer críticas por ter um modelo que varia bastante, mas, no caso da pandemia, prefere que suas projeções se ajustem com o tempo. "Se os brasileiros ficarem em casa por duas semanas, meus números vão baixar. E não porque fiz algo errado, mas porque os brasileiros fizeram algo certo."

PERGUNTA - Qual a situação da pandemia no Brasil? 
ALI MOKDAD - Infelizmente o que vemos no Brasil é uma tendência de aumento de casos, que vai resultar no crescimento das mortes no país. Isso se dá por várias razões. Primeiro porque o país não entrou em "lockdown" cedo para impedir a propagação do vírus. O governo e a população brasileira não levaram isso a sério e não fizeram logo as coisas certas para impedir a transmissão do vírus.
Segundo, há muita disparidade no Brasil e a Covid-19 aumenta isso. Nesse caso, é preciso proteger não só os trabalhadores de saúde mas os trabalhadores de serviços essenciais, pessoas pobres que trabalham em funções que as obrigam a sair de casa. Elas não estão protegidas e estão morrendo. A terceira e mais importante preocupação é a sobrecarga do sistema de saúde. Se o país não agir, vai haver mais casos no inverno e não haverá tempo para se preparar. É perigoso e arriscado. Se você colocar tudo isso junto, o Brasil ainda vai enfrentar sérias dificuldades diante da Covid-19.
P. - Em duas semanas, o IHME aumentou as projeções de morte no Brasil de 88 mil para mais de 125 mil até agosto. O que aconteceu? 
AM - Adicionamos mais estados [de 11 para 19] na nossa projeção, isso é uma coisa. Mas estamos vendo no Brasil mais surtos e casos do que esperávamos. O país está testando mais e encontrando mais casos, mas, mesmo quando ajustamos para os testes, há uma tendência de alta.
No Brasil há também um erro de suposição quando falamos de circulação. Os dados [de mobilidade da população] são baseados no Facebook e no Google, ou seja, em smartphones, ou seja, em pessoas mais ricas. Percebemos que a circulação não parou nas favelas, por exemplo, em lugares onde pessoas mais pobres precisam sair para trabalhar. Se as pessoas se recusarem a levar isso a sério, infelizmente vamos ver mais casos e mortes.
P. - Quais medidas precisam ser tomadas? 
AM - Fechar escolas e universidades, impedir grandes aglomerações e encontros de pessoas, fechar os estabelecimentos não essenciais, igrejas, templos e locais religiosos. Nos locais essenciais, como mercados e farmácias, é preciso estabelecer regras, limitando o número de pessoas dentro, garantindo que elas se mantenham distantes umas das outras.
A última e mais importante coisa é pedir para quem precisa sair de casa -e sabemos que há quem precise- usar máscara e manter distância de 2 metros de outras pessoas. Para o sistema de saúde, é aumentar a capacidade de tratamento, de detectar cedo a chegada de um surto, fazendo rastreamento e o isolamento de casos, o que é um desafio para o Brasil, onde muitas vezes dez pessoas vivem em uma mesma casa.
P. - Se o Brasil não cumprir essas medidas, qual é o pior cenário para o país? 
AM - As infeções e mortes vão crescer e, a parte mais assustadora, haverá a sobrecarga total do sistema de saúde. Isso vai causar mais prejuízo à economia do que se fizer o isolamento por duas semanas. Se a população ficar em casa e levar isso a sério por duas semanas, registraremos diminuição da propagação do vírus e poderemos reabrir em fases. É preciso garantir que a retomada econômica seja feita de maneira estratégica, por setores.
P. - É possível evitar o pico de 1.500 mortes diárias em julho e as 125 mil mortes até agosto se o país parar agora? 
AM - Sim. O Brasil está em uma situação muito difícil e pode ser assim por muito tempo, mas ainda há esperança. Se o governo e a população pararem por duas semanas, podemos parar a circulação do vírus e reabrir o comércio. Se você olhar para estados americanos, como Nova York, depois que há o "lockdown", as mortes e os casos diminuem. O "lockdown" salvou muitas vidas nos EUA. Fizemos as projeções para o Brasil de 125 mil mortes até 4 de agosto, mas não significa que vai acontecer, podemos parar isso. É preciso que cada brasileiro faça sua parte.
P. - O presidente Jair Bolsonaro é contra medidas de distanciamento social, compara a Covid-19 com uma gripezinha e defende um medicamento com eficácia não comprovada contra a doença. Como essa postura pode impactar a situação do Brasil? 
AM - Aqui nos EUA temos também uma situação política nesse sentido, infelizmente. Não sou político, vejo os números e dou conselhos a partir do que concluo deles. Pelos dados, o Brasil precisa de uma ação coordenada, caso contrário, vamos ter muitas perdas.
Mas precisamos ter uma coisa clara: Covid-19 não é uma gripe, causa mais mortalidade que gripe, a gripe não causa AVC e nem ataca os pulmões da maneira que a Covid-19 ataca. Contra Covid-19 não há medicamento e ponto final. Não tem vacina. Não é possível comparar Covid-19 e gripe. Fazer isso é passar mensagem errada. Dizer para a população que é possível sair e ver quem pega a doença é inaceitável, é falha de liderança.
P. - Como ganhar a confiança dos governos e da população com projeções que variam tanto e com tanta gente trabalhando com dados sobre o tema? 
AM - Há muita gente fazendo projeção mas, pela primeira vez na história da ciência, todos concordamos. Os números podem ser diferentes, mas a mensagem mais importante é a mesma: isso é um vírus letal e temos que levá-lo a sério. Meus números mudam porque as pessoas mudam. Se os brasileiros ficarem em casa por duas semanas, meus números vão baixar. E não porque fiz algo errado, mas porque os brasileiros fizeram algo certo. Aprendemos que o modelo muda se novos dados aparecem.
P. - O sr. já foi acusado de ser alarmista ou de produzir notícias falsas quando seus números mudam? 
AM - Acusado é demais, mas tem gente que fala que meus números são mais altos ou mais baixos do que deveriam ser, e isso eu nem resposto, porque não é um debate científico, é um debate político. No debate científico está todo mundo a bordo com a mesma mensagem.
P. - Trump parece ter sido convencido da gravidade da pandemia em parte baseado nos seus números. Foi isso mesmo? 
AM - Sim. Nos EUA e também na Inglaterra nossos números mudaram a postura do governante. Claro que lá o primeiro-ministro [Boris Johnson] pegou Covid-19 ele mesmo.
P. - Como é trabalhar tendo isso em vista, com números tão sensíveis e poderosos? 
AM - A gente não dorme muito por esses dias, é muito trabalho. É muito difícil dizer que 125 mil pessoas vão morrer no Brasil até agosto. Isso não é um número, são famílias, amigos, é muito duro.
 

 
Publicado em BRASIL E MUNDO
Brasil registra 1.039 mortes por Covid-19 em 24 h e é o país com mais óbitos pela doença em um dia.

ARTHUR SANDES, CAROLINA MARINS, GABRIELA SÁ PESSOA E RODRIGO MATTOSDO UOL, EM SÃO PAULO  Reuters.

24.512 pessoas já morreram de covid-19 no Brasil

O Brasil atingiu hoje 24.512 mortes pelo novo coronavírus, com 1.039 confirmações de óbitos nas últimas 24 horas. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam 391.222 diagnósticos da doença no país — 16.324 infectados foram registrados entre ontem e hoje.

O Brasil superou ontem, pela primeira vez, os Estados Unidos no registro diário de mortes por covid. Hoje, o balanço do CDC aponta 592 óbitos confirmados desde ontem.

Enquanto a taxa americana vai diminuindo, no Brasil ela vem aumentando. O UOL conversou com especialistas e brasileiros que estão nos EUA para entender como a pandemia tem afetado os dois países.

Reuters
 
Noam Galai/Getty Images

EUA: Explosão de casos

Os EUA registraram seu primeiro caso já em 1º de janeiro, porém, a primeira morte só foi registrada em 3 de março. O país passou semanas sem notificar nenhum novo caso, até que os números explodiram na segunda metade de março, com mais de mil casos sendo registrados a cada dia. O mesmo aconteceu com as mortes. O início tranquilo de casos e mortes é atribuído à subnotificação, já que o país não estava realizando testes e a doença foi ignorada pelo governo durante semanas.

Sandro Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Brasil: Falta de testes

O Brasil identificou rápido o seu primeiro caso - embora haja suspeitas de que a doença já circulava antes no país - e contabilizou, no início, cada um que testava positivo. No entanto, com a falta de materiais para testes, o país teve que restringir os exames para os casos graves e profissionais de saúde. Há atrasos de até dois meses na notificação das mortes, as curvas estão em fase de aceleração enquanto as americanas começam a entrar agora em processo de desaceleração, com os picos ficando para trás, no começo de maio.

MIGUEL NORONHA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Após 90 dias, Brasil tem aceleração maior que outros países

Após três meses, o Brasil tinha, até ontem, 375 mil casos de infectados, número que só fica atrás dos EUA na mesma fase da pandemia. Desses, 121 mil foram registrados na última semana.

No mesmo estágio, apenas os EUA tinham uma aceleração maior: eram 204 mil novos casos por semana nos primeiros 90 dias. O Reino Unido acumulava 32 mil, a Itália, 18 mil, e a Rússia, 41 mil. Espanha e França estavam na casa dos 13 mil novos casos.

Um estudo da Universidade de Pelotas mostra que, nos dois primeiros meses, os números brasileiros se mantinham abaixo dos europeus. A disparada se deu no último mês.

Nesse momento, os outros países estavam começando a desacelerar enquanto o Brasil continua a acelerar. Esse é o problema maior: não sabemos se já atingiu o auge (a epidemia no Brasil)

Pedro Halal, epidemiologista da Universidade de Pelotas, que lidera pesquisa para quantificar a real disseminação do novo coronavírus no Brasil

Arte UOLArte UOL

Meu coração fica muito apertado pelo Brasil, estou muito preocupada com a minha família. Esta onda passou pela Europa, bateu muito forte nos EUA, mas aqui é um país de primeiro mundo, tem alguma estrutura. Fico em desespero por minha família e por meus amigos, porque [o Brasil] é um país despreparado, e todos estão em perigo.


Cibele Abreu , vive nos Estados Unidos desde 1997

 

Brasileira nos EUA sente covid próxima e família longe

EDMAR BARROS/ESTADÃO CONTEÚDO

Brasil dobra óbitos a cada 6,5 dias

Até ontem o Brasil registrou 6.681 novos óbitos por semana, mais de 900 em média por dia. Em comparação, o Reino Unido tinha 3.500 mortes por semana no mesmo estágio da epidemia, a Espanha, 2.540, e a França 5 mil. De novo, a exceção são os EUA que somavam 11 mil óbitos por semana na mesma época.

Os óbitos dobram no Brasil, em média, a cada 6,5 dias. É o país com a duplicação mais rápida segundo o projeto da Fiocruz Monitora Covid,

ARTE UOLARTE UOL

Desigualdade racial exposta na pandemia

ANDREW KELLY/REUTERS

EUA e Brasil têm dimensões continentais e um abismo de desigualdade social que se traduz nas diferenças raciais. A pandemia realça a vulnerabilidade dos mais pobres - as maiores vítimas nos dois países, diferentemente da Itália e de outros países europeus, onde a idade foi o fator preponderante na letalidade. Os distritos mais letais estão em Nova York, o estado mais afetado. Kings (que engloba o Brooklyn), Queens e Bronx, vizinhanças onde vivem mais imigrantes e afro-americanos, são as três com mais óbitos, totalizando 13.437. Manhattan, área mais rica, registrou 2.237 mortes.

Daniel Galber/Uai Foto/Estadão Conteúdo

No Brasil, ao longo dos meses de março e abril, a doença migrou das áreas mais ricas para as periferias, onde se tornou mais letal. A cidade de São Paulo, capital do estado mais afetado do país, soma 6.505 óbitos suspeitos ou confirmados pelo novo coronavírus. Todos os 20 bairros onde mais pessoas morreram por covid-19 na cidade de São Paulo estão nas regiões mais pobres da capital paulista.Há, porém, uma diferença fundamental entre EUA e Brasil. Com o Sistema Único de Saúde, universal e gratuito, à disposição, a população mais pobre aqui está menos vulnerável do que lá.

Os impactos da pandemia são claramente maiores em quem tem menos capacidade de absorver choques econômicos, precisa se locomover mais para trabalhar e não tem a opção de fazer home office. A gente sempre precisa falar que lá não existe saúde pública. Se você está empregado, tem assistência. No geral, os mais vulneráveis estão em situação calamitosa e, se precisar de internação, ou morre ou está endividado para sempre

Guilherme Lichand, economista e professor da Universidade de Zurique que integra grupo de pesquisa sobre a evolução do número de casos de coronavírus

Os EUA são um dos países mais ricos do mundo. Porém, o sistema de saúde não é universal. O acesso à saúde é dificultoso inclusive para a classe média alta -- uma pequena ida ao pronto socorro pode custar milhares de dólares. Apesar de a riqueza ser maior, a desigualdade é ainda maior no sistema de saúde. Por isso, no começo da epidemia, os números de casos deles eram totalmente subnotificados, a pessoa tinha que pagar para ser testada. No Brasil, por mais pobre que você seja, se o seu caso for grave, você consegue ter acesso a uma UTI e vão colher o seu exame

Natanael Adiwardana, infectologista do Hospital Emílio Ribas

 

O médico das despedidas

O Brasil está perdendo muito tempo na discussão sobre cloroquina. O que deveria ser mais discutido é a prevenção do contágio, o isolamento. As grandes cidades dos EUA têm feito lockdown muito mais rigoroso e com adesão muito maior. Há muito mais testes nos EUA do que no Brasil. Muitos brasileiros nem têm o diagnóstico por falta de testes.

Fernando Kawai, médico brasileiro que trabalha há 16 anos nos EUA

Brasileiro volta ao país após ter covid

Enquanto eu estava por lá, perdi meu pai e minha mãe. Ficamos só minha irmã e eu. Não voltei ao Brasil pela crise, que pouco me afetaria lá. Voltei porque sofri duas vezes: comigo mesmo com a doença, e pela minha irmã, que daqui do Brasil não podia fazer nada.

Vinícius Monteiro, voltou ao Brasil, 20 anos depois de mudar-se para os EUA, após ter covid

Presidentes subestimaram pandemia

"No ano passado 37 mil americanos morreram de gripe comum. Nada foi fechado, a vida e a economia seguiram. Pense sobre isso", disse Trump, em 9 de março, quando o país tinha 19 mortes. Mais de um mês depois, falou sobre cloroquina: "Vamos ver o que acontece. Tivemos muitos bons resultados e alguns talvez não tão bons. Eu não sei, eu só li sobre um. Então não sei. Vamos ver". Em 23 de abril, os EUA contavam 40.073 óbitos. No dia seguinte, fez piada sobre tratamentos. "Eu vi que um desinfetante dá um nocaute [no coronavírus] em um minuto. Um minuto! Talvez seja possível, talvez não seja. Eu não sou médico."

"Pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria. Ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho?, disse Jair Bolsonaro em 24 de março, quando o Brasil contava 46 mortes. Sobre a politização da cloroquina, afirmou: "Quem é de direita toma cloroquina. Quem é de esquerda toma tubaína", em 19 de maio, quando tínhamos 17.971 óbitos. Sobre a comparação com os EUA, afirmou em 26 de março (77 mortes): "Não vamos chegar a esse ponto [tantos casos quanto nos Estados Unidos], até porque o brasileiro tem que ser estudado. O cara não pega nada. Eu vi um cara ali pulando no esgoto, sai, mergulha e não acontece nada com ele".

 
Publicado em BRASIL E MUNDO

Por G1.

O número de mortes por Covid-19 no Brasil deve passar de 125 mil no começo de agosto, de acordo com uma previsão do Instituto para Métricas de Saúde e Avaliação (IHME, na sigla em inglês), ligado à Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

“O Brasil deve seguir o exemplo de Wuhan, na China, e o da Itália, Espanha e Nova York e impor ordens e medidas para tomar controle de uma epidemia que está crescendo rapidamente, e reduzir a transmissão do coronavírus”, disse Christopher J. L. Murray, diretor do IHME.

Sem essas medidas, o modelo do instituto mostra que o volume de mortes deve seguir em alta até o meio de julho. Haverá falta de infraestrutura hospitalar também, disse ele.

Vista aérea do Cemitério Vila Formosa, em São Paulo, com abertura de novas covas devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) — Foto: Marcello Zambrana/AGIF/Estadão

Vista aérea do Cemitério Vila Formosa, em São Paulo, com abertura de novas covas devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) — Foto: Marcello Zambrana/AGIF/Estadão

 

O instituto fez projeções por estados brasileiros até o dia 4 de agosto. Veja abaixo:

  • São Paulo: 32.043 (projeção anterior era de 36.811)
  • Rio de Janeiro: 25.755 (projeção anterior era de 21.073)
  • Pernambuco: 13.946 (projeção anterior era de 9.401)
  • Ceará: 15.154 (projeção anterior era de 8.679)
  • Maranhão: 3.625 (projeção anterior era de 4.613)
  • Bahia: 5.848 (projeção anterior era de 2.443)
  • Amazonas: 3.194 (projeção anterior era de 5,039)
  • Paraná: 626 (projeção anterior era de 245)
  • Pará: 13.524 (sem projeção anterior)
  • Espirito Santo: 2.853 (sem projeção anterior)
  • Minas Gerais: 2.371 (sem projeção anterior)
  • Alagoas: 1.788 (sem projeção anterior)
  • Rio Grande do Sul: 1.165 (sem projeção anterior)
  • Paraíba: 1.142 (sem projeção anterior)
  • Goiás: 893 (sem projeção anterior)
  • Amapá: 529 (sem projeção anterior)
  • Rio Grande do Norte: 492 (sem projeção anterior)
  • Santa Catarina: 464 (sem projeção anterior)
  • Acre: 422 (sem projeção anterior)

Murray afirma que a previsão do IHME captura efeitos das regras de distanciamento social, tendências de mobilidade e capacidade de testes. As projeções mudam de acordo com alterações nessas políticas.

 

O modelo será atualizado com regularidade à medida que novos dados sobre hospitalização, mortes, testes e mobilidade forem divulgados, de acordo com a nota.

A diretora-geral da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, citou nesta terça-feira (26) uma projeção de 88,3 mil mortes por Covid-19 no Brasil até o dia 4 de agosto.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por Amanda Andrade, G1 Zona da Mata.

O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou ao G1 nesta segunda-feira (25), que 195 alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) em Barbacena testaram positivo para Covid-19. Destes, 90 estão em isolamento na instituição e os outros 105 já se recuperaram do coronavírus e foram para casa.

O número de casos de Covid-19 em Barbacena teve um salto neste último fim de semana e chegou a 235 confirmados pelo Estado, enquanto a Prefeitura contabiliza 253 notificações positivas da doença. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), os resultados dos testes dos alunos infectados foram anexados à Secretaria Municipal de Saúde no fim de semana, o que explica este aumento divulgado nos boletins.

Na última sexta-feira (22), o Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma recomendação ao diretor de Ensino da Aeronáutica (Direns), major-brigadeiro do Ar Marcos Vinícius Rezende Mrad, e ao comandante da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), brigadeiro do Ar Paulo Ricardo da Silva Mendes, para suspender imediatamente todas as aulas e demais atividades acadêmicas presenciais.

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) explicou que as atividades presenciais já foram suspensas e que esta determinação foi cumprida antes do prazo, que vence nesta segunda-feira.

 

O MPF investiga a conduta da instituição militar após pais de alunos terem denunciado que o local estaria submetendo os estudante a risco de contágio pelo novo coronavírus. A denúncia foi feita ao órgão pelo Conselho Tutelar de Barbacena em abril, e encaminhada ao MPF em São João del Rei.

Infectados

A Aeronáutica informou nesta segunda-feira que, em atualização dos registros dos exames divulgados neste fim de semana, 105 alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) tiveram a indicação de anticorpos da classe IgG em seus testes, o que significa que têm o marcador imunológico para Covid-19, ou seja, decorreu algum tempo desde a contaminação. Estes estudantes foram liberados e retornaram para as casas.

Ainda conforme a instituição, os outros 90 alunos, que testaram positivo e estão com a doença ativa, seguem em isolamento na instituição. Destes, 83 não apresentam quaisquer sintomas e os sete restantes apresentam apenas sintomas leves. A Aeronáutica afirmou que nenhum aluno necessitou ser hospitalizado. Todos aqueles que testaram positivo foram direcionados ao isolamento social e receberam o tratamento preconizado pelas autoridades de saúde.

Testes

Os exames realizados nos alunos foram testes rápidos fornecidos pela Diretoria de Saúde da Aeronáutica e utilizam o Método Imunocromatografia, protocolado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O teste é um imunoensaio cromatográfico rápido para a detecção qualitativa dos anticorpos IgG e IgM para Covid-19 em sangue total, soro ou plasma como auxílio ao diagnóstico de infecções primárias e secundárias pelo novo coronavírus.

Todos os integrantes da Epcar que tiveram contato com os alunos cumprem isolamento social domiciliar desde sábado (23).

A FAB explicou, também, que a quantidade de alunos que apresentou o resultado positivo para Covid-19 se deve ao programa de testagem em massa realizado pela Epcar, que incluiu todos os 507 alunos da instituição, os quais estavam na maioria assintomáticos.

 

A testagem foi feita para autorizar a dispensa dos alunos, através de três turmas. A liberação começou no fim de semana, para férias escolares com duração de três semanas. A Epcar ressaltou que a adesão para estas férias é voluntária.

A escola da Aeronáutica afirmou, ainda, que realizou algumas adaptações para evitar a propagação do coronavírus, como a utilização de máscaras por professores e alunos, horários de refeitórios ampliados para evitar aglomeração e o incentivo à prática de atividade física individual. Além disso, o efetivo da Epcar passou a trabalhar presencialmente em forma de rodízio, sendo apenas um terço a cada expediente.

Denúncia

Na última semana, um professor que teve a identidade preservada, disse à TV Integração que "tinham mais de 60 dias que os quase 500 alunos da Epcar estavam na escola sem serem liberados em momento algum para casa".

O profissional contou que no dia 19 de março as aulas foram suspensas, mas uma parte foi retomada no dia 6 de abril e o restante depois da Páscoa. "Essas aulas foram retomadas em grande parte de forma presencial, através de aulas lecionadas por professores militares", disse.

O relato do docente confirma as denúncias apontadas pelo Conselho Tutelar e encaminhadas ao Ministério Público Federal em São João del Rei. Segundo o texto da denúncia, assinado pelo procurador da República Thiago dos Santos Luz, a Epcar manteve os alunos aquartelados, em espaços coletivos, sem a adoção de quaisquer dos critérios de distanciamento social estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante o mês de abril.

No dia 12 de maio, uma inspeção à pedido do MPF foi realizada na Epcar pela Vigilância Epidemiológica. Segundo o procurador, foram encontradas diversas falhas, entre elas, a permanência e livre circulação de alunos, sem qualquer barreira sanitária quando da interação entre eles e os visitantes, familiares, autoridades e militares; ausência de protocolo sanitário para a desinfecção dos ambientes pelos prestadores dos serviços de limpeza; alunos sem máscaras de proteção, em grupo numeroso, deslocando-se para realização de atividades físicas; baixa ventilação nos alojamentos masculino e feminino e nas salas de aula; e, até, ausência de dispensadores de sabão líquido, papel toalha e álcool 70% nos alojamentos feminino e masculino e nas salas de aula.

 

Diante da denúncia, a reportagem procurou o Executivo e a assessoria da Aeronáutica para saber se as aulas presenciais na Epcar poderiam ser realizadas.

Em nota, a Prefeitura esclareceu que apesar "de localizada na cidade, a instituição, embora monitorada e acompanhada pela Superintendência do Estado e pela Secretaria Municipal de Saúde há mais de 60 dias, responde diretamente ao Ministério da Defesa e ao Alto-Comando da Aeronáutica".

Ainda conforme o Município, "cabe à Prefeitura a orientação quanto aos protocolos de segurança recomendados, que já havia sido realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica".

Apesar de afirmar em nota que as aulas e atividades presenciais foram suspensas, a Epcar não informou quando estas atividades foram interrompidas. "A Epcar tem realizado esforços no combate ao coronavírus desde que o Ministério da Saúde reportou os primeiros casos no Brasil. Dessa forma, a escola readequou as atividades escolares e implementou procedimentos de prevenção alinhados aos protocolos do Ministério da Saúde", finalizou a nota.

Rede estadual e municipal

As aulas presenciais na cidade estão suspensas desde o início da pandemia. No mês passado, a Prefeitura retornou com aulas na rede municipal de Barbacena de maneira remota. As atividades são realizadas de maneira online e enviadas semanalmente. O objetivo do retorno foi preservar a ligação do aluno com a escola, mesmo que à distância.

Já na última segunda-feira (18), as aulas da rede estadual de ensino foram retomadas pela internet e TV em Minas Gerais.

Epcar

A Epcar é uma escola de ensino militar, que admite alunos de idade entre 14 e 18 anos por meio de concurso público. No local, estudantes de várias cidades de todo o Brasil vivem em regime de internato e, por isso, dormem em alojamentos e têm aulas em horário integral.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por G1 BA.

Publicado em BAHIA E REGIÃO
Apenas 16 dos 417 municípios da Bahia apresentam índice de isolamento social acima de 50% e Licínio de Almeida ficou com 43,2%.

Apenas 16 dos 417 municípios da Bahia apresentam índice de isolamento social acima de 50%
Dados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), nesta quarta-feira (20), mostram que dos 417 municípios baianos, apenas 16 registraram índices de isolamento social acima dos 50%, mínimo recomendado por autoridades sanitárias. O índice, elaborado pela empresa InLoco, provedora oficial dos dados para o Estado, estima o percentual da população que está respeitando as recomendações de isolamento. As informações podem ser encontradas na plataforma online InfoVis Bahia, que contém dados de monitoramento da pandemia do novo corona vírus (Covid-19).
Os maiores valores de isolamento social foram registrados pelos municípios de Jaguaripe (59,9%), com 6 casos confirmados da Covid-19, e Cairu (59,7%), com 11 casos confirmados. Em destaque, aparece ainda Ouriçangas, com um caso confirmado, registrando 53,3% de isolamento. Os municípios de Jandaíra, Cansanção, Itanagra, Conde, Maraú, Cachoeira, Apuarema, Nilo Peçanha, Novo Triunfo, Itaparica, Salinas da Margarida, Caraíbas e Maragogipe também registraram índices acima do recomendado.indice licinio 02
Os piores resultados registrados por municípios na Bahia, ainda sem casos confirmados, foram as cidades de Feira da Mata, Tabocas do Brejo Velho e Gavião, que apresentaram valores abaixo dos 30%. Ibotirama, mesmo já tendo um caso confirmado da covid-19, apresentou índice de isolamento social abaixo de 30%.
Com mais de 11 mil casos confirmados, o estado da Bahia apresentou um índice de 43,7% na última terça-feira (19). Salvador, com 5.331 casos confirmados e 215 óbitos, registrou índice de 48,6%, abaixo do mínimo recomendado. “Prover análise de dados no enfrentamento da Covid-19 busca gerar insights que auxiliem as decisões de políticas públicas”, ressalta a diretora-geral da SEI, Jorgete Costa, sobre a importância do trabalho realizado pela instituição.
Além das informações sobre o isolamento social por município, são atualizados diariamente na plataforma, número de pessoas infectadas no âmbito Bahia, Nordeste e Brasil, número de óbitos provenientes da Covid-19, gênero das pessoas infectadas, leitos exclusivos, faixa etária e número de casos confirmados por município baiano, por estados do Nordeste e todo território nacional. A evolução de casos por dia na Bahia, dentre outros dados da Covid-19, também pode ser acompanhada diariamente na plataforma.
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por TV Bahia.

Moradores do quilombo e da comunidade que fica próximo à Barragem Rio dos Macacos, localizada entre Simões Filho e Salvador, fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira (21). A barragem possui uma rachadura de 14 metros e corre risco de romper, o que preocupa os moradores.

A manifestação ocorreu em um trecho da BA-526, entre Salvador e Simões Filho. De máscaras e com um pouco afastados uns dos outros, eles bloquearam a via no sentido Simões Filho. A situação causou lentidão no trânsito.

O grupo quer que a barragem passe por reparos. Eles dizem que a maior parte dos moradores não tem para onde ir e, apesar do risco, não tem como deixar suas casas.

"São dias difíceis, o nosso povo não está conseguindo dormir", disse o morador Orlando Santana.

Caso haja rompimento, a água pode atingir a comunidade do Bosque Imperial de Inema e também deixar os moradores do quilombo ilhados.

"Os moradores ficam em pânico. Está todo mundo desesperado. Já procurei a Marinha, o Ministério Público, a Codesal e ninguém faz nada. O que estou achando é que eles vão vir retirar as pessoas à força", disse Antônio Sério, outro morador.Protesto em região próxima a Barragem, na região entre Simões Filho e Salvador, causou congestionamento — Foto: Reprodução/TV Bahia

Protesto em região próxima a Barragem, na região entre Simões Filho e Salvador, causou congestionamento — Foto: Reprodução/TV Bahia

 

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) realizou uma inspeção na Barragem Rio dos Macacos no dia 7 de maio. Na ocasião, foi verificada a rachadura.

De acordo com a Sudec, a barragem é classificada como categoria de risco alto e dano potencial associado alto. No caso de um rompimento, não há tempo para retirar as famílias que vivem no entorno.

Cerca de 300 famílias vivem na comunidade do Bosque, que fica próxima à Base Naval de Aratu.

A fiscalização de barragens na Bahia é responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que solicitou que os reparos sejam feitos o mais rápido possível.

Já a Marinha, responsável pela barragem, disse que adota todas as medidas para garantir a estabilidade e segurança da Barragem dos Macacos e está monitorando o local diariamente, que a estrutura está estável e o nível de água está sendo controlado.

Em nota, o MPF expediu uma recomendação, na última sexta- feira (15), à Marinha e ao município de Salvador para que ajam com urgência e eficiência, com medidas de proteção aos moradores que vivem próximos à barragem. As instituições deveriam informar em até cinco dias sobre o acatamento à recomendação e sobre as providências executadas, mas não há detalhes se houve esse informe.

Barragem do Rio dos Macacos, entre Simões Filho e Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

Barragem do Rio dos Macacos, entre Simões Filho e Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

 
Com cerca de 14 metros de rachadura, barragem do Rio dos Macacos na BA apresenta risco de rompimento  — Foto: Reprodução/TV Bahia

Com cerca de 14 metros de rachadura, barragem do Rio dos Macacos na BA apresenta risco de rompimento — Foto: Reprodução/TV Bahia

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por G1 BA.

Menos de 24h após a chegada de uma remessa, uma carga com 48 respiradores comprados pelo governo da Bahia desembarcou no aeroporto de Salvador. O secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, acompanhou a chegada do material no início da tarde desta quinta-feira (21).

Fabricados na China, os equipamentos serão utilizados para abertura de leitos nos centros de tratamento da Covid-19 montados na Arena Fonte Nova, Instituto Couto Maia e nos hospitais Ernesto Simões e do Subúrbio, em Salvador. Além disso, também serão levados para unidades do interior, como o Hospital do Oeste, em Barreiras, e Costa do Cacau, em Ilhéus, além de outras unidades contratadas pelo governo baiano.

"Duas pessoas podem usar um respirador durante um mês, e isso pode significar a preservação de, pelo menos, 96 vidas. Não descansaremos até que cheguem todos os respiradores necessários para abrir os mais de 600 leitos de UTI previstos nas ações de combate à pandemia", afirmou o secretário em nota.

Secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, acompanhou a chegada do material — Foto: Elói Corrêa/GOVBA

Secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, acompanhou a chegada do material — Foto: Elói Corrêa/GOVBA

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por G1 BA

O serviço 'Tele Coronavírus', desenvolvido para tirar dúvidas da população acerca da Covid-19, registrou mais de 40 mil tele atendimentos neste mês de maio.

O canal de comunicação foi lançado no dia 24 de março deste ano. É um serviço gratuito, onde estudantes de medicina tiram dúvidas da população sobre o coronavírus. O atendimento é feito por telefone e supervisionado por professores.

A estrutura de atendimento, composta por 40 colaboradores da rede SAC, está montada no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Os atendentes recepcionam as ligações e fazem uma triagem, aplicando um questionário específico. Se necessário, a ligação é transferida para um dos mil estudantes de medicina que participam voluntariamente do projeto.

A iniciativa é resultado de uma parceria entre governo do estado, Universidade Federal da Bahia e Fiocruz.

Também aderiram à ação as quatro universidades estaduais da Bahia: Uneb, Uesc, Uefs e Uesb. E há ainda as instituições privadas: Escola Bahiana de Medicina, FTC Salvador, Unifacs, Unime, UFRB e a Fesftech, esta última responsável pelo desenvolvimento de uma plataforma que é alimentada pelos voluntários.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por G1....

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (19) seu mais recente balanço de mortes e casos confirmados de Covid-19. Os principais dados são:

  • 17.971 mortes, eram 16.792 na segunda
  • Em 24 horas, foram mais 1.179 novas mortes registradas
  • 271.628 casos confirmados, eram 254.220 casos na segunda
  • Em 24 horas, foram mais 17.408 casos

O número de mortes acrescentado ao balanço não retrata somente óbitos ocorridos nesta terça. De acordo com o ministério, 225 das mais de mil mortes foram registradas nos últimos 3 dias.

D️e acordo com o ministério, há 146.863 pacientes em acompanhamento (54,1% do total) e ️ 106.794 recuperados (39,3%).

 

Países que bateram mais de mil mortes

Com os dados desta terça, o Brasil se junta a um grupo com outros quatro países que já registraram mais de 1 mil mortes em apenas 24 horas.

O pico diário acima dos três dígitos foi também alcançado pelos Estados Unidos (2.612) em 29 de abril, pela França (1.417) em 7 de abril, pela China (1.290) em 17 de abril e pelo Reino Unido (1.172) em 29 de abril, segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins.

No caso da China, o número foi incluído em uma revisão das estatísticas, e não propriamente durante as semanas em que os casos estavam em crescimento.

Na Espanha e na Itália, dois dos países mais afetados pelo novo coronavírus na Europa, o pico diário se aproximou do milhar: em 27 de março a Itália registrou 919 mortos e a Espanha 961 em 2 de abril.

Recordes nos estados

Os números também foram recorde em ao menos dois estados: São Paulo registrou 324 novas mortes em um dia e ultrapassou 5 mil óbitos. No Rio de Janeiro, foram 227 mortes e agora o estado passa de 3 mil mortes por Covid.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Depois do prefeito Licíense Frederico Vasconcelos pedir testes rápidos em funcionários da GILFER e testar POSITIVO, o prefeito juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde, recolheu e encaminhou  amostras dos pacientes para  fazer a contraprova no Laboratório Central de Saúde Pública (Lancen-Ba).

Na noite desta terça-feira(18) a Secretaria Municipal de Saúde atualizou o boletim informativo  onde destaca que dos 5 (cinco) testes encaminhados para o laboratório 3 (três) deram negativo e os outros 2 (dois) continua  a aguardar os resultados.

Em contato com o site Portal Licínio,  o prefeito Licíniense destaca a importância da prevenção e pontua afirmando que as medidas adotas para o nosso município com prevenção e isolamento não podem afrouxar por causa do resultado e que o período da quarentena deve a cada dia ser levado a sério.

Veja o Boletim.:
boletim informativo atualizado lic
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA
Na  sexta-feira(15), a prefeitura Municipal de Licínio de Almeida  fez a entrega de mais um carro 0 KM, adquiridos com recursos próprios, para atender as necessidades da saúde da cidade.
O Prefeito Frederico Vasconcellos, e o Secretario de Saúde Mario Edberto Botelho, realizou a entrega de mais um carro zero Km para servir a secretaria de saúde no atendimento à Atenção Básica do município.
Com mais essa aquisição, a gestão municipal espera melhorar ainda mais a qualidade dos serviços prestados à sociedade, pois tem a certeza que melhorará consideravelmente a agilidade no transporte de pessoas e exames.
Com informações Licínio em Foco.carro saúde 02
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

A Prefeitura Municipal de Licínio de Almeida, recebeu doação de cestas básicas, luvas e álcool gel 70% da empresa Bahia Mineração (BAMIN). As doações vão reforçar as ações de saúde, sanitárias e sociais das equipes das Secretarias Municipais de Saúde e Desenvolvimento Social no enfrentamento à pandemia do novo corona vírus.

"As cestas básicas que também contêm produtos de higiene serão distribuídas para famílias em vulnerabilidade social, seguindo os protocolos sócio assistenciais e de controle e prevenção à Covid-19, como parte das medidas de apoio às famílias que mais precisam.
As luvas e os galões de álcool gel 70% serão destinados aos profissionais de saúde e voluntários que atuam nas ações da linha de frente do combate ao corona vírus. “Essa parceria entre poder público e iniciativa privada é importante para o município e esses insumos auxiliar o trabalho dos nossos profissionais de saúde”, destacou o Prefeito Frederico Vasconcellos.

Por Licínio em Foco .

Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por Marcel Lopes, TV Globo — São Paulo.

A Prefeitura de São Paulo instalou duas câmaras frigoríficas no cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste, para dar apoio na preservação de corpos para sepultamentos durante a pandemia de coronavírus. Como revelou o G1, houve aumento de 18% nos enterros na cidade.

O Complexo da Vila Formosa é o maior cemitério da América Latina e um dos que mais recebe vítimas de Covid-19.

O local ficou conhecido internacionalmente após estampar a capa do jornal norte-americano "Washington Post" com uma imagem aérea que mostrava uma imensidão de covas abertas e, em 30 dias depois, todas ocupadas e fechadas.

Cada uma das câmaras terá capacidade para manter 20 urnas. A equipe técnica está terminando de instalar as ligações elétricas e as prateleiras que vão acomodar os caixões.

Os dois contêineres ficam próximo à área de velório, ao lado de uma tenda montada e que será o centro de logística pra sepultamento de casos suspeitos de morte por coronavírus.

A prefeitura diz os contêineres serão usados quando o cemitério passar a registrar 400 sepultamentos por dia, independente da causa dos óbitos.

Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de SP — Foto: Marcel Lopes/G1

Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de SP — Foto: Marcel Lopes/G1

 

Na última terça-feira (12), 338 pessoas morreram na capital paulista.

A gestão municipal não descarta a possibilidade de disponibilizar a mesma estrutura nos cemitérios Cachoeirinha, na Zona Norte, e São Luiz, na Zona Sul. A instalação vai depender da necessidade e quantidade de manejo de corpos em cada um deles.Torres de iluminação para viabilizar sepultamentos noturnos  — Foto: Marcel Lopes/TV Globo

Torres de iluminação para viabilizar sepultamentos noturnos — Foto: Marcel Lopes/TV Globo

Antes das câmaras, o Vila Formosa já tinha recebido torres de iluminação. Como o cemitério não fazia enterros após 18h, a prefeitura alugou torres de iluminação para que seja possível ampliar os enterros para o período noturno, o que evitaria que muitos corpos aguardassem de uma vez só a reabertura do cemitério para, só então, os corpos serem sepultados.

São cinco torres móveis que funcionam com abastecimento a diesel que serão ligadas caso o número total de enterros na cidade ultrapasse 400 por dia. Com isso, Cachoeirinha e São Luiz também poderão receber esse tipo de iluminação.

De acordo com o Serviço Funerário da capital, a médica histórica de sepultamentos é de 240 por dia na primavera/verão e costumava a chegar a 300 no outono/inverno.

 
 
https://s02.video.glbimg.com/x240/8556497.jpg");">
 
 
 
 Prefeitura coloca contêineres refrigerados pra atender demanda de enterros na Vila Formosa

Prefeitura coloca contêineres refrigerados pra atender demanda de enterros na Vila Formosa

Publicado em BRASIL E MUNDO
 Por: Pete Linforth/Pixabay  Por: foxnews

Abiofarmacêutica norte-americana Sorrent Therapeutics divulgou nesta sexta-feira (15) um estudo onde descreve ter descoberto um anticorpo que neutraliza o novo coronavírus (Sars-CoV-2), causador da Covid-19.

De acordo com o comunicado publicado pelo laboratório, em testes in vitro, o novo recurso, chamado de STI-1499, foi capaz de evitar completamente que o vírus infecte as células. Os resultados, porém, ainda serão submetidos a revisões para que seja confirmada a descoberta.

“Queremos enfatizar que existe uma cura. Existe uma solução que funciona 100%  Se tivermos o anticorpo neutralizador em nossos corpos, não será previsto distanciamento social. Você pode reabrir a sociedade sem medo”, disse o fundador e diretor-presidente da Sorrento Therapeutics, Henry Ji, em entrevista ao canal de televisão norte-americano “Fox News”.

Publicado em BRASIL E MUNDO
 Por: José Dias/PR  Por: Redação BNews  

Opresidente Jair Bolsonaro (sem partido) mandou o general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde interino após Nelson Teich pedir exoneração, assinar o novo protocolo da pasta que libera o uso da cloroquina para todos os pacientes com covid-19, incluindo os com sintomas leves. As informações são do jornal Estado de S.Paulo.

De acordo com a publicação, o protocolo avalizado por Pazuello deverá ser baseado na resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM). Em abril, a entidade liberou a aplicação de cloroquina em pacientes com sintomas leves, mas ressaltou que a decisão foi tomada “sem seguir a ciência”, apenas para encerrar a polarização em torno do medicamento.

Atualmente, os protocolos do Ministério da Saúde recomendam o medicamento para pacientes em ambiente hospitalar e em estado moderado ou grave.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por Gustavo Garcia, G1 — Brasília.

Um dia antes de completar um mês no cargo e em meio à explosão de casos e mortes pela epidemia do coronavírus no país, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich afirmou nesta sexta-feira (15), em pronunciamento no Ministério da Saúde, que "escolheu" deixar a pasta.

Ele fez a afirmação durante um rápido pronunciamento no auditório do ministério ao lado do secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, e de técnicos da pasta.

"A vida é feita de escolhas. E eu hoje escolhi sair", afirmou o ex-ministro.

Até esta sexta-feira (15), segundo levantamento exclusivo do G1 junto às secretarias estaduais de saúde, o Brasil acumulava 14.455 mortes provocadas pela covid-19 e 212.198 casos confirmados da doença.

O ex-ministro não explicou o motivo que o levou a tomar a decisão. Em entrevista no Palácio do Planalto após a fala de Teich, o ministro Braga Neto (Casa Civil) disse que ele saiu por "questão de foro íntimo".

Teich disse que não aceitou o convite para ser ministro em razão do cargo. "Eu aceitei porque achava que poderia ajudar o Brasil e ajudar as pessoas", afirmou.

Pela manhã, ele teve um encontro com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Em seguida, a assessoria da pasta anunciou a demissão. É a 11ª mudança em ministérios em pouco mais de 14 meses de governo.

 

Ao deixar o auditório do Ministério da Saúde logo após após o pronunciamento, sem dar entrevista, o ex-ministro foi questionado se o motivo da saída era a insistência do presidente Jair Bolsonaro em relação ao uso da cloroquina como medicamento a ser adotado logo no início dos sintomas da covid-19, doença provocada pelo coronavírus. Teich não respondeu.

Em sua fala, o ex-ministro agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro pela oportunidade de ter comandado o ministério e elogiou a dedicação da equipe que trabalhou com ele.

"Eu agradeço ao presidente Jair Bolsonaro a oportunidade que ele me deu de fazer parte do Ministério da Saúde. Isso era uma coisa muito importante pra mim. Seria muito ruim na minha carreira não ter tido a oportunidade de atuar no ministério pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. Eu escrevi uma vez que eu sou uma pessoa formada. Eu nasci graças ao serviço público. Sempre estudei em escola pública. Minha faculdade foi pública, minhas residências foram em hospitais federais. Eu fui criado no sistema público.", declarou.

Ele disse que deixou pronto para governadores e secretários estaduais um plano de combate ao coronavírus. Segundo o ministro, um programa de testagem também está pronto para ser aplicado.

Relembre os 28 dias de Nelson Teich à frente do Ministério da Saúde
Relembre os 28 dias de Nelson Teich à frente do Ministério da Saúde
  •  
 

Trajetória no ministério

Teich deixou o cargo antes de completar um mês à frente da pasta. Apesar de uma nota oficial do ministério dizer que ele pediu demissão, assessores da Saúde afirmaram que o ministro foi demitido.

Nelson Teich tomou posse em 17 de abril. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus. Teich havia substituído Luiz Henrique Mandetta.

Assim como Mandetta, Teich também acumulou divergências com o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate ao coronavírus.

Nos últimos dias, o presidente e Teich tiveram desentendimentos sobre:

  • o uso da cloroquina no tratamento da covid-19 (doença causada pelo vírus). Bolsonaro quer alterar o protocolo do SUS e permitir a aplicação do remédio desde o início do tratamento.
  • o decreto de Bolsonaro que ampliou as atividades essenciais no período da pandemia e incluiu salões de beleza, barbearia e academias de ginástica
  • detalhes do plano com diretrizes para a saída do isolamento. O presidente defende uma flexibilização mais imediata e mais ampla.
Publicado em BRASIL E MUNDO
 Por: Reprodução / Instagram  Por: Redação BNews  

Depois da foto que chocou o país, uma imagem bem melhor de Sikêra Jr ganhou a internet nesta semana. O apresentador, que se recupera do coronavírus, apareceu fazendo exercícios. Segundo informações divulgadas pela colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, a atividade, acompanhada por fisioterapeutas, é para melhorar a respiração e a circulação sanguínea.

"Ele está se recuperando bem e acredito que daqui a 20 dias já vai poder ter alta e apto para poder voltar a trabalhar", contou Jerônimo Correa, um dos profissionais que cuida do apresentador da RedeTV!. No vídeo, quem aparece é João Paulo Ribeiro, sócio de Jerônimo, e os dois são responsáveis pelo tratamento de Sikêra Jr.

"O João tirou a máscara para fazer o vídeo, mas ele já teve a Covid-19, está totalmente curado e não tem mais risco de contaminação. O Sikêra também já passou da fase viral, mas usamos máscaras de proteção, sim", explicou Jerônimo à coluna. Ele confirmou que durante as sessões, o apresentador utiliza um oxigênio suplementar.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Hoje 12/05/2020, a Secretaria Municipal de Saúde através da Equipe de Controle Epidemiológico, após solicitação do prefeito Frederico Vasconcelos (Dr Fred), submeteu ao teste r´pido para COVID-19 em todos os trabalhadores da empresa GILFER residentes fora do município de do município de Licíninio de Almeida, e que iriam retornar ao trabalho na pavimentação asfáltica ligando Licínio de Almeida a Urandi, pois alguns destes, estiveram de foga durante os últimos 08( oito dias ) e visitaram seus famílares em municípios com caso confirmados de COVID-19.

Após a coleta de material, foram detectados 04 (quatro ) funcionários como POSITIVO para COVID-19. Como medida preventiva o prefeito municipal editou um Decreto Suspendendo Temporáriamente a Obra , além de impor a todos os funcionários da referida empresa que fiquem em quarentena, e os testados como positivo além do isolamento social, vão ser Monitorados diáriamente pela Equie de Controle Epidemiológico, também será realizado nova coleta e encaminhado para o LACEN/BA.

Lembramos que o teste rápido não consiste em exame diagnóstico, mais sim um método para triagem. Este Governo Municipal preza sempre pela transparência das infrmações.

Pedimos a todos que continuem com as medidas de prevenção, FIQUE EM CASA, mais se precisarem sair, USEM MÁSCARA .

O site PORTALLICINIO presente em váios grupos de WHATSAPP e em várias redes sociais, está presenciando várias informações desencontradas e comprometedoras, e no dever de manter todos bem informados vem aqui aproveitar do espaço para esclarecer uma coisa.:

Criar e divulgar fake news são crimes e Promotores de Justiça são orientados quanto ao combate contra as informações falsas que podem agravar a pandemia do coronavirus.covid 19nlicinio

Os atos relacionados à criação, à divulgação e à disseminação de informações falsas podem ser enquadrados em pelo menos oito artigos do Código Penal e um do Código Eleitoral, com penas que vão desde a aplicação de multas até a prisão e a perda de direitos políticos. A conclusão é do Gabinete Gestor de Crise do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que elaborou um estudo para orientar os Promotores de Justiça no combate a esse tipo de conduta, que se tornou um risco a mais ao controle da pandemia de covid-19.

A publicação de notícia sabidamente inverídica (fake news) no intuito de ofender a honra de alguém poderá caracterizar um dos tipos penais dos arts. 138, 139 e 140, todos do Código Penal, cumulados com a majorante do art. 141, III, do Código Penal, a depender do caso concreto;
a veiculação de fake news, quando o agente visa dar causa à instauração de procedimento oficial contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente, poderá configurar o delito de denunciação caluniosa, tipificado no art. 339 do Código Penal, sendo que presente a finalidade eleitoral o crime será o do art. 326-A do Código Eleitoral;
de acordo as circunstâncias do caso concreto, a conduta de disseminação de notícias falsas poderá estar tipificada no art. 286 do Código Penal (incitação ao crime), no qual o agente induz, provoca, estimula ou instiga publicamente a prática de determinado crime;.

Fique atento e antes de espalhar uma notícia, espere que ela seja confirmadas por uma instituição competente ao caso.

Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por Reuters.

Vicente Piratapuia, 69 anos e da etnia piratapuia, estava com febre e mal conseguia respirar, mas se recusava a abandonar sua casa nos arredores de Manaus, capital do Amazonas.

 Vanda examina o paciente Vicente Piratapuia enquanto sua esposa Apolonia Antonia Martins Bare observa, em sua casa — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda examina o paciente Vicente Piratapuia enquanto sua esposa Apolonia Antonia Martins Bare observa, em sua casa — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Foi preciso que uma técnica de enfermagem de sua comunidade indígena falasse duro para convencê-lo de que morreria, caso se recusasse a acompanhá-la ao pronto-socorro.

Vanderlecia Ortega dos Santos, ou Vanda para seus vizinhos, se ofereceu para proporcionar os únicos cuidados de prevenção à sua comunidade indígena de 700 famílias contra o surto de Covid-19 que devasta Manaus.

 Casas improvisadas no Parque das Trios — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Casas improvisadas no Parque das Trios — Foto: Bruno Kelly/Reuters

É uma batalha dura. O Parque das Tribos, assentamento precário com descendentes de 35 comunidades indígenas, carece de eletricidade e saneamento na maioria das casas. Com frequência as ambulâncias se recusam a recolher seus doentes graves por não haver nenhuma clínica de saúde pública nas proximidades.Vanda conversa com o marido Sidnei dos Santos do lado de fora de casa — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda conversa com o marido Sidnei dos Santos do lado de fora de casa — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Quando a pandemia de coronavírus começou a se espalhar pelo Brasil, indígenas que vivem dentro ou nas proximidades de cidades se viram em um limbo perigoso, já que a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) concentra seus recursos àqueles que moram em terras indígenas.

Segundo o Sesai, a pandemia já matou 10 indígenas, mas a organização indígena Apib estimou nesta semana que ao menos 18 indígenas brasileiros já pereceram se as mortes em áreas urbanas forem contadas. É difícil precisar o número real de casos em localidades muitas vezes remotas do interior do país.

 Vanda usa uma máscara com a mensagem 'Vidas indígenas importam' enquanto coloca equipamentos de proteção individual antes de sair de casa — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda usa uma máscara com a mensagem 'Vidas indígenas importam' enquanto coloca equipamentos de proteção individual antes de sair de casa — Foto: Bruno Kelly/Reuters

"Neste momento de pandemia, os parentes que estão morrendo vítimas dessa doença continuam com essa identidade negada, uma vez que o Estado e a Sesai não reconhecem a morte deles enquanto indígenas", diz Vanda, membro da etnia witoto, do extremo norte do Rio Amazonas, na fronteira com a Colômbia.

 

O Sesai informou que os indígenas que moram nas cidades deveriam recorrer ao sistema de saúde pública do país.

 Vanda ajusta a luz em uma sala de exames na Fundação Alfredo da Mata de Dermatologia Tropical e Venereologia, onde trabalha — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda ajusta a luz em uma sala de exames na Fundação Alfredo da Mata de Dermatologia Tropical e Venereologia, onde trabalha — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Uma porta-voz do prefeito de Manaus disse que a saúde indígena é uma questão federal, e não responsabilidade do município.

Manaus, que está sofrendo o surto per capita de COVID-19 mais mortal do Brasil, viu a doença sobrecarregar hospitais, cemitérios e a capacidade das autoridades de contabilizar os mortos.

Vanda, de 32 anos, nasceu na comunidade ribeirinha de Amatura e se mudou há 10 anos para Manaus, onde se tornou técnica em enfermagem. Ela trabalha tratando pacientes de câncer de pele em uma clínica da cidade.

Vanda visita um paciente — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda visita um paciente — Foto: Bruno Kelly/Reuters

 

Mas, desde o inicio da epidemia ela esta usando seu tempo livre para atender chamados nas casas de sua comunidade, monitorando potenciais sintomas da COVID-19 atraves de um grupo de WhatsApp que ela criou.

Esta semana ela esta monitorando 40 casos suspeitos do novo coronavírus. Ela indicou cinco casos urgentes para os serviços de emergência, incluindo uma idosa que precisou ser levada de carro pois não havia ambulância.

 Vanda aplica uma injeção de dipirona em sua paciente Sabrina de Sales Benzaquem, de 34 anos, que estava com febre e suspeita de ter sido infectada pela COVID-19 — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda aplica uma injeção de dipirona em sua paciente Sabrina de Sales Benzaquem, de 34 anos, que estava com febre e suspeita de ter sido infectada pela COVID-19 — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda dá analgésicos e outros medicamentos básicos aos seus pacientes, além de orientações para evitar o contágio. Ela faz visitas domiciliares nas horas vagas usando um avental, luvas e máscara -- às vezes com um cocar tradicional dos witotos com penas de arara.

 Vanda abraça sua sobrinha Maria Eduarda Ribeiro Ortega — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda abraça sua sobrinha Maria Eduarda Ribeiro Ortega — Foto: Bruno Kelly/Reuters

 

A fome chegou à comunidade antes do vírus, alerta Vanda. O distanciamento social imposto para refrear o surto abalou a economia local e acabou com a renda tanto das mulheres que fazem artesanato ou trabalham como empregadas em lares de Manaus, quanto dos homens que trabalham em canteiros de obras.

Vanda, sua mãe Brazileia Martimiano Barrozo e sua amiga Natalina Martins Ricardo, da tribo Bare, inspecionam um pedaço de tecido que será usado para produzir máscaras protetoras para a comunidade — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda, sua mãe Brazileia Martimiano Barrozo e sua amiga Natalina Martins Ricardo, da tribo Bare, inspecionam um pedaço de tecido que será usado para produzir máscaras protetoras para a comunidade — Foto: Bruno Kelly/Reuters

"Diante de toda essa negação de falta de assistência, eu tive a iniciativa de criar uma campanha em redes sociais, pedindo que as pessoas nos doassem alimento e kits de higiene", explica Vanda.

 Vanda conversa com Robson Santos da Silva, chefe da SESAI (Secretaria de Saúde Indígena), enquanto participa de um protesto durante a visita oficial do ministro da Saúde Nelson Teich ao principal hospital da cidade Delphina Rinaldi Abdel Aziz — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda conversa com Robson Santos da Silva, chefe da SESAI (Secretaria de Saúde Indígena), enquanto participa de um protesto durante a visita oficial do ministro da Saúde Nelson Teich ao principal hospital da cidade Delphina Rinaldi Abdel Aziz — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Quando o ministro da Saúde, Nelson Teich, visitou Manaus nesta semana, Vanda e duas amigas o receberam com um protesto diante do hospital de referência Delphina, o principal da cidade, exigindo atenção médica para a população indígena.

 

As três usavam máscaras feitas pela mãe de Vanda estampadas com a frase "Vidas indígenas importam".

A manifestação levou a uma reunião com o chefe do Sesai, Robson Santos da Silva, que disse que um hospital de campanha em Manaus prometido pelo governo federal teria uma ala para pacientes indígenas com o coronavírus.

No entanto, um porta-voz do ministério disse que a construção do hospital terá que esperar enquanto o governo se concentra primeiro na expansão das instalações existentes em Manaus.

Veja mais fotos:Vanda trabalha no computador enquanto sua sobrinha Maria e seu sobrinho Davi assistem TV no mesmo cômodo — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda trabalha no computador enquanto sua sobrinha Maria e seu sobrinho Davi assistem TV no mesmo cômodo — Foto: Bruno Kelly/Reuters

 Maria desenhou pinturas indígenas no rosto de sua boneca — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Maria desenhou pinturas indígenas no rosto de sua boneca — Foto: Bruno Kelly/Reuters

 Vanda e Sidney com o amigo Luiz Tukano, da tribo Tukano — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda e Sidney com o amigo Luiz Tukano, da tribo Tukano — Foto: Bruno Kelly/Reuters

 Vanda dirige para o trabalho — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda dirige para o trabalho — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda chega com Vicelonia Albuquerque Martins e Vicente Piratapuia em uma UPA após Piratapuia ter febre alta e dificuldade para respirar — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda chega com Vicelonia Albuquerque Martins e Vicente Piratapuia em uma UPA após Piratapuia ter febre alta e dificuldade para respirar — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda conversa com uma colega na Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia 'Alfredo da Matta' — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda conversa com uma colega na Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia 'Alfredo da Matta' — Foto: Bruno Kelly/Reuters

 
Vanda conversa com uma paciente durante visita a sua casa — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda conversa com uma paciente durante visita a sua casa — Foto: Bruno Kelly/Reuters

 Vanda e a professora e artista Natalina Martins, da tribo Baré,  conversam com um vizinho na entrada de sua casa — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda e a professora e artista Natalina Martins, da tribo Baré, conversam com um vizinho na entrada de sua casa — Foto: Bruno Kelly/Reuters

 Vanda posa para uma foto — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Vanda posa para uma foto — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por Gabriela de Palhano e Priscilla Monteiro.

Assim como em muitas famílias, o Dia das Mães da enfermeira Rusia da Silva Roma de Goes, 42 anos, foi de encontro a distância por causa da Covid-19. Mas a chamada de vídeo foi a primeira vez em que mãe, pai e a pequena Luiza se reuniram, depois de duas semanas de angústia em hospitais da Zona Sul do Rio.

Rusia deu à luz Luiza no dia 26 de abril, mas não pôde ver a filha, pois já estava entubada, afetada pelo coronavírus. Na internação, dia 24 de abril, ambas estavam bem; no sábado, exames alarmaram a equipe médica.

“Realizamos uma tomografia computadorizada e vimos muito comprometimento do pulmão”, conta Monica Barros, diretora da maternidade Santa Lúcia, em Botafogo. “Era iminente ajudar a mãe a respirar; então optamos por fazer a interrupção da gestação”, emenda a médica.

Rusia estava na 35ª semana de gravidez — mal tinha entrado no oitavo mês — e teve de ser transferida da Santa Lúcia para o CTI do Pró-Cardíaco. Lá, respirou com a ajuda de aparelhos até a última sexta-feira (8).

No sábado (9), foi para um quarto e finalmente viu a filha, por vídeo.

 

Luiza sorri ao ouvir a voz da mãe pelo tablet — Foto: Reprodução/TV GloboRusia (no tablet), Ednaldo e Luiza no Dia das Mães — Foto: Reprodução/TV Globo

Rusia (no tablet), Ednaldo e Luiza no Dia das Mães — Foto: Reprodução/TV Globo

Angústia no parto

Enquanto a equipe médica trazia Luiza à luz com Rusia entubada, Ednaldo Souza de Goes estava com Júlia, a filha mais velha, de 8 anos, dentro do carro esperando notícias.

“Eram duas da madrugada, eu não sabia o que fazer. Se ia para a rua, se ficava no hospital, se ficava no carro. Comecei a chorar. Minha filha chorando também, foi muito angustiante”, lembra o pai.

Ednaldo conta que Luiza teve de ser reanimada após o parto. “Ter que ir para casa sozinho com a Júlia foi muito ruim”, diz.

O pai só viu a caçula neste domingo. Ele estava em isolamento por causa da Covid-19. “Ela reconheceu a minha voz, ficou procurando”, conta.

 

Bebê sem coronavírus

Luiza está bem e não foi contaminada com a Covid-19. Os médicos aguardam que agora que ela ganhe peso para receber alta. A mãe está melhor a cada dia.

“Estou muito feliz que estou melhorando. Não vejo a hora de pegar minha pequena”, afirma Rusia.
 Rusia, já no quarto, vê a filha pelo celular — Foto: Reprodução/TV Globo

Rusia, já no quarto, vê a filha pelo celular — Foto: Reprodução/TV Globo

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por G1 Bahia.

Um estudo realizado por um coletivo que inclui pesquisadores do Instituto Federal da Bahia (IFBA), da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e voluntários do CoronaVidas.net aponta que os casos de coronavírus em Feira de Santana cresceram 105% desde o dia 21 de abril, quando a prefeitura do município decidiu flexibilizar o funcionamento do comércio, com a reabertura de estabelecimentos com até 200 metros quadrados.

No dia 21, Feira de Santana registrava 58 casos de coronavírus. Desde então, até a última sexta-feira (8), o município identificou 61 novos infectados e totalizou 119, com destaque para a semana seguinte ao decreto que autorizou a retomada do comércio, quando a curva de contaminação saltou de, em média, três casos por dia para um pico de 19 notificações em apenas 24 horas.

O pesquisador Fábio Barreto, que é mestre em Tecnologias aplicáveis à Bioenergia e doutorando em Difusão do Conhecimento (UFBA/IFBA), aponta que Feira de Santana demorou 24 dias para ter os primeiros 12 casos. Para atingir 50 casos, foram necessários 46 dias. Três semanas após a flexibilização do isolamento, o número mais que dobrou.

“"Feira de Santana teve um aumento significativo no número de casos. Esse número de casos acontece a partir da flexibilização do comercio. O modelo de incubação do coronavírus acontece a partir de sete dias e dura até 14 dias. Essa curva começa a crescer exatamente nessa mudança, onde temos um achatamento que deixa de existir. É preocupante. Quando você começa a perceber os números, que são exponenciais, a previsão é de que se tenha um aumento mais significativo nos próximos dez dias”, disse o pesquisador.

 
“Saímos de 58 para 119 casos no intervalo de 18 dias. Os dados representam um alerta para que as medidas de isolamento social sejam intensificadas em vez de afrouxadas, e podem ajudar a tomada de decisões por parte dos gestores públicos”.

O pesquisador aponta que o cenário pode piorar bastante ao longo de maio, caso a cidade não volte a adotar medidas restritivas mais duras.

“O que nos preocupa é que, em menos de três semanas, se tem o dobro dos casos de 46 dias. Temos um gráfico exponencial. Se fazemos uma projeção até o fim de maio, teremos mais de 300 pessoas infectadas em Feira de Santana. E isso preocupa. Medidas devem ser tomadas para que o distanciamento social ocorra, de forma que a cidade tenha a preocupação com o aumento de casos”, declarou.

 Evolução dos casos de coronavírus em Feira de Santana — Foto: Divulgação / Coronavidas

Evolução dos casos de coronavírus em Feira de Santana — Foto: Divulgação / Coronavidas

O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, concedeu entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira e afirmou que a flexibilização do comércio não pode ser encarada como razão principal para o aumento de casos de coronavírus no município. Ele destacou que a cidade registrou aglomerações em mercados, durante a distribuição do auxílio fornecido pelo governo do estado para estudantes, e também nas agências bancárias, com a busca pelo auxílio emergencial do governo federal.

 

“"Esses dados mostrados por uma pesquisa, que é bem específica, direcionada, é bom que se coloque que foi feita sem avaliar muitas situações. No dia 20 de abril o governo do estado começou a pagar benefícios para 60 mil famílias de Feira de Santana. Estudantes foram para supermercados pegar a cesta básica. Isso ocorreu até semana passada. No dia 22 de abril, o governo federal começou a pagar o auxílio emergencial. A maior aglomeração não foi o comércio, foi a fila na Caixa Econômica. Tivemos transmissão comunitária. O número de aumento de casos é previsto. A Universidade de Feira de Santana projetava 200 casos para essa semana, mas não chegamos a esse número”, declarou Colbert Martins.

“Estamos flexibilizando há um bom tempo. É bom colocar o gráfico e dizer que está subindo, mas está subindo na Bahia inteira. Qual era a opção? Fechar a Caixa? Proibir famílias de pegar a cesta básica do governo?”, questionou o prefeito de Feira de Santana

Até a amnhã desta segunda-feira, a Bahia havia registado mais de 5,5 mil casos confirmados de coronavírus, com 202 mortes.

Distribuição de máscaras de proteção

Além de realizar pesquisas sobre o coronavírus, o coletivo Coronavidas arrecada doações para adoção de ações que contribuam na luta contra a COVID-19. Fábio Barreto conta que, na Bahia, foram distribuídas mais de 22 mil máscaras de proteção, repassadas ao governo do estado para auxiliar médicos em unidades hospitalares da rede pública.

 Pesquisador Fábio Barreto, do projeto Coronavidas — Foto: Divulgação / Coronavidas

Pesquisador Fábio Barreto, do projeto Coronavidas — Foto: Divulgação / Coronavidas

 

“O Coronavidas tem o papel de unir a sociedade civil. Hoje temos mais de 550 pessoas como voluntários em quatro estados do país, 18 cidades, que se envolvem em ações que combatam o coronavírus. Entregamos mais de 22 mil unidades no estado da Bahia. Tudo doação. A gente não entrega nada para o setor privado. Agora entregaremos máscaras de acrílico para a Caixa Econômica. Agente entende que o profissional que está ali, o bombeiro que atua para organizar a fila, o estagiário, o servidor, se adoecerem na agencia bancária, a gente vai ter um caos maior naquele ambiente de pagamento de auxílio”, comentou o pesquisador.

Para fazer uma doação, é preciso entrar no site do coletivo, escolher o projeto que se quer auxiliar e preencher os dados necessários. Na Bahia, estão disponíveis para doações ações em Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Jequié e Vitória da Conquista.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por TV Sudoeste.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por TV Subaé.

Um casal, de 22 e 38 anos, foi preso com 170 kg de maconha escondida em um carro durante uma fiscalização na BR-101, trecho de Alagoinhas, cidade a 124 km de Salvador. A informação é da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo a PRF, a apreensão aconteceu na manhã de sábado (9), no Km 101. Após darem ordem de parada ao veículo, os agentes solicitaram documentos pessoais e do veículo para consulta nos sistemas da polícia, quando perceberam o nervosismo no motorista.

De acordo com a PRF, durante a entrevista, houve contradições e informações desencontradas em relação ao motivo da viagem. A equipe realizou uma vistoria no carro e encontrou 10 sacos de embalagem com a droga, escondidos sob o assoalho, bancos e porta-malas. Além disso, também foi encontrada uma grande quantidade de dinheiro.

Após consulta no sistema de dados, os policiais também notaram que o veículo estava com registro de furto datado em agosto de 2019, na cidade de Campinas (BA). Os presos, o veículo e o entorpecente foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil da região. A pena para o crime de tráfico de drogas pode chegar a 15 anos de prisão.

A PRF informou que para informações, denúncias, comunicação de crimes e acidentes, basta ligar no número de emergência 191.

Publicado em BAHIA E REGIÃO
Uma redução de 34,23%, sem considerar os efeitos da inflação, foi conferida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com base nos dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Assim, o primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) do mês de maio entra nas contas das prefeituras nesta sexta-feira, 8.
O valor considera a retenção constitucional do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, o montante será pouco mais de R$ 4,2 bilhões distribuídos para todos os municípios do Brasil. No mesmo período de 2019, o fundo municipal registrou R$ 6,5 bilhões, sem considerar a parcela destinada à educação.
Com informações .: Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por G1

O primeiro balanço da entrega de respiradores nacionais comprados pelo Ministério da Saúde aponta que o país só recebeu 22% dos equipamentos previstos para serem entregues em abril. A previsão era que as empresas Magnamed e Intermed entregassem 2.240 unidades dos equipamentos no mês passado, mas apenas 487 foram recebidas pelo governo federal.

 

Os dados foram apresentados nesta manhã pelo ministro da Saúde, Nelson Teich, durante audiência com deputados na Comissão Externa de Ações contra o Coronavírus. O ministro não deu detalhes sobre o atraso na entrega dos equipamentos.

Procurada pelo G1, a Magnamed contradisse o ministério e afirmou que tem 180 dias de prazo para a entrega dos equipamentos, mas afirmou que tenta antecipar a data de entrega. A empresa informou, também, que tem sido um desafio aumentar a produção em um curto espaço de tempo, pois grande parte dos componentes são importados e há uma forte concorrência. O G1 também entrou em contato com a Intermed para esclarecimentos sobre o cumprimento do cronograma, até a mais recente atualização desta reportagem não obteve retorno.

 

A compra foi fechada ainda na gestão de Luiz Henrique Mandetta. À época, ele afirmou que o valor dos contratos passaria de R$ 1 bilhão.Slide sobre respiradores apresentado pelo Ministério da Saúde para deputados nesta quinta-feira (7) — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

Slide sobre respiradores apresentado pelo Ministério da Saúde para deputados nesta quinta-feira (7) — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

Respiradores, UTI e testes

A entrega de respiradores é uma das ações tratadas como prioritárias pelo Ministério da Saúde desde a gestão do então ministro Luiz Henrique Mandetta. Ao lado dessa iniciativa, a gestão Mandetta também incluía neste mesmo patamar a intenção de ampliar a oferta de testes no Brasil e o aluguel de leitos de UTI. As ações tinham como meta fortalecer o sistema público de saúde.

No caso do aluguel de leitos, a estratégia não cumpriu a meta. O governo federal só entregou 17,5% dos 2 mil leitos de UTI alugados que foram prometidos para enfrentar a Covid-19 e editais foram cancelados. No caso dos testes, a meta é fazer 46 milhões de testes até dezembro, mas pouco mais de 10% dos testes já foram enviados aos estados.

Em relação aos respiradores, o alerta começou a soar definitivamente dentro do ministério no começo de abril: já prevendo os problemas que os hospitais teriam no atendimento aos pacientes, o ex-ministro chegou a falar que uma "possível" compra de 8 mil respiradores ajudaria a "acalmar" as capitais. Mandetta apontou sucessivas quebra de contratos na China, e disse que a saída encontrada foi apostar nos esforços da indústria nacional.

 
  • Com mil respiradores atrasados, governo do RJ cancela contrato com duas empresas fornecedoras

Um mês depois de o segundo contrato nacional ter sido assinado, a situação não foi normalizada. Nesta quinta, durante a apresentação aos deputados, o novo ministro Nelso Teich lembrou dos problemas da gestão anterior, que previa a compra de 15 mil itens.

"A parte da situação de aquisição de respiradores, a gente tem uma proposta de produzir pelo menos 14,1 mil pelo Brasil. A gente teve uma dificuldade, na negociação, de trazer esses respiradores de fora", disse o ministro Nelson Teich.

O novo cronograma da pasta com três empresas brasileiras escalonou a entrega dos itens entre os meses de maio e julho. Em abril, a Magnamed deveria ter entregue 1,940 mil itens e a Intermed, outros 300. Na apresentação feita aos deputados, o ministério não detalhou qual o percentual entregue por cada uma delas.

Entenda a importância do equipamento

O equipamento é essencial para garantir a sobrevivência de pacientes com quadros severos da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Quando o paciente está com insuficiência respiratória por causa da doença, a troca gasosa nos pulmões fica comprometida. O aparelho chamado controla a pressão do ar para dentro de nossos pulmões, para que a troca gasosa se mantenha.

Para o paciente não ficar desconfortável, ele é sedado. O ventilador, em geral, é colocado na boca, e o tubo irá até a traqueia. Pelo ventilador, os profissionais de saúde podem escolher a porcentagem de oxigênio no ar fornecido ao paciente - índices maiores que o atmosférico, de 21%. Quanto mais comprometidos estiverem os alvéolos (aqueles saquinhos de ar do pulmão), mais oxigênio será necessário.

É importante entender que o aparelho não é um tratamento. Ele apenas poupa o organismo do esforço de respirar, até que o sistema imunológico reaja e combata o vírus, no caso da Covid-19.

 

No caso da Covid-19, os casos mais severos já registrados indicam que a recuperação é mais lenta que em outras doenças respiratórias. O paciente pode ficar cerca de duas semanas na UTI, com a ventilação mecânica.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (7) que vai vetar o trecho do projeto de ajuda aos estados que abre a possibilidade de reajuste salarial para diversas categorias de servidores públicos, mesmo em meio à pandemia do coronavírus.

A versão inicial do projeto previa que a ajuda financeira da União a estados e municípios tinha, entre as contrapartidas, o congelamento nos salários dos servidores. Durante a tramitação no Congresso, parlamentares incluíram no texto categorias que poderiam ter o reajuste. O projeto foi aprovado nesta quarta (6).

Antes de Bolsonaro afirmar que vai vetar o trecho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia dito que sugeriria o veto.

"O que nós decidimos? Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes na economia. E não é de maneira cega, não. É de maneira consciente e com razão. E se ele acha que deve ser vetado, esse dispositivo, assim será feito. Nós devemos salvar a economia, porque economia é vida", disse Bolsonaro.

Guedes defendeu que o funcionalismo público fique sem aumento salarial até dezembro de 2021. Para o ministro, a medida vai ajudar o país a atravessar a crise gerada pela pandemia do coronavírus.

"Eu estou sugerindo ao presidente da República que vete, que permita que essa contribuição do funcionalismo público seja dada, para o bem de todos nós", afirmou Guedes.

 

De acordo com o líder do governo na Câmara, deputado Victor Hugo (PSL-GO), Bolsonaro deu o aval para incluir no projeto as categorias que poderiam ter aumento salarial. Entre as categorias estão policiais e profissionais de saúde (veja a lista mais abaixo).

"Eu, deste plenário, liguei para o presidente da República e me certifiquei de que essa era a melhor solução. E o presidente, 22h de ontem [terça-feira] falou: Victor Hugo, faça dessa maneira e vamos acompanhar para privilegiar esses profissionais que estão efetivamente na ponta da linha. E assim aconteceu", afirmou o deputado na quarta (6).

De acordo com o projeto, os seguintes servidores poderão ter reajuste de salário:

  • funcionários públicos da área da saúde;
  • funcionários públicos da área de segurança;
  • militares das Forças Armadas;
  • servidores da Polícia Federal (PF);
  • servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF);
  • guardas municipais;
  • trabalhadores da educação pública como os professores;
  • agentes socioeducativos;
  • profissionais de limpeza urbana e de serviços funerários;
  • profissionais de assistência social;
  • servidores das carreiras periciais, como os peritos criminais.

Visita ao STF

O presidente e o ministro falaram com a imprensa após uma visita surpresa ao Supremo Tribunal Federal (STF). Eles levaram empresários da indústria para uma conversa com o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.

Na conversa, Bolsonaro, Guedes e os empresários expuseram a opinião de que medidas de isolamento social e restrição de mobilidade, para conter o avanço do coronavírus, não podem paralisar a economia. Desde que o vírus chegou ao país, Bolsonaro vem defendendo o relaxamento das medidas restritivas, tomadas por governadores e prefeitos.

Bolsonaro diz que alguns estados foram longe nas medidas restritivas

Bolsonaro diz que alguns estados foram longe nas medidas restritivas

 

Restrições nos estados

A maioria dos estados têm estendido as medidas de restrição adotadas após o início da pandemia, e alguns têm tomado medidas mais rígidas.

Atualmente há dois estados no país que adotaram em algumas cidades, incluindo as capitais, o isolamento mais radical, o chamado "lockdown": Maranhão e Pará. Outros estados e municípios, como Rio de Janeiro e Fortaleza, também avaliam esta possibilidade de bloqueio total, e os ministérios públicos de Amazonas e Pernambuco pediram a adoção da medida, mas a solicitação foi negada pela Justiça.

Em Fortaleza, a prefeitura já intensificou a fiscalização do isolamento social, mas evita usar o termo "lockdow"'. Em São Paulo, a prefeitura ampliou o rodízio de veículo passa a vigorar inclusive aos fins de semana, e durante as 24 horas do dia.

 
Publicado em BRASIL E MUNDO