Por Anderson Viegas e Juliene Katayama, G1 MS e TV Morena.


 Aparato montado para socorrer piloto que passou mal durante voo e morreu no aeroporto Internacional de Campo Grande — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Aparato montado para socorrer piloto que passou mal durante voo e morreu no aeroporto Internacional de Campo Grande — Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

O piloto de um avião bimotor King Air C90A morreu na manhã deste sábado (6) durante um voo entre a Bahia e São Paulo. O copiloto teve de assumir o comando da aeronave e fazer um pouso de emergência em Campo Grande.

A aeronave, um King Air C90A, é de uma empresa agropecuária que possui propriedades em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O piloto, Benedito Fernando Ricci, de 59 anos, e o copiloto, Matheus Pasquotti, transportavam um passageiro.

Segundo a Infraero, o voo seguia de Barreiras, na Bahia, para Americana, em São Paulo. No meio do trajeto, Benedito passou mal e desmaiou. Pasquotti assumiu o comando da aeronave e, após pedir autorização à Infraero e comunicar o ocorrido, fez um pouso de emergência em Campo Grande, por volta das 10h03.

Foi montado um aparato de emergência para socorrer o piloto, inclusive com ambulâncias já na pista do aeroporto. Mas, conforme a Infraero, quando a aeronave pousou, Benedito já estava morto. A causa da morte não foi informada.

Depois do ocorrido, Pasquotti publicou uma homenagem ao amigo no Facebook. No texto relembra que foram cinco anos voando juntos, um período de muita amizade e alegria e que, em um "piscar de olhos", no meio do viagem, o amigo "se foi".

 Matheus Pasquotti (à esquerda) homenageou com postagem no Facebook o amigo Benedito Fernando Ricci (à direita), que morreu durante o voo, neste sábado — Foto: Reprodução/Facebook

Matheus Pasquotti (à esquerda) homenageou com postagem no Facebook o amigo Benedito Fernando Ricci (à direita), que morreu durante o voo, neste sábado — Foto: Reprodução/Facebook

O traslado do corpo ocorreu ainda na noite deste sábado. Saiu de Campo Grande por volta das 22h com destino a Rio Claro, São Paulo, onde Benedito morava.

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Por G1.

Através de uma votação preliminar realizada na última terça-feira (18), membros da Câmara de Supervisores de São Francisco decidiram suspender a venda, a produção e a distribuição de cigarros eletrônicos na cidade.

  • Cigarros eletrônico e tradicional têm em comum os riscos da nicotina; entenda os perigos

Para virar lei, a portaria ainda precisa passar por uma votação e também ser aprovada pela agência federal que regula alimentos e medicamentos nos EUA, a FDA - sigla em inglês.

De acordo com o texto apresentado pelos supervisores, o uso dos cigarros eletrônicos se tornou "epidemia" entre os jovens. Caso aprovada e assinada pela prefeita London Breed, as regras impostas pelos supervisores entrarão em vigor em até sete meses.

Apesar de conter menos substancias tóxicas que o cigarro tradicional, ainda não existem evidências científicas sobre as vantagens do cigarro eletrônico. Alguns riscos podem ser iguais ou até maiores do que os do cigarro comum.

Cigarro eletrônico

A principal particularidade do cigarro eletrônico é que ele funciona com baterias e sem a necessidade da queima. É uma espécie de dispositivo "vaporizador" de aromas, sabores e outros produtos químicos: álcool, glicerina e, na maioria deles, nicotina.

Esses produtos são eletrônicos e têm um reservatório de líquido que precisa ser reabastecido esporadicamente. Também têm uma fonte de energia, geralmente uma bateria, e uma ponta aberta por onde o fumante inala o vapor.

 
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Por Vinícius Lemos, BBC.

Solange, que tinha dois empregos, teve de deixar a função na empresa de home care, para se dedicar aos cuidados com a criança — Foto: Emanoele Daiane

 

A cortina ilustrada por pequenos ursos está aberta e ilumina o quarto na residência localizada em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá (MT). O sol clareia o cômodo repleto de aparelhos hospitalares que mantêm a vida de Ronei Gustavo Pires, de 12 anos.

O garoto passa o dia deitado na cama. Um artesanato, pendurado na porta do lugar, avisa: "aqui dorme um príncipe".

Por meio do olhar, a sua única forma de comunicação com o mundo, Ronei assiste atento a cada movimentação no quarto. A rotina dele é acompanhada 24 horas por dia pela mãe, a enfermeira Solange Maria Pires, de 56 anos.

Há uma década, eles se encontraram pela primeira vez. O amor que ela que sentiu pelo garoto fez com que o adotasse. A decisão mudou completamente o futuro dos dois.

Ronei nasceu com agenesia do corpo caloso, uma má-formação congênita na qual a criança não possui a estrutura que conecta os dois hemisférios cerebrais. Ele também tem neuropatia crônica, possivelmente causada pela falha na formação do cérebro, que atinge o sistema nervoso e afeta o desenvolvimento de funções como a postura e os movimentos.

Desde recém-nascido, o garoto tem um quadro grave de convulsões, que pode ter sido causado pela neuropatia. Aos oito meses de vida, enquanto era amamentado, ele teve um episódio de broncoaspiração - quando alimentos ou líquidos são aspirados pelas vias aéreas - e a família biológica, segundo Solange, demorou para buscar ajuda médica.

 

O fato prejudicou ainda mais a saúde de Ronei. Com pouco mais de um ano, ele foi diagnosticado com paralisia cerebral e passou a viver em estado vegetativo.

Os problemas de saúde fizeram com que o garoto, que nasceu em Cuiabá, fosse abandonado pelos pais biológicos antes de completar um ano. Quando Solange o conheceu, ele vivia em um lar para crianças e adolescentes aptos à adoção, na capital mato-grossense.

Solange, que é divorciada, morava sozinha quando decidiu adotar a criança. Os outros dois filhos dela, hoje com 33 e 37 anos, eram casados e haviam se mudado da casa da mãe. Com a adoção do caçula, a enfermeira passou a dedicar grande parte da vida aos cuidados com o garoto.

"Eu sinto o mesmo amor pelos meus três filhos. Mas sei que me dedico mais ao Ronei do que me dediquei aos outros dois, porque eles sempre foram saudáveis, se desenvolveram normalmente e foram saindo das minhas asas. Já o Ronei, sei que vai estar sempre aqui e sempre vai precisar dos meus cuidados", diz Solange à BBC News Brasil.

A decisão de adotar o garoto que vive em estado vegetativo causou espanto entre alguns conhecidos da enfermeira. "Algumas pessoas me desaconselharam, me disseram para viver uma fase mais tranquila, pois meus filhos já estavam criados. Mas eu não tive dúvidas de que deveria cuidar do Ronei. Ele é meu filho, assim como os outros dois que eu pari", declara.

No Brasil, encontrar pais para crianças com alguma doença ou deficiência é uma difícil missão. Segundo o Cadastro Nacional de Adoção, há 46,1 mil pretendentes à adoção. Destes, apenas 4.623, pouco mais de 10% do total, aceitam crianças com deficiência física ou mental.

Ainda de acordo com dados do CNA, conforme levantamento acessado nesta semana, há 9.550 crianças e adolescentes aptos para adoção. Deste total, 2.452 possuem problemas de saúde.

 

O encontro de mãe e filho

As internações de Ronei eram constantes desde o nascimento dele, em cinco de maio de 2007. Depois da piora do quadro de saúde do jovem, após a broncoaspiração, o garoto foi levado a um lar para crianças, após pedido da equipe médica que o atendia, pois os profissionais consideraram que ele não recebia os cuidados adequados da família biológica.

O garoto passou semanas no lar, mas os problemas de saúde pioraram. Ele teve infecção e foi encaminhado novamente ao hospital, onde passou meses internado. A Justiça de Mato Grosso acolheu pedido do Ministério Público e determinou que o Estado custeasse serviços de home care - internação domiciliar - para a criança.

Era fim de 2008. Solange trabalhava como enfermeira em uma empresa que prestava serviços de home care. Junto com uma equipe, foi em busca de Ronei, após a decisão judicial que permitiu ao garoto o direito à internação domiciliar.'Não tive dúvidas de que deveria cuidar do Ronei. Ele é meu filho, assim como os outros dois que eu pari', diz Solange — Foto: Emanoele Daiane

'Não tive dúvidas de que deveria cuidar do Ronei. Ele é meu filho, assim como os outros dois que eu pari', diz Solange — Foto: Emanoele Daiane

"Fui atrás dele na casa dos pais biológicos e da avó, mas ele não estava. Me disseram que ele estava no Lar da Criança. Depois, descobri que ele estava internado no Pronto-Socorro de Cuiabá", diz. Os pais biológicos, segundo a enfermeira, haviam visitado o garoto poucas vezes no hospital.

 

Após Ronei receber alta médica, a Justiça determinou que o Estado pagasse uma casa para a família biológica morar com ele, pois a residência dos pais era precária e não tinha condições para receber a home care. "A expectativa era de que os familiares se reaproximassem do Ronei e ajudassem o tratamento dele, caso fossem para um novo lar", conta a enfermeira.

Ronei passou mal novamente, semanas depois de receber alta, e foi levado ao Pronto-Socorro, após diversas convulsões. Em estado grave, foi encaminhado para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O garoto deixou de respirar espontaneamente e passou a necessitar do aparelho de ventilação mecânica.

Dias após a internação, a Justiça determinou que ele saísse do hospital em 24 horas e fosse colocado em uma home care.

O garoto não tinha lugar para ser levado com a internação domiciliar. Não havia uma definição sobre a casa que poderia ser concedida para a família dele. No lar de crianças, seriam necessárias adaptações para receber os equipamentos. Ronei, então, foi levado para um quarto vazio na sede da empresa de home care. O cômodo foi adaptado e os aparelhos hospitalares foram instalados no local.

"A gente acreditava que ele passaria semanas no quarto da empresa, a família se reestrutaria, conseguiria a casa e tudo daria certo", conta Solange.

A família do garoto foi informada sobre a situação dele. Porém, segundo a enfermeira, os pais o visitaram apenas duas vezes na empresa.

"Foram visitas rápidas, que não duraram 15 minutos", relata Solange.

Após Ronei passar três meses no quarto, a dona da empresa informou que ele não poderia permanecer no quarto por mais tempo. "Eles não poderiam ficar tantos meses assim com uma criança, porque ali era uma empresa", relembra.

Quando percebeu a incerteza sobre o futuro do garoto, na época com quase dois anos, Solange decidiu levá-lo para casa. "Falei que pediria a guarda dele na Justiça e que cuidaria dele, até resolver a questão com a família."

 

A Justiça concedeu a guarda provisória de Ronei para a enfermeira. Ela adaptou o quarto da filha, que havia se casado poucos meses antes, para receber o garoto e os equipamentos da internação domiciliar - como um tubo de oxigênio e um aparelho de ventilação mecânica.

Solange, que tinha dois empregos, teve de deixar a função na empresa de home care, para se dedicar aos cuidados com a criança. Ela continua trabalhando em um hospital de Cuiabá.

A guarda do garoto

Por um ano, Ronei viveu de modo provisório na casa de Solange. No período, os pais do garoto o procuraram apenas uma vez.

"Eles foram na empresa de home care, para saber da casa que a Justiça tinha determinado que conseguissem. Eles foram informados que o filho estava com uma família, mas nunca me procuraram", conta.

Os pais não conseguiram a residência, pois não eram mais os responsáveis pela criança.

Solange tem casa própria e não precisou do benefício que havia sido oferecido aos pais biológicos do garoto.

"Essa residência, que havia sido determinada pela Justiça, é para as pessoas que não estão em um lugar com condições adequadas para a internação domiciliar", ressalta a enfermeira.

A última vez em que Solange viu os pais biológicos de Ronei foi no início de 2010, no Fórum de Cuiabá.

"A juíza me convocou e pensei que os pais queriam a guarda dele. Eu disse a ela que, caso eles quisessem de volta, seria um direito deles. Mesmo que isso me entristecesse, não poderia fazer nada."

"Mas a juíza me disse que os pais falaram que não tinham condições psicológicas, nem financeiras, para ficar com o Ronei. Eles abriram mão do filho, disseram que eu poderia criá-lo", conta.

A magistrada explicou a Solange que ela não era obrigada a continuar com o garoto, caso não quisesse. Se a enfermeira não criasse Ronei, ele seria levado a um lar para crianças aptas à adoção.

 

"Não tive dúvidas, disse que o Ronei era meu filho e que ficaria com ele", diz Solange.

"A juíza me perguntou duas vezes, porque queria que eu tivesse certeza da responsabilidade que teria pela frente. Novamente, disse que era aquilo que eu queria. Não iria abrir mão do meu filho", relata a enfermeira, que recebeu apoio dos dois filhos.

A decisão da mãe de Ronei comoveu a magistrada. "A juíza me disse que nunca tinha chorado, mas chorou naquele momento, porque ficou comovida com o meu caso."

Solange passou pelos procedimentos necessários para conseguir a guarda definitiva de Ronei - como análise da residência por assistentes sociais e uma entrevista na qual detalhou sobre a sua rotina. Menos de um mês depois, obteve a guarda definitiva do filho.

Os procedimentos para adoção de crianças com deficiência ou doença crônica são mais rápidos que os demais. Em 2014, a prioridade a esses processos foi estabelecida em texto acrescido à legislação. Anteriormente, tais casos já eram tidos como prioritários e tinham mais rapidez, por serem considerados incomuns.

"Essa distinção [nos processos] é fundamental para incentivar as adoções envolvendo essas crianças. Isso porque ainda há bastante resistência de famílias inscritas em cadastro nacional para aceitar crianças com deficiência ou doença crônica", explica a advogada Regina Beatriz Tavares da Silva, presidente da Associação de Direito de Família e das Sucessões.

Segundo a advogada, o baixo número de interessados em crianças com deficiência ou doença crônica ocorre em razão da complexidade que envolve os cuidados com elas. "Isso acaba por suscitar insegurança sobre como essa dificuldade poderá interferir, modificar ou repercutir em suas vidas."

"Por isso é importante sempre lembrar que a geração de um filho, que acontece também na adoção, envolve sempre uma experiência de renovação e aceitação", acrescenta.

'Eu sou a mãe dele'

 

Grande parte da vida de Ronei se resume à cama do quarto. Ele recebe ajuda profissional durante todo o dia. A cada 12 horas, um novo técnico de enfermagem chega para acompanhar o garoto - serviço incluído na home care. Solange trabalha em um hospital no período da manhã e, por meio do celular, fica atenta a tudo o que acontece com o filho. "O tempo todo pergunto como ele está ou peço para mandarem fotos. É uma preocupação constante", diz.

Quando não está no trabalho, a enfermeira tenta se distanciar de Ronei o mínimo possível.

"Se eu saio, tento voltar rápido. Nas vezes em que viajei, tive que comprar passagens perto da data, porque se ele não estiver bem, não viajo. E não posso ficar dias longe", comenta.

Diariamente, Ronei toma seis anticonvulsivos. Ele se alimenta por meio de uma sonda. Uma vez por semana, o garoto, que nunca andou ou falou, passa por acompanhamento com fonoaudiólogo e com fisioterapeuta - serviços incluídos na home care para auxiliar no desenvolvimento dele.

Todos os meses, Solange recebe um salário mínimo, referente a um benefício do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), para ajudar nos cuidados com o filho. Por meio do auxílio, ela busca ajuda médica.

"Gasto boa parte desse dinheiro com consultas para ele, porque tive de cortar o nosso plano de saúde, pois ficou muito caro. Pelo SUS (Sistema Único de Saúde), as consultas demoram muito. Então, acabo tendo de recorrer aos particulares."

Apesar da ajuda profissional, Ronei tem ficado mais debilitado com o passar dos anos. "Ele está regredindo e atrofiando. As mãos e os pés dele tinham mais força antes, mas agora está mais fraco. Infelizmente, não há muito o que ser feito no caso dele", lamenta a mãe.

O neuropediatra Marcos Escobar explica que a neuropatia, como no caso que acomete Ronei, costuma apresentar sintomas que pioram com o passar dos anos.

 

"Muitas vezes, pelo fato de o paciente não conseguir se movimentar bem e por seus músculos ficarem tensos, os tendões se retraem e encurtam. A longo prazo, os ossos e as articulações podem se deformar", diz o especialista, que ressalta que não há cura para a enfermidade.

A falta de esperanças para o futuro do garoto entristece a mãe. Apesar disso, a enfermeira afirma que não se arrepende de ter passado grande parte da última década se dedicando aos cuidados com Ronei. "Parei muita coisa por ele. Mas é normal uma mãe fazer isso por um filho."

"Uma médica me disse que ele viveria somente até os oito anos, mas ele está aqui comigo até hoje. Acho que o que mantém vivo é o amor que ele recebe", diz.

O principal desejo de Solange para o futuro do filho caçula é que ele tenha qualidade de vida. "Peço a Deus que se for para levar o Ronei, que não seja nada doloroso. Não quero que ele sofra em um hospital."

"Também peço a Deus para que eu não morra enquanto o Ronei estiver aqui. Por que quem vai cuidar dele do jeito que cuido? Quem vai dar toda a atenção? Espero que Deus me atenda. Depois que ele partir, posso ir sossegada. Mas antes, preciso continuar por aqui."

O garoto, que pouco conhece sobre o mundo fora do quarto, acompanha com olhos atentos cada declaração da mãe. "Não sabemos até que ponto ele nos entende, por causa das lesões no cérebro", explica Solange, enquanto segura a mão esquerda do filho.

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Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA
Segundo ele, técnica em enfermagem presa pelo crime era quem pilotava a moto em direção à casa da tia dela, onde neném foi deixado. Recém-nascido foi resgatado após 10 horas.

Por John Wlliam e Vanessa Martins, TV Anhanguera G1 GO.

Recém-nascido levado de maternidade em Goiânia e resgatado em casa de prima de técnica em enfermagem do hospital — Foto: Polícia Civil/Divulgação

 

A Polícia Civil apurou que o bebê levado da Maternidade Nascer Cidadão viajou 30 km dentro do baú de uma motocicleta pilotada pela técnica em enfermagem presa pelo crime, em Goiânia. O delegado Wellington Lemos, que investiga o caso, disse que a funcionária, a tia dela, a prima e o marido foram presos e devem responder pelo crime de subtração de incapaz.

O hospital é gerido pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que informou que vai demitir a funcionária. A empresa disse que colabora com as investigações e que a técnica trabalhava na unidade de saúde há cerca de 9 meses, e não havia apresentado problemas antes.

G1 não conseguiu descobrir quem é responsável pela defesa das pessoas presas para pedir um posicionamento sobre o caso.

O neném nasceu no último dia 25 de maio. Segundo a Polícia Civil, a mãe dele queria colocá-lo para adoção e fugiu do hospital. Na quinta-feira (30), o garoto sumiu e, após 10 horas de buscas, foi encontrado na casa da prima da técnica e levado de volta para o hospital.

“Ela não trabalha naquele setor. Ela foi lá por livre e espontânea vontade e solicitou a uma das enfermeiras para segurar a criança para fazê-la arrotar. A enfermeira percebeu um vulto passando pela porta e notou que ela não estava mais lá”, explicou o delegado.

 

De acordo com as investigações, as câmeras de segurança da unidade não gravaram o momento porque, justamente o cabo da UTI Neonatal, onde o bebê estava, foi cortado.

O delegado contou ainda que, ao ser retirado do hospital, o bebê foi levado para a casa da tia da técnica em enfermagem, e depois para a casa da filha dela. A investigação apontou que a intenção da família era deixar a criança com a prima da técnica em enfermagem, porque ela havia perdido um bebê no sexto mês de gestação e não poderia mais engravidar.

Todos os envolvidos foram presos e devem responder por subtração de incapaz, que é um crime cuja pena vai até 6 anos de prisão.

O Conselho Tutelar assumiu a responsabilidade pelo bebê e, depois que ele receber todo o tratamento necessário no hospital , irá para adoção, como explicou o conselheiro Ismael Carvalho.

“O juizado vai encaminhá-la para uma unidade acolhedora institucional e dai a família que tiver em primeiro na fila do cadastro nacional de adoção vai receber esse presente”, disse.

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Por G1 BA.

Materiais foram localizados depois de rondas da PM em Barreiras, na terça-feira (2). Homem foi encaminhado para delegacia da cidade. — Foto: Polícia Militar

 

Um homem de 39 anos foi preso em flagrante com 940 mil cigarros de diversas marcas, além de armas, dentro de casa, durante uma ronda da Polícia Militar, na cidade de Barreiras, região oeste da Bahia, na terça-feira (2).

Conforme a PM, os militares faziam rondas pela cidade quando encontraram 40 mil unidades de cigarros dentro de um veículo, no bairro Invasão do Salsicha. O motorista foi ouvido pelos agentes e informou que comprou o material com um homem de prenome Elias.

A PM continuou a ronda pela cidade até chegar na casa de Elias Vieira da Silva Júnior. No local, com autorização do homem, a polícia entrou no imóvel e encontrou mais 940 mil unidades de cigarros sem nota fiscal, além de um revólver calibre 38 e uma espingarda calibre 12.

O homem foi preso e encaminhado, junto com os materiais, para a delegacia de Barreiras. A PM não informou, no entanto, o que ocorreu com o motorista do carro. O caso é investigado pela Polícia Civil da cidade.

Homem e o material foram encaminhados para a delegacia da cidade.  — Foto: Polícia Militar

Homem e o material foram encaminhados para a delegacia da cidade. — Foto: Polícia Militar

 
Materiais foram localizados depois de rondas da PM em Barreiras, oeste da Bahia.  — Foto: Polícia Militar

Materiais foram localizados depois de rondas da PM em Barreiras, oeste da Bahia. — Foto: Polícia Militar

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Por Eduardo Oliveira, TV Bahia.

Matéria especial do BDS fala sobre a inseminação artificial caseira

 

O sonho de ser mãe da fotógrafa baiana Mel Paranhos se tornou real há quatro anos, quando ela ficou grávida da pequena Lis por meio de uma inseminação artificial caseira. Mel, que é lésbica, escolheu a técnica caseira após buscar pela inseminação artificial em uma clínica e descobrir que o procedimento custava entre R$ 20 e 30 mil.

Na inseminação caseira, o doador retira o sêmen, coloca em um vaso esterilizado – normalmente aqueles de fazer exames de urina. E com uma seringa, a mulher retira o sêmen para injetar no próprio corpo.

A técnica é mais barata, mas também diferente da inseminação feita em uma clínica, onde o sêmen coletado passa por um processo de separação dos espermatozoides, com retirada de células imaturas e restos celulares, por exemplo. A mulher deve passar por exames e até tomar medicamentos para indução da ovulação. Em seguida, é marcada a colocação dos espermatozoides dentro do útero.

Assim como o procedimento feito em uma clínica, a inseminação caseira precisa de um doador, que pode ser anônimo. No caso de Mel, o doador é um amigo que compartilhava do mesmo sonho dela de ter um filho. Juntos, eles planejaram engravidar com a inseminação caseira. O amigo fez alguns exames, repetiu os testes meses depois e só então os dois decidiram fazer a inseminação.

"Ele comentou essa vontade de ser pai. Depois de tudo [exames e inseminação] surgiu Lis, essa coisa linda aqui. A criança sente quando o amor é verdadeiro e vai construir sua personalidade através dessa educação, desse contato e do amor que vem dos cuidadores", disse Mel.

O amigo de Mel, que foi o doador de sêmen, quis registrar Lis como pai. Os dois dividem a criação da menina.

 
Mel com a filha e o amigo que se doou o sêmen para a inseminação caseira — Foto: Reprodução/TV Bahia

Mel com a filha e o amigo que se doou o sêmen para a inseminação caseira — Foto: Reprodução/TV Bahia

 

O que dizem especialistas

O especialista em reprodução humana, Joaquim Lopes, conta que o banco de sêmen usado nas clínicas torna o procedimento mais seguro do que a inseminação feita em casa.

"Esse homem [doador] passa por uma investigação prévia, ele estando isento de infecções e tendo uma qualidade seminal adequada, esse sêmen vai ser preparado", explicou.

O sêmen doado é congelado e passa por exames até seis meses depois. Os testes servem para verificar, por exemplo, se o doador tem alguma doença.

Os doares nas clínicas são anônimos. A advogada Fernanda Barreto explica que essa é uma diferença importante em relação à inseminação caseira.

"Na doação caseira o doador, em 99% dos casos, é uma pessoa conhecida, mas você não tem como ter certeza de que no futuro não se vai reclamar direitos relativos sobre isso", explicou.

A lei não diz nada sobre inseminação caseira. Nesse caso, o interesse da criança é o mais importante.

"Existe o risco de que essa criança queira saber de onde ela vem e até constituir um vínculo parental com este homem [doador], se tornar filha para efeito jurídico, o que significa ter direitos a alimentos, a herança, a convivência, dentre vários direitos ligados ao poder familiar", disse Fernanda Barreto.

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Por Agência EFE.

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Por G1 Ribeirão Preto e Franca.

O menino Davi Miguel Gama, de 4 anos, deve voltar ao Brasil no dia 23 de março. A criança, que tem uma doença rara no intestino, vive há três anos em Miami, nos EUA, desde que a Justiça obrigou a União a custear as despesas de um tratamento e de um transplante. O procedimento, no entanto, não foi feito porque Davi não foi considerado apto para a cirurgia, segundo médicos do Jackson Memorial Hospital.

Por telefone, o pai de Davi Miguel, Jesimar Gama, disse que apesar da recusa para o transplante, o filho conquistou mais qualidade de vida no período.

“Creio que se não tivéssemos vindo para cá, teria sido pior. Assim que chegamos aqui, ele já foi para casa. Na época, nós teríamos dificuldade em ir com ele para casa. Agora já mudou um pouco as coisas aí [no Brasil]. Quando ele nasceu, ele ficou um ano e sete meses no hospital. A gente foi para casa quando veio para cá. Ele ficou três meses no hospital e, em seguida, a gente foi para casa com o homecare.”

Procurado, o Ministério da Saúde informou que recebeu, no final de fevereiro, o relatório médico da criança. "O processo foi encaminhado à área responsável, que está realizando as providências finais para o retorno da criança ao Brasil", informou em nota.

A União deverá arcar com o remanescente das despesas nos EUA, conforme consta em acordo na Justiça Federal.

Viagem de volta

A informação sobre a viagem foi divulgada pela família no perfil de uma rede social. “Hoje a notícia que temos é sobre o retorno do Davi Miguel. Embarcamos para o Brasil no dia 21 de março à noite, em Miami, e a chegada será às 5h30 da manhã, em São Paulo (...) Contamos com as orações de cada um e agradecemos o carinho de sempre com nosso guerreiro”, diz o post publicado no domingo (10).

Jesimar disse que a viagem será feita em voo comercial, uma vez que os médicos do hospital americano descartaram a necessidade de uma aeronave com Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“A gente está com um pouco de receio, mas o médico autorizou. Estamos torcendo para que dê tudo certo. Que ele saia bem daqui e chegue bem aí.”

Segundo o pai, Davi está há nove meses sem ser internado e o quadro de saúde do filho é bom. A criança continua recebendo a nutrição parenteral, uma vez que o organismo não é capaz de absorver nutrientes dos alimentos. A deficiência do intestino é conhecida como doença das microvilosidades ou diarreia intratável.

“Ele está bem, estável. Sempre tem os exames periódicos, toma duas injeções por dia. Hoje ele tem que tomar três, por causa de uma vitamina. Desde junho do ano passado ele não é internado. Está ativo, está bem.”

Transplante

Antes da decisão que condenou a União a pagar os custos, os pais, Jesimar e Dinea Gama, mobilizaram uma campanha que arrecadou R$ 1,5 milhão e contou até mesmo com a ajuda de famosos. Parte do dinheiro foi usado nas despesas pessoais do casal e do filho, conforme determinado pela Justiça.

Em 2015, Davi Miguel foi aceito no Jackson Memorial Hospital, único centro médico no mundo habilitado para o procedimento em crianças com peso entre sete e dez quilos. Porém, consta nos autos do processo que, ao ser submetido a uma avaliação pela equipe de especialistas em Miami, verificou-se que o menino não estava apto ao transplante.

Os pais afirmam que Davi Miguel foi retirado da lista dois meses após a chegada. No entanto, em novembro de 2018, o Jackson Memorial Hospital informou ao G1 que a criança nunca integrou a lista nacional.

“Assim que chegamos aqui, foi constatado que o Davi não poderia fazer o transplante por causa das veias, dos acessos que ele perdeu devido o uso de cateter no Brasil. A partir disso, eles começaram a pedir para a gente voltar para o Brasil. A gente foi segurando, segurando, mas chegou a um ponto que não teve mais jeito. Ele esteve na fila por dois meses. Ele saiu depois da trombose nas veias”, afirma Jesimar.

Acordo para retorno ao Brasil

Em fevereiro de 2018, o Ministério da Saúde encaminhou um e-mail à Justiça Federal para informar que o médico havia recomendado o retorno de Davi Miguel ao Brasil.

Diante da inviabilidade do transplante, por ora, em razão da perda dos acessos venosos e da falta de perspectiva quanto à recuperação deles, a família e a União manifestaram interesse no retorno e ao prosseguimento do tratamento no Brasil.

Em dezembro de 2018, um acordo foi firmado na Justiça Federal com os trâmites para o retorno da família. Davi Miguel deverá ser internado no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, administrado pelo Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP). Ele passará por exames e a equipe deverá fazer a compatibilização do tratamento para os protocolos nacionais, além de treinar a família para cuidar dos cateteres usados para a nutrição parenteral.

As três passagens aéreas para São Paulo, ao custo de 1,8 mil dólares, já foram compradas por Jesimar, que recorreu a um empréstimo para o pagamento. Segundo o Ministério da Saúde, os valores serão reembolsados após a apresentação dos recibos. O remanescente das despesas da família nos EUA terão que ser pagos pela União.

Após a internação, o serviço de home care será implementado em Franca (SP), onde Davi Miguel vai voltar a morar com os pais. Ele continuará a passar por consultas periódicas em São Paulo. Todos os recursos são provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e o tratamento está assegurado pelo período que Davi Miguel precisar.

O acordo ainda prevê que R$ 10 mil do saldo remanescente da campanha sejam reservados para repasse aos pais durante cinco meses, tempo para readaptação. Caso seja insuficiente, a União deverá fazer a complementação.

“Voltando a Franca a gente precisa voltar à vida normal. A gente precisa trabalhar. Eu abandonei tudo na minha cidade, tivemos que parar tudo para vir, e a gente tem que recomeçar de novo. Vida normal dentro do normal.”
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Por: Reprodução/TV São Francisco Por: Redação BNews

Um homem de 25 anos foi preso após estuprar a vizinha, uma adolescente de 16 anos, por cerca de oito horas, em Juazeiro, norte da Bahia. O crime aconteceu entre a noite de domingo (3) e a manhã de segunda-feira (4) dentro da casa da vítima. A prisão de Daniel Eugênio dos Santos ocorreu na manhã desta quarta (6).

De acordo com o G1, a vítima e a mãe foram agredidas, ameaçadas e amordaçadas. Em depoimento à polícia, elas contaram que o criminoso subiu no muro da residência, chutou e arrombou a porta, e em seguida, pegou uma faca. Durante o crime, a jovem teve a mão cortada ao tentar proteger a mãe.

A vítima ainda contou que o suspeito estava alcoolizado e chegou a enfiar a faca na perna dela. Ela relatou ainda ter sido agredida várias vezes no rosto. Ela ainda foi esganada e amordaçada.

A mãe da vítima também foi amordaçada e amarrada. Ela disse ainda que Daniel a obrigou a segurar a filha, enquanto a garota era estuprada.

O crime é investigado pela Polícia Civil.

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Por Itana Alencar, G1 BA.

Duas irmãs da cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, criaram um dispositivo capaz de detectar ao menos 15 tipos de doenças a partir do sopro. O aparelho, que funciona como uma espécie de bafômetro, surgiu a partir de pesquisas das estudantes Júlia, 26 anos, e Nathália Nascimento, 31.

Aluna do curso de Biotecnologia, Júlia explica que o OrientaMed foi desenvolvido inicialmente por meio de aplicações de inteligência artificial de um trabalho científico da irmã, que atualmente faz doutorado em Computação.

"O início foi com base no mestrado da Nathália. Quando ela foi apresentar na UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro], onde eu estudo, eu percebi que tinha um mercado muito grande na área de saúde e uma aplicação que fazia sentido para a minha área de pesquisa também".

Ela então viu a chance das duas desenvolverem o dispositivo junto com outro estudante, o paulista Rheyller Vargas, que também é pesquisador na área.

"Apareceu a oportunidade de ir para um evento de "hackathon" [maratona hacker], e eu chamei o colega para participar e formarmos uma equipe. Lá, a gente viu quais eram as aplicabilidades do dispositivo. No início, a gente pensou em algo para detectar gastrite, mas durante pesquisas aprofundadas, criação de bancos de dados, descobrimos outras aplicações", conta.

 O uso do OrientaMed é simples e facilita a triagem de doenças. O paciente assopra e o aparelho devolve o resultado em cerca de cinco minutos, sem precisar de refrigeração ou do uso de produtos químicos.
 

Com a elaboração do banco de dados e o aprofundamento das pesquisas, as irmãs chegaram à média de detecção de 15 doenças infecciosas e crônicas, entre elas a gastrite, intolerância à lactose, pneumonia, Doença de Crohn e diabetes.

"Ele [aparelho] captura o sopro da pessoa, e a gente envia esses dados para o computador. O resultado sai pouco tempo depois, porque o nosso objetivo é que ele seja um teste rápido para orientar os médicos a quais exames devem ser feitos para aquela determinada doença. Hoje, os resultados só saem via computador, mas a nossa expectativa de pesquisas é para que o próprio dispositivo mostre no display", explicou Júlia.

A estudante detalha ainda que as doenças são detectadas a partir da análise dos gases que contém no sopro.

"Muitas doenças que deixam uma marca biológica, principalmente através das bactérias, com as doenças infecciosas. Algumas dessas doenças deixam a marca no corpo, que faz com que as pessoas exalem alguns tipos de gases diferentes, específicos. É com base nesse gás que a gente faz a análise".

A fabricação do OrientaMed custa em torno de R$ 2.500, segundo Júlia. A perspectiva das irmãs baianas, junto com o paulista Rheyller Vargas, é fabricar o produto em maior escala, para que ele se torne mais viável.

"Nós já temos alguns parceiros em vista, para desenvolver o aparelho em fase escalonada. Neste momento, estamos buscando parceria com hospitais, para pesquisar de forma mais ampla. A partir disso, a gente vai conseguir ter uma precisão boa da quantidade de doenças que conseguiremos detectar".

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Por G1 BA.

Uma auxiliar de enfermagem de 29 anos morreu após a moto em que estava colidir com um cavalo, em trecho da BA-262 no município de Poções, região sudoeste da Bahia. O acidente ocorreu no sábado (2), segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

A vítima foi identificada como Larissa Nogueira, que era ex-servidora pública e ex-coordenadora do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) da Secretaria de Saúde de Poções.

Conforme a PRE, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser encaminhada ao local do acidente, mas a vítima não resistiu.

A Secretaria de Saúde de Poções divulgou nota de pesar em que lamentou o ocorrido.

Confira nota divulgada pela prefeitura de Poções

"É com muito pesar que a Secretaria Municipal de Saúde vem através desta, informar o falecimento da ex servidora pública, ex coordenadora do SAD (Serviço de Atendimento Domiciliar) Larissa Nogueira, o corrido na noite deste sábado (02), na rodovia BA-262, trecho que liga Poções ao povoado de Morrinhos. Larissa foi vítima de acidente, onde a moto que ela estava colidiu com um animal, onde [Larissa] veio a óbito no local.

Não temos palavras para expressar os nossos sentimentos. Pedimos a Deus que conforte o coração dos familiares e amigos neste momento de dor. Que a luz e o amor divino pairem sobre a alma de quem sofre esta imensurável perda, e os console e lhes dê serenidade para atravessar esta tempestade.

São sentimentos de pesar de todos servidores da Secretaria Municipal de Saúde, na pessoa do secretário Jorge Luís".

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Segunda, 04 Fevereiro 2019 09:54

Claudia Leitte anuncia terceira gravidez

Por G1 BA.

A cantora Claudia Leitte anunciou, neste domingo (4), que está grávida de três meses. A artista, que nasceu no Rio de Janeiro e se naturalizou soteropolitana, fez o anúncio no programa de Faustão, da TV Globo. A loira espera uma menina, que vai se chamar Bela.

Claudia, que é casada com o empresário Márcio Pedreira, desde 2007, já é mãe de Davi, de 10 anos, e Rafael, de 6 anos.

 No Instagram, a cantora compartilhou um vídeo do momento em que descobre, com o marido e os filhos, o sexo do bebê. A trilha é a música "Vou amar-te (Vou à Marte), cantada por ela mesma. Nas imagens, Claudia aparece bem á vontade, de vestido solto, listrado, e descalça. Rafael e Davi pulam e comemoram muito quando estouram uma bola que solta confetes cor de rosa, indicando que vão ganhar uma irmã. Emocionada, no vídeo, Claudia chega a se apoiar em um móvel e, logo depois, abraça o marido.
 "Deus, sempre bondoso, amoroso, profundo conhecedor do meu coração, concedeu-me mais uma benção. Minha família, meu tesouro mais precioso, está ficando maior. Nunca escondi de ninguém esse desejo de ter mais filhos. Cá estou, grávida! Meu terceiro bebê vem aí pra me encher de alegria e orgulho, pra fazer o papai babar mais um pouco e ser o xodó de Davi e Rafael. Aliás, já é! rs Ontem, quando contamos aos nossos meninos, recebi tanto beijo na barriga, que ainda tô flutuando! É, pessoal, vocês vão me ver outra vez, pulando e dançando, com aquele barrigão enorme e os sorrisos mais largos do mundo na carinha - que já tá virando carão. Rs Pra eu ter mais um trio elétrico, Bela tá vindo aí!", disse.

Após o anúncio, Claudia disse que segue normalmente a agenda de shows e do carnaval também. A artista falou que tem cuidado muito do corpo e da saúde, como sempre faz, porém com mais atenção por conta da gravidez.

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Cronograma foi alterado em cerca de duas semanas. Brasileiros terão entre 7 e 8 de fevereiro para fazer a seleção entre as 1.460 vagas disponíveis. Já estrangeiros com diploma de fora do país podem escolher entre os locais remanescentes nos dias 18 e 19.

O Ministério da Saúde alterou em cerca de duas semanas o prazo para que médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior escolham municípios de atuação pelo programa Mais Médicos. Segundo anúncio feito pela pasta nesta segunda-feira (21), os brasileiros com diploma de fora do país devem escolher os locais onde irão trabalhar nos dias 7 e 8 de fevereiro; já os estrangeiros formados fora do Brasil terão os dias 18 e 19.

No cronograma anterior, os brasileiros formados no exterior deveriam escolher os locais de atuação nos dias 23 e 24 de janeiro, e os estrangeiros, nos dias 30 e 31. Existem 1.460 vagas disponíveis, de acordo com último balanço do Ministério da Saúde — cerca de 17% dos 8.517 postos de trabalho abertos na seleção para o Mais Médicos.

Confira o cronograma das próximas etapas:

  • 31 de janeiro: Publicação da validação dos documentos dos brasileiros formados no exterior;
  • 7 de fevereiro: Publicação da relação dos municípios com vagas remanescentes;
  • 7 e 8 de fevereiro: Brasileiros formados no exterior escolhem vagas disponíveis;
  • 12 de fevereiroPublicação da validação dos documentos dos estrangeiros formados no exterior;
  • 18 de fevereiro: Publicação da relação dos municípios com vagas remanescentes;
  • 18 e 19 de fevereiro: Estrangeiros formados no exterior escolhem vagas disponíveis.

Formados no exterior

Segundo a pasta, 10.205 médicos brasileiros ou estrangeiros formados no exterior completaram a inscrição de participação no programa. Esses profissionais poderão exercer a medicina no país mesmo sem a revalidação do diploma.

O Ministério da Saúde abriu edital, em novembro do ano passado, para substituir os profissionais cubanos do Mais Médicos, depois que Cuba decidiu retirá-los do país. Nas duas primeiras etapas de seleção, puderam se inscrever apenas brasileiros com diploma registrado no país. As vagas remanescentes foram, então, oferecidas a médicos formados no exterior.

Criado em 2013, durante o governo Dilma Rousseff, para atrair médicos para as regiões mais afastadas do país, o programa atende cerca de 63 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Saúde.

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Um motorista de 32 anos e mais duas pessoas ficaram feridas depois que uma ambulância da cidade de Lagoa Real, sudoeste da Bahia, colidiu contra um ônibus na madrugada desta quarta-feira (16) na BR-030, próximo ao Distrito de Ibitira.
As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, em Brumado. As circunstâncias do acidente ainda são apuradas, mas preliminarmente os policiais informaram o que condutor do ônibus foi o causador do acidente, inclusive fugiu do local com o veículo.
A colisão ocorreu por volta das 04h30min e segundo informações da PRF o motorista da ambulância teve algumas lesões. Os dois passageiros tiveram escoriações pelo corpo. Os três foram socorridos por ambulâncias do SAMU até o hospital em Brumado.
Fonte: http://www.sudoesteagora.com
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Foto - Wilker Porto / Agora Sudoeste

Uma indústria de água mineral será inaugurada em Caetité e a expectativa é que gere cerca de 50 empregos diretos. Em entrevista ao site Sudoeste Bahia, o proprietário do manancial, empresário Jurandir Barbosa, conhecido como “Indiano de Brejinho”, declarou que ao descobrir em suas terras um grande manancial de água mineral - vazão de 82 mil litros de água/hora - resolveu investir no segmento. A indústria de produção, momeada "Inajá", possui um espaço construído de quase 6 mil metros, seis decks para embarque e desembarque de caminhões, área de envase fechado, refeitório, estacionamento, vestiários, laboratório de análise, depósito, área verde e escritórios. A parte física já está pronta e a previsão de inauguração é para maio deste ano. Foram investidos quase R$ 12 milhões na indústria, que tem capacidade de envase de 1.700 galões de 20 litros por hora; a linha de descartável, que compreende garrafas de 500 mililitros, 1,5 litros e copos, serão produzidos cerca de cinco mil unidades por hora. A qualidade da água foi certificada pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que, inclusive, já emitiu as devidas licenças. O processo é totalmente automatizado, sem nenhuma intervenção humana. A tubulação que conduz a água do manancial para a fábrica é em inox sanitário 304 PIPE (polido internamente – polido externamente), o que garante a qualidade da água levada até ao local de envase. “Nossa pretensão é oferecer água de qualidade para as distribuidoras para que elas não precisem se deslocar para Salvador, como muitas distribuidoras fazem. Hoje, o que mais pesa é o frete, que infelizmente é colocado no preço final do produto vendido ao consumidor. Só de não precisar se deslocar até Salvador para comprar água mineral, a distribuidora irá ter um menor custo, o que irá baratear o produto”, disse o empresário em entrevista ao Sudoeste Bahia.

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Por: Valter Campanato/Agência Brasil 

O número de novos integrantes do programa Mais Médicos em atividade na Bahia dobrou desde o último balanço parcial divulgado e chegou a 594. Os dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) foram divulgados pelo G1.

Na Bahia, foram ofertadas 853 vagas. De acordo com os dados divulgados nesta segunda pela Sesab, até a última sexta-feira (14), 717 médicos já tinham se apresentado nas unidades de saúde onde se inscreveram para trabalhar. 

Ainda segundo a reportagem, 76 desistiram das vagas, 3 serão remanejados para outras unidades e 44 ainda não tinham começado a trabalhar. Além disso, outros 136 médicos ainda estavam com a entrega de documentos pendente.

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por Folha Press.

O depoimento de João de Deus, 76, na noite de domingo (16), em Goiânia, teve uma sequência de imprevistos que deixou os investigadores desconfiados.

Na hora de o médium falar, segundo os presentes, o computador usado para registrar as alegações do preso parecia ter vida própria. "Você apertava uma tecla e ela OOOOOOOOO...", descreveu a delegada Karla Fernandes, coordenadora da força-tarefa responsável pelo caso na Polícia Civil.

Estava calor, e a delegada resolveu usar uma extensão para ligar o ar-condicionado. Segundo relata, o fio explodiu e, de quebra, queimou o frigobar. "Todo mundo gritou dentro da sala", disse.

João de Deus foi preso no domingo sob suspeita de abusos sexuais de suas pacientes em Abadiânia, no interior de Goiás. A oitiva com o médium estava marcada para ocorrer em Anápolis, cidade próxima à capital goiana, mas um imprevisto tirou o escrivão de circulação. Ele foi atropelado na BR-060, a caminho da delegacia, e quebrou o braço.

O depoimento foi transferido para Goiânia. Foi possível domar o teclado, todos se recuperaram do susto da explosão do fio do frigobar e o interrogatório seguiu por mais de duas horas.

Para a delegada, os episódios podem não ser apenas obra do acaso. "Estamos diante de uma situação que envolve crenças e energias."

Questionada se estava com medo, disse: "Não, mas tenho respeito, até porque sou espiritualista". Ela classifica João de Deus como um homem que tem, de fato, "um poder". "Mas houve um desvio no meio do caminho", disse a delegada.

No depoimento que prestou à polícia, o médium negou qualquer tipo de culpa nos abusos sexuais dos quais é suspeito, e sua defesa tentou desqualificar as denunciantes. "Ele não admite [envolvimento]. Apresenta suas versões e cabe à polícia provar", afirmou o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, que acompanhou a oitiva.

O médium falou por mais de duas horas a duas delegadas. Segundo a delegada Karla, ele respondeu a todas as perguntas e se recordou de alguns atendimentos feitos a mulheres que o denunciaram.

O suspeito disse que a regra era recebê-las coletivamente, e não em recintos individuais, como consta dos relatos de supostas vítimas.

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Por Elida Oliveira e Ana Carolina Moreno.

O programa Mais Médicos, criado em 2013 para suprir o déficit de profissionais na saúde pública e mudar a formação da área, ainda não conseguiu cumprir uma de suas propostas: a de atrair o médico recém-formado para a atenção básica. Dados de um levantamento divulgado no início do ano mostram que a medicina de família e comunidade, especialidade que capacita para o trabalho das vagas do Mais Médicos, é a primeira opção de menos de 2% dos recém-formados.

Uma das consequências dessa falta de interesse é que, em 2017, cerca de dois terços das vagas de residência oferecidas na área não foram preenchidas, segundo um cruzamento de dados do G1 entre os resultados do estudo e números oficiais divulgados pelo Ministério da Educação.

Coordenado por um professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o estudo "Demografia Médica no Brasil 2018" ouviu 4.601 médicos formados entre 2014 e 2015. Para esta pergunta sobre residência, 3.441 apontaram suas preferências e somente 58 médicos recém-formados (1,68%) disseram que queriam se especializar em medicina de família.

No início do Mais Médicos, a medicina de família representava apenas 6,2% das vagas de residência. Segundo dados obtidos pelo G1 junto ao MEC, desde 2013, o número de vagas autorizadas mais que triplicou: foi de 991 vagas anuais em 2013 para 3.587 em 2018.

Passados mais de cinco anos desde o anúncio do programa, o G1analisa, em uma série de três reportagens entre o domingo (2) e a terça-feira (4), o impacto da iniciativa na formação de médicos no Brasil.

Médico do programa Mais Médicos durante atendimento — Foto: Karina Zambrana/Ascom/MS

 

A formação médica no Brasil

Após passar pela graduação, que dura seis anos, o médico recém-formado pode optar por seguir para a residência médica, se especializar na área acadêmica, com cursos de mestrado e doutorado voltado a pesquisas, ou atuar imediatamente como médico – nesse último caso, o Brasil segue caminho contrário a muitos países, como o Canadá, que só permitem que um médico trabalhe sem supervisão após a conclusão da residência.

O estudo sobre a demografia médica mostra que fazer a residência é a opção de 2.579 entrevistados (80,2% dos 3.463 que responderam a esta pergunta).

No entanto, entre as 23 residências com acesso direto para os graduados, a formação específica em medicina de família é a 12ª mais apontada como primeira opção pelos 3.441 entrevistados.

 

Perfil dos médicos recém-formados no Brasil indica que medicina de família não é prioridade — Foto: Karina Almeida/G1

O que faz o médico de família?

A medicina de família e comunidade atua na área de atenção básica de saúde, que é quando a população é acompanhada por um médico que atua como "coordenador" do cuidado do paciente, e tem uma visão completa da saúde dele. É atualmente a área prioritária que levou à criação do Mais Médicos, porque é uma das que mais precisa de expansão de profissionais.

Ao mesmo tempo em que foi anunciado para contratar médicos formados no exterior para preencher esse demanda em caráter emergencial, o Mais Médicos também pretendeu repensar a formação de médicos no Brasil e resolver o problema de forma permanente.

 

Depois que a medida provisória do Mais Médicos foi publicada, em julho de 2013, a comissão de especialistas do Ministério da Educação (MEC) se reuniu para propor caminhos para executar a reforma. A sugestão, que consta na ata de uma reunião realizada em 25 de julho daquele ano, foi uma expansão ousada do número de vagas de residência em medicina de família.

"Estratégias deverão ser desenvolvidas para o fortalecimento da Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade, devendo, até 2017, as vagas para essa especialidade representarem 40% das vagas totais de Residência Médica oferecidas", diz a ata da comissão de especialistas no ensino médico do MEC sobre o programa Mais Médicos.

Nathan Mendes, professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que a meta de 40% está de acordo com o atual consenso internacional, que indica a necessidade de que de 30% a 50% de todos os médicos de um país serem especialistas em medicina da família.

"O Brasil tem cerca de 6 mil médicos de família e comunidade no Brasil. Somente para a assistência, ele precisaria de 40 mil a 45 mil médicos", afirmou ele.

 

Feira da Saúde oferece atendimentos médicos gratuitos no Pateo do Colégio, em São Paulo — Foto: Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

Número de vagas mais que triplicou

No início do Mais Médicos, a medicina de família representava apenas 6,2% das vagas de residência. Segundo dados obtidos pelo G1 junto ao MEC, desde 2013, o número de vagas autorizadas mais que triplicaram: foram de 991 vagas anuais em 2013 para 3.587 em 2018.

 O número parece expressivo, mas o espaço ocupado pela medicina da família nas vagas de residências médicas autorizadas só chegou a 13,8% em 2018. As estratégias, durante o período, tiveram resultado limitado.

Proporcionalmente, se em 2017 foram abertas 24.807 vagas em residências médicas no país, o número de vagas da residência em medicina de família deveria ter sido de mais de 9,9 mil, para poder cumprir a meta. No entanto, só 3.214 foram autorizadas. Ao G1, o Ministério da Educação explicou que a expansão esbarrou em problemas estruturais e que as metas estão sendo reavaliadas (leia mais abaixo).mais medicos 02 tn

Mais médicos e a expansão de vagas em residência médica (geral) e em medicina da família — Foto: Karina Almeida/G1

Vagas ociosas

Cármino Souza, professor de medicina há 40 anos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP), afirma que não só a expansão não ocorreu no ritmo esperado e necessário para cumprir a demanda, como também os programas não foram capazes de atrair médicos suficientes para ocupar as vagas.

Se forem analisadas as vagas de fato preenchidas, o cenário é pior: segundo o estudo, só 1.043 estavam ocupadas por um residente de primeiro ano, o que significa uma taxa de ociosidade de cerca de dois terços.

Medicina de família: oferta é maior do que a demanda
Cruzamento de dados mostra o total de vagas oferecidas e preenchidas em 2017
VAGAS AUTORIZADAS PELO MEC (2017): 3.214VAGAS PREENCHIDAS (2017): 1.043
Fonte: MEC e FMUSP ('Demografia Médica 2018')
 

Especialidade desvalorizada

Nathan Mendes, da UFMG, afirma que um dos problemas por trás dessa falta de interesse é o fato de que os médicos de família não são valorizados socialmente.

"Alguns países já conseguiram esse êxito da valorização social da medicina de saúde e dos profissionais que nela trabalham. Não só médicos, mas enfermeiros, biomédicos, e outros profissionais, da psicologia, da fisioterapia."

Segundo ele, outros países adotaram uma série de estratégias para atrair os egressos das faculdades de medicina à especialidade, como um complemento financeiro na bolsa de residência e privilégios salariais para quem decide seguir nessa área.

No Brasil, algumas estratégias incluem bônus na nota da prova de residência para os estudantes que atuaram na atenção básica. Mas, segundo Mendes e Nildo Alves Batista, presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), a iniciativa teve efeito limitado porque, após o cumprimento da carga horária mínima na atenção básica, os médicos usam o bônus para serem aprovados em programas de residência de outras especialidades, e abandonam a área.

Cármino Souza explica que muitas pessoas consideram a medicina de família menos complexa que outras especialidades, mas que isso é um mito.

"O generalista [de medicina da família] tem que ter bons conhecimentos de muita coisa para saber diagnosticar. Uma coisa é formar um médico voltado à atenção básica, a outra é ter uma formação dentro do ambiente hospitalar, com muitas especialidades" - Cármino Souza, presidente do Cosems-SP
 
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Além do atendimento habitual, postos de saúde fazem outros tipos de programa, como um mutirão para atendimento de pessoas com suspeita de dengue realizado por uma UBS na Brasilândia, periferia da Capital paulista, na época de um surto em 2015 — Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo/Arquivo

 Demanda no mercado

Já Mendes lembra ainda que, no Brasil, há espaço para absorver todos os novos especialistas em medicina de família, não só nos postos de saúde, mas também em outros cargos.

O motivo, segundo ele, é o aumento da percepção, com base em pesquisas, de que a atenção primária de saúde, quando é o centro do atendimento ao público, torna o sistema de saúde mais eficaz e econômico. Por isso, até os planos de saúde têm aderido a programas coordenados por médicos de família.

"Nos últimos dez anos, a saúde suplementar tem comprado a ideia de que a atenção primária em saúde agrega muito em valor, porque evita que muitos especialistas focais atendam a mesma pessoa, mas cuidando só de órgãos, com um olhar fragmentado das pessoas" - Nathan Mendes, professor da UFMG

Problemas estruturais

Arthur Danila, ex-presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), ressalta que, além da demanda por profissionais e do interesse dos estudantes, a meta de 40% das vagas de residência em medicina da família está longe de ser cumprida porque também enfrenta problemas de infraestrutura.

"Só aumentou para 13,8% porque, possivelmente, não conseguiram encontrar estrutura mínima [espaço físico e professores supervisores preparados] para expandir mais do que isso", disse ele.

Ao G1, o MEC explicou que "o tema está sendo rediscutido tanto no MEC quanto no contexto do Mais Médicos".

Segundo o ministério, "a residência médica é uma formação em serviço, o que significa dizer que é o momento em que há a necessidade da prática médica sob supervisão, com atendimento real a pacientes da rede pública. Assim, a prática médica está diretamente associada à infraestrutura do sistema de saúde e da rede de assistência, cujas dificuldades e barreiras também afetam a formação ou permanência dos residentes nos programas".

A nota diz, ainda, que a moratória imposta pelo MEC para novos cursos de medicina vigora "enquanto o MEC busca políticas de atração para combater a ociosidade das vagas de residência atualmente oferecidas".

De acordo com Danila, a falta de estrutura não é só um impedimento para a oferta do programa, mas também para a atração de candidatos.

Os dados da "Demografia Médica no Brasil 2018" mostram que as condições de trabalho são consideradas por 84% dos recém-formados como critério importante para permanecer em um local de trabalho. A porcentagem é mais alta inclusive que o salário, citado por 63,1% dos entrevistados (a pergunta permitia mais de uma resposta).

"Isso significa que os médicos não estão se sentindo atraídos para ir para essa área porque, possivelmente, não encontram estrutura e não acham que vão ter condições de trabalho e aprendizagem adequadas. Não adianta abrir um montão de vagas se já tem ociosidade nestas vagas que estão abertas" - Arthur Danila, ex-presidente da ANMR

Universalização da residência médica

O problema estrutural, porém, não é exclusivo da residência de medicina de família. Segundo os dados do MEC, entre 2013 e 2017 o número de vagas autorizadas por ano subiu de 15.960 para 24.807, o que representa uma ampliação de 8.847 vagas (55,43%).

Já os números do Censo Superior da Educação mostram que, nesse mesmo período, o número de concluintes de medicina subiu menos, de 16.425 para 17.130. No entanto, esta expansão ainda é alvo de críticas.

 "Estes números mascaram a realidade", diz Danila. Se em 2013 havia 16.425 concluintes em medicina, segundo o MEC, e um total de 15.960 vagas autorizadas em residência, isso não significa que todos os concluintes teriam acesso a estas oportunidades. Isso acontece porque, mesmo que o número de vagas das residências seja maior do que o número de concluintes, vários programas não podem ser acessados diretamente pelo recém-formado porque exigem que outras residências sejam feitas antes.

"Há especialidades de acesso direto e outras que precisam ser feitas em duas etapas", explica Danila. "Se eu quiser me especializar em endocrinologia, ela [a residência] só pode ser feita depois de dois anos de residência em clínica médica, e após ser aprovado em uma prova."

Nathan Mendes, professor da UFMG, lembra ainda que a expansão das vagas em residência tem que seguir as necessidades epidemiológicas da população brasileira.

"Se você deixa isso solto, pode causar graves distorções, como ter excesso de alguma habilidade e poucos especialistas em outra área."

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A terceira edição da Caminhada Passos que Salvam realizada na cidade de Brumado, na tarde deste domingo (25), foi a maior do Brasil. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, as organizadoras do evento, Patrícia Correia e Iara Lobo se emocionaram com a multidão que aderiu à causa e fizeram questão de agradecer à comunidade brumadense. “Foi maravilhoso! A gente só tem a agradecer ao povo de Brumado pela solidariedade mais uma vez”, disse Correia. Todos os recursos angariados com a venda dos 3 mil kits para participação na caminhada são destinados ao Hospital do Amor, em Barretos, que trata pacientes diagnosticados com câncer de todo país, além da Casa de Apoio Amigos da Saúde (Caase). “Minha palavra hoje é gratidão. Foi uma festa linda. Muito obrigada, povo de Brumado”, reafirmou Lobo.

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Por G1 BA.

Doze médicos que se inscreveram na última semana no programa Mais Médicos já começaram a trabalhar na Bahia, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (26) pelo Ministério da Saúde. Outros devem assumir cargo nos próximos dias.

Segundo o ministério, os profissionais que já estão em atuação foram alocados em 10 cidades do estado. América Dourada, Central, Feira da Mata, Itabuna, Jequié, João Dourado, Santa Maria da Vitória, Santo Estevão, Seabra e Uauá.

Com exceção de Central, que recebeu três médicos, cada um dos outros nove municípios têm, até então, um profissional do programa em atuação.

Conforme o Ministério da Saúde, até as 12h desta segunda-feira (26), 97,2% das vagas em todo o país estavam preenchidas. Só na Bahia, são ofertadas 853 vagas no programa Mais Médicos.

O balanço mais recente aponta que 8.278 profissionais se cadastraram e estavam alocados para atuação imediata. Eles têm até 14 de dezembro para se apresentar no município escolhido e entregar todos os documentos exigidos no edital. Os médicos que já assumiram na Bahia já passaram por esse processo.

O salário para os médicos do programa é de R$ 11.800. Podem se candidatar às vagas os médicos brasileiros com CRM Brasil ou com diploma revalidado no país. As inscrições vão até o dia 7 de dezembro pelo site do programa.

Mais vagas após saída de cubanos

 

O Ministério da Saúde abriu 8.517 vagas em quase 3 mil municípios e 34 distritos indígenas após Cuba anunciar a saída do programa no último dia 14, alegando declarações 'ameaçadoras' do presidente eleito Jair Bolsonaro.

 Durante a campanha, Bolsonaro disse que expulsaria médicos cubanos com base na prova que valida diplomas estrangeiros para os profissionais da medicina atuarem no país (Revalida). Depois de eleito, propôs que, para permanecer no Brasil, os médicos cubanos deveriam se submeter a teste de capacidade, receber salário integral e ter a liberdade de trazer suas famílias ao país.

Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou o Mais Médicos e autorizou a dispensa da validação de diploma de estrangeiros ao julgar ações que questionavam pontos do programa federal.

O balanço mais atual do Ministério da Saúde indica que, além dos 8.278 profissionais alocados, outros 21.407 tiveram a inscrição efetivada, mas sem a escolha do local de atuação. Ao todo, foram 30.734 inscritos com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) no Brasil.

Veja pontos do programa Mais Médicos

  • Foi criado em julho de 2013 para ampliar o atendimento médico principalmente em regiões mais carentes.
  • Em agosto de 2013, fechado acordo com a Opas para participação de médicos cubanos.
  • Participação de brasileiros formados no Brasil aumentou 38% entre 2016 e 2017, de acordo com o Ministério da Saúde.
  • Programa tem 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
  • Atende cerca de 63 milhões de brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde.
  • Participação de cubanos no programa tinha sido renovada no início deste ano por mais cinco anos.
  • Levantamento do governo divulgado em 2016 apontou que o programa é responsável por 48% das equipes de Atenção Básica em municípios com até 10 mil habitantes.
  • Em 1.100 municípios atendido pelo programa, o Mais Médicos representava 100% da cobertura de Atenção Básica, de acordo com dados divulgados em 2016.
Publicado em BAHIA E REGIÃO
por Aloisio Costa

A caculeense Tais Ayanne Teixeira Badaró colou grau nesta sexta-feira (23) em Medicina pela Faculdade de Vassouras, no Rio de Janeiro, antiga USS – Universidade Severino Sombra, e se tornou a médica mais nova do Brasil a se formar em 2018, com apenas 23 anos.

Em uma cerimônia simples, porém carregado de muita emoção, a jovem concluiu um sonho de muitos estudantes que é o de se formar em um dos cursos mais concorridos do país.

Nos próximos dias Tais retornará a Caculé, mais precisamente ao Distrito da Várzea Grande, onde residem seus pais e familiares. A chegada da médica mais nova do Brasil, e também da família Teixeira Badaró, deverá ser celebrada com muita festa.

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Por Humberto Trajano, G1 Minas — Belo Horizonte.

‘O propósito do Lucca aqui na terra era de salvar vidas" , foi assim que goleiro Elisson Aparecide Rosa descreveu a trajetória do filho Lucca Guilherme, de 6 anos, que morreu no dia 15 de novembro após um acidente doméstico, enquanto brincava. Segundo o atleta, três crianças receberam o coração, rins e fígado de Lucca.

O coração foi doado para um bebê de 11 meses no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto (SP). Nesta quinta-feira (22), o bebê seguia internado no HCM em estado grave, mas estável, após a sedação ter sido tirada. Ainda de acordo com o goleiro, o fígado foi transplantado para uma menina de 11 anos no Hospital das Clínicas e os rins para outra criança no Hospital Felício Rocho, ambas as unidades de saúde em Belo Horizonte.

Lucca era o único filho do casal Elisson e Gisele. "Era uma bênção, um anjo. Que tivemos privilégio de cuidar durante seis anos.”lucca 01 tn

Neste primeiro momento, eles estão na casa dos pais do goleiro, em Piedade do Paraopeba, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Está sendo difícil, mas, ao mesmo tempo, estamos na paz de Deus”, afirmou.

O garoto sofreu um grave acidente doméstico no dia 10 de novembro. Ele foi levado para o Hospital Público Regional de Betim com traumatismo craniano grave, não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.

Elisson, que começou nas categorias de base do Cruzeiro, estava jogando no interior de São Paulo, mas já retornou a Minas, onde deve seguir a carreira.

O goleiro afirmou que ele e a esposa estão felizes por estarem ajudando a salvar vidas de outras crianças. Disse ainda, que ele e a esposa se organizam para seguir a vida. “Estamos organizando as coisas, pedindo direção a Deus. Planejando mais filhos, e retomar a carreira”, afirmou.lucca 03 tn

 
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