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Por Gustavo Garcia, G1 — Brasília.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta terça-feira (8) as regras de conduta para as eleições municipais em novembro, em meio à pandemia do novo coronavírus. O uso de máscaras será obrigatório, e quem chegar ao local de votação com o rosto descoberto poderá ser impedido de entrar.

"A gente faz uma distinção entre local de votação e seção eleitoral. O local de votação é, tipicamente, a escola. Mas, dentro da escola, você tem diferentes seções. Portanto, é na entrada, no local de votação, que você já vai ter aferida a presença da máscara. Se estiver sem máscara, não pode entrar", disse o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

Também será impedido de votar o eleitor que se recusar a higienizar as mãos antes e depois de usar a urna. O equipamento eletrônico em si não será limpo a cada votação e, por isso, caberá a cada eleitor cuidar da própria proteção.

O tribunal recomendou, ainda, que cada eleitor leve a própria caneta para registrar a assinatura no local de votação. A ideia é evitar ao máximo o compartilhamento de itens e, com isso, reduzir o risco de contágio. Para quem esquecer, haverá canetas extras devidamente higienizadas nas seções.

Segundo o TSE, as regras valerão para todo o país, no primeiro e no segundo turno – marcados para 15 e 29 de novembro, respectivamente. Os locais de votação ficarão abertos de 7h às 17h, sendo as três primeiras horas preferenciais para pessoas com mais de 60 anos.

"Nós estamos tomando todas as precauções possíveis para minimizar os riscos. Para ter uma eleição 100% segura, não teríamos eleição, ficaria todo mundo em casa. Baixamos o risco ao mínimo possível", disse o ministro Barroso.

 O TSE já havia informado que a identificação por biometria, que exigiria mais um contato com equipamentos compartilhados, não será adotada nas eleições deste ano.

“O eleitor que não seguir o protocolo de segurança não será habilitado a votar. Simples assim. Nós temos regras e o eleitor deve ter a consciência [...] de que, se envolver a segurança de outras pessoas, você tem que seguir as regras. Portanto, estamos zelando pela proteção dos mesários também. E, por isso, quem não seguir o protocolo não será habilitado a votar", declarou o presidente do TSE

"Nós temos protocolos, um deles é: se ele [o eleitor] não higienizar a mão e estiver contaminado ele pode deixar uma contaminação na urna e o próximo vai se contaminar. Portanto, ele tem que higienizar a mão, senão não vota”, acrescentou.

Com sintoma, sem voto

Outra recomendação nova, motivada pela pandemia, diz respeito aos eleitores com sintomas ou quadro confirmado de Covid-19. Segundo o TSE, quem apresentar febre no dia de votar ou tiver sido diagnosticado com o vírus nos 14 dias antes não deve participar das eleições.

Neste caso, a recomendação é que o eleitor justifique a ausência, em um outro momento, e informe que deixou de votar por questões de saúde.

Se a pessoa com febre ou diagnóstico for mesária, deverá avisar a zona eleitoral para que haja uma substituição na escala.

Maioria dos brasileiros concorda que usar máscaras é dever de todos, aponta Ibope
 

A conduta dos mesários

Segundo o TSE, o mesário poderá pedir que o eleitor abaixe a máscara rapidamente para facilitar a identificação. Fora desse momento, o uso correto do equipamento é obrigatório enquanto o eleitor estiver no local.

O contato entre mesário e eleitor também será reduzido ao máximo para evitar risco de contágio. Em 2020, o eleitor deverá apenas exibir o documento de identificação ao mesário, que fará o registro sem encostar no papel.

Da mesma forma, o comprovante de votação será entregue apenas a quem fizer o pedido expresso. Quem não precisar da via em papel poderá emitir a comprovação posteriormente, pelo aplicativo e-Título ou pelo site do TSE.

Para garantir a segurança de quem trabalhará nas eleições municipais, cada mesário receberá três máscaras descartáveis e um "face shield" – proteção em acrílico transparente que cobre todo o rosto.

O TSE recebeu doações de 30 empresas para diminuir o custo desses itens de proteção no orçamento eleitoral. Ao todo, segundo o tribunal, foram doados:

  • 2,1 milhões de frascos de álcool em gel para mesários;
  • 1,88 milhão de "face shields" para mesários;
  • 1 milhão de litros de álcool em gel para eleitores – que podem levar o próprio, se preferirem, e
  • 9,72 milhões de máscaras descartáveis.

As máscaras recebidas serão destinadas prioritariamente para os mesários e fiscais dos locais de votação. Segundo o tribunal, um pequeno número poderá ser distribuído a eleitores, se houver sobra, mas não caberá ao TSE fornecer os equipamentos.

Guia rápido

Veja, abaixo, as principais regras anunciadas nesta terça para a conduta nos dias de votação:

Eleitor

  • Uso obrigatório de máscaras de proteção;
  • Uso de álcool em gel, disponível na seção, para limpar as mãos antes e depois de votar;
  • Levar a própria caneta (mas, caso esqueça, haverá canetas extras e higienizadas nas seções);
  • Distância mínima de um metro dos demais eleitores e mesários.
 

Mesários

  • Uso de máscaras de proteção para trocar a cada quatro horas (serão fornecidas três máscaras para cada mesário);
  • Uso de viseiras plásticas (face shields), que serão fornecidos pelo TSE;
  • Álcool em gel de uso individual e regras de higienização;
  • Álcool 70% para limpeza de superfícies;
  • Distância mínima de um metro dos eleitores e demais mesários.

Passo a passo

O TSE também elaborou um passo a passo para o eleitor:

  1. Entre na seção eleitoral e fique na frente da mesa;
  2. Mostre seu documento oficial com foto em direção ao mesário;
  3. Após o mesário ler em voz alta o seu nome, confirme que é você;
  4. Guarde o documento;
  5. Limpe as mãos com álcool em gel;
  6. Assine o caderno de votação;
  7. Se precisar do comprovante de votação, solicite ao mesário;
  8. Quando a urna for liberada, dirija-se à cabine de votação;
  9. Digite os números dos candidatos;
  10. Na saída, limpe as mãos com o álcool em gel novamente.

Os números da eleição

Segundo o TSE, nas eleições municipais deste ano, serão montados mais de 95 mil locais de votação e mais de 400 mil seções eleitorais.

Estima-se que 2.072.976 mesários participarão do processo, sendo 4 mesários por seação.

Ao todo, serão 147,8 milhões de eleitores, o que dá uma média de 435 eleitores por seção eleitoral. Nas eleições municipais, apenas o Distrito Federal não participa – a capital federal não tem prefeito nem vereadores.

Publicado em BRASIL E MUNDO
Paciente estava internada no Centro Especializado Covid-19 em Caculé desde a última sexta-feira (04).
por Aloísio Costa  Informecidade.
Centro Especializado Covid-19 em Caculé.
Uma mulher, de 80 anos, moradora da região da Várzea Grande, município de Caculé, foi transferida na manhã deste domingo (06) para Salvador. Ela havia testado positivo para a Covid-19 e estava internada no Centro Especializado Covid-19 em Caculé desde a última sexta-feira (04).
De acordo com o último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Caculé, com data do dia 04/09, o município contava com 69 casos recuperados, 03 pacientes ativos e 07 aguardando coleta. O total de casos confirmados chegou a 75. Três óbitos foram registrados até o momento.
Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por BBC.

Experiências de ensino ao ar livre na Europa a partir de 1904 inspiraram Escola de Aplicação ao Ar Livre (EAAL), que funcionou no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo, entre 1939 e os anos 1950 — Foto: Revista Brasileira de Educação Física/Reprodução

 

Diante da ameaça de uma doença transmitida pelo ar, potencialmente mortal e ainda sem a oferta de vacina, como colocar as crianças de volta nas escolas de modo seguro? O dilema, tão atual, foi enfrentado também há um século, quando a tuberculose era um mal devastador.

No final do século 19, a doença bacteriana matava um a cada sete cidadãos da Europa e dos EUA, segundo dados dos Centros de Controle de Doenças (CDCs) americanos. A vacina chegou em 1921 (no Brasil, em 1927), mas levaria muitos anos até que fosse adotada de modo massivo no mundo inteiro.

Para proteger as crianças nas escolas, uma solução foi usar espaços abertos como salas de aula: com lousas e carteiras portáteis, alunos e professores ocupavam jardins e usavam a observação da natureza para aprender sobre ciências, arte ou geografia, por exemplo.

As chamadas "escolas ao ar livre" surgiram na Alemanha e na Bélgica em 1904, e o movimento avançou nas décadas seguintes, a ponto de ser tema, em 1922, do 1° Congresso Internacional de Escolas ao Ar Livre, em Paris.
EAAL era considerada modelo pela administração municipal paulistana, tinha currículo diferenciado e até fila de espera por vagas — Foto: Revista Brasileira de Física/Reprodução

EAAL era considerada modelo pela administração municipal paulistana, tinha currículo diferenciado e até fila de espera por vagas — Foto: Revista Brasileira de Física/Reprodução

 

Inspirou ações também nos EUA, quando, em 1907, duas médicas de Rhode Island sugeriram a abertura de escolas em áreas abertas, informa o The New York Times. Com o sucesso da iniciativa (já que nenhuma criança adoeceu de tuberculose ali), foram criadas mais 65 escolas do tipo no país nos dois anos seguintes, em vãos de prédios vazios, coberturas de edifícios e até balsas abandonadas.

Aqui no Brasil, há poucos registros sobre o tema, mas o pesquisador André Dalben encontrou histórias de experiências de escolas do tipo a partir de 1916 em Campos de Goytacazes, Angra dos Reis (RJ) e Manaus (AM) e, posteriormente, a chamada Escola de Débeis, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, entre 1927 e 1930.

"A tuberculose era uma grande preocupação, junto com outras doenças infantis, como anemia e desnutrição. No geral, as escolas atendiam crianças de famílias pobres, o que evidencia uma ideia higienista: se pensava no corpo delas como mais enfermo", explica Dalben à BBC News Brasil. A ideia, diz ele, era tirar essas crianças de locais insalubres, como cortiços superlotados, e colocá-las em contato com a natureza, com a intenção de fortalecer seu sistema imune.

Uma das experiências mais duradouras foi a da Escola de Aplicação ao Ar Livre (EAAL), que funcionou no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo, entre 1939 e os anos 1950, quando a escola se mudou para um edifício próximo, no bairro da Lapa.

A EAAL foi estudada por Dalben, hoje professor da Unifesp, em seu pós-doutorado na PUC-SP, e são delas as fotos que ilustram esta reportagem.

A escola paulistana fugia ao perfil das demais: ensinou alunos vindos de influentes famílias de classe média paulistana que moravam nas redondezas do Parque da Água Branca, em áreas que hoje abrigam bairros como Pompeia e Perdizes.

 

Dalben explica que a escola, que chegou a ter 350 alunos simultaneamente, era considerada modelo pela administração municipal paulistana, tinha currículo diferenciado e até fila de espera por vagas. "Mas não sei como era o dia a dia na escola. Fui procurado por alguns ex-alunos, hoje na casa dos 80 anos, que contaram que tiveram professoras bem rígidas. Então talvez na prática ela não fosse tão diferente assim das outras (escolas da cidade)."

Contato com a natureza e protagonismo dos alunos

Para além do controle da tuberculose, o modelo de escolas ao ar livre floresceu no período entre as guerras mundiais, tempo de um boom de novos ideais de sociedade e educação, diz à BBC News Brasil Diana Vidal, professora titular de História da Educação na Faculdade de Educação da USP.

"Havia uma discussão de educadores contra a experiência da escola do passado, pensando-se em uma que fosse mais amigável, promovesse a defesa da democracia, para criar uma geração mais pacífica e solidária."

Embora o ideal não tenha se concretizado — logo depois viria a Segunda Guerra Mundial —, Vidal explica que isso foi a semente para a defesa de um ensino mais próximo à natureza, com protagonismo juvenil, que engajasse as crianças em projetos práticos, aliasse atividades físicas ao desenvolvimento intelectual e emocional e tivesse o professor como mediador, em vez de apenas fornecedor de conteúdo. Ideias essas que permanecem vigentes (e nem sempre colocadas em prática) na educação atual.

'Havia uma discussão de educadores contra a experiência da escola do passado, pensando-se em uma que fosse mais amigável, promovesse a defesa da democracia, para criar uma geração mais pacífica e solidária'; acima, uma aula no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo — Foto: Revista Brasileira de Educação Física/Reprodução

'Havia uma discussão de educadores contra a experiência da escola do passado, pensando-se em uma que fosse mais amigável, promovesse a defesa da democracia, para criar uma geração mais pacífica e solidária'; acima, uma aula no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo — Foto: Revista Brasileira de Educação Física/Reprodução

 

André Dalbens conta que as escolas ao ar livre do início do século 20 já foram chamadas de um "cometa médico-pedagógico", que acabaram quase desaparecendo nas décadas de 1950 e 60.

Primeiro, porque as doenças infecciosas deixaram (pelo menos até este ano) de serem tão devastadoras, diz Dalbens. Depois, explica Diana Vidal, porque prevaleceu o modelo de escola semelhante ao fabril, que implementa horários fixos de entrada e saída e tenta acomodar o máximo de alunos possível dentro de um espaço físico, de modo a otimizar recursos e gastos.

Parques, praças e clubes

Diana Vidal voltou seus olhos às escolas ao ar livre do passado quando viu imagens da volta às aulas em Manaus, no início de agosto, com crianças pequenas mascaradas e sentadas em uma sala de aula com divisórias de acrílico entre elas.

"Talvez estejamos tão apegados às soluções empresariais, pensadas para os adultos trabalhadores, que não possamos reconhecer a inadequação dessas medidas para os alunos dos anos iniciais da educação básica", escreveu Vidal em artigo no Jornal da USP.

Em contrapartida, opina ela, "ao se colocar as crianças em mais contato com a natureza, se cria uma discussão sobre as práticas de ensino. (...) Elas passam a explorar outros espaços para a experiência educativa — com novos conteúdos e novos relacionamentos."

Escolas ao ar livre do início do século 20 já foram chamadas de um 'cometa médico-pedagógico', que acabaram quase desaparecendo nas décadas de 1950 e 60 — Foto: Revista Brasileira de Educação Física/ReproduçãoEscolas ao ar livre do início do século 20 já foram chamadas de um 'cometa médico-pedagógico', que acabaram quase desaparecendo nas décadas de 1950 e 60 — Foto: Revista Brasileira de Educação Física/Reprodução
 

Além disso, os estudos até agora indicam que a proliferação do novo coronavírus é muito menor em espaços abertos e de ventilação natural.

"O vírus acaba se diluindo ilimitadamente ao ar livre", disse em maio, à BBC, o professor de Epidemiologia Erin Bromage, da Universidade de Massachusetts em Dartmouth, nos EUA. "Então, quando uma pessoa doente expira (ar), os germes se dissipam muito rapidamente."

Mas, na prática, como transpor a escola para o espaço externo, principalmente em cidades grandes, com poucas áreas livres disponíveis?

Em agosto, a organização de direitos infantis Alana lançou, a partir de diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria e da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), um documento com sugestões para uso de espaços públicos na retomada das aulas presenciais.

O texto defende que, embora o momento da volta às escolas deva ser definido pelas autoridades de saúde, o modo como isso vai acontecer deve ser discutido também por autoridades que administram o equipamento público da cidade, como parques e praças.

Entre as sugestões estão a criação de salas temporárias em parques, praças e clubes, voltadas principalmente às crianças menores, de forma a liberar mais espaço escolar interno para escalonar a volta às aulas das crianças mais velhas e adolescentes.

Também sugere o uso de mesas de piquenique ou de podas de árvores para se criar bancos de madeira, associados a materiais leves (como flipcharts e pranchetas) trazidos da escola.

Um entrave importante, diz o documento, é que apenas 40% das pré-escolas do país têm parquinho e só 25% têm área verde. E, mesmo antes da pandemia, o contato de muitas crianças com a natureza já era raro ou insuficiente — contato esse que poderia ajudar a promover uma infância mais rica, criativa e saudável.

'Podemos pensar as escolas junto às cidades como um todo, com mais uso de parques e espaços públicos. Não vamos seguir as mesmas linhas da escola ao ar livre do passado, mas vamos reinterpretá-las' — Foto: Revista Brasileira de Educação Física/Reprodução

'Podemos pensar as escolas junto às cidades como um todo, com mais uso de parques e espaços públicos. Não vamos seguir as mesmas linhas da escola ao ar livre do passado, mas vamos reinterpretá-las' — Foto: Revista Brasileira de Educação Física/Reprodução

 

Para André Dalben, as escolas ao ar livre do passado são uma inspiração para que repensemos a arquitetura das escolas atuais. "Quando comecei a pesquisar isso, era com foco na educação ambiental das crianças, (como solução) para que essa educação não precisasse ser um único conteúdo, mas sim passasse por todas as disciplinas. E agora tem também a pandemia", diz.

"Podemos pensar as escolas junto às cidades como um todo, com mais uso de parques e espaços públicos. Não vamos seguir as mesmas linhas da escola ao ar livre do passado, mas vamos reinterpretá-las."

Da Califórnia à Caxemira

Mundo inteiro discute a retomada das aulas presenciais; acima, escola ao ar livre na Caxemira — Foto: BBC

Mundo inteiro discute a retomada das aulas presenciais; acima, escola ao ar livre na Caxemira — Foto: BBC

Simultaneamente, de regiões ricas e desenvolvidas a áreas mais pobres e conflagradas, o uso de espaços abertos vem sido discutido em diferentes partes do mundo.

Nos EUA, a organização Green Schoolyards (em tradução livre, áreas escolares verdes) criou a Iniciativa Nacional de Aprendizagem ao Ar Livre, compilando estratégias que estão sendo adotadas por escolas americanas.

Uma delas, na Califórnia, instalou no pátio lousas portáteis, filtros de água potável e blocos retangulares de feno, que servem tanto de banco para sentar como de blocos gigantes para brincar ou dividir espaços.

 
 

A Dinamarca também criou um portal com propostas para "educação fora da sala de aula" em meio à pandemia. Uma das estratégias é manter as crianças em pequenos grupos o dia inteiro, cada um evitando o contato com o outro, e usando mais os espaços externos existentes em cada escola.

Na conflituosa e vulnerável região da Caxemira, localizada na divisa entre Índia, China e Paquistão, outra iniciativa tem chamado a atenção. As crianças estudam ao ar livre, mesmo sob condições climáticas imprevisíveis — uma vez que a "nova sala de aula" fica aos pés da cordilheira do Himalaia.

Alunos e professores usam máscaras de proteção e podem instalar tendas para se cobrir, mas fazem aulas até mesmo sob a chuva.

Diana Vidal, da USP, diz ainda ver poucas discussões sobre o assunto no Brasil, mas enxerga as experiências passadas como um balão de ensaio, para incentivar um debate público.

Na Caxemira, crianças estudam ao ar livre, mesmo sob condições climáticas imprevisíveis - uma vez que a 'nova sala de aula' fica aos pés da cordilheira do Himalaia — Foto: BBC

Na Caxemira, crianças estudam ao ar livre, mesmo sob condições climáticas imprevisíveis - uma vez que a 'nova sala de aula' fica aos pés da cordilheira do Himalaia — Foto: BBC

"À medida que os modelos escolares foram consolidados, eles foram também se naturalizando e nos esquecemos das outras possibilidades", diz Vidal.

Inclusive a possibilidade de dispensar, quando possível, a sala de aula física.

"O exterior não precisa ser apenas para as famosas excursões escolares. Vamos ser compelidos a usar o ar livre, que é muito melhor que o fechado. É um convite em pensarmos como usar melhor os espaços que a gente tem."

Publicado em BRASIL E MUNDO
A Prefeitura Municipal de Licínio de Almeida através da Secretaria Municipal de Saúde, comunica com grande pesar o primeiro óbito em decorrência do novo coronavírus (Covid-19) em nosso município.
Trata-se de uma paciente idosa de 88 anos, sem comobirdades (segundo relatos da família). Deu entrada no Hospital Municipal com quadro de taquicardia. Foi realizado ECG na urgência, que evidenciou diagnóstico de fibrilação artrial. A paciente evoluiu com dificuldades respiratórias e, foi inserida no Sistema de Regulação tentando transferência, no entanto, veio a óbito ás 11:30hs da mahã do dia 05 de Setembro de 2020, antes da resposta da regulação.
Solidarizamos com a família enlutada e amigos neste momento de dor e pesar. Que Deus confrte a todos.
A Secretaria Municipal de Saúde aproveita para reforçar o pedido no cuidado individual no enfrentamento ao novo coronavírus.
  
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por G1 BA.

As aulas do ano letivo 2020 da rede municipal de ensino de Brumado, cidade da região sudoeste da Bahia, devem voltar ser retomadas, de forma presencial, a partir do dia 21 de setembro deste ano. A informação consta em uma portaria publicada no Diário Oficial do Município (DOM).

  • Veja gráfico de casos e mortes em Brumado desde o início da pandemia

As atividades escolares presenciais estão suspensas em toda Bahia desde março, quando governo estadual decretou a interrupção das aulas nas unidades físicas por causa da pandemia da Covid-19.

Segundo o governo da Bahia, apesar do decreto, as prefeituras podem tomar decisões próprias em relação as unidades escolares porque a norma estadual funciona como uma "baliza" e não taxativa para impedir o retorno.

De acordo com a portaria publicada pela prefeitura de Brumado, o retorno presencial das atividades será facultativo para os alunos, e, nos 30 primeiros dias, será feito de forma que respeite a "promoção da igualdade do acesso e condições de permanência do estudante na escola", a garantia da aprendizagem de todos os alunos e o cumprimento das horas previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

O documento informa que, a partir desta data, o Sistema Municipal de Educação vai adotar o ensino presencial e também o não presencial.Aulas presenciais em Brumado devem ser retomadas ainda neste mês, aponta portaria. — Foto: A Cidade ON Araraquara

Aulas presenciais em Brumado devem ser retomadas ainda neste mês, aponta portaria. — Foto: A Cidade ON Araraquara

Para que a retomada seja possível de forma presencial, no entanto, a portaria pontua sobre a necessidade da adoção de medidas de biossegurança estabelecida contra a Covid-19.

Portanto, as unidades deverão distribuir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), fazer escalonamento para entrada e saída por grupos, com intervalos entre eles, para evitar aglomerações, e aferir a temperatura de todas as pessoas que trabalham no ambiente escolar.

A portaria prevê, também, a suspensão presencial de atividades que possam provocar aglomerações, como eventos, torneios e gincanas. Será necessário, ainda, o uso de máscaras nas unidades e o distanciamento social (um metro em ambientes com ventilação natural, e de 1,5 metro para os ambientes com ventilação artificial).

Além disso, a portaria pontua que os funcionários que apresentarem sintomas gripais deverão ser afastados por 14 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas. Todas as medidas que serão adotadas estão disponíveis no Diário Oficial do Município.

De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, divulgado na noite de quinta-feira (3), a cidade tem 897 casos confirmados da doença desde o começo da pandemia. Onze pessoas morreram em Brumado por causa da Covid-19.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por Cristina Moreno de Castro e Patrícia Fiúza, G1 Minas — Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou à Justiça, nesta sexta-feira (4), 11 pessoas (veja a lista completa abaixo), inclusive os sócios-proprietários da cervejaria Backer, "por crimes cometidos em função da contaminação de cervejas fabricadas e vendidas pela empresa ao consumidor".

Os três sócios-proprietários da Backer foram denunciados pelas "condutas de vender , expor a venda , ter em depósito para vender , distribuir ou entregar a consumo produto que sabiam poderia estar adulterado", que está no parágrafo 1º-A do artigo 272, do Código Penal, e por "deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado", que está no artigo 64 do Código de Defesa do Consumidor.

Já sete engenheiros e técnicos encarregados da fabricação da bebida, segundo o Ministério Público, agiram com dolo eventual, ao fabricarem o produto sabendo que poderia estar adulterado. Eles foram denunciados por homicídio culposo e lesão corporal culposa, além do artigo 272, parágrafo 1-A, do Código Penal.

"Os engenheiros e técnicos responsáveis pela produção de cerveja assumiram o risco de fabricar produto adulterado, impróprio a consumo, que veio a causar a morte e lesões corporais graves e gravíssimas a inúmeras vítimas", afirma a denúncia a promotora de Justiça Vanessa Fusco.
 

Também foi denunciada uma testemunha, ex-funcionário da Backer, por apresentar declarações falsas no decorrer do inquérito policial.

"O 11º denunciado foi uma pessoa que se apresentou à época, tumultuando as investigações, trazendo suspeita de sabotagem, o que não se confirmou. Esta pessoa tinha uma demanda contra a empresa que vendeu os produtos tóxicos. Ainda estamos apurando como esta pessoa chegou para prestar este tipo de depoimento, o fato é que está denunciada pelo crime de falso testemunho."Marco Aurélio Cotta foi a décima vítima de intoxicação com cerveja Backer. Ele morreu em julho deste ano. — Foto: Ângela Cotta/Arquivo Pessoal

Marco Aurélio Cotta foi a décima vítima de intoxicação com cerveja Backer. Ele morreu em julho deste ano. — Foto: Ângela Cotta/Arquivo Pessoal

A contaminação nas cervejas da Backer veio à tona em janeiro deste ano, quando a Polícia Civil começou a investigar a internação de vários consumidores após tomarem a cerveja Belorizontina, da Backer, com sintomas de intoxicação. Eles desenvolveram a síndrome nefroneural, que chegou a matar dez pessoas e deixar outras com problemas nos rins e sintomas como cegueira e paralisação facial, ainda em recuperação.

Segundo a promotora, a denúncia foi apresentada com 26 vítimas de intoxicação por dietilenoglicol, três a menos que o inquérito da Polícia Civil. De acordo com a Vanessa Fusco, estas são as vítimas que tiveram comprovação da intoxicação por exames do Instituto de Criminalística.

  • ‘Quando isso acabar espero ter minha liberdade’, diz vítima da cervejaria Backer que vai receber rim doado pela mulher
 

As vítimas comemoraram a apresentação da denúncia nesta sexta-feira:

"Nós esperamos que a Justiça seja feito e ficamos felizes com os rumos que o caso têm tomado", disse Cristiano Gomes, 47, que ainda se recupera e precisa fazer diálise diariamente.Cristiano Mauro Assis Gomes é uma das vítimas. À esquerda, foto tirada em 11 de abril; à direita, registro feito em 2 de maio. — Foto: Cristiano Mauro Assis Gomes/Arquivo Pessoal

Cristiano Mauro Assis Gomes é uma das vítimas. À esquerda, foto tirada em 11 de abril; à direita, registro feito em 2 de maio. — Foto: Cristiano Mauro Assis Gomes/Arquivo Pessoal

Lista de denunciados

  1. Ana Paula Silva Lebbos - sócia da Backer: denunciada pelo crime do artigo 272, parágrafo 1º-A, do Código Penal, por fabricar, vender, expor à venda, importar, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar a consumo a substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado.
  2. Hayan Franco Khalil Lebbos - sócio da Backer: denunciada pelo crime do artigo 272, parágrafo 1º-A, do Código Penal, por fabricar, vender, expor à venda, importar, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar a consumo a substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado.
  3. Munir Franco Khalil Lebbos - sócio da Backer: denunciada pelo crime do artigo 272, parágrafo 1º-A, do Código Penal, por fabricar, vender, expor à venda, importar, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar a consumo a substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado.
  4. Paulo Luiz Lopes - responsável técnico da Backer: denunciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa, além do artigo 272 do Código Penal, parágrafo 1º-A.
  5. Ramon Ramos de Almeida Silva - responsável técnico da Backer: denunciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa, além do artigo 272 do Código Penal, parágrafo 1º-A.
  6. Sandro Luiz Pinto Duarte - responsável técnico da Backer: denunciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa, além do artigo 272 do Código Penal, parágrafo 1º-A.
  7. Christian Freire Brandt - responsável técnico da Backer: denunciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa, além do artigo 272 do Código Penal, parágrafo 1º-A.
  8. Adenilson Rezende de Freitas - responsável técnico da Backer: denunciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa, além do artigo 272 do Código Penal, parágrafo 1º-A.
  9. Álvaro Soares Roberti - responsável técnico da Backer: denunciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa, além do artigo 272 do Código Penal, parágrafo 1º-A.
  10. Gilberto Lucas de Oliveira - chefe de manutenção da Backer: denunciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa, além do artigo 272 do Código Penal, parágrafo 1º-A.
  11. Charles Guilherme da Silva - ex-funcionário da Backer: pelo crime de falso testemunho.
 

Penas

A pena para os sócios-proprietários e para os responsáveis técnicos vai de quatro a oito anos de reclusão, ainda acrescida da metade pelas lesões corporais e, em dobro, pelos homicídios, para cada uma das vítimas.

A promotora Vanessa Fusco disse, em entrevista coletiva, que as penas dos três sócio-proprietários poderão ser aumentadas em função das lesões corporais e mortes, provocadas pela ingestão do dietilenoglicol, o que ela afirma ter sido um "envenenamento".

"Os autores sócio proprietários estão sendo denunciados pelo crime contra a saúde pública e este crime, quando ocorre e ocorre em virtude deste uma morte ou lesão corporal, há aumento de pena. Toda a conduta praticada do artigo 272 que origine ou venha a causar morte gera este aumento. Pelo homicídio tem aumento da metade da pena e lesões corporais até um terço", disse.

No caso do artigo 64 do Código de Defesa do Consumidor, a denúncia se justifica, segundo a promotora, porque os sócio-proprietários não teriam recolhido todas as cervejas, "assim que foi identificado pela Anvisa e MAPA a nocividade ou envenenamento destas bebidas".

Os responsáveis técnicos ainda respondem pelos homicídios e lesões corporais de forma culposa, podendo vir a ser condenados a penas de um a três anos e ainda dois meses a um ano de reclusão por cada uma das vítimas.

Crimes foram comprovados, diz MP

Segundo o Ministério Público, a materialidade dos crimes foi comprovada pelo laudo pericial da Engenharia da Polícia Civil de Minas Gerais e do Instituto de Criminalística produzido nos lotes e tanques da cerveja, além dos laudos toxicológicos e de necropsia das vítimas.

Segundo o MP, foi constatada a adulteração das bebidas alcoólicas por monoetilenoglicol e dietilenoglicol.

As substâncias foram encontradas nas cervejas recolhidas para análise e ainda na planta fabril da empresa. Os pontos de contaminação que originaram o envenenamento das bebidas alcoólicas foram identificados em vários tanques e ainda em diversos pontos da fábrica, conforme laudo da engenharia da Polícia Civil.

 

O Ministério Público considerou que, ao adquirir deliberadamente – quando haviam outros produtos anticongelantes – o monoetilenoglicol, impróprio para o uso na indústria alimentícia, os sócios-proprietários assumiram o risco de produzir as bebidas alcoólicas adulteradas.

Inquérito indiciou 11 pessoas

Polícia de MG conclui investigações sobre a Backer e indicia 11 pessoas por intoxicação
Polícia de MG conclui investigações sobre a Backer e indicia 11 pessoas por intoxicação

A denúncia é oferecida quase três meses depois da conclusão do inquérito pela Polícia Civil, que levou ao indiciamento de 11 pessoas ligadas à cervejaria Backer. Entre os crimes apontados pela polícia no fim de junho estavam lesão corporal, contaminação de produto alimentício e homicídio.

Segundo o delegado Flávio Grossi, foi possível comprovar a existência de um vazamento no tanque de cerveja.

O inquérito, que chegou a considerar 42 vítimas, foi concluído com 29 vítimas criminais, segundo a Polícia Civil. Dez morreram.

Cervejaria falou em reparação após 8 meses

Backer busca reparação às vítimas 8 meses após primeiro caso de intoxicação vir a público
Backer busca reparação às vítimas 8 meses após primeiro caso de intoxicação vir a público
 

No dia 10 de agosto, quase oito meses depois do primeiro caso de contaminação por dietilenoglicol em cervejas da Backer vir a público, a cervejaria quebrou o silêncio e se manifestou sobre o caso pela primeira vez.

No comunicado, a Backer lamenta o ocorrido, a fim de prestar solidariedade a “todos aqueles que estão sofrendo diretamente as consequências do sinistro”. A cervejaria informou, também, ter contratado uma empresa especializada na solução de conflitos.

Segundo o texto, o objetivo é entrar em contato com as vítimas ou parentes para “minimizar os sofrimentos e buscar uma solução capaz de trazer conforto e paz para todos”. A publicação diz que as sessões já começaram a ser agendadas. A Backer enfatiza que, nessa iniciativa, não haverá espaço de diálogo “para o debate sobre culpas e responsabilidades, buscaremos apenas soluções”.

G1 procurou a Backer nesta sexta-feira (4) para comentar a denúncia e aguarda a resposta.

Cervejaria Backer, no bairro Olhos D'Água, em Belo Horizonte — Foto: Odilon Amaral/TV Globo

Cervejaria Backer, no bairro Olhos D'Água, em Belo Horizonte — Foto: Odilon Amaral/TV Globo

Retomada das operações

A cervejaria Backer pode voltar a funcionar, segundo informação passada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no dia 5 de agosto. O ministério informou, durante coletiva de imprensa, que a empresa já fez o pedido e, caso cumpra todas os requisitos de segurança, poderá reabrir.

 
Publicado em BRASIL E MUNDO

Por G1.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês) enviou um plano inicial de vacinação contra a Covid-19 para os 50 estados americanos, cinco grandes cidades e autoridades de saúde. Os documentos, publicados pelo jornal "The New York Times" nesta quarta-feira (2), preveem o início da campanha de imunização em novembro, com uma aplicação mais massiva em 2021.

"Doses limitadas da vacina da Covid-19 podem estar disponíveis no início de novembro de 2020, mas o fornecimento da vacina aumentará substancialmente em 2021", explica um dos documentos.

De acordo com o CDC, as vacinas contra a Covid deverão ser aprovadas e licenciadas de forma emergencial pela Food and Drug Administration (FDA), outro órgão regulador americano com um papel similar ao da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil.

Vacina contra a Covid começará a ser distribuída em novembro nos EUA, de acordo com os CDC — Foto: Reuters

O CDC não detalhou qual deve ser o fornecedor das primeiras doses. Segundo o mais recente balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 176 pesquisas estão em desenvolvimento e ao menos 33 delas já foram registradas em fase clínica, que é a etapa de teste em humanos.

Antes das eleições

No início de agosto, o presidente Donald Trump disse que era possível a liberação de uma vacina contra o coronavírus antes das eleições de novembro, previsão muito mais otimista do que o cronograma que estava sendo apresentado pelos próprios especialistas em saúde da Casa Branca.

 

Questionado no programa de rádio Geraldo Rivera sobre quando uma vacina poderia estar pronta, Trump disse: "Antes do final do ano, pode ser muito mais cedo."

Trump 'promete' vacina para outubro, a 1 mês das eleições 

Trump 'promete' vacina para outubro, a 1 mês das eleições

"Antes de 3 de novembro?", perguntaram ao presidente. Essa é a data das eleições presidenciais nos EUA, na qual ele, Trump, vai tentar ser reeleito. Seu adversário é o candidato do Partido Democrata, Joe Biden.

"Eu acho que em alguns casos, sim, seria possível antes, mas mais ou menos naquela época", disse Trump.

Vacinas testadas pelos EUA

Os EUA têm duas principais vacinas em desenvolvimento. Uma delas é a do laboratório americano Pfizer e da empresa alemã Biontech. Eles anunciaram em julho que os EUA concordaram em pagar US$ 1,95 bilhão para garantir 100 milhões de doses. O número reservado se refere a todo o potencial de fabricação das empresas em 2020. O objetivo de ambos os laboratórios é "fabricar cem milhões de doses antes do fim de 2020" e provavelmente mais de 1,3 bilhão antes do fim de 2021.

Além da vacina da Pfizer/Biontech, o governo dos EUA aposta no projeto de vacina da Moderna, no qual colocou quase meio bilhão de dólares. A candidata da Moderna foi batizada de "mRNA-1273". Assim como a concorrente da Pfizer, está na última fase de testes e também pertence à categoria das vacinas que usam o material genético do próprio vírus (mRNA) para estimular a defesa do corpo.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por G1 BA.

Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 1.272 novos casos da Covid-19, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), na tarde deste domingo (30). O balanço ainda contabiliza 42 mortes que ocorreram em várias datas, conforme informou a pasta.

  • Veja gráfico de casos e mortes em Salvador desde o início da pandemia

Desde o início da pandemia, em março deste ano, até o momento, o número de casos de Covid-19 confirmados no estado é de 256.062 e o de mortes 5.344, o que representa uma letalidade de 2,09%. Dentre os óbitos, 55,88% ocorreram no sexo masculino e 44,12% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 52,23% corresponderam a parda, seguidos por branca com 15,96%, preta com 15,53%, amarela com 0,82%, indígena com 0,11% e não há informação em 15,34% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 75,58%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (76,78%).

De acordo com a Sesab, nas últimas 24 horas, a taxa de crescimento no número de casos foi de 0,5% e a de recuperados 1,2% (2.808).

Mortes por Covid-19 divulgadas na Bahia são de diversas datas — Foto: Divulgação / Sesab

 

São consideradas recuperadas 239.467 pessoas e 11.251 estão com o vírus ativo, podendo transmiti-lo.

Para fins estatísticos, a Vigilância Epidemiológica Estadual informou que considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos, são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 415 municípios baianos. Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100 mil habitantes foram: Almadina (5.655,20), Ibirataia (5.609,98), Dário Meira (4.845,94), Itabuna (4.833,44) e Salinas da Margarida (4.672,24).

O boletim contabiliza, ainda, 475.176 casos descartados e 84.194 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h deste domingo.

Na Bahia, 22.635 profissionais da saúde tiveram diagnóstico positivo para o novo coronavírus. O boletim completo está disponível no site da Secretaria de Saúde e também em uma plataforma disponibilizada pela Sesab.

O primeiro caso do novo coronavírus na Bahia foi confirmado no dia 6 de março. Foi uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, que voltou da Itália em 25 de fevereiro. No país europeu, ela teve passagens por Milão e Roma.

A primeira morte de uma pessoa infectada pelo vírus no estado ocorreu em março, quando a Bahia tinha 147 casos confirmados. O paciente era um homem de 74 anos, que estava internado em um hospital particular da capital baiana. Ele estava entubado e em diálise contínua.

Ocupações de leitosRespiradores mecânicos são consertados por força-tarefa em Salvador — Foto: TV Bahia

Respiradores mecânicos são consertados por força-tarefa em Salvador — Foto: TV Bahia

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por Laís Modelli e Rodrigo Ortega, G1.

Primeiro, uma chuva de meteoritos caiu em Santa Filomena (PE), no dia 19 de agosto. Agora, a pequena cidade do sertão vê brotarem pesquisadores e "caçadores de meteoritos" do Brasil e de outros países.

Junto dos moradores, eles vasculham terrenos e mata em busca das pedras. A única pousada da cidade, que funciona junto de posto de gasolina, virou "centro comercial", onde meteoritos maiores podem valer mais de R$ 100 mil.

Os primeiros cientistas a chegarem a Santa Filomena, a 719 km do Recife, foram quatro pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lideradas pela curadora do Setor de Meteoritos do Museu Nacional da UFRJ, Maria Elizabeth Zucolotto.

"Chegamos no dia seguinte à chuva de meteoritos e já não tinha lugar para ficar na pousada da cidade. Estamos hospedadas na casa de uma moradora", conta Zucolotto. O foco é achar as pedras de mais de 4, 6 bilhões de anos, formadas antes de o planeta Terra existir.

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Na pousada estão "caçadores" estrangeiros com objetivos particulares. Os cientistas brasileiros buscam as pedras para pesquisa e para museus. Pesquisadores locais também tentam manter na cidade pelo menos parte do valor científico e turístico da chuva de meteoros.

Apesar de saírem todos os dias às 6 horas da manhã, munidas com foice e facão para vasculhar os terrenos, as mulheres do Rio ainda não encontraram nenhuma pedra.

"Tentamos comprar algumas com os moradores, mas eles não querem negociar porque somos mulheres", conta Zucolotto.

Além de buscar pedras para a pesquisa científica, a curadora pretende levar algumas para a coleção de meteoritos do Museu Nacional, uma das maiores do Brasil, mas que sofreu danos após o incêndio de grandes proporções que destruiu o local, em 2018.

Até o momento, o grupo, que se intitula "as meteoríticas", conseguiu adquirir uma "pequenininha" de 14 gramas por R$300.

Uma segunda, com 2,8 kg, está sendo negociada com um caçador de meteorito americano por R$18 mil. Se realizada a compra, o meteorito será levado para o Museu Nacional.

meteorito mais cobiçado pesa quase 40 kg. Por causa do seu valor estimado, de ao menos $120 mil, a pessoa que encontrou-o não se identificou para a cidade e não foi informado o local onde o objeto caiu.

Segundo as fontes ouvidas pela reportagem, a pedra está sob a proteção da polícia. O G1 não conseguiu contato com o órgão para confirmar a informação.

O estudante de administração Edimar da Costa Rodrigues, de 20 anos, estava em casa quando viu o céu se encher de fumaça e o WhatsApp lotar de mensagens dizendo que tinha chovido pedra.

Ele saiu para a rua e achou no meio da praça em frente à Igreja Matriz, exatamente no centro da cidade, uma pedrinha de 7 cm e 164 gramas.

Ela estava perto de onde caiu a pedra de 2,8 kg cobiçada pelas "meteoríticas". O fato de os fragmentos que acreditava-se serem os maiores caírem em volta da Igreja deixou os moradores ainda mais espantados. O "milagre" ficou maior quando viram seu valor.

"O preço está chegando a R$40 por grama", explicou Edimar, que não quis revelar o valor da venda. Ele aponta um viés de alta: dias atrás, o grama custava metade do preço. Edimar vendeu a sua pedra a outro "caçador", também americano.

Localizada no sertão nordestino, Santa Filomena tem 14.172 habitantes, segundo o IBGE. Cerca de 3 mil moram no centro, mas a maior parte está na zona rural, onde predominam plantações de feijão e mandioca.

"A cidade aqui é 90% de agricultores. Tem pouco comércio, nada que gere muito emprego. É bem humilde, de gente de baixa renda. A maioria das pessoas está achando muito bom. Eu tenho noção de que talvez essas pedras valham bem mais, mas as pessoas precisam de uma renda", diz Edimar.

Meteorito com 40 kg que caiu no sertão pernambucano custa mais de R$100 mil. É o maior meteorito inteiro que já caiu no Brasil, segundo pesquisadora do Museu Nacional. — Foto: Flávio Filo

Meteorito com 40 kg que caiu no sertão pernambucano custa mais de R$100 mil. É o maior meteorito inteiro que já caiu no Brasil, segundo pesquisadora do Museu Nacional. — Foto: Flávio Filo

 

Se as pedras grandes que caíram perto da igreja causaram assombro, a de 38,2 kg teve até cerimônia própria. "Na sexta-feira (28), um representante do dono levou a pedra para o posto de gasolina onde fazemos o comércio para mostrar ao público", conta Zucolotto.

Na ocasião, segundo o caçador americano que está negociando com o Museu Nacional (ele não quis se identificar), algumas pessoas fizeram ofertas para a compra da pedra. O americano foi um deles.

"Sei o que aconteceu no Museu Nacional, do incêndio, e claro que preferiria que o meteorito ficasse no Brasil, mas se o Museu não tiver dinheiro para compra-lo, eu comprarei", disse o caçador americano, que já havia comprado 10 meteoritos até o sábado (29).

Ele não revelou o valor ofertado com medo de atrair "criminosos".

"Só posso falar que é muito dinheiro. O fato é que os moradores estão querendo um valor muito caro pelas pedras. É uma área muito pobre, onde o dinheiro caiu do céu. Está sendo muito bom para a cidade", disse o americano.

Valor científico

"Este meteorito é do tipo condrito. É um dos primeiros minerais que se formou no Sistema Solar, antes da Terra. É como se fosse um 'resto de construção' do sistema. Ele pode contar para a gente um pouco da pré-história desta formação", explica o pesquisador do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), Gabriel Gonçalves Silva.

 

A importância do estudo destas pedras está no passado remoto, mas também no futuro: elas permitem entender melhor quando e como as próximas podem aparecer.

"Além disso, estudá-los permite saber informação sobre a dinâmica dos meteoros: quando eles caem na Terra, as possibilidades de novos impactos, a dinâmica de queda, o que influencia na queda", acrescenta Silva.

Uma luz para a cidade

Além de um valor inestimável para a ciência, esse tipo de pedra, segundo o professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Antônio Carlos Miranda, tem alto valor de mercado.

"Meteorito é uma coisa rara, é uma joia, um diamante da ciência. Vale dinheiro", explica Miranda.

“Para mim, meteorito é como uma jazida. O proprietário dele é o dono do terreno. Do ponto de vista ético, não sei do jurídico, eu não faria isso, dar dinheiro [para quem encontrou o meteorito] e levar embora”, diz o professor.

Após explosão, meteoritos atingem cidades do sertão de Pernambuco

Após explosão, meteoritos atingem cidades do sertão de Pernambuco

Comparando o comércio dos meteoritos com “um português que dá um espelho para o índio para levar o minério do Brasil”, Miranda e mais um grupo de pesquisadores tentam movimentar pessoas e governo em Pernambuco para deixar o meteorito na cidade.

”Nada mais justo do que o governo de Pernambuco e a prefeitura de Santa Filomena dizer que qualquer pedra que caiu é da cidade. Fazer uma guarda do material e fazer um projeto para capacitar os professores da região”, afirma Miranda.

 

O pesquisador cita como exemplo a cidade pernambucana de Alagoinha, onde meteorito caiu em 1923. "Fizemos um projeto de lei criando o dia do meteorito. Criamos um clube de astronomia. A gente leva ciência para cidade", conta Miranda.

"A gente brinca que o meteorito é a sonda espacial do homem pobre, porque a gente não precisa ir para o espaço, a pedra cai do céu", diz Zucolotto.

O comércio de meteoritos

O caçador americano que negocia o meteorito de 40 kg mora em Arizona, nos Estados Unidos, e ficou sabendo da chuva de meteoritos em Pernambuco "duas horas após o evento ocorrer", diz, por meio de uma notícia que circulava nas redes sociais. No mesmo dia, ele comprou passagens de avião e embarcou para o Brasil.

Além de colecionar meteoritos do mundo todo - ele conta que sua casa parece um museu e que chegou a viajar de duas em duas semanas para comprar meteoritos na África - o americano também vende os artefatos.

"Vendo para museus e para outros colecionadores, mas não é um negócio grande, gosto de colecionar", diz.

A pesquisadora da UFRJ Amanda Tosi, que faz parte da equipe de Zucolotto e também está na cidade buscando os fragmentos, explica que caçadores costumam ser chamados de "traficantes de meteoritos" por aqueles que são contra o comércio das pedras.

As pesquisadoras da UFRJ que estão caçando os meteoritos no sertão de Pernambuco, as "meteoríticas": Maria Elizabeth Zucolotto, Amanda Tosi, Diana Andrade e Sara Nunes. — Foto: Reprodução/redes sociais

As pesquisadoras da UFRJ que estão caçando os meteoritos no sertão de Pernambuco, as "meteoríticas": Maria Elizabeth Zucolotto, Amanda Tosi, Diana Andrade e Sara Nunes. — Foto: Reprodução/redes sociais

 

"Eu não vejo assim. Aqui tem caçador dos EUA, Porto Rico, Uruguai e outros estados do Brasil. Estamos trabalhando em cooperação. Tem o interesse econômico, mas se não estivéssemos aqui e se a população não estivesse buscando os meteoritos para vender, eles ficariam perdidos no mato", diz Tosi.

A pesquisadora estima que, até este sábado, entre 100 a 200 fragmentos do meteorito foram encontrados em Santa Filomena.

A regra não é clara

Não há uma legislação específica no Brasil que determine a posse de um meteorito ou que regulamente o seu comércio.

Em Santa Filomena, os meteoritos que caíram em locais públicos, como a Praça da Matriz, ficaram com quem achou primeiro. Os que foram achados perto de casas ficaram com seus proprietários.

Ao contrário de países como Argentina e Austrália, onde há uma regra e os meteoros são bens públicos, o Brasil não tem uma legislação sobre a posse e o comércio de meteoritos.

"Na prática, o Brasil acaba seguindo o padrão da lei americana, que é o seguinte: o meteorito é de posse do dono do local onde ele caiu", explica o pesquisador da USP Gabriel Gonçalves Silva, que é membro da Bramon, rede brasileira de observação de meteoros.

Boliviano barrado

Mesmo sem uma regra clara, é possível que, ao tentar saírem do Brasil com os meteoritos sem avisar às autoridades, estes estrangeiros tenham problemas.

Em 2010, por exemplo, um boliviano foi detido e autuado por contrabando no Internacional Tom Jobim, no Rio, quando tentava embarcar para Bolívia com pedaços do meteorito que caiu na cidade de Varre-Sai, no Noroeste Fluminense.

G1 entrou em contato com a Agência Nacional de Mineração, mas não teve retorno até a publicação da reportagem.

A Convenção de Propriedade Cultural da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), assinada por mais de cem países, inclusive o Brasil, estabelece que um “bem de interesse científico” só pode ser levado de um país com autorização do governo local.

 Venda de meteoros pela internet — Foto: Reprodução

Venda de meteoros pela internet — Foto: Reprodução

Ainda assim, há um comércio internacional aberto de meteoritos na internet. Em um site americano, há anúncios de diversos meteoritos por mais de R$ 300 mil, e um deles é oferecido por R$ 1,38 milhão.

"O preço de meteoritos não segue um padrão, é um caso extremo de oferta e de procura", conta Silva.

A queda em Pernambuco "fez muito barulho entre os colecionadores e pesquisadores. Tem uma procura muito grande e de repente os preços aumentaram. Se saturar o mercado, o preço pode despencar", ele afirma.

"Tem poucas pessoas com dinheiro e capacidade para comprar uma pedra de 40 kg", diz Silva sobre a pedra maior, de destino ainda incerto.

Um pesquisador que esteve no local, e não quis se identificar, diz que tenta conscientizar a população de Santa Filomena para não vender os fragmentos.

"Os gringos milionários compram esses fragmentos para levar ou vender no exterior, sendo que poderíamos construir um museu na cidade. Isso atrairia turistas e seria bom para a pesquisa", diz o pesquisador.

Publicado em BRASIL E MUNDO
 Por: Reprodução/ Diptera.info  Por: Blog do Velame  
Um poderoso vetor de transmissão de doenças tem se multiplicado por várias regiões da Bahia e os produtores contabilizam os prejuízos dos reincidentes ataques que já ultrapassam noventa dias, tempo muito maior do que o registrado em anos anteriores. É a mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans), que molesta gado, equinos, galináceos, cachorros, gatos e também o ser humano com picadas dolorosas e capazes de provocar definhamento e até a morte das vítimas que perdem peso rapidamente.

O diretor geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Maurício Bacelar, informou que tem intensificado a realização de blitzes fixas e móveis para averiguar o transporte correto e a apresentação das Guias de Transporte Residuais (GTR) das camas-de-aviário.

Os especialistas reforçam que nos períodos chuvosos, quando são registradas alta umidade e baixa temperatura, também é alta a proliferação dos insetos, considerados vampiros, pois se alimentam do sangue das vítimas, especialmente os animais de criação.

Ações educativas também estão programadas, a exemplo da distribuição de folders orientando o manejo adequado para conter a proliferação da espécie, responsável ainda pelo ataque às lavouras de mamão, café, cana-de-açúcar, entre outras culturas em Belmonte, Eunápolis, Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Teixeira de Freitas, Valença, Tancredo Neves, Mucuri e outras cidades.

Publicado em BAHIA E REGIÃO
O paciente Paulo César dos Santos Oliveira, internado com suspeita de Covid-19, morreu no dia 1º de julho, no Rio de Janeiro. No entanto, a família dele só descobriu a morte nesta quarta-feira (19), mais de um mês e meio depois do óbito. Paulo foi internado no dia 25 de junho no Hospital Municipal Salgado Filho e, por conta da suspeita de infecção pelo novo coronavírus, não podia receber visitas. AS informações são do G1.
De acordo com a família, apesar de não poder visitá-lo, os parentes estiveram em contato com a unidade e enviavam mensagens perguntando se o paciente estava bem. A resposta do hospital era de que “o senhor Paulo passava bem”.
Segundo a mulher de Paulo, a morte dele só foi descoberta quando a família levou o filho, que estava passando mal, ao hospital. Ao chegar na unidade, a filha Tainara Oliveira disse que resolveu tentar ver o pai.
“Entrei lá, olhei leito por leito e ele não estava lá. Aí, a enfermeira falou: você vai na recepção e pede para puxarem o nome dele para saber onde ele está. Quando fui à recepção, ele não estava mais no sistema. E aí fiquei preocupada”, relatou a filha de Paulo ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
Conforme o registro do hospital, Paulo morreu no dia 1° de julho. “Lá no caderno tá escrito que ele morreu dia 1º do 7 de 2020 e foi enterrado dia 5 do 8 de 2020. Um mês e quatro dias pra ser enterrado. E aí, até agora, eu não entendi quem enterrou, como que enterrou porque os documentos dele todinhos está comigo”, disse Tainara.
Hospital diz que mandou telegrama
Paulo César foi sepultado no cemitério de Inhaúma, mas a família não sabe quem realizou o enterro. Em nota, a direção do hospital informou que como não conseguiu contato por telefone, enviou um telegrama para a família do paciente no mesmo dia do óbito.
“O telegrama é enviado quando a unidade não consegue fazer contato por telefone. A unidade constatou também que o nome do paciente não consta mais na planilha diária de informação aos familiares desde a data do óbito. O hospital está investigando a informação de que a família teria recebido boletins diários. A direção garante que tudo será investigado, inclusive se houve algum reconhecimento do corpo”, diz a nota.
Publicado em BRASIL E MUNDO

Por G1 BA.

O idoso de 82 anos que perdeu a esposa, de 79, e duas filhas para a Covid-19, ainda não sabe da morte da morte da mulher e de uma das filhas, segundo informações do neto dele Alonso José de Almeida.

  • Veja gráfico de casos e mortes em Cândido Sales desde o início da pandemia

O avô dele, de mesmo nome, Alonso José, também foi infectado pelo novo coronavírus e está internado no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGCV). O idoso deixou a UTI, mas continua em observação e ainda não tem previsão de alta.

"Meu vô está bem, se recuperando e já saiu da UTI. Ele só sabe da morte de minha tia, porque como ela estava com câncer terminal, já estávamos nos preparando. Ele não sabe da morte da minha mãe, nem de minha avó ainda", contou o rapaz.

Alonso, que tem 28 anos, perdeu amãe, a tia e avó em uma semana por causa de complicações da Covid-19. Em entrevista ao G1, nesta quarta-feira (19), ele disse que está com sintomas da doença e já passou por teste.

"Eu fiz o teste ontem [terça-feira]. Estou com dor de cabeça, coriza, dores no corpo. Meu pai também está com sintomas, mas estamos com sintomas leves. Estou aguardando o resultado, que deve sair em 10 dias. Por enquanto, eu e meu pai estamos em casa, tenho um irmão, mas ele está em outra cidade", disse Alonso José de Almeida.

 

Alonso suspeita que o novo coronavírus tenha se espalhado entre os familiares porque o avô dele teve contato com o cunhado, irmão da avó dele, que é vizinho da família, e foi o primeiro a apresentar sintomas da Covid-19.

"Moramos na mesma rua. A casa dos meus avós é aqui do lado da dos meus pais, então a gente acaba se cruzando. Meu avô, não sei se por falta de conhecimento, acabou fazendo contato com o irmão da minhã avó umas duas vezes aqui no quintal e acabou passando para todo mundo. E eu acredito que esse parente [irmão da avó] pegou de um vizinho, que também estava doente, mas deu carona a ele [ao tio-avô]", detalha.

Até um parente que mora em São Paulo, mas esteve em Cândido Sales, foi infectado pelo novo coronavírus e Alonso acredita que a família foi vetor. "Meu tio veio aqui rápido e voltou logo para São Paulo, dias depois começou a ter sintomas, precisou ser internado, mas passa bem", diz.

De acordo com o rapaz, o tio-avô, o primeiro da família a ser infectado, recebeu alta, mas precisou ser internado novamente após ter complicações de saúde. Ele não tem detalhes da idade do tio-avô, mas informou tratar-se de um idoso com mais de 80 anos.

Diante de tantos acontecimentos, Alonso agora espera poder abraçar o avô novamente e contou como a família está lidando com tantas perdas.

"A gente tem uma base religiosa, a gente age diferente. Sou nascido em um berço Adventista a gente tem uma visão diferente sobre a morte. A gente está bem, se conforma e não fica se perguntando, perguntado para Deus o motivo da morte", completa.

Caso

Mãe e filhas morrem de Covid-19 no espaço de oito dias em cidade do sudoeste da Bahia — Foto: Reprodução / Redes Sociais

Mãe e filhas morrem de Covid-19 no espaço de oito dias em cidade do sudoeste da Bahia — Foto: Reprodução / Redes Sociais

 

Três pessoas da mesma família morreram, no período de uma semana, com Covid-19, na cidade de Cândido Sales. As irmãs Claudia Maria e Ana Lilian e a mãe delas, Elita Maria chegaram a procurar atendimento médico, mas não resistiram às complicações da doença.

De acordo com os familiares, Elita Maria de Jesus, 79 anos, saiu de Cândido Sales, por conta própria, à procura de atendimento, e conseguiu ser internada no Hospital das Clínicas, em Vitória da Conquista. O estado de saúde dela se agravou na madrugada de quinta-feira (13). Ela morreu na noite de sábado (15).

Segundo os familiares, Ana Lílian de Almeida Penha, de idade não informada, tinha câncer e morreu em Cândido Sales, no dia 8 de agosto, por causa de complicações da Covid-19. A irmã dela, Cláudia Maria de Almeida Santos, que também não teve a idade revelada, tinha obesidade e era hipertensa. Ela morreu no dia 13 de agosto, também na mesma cidade, por causa do no nov coronavírus.

Também com Covid-19, o marido de dona Elita foi internado no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGCV).

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por BBC.

"O que acontece se você comer algo?" É com perguntas assim que a catarinense Fernanda Martinez, 22 anos, tem que lidar toda vez que abre suas redes sociais.

"Risco de vida", responde enquanto explica os diagnósticos de paralisia do trato digestivo e falência intestinal que a fizeram deixar de "comer" há mais de 2 anos.

Diagnosticada com a síndrome de Ehlers-Danlos, uma condição genética que causa anormalidade na produção de colágeno no corpo e pode afetar o sistema digestivo, Fernanda passou a receber os alimentos diretamente por uma sonda em 2018. Seu corpo já não conseguia fazer a digestão adequadamente.

E, desde outubro de 2019, como a absorção dos alimentos também passou a ser insuficiente, a jovem precisou iniciar a chamada nutrição parenteral, quando se recebe nutrientes pela veia.

"É como se digeríssemos o alimento externamente e criamos um soro com aminoácidos, proteínas, lipídios, gorduras, glicose e injetamos diretamente numa veia mais grossa", explica a médica nutróloga Pâmela Finkler Richa, que acompanha a jovem semanalmente.

 
 

Mas as explicações de Fernanda não param aí. Surdez unilateral, angiodema hereditário, câncer de tireoide, urticária aquagênica e fibromialgia são outros diagnósticos que ela faz questão de explicar aos seus mais de 400 mil seguidores nas redes sociais, entre os perfis pessoais e de seu projeto "Convivendo com Doenças Raras".

Os vídeos bem-humorados e com mensagens de otimismo e incentivo àqueles que também enfrentam doenças raras chegam a passar de 1 milhão de visualizações no TikTok, rede onde ela faz mais sucesso.

"A curiosidade não me incomoda e recebo muitas mensagens tanto de apoio quanto de gente que reviu questões em sua própria vida ao ver a forma como lido com as coisas".

Em depoimento a BBC News Brasil, Fernanda contou de sua casa, em Florianópolis, sua história e respondeu às quatro perguntas que ela mais lê diariamente.

'O que você tem?'

Principal rede social de Fernanda Martinez é o TikTok — Foto: Reprodução

Principal rede social de Fernanda Martinez é o TikTok — Foto: Reprodução

 

"Desde bebê, eu já dava alguns sinais de algo não estava bem.

Eu fui uma criança com muita dor nas pernas, braços. Já nasci com refluxo severo, surda de um ouvido. A família só foi perceber por volta dos 2 anos de idade, mas os problemas já estavam lá.

Eu também tinha articulações hipermóveis, que são aquelas que se movem além do limite normal. Tinha muita facilidade de me contorcer, tirar as articulações do lugar

Esses sintomas foram piorando na medida em que eu ia crescendo.

Todo mundo sabia que tinha algo de errado, mas não sabiam o que era.

Não sabia mais para onde correr, mas foi aí que eu encontrei um grupo no Facebook falando sobre a Síndrome de Ehlers-Danlos. Me identifiquei com os relatos e fui atrás de uma geneticista. Ela fez todos os exames e confirmou.

O diagnóstico da síndrome só chegou quando eu tinha 17 anos. Mas as complicações já eram graves. Ela era a principal doença de base que eu tenho e que puxou praticamente todas as outras.

Eu já tinha lesões nas articulações, já sofria com a disautonomia, que é o sistema nervoso autônomo afetado. Já tinha problemas de alimentação, com diarreia, vômitos, dores de estômago.

Mas agora, com um nome para tudo que estava acontecendo, pude respirar melhor. Eu agora tinha uma explicação e poderia falar pros médicos e pros outros o que eu tinha.

Descobri que a síndrome afeta especialmente o colágeno, que atua na sustentação, é a cola do corpo. Não é que você não tem o colágeno, mas ele é de má qualidade no corpo inteiro.

As articulações são mais frágeis, podem sair do lugar, os órgãos são mais frágeis, os vasos sanguíneos se rompem com facilidade.

Pra quem busca na internet, o que chama atenção na síndrome é aquilo de articulações tronchas, ou as peles soltas que puxam, elásticas. Mas não é só isso. Tem muita coisa em órgão interno e outros sintomas, como aconteceu comigo."

 

(As Síndromes de Ehlers-Danlos consistem num grupo de condições genéticas causada por anormalidades na produção e estrutura de colágenos no corpo, presentes desde os ossos até órgãos internos. Uma classificação de 2017 definiu 13 tipos. A de Fernanda é a chamada SEDh, ou "hipermóvel", que é a mais comum e afeta principalmente articulações, ossos, músculos… Algumas das manifestações incluem fibromialgia, escoliose, fadiga crônica e problemas respiratórios, digestivos e gastrointestinais. Apesar da grande subnotificação, estima-se que 1 em cada 5 mil pessoas tenham a síndrome no mundo, que pode se manifestar de formas mais leves ou graves.)

'Você não come nada? E a fome?'

"Não posso comer nem beber nada.

Meus órgãos e músculos internos ficaram mais fracos por causa da síndrome. O meu sistema nervoso, que coordena os movimentos peristálticos, também é afetado.

No final de 2016, eu comecei a ter muita dificuldade pra comer, até chegar ao ponto de desnutrição severa. Passei 1 ano e meio nisso, comendo cada vez menos, tentando mudanças de dieta.

Em maio 2018, eu nao aguentei mais comer e fui pra sonda.

Fernanda Martinez e sua mãe; alterações na saúde da jovem já eram perceptíveis na infância — Foto: Acervo Pessoal

Fernanda Martinez e sua mãe; alterações na saúde da jovem já eram perceptíveis na infância — Foto: Acervo Pessoal

Depois que coloquei a sonda, passei 1 ano e meio bem. Fiquei com mais energia, só que meu corpo começou a rejeitar tudo também que vinha pela sonda. Meu intestino não absorvia mais os nutrientes.

 

No fim de 2019, entrei em desnutrição severa outra vez e fiquei internada novamente. Foi quando colocaram o soro para minha nutrição parenteral.

(A nutróloga Pâmela Finkler Richa, que acompanha Fernanda, acrescenta que a desnutrição severa fez com que a jovem desenvolvesse uma obstrução no duodeno, impedindo a passagem e absorção dos alimentos)

Já recuperei grande parte do peso, mas agora apareceu problema no fígado, onde a nutrição é metabolizada. Mas vou ter que dar um jeito nesse problema do fígado, porque nao pode voltar.

Eu não sinto fome já há um bom tempo, porque ela depende de movimentos no estômago, e o meu não faz mais.

Antes, eu tinha mais vontade psicológica de comer. Quando eu tenho vontade, eu mastigo e jogo fora, sem engolir.

Faço isso de mastigar mais para manter a rotina, por exemplo para acompanhar minha mãe no almoço, para ela não ficar sozinha."

(Fernanda tem um homecare montado na casa onde mora com a mãe e a avó e é acompanhada por duas enfermeiras diariamente. A nutrição parenteral ocorre num período de 12h por dia, de noite até a manhã do outro dia)

'Como você toma banho?

"Minha urticária aquagênica, que as pessoas costumam chamar de "alergia a água", apareceu quando eu tinha uns 15 anos.

Eram reações espaçadas, mas foram piorando.

Eu evito o máximo que posso de água. Tento não ficar suada, não posso entrar em piscina, no mar. Não pego chuva.

Pra tomar banho, eu uso um antialérgico, na tentativa de melhorar algum sintoma. Engulo só com a saliva.

Banho de corpo inteiro, só duas vezes por semana: coça, arde, a pele fica cheia de manchinhas vermelhas. Quando está muito forte, dói bastante, como se fossem milhares de agulhas entrando no corpo.

Ultimamente, tenho deixado mais de tomar por não suportar o comprimido do antialérgico no estômago. Então, tomo o mais rápido possível ou só banho de gato, com paninho.

 

Mas mesmo que não tivesse a alergia, não poderia entrar no chuveiro direto. O cateter onde recebo o soro não pode ser molhado, tem que ter muito cuidado.

Não conseguiram identificar ainda se isso está diretamente ligado à síndrome, mas há relatos de outros pacientes que também têm. Assim como esse problema, há outros que ainda precisam descobrir se têm relação, como o angioedema (que causa inchaços nas extremidades do corpo, face e órgãos genitais).

A única doença que tenho certeza que não tem relação com a Síndrome de Ehlers-Danlos foi um câncer de tireoide papilífero que tive. Meus pai e avô também tiveram, é de família. E há casos de pessoas que tiveram esse câncer e também desenvolveram a urticária aquagênica."

'Tem cura?'

'99% do tempo de pessoas diagnosticadas com síndromes raras é tomado pela própria doença. Mas o 1% — de alegria, vontades, desejos — é o que equilibra nossas vidas', conta Fernanda — Foto: Acervo Pessoal

'99% do tempo de pessoas diagnosticadas com síndromes raras é tomado pela própria doença. Mas o 1% — de alegria, vontades, desejos — é o que equilibra nossas vidas', conta Fernanda — Foto: Acervo Pessoal

"Não tem tratamento específico, vai tratando o que aparece,

Na parte gastrointestinal, não é esperado que reverta. Provavelmente, a nutrição parenteral vai continuar pro resto da minha vida.

O resto das doenças, como problemas na articulação, dá para controlar mais, com fisioterapia, para evitar que lesione ainda mais.

A reversão completa, uma cura, não tem, até o momento. O que eu posso fazer por mim é buscar qualidade de vida, nao perder as coisas que gosto de fazer, como jogar online.

 

Não sou revoltada com minhas condições e busco aprender com elas.

Me apaixonei por medicina após passar por vários médicos, ainda quero fazer o curso quando puder.

Até lá, quero catalogar as doenças raras. Não contemplar todas, pois são muitas, mas cadastrar o máximo que conseguir, para ajudar quem recebeu o diagnóstico e não sabe o que aquilo quer dizer.

Não é pra substituir médico, mas pra ajudar a entender a própria doença ou explicar de forma simples pras pessoas. E, se eu ajudar apenas uma pessoa, já é tarefa cumprida.

99% do tempo de pessoas diagnosticadas com síndromes raras é tomado pela própria doença.

Mas o 1% — de alegria, vontades, desejos — é o que equilibra nossas vidas. Então, a minha necessidade também é mostrar esse 1%. Ele é tão importante quanto os 99%.

Se um dia tiver a cura, quero ser a primeira da fila."

Publicado em BRASIL E MUNDO
Souza, após voltar de viajem  e se sentindo desconfortável com sintomas de sinusite, resolveu fazer por precaução o teste rápido no Hospital Municipal Àreo Mendes da Silva onde o resultado deu positivo.
Josimar resolveu fazer o contraprova no Laboratório particular Hermes Pardini onde o mesmo deu NEGATIVO para o covid-19. O site Portal Licínio parabeniza Josimar por ter tomado todas as medidas cautelares desde o resultado do teste rápido mesmo tendo sintomas apenas de SINUSITE.
A empresa Duas Rodas comunicou que mesmo com o resultado sendo NEGATIVO as medidas cautelares perante funcionários e clientes serão mantidas mesmo que o funcionário Josimar quando retornou de viajem, chegou  à noite e não teve acesso as dependências da empresa e que todos os cuidados ainda permanecerão por tempo indeterminado.
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA
Segunda, 10 Agosto 2020 16:35

Emagreça de Forma Saudável

Publicado em VÍDEOS
O motorista entregador da Duas Rodas, Josimar Souza, após voltar de viajem  e se sentindo desconfortável com sintomas de sinusite, resolveu fazer por precaução o teste rápido no Hospital Municipal Àreo Mendes da Silva onde o resultado deu positivo. O site Portal Licínio, entrou em contato com o Josimar já que o mesmo usou das redes sociais para comunicar aos amigos e familiares sobre o ocorrido.
“ Me encontro bem sem nenhum sintomas porém o teste rápido acusou positivo, eu estou de quarentena seguindo orientações médicas e me cuidando, amanhã mesmo irei fazer o contraprova particular  e na próxima quarta já terei o resultado . gostaria de aroveitar o espaço e deixar um recado a todos...Não Brinquem, porque eu tomo todos os cuidados possivel  usando sempre máscaras, alcool em gel, luvas e mesmo assim hoje estou nessa situação, mais graças a Deus estou bem e sem sintmas nenhum, estou em isolamento na minha residência e vamos na fé e orando pedindo a Deus que eu contine bem, obrigado a todos os amigos que me ligaram ou mandando mensagem de conforto, fé e oração para minha recuperação”.
A empresa Duas Rodas está tomando os devidos cuidados com todos os seus funcionários e empresa, apesar do motorista Josimar Souza não teve acesso as suas dependências 
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por BBC.

"Vocês vão mandar suas crianças de volta para as aulas?"

A pergunta está presente em praticamente todos os grupos de WhatsApp de pais de alunos. Escolas do Brasil e de todo o mundo se preparam para reabrir pela primeira vez desde março, quando a maioria foi fechada devido à quarentena contra o coronavírus.

  • Diarreia, delírio: estudos relatam 'novos sintomas' da Covid

No Brasil a maioria das escolas permanece fechada e sem previsão sequer de quando vão reabrir. Mas já há alguns planos mais avançados.

No Rio de Janeiro, algumas escolas da rede privada já retomaram suas atividades em agosto — mas com relatos de pouca presença de alunos e processos na justiça contra a reabertura. Alguns sindicatos de professores estão em greve contra a reabertura.

Em São Paulo, o governo estadual chegou a anunciar o dia 8 de setembro como o previsto para reabertura, mas isso ainda não foi confirmado.

No hemisfério norte, setembro coincide com o começo do ano letivo e muitos países já anunciaram que vão reabrir, mesmo em meio a temores de que uma segunda onda de coronavírus pode estar começando.

 

No Reino Unido, o governo disse que sua prioridade máxima é retomar as aulas a partir de setembro, e estuda até fechar outros segmentos da economia (como bares e restaurantes) como contrapartida para a reabertura das escolas.

O governo britânico também indicou que pode multar pais que não levarem seus filhos à escola, o que provocou reações fortes da sociedade. Um sindicato que representa 300 mil professores exige maiores garantias de que haverá segurança no retorno às aulas.

A imprensa local noticiou o caso de uma mãe que já economizou 4 mil libras (mais de R$ 27 mil) para pagar multas, já que ela não pretende mandar seu filho para a escola.

A Unesco diz que, neste mês, 60% da população estudantil do mundo está sofrendo com o fechamento de escolas — e que esse índice chegou a 90% em abril. Foram poucos países — como Taiwan, Suécia e Nicarágua — que decidiram manter suas escolas abertas durante a pandemia.

Imagem de arquivo mostra alunos do ensino médio voltaram à sala de aula em Wuhan, na província de Hubei, na China — Foto: AFP

Imagem de arquivo mostra alunos do ensino médio voltaram à sala de aula em Wuhan, na província de Hubei, na China — Foto: AFP

Mas o que a ciência diz sobre as escolas durante a pandemia? Elas podem reabrir agora com segurança para alunos e professores? O fechamento delas ajudou a conter a pandemia?

Desde março, diversos estudos já foram publicados com dados empíricos coletados nesta pandemia que tentam responder essas perguntas. Os governos têm se debruçado sobre essas pesquisas para tomar suas decisões — mas a questão é de difícil solução e não existe um consenso sobre qual seria o melhor caminho a seguir.

 

Em termos gerais, as pesquisas sugerem que pode ser seguro reabrir escolas onde não há grandes surtos da doença, mas que seria necessário manter medidas como distanciamento social. Além disso, seria vital ter um bom sistema de testes e de rastreamento de contatos — algo que inexiste em diversos lugares, como no Brasil.

Os estudos também mostram que professores, funcionários e alunos de escolas secundárias estão em maior risco que crianças pequenas de contrair a Covid-19 — e que esses riscos não são nada desprezíveis.

Também está comprovado que diversas escolas no mundo — tanto primárias, quanto secundárias — registraram grandes surtos da doença.

É arriscado?

A primeira pergunta na cabeça dos pais é: meu filho pode pegar Covid-19 na escola?

Uma das mais recentes pesquisas sobre o tema foi publicada esta semana na revista científica "The Lancet Child & Adolescent Health". E ela sugere que escolas podem reabrir onde houver outras formas de se controlar a pandemia, como distanciamento social.

Foram analisadas as escolas do Estado mais populoso da Austrália, New South Wales, entre os meses de janeiro e abril, quando a pandemia começou no país e atingiu seu pico. Nesse período, a maior parte das escolas ficaram abertas, mesmo quando em outros segmentos da sociedade eram registrados grandes surtos da doença.

O estudo liderado por uma pesquisadora do Centro Nacional para Pesquisa e Monitoramento de Imunidade sugere que as escolas não foram grande foco de infecção de coronavírus, com apenas 25 escolas registrando casos em um universo de 7,7 mil instituições — ou seja, menos de 1%.

O risco de infecção entre as crianças foi considerado pequeno.

18 de maio de 2020 - Alunos usam máscara em sala de aula no colégio D. Pedro V, em Lisboa, no dia em que parte dos estudantes volta a ter aula em meio à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) em Portugal — Foto: Rafael Marchante/Reuters

18 de maio de 2020 - Alunos usam máscara em sala de aula no colégio D. Pedro V, em Lisboa, no dia em que parte dos estudantes volta a ter aula em meio à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) em Portugal — Foto: Rafael Marchante/Reuters

 

A situação mais preocupante era a de professores e funcionários. Eles correspondem a apenas 10% da população escolar, mas responderam por 56% dos casos de Covid-19 registrados em escolas.

Os autores do estudo foram explícitos nas suas conclusões: "nossas descobertas fornecem evidências de que a transmissão de Sars-CoV-2 em ambientes educacionais pode ser mantida em baixo nível no contexto de uma resposta eficaz à epidemia".

"Onde medidas de mitigação da pandemia resultam em um controle forte da doença, nós prevemos que escolas podem ser mantidas abertas de forma segura, para o bem educacional, social e econômico da comunidade enquanto nos adaptamos para viver com a Covid-19."

Uma outra pesquisa das agências de saúde pública da Suécia e da Finlândia também afirma que o contágio de crianças não foi significativo durante a pandemia.

A Suécia e a Finlândia tiveram estratégias opostas durante a pandemia: os finlandeses fecharam suas escolas de março a maio; os suecos mantiveram escolas primárias abertas (secundárias e faculdades fecharam a partir de 17 de março).

O relatório — que não passou por revisão de pares — diz que as diferentes estratégias produziram resultados semelhantes: baixo número de contágio em pessoas de 1 a 19 anos, raros casos de internação em UTI e nenhuma morte.

"Em conclusão, fechar ou não escolas não teve impacto mensurável no número de casos confirmados em laboratório em crianças de idade escolar na Suécia e Finlândia."

Mas nem todos os estudos caminham na mesma direção.

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos e publicada no mês passado sugere que crianças desempenham um papel importante na disseminação de doenças respiratórias em pandemias.

"Crianças são geralmente importantes transmissoras de epidemias virais como a influenza porque elas passam períodos longos em muita proximidade com outras crianças em escolas e durante atividades físicas", escrevem os cientistas do Hospital Infantil de Cincinnati, no Estado americano de Ohio, para a revista científica "Journal of the American Medical Association (Jama)".

 

Eles analisaram o fechamento de escolas em 50 Estados americanos entre março e maio. O estudo indica que, após o fechamento das escolas, houve uma queda, em média, de 62% no número de casos e 58% no número de mortos — mas faz a ressalva de que outras medidas concomitantes contribuíram para esses percentuais.

Um problema específico da Covid-19 é que cientistas acreditam que muitas crianças são assintomáticas. Elas podem não estar apresentando sintomas da doença e mesmo assim agindo como propagadoras do vírus.

Surtos registrados

Mesmo com alguns estudos defendendo a reabertura de instituições de ensino, há relatos de surtos em escolas pelo mundo, sobretudo nas secundárias, com alunos mais velhos.

Um dos maiores surtos de coronavírus na Nova Zelândia aconteceu em março em uma escola marista de Auckland, com 96 casos relacionados. O caso começou com um professor contaminado, que teria espalhado o vírus para as demais pessoas. Em uma escola primária próxima, não houve casos.

Em Israel, uma escola secundária de Jerusalém registrou contágio de 153 alunos e 25 professores em maio. A escola foi fechada e a imprensa local noticiou que um professor "super-disseminador" tinha sido a origem do surto.

Neste mês, no Estado americano da Geórgia, 260 funcionários da rede de escolas do condado de Gwinnett testaram positivo para Covid-19 ou entraram em quarentena por ter contato confirmado com infectados. Apesar disso, eles estão sendo obrigados a organizar a retomada das aulas nas próximas semanas, o que gerou protestos do sindicato de professores.

Os relatos de casos de Covid-19 em escolas primárias são mais raros, mas eles existem.

Segundo a revista "Science", nove de 11 crianças em uma sala de aula em Trois-Riviere, no Canadá, foram contaminadas. E em Jaffa, em Israel, 33 alunos e cinco professores de uma escola primária pegaram covid-19.

Também houve casos em pré-escolas: em Toronto, Montreal e no Texas.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por G1 BA.

O governador da Bahia, Rui Costa, anunciou que a flexibilização do sistema de transporte intermunicipal na Bahia deve acontecer no início da próxima semana, se a taxa de ocupação dos leitos de UTI permanecer abaixo de 70%.

"Se nós conseguirmos manter a taxa abaixo dos 70%, já na próxima segunda-feira, nós vamos liberar o transporte da região metropolitana e também o transporte intermunicipal, limitado a 50% da capacidade do ônibus, até o limite da região de Alagoinhas, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus e aqui no baixo sul até a região de Nazaré das Farinhas", disse Rui Costa.

"Esse é o limite, pelo menos na próxima semana, onde nós vamos acompanhar oito, 10 dias e se tudo correr bem, vamos progressivamente liberando para utras cidades, outras regiões".

De acordo com o governador, o ponto de partida será a liberação da circulação de ônibus e embarcações entre cidades distantes até 100 quilômetros de Salvador.

Segundo informações do governo, alguns protocolos serão exigidos para tornar o processo o mais seguro possível e evitar a contaminação pela Covid-19. Serão feitas testagem periódica dos funcionários que atuam nos transportes e terminais, e a ocupação da capacidade em 50%.

Rui Costa — Foto: Reprodução/TV Bahia

Rui Costa — Foto: Reprodução/TV Bahia

 

A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) e a Agerba estão acompanhando e fiscalizando as determinações para a reabertura.

“A partir de agora iremos realizar o retorno progressivo, lento e gradual da retomada do transporte intermunicipal. Estamos no terceiro dia seguido com taxa de ocupação dos leitos de UTI abaixo de 70% em Salvador. Usamos o parâmetro de ocupação dos leitos para retomar o transporte. Se continuarmos até o final de semana com esse índice abaixo dos 70%, iremos liberar o transporte metropolitano de Salvador e o transporte intermunicipal em cidades que estão até 100 quilômetros de distância da capital. Para as demais regiões ainda iremos aguardar mais um pouco em função da taxa de ocupação de leitos voltados para a covid-19”, explicou o governador durante o programa Papo Correria em suas redes sociais na quinta-feira (6).

Os ônibus intermunicipais vão poder circular com 50% de ocupação, venda de passagens antecipadas e testagem dos funcionários. Fazem parte desta categoria 42 municípios, que terão os transportes liberados entre si, a exemplo estão as cidades de Salvador, Feira de Santana, Alagoinhas e Santo Antônio de Jesus, não podendo operar fora do raio definido.

O governo informou que as saídas e chegadas de transporte interestadual também poderão ser retomadas apenas nas 42 cidades listadas a seguir, cumprindo todos os protocolos citados, a exemplo de Salvador X Aracaju. Não podendo sair linhas interestaduais de municípios que não estão na lista.

Já as operações das linhas metropolitanas serão retomadas em todas as cidades com ligação rodoviária. Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho, que mantinham linhas operando devido à ligação física entre os municípios, passam a operar linhas também com Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, São Francisco do Conde e São Sebastião do Passé.

 

Além das novas regras, continuam em vigor medidas de higienização regular e proibição de entrada e permanência de passageiros sem máscara facial em embarcações, veículos e terminais.

Nos terminais, o funcionamento dos guichês deverá cumprir os protocolos impostos pelos órgãos de saúde e fazer cumprir medidas de distanciamento entre passageiros e funcionários. As medidas serão adotadas em todo o plano de retomada dos serviços em transportes, e foram definidas a partir de critérios técnicos.

Sistema hidroviário

Conforme o governo da Bahia, as lanchinhas e o ferry-boat vão continuar funcionando com a ocupação máxima em 50%. A novidade será o cumprimento do quadro de horário regular, incluindo sábados, domingos e feriados.

"Elas retomarão mantendo o limite de capacidade de no máximo 50% de ocupação. Nós vamos monitorar durante oito, 10 dias, para ver se não sobe a taxa e mantendo a taxa, nós vamos progressivamente evoluindo", disse Rui.

As lanchinhas voltam a funcionar a partir das 5h até as 21h, e os ferries com saídas de hora em hora, de 5h às 23h30. A operação de Catamarãs para Cairu (Morro de São Paulo) será retomada, cumprindo o quadro de horário regular e também com restrição de embarque de 50% da capacidade das embarcações.

Confira como fica a retomada gradativa de cada categoria:

TRANSPORTE HIDROVIÁRIO

  • Ferry-boat (Salvador – Itaparica)
    - Saídas de hora em hora, nos dois sentidos, das 5h00 às 23h30
  • Lanchas (Salvador – Vera Cruz)
    - Saídas de Vera Cruz: 5h00 às 19h30
    - Saídas de Salvador: 6h30 às 21h00
  • Catamarãs (Salvador - Morro de São Paulo)
    - Saídas de Salvador: 9h00, 10h30, 13h30 e 14h30
    - Saída de Morro de São Paulo: 9h00, 11h30 e 15h00

TRANSPORTE METROPOLITANO

Retorno das operações de linhas entre as cidades de:

  • Camaçari
  • Candeias
  • Dias D’Ávila
  • Madre de Deus
  • Mata de São João
  • Pojuca
  • São Francisco do Conde
  • São Sebastião do Passé
  • Salvador, Simões Filho e Lauro de Freitas, que estavam operando entre si
 

TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL (42 cidades)

Autorizado retorno de mais de 100 linhas de longa distância, intermunicipais, distantes de Salvador em até 100 km. Cidades fora deste raio não estão autorizadas a retomar os transportes, com quadro de horário regular.

Retorno das operações de linhas entre as cidades de:

  • ALAGOINHAS
  • AMÉLIA RODRIGUES
  • ANTONIO CARDOSO
  • ARAÇAS
  • ARAMARI
  • ARATUÍPE
  • CACHOEIRA
  • CATU
  • CONCEIÇÃO DA FEIRA
  • CONCEIÇÃO DO ALMEIDA
  • CONCEIÇÃO DO JACUIPE
  • CORAÇÃO DE MARIA
  • CRUZ DAS ALMAS
  • DOM MACEDO COSTA
  • FEIRA DE SANTANA
  • GOVERNADOR MANGABEIRA
  • IPECAETÁ
  • IRARÁ
  • ITANAGRA
  • JAGUARIPE
  • MARAGOGIPE
  • MUNIZ FERREIRA
  • MURITIBA
  • NAZARÉ
  • PEDRÃO
  • SALINAS DA MARGARIDA
  • SANTO AMARO
  • SANTO ANTÔNIO DE JESUS
  • SANTO ESTEVÃO
  • SÃO FELIPE
  • SÃO FELIX
  • SÃO GONÇALO DOS CAMPOS
  • SAUBARA
  • TEODORO SAMPAIO
  • CAMAÇARI
  • CANDEIAS
  • DIAS D'ÁVILA
  • MADRE DE DEUS
  • MATA DE SÃO JOÃO
  • POJUCA
  • SÃO FRANCISCO DO CONDE
  • SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ
Publicado em BAHIA E REGIÃO
O prefeito Licíniense Frederico Vasconcelos (dr Fred), testa possitivo para covid-19 em teste rápido após viajem a Salvador para tratar de assuntos de interesse em nosso município.
Dr Fred afirma em vídeos divulgado em sua Fan Page que se encontra bem e não apresenta sintomas nenhum do corona vívus, e que se encontra em repouso em sua residência e não teve e nem mantem contato com pessoas.
Acompanhe seu pronunciamento no Faebook.:
“Nesta semana tive que realizar minha primeira viagem para tratar de assuntos de suma importância do município, hoje no meu retorno realizei um teste rápido que deu POSITIVO para o covid-19.
Me encontro sem sintomas e ficarei em isolamento até que um novo teste mostre que estou curado, peço a oração de todos e reafirmo para seguirmos as medidas de isolamento e distanciamento social.”
Assista ao vídeo.         
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA
por Catacra Livre .
© Istock/Anna Shalamova Conceptual photo - testing for coronavirus: in the hand there is a test tube with a patient s blood sample, which gave a positive result for coronavirus COVID-19.
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) conduzido pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP) divulgado nesta quarta-feira, 5, confirmou que mesmo sendo rara, há possibilidade de reinfecção pela covid-19.
Uma mulher, de 24 anos, técnica de enfermagem testou positivo para o novo coronavírus duas vezes no intervalo de 50 dias. Segundo os pesquisadores, “a constatação traz implicações clínicas e epidemiológicas que precisam ser analisadas com cuidado pelas autoridades em saúde”.
Segundo a pesquisa, em 4 de maio, a mulher teve contato com um colega de trabalho infectado e no dia 6 começou a sentir os sintomas: mal-estar, febre, congestão nasal, dores de cabeça e de garganta. No dia 8, ela fez o exame RT-PCR, que identifica o coronavírus no organismo por meio de materiais coletados no nariz e na garganta e o resultado foi negativo. No dia 13, a técnica de enfermagem refez os exames, porque os sintomas persistiram e desta vez o diagnóstico foi positivo. Depois de 10 dias, os sintomas desapareceram e a mulher voltou ao trabalho.
Após 38 dias, em 27 de junho, a paciente então curada, sentiu os sintomas da doença novamente. Além do mal-estar, da febre, das dores de cabeça e garganta, ela sentia dores musculares, cansaço, diarreia, tosse e havia perdido o paladar e o olfato.
 
Passados 5 dias do ressurgimento dos sintomas, no dia 2 de junho, a paciente refez o teste RT-PCR e testou positivo. Na época, dois familiares também tiveram os sintomas clínicos e testaram positivo pra covid-19.
Nas duas ocasiões, a técnica de enfermagem foi submetida aos testes sorológicos, com resultados positivos para anticorpos.
“O presente caso apresenta forte evidência não somente de reinfecção por Sars-Cov-2, como de recidiva clínica da Covid-19, de forma semelhante a apenas um outro caso clínico relatado em Boston (EUA)”, afirmam os pesquisadores da USP ao citar um artigo publicado no American Journal of Emergency Medicine, em junho deste ano.
A paciente não precisou ser internada ou respirar com ajuda de aparelhos. Ela se queixa de sintomas de sinusite e de uma dor de cabeça, que surgiu com a segunda infecção e persiste 33 dias após o surgimento da suspeita de reinfecção.
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 Por: Reprodução / Instagram  Por: Redação BNews 

Opapa emérito Bento XVI está gravemente doente, segundo o seu biógrafo oficial, Peter Seewald. O escritor esteve com Joseph Ratzinger no último sábado (1º), no Vaticano.

À imprensa alemã, Seewald relatou que o papa emérito contraiu uma infecção viral que causa erupções cutâneas dolorosas, relativamente comum em pessoas idosoas, e está "extremamente frágil". Ainda segundo o biógrafo, Bento XVI está praticamente inaudível, mas se mantém lúcido.

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A queda na contagem de anticorpos não é sinal de uma derrota do sistema imunológico diante do coronavírus, nem indica uma dificuldade para o desenvolvimento de uma vacina viável.

Nos dois meses mais recentes, vários estudos científicos foram divulgados - alguns foram revisados pelos pares; outros, não - indicando que a resposta dos anticorpos em pessoas infectadas com o SARS-CoV-2 teve queda significativa em um intervalo de dois meses. A notícia inspirou o temor de um rápido enfraquecimento da imunidade dos pacientes que já tiveram a covid-19, prejudicando as perspectivas para o desenvolvimento de uma vacina eficaz e durável.

Mas essas preocupações resultam de um equívoco.

Tanto a imunidade natural do nosso corpo quanto a imunidade adquirida por meio da vacinação servem ao mesmo propósito: inibir um vírus e impedir que este cause uma doença. Mas elas nem sempre funcionam da mesma maneira.

Com isso, a revelação de que os anticorpos naturais de alguns pacientes que tiveram covid-19 estariam em queda não significa muito para a probabilidade de eficácia das vacinas atualmente em fase de desenvolvimento. Nesse caso, a ciência pode ser mais eficaz do que a natureza.

O sistema imunológico humano evoluiu para cumprir duas funções: agilidade e precisão. Com isso, temos dois tipos de imunidade: a imunidade inata, que entra em ação em questão de horas, ou até minutos, após uma infecção; e a imunidade adaptativa, que se desenvolve ao longo de dias e semanas.

Quase todas as células do corpo humano são capazes de detectar uma infecção viral, e quando isso ocorre, elas convocam nossos glóbulos brancos para que mobilizem uma resposta defensiva ao agente infeccioso.

Quando a resposta do nosso sistema imunológico inato consegue conter o patógeno, a infecção é resolvida rapidamente e, em geral, sem que apresentemos muitos sintomas. Mas, no caso das infecções mais fortes, é o nosso sistema imunológico adaptativo que entra em ação para nos proteger.

O sistema imunológico adaptativo é formado por dois tipos de glóbulos brancos, chamados células T e células B, que detectam detalhes moleculares específicos do vírus em questão e, com base nisso, produzem uma resposta direcionada contra ele.

Um vírus provoca doenças ao entrar nas células do corpo humano e sequestrar seu mecanismo genético, podendo assim se reproduzir indefinidamente: a hospedeira é transformada em uma fábrica viral.

As células T detectam e matam essas células infectadas. As células B produzem os anticorpos, um tipo de proteína que se conecta às partículas virais e impede que entrem nas nossas células; isso impede que o vírus se replique e contém a infecção.

Então o corpo armazena as células T e B que ajudaram a eliminar a infecção, caso precise delas no futuro para combater o mesmo vírus. Essas chamadas células de memória são os principais agentes da imunidade de longo prazo.

Os anticorpos produzidos em resposta a uma infecção comum pelo coronavírus duram aproximadamente um ano. Mas os anticorpos gerados pela infecção pelo sarampo duram a vida inteira, protegendo para sempre.

Mas, no caso de outros vírus, também ocorre que a contagem de anticorpos no sangue chega ao auge durante a infecção e cai depois que esta foi superada, geralmente em questão de alguns meses: é isso que deixou algumas pessoas preocupadas em relação à covid-19, mas o significado desse fenômeno não é o que parece.

O fato de a contagem de anticorpos cair após o fim de uma infecção não significa que estão sendo derrotados: essa é uma etapa normal de uma resposta imunológica.

E a queda nos anticorpos não significa uma queda na imunidade: as células B de memória que produziram aqueles anticorpos ainda existem, prontas para produzir novos batalhões de anticorpos se a demanda surgir.

E é por isso que devemos manter a esperança nas perspectivas de desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19.

Uma vacina funciona imitando uma infecção natural, gerando células T e B de memória capazes de proporcionar imunidade duradoura nas pessoas vacinadas. Mas há muitas diferenças importantes entre a imunidade criada pelas vacinas e a imunidade criada por uma infecção natural.

Virtualmente todos os vírus que infectam os humanos contêm no seu genoma instruções para a produção de proteínas que os ajudam a evitar a detecção pelo sistema imunológico inato. O SARS-CoV-2, por exemplo, parece ter um gene dedicado a silenciar o sistema imunológico inato.

Entre os vírus que se tornaram endêmicos nos humanos, alguns também descobriram uma forma de evitar o sistema imunológico adaptativo: o H.I.V.-1 sofre mutações rapidamente; os vírus do herpes usam proteínas capazes de aprisionar e incapacitar os anticorpos.

Felizmente, o SARS-CoV-2 não parece ter aprendido esses truques ainda, indicando que ainda temos a oportunidade de deter sua disseminação e a pandemia se apostarmos em uma abordagem relativamente direta para a vacina.

As vacinas usam diferentes técnicas: podem partir do material viral morto ou atenuado, ácidos nucleicos ou proteínas recombinantes. Mas todas as vacinas são formadas por dois componentes principais: um antígeno e um adjuvante.

O antígeno é a parte do vírus à qual desejamos que a resposta do sistema imunológico reaja, atacando-a. O adjuvante é um agente que imita a infecção e ajuda a dar início à resposta imunológica.

Uma das belezas das vacinas (e uma de suas maiores vantagens em relação à reação natural do nosso corpo às infecções) é a possibilidade de seus antígenos serem projetados para concentrar a resposta imunológica contra o ponto fraco de um vírus, seja este qual for.

Outra vantagem é que as vacinas permitem diferentes tipos e dosagens de adjuvantes - com ajustes, isso pode ajudar a reforçar e prolongar as respostas imunológicas.

Até certo ponto, a resposta imunológica gerada contra um vírus durante uma infecção natural depende do próprio vírus. Não é o caso das vacinas.

Como muitos vírus iludem o sistema imunológico inato, às vezes as infecções naturais não resultam em uma imunidade duradoura ou robusta. O papilomavírus humano é um deles, motivo pelo qual causa infecções crônicas. A vacina contra o papilomavírus dispara uma resposta de anticorpos muito melhor do que a infecção natural pelo HPV: ela é quase 100% eficaz na prevenção da infecção pelo HPV e suas complicações.

A vacinação não protege apenas contra a infecção e a doença; ela também bloqueia a transmissão viral e, se aplicada de forma suficientemente generalizada, pode conferir a uma população a chamada imunidade de rebanho.

A proporção de indivíduos em uma determinada população que precisam ter imunidade contra um novo vírus para que o resultado seja a proteção de todo o grupo depende do número básico de reprodução do vírus - em termos gerais, o número médio de pessoas que são infectadas por um indivíduo doente.

No caso do sarampo, altamente contagioso, mais de 90% de uma população devem ser imunizados para garantir a proteção também dos não vacinados. No caso da covid-19, estima-se que essa proporção - ainda não a conhecemos ao certo, como seria de se esperar - seja entre 43% e 66% da população.

Levando em consideração as graves consequências da covid-19 para muitos pacientes mais velhos, e também a imprevisibilidade de seus efeitos e consequências entre os jovens, a única maneira segura de alcançar a imunidade de rebanho é a vacinação. Isso, somado ao fato de o SARS-CoV-2 aparentemente não ter desenvolvido ainda um mecanismo para evitar a detecção pelo nosso sistema imunológico, é razão de sobra para dobrar a aposta nos esforços para encontrar rapidamente uma vacina.

Assim, não é necessário ficarmos alarmados com relatos de uma queda na contagem de anticorpos dos pacientes com covid-19; isso é irrelevante para a perspectiva de se encontrar uma vacina viável.

Devemos em vez disso lembrar que há mais de 165 possíveis vacinas em fase de desenvolvimento e algumas mostram resultados promissores nos testes.

É bom também começar a pensar em como garantir que, uma vez desenvolvida, a vacina seja distribuída de maneira eficaz e igualitária. /TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

*Dr. Iwasaki e Dr. Medzhitov são professores de imunobiologia na Universidade Yale.

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Por Greice Mattos, RBS TV de Caxias do Sul, e G1 RS.

Francisco Padilha e o pai Solon Gonçalves Padilha. — Foto: Arquivo pessoal

 

Uma família da Serra do Rio Grande do Sul, que teve 12 pessoas com teste positivo para Covid-19, perdeu o quinto integrante por complicações da doença. Francisco Padilha, de 59 anos, estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Gramado desde o dia 15 de julho.

O pai de Francisco, Solon Gonçalves Padilha, de 88 anos, foi o primeiro a morrer, no dia 16. Três dias depois, a esposa dele, Leonor Alano Padilha, de 84, e o filho do casal, Odilon Alano Padilha, de 58 anos, também faleceram.

"Nem no meu pior pesadelo esperava passar por isso. É uma dor muito ruim, uma tristeza que não tem como descrever", contou o neto do casal, Rodrigo Miola Padilha, que também teve Covid-19.

A psicóloga Aline Padilha Rabelo, neta do casal, contou ao G1 que, desde o início da pandemia, havia um revezamento entre os familiares nos cuidados com os idosos, que moravam em uma propriedade a cerca de 50 km do centro de São José dos Ausentes.

"Todo 'finde' era um filho responsável por vir, para fazer a lida de campo, do gado. Naquele fim de semana, era meu tio Odilon. Ele não tinha sintoma algum que pudesse gerar qualquer preocupação ou desconfiança", diz Aline.

 

Na semana passada, morreu o irmão, de 64 anos, de Francisco. A família não autorizou a divulgação do nome dele.

A informação da morte de Francisco foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde de Gramado. Ele foi presidente do Sindicato do Setor de Hotéis e de Empreendimentos Gastronômicos da Região das Hortênsias entre 2010 e 2013. Em nota, o sindicato se solidarizou com a família (veja abaixo).

 

12 testaram positivo

Segundo a psicóloga Aline Padilha, neta do casal Solon e Leonor, 12 pessoas da família testaram positivo para a doença. "Alguns já tiveram e não têm mais transmissão. Outros foram hospitalizados, mas receberam alta", afirma.

O tio de Aline, Odilon teve contato com outros irmãos e cunhados no fim de junho. Os sintomas começaram a aparecer uma semana depois.

"Ele achou que era uma síndrome gripal normal, mas não teve melhora no quadro. Na terça, dia 7 [de julho], ele consultou com um médico, que identificou uma infecção pulmonar e pediu que ele já ficasse hospitalizado. No fim da tarde foi transferido para a UTI", conta Aline.

Foi neste momento que, segundo ela, a família ligou um alerta para a saúde dos idosos. "Desde o dia 4, 5, por aí, eles já estavam debilitados, acamados. Na sexta, dia 3, um tio levou eles em uma consulta em São Joaquim (SC). Lá, eles fizeram um teste rápido, que deu negativo. O médico deu uma medicação e mandou eles ficarem em casa", comenta a psicóloga.

 

Após a internação de Odilon, Aline entrou em contato com a Secretaria de Saúde de São José dos Ausentes para que mandassem uma ambulância e fizessem uma avaliação médica nos avós.

"O médico entendeu a necessidade de eles serem hospitalizados, e foram levados para Vacaria. Existia a hipótese de que poderiam estar com Covid, então iniciaram o tratamento. Quatro dias depois, o teste RT-PCR deu positivo para ambos", conta.

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Por France Presse.

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, anunciou nesta terça-feira (28) que contraiu o coronavírus, mas disse que não apresentou sintomas. Ele sempre minimizou a gravidade da Covid-19.

"O mais incrível é que hoje você vê uma pessoa que teve o coronavírus e se recuperou enquanto continuava trabalhando. Ontem, os médicos chegaram a essa conclusão", disse ele, durante uma reunião com funcionários do Ministério do Interior.

"Graças a Deus, eu estou entre aqueles que não apresentaram sintomas", acrescentou Lukashenko, de acordo com imagens divulgadas na televisão pública.

O presidente bielorrusso é um dos poucos líderes do mundo que não impôs medidas de contenção obrigatórias em seu país diante da epidemia.

Amplamente criticado por sua gestão da crise do coronavírus, o presidente, que lidera a ex-república soviética desde 1994, chamou a pandemia de "psicose" e chegou a recomendar beber um pouco de vodka ou ir a uma sauna para evitar ficar doente.

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Por BBC.

A pandemia do novo coronavírus tem provocado desespero no Iraque, um país já castigado por uma série de guerras.

"Eu infectei minha mãe, meu pai, meus irmão e irmãs", diz o funcionário de um hospital do país a colegas, que tentam contê-lo.

"Eu matei minha mãe com minhas próprias mãos. Minha mãe estava saudável em casa, e eu trouxe o vírus até ela. Tudo porque eu trabalho no hospital", conclui, aos prantos.

O deserto iraquiano está se transformando em um enorme cemitério, onde já foram enterradas 3 mil vítimas da covid-19.

Os voluntários que fazem os enterros são da Força de Mobilização Popular do Iraque, grupo paramilitar formado para combater os extremistas do autointitulado Estado Islâmico.

Mas agora têm um novo inimigo invisível, e trocaram suas armas por máscaras e desinfetante.

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Por TV Bahia.

A cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, registrou 217 casos de dengue em uma semana, conforme o último boletim divulgado pela prefeitura na segunda-feira (27).

De acordo com os dados da prefeitura, de janeiro até o dia 17 de julho, a cidade havia registrado 2.134 casos de dengue. Já no último boletim, com dados até a última sexta-feira (24), a cidade havia registrado 2.351 casos.

Ainda conforme o último boletim, a cidade teve 10 casos de zika e 23 de chikungunya. Vitória da Conquista também já possui duas mortes por dengue hemorrágica em 2020.

A prefeitura alerta que a população precisa tomar cuidado dentro de suas casas, principalmente com o acúmulo de água em locais que podem tornar-se criadouros do mosquito aedes aegypti , transmissor da doença. Neste momento da pandemia do novo coronavírus, os agentes municipais não podem ter acesso aos imóveis para fiscalizar e combater as lavas, por isso a importância de uma população em alerta para os casos.

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Por Itana Alencar, G1 BA.

Sem receber medicação de alto custo pelo governo, baiana em tratamento de câncer raro faz apelo por vida — Foto: Arquivo pessoal

 

Imagine precisar de medicação para sobreviver e não ter esse direito plenamente assistido. Essa é a situação vivida pela baiana Karolline Hadeydi, de 35 anos, natural da cidade de Feira de Santana. Com diagnóstico de mieloma múltiplo – um tipo raro de câncer que atinge principalmente a medula óssea –, ela conta que está há mais de um mês sem receber os remédios do governo do estado.

Karolline descobriu o câncer em outubro de 2017 e, desde então, luta para estabilizar a doença. Durante boa parte do tratamento no Hospital das Clínicas de Salvador, a cerca de 100 km de Feira de Santana, ela faz a quimioterapia venosa, recebeu as medicações mensalmente e passou por transplantes.

"Cheguei a fazer transplante de medula óssea, mas esse tipo de câncer não tem cura, só tem tratamento, que é muito caro. Eu preciso muito da medicação para sobreviver, muito. Quando eu descobri a doença, eu tive anemia, fraqueza, fadiga. O meu medo é o câncer progredir para os ossos e os rins, porque é assim que ele evolui", explicou Karolline.

"Estou em desespero. Venho lutando contra essa doença, mas para que ela não progrida eu preciso do medicamento. Eu tenho relatório em mãos, que prova que a falta da medicação me faz mal".
 
 

Todo o tratamento de Karolline é feito pelo SUS porque a família não tem condição de arcar com o alto custo das medicações carfilzomibe e lenalidomida. Segundo ela, a caixa com 21 comprimidos chega a custar R$ 28 mil. Karolline entrou com processo na Justiça para que o governo da Bahia provesse a medicação dela, o que aconteceu. No entanto, ela conta que a disponibilização foi suspensa há mais de um mês.

"Eu tomava a medicação fornecida pelo estado há quase dois anos. Em dezembro do ano passado, eles faltaram com a medicação, mas eu me mobilizei nas redes sociais e eles voltaram a me oferecer o remédio. Agora já estou há mais de um mês sem tomar nada", detalha Karolline.

"A doença voltou a ativa, e estava sendo controlada. Já tem um tempo que eu estou suplicando ao estado. Sem ela, eu corro risco de morte".
Karolline Hadeydi é casada e tem dois filhos — Foto: Arquivo pessoal

Karolline Hadeydi é casada e tem dois filhos — Foto: Arquivo pessoal

 

Karolline é casada e tem dois filhos: os pequenos Eduardo, de 9 anos, e Matheus, de 5. Ela conta que o maior medo que sente, desde que descobriu o mieloma múltiplo e passa pelas dificuldades do tratamento, é deixar a família.

"Eu ainda sou nova e preciso continuar vivendo. Meus filhos pedem para que eu não fique triste, escrevem cartas. Quando mais o tempo vai passando, me faz ficar com mais medo. Eu tenho muito medo de morrer, não quero morrer. Eu tenho dois filhos e eles precisam de mim".
Filho de mulher em tratamento de câncer raro escreve carta a Deus por medicação — Foto: Arquivo pessoal>

Filho de mulher em tratamento de câncer raro escreve carta a Deus por medicação — Foto: Arquivo pessoal

Em seu perfil nas redes sociais, Karollina compartilha o andamento da sua situação e publicou a foto de uma das cartas de Eduardo. "Papai do céu, eu não quero ver minha mãe triste, faz o remédio dela chegar", escreveu o menino em uma delas.

Com a repercussão na internet, algumas famosas chegaram a compartilhar o caso de Karolline, como a atriz Tatá Werneck, e as influencers Mileide Mihaile e Evelyn Regly. Os pedidos de ajuda são, principalmente, para que Karolline e a família consigam custear o tratamento de forma ininterrupta, sem depender do governo.

Karolline teve apoio de influencers, como a blogueira Evelyn Regly — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Karolline teve apoio de influencers, como a blogueira Evelyn Regly — Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Ela e a família fizeram uma vaquinha online, para arrecadar R$ 60 mil. Até a publicação desta reportagem, ela já havia conseguido mais de R$ 40 mil, com a contribuição de cerca de 450 apoiadores. A vaquinha está disponível na internet.

"A gente está tentando levantar o valor para custear o tratamento, porque o estado vem faltando. Eu tenho uma doença que não pode esperar. Ainda não consegui o valor do tratamento, mas tenho esperança. Eu queria muito não depender mais do SUS, porque é um sofrimento para mim ter que pedir ajuda nas redes sociais, pedir apoio às pessoas. Eu me sinto humilhada Estou sendo deixada de lado. Eu tenho câncer e preciso muito desse tratamento para sobreviver".

Atrás de respostas, o G1 procurou a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), que informou que, na área técnica da secretaria, consta que o fornecimento está regular. A Sesab inclusive encaminhou um documento, assinado por Karolline, em 6 de julho deste ano.

G1 então levou novamente para Karolline, que disse que nesta data, esteve no Hospital das Clínicas para fazer a quimioterapia venosa, mas quando chegou lá, não conseguiu fazer porque não estava disponível. Ela disse ainda que assinou a documentação da medicação, mas que era referente ao mês de junho, quando recebeu apenas uma cartela com sete comprimidos, apesar do documento ter a data de julho.

A Sesab explicou, então, que que o fornecedor vai entregar a carfilzomibe na quarta-feira (29) e reafirmou que a lenalidomida está com entrega regular.

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Por G1 BA.

A tradicional romaria de Bom Jesus da Lapa, cidade no oeste da Bahia, foi cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus.

O evento religioso, um dos principais e maiores da Bahia, reúne milhares de fiéis em Bom Jesus da Lapa, cidade conhecida como capital baiana da fé. Diante da pandemia, não é será possível realizar aglomerações.

"A romaria nossa foi cancelada e não terá publico, as missas serão celebradas e transmitidas. Pedimos aos romeiros que fiquem em suas casas, não venham para Bom Jesus e acompanhem toda a programação pela televisão e redes sociais", disse o prefeito Eures Ribeiro.

Apesar do cancelamento presencial, missas serão realizadas de forma virtual, como forma de evitar aglomerações. O tema do evento este ano é "Bom Jesus vai até você".

Através do Facebook, Instagram e canal no Youtube (santuariolapa), os fiéis poderão conferir todo o novenário de 28 de julho a 5 de agosto. No dia 6 de agosto, uma programação especial começará com missa solene às 7h e terminará com uma live com o Padre Alessandro Campo às 19h30.

A prefeitura informou que todas as celebrações serão sem público, contando apenas com os celebrantes e profissionais de suporte para a transmissão.

 

Estão proibidos a subidas ao morro e a entrada de ônibus e coletivos na cidade (que já ocorre por lei estadual).

A gruta permanecerá aberta, mas só poderá ser visitada das 8h às 14h. Haverá limite de pessoas e tempo em visitação a gruta, haverá túnel de desinfecção na entrada e na saída, distribuição de máscaras, além do controle feito pela Guarda Municipal e Polícia Militar de circulação de pessoas no entorno do morro.

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Por G1 BA.

Uma festa que reuniu mais de 100 pessoas em uma casa de eventos de Luís Eduardo Magalhães, cidade do oeste da Bahia, foi interrompida por policiais e guardas municipais, no domingo (26). O local foi interditado e três pessoas, incluindo uma adolescente de 15 anos, foram levadas para a delegacia.

Segundo a polícia, havia muita aglomeração no local. As pessoas não usavam máscaras e consumiam bebidas alcoólicas.

Ainda de acordo com a polícia, o proprietário da casa de eventos já tinha sido notificado sobre a proibição de realização de eventos como medida para enfrentamento a Covid-19. Por causa disso, ele foi multado em R$ 2 mil.

Além dele, um outro rapaz e uma adolescente foram encaminhados para a delegacia para prestarem depoimento.

A festa foi encerrada durante fiscalizações montadas para evitar aglomeração de pessoas e também para o cumprimento dos decretos que visam combater a Covid-19. Em pouco mais de um mês, 22 locais foram interditados, 38 notificados e dois multados.

Até domingo, de acordo com o boletim epidemiológico, a cidade já tinha 832 casos da Covid-19, com oito mortos. Há um mês, Luís Eduardo Magalhães se tornou a cidade do oeste da BA com mais óbitos pelo novo coronavírus.

 
 
>Festa com mais de 100 pessoas em casa de evento é interrompida oeste da Bahia; local foi interditado. — Foto: TV Bahia / Reprodução

Festa com mais de 100 pessoas em casa de evento é interrompida oeste da Bahia; local foi interditado. — Foto: TV Bahia / Reprodução

 
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Por Carolina Dantas.

Dois estudos publicados nesta segunda-feira (27) avançam em evidências relacionados aos efeitos do Sars CoV-2 sobre o tecido do coração. Um deles, realizado com autópsias de 39 pacientes, mostra a presença do vírus no miocárdio em 60% dos casos. O outro estudo, que conta com 100 pacientes recuperados de Covid-19, mostrou que, em 78%, houve uma inflamação diagnosticada por ressonância magnética, mesmo semanas após a recuperação.

Os dois artigos chamam a atenção para a importância de um acompanhamento cardiológico durante e após a infecção por Covid-19. A "Jama Cardiology", revista que publicou as pesquisas, escreveu um editorial sobre o assunto, ressaltando a importância de os pesquisadores de todo o mundo continuarem a analisar os efeitos da Covid-19 no sistema cardiovascular.

Roberto Kalil, cardiologista e presidente do Instituto do Coração, em São Paulo, explica que muitas doenças virais podem atingir o coração causando quadros inflamatórios – denominados como "miocardite", mas afirma que o novo coronavírus atinge o sistema cardiovascular com mais frequência, muitas vezes deixando sequelas nos pacientes. Complicações como arritmias, infarto agudo, insuficiência cardíaca e tromboembolismo, por exemplo.

 

Kalil dá destaque aos resultados do segundo estudo. Em um tempo médio de 71 dias após a infecção, 100 pacientes passaram por ressonância para avaliar a saúde cardíaca. Após mais de dois meses, 78% ainda apresentavam inflamação no coração.

“Isso é muito importante. As complicações cardiovasculares precisam ser vistas com atenção. O vírus pode afetar qualquer estrutura do coração causando inflamação e trombose nos vasos e tecidos. Os autores mostram claramente que há comprometimento do músculo do coração, e que pode ser persistente semanas após a recuperação”, explicou.

O cardiologista explica que há chance de desenvolvimento de insuficiência cardíaca a longo prazo. “O que este estudo chama a atenção é que o paciente está há dois meses sem a infecção, mas mesmo assim ainda tem a inflamação no músculo do coração. Assim, em alguns casos, o músculo cardíaco pode enfraquecer, causando a insuficiência cardíaca”, afirma Kalil.

 
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