Por BBC.Médicos cubanos que permaneceram no país após o término de sua participação no programa Mais Médicos querem ajudar na contenção do coronavírus — Foto: Organização Pan-Americana de Saúde/ BBC

Médicos cubanos que permaneceram no país após o término de sua participação no programa Mais Médicos querem ajudar na contenção do coronavírus — Foto: Organização Pan-Americana de Saúde/ BBC

 

Médicos cubanos que permaneceram no país após o término de sua participação no programa Mais Médicos estão "ansiosos" para voltar ao trabalho e ajudar na contenção do coronavírus, disse à BBC News Brasil Niurka Valdes Perez, representante desses profissionais. Embora o governo de Jair Bolsonaro já tenha anunciado que vai convocá-los, ela diz que o chamado ainda não ocorreu.

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Segundo Perez, que preside a associação de médicos cubanos que ficaram no Brasil (Aspromed), há cerca de 2 mil profissionais que continuam no país. Sem poder exercer a profissão, muitos vivem de bicos e trabalhos informais. Eles se dividem em três grupos: os que se naturalizaram brasileiros, os que receberam o direito de residência permanente, e os que ficaram na condição de refugiados. Já a Embaixada cubana em Brasília diz que parte deles já retornou à Cuba, restando cerca de 1,6 mil no Brasil.

O Ministério da Saúde anunciou que vai contratar 5.811 profissionais para reforçar o enfrentamento ao coronavírus, com contratos de um ano de duração. O primeiro edital de convocação, no entanto, exige que a pessoa tenha registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Essa exigência exclui a imensa maioria dos médicos cubanos, que não possui o Revalida (exame para revalidar diplomas de medicina obtidos em outros países).

 

À BBC News Brasil, o ministério disse que os médicos cubanos só serão chamados na terceira convocação, prevista para ocorrer na próxima semana ou na seguinte. A previsão é de contratar cerca de 1,8 mil cubanos.

A primeira convocação, aberta até este domingo, está registrando grande procura. Até quinta-feira, já havia 7.167 inscritos. No entanto, a participação desses interessados só será confirmada após a verificação de documentos. Em convocações anteriores, houve também desistência de médicos brasileiros depois da distribuição pelas cidades do Brasil. Por isso, o Ministério da Saúde acredita que haverá convocação de cubanos.

Os médicos contratados na primeira convocação devem começar a trabalhar em abril. A bolsa-auxílio será de R$ 12,38 mil.

'Estamos sendo excluídos'Perez, que preside a associação de médicos cubanos que ficaram no Brasil (Aspromed), diz que há cerca de 2 mil profissionais que continuam no país. Sem poder exercer a profissão, muitos vivem de bicos e trabalhos informais — Foto: Waldemir Barreto/ Agência Senado/ BBC

Perez, que preside a associação de médicos cubanos que ficaram no Brasil (Aspromed), diz que há cerca de 2 mil profissionais que continuam no país. Sem poder exercer a profissão, muitos vivem de bicos e trabalhos informais — Foto: Waldemir Barreto/ Agência Senado/ BBC

O governo cubano encerrou sua participação no Mais Médicos em novembro de 2018, logo após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, em reação aos ataques dele aos profissionais de Cuba durante a campanha. Naquele momento, havia mais de oito mil médicos cubanos no país, cerca de metade do contingente do programa.

Porém, no final de 2019, o Congresso aprovou a reintegração dos médicos cubanos que permaneceram no Brasil ao Mais Médicos. Isso foi incluído pelos parlamentares na lei que criou o Médicos pelo Brasil, novo programa do governo federal que deve substituir futuramente o Mais Médicos e que é voltado apenas a médicos com CRM. Por isso, desde o início desse ano os cubanos estão na expectativa de serem recontratados.

 
"A ansiedade para trabalhar e ajudar está muito grande", disse Perez à reportagem. "Estamos vendo que estamos sendo excluídos, até porque o país nesse momento está em uma emergência e eles não usam nós dentro do Mais Médicos, nem falam para quando a gente vai ser chamado", reclamou ainda.

A estimativa do Ministério da Saúde é que 90% dos casos de Covid-19 (nome da doença causada pelo novo vírus) serão tratados nos 42 mil postos de saúde do país. A pasta recomenda que apenas os casos mais graves, que apresentem sintomas como febre, dor de garganta e dificuldade respiratória, recebam tratamento hospitalar.

 
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Segundo Perez, a expectativa dos médicos cubanos é justamente atuar nas unidades básicas de saúde, auxiliando na prevenção ao contágio do coronavírus.

"O programa Mais Médicos nos dá um registro médico autorizado pelo ministério. A gente não pode trabalhar em hospitais. Então, nosso trabalho seria em postos de saúde, em unidades básicas, como fizemos por cinco anos", afirma.

"A maioria de nós trabalhou num período longo no Brasil. Ou seja, conhecemos o SUS (Sistema Único de Saúde), conhecemos como é trabalhar com a população brasileira", reforça.
 

Estudantes serão convocados para atuação voluntária

Nesta quinta-feira (19), o Ministério da Saúde também anunciou que convocará estudantes do último ano dos cursos de medicina, enfermagem, fisioterapia e farmácia para trabalhar voluntariamente em postos de saúde e, sob supervisão, em hospitais. Esses estudantes serão treinados nos protocolos de atendimento no caso de coronavírus e receberão um bônus de 10% nas provas de residência médica. Os detalhes dessa iniciativa serão ainda divulgados por meio de portarias.

Além disso, o ministério está fazendo um cadastramento de todos os profissionais de saúde já formados do país, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, odontólogos e farmacêuticos, para que possam ser recrutados em caso de aumento da necessidade de força de trabalho.

"Então, já teremos um grande banco de dados daquele profissional que vai estar em casa ou que eventualmente só trabalha em um turno e pode disponibilizar outro turno do seu trabalho se, eventualmente, com o prosseguimento da situação de epidemia, nós necessitarmos de mais força de trabalho", disse a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro.

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Sexta, 20 Março 2020 14:24

Como o coronavírus é transmitido?

Por G1.

A transmissão do novo coronavírus ocorre pelo contato com o vírus, que é transportado por gotículas expelidas pela fala, tosse ou espirro de pessoas doentes. A infecção se dá quando estas gotículas entram em contato com a mucosa dos olhos, nariz e boca.

Estas gotículas com o vírus podem estar presentes no ar, ao serem expelidas, ou podem estar sobre superfícies contaminadas, como o rosto ou mãos, e objetos, como maçanetas, botões de elevador, corrimão, e apoios em transporte público, por exemplo.

Para evitar o contágio, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que se mantenha uma distância de 2 metros do indivíduo doente, segundo o infectologista Wladimir Queiroz, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, especialista em doenças infecciosas e parasitárias e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.

“O costume latino-americano de abraçar, beijar, manter contato mais próximo pode vir a ser um risco maior para essas culturas”, afirmou Queiroz.

A limpeza das superfícies também pode evitar a proliferação do vírus. Ela pode ser feita com produtos desinfetantes como álcool 70%, água sanitária ou até água com sabão.

O Ministério da Saúde alerta para que não seja feito o compartilhamento de itens pessoais, como talheres e toalhas.

 

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Substância está em medicamentos contra a malária, por exemplo. Presidente dos EUA pediu rapidez na liberação de remédios contra o novo coronavírus; agência reguladora defende continuidade dos testes clínicos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou nesta quinta-feira (19) que não tem recomendação para uso de medicamentos que contém hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento da Covid-19. As substâncias estão presentes em medicamentos contra a malária, reumatismo, inflamação nas articulações, lúpus, entre outros.

"Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da Covid-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação. Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde." – Anvisa

Ao menos quatro medicamentos apresentaram resultados positivos – mas ainda preliminares – em pesquisas científicas no tratamento da Covid-19. A cloroquina foi testada em um grupo muito pequeno em Marselha, na França, em 20 pacientes. O vírus desapareceu depois de seis dias.

O teste com o kevzara vai começar com pacientes em Nova York e vai ser expandido para 16 lugares. A intenção é estudar a reação em 400 pacientes em estado grave para entender o impacto na febre e falta de ar.

A China prometeu publicar em breve um estudo detalhado do uso do favipiravir, desenvolvido no Japão que, segundo médicos chineses, mostrou resultados promissores em 340 pacientes.

O Remdesivir salvou a vida de um paciente com a Covid-19 nos Estados Unidos, segundo o New England Journal of Medicine. Na Universidade de Nebraska, o médico brasileiro André Kalil lidera os testes com essa droga e espera ter um resultado preliminar nos próximos meses.

Apesar dos testes trazerem esperança, ainda é muito cedo para saber se esses remédios realmente serão eficazes no tratamento da Covid-19. Os especialistas são unânimes no alerta de que a automedicação pode causar um problema ainda maior do que o próprio coronavírus.

“Se simplesmente as pessoas começarem a receber qualquer tipo de medicação, não só vai haver o risco de pessoas morrerem em função das drogas em vez de morrerem em função do vírus, mas também, no final do surto, nós não vamos saber o que funciona e o que não funciona”, explicou Kalil.

Trump chama testes de tratamento para Covid-19 de animadores

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Sem estoques

Nos EUA, farmácias independentes e a Sociedade Americana de Farmacêuticos do Sistema de Saúde (ASHP) dizem que os estoques da hidroxicloroquina - droga para tratar malária - estão agora com oferta pequena com o aumento da demanda no meio da propagação do novo coronavírus.

 
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O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira aos reguladores de saúde do país para acelerar a aprovação de terapias potenciais com o objetivo de tratar a Covid-19, para a qual ainda não há tratamentos ou vacinas aprovadas.

Trump disse que o governo avalia a hidroxicloroquina e o medicamento antiviral exprimental da Gilead Sciences, o Remdesivir, que passa por testes clínicos para a doença respiratória.

"Atualmente trabalhamos com quatro distribuidores diferentes e desde hoje temos impossibilidades de encomendar tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina", que estão em atraso, disse David Light, chefe executivo da farmácia online Valisure, em um comunicado por e-mail.

"Kaletra e losartan estão sendo racionados, o que significa que podemos pedir apenas quantidades limitadas", acrescentou.

Kaletra, medicamento que faz parte do coquetel de tratamento para o HIV e é vendido pela AbbVie, e o genérico para tratamento de pressão arterial losartan também foram considerados com potencial para tratar o vírus, embora investigadores chineses tenham reportado que o Kaletra fracassou em melhorar os resultados para os pacientes da Covid-19 em estado grave.

Jeff Bartone, dono da Hock's Pharmacy em Ohio, disse que conseguiu comprar cinco frascos de hidroxicloquina nesta quinta, mas que em um intervalo de uma hora seu distribuidor já estava sem estoque do medicamento. Ele disse ter quatro fornecedores reserva mas que todos também estavam sem o medicamento.

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Por France Presse.

Metade dos estudantes do mundo, ou seja, mais de 850 milhões de crianças e adolescentes, estão sem aulas devido à pandemia de coronavírus, anunciou nesta quarta-feira (18) a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Com o fechamento total de escolas e universidades em 102 países e o fechamento parcial em outros 11 em consequência da pandemia da Covid-19, o número de estudantes sem aulas dobrou em quatro dias e deve continuar aumentando, destacou a organização em um comunicado.

"Isto impõe aos países desafios imensos para poder proporcionar um aprendizado ininterrupto a todas as crianças e jovens de maneira equitativa", afirmou a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.

Como resposta imediata ao fechamento das escolas, a Unesco criou um grupo de trabalho para proporcionar assessoria e assistência técnica aos governos, anunciou a instituição, que tem sede em Paris.

A organização também destacou que está organizando reuniões virtuais periódicas com os ministros da Educação de todo o mundo para compartilhar experiências e avaliar as necessidades prioritárias.

 
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Por RPC Foz do Iguaçu e G1 PR.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, anunciou o fechamento da Ponte Internacional da Amizade, na fronteira com o Brasil, que liga Cidade del Leste a Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O bloqueio iniciou a 0h desta quarta-feira (18).

A decisão foi divulgada na noite de terça-feira (17) pelo governo paraguaio, e a medida é válida por 15 dias. O objetivo é evitar a propagação do novo coronavírus.

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Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), até a noite de terça-feira, havia 12 casos confirmados do novo coronavírus e 240 casos suspeitos no Paraná. Em Foz do Iguaçu, há um caso suspeito, conforme o último boletim divulgado.

Antes da medida, cerca de 100 mil pessoas passavam por dia pela ponte que liga os dois países, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 

Segundo o governo paraguaio, paraguaios e estrangeiros residentes não podem mais ir para Foz do Iguaçu — Foto: Renan Gouveia/RPC

 

Quem pode passar pela ponte

Conforme a a migração paraguaia da Ponte da Amizade, durante esse período, paraguaios e estrangeiros que moram no país estão proibidos de sair do Paraguai.

As exceções são válidas para turistas sem documento paraguaio, caminhoneiros e veículos com mercadorias, e paraguaios que estejam em tratamento médico no Brasil.

Poderão entrar no Paraguai, segundo a migração do país, os moradores do país. Entretanto, eles terão que ficar em quarentena por 14 dias em casa.

O controle da quarentena, das pessoas que ingressarem, será feito pelo Ministério da Saúde do Paraguai, que irá registrar a entrada de todos no país pela Ponte Internacional da Amizade.

A medida do governo paraguaio é válida desde a 0h desta quarta-feira (18) — Foto: Cassiano Rolim/RPC

A medida do governo paraguaio é válida desde a 0h desta quarta-feira (18) — Foto: Cassiano Rolim/RPC

Estrangeiros irregulares

De acordo com a migração do Paraguai, com a nova medida do governo, os brasileiros que estavam irregulares no país vizinho não podem sair. Dependendo da situação, é necessário pagar uma multa equivalente a R$ 210 para que a pessoa possa voltar para Foz do Iguaçu.

“Os brasileiros, a maioria é estudante, que entraram no Paraguai sem registrar sua entrada, ou seja, entraram de forma irregular, agora estão tendo problema para sair. Porque eles não fizeram sua entrada e ao sair se pede a documentação de entrada. Sem ter isso, é gerada uma multa administrativa, de 253 mil guaranis", disse o chefe de migração do Paraguai, Adrián Mieres.

 

Com a medida, o exército paraguaio esteve com dois veículos militares na ponte durante a madrugada de quarta-feira.

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Por G1 BA.

O governo da Bahia anunciou na tarde desta quarta-feira (18) que as rodoviárias de Salvador, Porto Seguro, Prado e Feira de Santana, cidades com casos confirmados de coronavírus, serão fechadas totalmente, como prevenção ao novo coronavírus.

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Além disso, o governo informou que solicitará às agências nacionais de Aviação Civil (Anac) e de Vigilância Sanitária (Anvisa) a suspensão, em caráter emergencial, de voos saindo ou chegando de aeroportos baianos para o exterior e para cidades brasileiras com casos de contaminação comunitária, como Rio de Janeiro e São Paulo.

As medidas ocorrem pouco tempo depois do governador Rui Costa (PT) comunicar a suspensão do transporte intermunicipal.

“São medidas duras de restrição de circulação, mas são absolutamente necessárias para que vidas humanas sejam salvas”, conclui Rui.

Conforme a determinação, a partir de sexta-feira (20), nenhum veículo sairá ou chegará na rodoviária de Salvador, que estará fechada. A previsão é que a medida fique em vigor durante por 10 dias.

Com relação à suspensão dos voos, o governador Rui Costa afirmou que assinará os pedidos para a Anac e Anvisa ainda nesta quarta.

 

“A fim de suspender, imediatamente e em caráter emergencial, todos esses voos. Afinal, os casos registrados na Bahia são de pessoas que chegaram do exterior e dessas duas cidades”, explicou o governador.

Outras medidas

O governador determinou também a suspensão de eventos que reúnam mais de 50 pessoas em Salvador, Feira de Santana e Porto Seguro – cidades onde já tiveram casos confirmados –. A nota detalha anda que a medida vale para eventos de cunho religioso, político ou cultural. Há também a suspensão das atividades em ginástica de dança e ginástica.

Outra determinação é a medição da temperatura das pessoas que chegam no estado, seja por aeroportos, rodoviária e rodovias federais, principalmente em passageiros que vêm de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife – cidades em que a contaminação pelo coronavírus já considerada comunitária.

O aeroporto e rodoviária da cidade de Barreiras, no oeste da Bahia, aderiu à medição da temperatura antes do posicionamento do governo.

Postos avançados serão instalados nas BRs 116, 101 e 242, que ligam a Bahia ao centro-oeste do país. A medição da temperatura também será feita em passageiros de caminhões e ônibus. Quem apresentar temperatura elevada ou febre, não terá a entrada permitida no estado. Caso seja baiano, será orientado sobre os procedimentos que deve adotar.

Casos confirmados

Até esta quarta-feira (18), os casos confirmados na Bahia são:

  1. Mulher de 34 anos, de Feira de Santana, contaminada após retornar da Itália, com passagens por Milão e Roma, em 25 de fevereiro;
  2. Mulher de 42 anos, de Feira de Santana, trabalhadora doméstica que teve contato com a mulher de 34 anos;
  3. Idosa de 68 anos, de Feira de Santana, mãe da mulher de 42, que teve contato domiciliar com a 2ª paciente;
  4. Idoso de 73 anos, também de Feira de Santana, marido da mãe da trabalhadora doméstica, que teve contato domiciliar com as 2ª e 3ª pacientes;
  5. Mulher de 52 anos, de Salvador, que fez viagem recente à Espanha;
  6. Criança de 11 anos, de Salvador, filha da mulher de 52 anos, que também fez viagem recente à Espanha;
  7. Idoso de 72 anos, de Salvador, que fez viagem recente para a Itália;
  8. Homem de 49 anos, de Salvador, que fez viagem recente à Alemanha e Espanha;
  9. Mulher de 50 anos, de Feira de Santana, que fez viagem recente aos Estados Unidos;
  10. Homem de 53 anos, de Porto Seguro, que foi contaminado durante festa em Itacaré.
  11. Mulher de 35 anos, de Porto Seguro, que teve passagem pelos Estados Unidos Da América;
  12. Mulher, de 42 anos, de Porto Seguro, que teve contato com um paciente contaminado, que estava na festa de casamento da irmã de Gabriela Pugliesi, em Itacaré;
  13. Homem de 42 anos, de Prado, que teve passagem por Milão e Londres;
  14. Idoso de 72 anos, de Salvador, com histórico recente de viagem para São Paulo;
  15. Homem de 50 anos, de Salvador, internado em hospital particular;
  16. Idoso de 60 anos, de Salvador, internado em hospital particular.
  17. Homem, que é médico, e foi infectado quando atendia um dos primeiros pacientes contaminados com a Covid-19.
  18. Mulher, 71 anos, com histórico de viagem pela Espanha e Portugal, que segue internada e evoluindo bem
 

Notificações

A Bahia registrou 671 casos suspeitos de Covid-19 (coronavírus), de janeiro até esta quarta-feira, quando o último boletim da Sesab foi divulgado.

Desse total, 18 foram confirmados, e 278 aguardam análise laboratorial e 375 foram descartados. O diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode cursar com grau leve, moderado ou grave.

A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.

Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.

Publicado em BAHIA E REGIÃO
Diante do avanço da pandemia do novo coronavírus, o prefeito de Licínio de Almeida Frederico Vasconcelos, informou hoje que decidiu cancelar provisoriamente a inauguração da quadra poliesportiva Waldeck Ornelas, o aniversário da cidade e uma série de restrições a eventos públicos (veja vídeo abaixo), a fim de prevenir a pandemia do novo coronavirus que vem se expandindo em nosso país.
As aulas não serão suspensas mais o prefeito conscientiza a população a não levarem crianças com febre e sintomas de gripe para as escolas e aguardar o posicionamento mais concreto do governo do estado .
Publicado em LICÍNIO DE ALMEIDA

Por Fantástico. .
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Hospital no epicentro do coronavírus na China não tem mais pacientes infectados

 

Em toda a China, o número de infectados pelo coronavírus - que no começo de fevereiro chegou a 4.000 casos -, foi de apenas 30 neste sábado (14). A semana foi de celebrações no país.

Controlar o movimento de pessoas, testar a população e isolar os infectados foram as soluções encontradas pelos chineses.

Os casos suspeitos são avaliados e testados em áreas separadas nos hospitais. Os infectados graves são hospitalizados e todos os demais ficam em observação, mas não em casa.

Isso porque os chineses descobriram que uma pessoa infectada, mesmo sem sintomas, mas em isolamento domiciliar, estava espalhando o vírus para o resto da família. Lá, quase 80% das transmissões aconteceram dentro de casa, entre grupos familiares. Saiba mais no vídeo acima.

Publicado em BRASIL E MUNDO
Decreto estabelece que circulação de pessoas entre cidades fica restrita a motivos relacionados a trabalho ou saúde. Reuniões públicas passaram a ser proibidas.

A Itália amanheceu com as ruas desertas nesta terça-feira (10) após o governo ampliar as medidas de restrição de deslocamento para todo o país em uma tentativa de conter o pior surto de coronavírus da Europa.

O país tem o maior número de casos de Covid-19 fora da Ásia -- são 10.149 pessoas confirmadas com a doença e, até o momento, 631 mortes.

As medidas anunciadas na segunda pelo premiê Giuseppe Cont, ampliaram os isolamentos já em vigor na região da Lombardia, no norte da Itália, e em províncias vizinhas. Elas valem para toda a Itália até, ao menos, 3 de abril. Veja quais são:

  • Circulação de pessoas entre cidades fica restrita a motivos relacionados a trabalho ou saúde; passageiros devem ter uma declaração com a justificativa da viagem, que pode ser checada
  • Proibição de reuniões públicas, inclusive cerimônias religiosas como funerais e casamentos
  • Fechamento de bares e restaurantes deve ocorrer no máximo até as 18h
  • Fechamento de escolas e faculdades
  • Suspensão de todos os eventos esportivos, incluindo futebol
  • Limitação de visitas em hospitais e outras unidades de saúde
 
'No mercado só pode entrar 1 pessoa por família', contam brasileiros na Itália

'No mercado só pode entrar 1 pessoa por família', contam brasileiros na Itália

 Freira caminha pela Praça de São Pedro, no Vaticano, nesta terça-feira (10) — Foto: Reuters/Guglielmo Mangiapane

Freira caminha pela Praça de São Pedro, no Vaticano, nesta terça-feira (10) — Foto: Reuters/Guglielmo Mangiapane

"O futuro da Itália está em nossas mãos. Vamos todos fazer nossa parte, abdicando de algo pelo nosso bem estar coletivo", tuitou Conte, encorajando as pessoas a se comprometerem individualmente.

No decorrer do dia, as ruas de Roma estavam mais quietas que o normal. Moradores da cidade encontravam lugares com facilidade no metrô normalmente lotado durante o horário de pico matinal.

"Toda a Itália está fechada agora" foi a manchete do jornal "Corriere della Sera".

'Medo'

Vivendo na Itália há 15 anos, a veterinária goiana Yarla Carvalho, de 38 anos, diz que um clima de “medo e insegurança” se instaurou.

Ela vive com o noivo italiano em Santarcangelo di Romagna, na província de Rimini, no norte. As ruas da comunidade, sempre cheias de gente, estão vazias. “Nunca vi isso aqui. A Itália nunca parou. A gente fica chocada. Geralmente não tenho pânico, mas nesse caso dá medo. A gente não sabe o que pode acontecer, temos que esperar”, disse.Mulher tira foto sozinha na Fontana di Trevi, em Roma, um local geralmente lotado de turistas, e que agora está vazio por causa da restrição de deslocamento imposta pelo governo — Foto: Reuters/Guglielmo Mangiapane

Mulher tira foto sozinha na Fontana di Trevi, em Roma, um local geralmente lotado de turistas, e que agora está vazio por causa da restrição de deslocamento imposta pelo governo — Foto: Reuters/Guglielmo Mangiapane

 
Pouco depois de as medidas serem anunciadas, consumidores correram para comprar alimentos e produtos de necessidade básica nos supermercados, fazendo com que o governo afirmasse que mantimentos estariam garantidos e pedisse para as pessoas não entrarem em pânico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiou a resposta "agressiva" da Itália desde que os primeiros casos do vírus irromperam perto de Milão há cerca de três semanas, embora as perdas econômicas sejam grandes.

A Itália é o país europeu mais atingido pela atual onda da epidemia e o terceiro em nível mundial. O contágio veio à tona há mais de duas semanas e concentra-se em um punhado de locais no norte da Itália, mas agora foram confirmados casos em cada uma das 20 regiões do país, com mortes registradas em oito delas.

 Entregador pedala pelo Campo dei Fiori, em roma, no primeiro dia em que restrição de deslocamento imposta pelo governo está em vigor — Foto: Remo Casilli/Reuters

Entregador pedala pelo Campo dei Fiori, em roma, no primeiro dia em que restrição de deslocamento imposta pelo governo está em vigor — Foto: Remo Casilli/Reuters

Na segunda-feira, a bolsa de Milão caiu mais de 11%, registrando recuperação de 3% na terça. Os custos de empréstimos da Itália dispararam, revivendo temores de que uma economia já à beira da recessão e que luta com a segunda maior dívida da zona do euro possa mergulhar em crise.

"Vou assinar uma medida que podemos resumir como 'fique em casa'. Não haverá mais uma 'zona vermelha na península — a Itália inteira será uma área protegida", disse Conte durante o anúncio da ampliação de restrições.
 

Pessoas que precisem se deslocar de uma cidade para outra deverão ter um documento que comprove a justificativa. As autoridades italianas poderão verificar os documentos.

O transporte público, entretanto, continua em funcionamento. Segundo Conte, a medida foi tomada para permitir que as pessoas mantenham os trabalhos dentro da cidade e não piorar os efeitos econômicos do novo coronavírus na Itália.

 Homem caminha diante de loja de grife na Via dei Condotti, em Roma, nesta terça (10) — Foto: Remo Casilli/Reuters

Homem caminha diante de loja de grife na Via dei Condotti, em Roma, nesta terça (10) — Foto: Remo Casilli/Reuters

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Quarentena no norte da Itália

No sábado (7) o governo da Itália já havia decretado quarentena em toda região da Lombardia, incluindo a capital econômica do país, Milão, assim como a região de Veneza, o norte de Emiglia Romana e o leste de Piemonte. As medidas afetavam 16 milhões de pessoas e ao menos 16 províncias vizinhas.

A imposição de restrições implica um sacrifício econômico no curto prazo em uma tentativa de evitar uma epidemia mais severa.
Publicado em BRASIL E MUNDO

ASecretaria estadual de Saúde (Sesab) distribuiu para as secretarias municipais um plano de contingência para o enfrentamento ao novo coronavírus na Bahia [veja arquivo abaixo]. O documento foi enviado por e-mail para todos os gestores de saúde das 417 cidades baianas, mas também está disponível no site da Sesab.

O objetivo é preparar as cidades para o surgimento de novos casos da doença. Em um vídeo divulgado pela instituição, o secretário estadual Fábio Vilas-Boas solicita que os responsáveis pela pasta nos municípios estudem o plano e, se houver qualquer dúvida, mandem e-mail ou liguem para a Superintendência de Proteção e Vigilância da Saúde, cujo número é (71) 3115-4219/30.

“Ao longo dos próximos dias e semanas, quando surgirem novos casos suspeitos, que nós possamos ter um enfrentamento e decisões tomadas de forma mais ágil e coordenada”, ressaltou Vilas-Boas.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por G1.

Um estudo publicado nesta terça (10) na revista "The Lancet HIV" sugere que um paciente com o vírus HIV que foi submetido a um transplante de células-tronco não apresenta mais sinais de infecção.

A pesquisa, feita por cientistas de Universidade de Cambridge, apontou que não há mais sinais do vírus nas amostras de sangue do paciente, 2 anos e meio (30 meses) depois de ele interromper o tratamento antirretroviral contra o HIV.

É o segundo caso desse tipo em todo o mundo. O primeiro ocorreu em 2011, quando o chamado "paciente de Berlim" se tornou o primeiro a reportar a cura da infecção por HIV.

"Sugerimos que nossos resultados representam uma cura do HIV", afirmam os autores, depois de testarem amostras de sangue, tecido e esperma.

"Testamos um número considerável de lugares onde o vírus gosta de se esconder e praticamente tudo deu negativo", disse o professor Ravindra Gupta, um dos autores do estudo, à agência AFP.

Os pesquisadores apontam que restos do DNA do vírus foram detectados em algumas amostras de tecido, mas que estes seriam resquícios “fósseis”, incapazes de reproduzir o vírus.

"É difícil imaginar que todos os vestígios de um vírus que infecta bilhões de células foram eliminados", comemorou Gupta.

 

Tratamento

Este caso ficou conhecido como o “paciente de Londres”. Tanto ele como o anterior, de 2011, foram submetidos ao mesmo procedimento, que inclui duas sessões de transplante de células-tronco de doadores específicos – que possuem um gene resistente ao vírus. O objetivo é tornar o vírus incapaz de se replicar no corpo do paciente, substituindo as células de defesa pelas do doador.

O procedimento usado para os dois pacientes curados é considerado arriscado, ressalta Gupta.

"Temos que colocar na balança a taxa de mortalidade de 10% para um transplante de células-tronco. Não é um tratamento que seria oferecido amplamente a pacientes com HIV que estejam em um tratamento antirretroviral de sucesso", lembrou o cientista.

O primeiro caso deste tipo, o "paciente de Berlim", passou por um tratamento com radiação no corpo inteiro, e, depois, dois transplantes de células-tronco de um doador que tinha um gene resistente ao vírus HIV. Depois, foi feito um tratamento com quimioterapia.

Já este segundo caso, o "de Londres", passou por um transplante, um tratamento com quimioterapia de intensidade reduzida e não precisou de radiação. Em 2019, foi relatado que o vírus estava em remissão.

Comparado ao tratamento usado no paciente de Berlim, os autores destacam que o paciente de Londres representa um passo em direção a uma abordagem de tratamento menos intensiva, mostrando que a remissão a longo prazo do HIV pode ser alcançada usando esquemas de drogas de intensidade reduzida, com apenas um transplante de células-tronco em vez de dois e sem radiação total do corpo.

Mas, como o paciente é apenas o segundo a ter sucesso nesse tipo de tratamento, ele também continuará a ser testado regularmente para monitorar um possível reaparecimento do vírus.

Segundo o programa das Nações Unidas para a Aids, a UNAids, havia, em 2018, 38 milhões de pessoas vivendo com o vírus HIV em todo o mundo. No mesmo ano, cerca de 770 mil pessoas morreram de doenças relacionadas à Aids.

Publicado em BRASIL E MUNDO

Por João Souza, G1 BA.

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O primeiro caso de coronavírus foi confirmado na cidade de Feira de Santana, segundo o que divulgou o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, nesta sexta-feira (06). Conforme o secretário, a paciente é uma mulher de 34 anos, que retornou da Itália em 25 de fevereiro.
“O primeiro atendimento e as amostras foram coletadas em um hospital particular da capital baiana, sendo enviadas para a Fiocruz, no Rio de Janeiro. O resultado laboratorial confirmando o diagnóstico foi concluído hoje”, disse.
“Ressalto que trata-se de um caso importado. A paciente contaminou-se na Europa e veio manifestar os sintomas depois de ter chegado ao Brasil. Todas as medidas de contenção para garantir que não houvesse a contaminação de outras pessoas foram e estão sendo tomadas”, completou.
Ainda conforme o secretário, a paciente está em casa e ainda não apresentou sintomas da doença. No entanto, ela permanece isolada e estão sendo adotadas as medidas de precaução de contato. O monitoramento é realizado pelo CIEVS/BA e Sec Municipal de Saúde.
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Por G1.

Ella Rogers tem dois anos e anda de cadeira de rodas porque nasceu com espinha bífida, uma doença congênita que causa o fechamento incompleto da coluna do bebê e o impede de andar. No caso da menina, a doença a paralisou do meio do peito para baixo.

Recentemente, Ella ganhou de sua mãe uma Barbie em uma cadeira de rodas azul. A reação de surpresa e felicidade da menina foi gravada pela mãe e postada na internet. O vídeo viralizou.

“Ela tem uma cadeira de rodas”, diz a mãe, enquanto a criança segura a boneca, maravilhada. “Ela é igual a você!”

Após o vídeo ganhar o coração dos internautas, a fabricante da boneca enviou vários modelos de Barbie versão cadeirante para menina.

Ella nasceu no dia 3 de agosto e tem um irmão de 5 anos, Zachary. A família é de Ohio, nos Estados Unidos.Ella Rogers e o irmão Zachary. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Ella Rogers e o irmão Zachary. — Foto: Redes sociais/Reprodução

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Por G1 BA.

A Bahia registrou 49 casos suspeitos de Covid-19 (coronavírus), de janeiro até às 17h desta segunda-feira (2). A informação foi divulgada através de uma nota conjunta da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. Casos só são oficialmente reconhecidos como suspeitos após confirmação do Ministério da Saúde, o que ainda não ocorreu.

Desse total, 21 casos foram excluídos por não se enquadrarem no protocolo do Ministério da Saúde, 11 foram descartados laboratorialmente e 17 aguardam análise laboratorial.

Os municípios notificantes foram Camaçari (3 casos), Feira de Santana (3), Ilhéus (1), Itabuna (4), Jacaraci (2), Jequié (2), Lauro de Freitas (1), Salvador (26), Teixeira de Freitas (1), Tucano (1) e Vitória da Conquista (5). Estes números representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA) em conjunto com os Cievs municipais.

A pasta alertou que o paciente com diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode ter a doença em grau leve, moderado ou grave. A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.

Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.

Segundo o Ministério da Saúde, para um caso ser considerado suspeito, é necessário:

  • Situação 1: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
  • Situação 2: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (COVID-19), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
 
  • Situação 3: Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E contato próximo de caso confirmado de coronavírus (COVID-19) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Os países considerados área de transmissão são: Japão, Itália, Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Malásia, Singapura, Coreias do Sul e Norte, Tailândia, Vietnã, Cambodja e China.

O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). Na suspeita de coronavírus, é necessária a coleta de duas amostras, que serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA).

Para confirmar a doença, é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o genoma viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito.

Dicas de Prevenção

  • Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;
  • Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;
  • Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;
  • Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.
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Sábado, 29 Fevereiro 2020 20:50

Coronavírus: veja perguntas e respostas

Por G1.

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Por TV Bahia.

O virologista Gúbio Soares, do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA), desenvolveu junto à equipe dele um teste rápido que pode identificar o coronavírus em cerca de 3 horas.

Gúbio, que foi um dos pesquisadores que identificaram o zikavírus, conta que o teste é moderno e feito em uma máquina do instituto na Bahia. A técnica, conforme relatou, é a mesma que é usada na China, Alemanha e Estados Unidos.

"Nós usamos um teste específico para o coronavírus, que funciona só com coronavírus. Temos um equipamento mais moderno, muito mais sensível para todos os vírus que a gente queira trabalhar. Na realidade ele é um real time mais moderno, mais sensível, com resultado mais breve", explica.

O pesquisador conta que a extração do material genético do vírus é feita nesse equipamento.

"É um equipamento automatizado, não tocamos no material, colocamos com luva e máscara. A partir dali nós vamos extrair o material genético do vírus e vamos levar para outra máquina. Usamos a secreção da faringe", diz.

 Equipamento onde é feito teste rápido desenvolvido pela UFBA para identificar o coronavírus — Foto: Reprodução/TV Bahia

Equipamento onde é feito teste rápido desenvolvido pela UFBA para identificar o coronavírus — Foto: Reprodução/TV Bahia

 

Sobre o uso do equipamento, Gúbio conta que ele pode ser usado tanto pela rede pública, quanto a particular. Entretanto, ele explica que a rede pública tem um fluxo determinado pelo Ministério da Saúde, e que as amostras são processadas pelos laboratórios públicos.

"Meu objetivo é como foi com o zikavírus, que nós identificamos. Veio uma amostra de um hospital particular de Camaçari, e nós processamos essa amostra. Qualquer hospital que quiser mandar as amostras suspeitas para nós [do coronavírus], nós fazemos e damos o resultado ao hospital. Já existe uma normativa de fluxo para os laboratórios públicos, mas nós queremos oferecer nossa capacidade técnica, científica de um descobrimento de vírus, que a gente tem trabalhado aqui, para oferecer ao estado, ao país, à população, e beneficiar principalmente o povo", conta.

A Bahia não possui casos suspeitos de coronavírus. Já o Brasil tem nove casos suspeitos, mas nenhum confirmado. A doença já matou 637 pessoas na China.

Sobre a doença, o pesquisador diz que os brasileiros não têm motivo para preocupação, até mesmo com a chegada do carnaval.

"Esse vírus, já se sabe que ele vai ficar concentrado na China. Existe um controle muito grande do governo da China. Os casos que estão aparecendo no mundo são de turistas que estavam na China e voltaram para os seus países. A população brasileira não precisa entrar nesse medo excessivo, porque aqui no Brasil não vem muito turista chinês para o carnaval. E como a saída do chinês está mais difícil, até pelo controle do país, não vai chegar o vírus aqui no Brasil", diz.

Gúbio ainda explicou sobre a taxa de mortalidade e do público de alcance da doença.

"A taxa de mortalidade do vírus é muito baixa, é de 2%. Ele atinge, já se sabe, uma população com mais de 60 anos. Para que as pessoas venham morrer têm de ter uma deficiência imunológica, uma doença prévia. Eu acho que a população tem que se tranquilizar. Existe virologista no mundo inteiro já falando sobre isso, de que esse vírus não vai se disseminar, ele vai se controlar na China", conta.

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Por Vanessa Martins, G1 GO.

Brasileiros que embarcaram em Wuhan, na China, a caminho de Anápolis, compartilharam fotos da viagem de volta ao Brasil nesta sexta-feira (7). Nas imagens, eles relatam que passaram por um check-up antes de embarcar e a ansiedade de voltar para casa.

Todos aparecem usando máscaras cirúrgicas e, dentro do voo, há pessoas com roupas de proteção para o corpo todo 

Chegando ao Brasil, eles ficarão hospedados nos Hotéis de Trânsito da Base Aérea de Anápolis, a 55 km de Goiânia. As 38 suítes com aparelhos de ar-condicionado, TVs e frigobar estão prontas para recebê-los.

Entre os brasileiros que estão voltando de Wuhan estão a pequena Isabela Lassalle Zhang e a mãe dela, Hui Zhang, de 33 anos. Elas estavam há três meses na China. Foram para que os familiares conhecessem a nova bebê da família e não puderam voltar.A pequena Isabela Lassalle Zhang no avião a caminho de Anápolis — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal/Hui Zhang

A pequena Isabela Lassalle Zhang no avião a caminho de Anápolis — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal/Hui Zhang

Entenda quem são os tripulantes, repatriados e estrangeiros que embarcaram:

Fazem a viagem completa e ficarão em quarentena em Anápolis 34 passageiros:

  • 4 chineses casados com brasileiros;
  • 7 crianças com idades entre 2 e 12 anos;
  • 23 brasileiros adultos – casais e homens e mulheres solteiros (sendo três diplomatas).

A tripulação das aeronaves é formada por:

  • 14 médicos
  • 8 tripulantes
  • 2 jornalistas

Estrangeiros que tiveram autorização do governo federal para embarcar, mas que desembarcarão em escalas que serão feitas no meio do caminho até Anápolis:

  • 4 poloneses;
  • 1 indiano;
  • 1 chinês.
 Brasileiros passando por check-up em Wuhan antes de embarcar para o Brasil — Foto: Reprodução/Instagram

Brasileiros passando por check-up em Wuhan antes de embarcar para o Brasil — Foto: Reprodução/Instagram

Cuidados

A previsão da Força Aérea Brasileira (FAB) é de que o grupo chegue a Anápolis até a madrugada de domingo (9).

 

Durante o tempo que ficarem na Base Aérea, só poderão sair dos quartos usando máscaras cirúrgicas. Eles devem ter seus sinais vitais monitorados três vezes ao dia. Diante de qualquer alteração mais grave no quadro clínico, a pessoa envolvida será transportada, caso necessário, para o Hospital de Base, em Brasília.

Após o período de quarentena, os brasileiros podem ir para suas respectivas cidades. Depois, caso queiram voltar para a China, as despesas são por conta própria.

 Base Aérea de Anápolis conta com brinquedoteca, área verde e espreguiçadeiras — Foto: Sílvio Túlio/G1

Base Aérea de Anápolis conta com brinquedoteca, área verde e espreguiçadeiras — Foto: Sílvio Túlio/G1

Rotina na quarentena

A FAB deu detalhes sobre as adaptações que estão sendo feitas na Base Aérea de Anápolis para receber o grupo. Foram adquiridos itens novos como roupas de cama, berços, fraldas e até cortinas com material anti-alergênico.

Veja o que será oferecido aos repatriados na quarentena:

  • Seis refeições diárias: café, colação, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia (acompanhados por nutricionistas);
  • Videogame, brinquedoteca, jogos, biblioteca, apresentação de bandas militares;
  • Internet, TV a cabo, frigobar e geladeira sem itens alcóolicos;
  • Serviço religioso;
  • Emergência odontológica;
  • Apoio psicológico e pedagógico.
 Espaço para banda militar se apresentar aos repatriados na Base Aérea de Anápolis Goiás — Foto: Sílvio Túlio/G1 GO

Espaço para banda militar se apresentar aos repatriados na Base Aérea de Anápolis Goiás — Foto: Sílvio Túlio/G1 GO

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Por G1.

Brasil poderá ter 625 mil novos casos de câncer em 2020, estima Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão ligado ao Ministério da Saúde. Entre eles, 50,3% deverão ocorrer em homens e 49,7% em mulheres.

Os números foram divulgados nesta terça-feira (4) e fazem parte do estudo "Estimativa 2020", produzido pelo Inca com base em registros populacionais do país e de hospitais de câncer.

  • Casos de câncer devem aumentar 81% nos países pobres até 2040, alerta OMS

De acordo com a instituição, a melhor forma de evitar os casos é a prevenção. O Inca cita como exemplo os casos de câncer de pulmão, que tiveram redução com as políticas de incentivo contra o fumo. A entidade afirmou, também, que outras indústrias precisam entrar nos esforços de prevenção, como a indústria de alimentos.

Tipos mais recorrentes

De acordo com a publicação, os tipos mais incidentes no País serão os de pele não melanoma, mama, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago.

 Câncer no Brasil: estimativa do Inca aponta incidência de novos casos em 2020 — Foto: Infografia/G1

Câncer no Brasil: estimativa do Inca aponta incidência de novos casos em 2020 — Foto: Infografia/G1

 

Regiões

O Nordeste concentra maior incidência de câncer de próstata, segundo as estimativas do Inca. A taxa é de 72,35 a cada 100 mil habitantes.

Entre as mulheres, o maior número de casos de câncer de mama e se concentra na região Sudeste, com 81,06 a cada 100 mil habitantes.

Taxas brutas de incidência para os principais tipos de câncer para homens*

Brasil Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
Próstata (62,95) Próstata (29,39) Próstata (72,35) Próstata (65,29) Próstata (63,94) Próstata (62,00)
Cólon e reto (19,63) Estômago (11,75) Traqueia, brônquio e pulmão (11,01) Cólon e reto (15,40) Cólon e reto (28,62) Traqueia, brônquio e pulmão (31,07)
Traqueia, brônquio e pulmão (16,99) Traqueia, brônquio e pulmão (9,24) Estômago (10,63) Traqueia, brônquio e pulmão (15,11) Traqueia, brônquio e pulmão (18,10) Cólon e reto (25,11)
Estômago (12,81) Cólon e reto (5,27) Cólon e reto (8,91) Estômago (9,38) Estômago (13,99) Estômago (16,02)
Cavidade oral (10,69) Leucemia (4,45) Cavidade oral (7,65) Cavidade oral (8,94) Cavidade oral (13,58) Cavidade oral (14,48)

Taxas brutas de incidência para os principais tipos de câncer para mulheres*

Brasil Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
Mama (61,61) Mama (21,34) Mama (44,29) Mama (45,24) Mama (81,06) Mama (71,16)
Cólon e reto (19,03) Colo do útero (21,20) Colo do útero (17,62) Colo do útero (15,92) Cólon e reto (26,18) Cólon e reto (23,65)
Colo do útero (15,43) Cólon e reto (6,48) Cólon e reto (10,79) Cólon e reto (15,24) Glândula tireoide (17,21) Traqueia, brônquio e pulmão (18,66)
Traqueia, brônquio e pulmão (11,56) Traqueia, brônquio e pulmão (6,47) Traqueia, brônquio e pulmão (8,86) Traqueia, brônquio e pulmão (10,87) Traqueia, brônquio e pulmão (12,09) Colo do útero (17,48)
Glândula tireoide (11,15) Estômago (6,03) Glândula tireoide (7,98) Glândula tireoide (8,12) Colo do útero (12,01) Estômago (9,15)

Mundo

Segundo o Inca, 7,6 milhões de pessoas morrem em todo o mundo por causa do câncer a cada ano. Mais da metade delas, 4 milhões, têm entre 30 e 69 anos. A previsão, segundo o Inca, é que 6 milhões de pessoas morram prematuramente por ano até 2025, caso não sejam adotadas medidas de prevenção.

 

Nesta terça, a OMS também divulgou dados sobre o câncer. Segundo a organização, os registros da doença aumentarão cerca de 81% nos países em desenvolvimento até 2040.

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (3), a ONU alerta que se as tendências atuais se mantiverem, o mundo registrará um aumento global de 60% dos casos de câncer nas próximas décadas.

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por inforeciade.
Antes do diagnóstico ser feito, a prefeitura municipal de Jacaraci informou que o paciente era suspeito de infecção pelo vírus 2019-nCov.
Mais cedo, a Sesab informou que o caso não se enquadrava nos parâmetros colocados pelo Ministério da Saúde, com base nos protocolos internacionais da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a doença. Imagem ilustrativa.

O homem que deu entrada no Hospital Couto Maia, em Salvador, com suspeita inicial de coronavírus, foi diagnosticado com Influenza A. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (29), pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab).

De acordo com a pasta, a doença foi confirmada após passar por uma série de análises laboratoriais feitas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).

O paciente é um cidadão japonês que vive no distrito de Irundiara, na cidade de Jacaraci. Recentemente, ele voltou do seu país de origem, que tem quatro casos oficiais da doença. Ele visitou o Japão, com escala nos Estados Unidos, e veio para a Bahia.

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:

•    evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
•    realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
•    utilizar lenço descartável para higiene nasal;
•    cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
•    evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
•    higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
•    não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
•    manter os ambientes bem ventilados;
•    evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
•    evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
•    profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

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O paciente, com o quadro estável, foi transferido, via sistema de regulação, para o Hospital Couto Maia, em Salvador onde serão realizados os exames complementares para definição do diagnóstico.

Em Nota divulgado nesta quarta-feira (29), a Prefeitura de Jacaraci se manifestou sobre o caso de um paciente, suspeito de infecção pelo vírus “2019-nCov” (Corona Vírus), que foi atendido e mantido em isolamento no Hospital Municipal Nossa Senhora da Conceição.

Segundo a Prefeitura, o caso em questão se trata de um indivíduo que chegou do Japão no sábado (25) e apresentou sintomas da Síndrome Respiratória Aguda. “Ressaltamos, que o paciente é Japonês, não esteve na China, mas teve contato com chineses durante o vôo que o trouxe ao Brasil, motivo pelo qual o serviço de saúde municipal emitiu uma notificação epidemiológica.” Ressalta a Nota.

De acordo com a Prefeitura, todas as providências recomendadas pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, bem como da OMS – Organização Mundial de Saúde, foram tomadas de forma imediata pela equipe de saúde do município.

O paciente, com o quadro estável, foi transferido, via sistema de regulação, para o Hospital Couto Maia, em Salvador onde serão realizados os exames complementares para definição do diagnóstico.

Paciente foi atendido e mantido em isolamento no Hospital Municipal Nossa Senhora da Conceição.

 
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Por G1 BA.

Suspeito de envolvimento na morte de catador de recicláveis é ouvido e liberado

 

O homem suspeito de pagar R$ 20 para o catador de materiais recicláveis que morreu após ingerir garrafa de bebida alcoólica se apresentou à polícia nesta quarta-feira (22), na cidade de Feira de Santana, cidade a 100 quilômetros de Salvador.

Segundo informações do delegado Alisson de Carvalho, que investiga o caso, o homem confessou que comprou a bebida que Wellington Cardoso da Silva, de 39 anos, ingeriu e também pagou o dinheiro para o catador de materiais recicláveis.

De acordo com o delegado, o homem foi liberado após ser ouvido, porque o caso não se configurou como um crime.

CasoWellington morreu no dia 8 de janeiro, em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador. — Foto: Reprodução / TV Bahia

Wellington morreu no dia 8 de janeiro, em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador. — Foto: Reprodução / TV Bahia

 

O caso ocorreu no dia 8 de janeiro. O homem só foi enterrado um dia depois. A bebida que ele ingeriu foi oferecida por um grupo de colegas da vítima. Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram o momento da "aposta".

A sobrinha de Wellington Cardoso da Silva, de 39 anos, afirmou ao G1, dois dias depois que o tio morreu, que o caso foi uma monstruosidade.

"Ele era bem conhecido e alegre. O povo se aproveitou da vulnerabilidade dele, que sempre bebia, e fez isso tudo. Isso foi uma monstruosidade. Ele deixou uma filha de 13 anos. A gente contou a ela. Está todo mundo em choque. Foi uma coisa que a gente não esperava. É uma coisa que abalou a todos nós. É uma coisa difícil para gente", disse Carolaine da Silva Santana.

Homem desmaiou e foi socorrido em uma carroça e levado para hospital, mas não resistiu  — Foto: Reprodução/ TV Bahia

Homem desmaiou e foi socorrido em uma carroça e levado para hospital, mas não resistiu — Foto: Reprodução/ TVBahia

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Por Vanessa Ortiz, G1 Santos.

Ana Lívia de 1 ano tem medula 100% compatível com a irmã Yasmim — Foto: Divulgação/Ingrid Alves

 

A luta da pequena Yasmim Marques Brito, de apenas 7 anos, por um doador de medula 100% compatível acabou. A menina de Cubatão (SP) tem leucemia mielóide aguda (LMA) - uma doença rara e que geralmente acomete pessoas com mais de 55 anos. A irmãzinha dela, Ana Lívia, de apenas 1 ano, é 100% compatível e poderá ser a doadora que Yasmin tanto buscava.

Em entrevista ao G1, a mãe Daniela Cristina Marques de Araujo Brito informou que a filha tinha apenas três meses para conseguir encontrar um doador compatível já que, de acordo com os médicos, ela não poderia passar por muitos ciclos de quimioterapia.

“Isso pode ser muito prejudicial à saúde dela conforme a médica me falou. Essas doses são bem intensas, 10 vezes mais intensas do que ela tomou anteriormente. Quanto mais doses de quimioterapia ela tomar, mais perigoso é para ela", conta a mãe.

A descoberta do doador aconteceu na noite de terça-feira (21), quando a médica responsável pelo tratamento de Yasmim entrou em contato com a mãe. “Ela falou que haviam encontrado. Estávamos achando que seria eu ou o pai porque os médicos disseram que a chance era de 50% para nós e 25% para a irmã. Foi coisa de Deus, elas são idênticas geneticamente. Quando ela deu a notícia, foi uma alegria danada”, revela a mãe emocionada.

 

Agora, a menina faz parte dos 30% dos pacientes com indicação de transplante de medula que têm um doador totalmente compatível, conforme informado pela oncologista pediátrica do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), Ana Virgínia.

Após a notícia, a primeira reação da mãe foi chorar e abraçar as enfermeiras que cuidam da garota, que permanece internada no Hospital do Graacc, em São Paulo. No fundo, a mãe diz que sabia que a mais nova teria vindo ao mundo para fazer a diferença na vida da irmã.Irmãs são geneticamente iguais, conforme relata a mãe — Foto: Divulgação/Tania Ramalho

Irmãs são geneticamente iguais, conforme relata a mãe — Foto: Divulgação/Tania Ramalho

“Foi uma gravidez inesperada e eu tive complicações no final que quase me fizeram perdê-la. Mas, no fim deu tudo certo. Na época em que a Yasmim descobriu a leucemia, a Ana tinha pouco mais de um mês. Dentro do meu coração eu tinha certeza que seria ela, até cheguei a comentar isso com a doutora”.

Ainda não há previsão para o transplante de medula. Na próxima semana, Yasmin deve receber alta médica e ir para a casa. Logo depois, será encaminhada para um especialista no procedimento, que iniciará o processo pré-transplante.

Para a mãe, o tratamento já deu certo. “Ela está reagindo muito bem a todos os procedimentos feitos até agora. A vontade dela de vencer vai além. Deus é maravilhoso. Ela tinha três meses para achar o doador e, em menos de um, achamos um dentro de casa. A neném veio na hora certa”, finaliza.

 

Descoberta da doença

Yasmim recebeu o diagnóstico no dia 15 de março de 2019, após a menina apresentar manchas na esclera, a membrana branca do olho. Com a descoberta, ela deu início ao tratamento e, após cinco sessões de quimioterapia, em agosto, a medula de Yasmim entrou em remissão, ou seja, quando não há mais sinais de atividade da doença no sangue.

O acompanhamento médico continuou mensalmente para saber se a leucemia realmente havia ido embora. Em dezembro, os exames estavam sem alterações e sem sinais de células cancerígenas. Pouco depois, a garota começou a reclamar de dor nas pernas.

“Apesar disso, ela não parava, brincava o dia todo. Resolvi comentar com a médica e a equipe passou a investigar. No dia 6 de janeiro, quando voltamos para a consulta de rotina, a médica me deu a notícia de que a doença havia voltado”, informa Daniela.

 Yasmin Marques tocou o 'sino da cura' em dezembro   — Foto: Daniela Cristina Marques/Arquivo pessoal

Yasmin Marques tocou o 'sino da cura' em dezembro — Foto: Daniela Cristina Marques/Arquivo pessoal

Leucemia Mieloide Aguda

Conforme explica Victor Gottardello Zecchin, diretor clínico e coordenador do Centro de Transplantes de Medula Óssea do Hospital do Graacc, a leucemia é o ‘câncer do sangue’. As células sanguíneas são produzidas pela medula óssea, que é um órgão líquido localizado no interior dos ossos.

“O tempo todo nosso organismo produz células com defeitos, que passam por vários processos de ‘checagem’ antes de serem liberadas para a circulação. Se é detectado algum erro na célula, nosso organismo a destrói. Eventualmente, alguma destas células defeituosas escapa destes processos e começa a gerar outras células iguais a ela, todas com defeito, o que dá origem ao câncer”, esclarece.

 

O médico informa que a necessidade de transplante de medula ocorre em casos de alto risco ou então quando a doença é tratada e volta a aparecer. Ainda de acordo com ele, o resultado do transplante depende de uma série de fatores, porém, ainda hoje os melhores resultados são obtidos com um doador familiar (em geral, o irmão ou irmã) totalmente compatível.

 Yasmim Marques Brito, de Cubatão, SP, luta contra leucemia mielóide aguda — Foto: Arquivo pessoal

Yasmim Marques Brito, de Cubatão, SP, luta contra leucemia mielóide aguda — Foto: Arquivo pessoal

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Por Adriano Oliveira, G1 Ribeirão Preto e Franca.

Geladeira limpa, cama nova, televisão funcionando. Roupas lavadas na gaveta e lençóis com cheiro de amaciante. Elídia de Oliveira, de 72 anos, mal reconhece a própria casa, após a limpeza que terminou com a retirada de 10 caminhões de lixo em Ribeirão Preto (SP).

Acumuladora, a idosa passou cerca de 10 anos guardando roupas velhas, móveis quebrados, materiais recicláveis, entulho e lixo doméstico dentro do imóvel. A situação estava crítica e o caso foi denunciado ao Comitê de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação.

“Ainda não fizemos tudo, mas só de lavar ficou lindo. Não tenho por que não estar feliz. Olha tudo isso que fizeram para mim! Agora, tem que conservar, senão, de que adiantou fazer tudo isso? É daqui para melhor, não pode parar”, afirma.Elídia de Oliveira, de 72 anos, conta que perdeu o controle em relação ao acúmulo de lixo — Foto: Adriano Oliveira/G1

Elídia de Oliveira, de 72 anos, conta que perdeu o controle em relação ao acúmulo de lixo — Foto: Adriano Oliveira/G1

Elídia diz que comprou o imóvel, no Jardim Marchesi, na década de 1960. O local ficou alugado por muitos anos, enquanto ela vivia com a mãe na casa de um irmão, em um bairro vizinho. No início dos anos 2000, ela e o filho adotivo, de 22 anos, voltaram a morar na residência.

Desde então, a compulsão por recolher e guardar lixo dentro de casa foi se agravando, principalmente após a morte do marido. A idosa conta que perdeu o controle e já não encontrava mais solução para o problema, apesar dos alertas do filho.

“Tinha pedido a Deus alguém para me ajudar, para a minha casa ficar, pelo menos, uma casa mesmo. Eu dizia: ‘meu Deus, não estou entendendo o que tenho que fazer, sozinha é tão ruim, se tivesse alguém para me ajudar seria tão bom’, e vieram”, diz.Elídia de Oliveira conversa com agente de saúde e a coordenadora do Comitê de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação, Kelly Cristina de Oliveira — Foto: Adriano Oliveira/G1

Elídia de Oliveira conversa com agente de saúde e a coordenadora do Comitê de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação, Kelly Cristina de Oliveira — Foto: Adriano Oliveira/G1

Recuperação

Elídia já é acompanhada pela equipe do programa Saúde da família, mas deve receber tratamento para controlar a compulsão, conhecida como “Síndrome de Diógenes”, segundo explicou a coordenadora do Comitê Intersecretarial, Kelly Cristina da Silva.

“Ela perde a memória às vezes. Se ela não esquecesse tanto, estaria em uma condição muito melhor. Mas, o filho está junto e cuida”, afirma. “A gente montou uma pasta com o caso dela, tem que acompanhar, tem que receber visita frequente”, completa.

Tudo o que estava na casa de Elídia foi descartado, inclusive objetos pessoais dela e do filho, em um mutirão que teve início na segunda-feira (9) e durou três dias. Segundo Kelly, cerca de 20 ratos e cinco escorpiões foram mortos pelas equipes em meio ao lixo acumulado.

 Equipes de limpeza retiram lixo da casa de Elídia de Oliveira, de 72 anos — Foto: Alexandre de Azevedo/Prefeitura de Ribeirão Preto

Equipes de limpeza retiram lixo da casa de Elídia de Oliveira, de 72 anos — Foto: Alexandre de Azevedo/Prefeitura de Ribeirão Preto

O imóvel está sendo mobiliado a partir de doações. Kelly previa pintar os cômodos e cimentar o quintal ainda neste final de semana, mas descobriu que há telhas quebradas na cozinha. A coordenadora do Comitê está providenciando os reparos necessários.

“De imediato, foram disponibilizadas cama, cômoda, TV, depois vem o restante. Os móveis, eu consegui como doação. Areia e pedra, já consegui. Já liguei em uma loja de tintas para pedir doação, tem um irmão de igreja do dono que pode pintar”, diz Kelly.

A coordenadora do Comitê explica que entre os 10 caminhões de objetos recolhidos da casa, dois foram cheios com recicláveis. A venda desses materiais possibilitou arrecadar dinheiro para comprar alimentos à idosa, que recebe Benefício de Prestação Continuada (BPC).

 Elídia de Oliveira, de 72 anos, acumulava lixo dentro de casa em Ribeirão Preto — Foto: Kelly Cristina da Silva/Arquivo pessoal

Elídia de Oliveira, de 72 anos, acumulava lixo dentro de casa em Ribeirão Preto — Foto: Kelly Cristina da Silva/Arquivo pessoal

“Estou guardando o dinheiro para comprar fogão, panelas. Ela ainda precisa de panela de pressão, copos, pratos. Quando eu faço, faço como se fosse para mim. Sempre acompanho tudo e me preocupo com o depois, que é o mais importante”, explica.

Elídia comemora o recomeço aos 72 anos de idade. Para superar a compulsão, a dona de casa também espera contar com o apoio dos vizinhos, que sempre lhe oferecem alimentos. Nesta quinta-feira (12), por exemplo, o almoço foi feito por uma das moradoras da rua.

“Vão me deixar mal acostumada. Até para assistir TV eu tenho lugar agora. A cama serve de cadeira e para dormir. Você viu meu relógio? Também estou roupa nova. Não vou pegar mais nada, não. Se pegar, meu filho cata e joga fora, ele também cuida de mim”, diz.

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Por Fabio Manzano e Patrícia Figueiredo, G1.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na terça-feira (3) a venda de produtos à base de cannabis para uso medicinal no Brasil, mediante prescrição médica.

O tipo de prescrição médica indicada para cada tratamento vai depender da concentração de tetra-hidrocanabidiol (THC), que é o principal elemento tóxico e psicotrópico da planta, ao lado do canabidiol (CBD), conhecido por seus efeitos analgésicos e anticonvulsivantes.

Estudos científicos já mostraram como essas duas substâncias atuam na redução de crises de epilepsia e dores crônicas. No entanto, o uso dos derivados de maconha para outras condições, como enxaqueca e Mal de Parkinson, por exemplo, ainda precisa ser estudado mais a fundo, de acordo com especialistas ouvidos pelo G1.

 

Por isso, entidades médicas como Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) se posicionaram contra a regulamentação do plantio de cannabis no Brasil. Já a agência reguladora de medicamentos norte-americana (FDA) autoriza, desde junho de 2018, o uso de CBD no tratamento de epilepsia.

 

Abaixo, entenda quais são os principais efeitos dos produtos derivados de maconha, como as principais substâncias agem no organismo e quais doenças elas podem combater:

Indicações médicas

As principais indicações médicas dos produtos derivados de cannabis são para tratar:

  • Crises epiléticas, especialmente em crianças
  • Dores neuropáticas
  • Náuseas decorrentes de quimioterapia
  • Sintomas do autismo
  • Agitação noturna em pacientes com demência
  • Espasmos decorrentes da esclerose múltipla
 

Segundo Alexandre Kaup, neurologista do hospital Albert Einstein, esses são os usos "comprovadamente eficientes" das substâncias CBD e THC.

  • Decisão da Anvisa vai ajudar brasileiros que sofrem com doença crônicas, diz associação

Além dessas utilizações, também há estudos preliminares que trazem indícios de que o CBD e o THC têm efeitos positivos para controle de:

  • Mal de Parkinson
  • Alzheimer
  • Enxaqueca crônica
  • Sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  • Glaucoma
  • Ansiedade
  • Artrite

Para Kaup, ainda faltam estudos com grande amostragem de pacientes para comprovar que os derivados de maconha também podem ser usados no tratamento dessas doenças.

Segundo o analista de desenvolvimento regulatório e projetos científicos da HempMeds Brasil, Gabriel Barbosa, a maior parte das importações de substâncias derivadas da maconha para tratamento são as do óleo de canabidiol, que contém tanto CBD quanto uma pequena quantidade de THC.

"Trata-se de uma mistura de um óleo integral com o extrato da planta", explicou. "Os canabinoides são lipossolúveis, o que significa que se diluem na gordura, e não na água. E é um produto que não tem somente o CBD, mas mais de 500 componentes."

Com esta forma de extração, o canabidiol atua em conjunto com outros componentes para melhores resultados. "Além das propriedades do CBD, há na solução flavonoides, que têm efeitos anti-inflamatórios", ressaltou Barbosa.

 

No país, pacientes com quadro de epilepsia são os que mais buscam o medicamento, segundo a HempMeds. No entanto, o cenário é diferente nos Estados Unidos, onde o maior uso de medicamentos à base de maconha é feito por pacientes em tratamento de transtorno pós-traumático.Planta de 'Cannabis sativa', da qual é possível extrair o canabidiol — Foto: Kimzy Nanney/Unsplash

Planta de 'Cannabis sativa', da qual é possível extrair o canabidiol — Foto: Kimzy Nanney/Unsplash

Efeitos das substâncias

Enquanto o THC presente na maconha é considerado um perturbador do sistema nervoso central, o CBD é um depressor do sistema nervoso central. Por isso, eles têm efeitos muito diferentes no organismo.

"O THC age em três receptores do sistema nervoso e tem atividade analgésica e antiespasmódica. Ele também ajuda na redução de náuseas e vômito e provoca a estimulação do apetite", explica Alexandre Kaup, neurologista do hospital Albert Einstein.
 

É o THC que altera as funções cerebrais e provoca os mais conhecidos efeitos do consumo da maconha, droga cujo consumo recreativo é ilegal no Brasil. Entretanto, estudos indicam que o THC também pode ser usado como princípio ativo para fins medicinais.

"Ele tem uma má fama, mas não é vilão. Se criou uma impressão de que o THC é ruim, mas há benefícios. Ele só não pode ser usado indiscriminadamente, porque há mais riscos", explica Kaup.

Segundo o neurologista, produtos com THC não devem ser receitados para pessoas com menos de 25 anos, porque existe uma maior indução de efeitos colaterais, como quadros psicóticos.

 Óleo extraído da cannabis ajuda a combater epilepsia — Foto: Reprodução

Óleo extraído da cannabis ajuda a combater epilepsia — Foto: Reprodução

 

De acordo com a Anvisa, produtos com dosagem de THC superior a 0,2% precisarão de receita médica restrita para serem vendidos nas farmácias.

Nas formulações com concentração de THC inferior a 0,2%, o produto deverá ser prescrito por meio de receituário tipo B e renovação de receita em até 60 dias.

Já os produtos com concentração superior a 0,2% só poderão ser prescritos a pacientes terminais ou que tenham esgotado as alternativas terapêuticas de tratamento. Neste caso, o receituário para prescrição será do tipo A, mais restrito, padrão semelhante ao da morfina.

Enquanto o THC é considerado mais polêmico, o CBD é o principal ingrediente dos produtos derivados de maconha mais populares no exterior. Ele não causa dependência nem tem efeitos colaterais significativos. Ele tem propriedades anticonvulsivas, ansiolíticas e anti-inflamatórias, além de também agir como analgésico.

"No Brasil são cinco patologias principais que buscam tratamento com CBD: epilepsia, Parkinson, Alzheimer, dor crônica e autismo", afirmou Barbosa, da HempMeds. "No entanto, a Anvisa já autorizou a importação para mais de 60 patologias diferentes."

Segundo ele, os principais efeitos adversos dos produtos a base de cannabis são conhecidos: tonturas, fadiga, euforia e depressão, além de dependência, são as mais citadas. Por isso, é importante que a dosagem e o perfil de cada paciente seja levado em consideração na hora da prescrição médica.

Anvisa libera venda de produtos medicinais à base de maconha nas farmácias

Anvisa libera venda de produtos medicinais à base de maconha nas farmácias

Estudos científicos comprovam eficácia

Diversos estudos comprovaram que o CBD pode ser usado no tratamento de crises epiléticas, especialmente as que ocorrem em crianças.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia anunciaram em maio deste ano que puderam sintetizar uma substância análoga ao canabidiol (CBD) e obter bons resultados em cobaias no tratamento da epilepsia.

A alternativa sintetizada é, segundo o estudo, mais fácil de se manipular que a substância retirada da planta. A molécula sintética recebeu a identificação 8,9-Dihydrocannabidiol (H2CBD) e, diferentemente da versão natural, não pode ser convertida para THC, composto com características tóxicas.

A Sociedade Americana de Química anunciou em abril deste ano que há evidências que apontam para o uso de CBD no "transporte" de medicamentos para o cérebro. A substância atuaria como um "cavalo de Troia" e conseguiria vencer a barreira hematoencefálica, que protege o sistema nervoso central.

 

Entre os riscos para o uso de CBD em tratamentos, cientistas dos Estados Unidos alertaram no ano passado que a substância pode piorar casos de glaucoma e também aumentar a pressão intraocular.

Na Inglaterra, cientistas da Universidade de Londres observaram, em abril deste ano, que o CBD atua para reduzir os efeitos danosos do consumo de maconha, que libera o composto tóxico tetrahydrocannabinol (THC), responsável pelo aumento do vício e por casos de psicose relacionados ao uso da droga.

A descoberta foi corroborada pelos pesquisadores da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, que apresentaram em setembro de 2019 as descobertas de ensaios em cobaias. Eles mostraram o CBD atuando para proteger os danos cerebrais causados pelo THC.

Além disso, usuários de heroína podem encontrar nos produtos derivados de CBD uma forma de poder controlar os efeitos da droga. Médicos do hospital Monte Sinai, nos Estados Unidos, registraram uma redução em surtos e casos extremos de ansiedade em viciados.

 Folhas da planta cannabis sativa, conhecida como maconha, que dá origem ao canabidiol — Foto: Unsplash

Folhas da planta cannabis sativa, conhecida como maconha, que dá origem ao canabidiol — Foto: Unsplash

 

Posição de entidades médicas

A discussão sobre a regulamentação da maconha medicinal começou há quatro anos, quando a Anvisa retirou um importante derivado de maconha da lista de substâncias proibidas no país. Em 2017, foi registrado o primeiro medicamento com derivado de cannabis no Brasil.

Desde então, os médicos brasileiros podem receitar produtos à base de cannabis para seus pacientes, mas eles tinham que importar o produto, porque a Anvisa ainda não havia regulamentado sua venda no país.

Nos Estados Unidos, a FDA aprovou o consumo da planta em seu estado natural apenas para alguns casos, porque a agência de saúde americana defende que ainda faltam evidências de qualidade que comprovem a eficácia da planta em outros usos.

Outras instituições, como a Sociedade Americana de Medicina de Dependência, argumentam que não existe "cannabis medicinal", porque as partes da planta não cumprem os requisitos das normas para aprovação de medicamentos.

Já no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) se posicionaram contra a regulamentação do plantio de cannabis no Brasil. Eles pediram a revogação e o cancelamento da consulta pública sobre o tema, quando ela estava aberta para orientar a decisão da Anvisa sobre o tema.
 

Salomão Rodrigues Filho, psiquiatra e integrante do Conselho Federal de Medicina (CFM), diz que a instituição é favorável ao uso do canabidiol, mas que "é necessário ter cautela".

O Conselho diz que a esclerose múltipla é uma doença, assim como o Parkinson, que ainda está em fase experimental de pesquisa em outros países. "Ainda não há evidência científica que recomende o uso. Não há segurança. Além de não fazer o bem, não pode fazer o mal", afirma.

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Por Brenda Ortiz, G1 DF

O Ministério da Saúde estima que 135 mil pessoas vivem com HIV no Brasil e não sabem. Com base nessa estimativa, a campanha lançada em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids quer incentivar as pessoas que se colocaram em risco a procurar uma unidade de saúde para realizar o teste rápido. Considerando o período entre 1980 e junho de 2019 foram detectados 966.058 casos de Aids no país.

Segundo o diretor do departamento de doenças crônicas e infecções sexualmente transmissíveis, Gerson Pereira, o país adotou a recomendação do início do tratamento para todas as pessoas após o diagnóstico de HIV, independente da condição clínica do paciente.

 

“Os últimos dados mostram que a pessoa diagnosticada com HIV tem praticamente o mesmo tempo de vida que uma pessoa que não vive com o vírus", afirmou.

"Se essa pessoa mantiver o tratamento regular, pode ter uma vida normal, assim como quem tem diabetes ou hipertensão. Mas para isso, é importante ter o diagnóstico cedo, tratar imediatamente e se manter em tratamento", disse Gerson Pereira.
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Por causa do tratamento mais acessível, o governo informou ainda que os casos de Aids reduziram em 13,6% entre 2014 e 2018. O índice equivale a 12,3 mil casos evitados da doença.

Já a mortalidade por Aids caiu em 22,8%, nesse mesmo período, evitando 2,5 mil óbitos. Segundo o Ministério da Saúde, quando um paciente infectado com o vírus HIV recebe o tratamento adequado, sua carga viral pode chegar a ser indectável. Quando isso acontece, considera-se que não existe uma quantidade suficiente do vírus para que ele seja transmissível.

Saúde: saiba como ter acesso ao autoteste para detecção do vírus HIV

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Campanha

Nesta sexta-feira (28), o Ministério da Saúde lançou uma campanha que celebra as conquistas dos 31 anos do Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Com o slogan “HIV/AIDS. Se a dúvida acaba, a vida continua”, a ação quer mudar, na população jovem brasileira, a atitude e a percepção da importância da prevenção, teste e tratamento contra o HIV.

A peça informa que, caso o teste de HIV dê positivo, com o tratamento adequado, o vírus pode ficar indetectável e a pessoa não desenvolve a doença. Todo o tratamento contra HIV e AIDS é oferecido pelo SUS, gratuitamente.

A campanha tem filme para TV, peças de mídia exterior como outdoor social, peças para internet e redes sociais, cartazes e spot para rádio.

Até dezembro de 2019, a previsão é distribuir 462 milhões de preservativos masculinos, e 7,3 milhões de unidades de preservativos femininos. Até o final de dezembro, está previsto a finalização da entrega de 12,1 milhões de testes rápidos de HIV, para diagnóstico de pessoas infectadas.

Segundo o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta, a campanha é para vencer desafios. “O maior desafio ainda é o medo”, afirma o ministro sobre o receio de muitos ao fazer o teste de HIV.Mulher grávida gestante gestação gravidez — Foto: Pixabay

Mulher grávida gestante gestação gravidez — Foto: Pixabay

Transmissão vertical

No Brasil, entre os anos 2000 e 2019 foram notificadas 125.144 gestantes infectadas com HIV. A transmissão vertical do HIV ocorre quando a gestante que possui o vírus transmite o HIV para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Segundo o ministério, o maior número de mulheres grávidas que possuem o vírus está entre jovens de 20 a 24 anos (27,8%).

O Brasil é signatário do compromisso mundial de eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho. Três municípios brasileiros receberam o Certificado de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV: no Paraná, Curitiba e Umuarama receberam a certificação em 2017 e 2019.

 

A previsão é que São Paulo receba o título na próxima terça-feira (3). A certificação possibilita a verificação da qualidade da assistência ao pré-natal, do parto, puerpério e acompanhamento da criança e do fortalecimento das intervenções preventivas.

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Segunda, 28 Outubro 2019 16:36

Aos 67 anos, mulher dá à luz na China

Por France Presse.

Mulher de 67 anos dá luz na China nesta sexta-feira (25) — Foto: Reprodução/South China Morning Post

 

Uma mulher de 67 anos deu à luz uma menina no leste da China na sexta-feira (25). Ela afirma ser a chinesa mais velha a ter um bebê fruto de uma gravidez natural. A mãe, identificada como Tian, teve sua filha por cesariana na província de Shandong, segundo a imprensa local.

Perguntada pela AFP, a maternidade da cidade de Zaozhuang confirmou que uma mulher de 67 anos deu à luz em sua sede, mas disse que não podia comentar sobre as condições da concepção porque Tian entrou em contato com a clínica quando ela já estava grávida.

 

"A menina é um presente do céu para nós dois", declarou o marido de Tian, de 68 anos, no site de informações Guancha.cn.

Segundo o jornal Global Times, a bebê foi chamada de "Tianci", que significa "presente do céu" em chinês.

Se for confirmado que a gravidez de Tian foi natural, o nascimento pode ser um novo recorde mundial. Segundo o livro do Guinness, a mulher mais velha a dar à luz uma criança naturalmente concebida foi uma britânica de 59 anos em 1997.

Com a ajuda da fertilização in vitro, o recorde mundial é de uma espanhola, María del Carmen Bousada Lara, que teve gêmeos em 2006, quando estava prestes a comemorar seus 67 anos. Ela morreu de câncer dois anos depois.

O jornal local Jinan Times disse que Tian já tinha dois filhos, incluindo um nascido em 1977, pouco antes da aplicação da política do filho único imposta para impedir a explosão populacional na China. Agora os casais podem ter dois.

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Por G1 BA.

Um homem de 28 anos morreu eletrocutado na tarde desta quarta-feira (24), após encostar em um arame farpado que divide uma fazenda localizada na zona rual de Tanhaçu, sudoeste da Bahia. A informação é da Polícia Civil da cidade.

Segundo o delegado Edson Silva, titular da delegacia no município, o homem identificado como Maxsuel Rocha da Silva, estava nos fundos da residência onde morava, quando levou a descarga elétrica. A vítima acabou tocando na cerca e morreu no local. Não há detalhes se ele era funcionário da fazenda.

O delegado informou ainda que o arame estava conectado a um fio que conduzia eletricidade para uma bomba de água instalada no tanque da casa da vítima. O reservatório fica a cerca de 50 metros do fundo da casa onde Maxsuel estava.

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) da cidade foi acionado para realizar a perícia do local e removeu o corpo para o Instituto Médico Legal (IML). Não há informações sobre o sepultamento da vítima.

Publicado em BAHIA E REGIÃO

Por BBC.

Moradias de renda insuficiente, com excesso de pessoas, sem saneamento básico. A descrição se encaixa em um número considerado preocupante de lares brasileiros que abrigam crianças de zero a seis anos, com impactos sobre seu bem-estar, aprendizado e desenvolvimento ao longo de toda a sua vida futura – e com grande chance de isso se reverter em mais custos futuros para o Estado.

Das 18,4 milhões de crianças que o Brasil tinha em 2017, 41,3% delas habitavam casas com ao menos uma inadequação de saneamento, seja ausência de esgoto, abastecimento de água ou coleta de lixo. Quase um quarto das casas delas tinha ao menos uma inadequação de moradia, ou seja, sem banheiro próprio, paredes de materiais não resistentes, adensamento excessivo (mais de três pessoas dividindo cada dormitório) ou custos de aluguel que não cabiam no bolso da família.

No que diz respeito a renda, eram quase 2,8 milhões de crianças de zero a seis anos vivendo em lares com rendimento real per capita de no máximo US$ 5,50 por dia – linha de pobreza definida pelo Banco Mundial e equivalente, na cotação atual, a R$ 22 por pessoa por dia.

Os dados foram levantados na pesquisa do IBGE Pnad Contínua para a BBC News Brasil pelo economista Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, que traçou um quadro sobre a vulnerabilidade de lares que abrigam crianças pequenas para o Simpósio Internacional de Equidade na Primeira Infância, realizado na última semana, em São Paulo.

 

De acordo com o levantamento, 5,4% dos lares com crianças pequenas estavam em situação de pobreza extrema, vivendo com o equivalente a menos de R$ 8 por dia por pessoa.

O ambiente em que a criança vive em seus primeiros anos de vida importa porque interfere diretamente em sua saúde e desenvolvimento cerebral em um período crucial: é na primeira infância que "o cérebro constrói a base das habilidades cognitivas e de caráter necessárias para o sucesso na escola, na saúde, na carreira e na vida", segundo costuma descrever o economista americano James Heckman, ganhador do Nobel e referência em pesquisas do desenvolvimento humano do ponto de vista econômico.

"Em um país como o Brasil, que chegou a ser a sétima economia do mundo, é muito impressionante que a gente não esteja investindo nessas crianças e não deixando que elas cresçam em ambientes minimamente protegidos", diz Naercio Menezes Filho.

"Essas crianças vão se tornar jovens e vão ter problemas de aprendizado, de evasão escolar – muito provavelmente muitas não vão concluir o ensino médio –, vão pegar um emprego informal, ou se tornar nem-nem (grupo que nem estuda, nem trabalha) e podem depender do Estado para o resto da vida", diz ele.

"O melhor é investir agora, resolver esses problemas (de condições básicas de vida), e economizar dinheiro no futuro. (...) A primeira infância tem a maior taxa de retorno no ciclo de vida das políticas públicas."

Um estudo da ONG britânica Shelter apontou que as crianças do país que viviam em condições inadequadas de habitação tinham maior chance de desenvolver problemas mentais, comportamentais e educacionais – e, em consequência, maior dificuldade em conseguir empregos e sair da pobreza.

A Unicef, agência da ONU para a infância, estima que o desperdício de potencial humano na primeira infância tenha impacto de 20% na produtividade futura dessas crianças quando adultas.

 

"O que acontece nesses primeiros anos é crucial para o desenvolvimento de qualquer criança. É um período de grande oportunidade, mas também de vulnerabilidade a influências negativas", diz a entidade. "Esforços para melhorar o desenvolvimento de crianças pequenas são um investimento, e não um custo. Intervenções indicam que para cada dólar investido em melhorar o desenvolvimento na primeira infância tem retorno de quatro a cinco vezes maior que a quantia investida, ou até mais em alguns casos."

A agência destaca, ainda, que a falta de acesso a condições sanitárias adequadas e maus hábitos de higiene chegam a responder, historicamente, por cerca de metade dos casos globais de desnutrição infantil – o que, por sua vez, também impacta negativamente o desenvolvimento cognitivo, motor e socioemocional das crianças, com efeitos diretos em seu desempenho escolar.

 População do bairro Riacho Doce, na Zona Norte de Maceió: ninguém tem coleta de esgoto no bairro — Foto: Marcelo Brandt/G1

População do bairro Riacho Doce, na Zona Norte de Maceió: ninguém tem coleta de esgoto no bairro — Foto: Marcelo Brandt/G1

Diferenças regionais e raciais

Ainda segundo os dados levantados por Menezes, quase 42% dos brasileiros que moram com crianças pequenas têm rendimento domiciliar per capita de no máximo US$ 5,50 (R$ 22) por dia. E, apesar de viverem na pobreza, 14% dessas pessoas não recebem nenhum tipo de transferência de renda estatal.

O estresse que a pobreza e as condições inadequadas de habitação impõem sobre os adultos pode refletir nas crianças, explica o economista.

 

"É muito difícil morar em domicílios com adensamento excessivo, sem transferência de renda, sem saneamento. (...) Se mães sozinhas ficarem deprimidas por essa situação, será um fator importante, que dificulta sua interação (com os filhos) e prejudica o desenvolvimento infantil. Alguns estudos mostram que os problemas (de saúde mental) da mãe se transferem para os filhos."

Menezes identificou, também, significativas diferenças regionais entre as condições habitacionais de crianças pequenas.

Em Estados como Alagoas, Maranhão, Acre e Piauí, por exemplo, um terço das crianças pequenas vive em lares com renda efetiva diária de até US$ 5,50 – o dobro da média nacional.

As diferenças se evidenciam também no recorte racial. As inadequações em saneamento básico (acesso a esgoto, água ou coleta de lixo) afetam os lares de cerca de 30% de meninas e meninos brancos, mas o índice sobe para cerca de 50% entre meninas e meninos negros e pardos.

Outro levantamento prévio, feito pela Fundação Abrinq, também com base em dados do IBGE, aponta que o Brasil tem 9,4 milhões de crianças e adolescentes em situação domiciliar de pobreza extrema, ou seja, com renda per capita mensal inferior ou igual a um quarto do salário mínimo (quantia equivalente a R$ 250).

Perspectivas opostas

Menezes aponta que é possível enxergar os dados de pobreza sob duas perspectivas opostas: o quadro maior dá sinais positivos, enquanto o cenário de curto prazo é pessimista.

"Historicamente, houve uma redução muito grande na proporção (de lares vulneráveis), porque o Brasil vivia em situação de alta pobreza nos anos 1980 e 1990, sem mecanismos de proteção social e quando o saneamento era pior ainda", afirma.

"O Brasil melhorou muito desde a Constituição (de 1988) até agora. Mas a crise econômica pode ter contribuído para piorar um pouco (o cenário) desde 2015. O IBGE mostra que houve um aumento (na vulnerabilidade dos mais pobres) entre 2016 e 2017, provavelmente também entre as crianças. Alguns dados mostram que a desigualdade também aumentou nesse período."

 

Esse aumento foi contido, segundo Menezes, pela rede de políticas públicas e transferência de renda criada nas últimas décadas, incluindo o Bolsa Família, a expansão do Sistema Único de Saúde (SUS), seguro-desemprego e programas como Criança Feliz (de atendimento à primeira infância em lares vulneráveis) e Saúde da Família.

"Tudo isso serve para impedir que em momentos de crise você tenha um aumento muito grande" na pobreza, diz.

Desigualdade de oportunidades

Ao mesmo tempo, Menezes explica que essa soma de adversidades logo no início da vida impede que tantas crianças tenham condições de atingir seu pleno potencial para competir com quem teve suas necessidades básicas atendidas desde a primeira infância.

"Não existe meritocracia no sentido estrito do termo no Brasil, à medida que você tem tanta desigualdade de oportunidades", afirma Menezes.

"Talvez exista meritocracia entre as pessoas que já nascem sem esses problemas todos (relacionados à pobreza extrema), daí o esforço e a garra são recompensados. Mas quando você vê uma parcela grande de (crianças com) ao menos uma inadequação na moradia – essas crianças não vão ter igualdade de oportunidades, e se não conseguirem sucesso na vida não vai ser unicamente por causa do esforço delas, mas pelas condições em que cresceram (e o impacto disso) no desenvolvimento futuro delas."

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Por RPC Foz do Iguaçu.

Sebastião Batista dos Santos pode ser um dos homens mais velhos do mundo. Com 117 anos, o centenário, que mora em Coronel Vivida, no sudoeste do Paraná, gosta de passar o tempo na varanda de casa tocando a gaita que ganhou dos amigos. O segredo da longevidade é a alegria. Ele está sempre sorrindo.

“Estou sempre alegre, graças a Deus! A riqueza que Deus me deu foi essa, sou pobre mas alegre”, se diverte o centenário.

Outra paixão é a horta. Há uma semana ele plantou pés de mandioca no quintal de casa com a ajuda da filha e da neta. Seu Sebastião teve uma doença e ficou um pouco debilitado, mas ainda espera voltar a cuidar das plantas.

“Estou com esperança que daqui mais uns dias já vou de novo limpar, plantar mais um pouco. Tenho esperança de trabalhar mais um pouco ainda”, diz Sebastião Batista dos Santos, de 117 anos

A filha de Sebastião diz que muitas pessoas chegaram a duvidar da idade do pai.

"Algumas pessoas não acreditavam que ele tinha essa idade. A gente apresentava a identidade e o CPF, mas aí perguntavam se tínhamos o registro de nascimento. Não tínhamos", conta Joceli Santos.

Depois de saber da história do centenário, os técnicos do Instituto de Identificação do Paraná foram pesquisar os registros e conseguiram confirmar, Sebastião nasceu em 15 de março de 1902. Com ajuda dos servidores, ele recebeu a certidão de nascimento e uma nova carteira de identidade.

 

"A gente tinha uma certidão dele lá no setor de microfilmagem quando ele fez a primeira identidade nos anos 70”, explicou o papiloscopista Roque da Silva.

Agora, com toda documentação oficial, Sebastião pode até ser reconhecido como o homem mais velho do mundo.

A assessoria do Instituto de Identificação do Paraná entrou em contato com o livro mundial dos recordes que está analisando o caso.

A expectativa é de que a resposta seja enviada em até seis meses.Registro de nascimento comprova que homem nasceu em 1902 — Foto: Reprodução/RPC

Registro de nascimento comprova que homem nasceu em 1902 — Foto: Reprodução/RPC

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